Judiciário

Elaine Cardoso obtém 177 votos e é indicada pelo MPRN para ser próxima procuradora geral de Justiça

Foto: Divulgação

A promotora de Justiça Elaine Cardoso de Matos Novais Teixeira obteve 177 votos e é a indicada pelos membros do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para ser a nova procuradora geral de Justiça (PGJ). Elaine Cardoso foi a única a se inscrever para eleição e deverá ser a primeira mulher a chefiar o MPRN. A cerimônia de posse no cargo para um mandato de dois anos está marcada para o próximo dia 18 de junho.

A eleição que escolheu o nome da promotora Elaine Cardoso foi realizada nesta sexta-feira (23), de forma virtual. O Colégio de Procuradores de Justiça do MPRN (CPJ) marcou para a segunda-feira (26) uma sessão extraordinária e especial para homologar o resultado da eleição. Após a homologação, ainda na segunda-feira, o Colégio de Procuradores irá enviar ofício à governadora Fátima Bezerra confirmando a indicação do MPRN à Elaine Cardoso. A governadora tem prazo de 15 dias para nomear a nova procuradora geral de Justiça do RN.

Elaine Cardoso já indicou quem será o procurador geral de Justiça adjunto na gestão dela: o também promotor de Justiça Glaucio Pinto Garcia, titular da Promotoria de Justiça de Jardim do Seridó e atualmente coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais (Caop-Criminal).

“Quero agradecer a todos os que participaram da eleição, legitimando o meu nome para a condução do MPRN. Será uma grande honra, em sendo nomeada, assumir essa cadeira e ser a primeira mulher a chefiar a instituição. Ciente da grande responsabilidade e do desafio, vamos trabalhar para que nosso MPRN avance cada vez mais”, disse Elaine Cardoso, assim que soube da apuração dos votos.

O atual procurador geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite, parabenizou Elaine Cardoso pela eleição. “Parabenizo à amiga de muitas lutas, Elaine Cardoso. A sua eleição hoje, praticamente por aclamação, tem muitos significados. Primeiro, representa a assunção da primeira mulher ao cargo de PGJ no RN, o que é um relevante fato histórico. Ademais, representa a legitimidade que Elaine adquiriu, pelo sucesso do seu trabalho como PGJ Adjunta e em toda a sua carreira na instituição, especialmente como Promotora da Saúde em Natal. Enfim, representa a continuidade dessa gestão, que se pautou pelo diálogo e resolutividade. Um novo ciclo se inicia, com novas pessoas, novos objetivos e ainda mais duros desafios. Desejo toda a sorte do mundo à amiga Elaine Cardoso, sendo certo que competência ela tem de sobra”.

Elaine Cardoso ingressou no MPRN em 1997. É a titular da 62ª Promotora de Justiça de Natal, com atribuição em defesa da Saúde, e atualmente ocupa o cargo de procuradora geral de Justiça adjunta. Ela é graduada e especialista em Criminologia pela UFRN, mestre em Direito das Relações Sociais, sub-área Difusos e Coletivos, pela PUC-SP, ee já atuou como professora da Femsp, Esmarn e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Ela é autora do livro Serviços Públicos e Relação de Consumo, e co-autora de outras obras jurídicas, a exemplo do Estatuto do Idoso Comentado e Direitos Fundamentais na Constituição de 1988. Elaine Cardoso tem em sua história institucional destaque para a atuação na defesa dos direitos difusos e coletivos, especialmente o direito à saúde.

MPRN

 

Opinião dos leitores

  1. Parabéns Nobre mulher!
    Quem sai ganhando é o nosso Rio Grande do Norte.
    Muita luz na sua jornada.

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Política

Eleições nos EUA: Biden passa Trump na Pensilvânia e se aproxima de vitória

Foto: Carlos Barria / Reuters; Jonathan Ernst / Reuters

O candidato democrata Joe Biden passou o presidente Donald Trump na Pensilvânia nesta sexta-feira (6). Caso Biden vença neste estado, vai ultrapassar os 270 votos necessários para ser eleito presidente dos Estados Unidos no Colégio Eleitoral.

A virada na Pensilvânia ocorre em meio a uma série de processos impetrados na Justiça pela campanha de Trump para interromper a apuração em alguns estados e até mesmo recontar votos.

De acordo com as apurações parciais em estados-chave, além de cálculos estatísticos e demográficos sobre a proporção de urnas ainda não apuradas, já não é mais possível para Trump chegar a 270 delegados no Colégio Eleitoral.

A demora na apuração e a virada de Biden em alguns estados é explicada pela votação por correio. Boa parte dos eleitores republicanos foi às urnas presencialmente e, por isso, tiveram votos computados primeiro. Já os eleitores de Biden votaram massivamente pelo correio, o que atrasou a computação dos votos.

Conforme eles iam sendo contabilizados, Biden virou o jogo, primeiro em Michigan e em Wisconsin, na quarta-feira (4), e na Pensilvânia, nesta sexta.

A apuração, no entanto, continua. Biden ainda lidera em Nevada e no Arizona e está tecnicamente empatado com Trump na Geórgia. O presidente lidera no Alasca e na Carolina do Norte.

Caso essa tendência se confirme, o democrata pode ampliar sua vantagem no Colégio Eleitoral. Isso enfraqueceria politicamente a estratégia de Trump de contestar o resultado das eleições na Justiça. Nessa quinta, juízes de Michigan, Geórgia e Filadélfia rejeitaram pedidos da campanha republicana para paralisar a apuração.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Já já os bolsonaros vão dizer q são amicíssimos do novo Presidente! E os idiotas vão acreditar…..

    1. Só espero que agora não queira ser amigo dos ditadores maduro, sandinistas da Nicarágua, de cuba, todos do continente africano, e empreste o dinheiro do trabalhador brasileiro como fizeram os petralhas, e ainda leve um calote deles. Aí vou dizer que não é pouco burro como a esquerdalha

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Saúde

Vacina universal da gripe (contra qualquer cepa do vírus) está mais próxima do que se imagina, diz Instituto de Tecnologia de Massachusetts(MIT)

Vacina: MIT estuda vacina universal contra influenza (Yulia Reznikov/Getty Images)

Uma vacina universal contra o vírus da gripe pode estar mais próxima do que se imagina, segundo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Em um estudo publicado nessa quarta-feira, 7, pesquisadores do MIT, do Hospital Geral de Massachusetts e da universidade de Harvard afirmaram que “estão trabalhando em estratégias para fazer uma vacina que funcione contra qualquer cepa do vírus”.

A vacina em questão seria capaz de induzir uma resposta imune contra a proteína da influenza — que é raramente mutável, mas normalmente passa despercebida pelo sistema imunológico.

A vacina estudada pelas universidades americanas contém nanopartículas envoltas nas proteínas da gripe a fim de treinar o sistema imunológico para que ele seja capaz de criar anticorpos. Já foram realizados estudos com camundongos, nos quais foi confirmado que a proteção é capaz de induzir uma resposta de anticorpos, o que aumenta as chances de a vacina ser eficaz em testes clínicos com humanos.

Segundo os pesquisadores, a maioria das vacinas contra a gripe tem como base o vírus inativado, encobertos por uma proteína chamada hemaglutinina (HA), responsável por ligar o vírus à célula hospedeira, e, com a vacina, o corpo cria diversos anticorpos para lutar contra a doença. Embora boa parte da HA não seja mutável, a que é pode dificultar uma proteção a longo prazo.

As vacinas atuais também têm mais probabilidade de causarem respostas imunes somente em uma parte da HA, enquanto uma outra é negligenciada. A preferência dos anticorpos tem motivo: a parte qual eles funcionam com maior eficácia é mais acessível do que a outra.

Então, os cientistas desenvolveram um modelo computacional para explorar a proteína do vírus da gripe. O que foi descoberto nas simulações é que, quando uma dose de uma vacina comum da gripe é administra, os receptores das células B — integrantes do sistema imunológico — se unem à HA de uma forma desvantajosa durante o processo de maturação, porque não conseguem atingir a célula inteira.

“Estamos animados com esse trabalho porque ele é um passo pequeno em direção a desenvolver uma vacina da gripe que você só toma uma, ou algumas vezes, e o resultado dos anticorpos tem grandes probabilidades de proteger contra diversas versões da gripe e pandemias relacionadas à ela também”, afirmou Arup K. Chakraborty, professor do MIT.

A ideia dos cientistas com a vacina, então, é mudar o foco do sistema imunológico para que ele consiga atacar todos os pedaços da proteína do vírus, em qualquer mutação que possa ser apresentada.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Não quero negócio com vacina. Todos esses tipos de gripe, inclusive a Covid 19, são na realidade ENCOSTOS. Eu vou na Universal, no dia da "fogueira santa", deixo dez contos lá, o pastor tira todos os meus encostos e volto para casa zerado.

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Saúde

Novo caso de doença próxima da varíola no Alasca intriga ciência

A e B: lesões da paciente em julho e agosto de 2015; C, D e E: imagens microscópicas do vírus — Foto: Oxford University

Autoridades do Estado americano do Alasca identificaram o segundo caso de uma doença causada por um novo vírus que pertence ao mesmo gênero daquele que causa a varíola – os Orthopoxvirus.

A origem da infecção ainda intriga pesquisadores e autoridades da área de saúde. Estima-se que ela seja transmitida por alguma espécie de roedor selvagem, mas não se sabe qual nem como.

O primeiro sintoma da paciente, diagnosticada em agosto, foi uma lesão acinzentada no braço esquerdo, cerca por um eritema (uma inflamação ruborizada da pele). Depois surgiram adenopatia (aumento dos gânglios linfáticos), dor no ombro, fadiga e febre noturna. A lesão praticamente se curou depois de seis semanas, e a área lesionada virou uma cicatriz.

A paciente não deixou o Estado nos últimos três anos, e nenhum de seus familiares próximos viajou para fora do país recentemente. Ninguém de sua família desenvolveu sintomas como ela. Não há evidências de que a doença passe de uma pessoa para outra.

A família tem dois gatos, que costumam capturar pequenos roedores no entorno da residência, mas a paciente disse não ter tido contato com nenhum desses animais mortos.

Seus filhos também costumam levar para casa carcaças de esquilos que caçam com arma de ar comprimido na região.

As autoridade de saúde também analisaram dezenas de objetos pessoais para saber se a transmissão pode ter ocorrido por contato com algo contaminado, mas nada foi encontrado.

A análise de mais de uma dezena de animais encontrados nas redondezas também não trouxe novas pistas.

Febre e fadiga

O primeiro caso dessa nova doença, batizada por virologistas de Alaskapox (alusão ao nome em inglês da varíola, Smallpox), foi descoberto em 2015.

Uma moradora da cidade de Fairbanks apareceu com uma pequena úlcera de bordas esbranquiçadas cercada por eritema, além de febre e fadiga. Foram seis meses até que a lesão chegasse ao fim.

Nenhuma das duas pacientes precisou ser hospitalizada.

Estima-se que existam diversas variações desconhecidas de poxvírus circulando entre mamíferos na América do Norte.

Não está clara ainda qual é a gravidade da doença.

Segundo pesquisadores, desde a erradicação da varíola humana (Variola virus), em 1977, foram descobertos diversos vírus do gênero Orthopoxvirus que causam infecções em humanos e animais domésticos.

A primeira vacina da história, aliás, foi desenvolvida pelo médico britânico Edward Jenner no fim do século 18 a partir do uso do vírus da varíola bovina (Cowpox virus) para gerar imunidade nas pessoas contra a varíola humana. Até ser erradicada, a varíola humana matou quase 300 milhões de pessoas no século 20, segundo estimativas.

De acordo com boletim divulgado pelo órgão de epidemiologia do Alasca, pelo que se conhece de outros poxvírus, a principal hipótese é que o Alaskapox virus circule entre uma ou mais espécies de mamíferos que vivem no interior do Estado, e que humanos são contaminados por essa zoonose apenas raramente.

Apesar da distância de cinco anos entre eles, os dois únicos casos da doença ocorreram em áreas com floresta entre o meio e o fim do verão, período do ano em que há um pico na população de mamíferos e em que os humanos passam mais tempo ao ar livre.

Por ora, segundo as autoridades, a avaliação é de que a doença tem impacto limitado na saúde pública, principalmente porque não há evidência de transmissão entre humanos.

Como a rota de transmissão não está clara, o órgão recomenda que as pessoas tomem os cuidados básicos adotados para qualquer tipo de animal selvagem: não os toque, não se aproxime, não os alimente e lave as mãos regularmente.

O alerta serve também para que médicos da região possam identificar eventuais casos da doença, e incrementem a pesquisa sobre a incidência, os fatores de risco e o espectro da doença.

Pessoas que tiverem lesões parecidas devem manter as feridas secas e cobertas e não compartilhar qualquer item com familiares até o diagnóstico completo.

G1, com BBC

Opinião dos leitores

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Saúde

Cidade de São Paulo “pode estar próxima da imunidade de rebanho”, avalia biólogo

Foto: Reprodução/CNN Brasil

A expressão “imunidade de rebanho” ganhou destaque de discussões entre os especialistas e governantes depois da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à CNN, na manhã desta segunda-feira (13), Fernando Reich, especialista em biologia molecular explicou como funciona este método e afirmou que a cidade de São Paulo pode estar próxima de atingir a fração necessária para a imunização de rebanho. No entanto, ele alerta que essa não é a melhor solução para combater o novo coronavírus.

“As pessoas só ficam imunes depois que elas saram. Se você tiver que ter 70% das pessoas infectadas para ter imunidade de rebanho, ela só vai chegar quando esta proporção for alcançada pelo número de pessoas infectadas. Para saber quantas pessoas já estão imunes, o melhor método é você medir a fração de pessoas com o anticorpo na população”, disse.

“Em São Paulo, eu participo de um grupo que está medindo isso e concluímos, na última medição que fizemos, em que 11% das pessoas da cidade de São Paulo já tinham anticorpos. Em bairros mais pobres, chegavam a 16%. A grande dúvida que estamos tendo nos últimos tempos é qual a fração de pessoas com anticorpos medida corresponde à imunidade de rebanho? Será que é 70%, 40%? Ninguém sabe isso direito”, explicou.

Na visão do especialista, a realidade da capital paulista poderá ser analisada nas próximas semanas, uma vez que a cidade já está adotando medidas para a flexibilização da quarentena.

“Suponhamos que a imunidade de rebanho seja atingida com 70% de fração como é que se explica a queda [dos números] em São Paulo, com variação entre 11% a 16%? Mas isso a gente já vai saber, muito provavelmente, nas próximas semanas, porque quando você atinge a imunidade de rebanho e você reabre a cidade não tem nova onda [do vírus] em curto prazo. Quando abrirmos novamente a cidade de São Paulo, dependendo do que acontecer, nós saberemos”, acrescentou.

Reinach explicou ainda as realidades distintas entre a europa e em como as cidades brasileiras lidaram com a evolução do vírus. Em países como Itália, por exemplo, ao optar por medidas restritivas, o país apresentou queda na curva de casos, no entanto, não houve a imunização de rebanho. Sendo assim, a vacina poderá ser o caminho mais viável e rápido para a imunização da população.

“Nos países desenvolvidos, que fizeram lockdown, muito provavelmente tem muita gente ainda para ser infectada. Provavelmente a vacina chegará nestes locais antes da imunização de rebanho. Já em locais como Manaus, por exemplo, que não houve um controle da doença, existe a possibilidade de você ter a imunidade antes da vacina chegar”, exemplificou o especialista.

“Entretanto, é importante lembrar que a imunidade de rebanho não é uma boa solução. Ela tem um custo em mortes muito alto porque para você chegar lá você tem que ter uma fração da população infectada e muito se discute qual é a porcentagem necessária para chegar neste dado”, detalhou Reinach.

“Na Europa, o que aconteceu foi que a queda no número de casos foi impulsionada por causa de um lockdown e um distanciamento social. No entanto, em locais onde tais medidas não ocorreram efetivamente, a queda é observada por meio da imunidade de rebanho”, concluiu.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Seguiram a risca a oms e os especialistas políticos sim, por isso o recorde de mortos no país, parabéns dória.

  2. Parece que a população de São Paulo seguiu a risca os conselhos do Presidente da República.

    1. Falou em rebanho já se agitaram.
      A população de SP seguiu a risca as recomendações dos cientistas e da oms, graças a Deus.

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Diversos

Astrônomos encontram superTerra próxima ao centro da Via Láctea

Foto: Cornell University

Astrônomos da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, descobriram uma superTerra próxima ao centro da Via Láctea, segundo um estudo publicado na edição de maio do The Astronomical Journal. O planeta faz parte de um pequeno rol de astros cujo tamanho e a órbita são comparáveis ​​aos da Terra.

“Para se ter uma ideia da raridade da detecção, o tempo necessário para observar, devido à estrela hospedeira, foi de aproximadamente cinco dias, enquanto o planeta foi detectado apenas durante uma pequena análise de cinco horas”, contou Antonio Herrera Martin, líder da pesquisa, em comunicado. “Depois de confirmar que [a descoberta] foi realmente resultado [da detecção] de outro ‘corpo’ diferente da estrela, e não um erro instrumental, começamos a obter as características do sistema planeta-estrela.”

Usando o Sistema Solar como referência, os astrônomos calcularam que a estrela hospedeira da superTerra tem cerca de 10% da massa do nosso Sol, enquanto o planeta tem uma massa entre a da Terra e a de Netuno e órbita de 617 dias. Já a distância entre o astro e sua estrela é equivalente ao espaço que existe entre o Sol e a área situada entre Vênus e a Terra.

De acordo com Herrera Martin, o planeta foi descoberto usando uma técnica chamada microlente gravitacional, que é extremamente específica — apenas uma em 1 milhão de estrelas da nossa galáxia podem ser detectadas pelo método. “A gravidade combinada do planeta e sua estrela hospedeira fez com que a luz de uma estrela de fundo mais distante fosse aumentada de maneira particular”, explicou o especialista.

Galileu

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Economia

O que é o ‘cisne verde’, que pode causar a próxima crise financeira mundial

FOTO: BBC NEWS BRASIL

Diferente de outras crises ‘passageiras’, as mudanças climáticas trazem um comprometimento diferente para o futuro

Quando o dinheiro estava correndo fartamente nos corredores de Wall Street e a festa parecia nunca acabar, poucos viram que uma crise financeira brutal estava a caminho. Seus efeitos profundos pelo mundo contam esta história até hoje.

Após a crise de 2008, a urgência em tentar antecipar crises como essa cresceu tanto quanto o medo da reincidência.

Foi nessa época que os economistas começaram a usar o termo “cisne negro” para se referir a eventos fora da curva e que têm um forte impacto negativo ou até catastrófico.

Na semana passada, o Bank for International Settlements (BIS), conhecido como “o banco dos bancos centrais”, com sede na Suíça, publicou o livro The green swan (O cisne verde), um estudo de Patrick Bolton, Morgan Despres, Luiz Pereira da Silva, Frédéric Samama e Romain Svartzma.

A partir do cisne negro, os autores criaram a figura do “cisne verde” para se referir à perspectiva de uma crise financeira causada pelas mudanças climáticas.

“Os cisnes verdes são eventos com potencial extremamente perturbador do ponto de vista financeiro”, resumiu à BBC News Mundo o brasileiro Luiz Pereira da Silva, vice-diretor geral do BIS e co-autor do estudo.

Efeito cascata

O economista explica que eventos climáticos extremos, como os recentes incêndios na Austrália ou furacões no Caribe, aumentaram sua frequência e magnitude, o que traz grandes custos financeiros.

Explicam os prejuízos as interrupções na produção, destruição física de fábricas, aumentos repentinos de preços, entre outros. Pessoas, empresas, países e instituições financeiras podem ser afetados.

“Se houver um efeito cascata na economia, outros setores também sofrerão perdas. Tudo isso pode acabar em uma crise financeira”, diz Pereira da Silva.

A esse cenário são adicionados outros riscos que o especialista chama de “transição”, altamente perigosos.

Isso ocorre quando, por exemplo, há uma mudança abrupta nos regulamentos, como uma proibição repentina da extração de combustíveis fósseis.

Ou se houver uma mudança inesperada na percepção do mercado e, por exemplo, os proprietários de certos ativos financeiros decidirem repentinamente se livrar deles.

Nesse caso, se produz um efeito em cascata: o pânico afeta outros investidores, que acabam se desfazendo de ativos.

Todos esses riscos estão sendo estudados por bancos centrais e reguladores do sistema financeiro, que buscam uma maneira de antecipar ou se prevenir para a chegada de um cisne verde.

Como enfrentar um cisne verde?

A verdade é que, nos círculos financeiros, não há resposta para essa pergunta.

Os autores do livro explicam que os modelos de previsão do passado não foram projetados para incluir as mudanças climáticas.

É por isso que eles convidam outros pesquisadores a desenvolver novas fórmulas considerando isto.

Os autores também alertam que, se uma crise como a de 2008 acontecer de novo, os bancos centrais não terão mais como auxiliar no resgate mundial como naquele tempo — quando tiveram papel vital reduzindo as taxas de juros a níveis historicamente mínimos.

Acontece que, mais de uma década depois, as taxas continuam baixas, o que deixa pouco espaço de manobra para estimular as economias e impulsionar o crescimento.

(mais…)

Opinião dos leitores

    1. Ou será você que está com os neurônios em curto, e por isso está totalmente desconexo de racionalidade?

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Diversos

FOTOS: Nasa apresenta trajes espaciais mais flexíveis para próxima missão na Lua

Foto: Kevin Wolf/AP

Menos rigidez para se mover com mais facilidade: os trajes que os astronautas americanos usarão para caminhar na Lua nos próximos anos, como parte do programa Artemis, foram apresentados nesta terça-feira (15) pela agência espacial norte-americana (Nasa).

Estes modelos são protótipos que ainda não foram testados no espaço e cujo design ainda deve ser terminado.

O regresso à Lua está previsto oficialmente para 2024 com a missão Artemis 3, embora este cronograma ainda seja incerto devido a atrasos e problemas de financiamento.

Os trajes só devem ficar prontos em 2023.

Na frente de uma enorme bandeira americana na sede da Agência Espacial dos Estados Unidos em Washington, os engenheiros vestiram os trajes para a imprensa.

Os trajes anteriores, que foram usados para caminhar na Lua nas missões Apollo (1969-1972), fornecem oxigênio aos astronautas, reciclam o ar, regulam a temperatura e protegem contra a radiação.

Os engenheiros da Nasa estiveram trabalhando durante anos em uma versão melhorada, especialmente para a eliminação de dióxido de carbono.

Na realidade haverá dois tipos de traje: um para caminhar na Lua, branco com bandeiras azuis e vermelhas, chamado “xEMU” (acrônimo em inglês de Unidade móvel de exploração extraveicular), e outro para o trajeto entre a Terra e a Lua, mais leve e de cor laranja, batizado “Orion Crew Survival Suit”, o traje de sobrevivência para a tripulação da cápsula de Orion.

Trajes mais maleáveis facilitam os movimentos dos exploradores espaciais — Foto: Kevin Wolf/AP

O modelo xEMU será mais flexível, conforme demonstraram os engenheiros da Nasa.

“Lembrem-se que durante os anos da Apollo, Neil Armstrong e Buzz Aldrin pulavam como coelhos no solo lunar. Agora será possível caminhar”, disse Jim Bridenstine, chefe da Nasa.

E como demonstrou a engenheira Kristine Davis, os astronautas terão muito mais liberdade de movimento: poderão levantar os braços acima da cabeça, o que não era possível com os trajes Apollo; também poderão agachar facilmente para pegar rochas lunares, sem se arriscar a perder o equilíbrio e cair.

Outra inovação importante é que o novo traje foi desenhado para se adaptar a todos os tamanhos, tanto para homens como para mulheres.

Jim Bridenstine e Kristine Davis durante demonstração da Unidade Móvel de Exploração Extra-veicular, da Nasa — Foto: Kevin Wolf/AP

G1

 

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