Diversos

Homem no interior do RN com quase 300 quilos aguarda transferência para UTI em colchão no chão de hospital

Foto: Cedida

Reportagem do portal G1-RN destaca que um homem de 43 anos, que pesa cerca de 300 quilos, está internado no Hospital Regional de João Câmara, município a 74 km de Natal, e precisa de um leito de UTI para estabilizar o quadro de saúde. Devido à condição de obesidade mórbida, Carlos Alberto Félix da Silva teve que ficar em um colchão no chão da unidade hospitalar, já que não existia maca adequada para suportar o peso. A família espera por uma transferência de urgência para um hospital na capital potiguar. Veja todos os detalhes AQUI no G1-RN.

Opinião dos leitores

  1. Verdade. Já pagou DUAS das QUATRO folhas de pagamento atrasadas. E vai ser reeleita por mais QUATRO anos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Covid-19: obesidade é fator de risco tão grave quanto ser idoso, descobrem cientistas brasileiros

Foto: Alissa Eckert, Dan Higgins/CDC

A obesidade é um fator de risco para o agravamento da Covid-19 e morte pela doença tão importante quanto ser idoso (entenda por quê). Cientistas brasileiros descobriram que os obesos correm perigo elevado, não importando idade, sexo, etnia ou comorbidades, como hipertensão, doença cardíaca, pulmonar ou diabetes.

Pessoas com sobrepeso também têm risco aumentado, pois este cresce junto com os quilos na balança. Indivíduos acima do peso, mas que não chegam a ser obesos, já têm algum grau de inflamação e podem apresentar deficiências imunológicas, afirma Silvia Sales-Peres, professora da Universidade de São Paulo (USP) em Bauru e coordenadora de uma revisão sistemática sobre o impacto da obesidade sobre a Covid-19.

— Vimos que mesmo em pessoas sem nenhuma outra doença além da própria obesidade, o risco de Covid-19 grave é significativamente maior, inclusive nos jovens. Isso é gravíssimo para o Brasil, no qual a maior parte da população está acima do peso — enfatiza Sales-Peres.

Em abril, médicos já haviam observado uma relação evidente entre a obesidade e a Covid-19 grave. Mas se pensava que isso ocorria porque a obesidade quase sempre está acompanhada de comorbidades. O que o estudo da USP mostra é que somente ser obeso já eleva muito o risco da Covid-19.

Pessoas obesas e aquelas com sobrepeso enfrentam o coronavírus em desvantagem a partir do momento em que são infectadas. E nelas a doença também progride mais depressa para um quadro grave, salienta Sales-Peres.

Apoiado pela Fapesp, o estudo do grupo dela foi publicado na revista Obesity Research & Clinical Practice e analisou dados de nove pesquisas com 6.577 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 em China, França, Espanha, Itália e Estados Unidos. O estudo mostrou que 9,4% dos obesos internados em UTI morreram.

Uma outra pesquisa internacional, publicada na Obesity Reviews com dados de 399.000 pacientes no mundo, mostrou que pessoas obesas com coronavirus têm 113% mais chance de precisar de internação do que aquelas com peso normal. O risco de internação em UTI é 74% maior e o de morte, 48% superior.

A notícia é particularmente preocupante para o combate da pandemia em países como o Brasil em que 55% da população têm sobrepeso e outros 19,2% são obesos, de acordo com a última pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, com dados de 2018.

Uma série de mecanismos de defesa e de inflamação são desregulados nos obesos e, em menor escala, nas pessoas com sobrepeso. Um dos mais importantes é que por terem mais receptores chamados ECA-2, usados pelo coronavírus para invadir as células, essas pessoas têm maior carga viral.

Além disso, o Sars-CoV-2 se multiplica no tecido adiposo e faz dele um reservatório. O coronavírus não apenas ataca com mais intensidade quanto permanece por mais tempo, explica Sales-Peres.

Tempestade perfeita

Especialista em obesidade, Lício Velloso, professor titular do Departamento de Clínica Médica da Unicamp, salienta que no obeso o corpo está em desequilíbrio permanente. Por isso, é muito mais vulnerável ao coronavírus.

O obeso tem menos defesas contra vírus porque sua imunidade é mais fraca. E também é mais propenso a quadros inflamatórios graves porque já sofre de inflamação crônica. Para piorar, o coronavírus se multiplica e se esconde na gordura. Como se não bastasse, o excesso de tecido adiposo prejudica o funcionamento dos pulmões. Ele é vítima de uma tempestade perfeita.

— A obesidade é por si só uma doença crônica e muito perigosa. Não se trata de falta de força de vontade. É uma doença e deve ser encarada como tal. Isso é fundamental inclusive para combater o estigma — ressalta.

A mesma opinião tem o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Rodrigo Moreira. Ele lembra que já se sabia que os obesos são mais vulneráveis a sofrer o agravamento de outras infecções virais, como a influenza. E acrescenta que há estudos mostrando que neles a vacina contra a gripe é menos eficiente.

Sales-Peres diz que ainda é cedo para saber se o mesmo ocorreria com as vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19.

Pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 25 são consideradas com sobrepeso, e com mais 30, obesas. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado.

Os especialistas são unânimes em destacar a necessidade de políticas públicas para o controle da obesidade, um problema grave antes da pandemia. E esta só piorou as coisas, pois reduziu a mobilidade e a atividade física, o que pode ter levado muita gente a engordar.

No Brasil não existem ainda avaliações disso. Mas na França houve um aumento médio de três quilos por habitante nos primeiros seis meses de pandemia

— A obesidade também é uma pandemia. É uma doença crônica e grave, associada não só a pandemia de coronavírus, mas às principais causas de morte no Brasil e no mundo, as doenças cardíacas e o câncer. Ninguém é obeso porque quer — salienta Moreira.

Ele espera que vá adiante a proposta de rotular alimentos que contém mais açúcar, gordura e sódio. Ela está em análise na Anvisa.

— A população deve ser claramente informada que está consumindo um alimento que vai engordá-la — diz Moreira.

Entenda porque pessoas acima do peso tem mais risco de desenvolver Covid-19 grave

1. A obesidade é por si só uma inflamação crônica de baixo grau, associada ao aumento excessivo das células adiposas. A tempestade de citocinas deflagrada pelo coronavírus, que agrava a Covid-19, seria intensificada nos obesos porque a resposta inflamatória deles já é desequilibrada.

2. Estudos mostraram que pessoas acima do peso, em especial as obesas, têm mais receptores de ECA2,a porta de entrada do Sars-CoV-2 nas células. Isso significa que entram mais vírus nos obesos. A carga viral deles é maior. Esse fator é considerado importantíssimo para o agravamento da Covid-19.

3. Os obesos costumam ser pré-diabéticos ou diabéticos. Eles têm glicose elevada e ela, quando em excesso, prejudica o sistema imunológico. Isso acontece porque a glicose alta afeta os macrófagos. Estes são células da primeira linha de defesa contra vírus, a chamada resposta inata. Os macrógafos fagocitam (engolem) e eliminam o vírus. Também são eles que “apresentam” pedaços do vírus aos linfócitos para que estes possam produzir anticorpos. O excesso de peso, assim, enfraquece as defesas inatas.

4. Os obesos produzem menos interferon. Estes são proteínas também importantes para a resposta inata do organismo ao ataque de vírus. Os interferons tentam bloquear a multiplicação de vírus.

5. O Sars-CoV-2 se multiplica nas células adiposas, de gordura. Se acredita que elas sejam um reservatório “secreto” do vírus.

6. Os obesos têm pior função respiratória. O tecido adiposo comprime o diafragma e não deixa os pulmões funcionarem direito.

O Globo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Ministério da Saúde quer sugestões sobre protocolo para tratamento de obesidade

Foto: © Ginecomastia.org/Direitos Reservados

O Ministério da Saúde abriu, nessa quarta-feira (29), consulta pública para receber contribuições sobre o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Sobrepeso e Obesidade em adultos.

Representantes da sociedade civil e profissionais de saúde podem contribuir por meio de produções científicas ou relatos de experiências até o dia 10 de agosto.

De acordo com a pasta, o material foi elaborado para subsidiar profissionais, gestores e usuários para a importância de práticas de cuidado multiprofissionais como instrumento para prevenção e controle da obesidade e do sobrepeso no país.

O protocolo tem informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da condição de sobrepeso e obesidade. Inclui ainda orientações relacionadas ao monitoramento, além de indicações para gestores.

A obesidade é uma das doenças que mais tem crescido nos últimos anos em nível global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os índices de obesidade e sobrepeso quase triplicaram desde 1975. Em todo o mundo, existem pelo menos 650 milhões de obesos.

De acordo com Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, no Brasil uma em cada cinco pessoas é obesa e mais da metade da população das capitais estão com excesso de peso.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Eu sugiro a abertura de centros de combate à obesidade nas cidades.
    Seriam formados grupos com orientações, atividades físicas e metas, tipo o programa medida certa da Globo onde famosos eram acompanhados por um período.
    Deveriam ser locais espaçosos tipo Sesi onde pudesse haver atividade física e até restaurantes com refeições com calorias contadas.
    Tipo fornecer pratos com 350 calorias para acostumar as pessoas.
    Os grupos fariam reuniões semanais, com a participação de nutricionistas, psicólogos para conscientizar a população.
    O governo também proibir restaurantes de incentivar a obesidade.
    Tipo, o suco de 300 ml é 10 reais. Leve o de 500 ml por 12 reais.
    Onde já se viu alguém "encher a barriga" com meio litro de líquido?
    Ou pipocas de um litro em cinema.
    Antigamente era aquela pipoca pequena.

    1. Amigo, sobre a quantidade, deixa o mercado vender o que quiser ao preço que quiser.

  2. Dieta, exercicio físico, e principalmente, vontade, paciencia, disciplina.
    Pronto aí o protocolo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Obesidade no país aumentou entre 2006 e 2018, diz pesquisa

Conselho Federal de Nutricionistas/Direitos Reservados

Enquanto parte dos brasileiros incorporou mais frutas e hortaliças à dieta e tem se exercitado mais, outra parcela da população está ficando mais obesa.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no país passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018.

Foram ouvidas, por telefone, 52.395 pessoas maiores de 18 anos de idade, entre fevereiro e dezembro de 2018. A amostragem abrange as 26 capitais do país, mais o Distrito Federal.

Para o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, apesar de ter havido melhora no cardápio, o brasileiro ainda compra muitos itens calóricos e sem tanto valor nutricional. “Temos ainda um aumento maior de obesidade porque ainda há consumo muito elevado de alimentos ultraprocessados, com alto teor de gordura e açúcar.” Segundo ele, o excesso de peso é observado sobretudo entre pessoas de 55 e 64 anos e com menos escolaridade.

O estudo mostra que, no período, houve alta do índice de obesidade em duas faixas etárias: pessoas com idade que variam de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. Nesses grupos, o indicador subiu, respectivamente, 84,2% e 81,1% ante 67,8% de aumento na população em geral.

A pesquisa Vigitel reúne dados sobre o excesso de peso e confere a prática de exercícios – Ginecomastia.org/Direitos Reservados

A capital com o menor índice de obesidade foi São Luís, com 15,7%. Na outra ponta, está Manaus, com 23% de prevalência.

O ministério destacou que, no ano passado, ocorreu uma inversão quanto ao recorte de gênero. Diferentemente do padrão verificado até então, identificou-se um nível maior de obesidade entre as mulheres. A percentagem foi de 20,7% contra 18,7% dos homens.

Além de conferir a prevalência de obesidade, a Vigitel reúne dados sobre o excesso de peso. Os pesquisadores concluíram que mais da metade da população brasileira (55,7%) se encontra nessa condição, índice que resultou de um crescimento de 30,8%, acumulado ao longo dos 13 anos de análise. Em 2006, a proporção de brasileiros com excesso de peso era de 42,6%.

Nesse quesito, o grupo populacional com predominância é o de pessoas mais jovens, com idade entre 18 e 24 anos. As mulheres apresentaram um crescimento mais significativo do que os homens. O delas aumentou 40%, ao passo que o deles subiu 21,7%.

Mudança de hábitos

A pesquisa também constatou que os brasileiros têm seguido uma linha de hábitos mais saudável. O consumo regular de frutas e hortaliças, por exemplo, passou de 20% para 23,1%, entre 2008 e 2018, uma variação de 15,5%.

A recomendação é da ingestão de, no mínimo, cinco porções diárias desses alimentos, cinco vezes por semana, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com base nessa referência, a Vigitel considera que as mulheres têm se alimentado melhor, já que 27,2% delas mantêm o consumo recomendado. Entre homens, a taxa é de 18,4% e, entre brasileiros, de 23,1%.

Mexendo o corpo

Outro registro positivo diz respeito à prática de atividades físicas no tempo livre. A taxa subiu 25,7%, na comparação de 2009 com 2018. O salto foi de 30,3% para 38,1%.

A dedicação a uma rotina de exercícios que dure ao menos 150 minutos semanais, é algo mais comum entre homens (45,4%) do que mulheres (31,8%). Adultos com idade entre 35 e 44 anos geraram o aumento mais expressivo na última década, de 40,6%.

A taxa global de inatividade física sofreu queda de 13,8% em relação a 2009. O percentual de inatividades das mulheres é de 14,2% e o dos homens, ligeiramente inferior, de 13%.

Ao mesmo tempo em que muitos deixam o sedentarismo, um número maior de pessoas também afasta da mesa refrigerantes e bebidas açucaradas. Ao todo, de 2007 a 2018, o índice de consumo desses produtos caiu 53,4% entre adultos das capitais.

Em material distribuído à imprensa, o ministério ressalta que uma das medidas do governo federal para promoção de uma alimentação adequada é um acordo fechado com representantes da indústria alimentícia, que se comprometeram a reduzir a quantidade de açúcar em produtos.

Segundo a pasta, o acordo, feito em novembro de 2018, deve atingir mais da metade das bebidas adoçadas, biscoitos, bolos, misturas para bolos, produtos lácteos e achocolatados que chegam às prateleiras dos mercados.

A previsão é de que 144 mil toneladas de açúcar deixem de ser usadas nos produtos até 2022.

Diabetes

No documento, o ministério ressalta que nos últimos anos os entrevistados da pesquisa Vigitel têm demonstrado um conhecimento mais amplo sobre saúde,o que facilita a descoberta de doenças como diabetes.

Na avaliação da pasta, outro fator que tem contribuído para os diagnósticos é o acesso às Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Atenção Primária. De 2006 para 2018, houve um aumento de 40% no volume de pessoas diagnosticadas com a doença.

O balanço mais recente, feito no ano passado, contabilizou 7,7% da população adulta brasileira com o quadro de diabetes confirmado, proporção que era de 5,5% em 2006. As mulheres têm um percentual maior de diagnóstico: 8,1%. O índice dos homens é de 7,1%.

Segundo o ministério, no intervalo de 2008 a 2018, o acesso a medicamentos para diabetes aumentou em mais de 1.000%. No ano passado, foram distribuidos 3,2 bilhões de medicamentos a 7,2 milhões de pacientes. Em 2008, o quantitativo foi de 274 milhões de unidades entregues a 1,2 milhão de pacientes.

Atualmente, o SUS [Sistema Único de Saúde] oferta de forma gratuita o tratamento medicamentoso para a doença, entre eles, cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas NPH e regular. Em 2018, a pasta investiu R$ 726 milhões na aquisição dos medicamentos.

Agência Brasil

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Encabeçando luta contra obesidade infantil, Coca-Cola veta comerciais direcionados para crianças

A Coca-Cola decidiu mudar completamente suas campanhas publicitárias. A partir de agora, os comerciais não serão mais direcionados para crianças menores de 12 anos. A empresa, líder na produção de refrigerantes, anunciou que a decisão é parte de uma luta contra a obesidade e que a medida será implantada em 200 países, incluindo o Brasil.

O discurso pode até ser bonito, mas não passa de um meio de segurar seus consumidores. Num mundo em que até as empresas de fast food, que tradicionalmente não se importavam com a quantidade de calorias em seus produtos, começam a dar opções mais saudáveis a seus clientes para não perdê-los, a Coca-Cola também tenta não perder a receita ao atual estilo de vida mais saudável da população mundial. A decisão da Coca-Cola também tem o intuito de dissociar o nome da companhia com a questão da obesidade

Dentre as novas diretrizes da empresa, além da adoção da estratégia publicitária, estão também a apresentação das informações nutricionais na frente de suas embalagens, a busca por eliminar as calorias das bebidas e a promoção de um estilo de vida mais saudável. “A obesidade é hoje a ameaça de saúde mais desafiadora entre as famílias de todo o mundo. Estamos comprometidos em trabalhar de uma forma cada vez mais próxima com os nossos parceiros de negócios, governantes e da sociedade para fazer parte da solução”, diz a presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, em comunicado à imprensa.

Com informações da veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Chip na barriga promete controlar apetite e combater a obesidade

Cientistas britânicos apresentaram em Londres um microchip “inteligente” desenvolvido para ser implantado no corpo humano com o objetivo de controlar o apetite e combater a obesidade.

Após testes satisfatórios nos laboratórios do Imperial College, os professores Chris Toumazou e Stephen Bloom anunciaram que os testes em animais estão prestes a começar. Testes em humanos são esperados em três anos.

O circuito consiste em um “modulador inteligente” de poucos milímetros, implantado na cavidade peritoneal do abdome (na barriga). Ele será preso ao nervo vago por meio de eletrodos.

O chip e os eletrodos foram desenvolvidos para ler e processar estímulos elétricos e químicos do nervo que regulam o apetite.

Com base nos dados coletados, o chip poderá enviar estímulos elétricos ao cérebro, reduzindo o apetite.

BBC

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Comer gordura em 'hora certa' pode emagrecer, diz estudo

Já pensou comer aquele doce pós- almoço todos os dias e não aumentar de peso? Segundo pesquisadores israelenses, ter horários controlados para as refeições modifica o metabolismo e impede obesidade. E aí quem vai arriscar?

Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém dizem que uma dieta rica em gordura em horários controlados pode emagrecer. A prática também pode fazer com que o metabolismo não acumule a gordura ingerida e, sim, utilize-a para produzir energia.

O estudo foi conduzido pelo Instituto de Bioquímica, Ciência da Alimentação e Nutrição da universidade e divulgado na publicação científica da Federação de Sociedades Americanas de Biologia Experimental (Faseb, na sigla em inglês).

“Aperfeiçoar o metabolismo pelo agendamento cuidadoso das refeições, sem limitar o conteúdo do cardápio diário, pode ser usado como ferramenta terapêutica para prevenir a obesidade nos humanos”, afirmou professor Oren Froy, que conduziu o estudo.

Pesquisas anteriores afirmavam que alimentar mamíferos com uma dieta rica em gordura prejudica o metabolismo e leva à obesidade.

No entanto, os cientistas israelenses queriam determinar o efeito de combinar os alimentos gordurosos com um controle rígido do horário e da duração das refeições.

A hipótese estudada era a de que comer sempre na mesma hora regularia o relógio biológico e reduziria os efeitos da gordura que, em circunstâncias normais, causaria obesidade.

Aproveitamento da gordura

Para comprovar a teoria, os pesquisadores alimentaram quatro grupos de ratos com dietas muito ou pouco gordurosas durante 18 semanas.

No grupo de controle, os animais comiam alimentos ricos em gordura na mesma hora e durante o mesmo período de tempo todos os dias.

Os outros ratos foram divididos em grupos que comiam pouca gordura em horários fixos, pouca gordura sem horários fixos (na quantidade e frequência que escolhessem) e muita gordura sem horários fixos.

Ao concluir o experimento, a equipe do professor Froy percebeu que todos os quatro grupos de ratos haviam engordado, principalmente os que comiam gordura sem horários fixos.

No entanto, os ratos que comiam gordura em horários controlados ganharam menos peso até do que aqueles que tinham ingerido pouca gordura, apesar de ambos terem consumido a mesma quantidade de calorias totais.

Os ratos com horários controlados também desenvolveram um estado metabólico especial, em que as gorduras ingeridas não eram acumuladas, e, sim, utilizadas pelo organismo para produzir energia os períodos entre as refeições.

Com informações da BBC Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Pai denuncia ex por obesidade da filha

WILHAN SANTIN, da Folha de São Paulo

Inconformado com o constante ganho de peso da filha de seis anos, um pai de Londrina (PR) registrou boletim de ocorrência contra a ex-mulher e os avós maternos da menina por maus-tratos.

O casal está separado desde 2010 e disputa a guarda da filha – que mora com a mãe e os avós – na Justiça.

O pai diz que a menina não recebe alimentação adequada e, por isso, engorda. Aos seis anos, pesa mais de 50 kg.

A avaliação feita por uma nutricionista em janeiro e apresentada por ele à polícia diz que o peso ideal para a criança, que media 1,35 m e pesava 49 kg à época, seria cerca de 20 kg.

Matheus Cabral/TV Globo
Menina de seis anos que, diz o pai, não recebe alimentação adequada e tem mais de 50 kg
Menina de seis anos que, diz o pai, não recebe alimentação adequada e tem mais de 50 kg

“A cada 15 dias, quando vejo minha filha, percebo que ela está mais gorda. Cheguei a levar o caso ao Conselho Tutelar”, diz ele, que é professor, não quis ser identificado para não expor a criança e tem 1,87 m e 115 kg.

“Procurei a polícia antes, mas não consegui fazer boletim de ocorrência, porque diziam que não é crime a criança estar acima do peso.”

Desta vez, o pai apresentou à polícia a avaliação antropométrica da menina e artigos sobre a responsabilidade legal em relação aos filhos.

Ele nega que a denúncia tenha relação com a disputa da guarda. “Estou preocupado com a saúde dela. Ela já tem o colesterol alterado e sofre bullying na escola”, diz.

Folha não conseguiu falar com a mãe da garota. O advogado dela, Vanderley Doin Pacheco, disse que a menina recebe a atenção médica necessária. “A mãe não é omissa. A questão é hereditária: várias pessoas das famílias materna e paterna têm sobrepeso. Além disso, o pai também é responsável pela saúde dela.”

Pacheco afirmou que os mesmos argumentos apresentados pelo pai à polícia foram usados no processo que corre em segredo de Justiça.

O casal tem outra filha, de 12 anos, que mora com o pai.

O delegado Cássio Wzorek disse que convocou a mãe da menina. “Provavelmente será feito um termo circunstanciado de infração penal. Em seguida, encaminharei o material ao Juizado Especial Criminal, onde o casal deverá ser ouvido.”

Editoria de Arte/Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Quase metade dos brasileiros está acima do peso

Uma pesquisa anual feita pelo Ministério da Saúde indica que o país manteve, em 2011, a tendência de crescimento do excesso de peso e da obesidade entre adultos.

Em 2006, 43% dos adultos brasileiros registravam excesso de peso, entendido como IMC (Índice de Massa Corporal) de 25 ou mais. Em 2011, a pesquisa identificou aumento dessa taxa para 48,5%.

O percentual de adultos brasileiros obesos (IMC de 30 ou mais), por outro lado, passou de 11% em 2006 para 15,8% em 2011.

O crescimento é significativo tanto entre homens quanto entre mulheres e é visto como “preocupante” pelo ministério.

“A notícia para olhar com atenção é que continuamos com crescimento [de sobrepeso e obesidade]. Não é abrupto, mas vemos o aumento de maneira sistemática e consistente”, afirmou nesta terça-feira Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério.

O ministro Alexandre Padilha rejeitou a tese de que o fator determinante para o aumento das taxas de obesidade e sobrepeso tenha sido a melhoria econômica brasileira e, consequentemente, o ganho de poder aquisitivo pelas famílias.

“Não mudou o hábito alimentar nos últimos seis anos, não foi nesse período que aumentou o consumo de leite com gorgura, carne com gordura”, disse Padilha. “Agora é a hora de virar o jogo se não quisermos chegar nos patameres do Chile, da Argentina e, muito menos, dos Estados Unidos.”

Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os Estados Unidos, 27,6%.

O inquérito por telefone (Vigitel) ouviu 54.144 pessoas com 18 anos ou mais em 26 Estados, durante o ano de 2011. O objetivo da pesquisa é identificar hábitos de vida que podem ter impacto na saúde pública.

Menos cigarro

Se o brasileiro mantém a tendência de aumento do peso, por outro lado, continua em queda a prevalência do tabagismo no país.

Entre 2006 e 2011, o percentual de fumantes no país caiu de 16,2% para 14,8%. A queda ocorreu entre os homens (20% em 2006 e 18,1% em 2011). Entre as mulheres, um dos principais alvos atuais da indústria do tabaco, a prevalência ficou estável na faixa dos 12% e 13%.

Se feito o corte por escolaridade, é possível perceber a presença mais forte do tabaco entre os menos instruídos. O percentual de fumantes chega a 18,8% entre os brasileiros com até oito anos de escolaridade e cai para 10% entre os que têm 12 anos ou mais de estudos.

A disparidade entre pessoas com mais e menos escolaridade se repete em quase todos os hábitos analisados e é marcante quando referente à realização de exames preventivos, como a mamografia.

Entre mulheres de 50 a 69 anos com até oito anos de instrução, apenas 68,5% afirmaram em 2011 ter realizado o exame nos dois anos anteriores. O percentual chega a 87,9% entre mulheres dessa faixa etária com 12 anos ou mais de escolaridade.

A diferença, segundo Barbosa, demonstra que “apesar de estar crescendo [a cobertura da mamografia], ainda há esforços a serem realizados”.

Durante entrevista coletiva nesta terça, o ministério listou medidas que foram adotadas nos últimos meses para combates os problemas identificados nessa pesquisa e nas anteriores, como aumento da oferta de mamografias, aumento na taxação do cigarro e a implantação de academias nos municípios.

Fonte: Folha

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

Fila para reduzir estômago mata mais que a cirurgia

Por Mariana Lenharo, para o jornal O Estado de S. Paulo

Com artrite, artrose, pressão alta, esporão e depressão, Maria Oliveira, de 48 anos, espera há nove anos pela cirurgia de redução do estômago, ou bariátrica, na fila para o procedimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Com 120 quilos e 1,65 metro de altura, ela tem dificuldade até mesmo para subir as escadas de casa. E não está sozinha em sua espera por tratamento, que deverá ser iniciado apenas em outubro de 2012, quando ela passará por uma triagem.

Na capital, os obesos costumam aguardar entre três e oito anos pelo procedimento na rede pública – frequentemente, dizem os médicos, morrem antes de conseguir uma vaga. Mesmo quem tem convênio médico enfrenta problemas: a liberação do procedimento, muitas vezes, só vem após intervenção judicial.

O problema já bateu à porta do Ministério da Saúde, que se comprometeu a rever a portaria que regulamenta o oferecimento da bariátrica pelo SUS, segundo apurou o Jornal da Tarde. Uma reunião entre o ministério e as sociedades médicas já está prevista com o objetivo de estabelecer as novas diretrizes. “A nova portaria deve entrar em vigor ainda no próximo ano”, conta o cirurgião Irineu Rasera, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCB).

Para ele, seria importante que fossem adotados critérios mais flexíveis para o credenciamento de centros dispostos a fazer a cirurgia pelo SUS. “O número de leitos para cirurgia bariátrica é pequeno e o procedimento não é atraente em termos de remuneração. É preciso rever a política de credenciamento e remuneração.”

Mais de dez anos após a regulamentação da cirurgia bariátrica pelo SUS, a fila de espera para o procedimento ultrapassa os sete anos na Santa Casa de São Paulo. A situação é a mesma no Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Já no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC), a espera varia entre três e quatro anos. O problema, dizem os médicos, é que o paciente obeso nem sempre pode aguardar: no HC, a taxa de óbito na fila de espera pela bariátrica é quase sete vezes maior que o índice de mortes provocadas pelo próprio procedimento.

Com o passar do tempo, doenças associadas ao excesso de peso tendem a se intensificar. A avaliação é do médico Alfredo Halpern, da Associação Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). De acordo com um levantamento feito por ele no Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas, 2,7% dos pacientes morrem à espera da cirurgia – enquanto isso, a média dos que morrem por causa do procedimento é de 0,4%.

Assim como no HC, a mortalidade na fila da Santa Casa também é alta, segundo a percepção dos médicos, embora não exista levantamento oficial sobre o problema. Cirurgião na instituição, Carlos Alberto Malheiros conta que é comum ligar para pacientes que estão na espera há sete anos e descobrir que “eles morreram de enfarte ou de outra comorbidade”. Recentemente, o hospital convocou os mais de mil pacientes da fila de espera para fazer uma avaliação de seu estado de saúde e classificá-los entre graves e não graves. A ideia é, segundo o médico, formar duas filas para que os pacientes graves não tenham de aguardar tanto.

Para Malheiros, o aumento de demanda pela cirurgia nos últimos anos, motivado pelo avanço da obesidade entre a população brasileira, é um dos fatores responsáveis pelas longas esperas. Entre 2006 e 2010, por exemplo, o número de cirurgias bariátricas feitas no País mais que dobrou, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), passando de 29.500 para 60 mil.

Outro motivo que ajuda a explicar a lentidão das filas é o fato de a cirurgia bariátrica exigir uma estrutura pré e pós-operatória muito grande. Além da preparação do paciente por uma equipe multidisciplinar, com endocrinologista, nutricionista, psiquiatra, psicólogo e cirurgião, quem passa pela cirurgia deve receber acompanhamento para o resto da vida.

“O grande funil é este. Não temos um corpo clínico com 20 psicólogas e 15 nutricionistas para acompanhar os pacientes para toda a vida. Fazemos a cirurgia desde 1998, imagine a quantidade de doentes que temos de acompanhar”, diz Malheiros. “É por isso que não se pode fazer um mutirão de cirurgia bariátrica, por exemplo, sem que se tenha estrutura para tratar esses pacientes no pós-operatório.”

Especialistas confirmam a importância do tratamento pré e pós-operatório para os obesos mórbidos. “Todos têm de passar por um preparo endocrinológico, nutricional, psicológico e pneumológico. Tudo isso demanda tempo e equipe”, avalia o cirurgião Almino Cardoso Ramos, diretor de uma clínica particular especializada em cirurgia bariátrica.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *