Política

Bolsonaro relembra defesa do ‘emprego e vírus com a mesma responsabilidade’, e alfineta ‘regras’ de Doria: “talquinho no bumbum, duas Coronavac e foi reinfectado”

Foto: Divulgação/GESP

O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta terça-feira (20/7) o governador de São Paulo (PSDB), João Doria. O mandatário alegou que, apesar dos cuidados e de já vacinado com as duas doses de vacina contra a COVID-19, o tucano foi reinfectado. No entanto, a imunização contra o vírus não impede que se contraia a doença, mas evita formas mais graves e casos de internação.

“Olha aí o governador de São Paulo. Vive aí, ditando regras de cumprimentar com o cotovelinho, máscara, talquinho Pom Pom no bumbum, duas Coronavac e foi reinfectado. Eu sempre falei que tínhamos que tratar a questão do desemprego e do vírus com a mesma responsabilidade. Porrada em cima de mim o tempo todo. Não errei nenhuma”, alegou.

O chefe do Executivo ainda teceu críticas ao lockdown também adotado em São Paulo na tentativa de conter os casos do novo coronavírus no país.

“Agora, o bem maior que nós temos é a liberdade. Olha o que fizeram na pandemia. Covardia. Toque de recolher, lockdown, fechar comércio. Lá em SP, soldar portas de metal, que ignorância, covardia. “Ah, eu to defendendo a vida do povo”. Tá é defendendo os seus interesses, pô. Agora fechou, tirou emprego de muita gente e o povo ficou sem nada. Se não é o auxílio emergencial, que criticam até hoje.”, acrescentou.

O presidente completou que deverá aumentar o Bolsa Família para cerca de R$ 300 no final do ano. “Quem sabe qual é média do Bolsa Família? R$190. O auxílio emergencial começou com R$ 600. Está R$ 250 agora. Diminui porque a gente não tem como se endividar mais. Agora salvou o Pronampe, auxílio emergencial. Estamos acertando pelo menos 50% de reajuste para o Bolsa Família para novembro e dezembro e tem gente que quer a volta desse cara que arrebentou com o Brasil”, disse em referência à Lula.

“Vivia tirando foto com Fidel Castro, visitando Cuba, Maduro, Chavez. Olhem como está a Argentina. Como os seus irmão estão passando lá, para onde estão indo. Infelizmente, já falei isso há alguns meses atrás, já começou o pessoal da Argentina a sair de lá. É a interferência do Estado na economia. A inflação anual na Argentina já ultrapassou 50%. Aqui aumentou também porque essa política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, lembra que falavam muito isso? ‘Ah, ele é presidente. Está preocupado é com a economia, não está preocupado com a vida’. Estou, sempre estive preocupado com vida e com a economia também. O povo sem dinheiro, morre de fome, pô. Essa molecada, mais de um ano fora de sala de aula. Imagine o retrocesso. Onde nós vamos parar?”, concluiu.

Correio Braziliense

Opinião dos leitores

  1. Será q esse idiota do mito ainda não entendeu que vacina não evita infecção ou reinfecção. Porra mito!!! vc é muito burro meu me irmão!!!. A vacina, em última instância, evita a morte do paciente. Sou semianalfabeto e já entendi, enquanto vc ainda está voando. Pqp !!!!!

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Saúde

Reinfecção por Covid-19 pode ser mais agressiva mesmo sem variantes, diz estudo

Foto: CNN

As pessoas assintomáticas e as que apresentaram sintomas leves ou moderados de Covid-19 correm risco de reinfecção pela doença, mesmo que não tenham sido contaminadas por uma das variantes de preocupação, como a amazônica P1, além das cepas de Reino Unido e África do Sul.

Nestes casos, o segundo contágio provoca uma resposta corporal inflamatória mais intensa e com sintomas mais fortes, mostra um estudo pré-publicado, ou seja, ainda não revisado por pares, de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (Idor).

Esse estudo usou exemplos de reinfecções ocorridas no estado do Rio de Janeiro que mostraram que pacientes desenvolveram sintomas mais agudos em relação à primeira infecção, mesmo não sendo contaminados com algumas dessas variantes.

De acordo com Fernando Bozza, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo que atua na Fiocruz e no Idor, esse risco de reinfecção em relação às novas variantes é maior, mas o foco do estudo, que não abordou essas cepas, foi os casos de infecção por cepas não variantes, algo novo até então.

O dado preocupa, pois derruba a ideia de que a reinfecção só ocorre devido às novas variantes como a P.1, a B.1.1.9 (do Reino Unido) e a B.1351 (de origem na África do Sul).

Conforme Bozza, o dado reforça ainda mais a necessidade de manutenção das medidas de contenção do novo coronavírus, como isolamento social, redução de circulação de pessoas, uso de máscaras e higienização.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vamos esperar os excepcionais, ilustrativos, científicos, arrazoado dos peritos em COVID, Dr Manoel F e Dr Santos, com aval do excepcional comitê científico Dr. Laís Íon Marise.

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Política

“Se eu, por ventura, for reinfectado, eu já tenho meu médico e já sei o que ele vai receitar para mim, o que me salvou lá atrás”, diz Bolsonaro

FOTO: JOÉDSON ALVES/EFE

O presidente Jair Bolsonaro usou sua live semanal nesta quinta-feira (26) para indicar que se for reinfectado com o coronavírus vai tomar mais uma vez a cloroquina, remédio sem eficácia comprovada contra a covid-19, num momento em que o governo tem um novo ministro da Saúde que defende a importância da ciência no combate à pandemia.

Em uma live atípica por ser mais curta que nos últimos meses, Bolsonaro adotou um tom mais moderado do o que o de costume e tossiu seguidas vezes.

Não tem um medicamento certo para isso ainda de forma clara, não existe medicamento para isso, mas o médico tem alternativas e pode salvar a sua vida com essa alternativa”, disse o presidente.

E completou:

“Se eu, por ventura, for reinfectado, eu já tenho meu médico e já sei o que ele vai receitar para mim, o que me salvou lá atrás”, acrescentou o presidente, que fez uma forte defesa da hidroxicloroquina quando contraiu a covid-19 no ano passado.

Com acréscimo de R7

Opinião dos leitores

  1. Esse cara precisa sofrer interdição. Enquanto ele tem médico pra tratar suas loucuras, a grande maioria não tem e muita gente está a espera de leitos de UTIs e morrendo pelo país. Interdição já.

  2. O mais recente apoio no Brasil ao uso "off label" de medicamentos no combate à COVID partiu do presidente do Conselho Federal de Medicina. Compete a ele, LEGALMENTE, disciplinar as orientações à categoria médica. Já há PAÍSES utilizando oficialmente tais remédios. A propósito, a Bahia, governada pelo PT, acaba de se render ao uso da ivermectina e da hidroxicloroquina. O discurso mentiroso está sendo derrotado pela realidade.

  3. Esse bobinho já se vacinou faz muito tempo. E foi com a coronavac. Pra que então decretou sigilo de seu cartão de vacinação? É um Pelé.

  4. O presidente está totalmente CERTO.
    Fui aí médico e foi esse o tratamento passado para mim.
    Você que acha que o nosso presidente está errado .se você for infectado por esse VIROS. Você não vai fazer uso deste tratamento?

  5. Em terra fértil nasce o que é bom,mas num trrreno árido,só cobras,lagartixas,escaravelhos.
    As vezes o remédio de DEUS é amargo demais….FARAÓ wue o diga.

  6. Esse é topado e testado.
    O melhor de todos os tempos.
    Bolsonaro.
    2022.
    Ô véi duro da gota serena.
    É cru meu fii !!!
    Ééééééé!!!!!!!

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Saúde

COVID: Ministério da Saúde confirma 1º caso de reinfecção por variante do Amazonas; mulher foi diagnosticada pela primeira vez em março e a outra em dezembro, com sintomas leves

FOTO: PIXABAY

O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (15) o primeiro caso de reinfecção pela variante do coronavírus do Amazonas. Trata-se de uma mulher de 29 anos do Estado do Amazonas. Ela está com sintomas leves da covid-19.

A mulher foi diagnosticada com a doença duas vezes, sendo a primeira em março e a segunda, em dezembro – nove meses depois. A segunda análise revelou que ela havia sido infectada pela variante do coronavírus do Amazonas, a B.1.1.28.

Essa variante foi detectada pela primeira vez em viajantes japoneses que tinham passado pela região amazônica. Estudo realizado pela Fiocruz mostra que a mutação detectada na variante é um fenômeno recente, originada entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

Até o momento, três casos de reinfecção com linhagens já circulantes no país já foram confirmados. O primeiro no Rio Grande do Norte, o segundo, em São Paulo e o terceiro no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério.

Um caso de reinfecção notificado na Bahia causado pela variante da África do Sul ainda não foi confirmado e está em investigação.

A pasta afirma que tem recebido diversas notificações de casos suspeitos de reinfecção por covid-19, mas que elas não cumprem os critérios necessários para confirmação.

“Um caso de reinfecção da covid-19 exige que o indivíduo apresente dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real para o vírus SARS-CoV-2, com intervalo igual ou superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção respiratória, independente da condição clínica observada nos dois episódios”, afirma.

O ministério da Saúde ressaltou a importância de manter o uso de máscara e higienização constantes das mãos e uso de álcool em gel, sem mencionar o distanciamento social, que faz parte das medidas de prevenção da covid-19.

A variante do Reino Unido, a mais disseminada até o momento, sendo já registrada no Brasil, Chile, Paquistão, Hong Kong, Cingapura, Canadá e Israel, entre outros países, é 70% mais transmissível que o vírus padrão, mas não agrava a infecção, segundo análise do ECDC (Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças). Já as variantes do África do Sul e do Amazonas ainda estão sendo analisadas.

R7

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro acabou de disser que fez um rigoroso estudo científico em seu condominio, onde, 200 pessoas tiveram covid, mas graças a cloroquina e ivermectina ninguem foi internado. Ora, pra que vacina se temos a solução? Parabéns ao nosso presidente, ele merece o prémio de cientista do ano.

  2. Esse governo consegue ser pior que o governo collor.
    Esse ministro parece uma barata tonta, não sabe ABSOLUTAMENTE DE NADA!
    E para fechar com chave de ouro, tem a boiada espalhando fake news, dizendo que a doença não existe.
    Estamos fudidos.

    1. Ótimo foi o seu ladrao condenado LULA, o maior ladrao da história da humanidade, esse FDP preferiu construir estádios ao contrário de hospitais, esse mesmo VAGABUNDO que doou bilhões para países DITADORES , você é BURRO , IDIOTA ou cego , ou pior os 3 ???
      Vá trabalhar VAGABUNDO

    2. O discurso dos bolsopetistas se resume a: se não apoiar o MINTOmaníaco vc eh comunista, petista, lulista, doriano… Eh impressionante a riqueza de argumentos! Kkkk.

    3. Calma Brasil. Ninguém tá falando de Lula. Será uma fixação sexual sua? Sóestá sendo dito que o Bozo, teu ídolo de merda, é incapaz no que eu concordo plenamente.

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Saúde

Estudo da Fiocruz reforça que reinfecção por covid-19 é possível e pode ser grave

Coronavírus (Foto: Getty Images)

Casos assintomáticos e mesmo brandos de covid-19 não oferecem imunização contra a doença, segundo um novo estudo da Fiocruz divulgado nesta quarta-feira (23/12). Publicado na Social Science Research Network, o trabalho reforça a ideia de que a reinfecção pelo SarsCov2 é possível e pode resultar em um quadro grave da doença. Ou seja, a população está ainda mais vulnerável à pandemia do que se imaginava.

O principal autor do estudo, o virologista Thiago Moreno, disse que apressou ao máximo a divulgação dos resultados por uma questão de responsabilidade social.”Sinto como uma questão de responsabilidade social divulgar o quanto antes”, afirmou Moreno, lembrando que estamos às vésperas do período de festas e viagens de férias. “Se você já teve uma infecção assintomática ou branda, isso não significa que não vá ter de novo, nem que será branda novamente.”

O estudo foi feito no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) a partir do sequenciamento de genótipos do novo coronavírus. O trabalho acompanhou semanalmente quatro indivíduos que não apresentaram nenhum sintoma desde o início da pandemia, em março. Foram feitos testes sorológicos e RT-PCR em todos os indivíduos acompanhados e todos testaram positivo, embora fossem assintomáticos.

No sequenciamento dos genomas, os pesquisadores confirmaram que uma pessoa contraiu o vírus associado à um genoma importado e outra apresentou uma estrutura viral associada ao genoma que já circulava pelo Rio de Janeiro.De acordo com Moreno, um dos voluntários procurou novamente o grupo de pesquisa no final de maio, alegando sinais e sintomas mais fortes de covid-19, como febre, e perda de paladar e olfato.”

Quando fizemos o RT-PCR mais uma vez, os quatro indivíduos testaram positivo. O que observamos foi uma reinfecção dentro do ambiente familiar”, explicou o pesquisador. “Contudo, a pessoa que apresentou em março o genótipo associado a casos importados agora estava infectada por uma outra cepa. O outro indivíduo, que tinha sido infectado com o genótipo que circulava no Rio continuava com o mesmo genótipo, mas ele já tinha algumas mutações acumuladas, o que permitiu a interpretação de que era uma reinfecção e não uma persistência da infecção.”

Para o virologista, o trabalho reforçou a noção de que a reinfecção é possível – algo comum entre os vírus respiratórios. Segundo ele, a primeira exposição ao vírus não garantiu uma memória imunológica do organismo.”Pessoas com casos assintomáticos ou muito brandos, se forem reexpostas ao vírus, poderão ter novamente uma infecção”, disse. “Desta vez, pode ser uma infecção mais severa do que a primeira, como demonstrado na pesquisa.”

Quando o organismo é invadido por algum microorganismo estranho, ele, inicialmente, lança uma resposta genérica para combater o invasor. Por não ser específica, essa resposta não gera uma memória da invasão, embora consiga derrotar as formas mais brandas da infecção. Nesses casos, não há imunização.Nas formas mais graves e mais longas da doença é diferente.

Há a formação de uma resposta adaptativa específica para combater aquele invasor. Essa resposta é que forma a imunização.Um outro problema, segundo Moreno, é que em alguns casos pode até acontecer uma imunização, mas que não é duradoura – é o que ocorre no caso do vírus influenza, por exemplo. “Os dois mecanismos podem estar acontecendo em paralelo”, explicou.

Época, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. O vírus selvagem não confere imunidades e as vacinas sim. O vírus tem alta letalidade mas 80% das infecções são assintomáticas. Quanto tempo ainda teremos que ouvir tanta picaretagem travestida de ciência?

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Saúde

COVID: “Esclarecemos a população que a reinfecção não é uma regra e não há motivo para alarde”, diz Saúde em Natal

Foto: Divulgação SMS

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Natal), informa que uma moradora de Natal teve o primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus confirmado pelo laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). A paciente de 37 anos e trabalha na área da saúde tanto do estado do Rio Grande do Norte como no da Paraíba.

Em junho, a profissional da saúde apresentou quadro de síndrome gripal e obteve resultado positivo para infecção pelo novo coronavírus. No dia 11 de outubro, ela voltou a apresentar sintomas gripais e realizou coleta de novo material que, após análise no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, constatou a presença de linhagens diferentes do vírus SARS-COV2, o que confirma o resultado positivo para a reinfecção.

“Esclarecemos a população que a reinfecção não é uma regra e não há motivo para alarde. Salientamos que a pandemia não acabou e que as pessoas devem manter a higienização das mãos, evitar aglomerações e usar máscaras”, disse Juliana Araújo, Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS Natal.

Todas os exames laboratoriais foram realizados na Paraíba, já a investigação do caso foi realizada pelo setor de vigilância epidemiológica de Natal e contou com a parceria entre os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, esse último que constatou que a paciente apresentou novamente caso de infecção pelo coronavírus após 116 dias da infecção original.

Atualmente existem em Natal sete casos notificados que podem sugerir reinfecção pelo vírus da Covid-19, sendo um dos casos confirmado e três inviáveis pelo fato de não haver a notificação do primeiro exame. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal reforça a importância de notificação de casos suspeitos e da investigação para possíveis casos de reinfecção, reforçando também que a população deve adotar todas as medidas de segurança para evitar contaminação, como uso de máscara, a higienização correta das mãos e respeitar as regras de distanciamento social.

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Saúde

Apesar de não haver nenhum caso de reinfecção por Covid-19 no RN, Sesap diz que suspeitos serão investigados

Apesar de não haver nenhum caso de reinfecção por Covid-19 no Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) lançou uma nota técnica nesta terça-feira (20) para que as unidades de saúde façam o acompanhamento de pacientes Covid-19 por tempo prolongado, investigando os casos de reaparecimento de sintomas após 60 dias de resultado positivo para Covid-19, confirmado pelo exame RT-PCR. O assunto foi abordado em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (21), na Escola de Governo.

“O monitoramento da Covid-19 no RN vem perpassando por diversas estratégias desde o início da pandemia. Neste momento a nossa preocupação também é estabelecer fluxos para análise de possíveis casos de reinfecção. Apesar de não termos casos confirmados de reinfecção no estado, de acordo com experiências observadas em outros países, é necessário o estabelecimento desse fluxo para que possamos ter um processo de investigação já estruturado”, explicou Alessandra Lucchesi, subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap.

Na coletiva de imprensa, Isac Davidson, sanitarista e Apoiador Técnico para enfrentamento a Covid-19 na Vigilância Epidemiológica da Sesap, explicou que a nota técnica foi lançada com o intuito de sensibilizar a rede de saúde para captação desses possíveis casos, definindo os procedimentos necessários para investigação. Os laboratórios públicos e privados não estão autorizados a descartar amostras positivas para SARS-CoV2, devendo seu armazenamento, neste momento, ser realizado por prazo indeterminado.

Devem ser investigados os casos de pacientes que apresentem sintomas de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave após 60 dias do primeiro episódio de sinais e sintomas que obtiveram diagnóstico confirmado para Covid-19 através de resultado de RT-PCR positivo.

“Foi feita uma revisão minuciosa em nossa base de dados e não identificamos pacientes que pudessem se encaixar nos critérios para reinfecção. Só é iniciada a investigação se uma segunda amostra por RT-PCR der resultado positivo”, disse Isac.

O Laboratório Central (Lacen) será responsável por reavaliar as amostras. Caso as duas amostras sejam confirmadas positivas para Covid-19 por RT-PCR novamente, estas serão encaminhadas ao laboratório de referência nacional para ser realizado o sequenciamento do genoma viral e análise comparativa, para determinar se houve uma reinfecção ou a reativação da doença.

Números

De acordo com o boletim epidemiológico da Sesap, nesta quarta-feira (21), há no RN 79.326 casos confirmados para Covid-19 – um total de 622 casos novos a mais que o boletim anterior – além de 24.958 suspeitos e 185.573 descartados. Até o momento foram confirmados 2.556 óbitos, sendo 1 nas últimas 24h e um total de 323 óbitos em investigação, além de 586 óbitos descartados.

A taxa de ocupação de leitos está em 39%. Até o final da manhã desta quarta (21), havia 210 pessoas internadas em leitos críticos e clínicos em unidades de saúde públicas e privadas do estado. Por região de saúde, a ocupação de leitos está em 30% na região Metropolitana, 56% no Oeste, 77% no Alto Oeste, 41% na região do Seridó, Mato Grande com 100%, Trairi/Potengi com 9% e a região Agreste está sem pacientes internados em leitos de UTI.

O índice R(t) – que determina o potencial de propagação do vírus – está em 0,54 para o RN como um todo. Os índices por região: Agreste (0,69), Oeste (0,79), Mato Grande (1,15), Seridó (0,79), Trairi/Potengi (0,78), Alto Oeste (1,10), Região Metropolitana (0,79) e Vale do Açu (0,80). Os dados são do Laboratório de Inovação Tecnológica (LAIS) da UFRN.

Testagem

A subcoordenadora do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Kelly Lima, apresentou os resultados preliminares da testagem que foi realizada nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21) para os trabalhadores da Ceasa/RN. Entre os 400 trabalhadores testados, um total de 20 casos teve resultado positivo para Covid-19 e em todos esses casos os trabalhadores estavam assintomáticos.

A subcoordenadora também expôs o último balanço feito pelo Cerest de profissionais de saúde acometidos pela Covid-19, totalizando 6.253 trabalhadores, com 65% desses casos já tendo alta e retornado ao trabalho.

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Saúde

Sesap publica nota técnica sobre casos de reinfecção de covid no Estado e recomenda acompanhamento de pacientes por tempo prolongado

Casos de Covid confirmados por RT PCR (técnica de medicina molecular) que apresentarem sintomas após 60 dias poderão ser investigados para uma possível reinfecção. No RN não existe nenhum caso de reinfecção confirmado até o momento

Mesmo sem ter nenhum caso confirmado de reinfecção por Covid-19 até o momento, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde Pública organizou o fluxo de notificação e investigação de possíveis casos de reinfecção pelo SARS-COV-2 no território do Rio Grande do Norte.

Apenas em 24 de agosto no deste ano em Hong Kong, houve a confirmação de um caso de reinfecção pelo SARS-CoV2 em um indivíduo assintomático 4 meses e meio após o primeiro episódio sintomático de COVID-19. Tal confirmação foi realizada após os pesquisadores sequenciarem o genoma das duas amostras virais que infectaram o indivíduo e detectaram que o vírus da segunda infecção era diferente da primeira, confirmando assim a possibilidade de reinfecção pelo SARS-CoV2.

De acordo com Alessandra Lucchesi, subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica diante dessa nova perspectiva, recomenda-se o acompanhamento de pacientes COVID-19 por tempo prolongado independente da diminuição dos sintomas, bem como não está autorizado o descarte de amostras positivas para SARS-CoV2, devendo seu armazenamento neste momento ser realizado por prazo indeterminado, tanto as amostras analisadas pelos laboratórios públicos, quanto por laboratórios privados.

“Até 90 dias após a primeira infecção é possível encontrar fragmento viral na naso e orofaringe do paciente. Como até o presente momento nenhum paciente positivou em RT-PCR após 90 dias da data da primeira confirmação de infecção, optamos por ampliar a sensibilidade da rede de vigilância no RN com a investigação de possíveis casos”, esclarece Alessandra Lucchesi.

Nessa perspectiva, qualquer paciente que tenha o RT-PCR positivo numa primeira infecção e que após 60 dias apresente qualquer sintoma de síndrome gripal será investigado para possível caso de reinfecção. “Esse procedimento só será válido com pacientes que apresentem o diagnóstico com a RT-PCR. Essa investigação consiste na análise tanto dos aspectos clínicos, quanto do genoma do vírus, ou seja da estrutura genética do vírus, para que a gente consiga identificar uma possível reinfecção”, finaliza a subcoordenadora.

Opinião dos leitores

  1. Depois da eleição começa aparecer novos casos e os primeiros de reinfecção pelo Corona . A turma já eleita e o estado com o pinico na mão, nada melhor que uma pandemia para pedir $$$ ao governo federal!

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Saúde

Holanda registra 1ª morte por reinfecção de covid-19 no mundo; cientistas assumem que as reinfecções ainda são “exceções”

Foto: Reprodução / Pixabay

Uma holandesa de 89 anos, um dos 25 casos conhecidos de reinfecção com SARS-CoV-2 no mundo, morreu dos efeitos da segunda vez que adoeceu com covid-19, agravado por uma forma rara de câncer de medula óssea que sofria, tornando-se a primeira morte conhecida por uma reinfecção pelo novo coronavírus.

Conforme explicou a virologista Marion Koopmans na terça-feira (12), a paciente teve que ser internada no hospital na primeira onda de infecções, após desenvolver sintomas como febre alta e tosse forte, mas teve alta após cinco dias e teste negativo em dois PCR a que ela foi submetida após o desaparecimento dos sintomas.

A paciente holandesa também sofria de uma doença conhecida como macroglobulinemia de Waldenström, uma forma rara de câncer de medula óssea, então seu sistema imunológico foi afetado por meses.

Dois meses após a superação do covid-19, a mulher iniciou novas sessões de quimioterapia, mas a paciente começou a ter febre, tosse e uma forte falta de ar apenas dois dias depois, sendo readmitida no hospital.

Ela foi submetida a uma PCR, na qual deu positivo, mas deu negativo em dois testes sorológicos que foram feitos para detectar se ela ainda tinha anticorpos contra o vírus no sangue, após a primeira vez que foi infectada.

Oito dias após a internação, o estado de saúde da paciente piorou drasticamente e ela morreu duas semanas depois.

“Ela provavelmente morreu de coronavírus, mas também estava muito doente”, disse Koopmans, que está participando de um acompanhamento de reinfecções realizado pela Universidade de Oxford, à imprensa local.

O virologista holandês destacou que hoje existem cerca de 25 casos conhecidos de reinfecção em todo o mundo e, na maioria dos casos, desenvolveram-se sintomas menos graves do que durante a primeira infecção.

Assim, os cientistas assumem que as reinfecções ainda são “exceções”, embora Koopmans acredite que “haverá mais”, mas esclarece que “a questão importante permanece se isso é típico de covid-19”, porque em muitos casos o segundo contágio ocorreu apenas dois meses após a primeira infecção.

Embora ele espere que a maioria das pessoas que superaram a primeira infecção pelo coronavírus estejam agora protegidas “por mais tempo” contra a covid-19, ele reconheceu que, em qualquer caso, “isso não durará uma vida inteira porque nunca foi visto. sem vírus respiratório. ”

Ainda não está claro o que o conhecimento desses casos específicos pode significar ao desenvolver a vacina covid-19, nem em que medida o sistema imunológico aprende o suficiente durante a primeira infecção por coronavírus, mas anticorpos produzidos naturalmente após um contágio inicial, parecem desaparecer com relativa rapidez em certos casos.

EFE

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