Judiciário

Justiça nega pedido de indenização no RN por danos morais após desconto de salários de grevistas

Foto: Ilustrativa

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, à unanimidade de votos, negou provimento a uma Apelação Cível movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) que pedia a reforma de sentença de 1º Grau que julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais coletivos feito pela entidade sindical em razão de corte supostamente ilegal dos vencimentos de servidores no período de greve.

A decisão teve a relatoria do desembargador Vivaldo Pinheiro e trouxe ao debate, mais uma vez, a legalidade ou não para o exercício de movimentos grevistas no âmbito do serviço público. Veja matéria completa aqui no portal Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. O cara faz greve fica 10/20 dias sem trabalhar, só criando caos no trânsito e depois ainda tem a pachola de pedir danos morais, por não ter recebido por período que não trabalhou.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Município de Natal não poderá descontar remuneração de grevistas

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do RN não autorizaram os descontos remuneratórios nos contracheques dos agentes de saúde do Município de Natal pelos dias paralisados durante a greve que durou de outubro de 2018 a janeiro de 2019. A Corte potiguar destacou, para tanto, a jurisprudência de tribunais superiores, a qual ressalta que a Administração pode proceder descontos na remuneração, a exceção quando a paralisação for provocada por conduta ilícita do Poder Público, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que fixou tese de repercussão geral por ocasião do julgamento do RE 693.456.

“Vê-se que o precedente a ser observado trouxe como exceção à possibilidade de descontos a hipótese em que se verificar ter sido a greve provocada pelo ente público, o que é o caso dos autos”, aponta o relator do recurso, o desembargador Virgílio Macedo Jr.

Segundo os autos, o movimento foi deflagrado, dentre outros motivos, para assegurar condições mínimas de trabalho aos agentes de saúde e à implantação de benefícios remuneratórios a que faziam jus em virtude de lei não cumprida desde o ano de 2010.

De acordo com a decisão, foram realizadas várias reuniões e acordos entre a categoria e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todos descumpridos. Também foram realizadas Assembleias Gerais pelo Sindicato, sendo a primeira para a deliberação do indicativo de greve, em 4 de outubro de 2018, e a segunda para deflagração do movimento, em 19 do mesmo mês, todas remetidas para o Poder Executivo informando previamente as intenções da categoria.

“O direito de greve dos servidores públicos, a despeito de carecer de regulamentação legal, é exercido nos termos da Lei nº 7.783/1989, conforme entendimento firmado no julgamento do Mandado de Injunção nº 708, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes e no Mandado de Injunção nº 712, que teve como relator o Ministro Eros Grau (DJe em 31/08/2008)”, aponta o relator.

(Processo nº 0808507-55.2018.8.20.0000)
TJRN

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trânsito

FOTO: “Amarelinhos” são chamados para organizar o trânsito e acabam “filando a bóia” dos grevistas

IMG-20151117-WA0022Foto: cedida

Sinsenat interditou trecho na Rua Jundai nesta terça-feira(17), e os “amarelinhos da STTU foram chamados para resolver o problema. Em decorrência do bloqueio da via, dois prédios na esquina da Câmara estão sem poder entrar carros. Conforme imagem acima, moradores da localidade deram um flagrante inesperado: os homens do trânsito resolveram almoçar com os sindicalistas.

nossa-greve-c3a9-8

Opinião dos leitores

  1. Na verdade, é imprescindível exigir conduta diversa dos "amarelinhos". Podem nem ter intenção ou se tocado do fato, mas é impróprio o ato cometido. Agiram mal.

  2. Em uma sociedade educada e organizada, os agentes públicos de polícia, bombeiros,professores, são recebidos e acolhidos em reconhecimento do oficio público que exercem em favor da sociedade. Aqui "metem o malho". Se fosse a PM,coitados, ai é que o malho ia comer.
    Esse é o lado desconstrutivo da imprensa que está desconstruindo a sociedade bresileira.
    Parabéns aos Grevistas que inteligentemente forneceram o almoço e garantiram a presença dos agentes da STTU por mais tempo no loca. se estes fossem se deslocar para o almoço diminuiria o contingente.
    Existem muitas virtudes no blog, mas essa foi de lascar!

  3. O dono desse blog puxa saco de políticos e gosta de derrubar o trabalho dos amarelinhos, ja deve ter tomado muitas multas para ter tanta raiva deles. Os caras não estão fazendo nada demais, são seres humanos, precisam comer.

  4. É melhor se informar antes de publicar e expor os agentes de trânsito dessa maneira. Eles tem direito ao intervalo para uma refeição e o sinsenat é o sindicato que representa a categoria. Eles estão usufruindo de uma coisa que eles pagam todos os meses e tem direito. Esse termo "filando a bóia" é pejorativo e expõe esses funcionários públicos a uma situação constrangedora.

  5. Nao vejo problemas, pois todo trabalhador tem direito a um intervalo na jornada de trabalho diario, nao acho q com eles tem q ser diferente. Mas talvez eu esteja enganado sera q por ser amarelinho nao tem esse direito?
    " e melhor ter ouvido pra ouvir besteira do q ser surdo!"

  6. Não vi irregularidade nenhuma na foto acima, se eu fosse um desses moradores, compraria um refrigerante e levaria.

    acho que queriam que a notícia fosse assim : " Grevistas negam comida aos amarelinhos"
    recado para os moradores " Procurem uma lavagem de roupa"

  7. Pelos menos sabem fazer outra coisa além de ficar parado feito um boneco só olhando o movimento.
    A municipalização do trânsito só trouxe prejuízos para a cidade e para os condutores.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

FOTOS: Carlos Eduardo bate-boca com grevistas

 

BX0-dlKIcAAPRvJ.jpg large BX09X7JCAAAXmbW.jpg largeFotos: Cláudio Abdon

Opinião dos leitores

  1. Nada a ver! Carlos Eduardo está trabalhando e muito por Natal. Quem fala dele deve estar muito despeitado por ele está fazendo em dez meses, o que a MICA não fez em quatro. E quanto à truculência que estão falando, acho corretíssimo! Vagabundo é para ser tratado como tal. Doa a quem doer…

    1. Cláudia Souto,
      O fato da gestão anterior ter sido ruim pra Natal não dá o direito a Carlos Eduardo administrar a cidade de forma inerte nas ações administrativas e truculenta na relação com os servidores municipais.
      Até entendo que os ocupantes de cargos comissionados defendam cegamente o prefeito. Mas não acho isso justo para com os natalenses.

    2. Cláudia souto, os funcionários não são vagabundos não, pense muito antes de falar certo tipo de coisas se ele é tão bom pq sera que a cidade de natal esta falida! Vagabundo é quem não tem coragem de protesta e fica atras de um comentário só acusando os outros!

  2. Gente, vocês viram o que aconteceu na Rua Ulisses Caldas?
    O prefeito Carlos Eduardo parecia um desequilibrado agredindo verbalmente os trabalhadores do município que faziam uma mobilização pacífica pelos direitos que a prefeitura tá se recusando a cumprir. Isso é um absurdo. Esse cidadão não tem condições emocionais de administrar Natal.

  3. Ou apenas Carlos Eduardo estava conversando com o cidadão e aproveitaram para falar mal do prefeito? Não sou contra nem a favor dele, mais temos que primeiro saber apenas do que se realmente trata entre eles.

  4. Alguém sabe o porquê do prefeito Carlos Eduardo ter tanta raiva dos servidores públicos municipais de Natal?

  5. Esse prefeito de um mandato só ta colocando as garrinhas de fora, arrogante e autoritário. Criticou duramente a gestão micarla, mas o que mudou até agora?

  6. A arrogância de Carlos Eduardo Alves se revela em lances como esse. O prefeito é um gestor do tipo truculento que jamais admite as opiniões antagônicas. Demonstra despreparo para o cargo, nos tempos atuais. O que será de nós natalenses ???

    1. Caro Antônio Salustino, esse destempero não só no Prefeito Carlos Eduardo mas em muitos da sua trupe. A exemplo o secretário Raniere Barbosa titular da SEMSUR e de alguns cargos comissionados da pasta citada. que trata os funcionários como "lixo."

    2. Edilene, sugiro que você denuncie ao Ministério Público esses absurdos que vem ocorrendo na em na SEMSUR. E ficamos torcendo que o MP faça alguma coisa pela moralidade naquela secretaria. Pelo que se comenta na cidade são gravíssimos os desmandos na SEMSUR.

    3. Já em relação ao prefeito, em minha opinião, eletem feito muito a vista do estavamos vivendo durante os 4 anos da gestão, Mikarla dd Sousa, a BORBOLETA. E o dou parabéns pela administração que tá fazendo em Natal.
      Em relação ao secretário Raniere Barbosa e algumas peças nomeados comk cargos comissionados que, lá, encontram-se, com chicote em mãos tratando funcionários e até os cargos de conziderados, aqueles cargos indicados por lideranças comunitarias, e que findao se sujeitando a passar por muitas Humilhações, por parte de uma certa chefe autoritaria, que por muitas vezes faz com que essas pessoas chorem, e essas por medo de perder um salariozinho e entre outras coisas tipo de perseguição, essas se submetem a sofrer esse tipo de acedio moral e manterse caladas, e assim deixando com que essa dita cuja aja frequentemente de forma humilhadora com seus outros colegas de trabalho, e nada seja feito. Eu aconselho que essas pessoas GRAVEM, pegue e colha todos os dados necessarios e assim também seja um orientator aos demais colegas que estão sofrendo do mesmo dano ao desenvolvimento de suas atividades e assim provocando a ser o caso da pessoa chegar a ter uma depressao aguda por certo tipo de assédio moral.. e que esses colegas siguam enfrente coletando material suficientes para darem entrada ao processo contra as tais pessoas que moralmente tá as pesseguindo rudimente em seu trabalho, chegando assim as os prejudicar psiquicamente.

      Gente, existem leis , tv, jornais, justiça e outros meios de communicacao em redes sociais, e assim, podemos dá um STOP a esse tipo que assédio que a qualquer momento pode deixar e fazer com quer, essas pessoas que passam e sofrem com assédio moral, venham à ter p roblemas serissimos em sua saúde física e mental.
      Entao, repito que sigam enfrente e denuncie,,!!!

      Quanto ao prefeito, não sou funcionário público, mais estou a parabeniza-lo por sua administracao, e demais ações que já tens realizado por nossa cidade, mais também peço quer, reanalize a situação dos funcionários públicos de todos os âmbitos e esferas municipi e que deem melhor condições de trabalho, trabalhe em favor ao servidor publico, porquer assim, sendo, podemos ver em sua significância nas condições de trabalho e melhorias salarias, poderemos ver um percentual de melhorias tanto para servidores, quanto para toda população de nossa cidade, que com esse percentual e a cada melhoria realizada pelas administrações herdadas a cada troca de gestor, que se todos contribuir em sua administração, contruir de forma possitiva para nossa cidade,, nosos funcionários, nossa população que utilizam de um serviço de melhor prestação fornecida pela educação, saúde, segurança e outras demais areas, assim poderemos ter um cwrto melhor percentual possitivo ao desenvolvimento de nossa cidade e até mesmo ssim, sendo espelho possitivo e cipiado aos demais estados e cidades, tornando nosso país, com um melhor desenvolvimento na quzlidade de vida..

      Fica a dica, prefeito!!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Direção e chefias do Walfredo Gurgel se recusam a entregar lista com nomes de grevistas

No dia 19 deste mês, a secretaria de Saúde, através de memorando, solicitou a todas as direções de hospitais e unidades que produzissem listas com os nomes dos servidores que têm aderido à greve. Segundo o Sindsaúde, estas listas possivelmente seriam usadas para medidas como o corte dos plantões eventuais e do adicional de produtividade. Ou até o corte de ponto, como chegou a ser anunciado pela Sesap à imprensa, mas que não foi comunicado oficialmente. Confira abaixo nota da categoria:

Diante dessa solicitação, a resposta das chefias do Hospital Walfredo Gurgel foi negativa. Em documento enviado à Sesap no dia 20, as chefias classificam a medida como assédio moral contra os servidores em greve. “Tal ato fere a Constituição Brasileira e se caracteriza como assédio moral coletivo, repudiado por nossa atitude ética e de bom senso”, diz o documento.

Na quarta-feira, a Sesap convocou uma reunião no hospital, com as chefias, para tentar convencê-los a entregar os nomes, sem sucesso. “Os coordenadores mantiveram-se firmes e não vão entregar os nomes”, conta Manoel Egídio, vice-coordenador do Sindsaúde-RN e enfermeiro do hospital. “Foi uma decisão importante e corajosa, e é um exemplo que já começa a repercutir nos outros hospitais”, conta Egídio.

No documento enviado, as chefias do Walfredo ainda afirmam que, durante a greve, “em nenhum momento os procedimentos da urgência e emergência foram negligenciados”. O documento do Walfredo e as recentes decisões judiciais negando a ilegalidade nas greves dos professores do Rio Grande do Norte e de Natal motivaram os servidores da saúde. “Nossa greve é justa e legal. Não vamos aceitar intimidação e terrorismo”, afirma Egídio.

VEJA O OFÍCIO DO WALFREDO GURGEL

Memo. 093/2013

Assunto: Solicitação de relação nominal de servidores

Em resposta ao memorando Nº012/2013-DG de 19 de 08 de 2013, cientes do conteúdo do mesmo e em concordância com todas as chefias desta Unidade Hospitalar, optamos por não enviar a relação dos servidores em greve por entendermos que tal ato fere a Constituição Brasileira e se caracteriza como assédio moral coletivo, repudiado por nossa atitude ética e de bom senso.
Esclarecemos que:

1 – Em nenhum momento os procedimentos da urgência e emergência foram negligenciados;

2 – Os prejuízos foram atenuados pela eleição de prioridades e procedimentos a ser cumpridos por cada categoria, de modo que não houvesse perdas para aqueles que precisavam de mais cuidados.

3 – Não houve a falta efetiva do funcionários, uma vez que se revezaram no trabalho e na greve, cumprindo com as atividades pactuadas na instituição e na programação do comando de greve.
Diante do exposto, reafirmamos a posição supracitada e seguem abaixo nossas assinaturas.

Opinião dos leitores

  1. Esta atitude deveria também ser tomada pelo delegado geral, Ricardo Sérgio, e não entregar os nomes dos grevistas. A dignidade não pode ser vendida por nada, nem muito menos por uma mera gratificação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Dilma defende punição exemplar para grevistas

A presidente Dilma Rousseff exigiu punição exemplar dos grevistas que tenham ultrapassado os limites da legalidade. Irritada com o que considera abusos, especialmente na Polícia Federal e mais ainda na Polícia Rodoviária Federal, Dilma cobrou do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, a identificação dos policiais que cometeram abuso de poder ou outras irregularidades.

Entre os casos que ela achou abusivos estão uma placa colocada em um posto da PRF na Via Dutra com os dizeres “passagem livre para traficantes de armas e drogas” e o protesto na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu.

O Ministério do Planejamento continuou na quarta-feira, 22, as negociações com vários setores, mas não deu sinais de que irá um centavo além dos 15,8% oferecidos na semana passada, divididos em três parcelas. A aceitação do reajuste, explica um assessor próximo da presidente, não significa que o governo deixará de negociar outros itens, como ajustes nos planos de carreira.

Dilma, no entanto, não quer continuar a conversa com os servidores em greve. A pressão veio por meio da decisão de cortar o ponto e descontar os dias parados de 11,5 mil servidores em greve. Em alguns casos, funcionários tiveram o pagamento zerado este mês, o que causou revolta nos sindicatos.

A reação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) foi recorrer ao STF com um “pedido de liminar com urgência, para tentar conter esse abuso de poder”, explicou o diretor Sérgio Ronaldo da Silva. A seu favor ele cita nota técnica do Planejamento dizendo que o desconto devia ser de apenas sete dias “para não prejudicar a questão da alimentação e do pagamento das contas”.

Os sindicatos dos policiais federais também irão à Justiça contra o corte de ponto – o do Rio Grande do Sul conseguiu ontem uma liminar. “Temos uma defasagem salarial, mas o governo só oferece reposição. Queremos a remodelação da carreira”, explicou Paulo Poloni, vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Na quarta-feira, os oficiais e os assistentes de chancelaria do Itamaraty aderiram à greve. Eles haviam parado por uma semana para conseguir abrir a negociação com o governo e voltaram ao trabalho. Sem receber nenhuma proposta, decidiram ontem retomar a paralisação. /COLABOROU DÉBORA ÁLVARES

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Bicho Pegou: STJ autoriza Dilma cortar ponto dos grevistas

O ministro Ari Pargendler, presidente do Superior Tribunal de Justiça, cassou nesta segunda-feira (6) a liminar da Justiça Federal de Brasília que proibira o governo de cortar os salários de servidores públicos em greve. Com isso, foi restabelecido o comunicado  do Ministério do Planejamento às chefias de repartições públicas determinando o corte do ponto dos grevistas a partir de julho.

Ordenado por Dilma Rousseff, o corte na folha havia sido suspenso em 24 de julho pelo juiz Flávio Marcelo Borges, da 17ª Vara Federal de Brasília. Ele deferira um pedido de liminar feito pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF. A Advocacia-Geral da União recorrera ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado na Capital.

Sob a alegação de que corte salarial dependeria de uma decisão judicial que decretasse a ilegalidade da greve, o TRF-1 mantivera em pé decisão do juiz Flávio Borges. O governo recorreu, então, ao STJ. Daí a decisão do ministro Pargendler, agora favorável ao governo. Ele considerou que, ainda que a paralisação seja considerada legítima, não é razoável remunerar os grevistas.

Embora reconhecido no texto da Constituição de 1988, o direito de greve dos servidores públicos jamais foi regulamentado pelos congressistas. A falta de regulamentação levou o STF a decidir que se aplica ao serviço público, por analogia, a lei de greve da iniciativa privada.

Em seu despacho, Pargendler realçou que, no setor privado, a greve funciona como uma suspensão temporária do contrato de trabalho. Algo que “afasta do trabalhador o direito ao salário.” Lembrou que, assim como o empregado necessita do contracheque, a empresa precisa da mão de obra. Sem ela, “os negócios entram em crise.”

O ministro anotou que a “tensão” entre os interesses antagônicos de empregados e empregadores faz com que sejam produzidos acordos rápidos. “Ninguém no nosso país faz ou suporta indefinidamente uma greve no setor privado”, anotou Pargendler. Na seara estatal, dá-se, segundo o magistrado, coisa diferente.

“No setor público, o Brasil tem enfrentado greves que se arrastam por meses. Algumas com algum sucesso ao final. Outras, sem consequência para os servidores. O público, porém, é sempre penalizado.” O ministro indagou no despacho: “A que limite está sujeita a greve, se essa medida [o corte dos salários] não for tomada? Como compensar faltas que se sucedem por meses?”

Pargendler citou decisões judiciais anteriores. Considerou que o corte dos salários de servidores grevistas é amparado pela jurisprudência do STJ e também do STF. Lembrou que é possível trocar o corte pela compensação dos dias parados com trabalho extra. Mas cabe à administração pública tomar a decisão, observados os princípios da “proporcionalidade e da razoabilidade.”

Ao endurecer com os grevistas, Dilma mimetiza o antecessor. Sempre que confrontado com paralisações, Lula ecovou seu passado de sindicalista para defender os cortes. Em pleno ano eleitoral de 2010, ele confrontara-se com servidores grevistas nos seguintes termos:

“Eu fazia assembleia com 100 mil trabalhadores e nunca aceitei que recebessem os dias parados. Porque greve é guerra, não é férias. […] Eu tinha coragem de entrar na greve e tinha coragem de terminar a greve.”

Fonte: Josias de Sozua

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

Grevistas da UERN vão realizar protestos na Zona Norte de Natal nesta quarta

Nesta quarta-feira (13), os professores, servidores e estudantes da UERN farão nova mobilização grevista. Desta vez, o ato será em frente ao Complexo Cultural de Natal, administrado pela Universidade, na Zona Norte (Av. João Medeiros Filho S/N, Bairro Potengi).

No evento “Sinal Fechado para Educação”, os grevistas irão distribuir panfletos, esclarecendo a importância da Uern e pedindo o apoio da sociedade para o movimento grevista, que reivindica reajuste salarial para os servidores, autonomia financeira da universidade, melhoria das bibliotecas, incentivo à pesquisa, laboratórios estruturados, residências universitárias próprias e de qualidade, assistência estudantil e conclusão das obras inacabadas, entre as quais está o prédio da sede própria da UERN em Natal, que fica ao lado do Complexo Cultural, na Zona Norte, onde será realizado o protesto.

O movimento contará inclusive com o apoio da comunidade que é atendida pelo Complexo Cultural de Natal, através das associações de bairros da Zona Norte.

A movimentação acontecerá a partir das 17h.

Os grevistas esclarecem que o movimento é pacífico e não vai atrapalhar o trânsito. “Não é nosso objetivo causar transtornos à população, mas sim esclarecer a importância da UERN para a educação potiguar, pois a Universidade vem sendo tratada com descaso pelo Governo do Estado”, explica a professora Michele Galdino, uma das organizadoras do evento.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Governo da Rosa corta ponto dos Grevistas

Governo Rosalba jogou duro, pelo o que o BG apurou, o governo não vai voltar atrás, vai cortar os pontos dos funcionários mesmo. Segure reportagem de Júlio Pinheiro para a Tribuna do Norte

Os servidores da administração pública que entraram em greve terão os valores referentes a cada dia de paralisação descontados. O Governo do Estado vai divulgar hoje um ofício circular a todos os órgãos da administração direta e indireta, informando que os dias em que os servidores não foram trabalhar serão descontados no pagamento do próximo mês. O Executivo afirma que há amparo legal para o desconto e que, caso ocorra o pagamento, os gestores podem incorrer em crime de improbidade administrativa.

Desde o início do mês, diversos servidores públicos iniciaram o movimento grevista devido ao não pagamento, no mês de setembro, dos valores referentes a planos de cargos e salários dos servidores, além da falta de condições de trabalho para algumas categorias. No Rio Grande do Norte, participam da greve técnicos administrativos da Secretaria de Educação, servidores do Detran, Emater, Procuradoria Geral do Estado, Emparn, Fundação José Augusto, Idema, Idiarn e Jucern, além dos Agentes Penitenciários. No entendimento do procurador-geral do Estado, Miguel Josino, todos terão descontados os dias que não foram ao trabalho.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Êita q essa eu quero ver…todos os governos q passaram pelo RN desde q me entendo d gente ameaçavam ms nunca teve corte d ponto…e olhe q as greves duravam mto mais tempo…ms não quiseram a ROSA…aguentem…

  2. Corte maior iremos dá a essa Rosalba qdo ela precisar dos nossos votos (funcionários do Estado) ELA QUE NOS AGUAAARDEE!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *