Esporte

Ministro discutirá meia-entrada na Copa com Estados e capitais

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta sexta-feira (08) que o governo federal vai se reunir nos próximos dias com representantes de Estados e das capitais para discutir a meia-entrada em jogos da Copa. O ministro disse que ainda não há data definida para realização do encontro.

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff vetou o artigo da Lei Geral da Copa que suspendia os descontos para estudantes durante a realização do mundial. Com isso, fica permitido que leis regionais ofereçam o benefício, restando à Fifa negociar com Estados e municípios.

“Vamos reunir a representação de Estados e das capitais para tratar desse assunto. […] O objetivo é discutir o encaminhamento da aplicação da legislação nacional em cada Estado e em cada capital, ou seja o cumprimento dos acordos do país com os organizadores da copa, que é uma responsabilidade do governo federal e também dos Estados e das capitais”, afirmou o ministro após reunião com a presidente Dilma no Palácio da Alvorada.

Conforme a Folha apurou, a maioria das cidades-sedes da Copa no Brasil está disposta a mudar sua legislação. Há, inclusive, um documento enviado pela Fifa a algumas das cidades que ajuda a simplificar a questão. A Folha obteve uma cópia do documento. É a redação de um projeto de lei que cria e normatiza série de medidas relativas à organização da Copa-2014. O documento foi recebido por algumas cidades-sedes do Mundial no fim do ano passado, mas apenas agora poderá ser utilizado.

Bebidas

Sobre a liberação das bebidas em jogos da Copa, o ministro Aldo Rebelo acredita que a “suspensão” do artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe a venda de álcool nos estádios já permitiria a comercialização durante a Copa.

No entanto, o ministro reconhece que por causa das leis regionais –que proíbem bebidas nos estádios– poderá ser necessário alterar a Lei em cada Estado ou capital. “Nós resolvemos a questão da legislação nacional, mas a legislação dos Estados e municípios depende da interpretação que se dê. Na nossa interpretação, aquela determinação nacional resolve”, disse o ministro.

Pela sugestão da Fifa, leis locais que proíbem a venda e o consumo do produto em estádios ficam sem efeito durante as competições.

Obras

O ministro esteve reunido nesta sexta-feira com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, para discutir o cronograma das obras para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016. Na avaliação do ministro, as obras estão dentro do prazo previsto e o cronograma “poderá ser cumprido”.

“O Ministério do Esporte continuará controlando não só as obras de mobilidade, como também as obras de infraestrutura esportiva. No caso da Copa, os estádios, e no caso das Olimpíadas, o acordo que fizemos com estado do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio para construção dos equipamentos com repasses do governo federal”, explicou.

Na próxima terça-feira, o ministro Aldo Rebelo irá a Porto Alegre conferir o andamento das obras do estádio Beira-Rio, que será sede da Copa do Mundo. O ministro afirmou que também fará uma visita às obras da Arena do Grêmio.

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Jornalismo

Atraso a vista: Acordo prevê suspensão de obras de mobilidade para a Copa

As obras de mobilidade urbana de Natal terão a discussão ampliada. Um acordo firmado entre a Prefeitura do Natal e o Ministério Público determinou a realização de audiências públicas para o debate acerca das obras, havendo a análise desde o início do projeto até a conclusão das novas vias, passando pelo licenciamento ambiental e desapropriações de imóveis, um dos pontos mais polêmicos dos projetos em questão. O foco principal da medida é a abertura da oportunidade para que a população e entidades interessadas possam analisar e contribuir no projeto. Com a nova demanda de tempo para a realização dos debates e análise dos processos de desapropriação, é cogitada a possibilidade de que as obras não fiquem prontas até o início da Copa do Mundo.

Durante reunião entre representantes da Prefeitura e membros do Grupo Especial designado pelo Ministério Público para o acompanhamento das obras e atividades relacionadas à Copa do Mundo, ficou definido que a análise do requerimento de licenciamento ambiental para os projetos de alargamento das avenidas Felizardo Moura e Industrial João Francisco Mota, bem como a proposta para a construção do viaduto da Urbana, terão, obrigatoriamente, a abertura à participação popular na discussão. Com a proximidade da Copa do Mundo, o Ministério Público teve receio de que a necessidade de acelerar as atividades nos locais em que ocorrem as desapropriações sacrificasse fases do processo legal.  “É muito mais importante iniciar o que puder ser iniciado, mas fazendo bem feito. Isso vai reduzir conflitos e possíveis ações judiciais mais à frente”, disse o promotor do Meio Ambiente Márcio Diógenes.

No acordo firmado entre Prefeitura e Ministério Público, ficou determinado que os promotores vão requisitar a elaboração de um laudo técnico sobre os projetos de engenharia e impacto ambiental das obras. De acordo com Márcio Diógenes, o laudo será elaborado pela Funpec, a pedido do MP, e vai servir como base para as discussões sobre os projetos de mobilidade urbana. Pelo acordo firmado, ficarão suspensas todas as desapropriações e obras de mobilidade urbana da Prefeitura “até quando durar a análise do laudo”. Os processos das desapropriações poderão seguir suas formalidades legais, mas estão suspensas as imissões na posse dos imóveis, que são as determinações para que os proprietários deixem as residências ou estabelecimentos comerciais alvo de desapropriação.

A disponibilização do conteúdo dos projetos à população logo após a elaboração do laudo técnico também foi um ponto acordado entre Prefeitura e MP. A medida visa conceder aos interessados em participar das audiências públicas – que serão agendadas pela Prefeitura – a possibilidade de tirar as dúvidas sobre os projetos e confrontar o conteúdo com o laudo produzido a mando do MP. “Várias entidades já manifestaram o desejo de participar das discussões. Aguardamos que o município publique a pauta e as datas das audiências”, disse o promotor.

Ainda sobre as desapropriações, outro compromisso foi firmado entre MP e Prefeitura. O município, através da Secretaria de Assistência Social (Semtas) e da Secretaria de Habitação (Seharpe), comprometeu-se a garantir a efetivação do direito à moradia das pessoas que deixarão os imóveis, buscando manter as pessoas próximas aos locais onde residiam. Para isso, houve também o compromisso por parte do município de, caso seja necessário, adquirir terrenos próximos ao local para a construção de novas moradias e, ainda, custear o aluguel das pessoas na mesma região enquanto não for solucionada a questão.

Com os termos do acordo firmado, o próprio Ministério Público confirmou que há a possibilidade de que as obras demandem mais tempo e, consequentemente, sejam finalizadas após a Copa do Mundo. No entanto, o objetivo principal é respeitar o trâmite legal do processo. “Se chegar o dia em que começa a Copa do Mundo e as obras estiverem prontas, tudo bem. Se não estiverem, tudo bem também. As obras continuam e ficarão de legado para a cidade”, explicou o promotor Márcio Diógenes.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou o contato com o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Bosco Afonso, mas não obteve sucesso. Também foi tentado o contato com o procurador-geral do Município, Francisco Walkie, mas ele não atendeu as ligações.

Caixa só libera recursos com toda documentação

Os recursos da Caixa Econômica Federal para as obras de mobilidade urbana de Natal já estão garantidos. Porém, ainda falta documentação para que o banco libere os R$ 293 milhões para a execução das intervenções. Entre os pontos pendentes estão as licenças ambientais e as desapropriações.

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o superintendente da Caixa Econômica no Rio Grande do Norte, Roberto Linhares, explicou como vai ocorrer a liberação das verbas. Os projetos de mobilidade urbana de Natal estão divididos em duas etapas, sendo a primeira referente às obras do viaduto da Urbana e na Felizardo Moura à Capitão Mor Gouveia, e a segunda referente ao trecho que engloba a área próxima à Arena das Dunas. Para a primeira etapa, Linhares explicou que o projeto já está há mais de um mês no Ministério das Cidades e vai retornar à Caixa para o desembolso da verba. Contudo, para que o banco possa fazer o repasse dos valores ao município é necessário que sejam fornecidos os documentos de licenciamento ambiental da área onde vão ocorrer as obras, além de uma liberação por parte do Departamento Nacional de Instra-estrutura de Transportes (Dnit) e a própria confirmação das desapropriações nas áreas onde serão implementadas as obras. Por isso, ainda não há a previsão de quando a verba será liberada.

Depois do acordo firmado entre Prefeitura e Ministério Público sobre a forma como vai ocorrer o licenciamento ambiental e a discussão sobre os projetos para a área, a tendência é as desapropriações e o próprio licenciamento ambiental demandem mais tempo para a finalização. De acordo com o superintendente da Caixa, esses são os principais fatores que impedem a liberação da verba. Entretanto, ele não considera o fato um entrave burocrático. “Estamos falando de projetos muito complexos. A exigência de uma licença ambiental ou de uma autorização do Dnit quando eu vou entrar numa área federal não é burocracia. Estamos andando com a análise. Mas não podemos descumprir a norma. Imagina se a gente libera determinada intervenção sem que se tenha determinada autorização do órgão ambiental, por exemplo. E a parte mais difícil do projeto já foi feita. Que foi enquadrar o projeto técnico, o financeiro daquele projeto, a planilha daquele projeto. Agora são detalhes que estão faltando”, disse Roberto Linhares.

A Prefeitura segue realizando parte das obras  com recursos próprios, mas a maior parte dos recursos utilizados nas principais intervenções visando a Copa do Mundo serão emprestados pela Caixa Econômica, como financiamento. Ao todo, o banco vai disponibilizar R$ 293 milhões de financiamento que o município contratou do FGTS. A Prefeitura, por outro lado, utilizará nas obras R$ 45 milhões referentes à contrapartida do município.

Desapropriações também serão discutidas 

As desapropriações de imóveis nas Quintas, para a realização das obras de mobilidade urbana, seguem como principal fonte de dor de cabeça para moradores da região e para os gestores municipais à frente do processo. Os impasses quanto à necessidade das desapropriações e os valores pagos pelos imóveis já chegaram à Justiça e a tendência é que mais moradores busquem reverter a tendência de que 95 imóveis na região sejam desapropriados.

O acordo firmado entre Prefeitura do Natal e Ministério Público para ampliação do debate acerca das obras de mobilidade urbana também tem como objetivo evitar que ocorram casos como a da viúva Luzia Nunes Pereira, que precisou acionar a Justiça para que fosse revertida uma decisão de imissão no imóvel em que ela reside há mais de 30 anos. Depois de ficar sob o risco de ser despejada até por força policial, Luzia Nunes conseguiu que fosse determinada uma avaliação judicial do seu imóvel, que está entre os oito que seriam desapropriados inicialmente pela Prefeitura.

De acordo com Dona Luzia, como é chamada, ocorreu a avaliação unilateral por parte da Prefeitura, definindo o valor do imóvel em R$ 43,2 mil. No entanto, ela só conseguiu encontrar imóvel compatível com o tamanho do atual, e na faixa de preço oferecida, na periferia da Zona Norte de Natal, em área limítrofe a Extremoz. Em decisão liminar, o desembargador Aderson Silvino concedeu à moradora do direito de permanecer na casa até que seja realizada uma nova avaliação do imóvel e haja uma decisão judicial sobre o caso. Ela, inclusive, já é autora de outra ação contestando a necessidade de que sua residência seja desapropriada para fins de mobilidade urbana. Além dela, outros moradores também estão acionando a Justiça para contestar a necessidade das desapropriações. “Já estamos movendo ação na Vara da Fazenda Pública para evitar as desapropriações no local, que entendemos serem desnecessárias”, explicou o advogado Daniel Pessoa, que trata do interesse de dois moradores do local.

Fonte: Tribuna do Norte

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Economia

Lei Geral da Copa recebe críticas por restringir comércio em torno dos estádios

O projeto da Lei Geral da Copa, encaminhado à Câmara dos Deputados pelo Poder Executivo, ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional e já enfrenta questionamentos sobre a sua constitucionalidade. Um artigo em especial, tem causado preocupação entre entidades de defesa dos interesses de comerciantes, de consumidores e de juristas.

O artigo 11 do texto trata da restrição do comércio de produtos e de publicidade nas áreas em torno dos estádios e principais vias de acesso aos eventos esportivos. O artigo determina que a União, os estados e municípios que sediarem os jogos da Copa devem assegurar que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) tenha exclusividade para “divulgar marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços”, além de atividades de comércio de rua nos Locais Oficiais de Competição, nas suas imediações e principais vias de acesso.

O parágrafo único do artigo diz ainda que os limites dessas áreas de exclusividade serão definidos posteriormente pela autoridade competente “considerados os requerimentos da Fifa”.

O trecho foi mantido pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), e recebeu parecer favorável no que se refere à sua constitucionalidade no substitutivo apresentado por ele na comissão especial que analisa o assunto. No entanto, juristas e entidades de defesa do consumidor e dos comerciantes, alegam que a lei irá obrigar os estabelecimentos comerciais que estiverem instalados próximos aos estádios a venderem apenas as marcas patrocinadoras do evento esportivo.

Para o professor de direito constitucional da Universidade de Brasília, Mamede Said, é “inadmissível” que um comerciante seja obrigado a deixar de vender determinadas marcas ou produtos por causa dos jogos da Copa do Mundo. Na opinião dele, o artigo fere o direito à liberdade de exercício de profissão e contraria outras leis já existentes, como o Código de Defesa do Consumidor. “As relações de consumo têm que ser respeitadas”.

O professor defende que algumas exigências polêmicas da Fifa sejam negociadas pela autoridade brasileira sem serem incluídas na lei, porque isso abriria precedentes que podem ser questionados juridicamente depois. Para ele, o ideal seria que o poder público conseguisse uma conciliação, em que todos cedessem, inclusive a Fifa.

Mas, caso um acordo não seja possível e a lei seja aprovada da maneira como está, Said acredita que a saída para os comerciantes será questionar a nova lei juridicamente. “Em relação ao comércio que já está estabelecido, é inviável, descabido que ele tenha que deixar de vender seus produtos. Ele [comerciante] pode até buscar [seu direito] junto ao judiciário”.

Também em busca de um acordo que modifique o artigo, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) aguarda o fim do recesso legislativo, no próximo dia 2 de fevereiro, para procurar a comissão especial da Câmara. O diretor da CNC, Alexandre Sampaio, no entanto, diz que se não houver uma saída de “bom senso”, a solução será questionar a constitucionalidade da lei.

“A princípio, esperamos a volta dos trabalhos legislativos para dialogarmos e dizermos à comissão que somos peremptoriamente contra esse tipo de imposição. É um absurdo nos vergarmos a esse tipo de exigência. Somos totalmente contrários e, se for o caso, vamos questionar isso judicialmente”, declarou em entrevista à Agência Brasil.

Para Sampaio, que também presidente a Federação Nacional de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, da maneira como está, o texto viola direitos adquiridos historicamente. Ele acredita que o artigo não deixa margem para dúvidas e obrigará os comerciantes a venderem os produtos determinados pela Fifa. “Do jeito que está, ele é totalmente impositivo”.

A insatisfação com a possibilidade de restrição nas vendas e publicidade de produtos e serviços também atinge o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Representantes do instituto chegaram a participar de uma audiência pública na Comissão Especial para discutir a proposta. No entanto, os argumentos contrários a este e outros trechos do projeto apresentados pelo advogado Guilherme Varella, do Idec, não foram considerados pelo relator em seu substitutivo.

Além de considerar que o texto fere o direito de escolha do consumidor, Varella alerta que este e outros artigos do projeto de lei são conflituosos com a legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Na opinião dele, isso irá gerar impasses judiciais que só serão resolvidos quando não houver mais como ressarcir o prejuízo causado ao consumidor.

“Você vai ter o CDC dizendo que o consumidor tem direito e a Lei Geral da Copa dizendo que não tem. Isso vai criar um conflito de normas que provavelmente só vai ser resolvido depois que a Copa já tiver acabado. Aí, o prejuízo fica para o consumidor e para o Judiciário brasileiro”, alerta o advogado do Idec.

Varella lembra que em alguns eventos privados, como festivais de música, é comum que só vendam produtos dos patrocinadores, mas diz que o mesmo não pode ocorrer fora do local do evento. “Tudo bem que em eventos particulares se determine os fornecedores. Mas esse artigo diz que não é só nos estádios que vai ser assim. Ele diz, também, que no entorno e nas vias de acesso os produtos devem ser dos patrocinadores”, aponta o advogado. Isso caracteriza, na opinião dele, uma violação “imensurável” dos direitos do consumidor.

E não é só a liberdade de escolha dos cidadãos que preocupa o Idec, mas também o aumento de preços que a restrição pode gerar. Varella explica que a falta de concorrência deverá inflacionar os preços dos produtos que serão vendidos nas imediações dos estádios, o que prejudicará os consumidores de menor poder aquisitivo. “A concentração desse mercado vai fazer com que esses produtos tenham valores muito altos. Os consumidores estrangeiros, que têm maior potencial aquisitivo, não vão sentir tanto os efeitos. Mas o consumidor brasileiro vai ficar excluído”.

Autor do projeto original, o Ministério do Esporte informou por meio de sua assessoria que o texto foi amplamente discutido antes de ser enviado ao Poder Legislativo e que agora está em debate na Câmara. Até a publicação desta reportagem, ninguém do ministério comentou as críticas apontadas.

O relator da matéria na comissão especial, deputado Vicente Cândido, também não quis se pronunciar. Sua assessoria de imprensa informou apenas que ele está negociando um novo substitutivo que deverá ser apresentado nos próximos dias.

Fonte: Agência Brasil

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Esporte

Prefeitura de Natal não entrega documentos e projeto de mobilidade reprovado pela terceira vez

Pela terceira vez seguida, a Caixa Econômica Federal (CEF) recusou o projeto básico de um lote de obras de mobilidade urbana em Natal para a Copa de 2014. A informação foi repassada hoje pelo site Copa 2014.

Ontem, o setor de Engenharia da CEF anunciou que o banco não está liberado a emprestar R$ 338 milhões à prefeitura da capital potiguar. Segundo o banco, falta o detalhamento do orçamento e o projeto gráfico das obras.

Os projetos foram enviados à Caixa pela primeira vez em 30 de setembro de 2010. Com a mais recente recusa, não há prazo para uma nova análise do banco.

O lote de obras que teve projeto vetado pela CEF corresponde à construção de um corredor viário, ligando a zona norte ao centro de Natal. O trajeto vai facilitar o acesso do Aeroporto Internacional Augusto Severo à Arena das Dunas, que será palco de quatro jogos do Mundial.

Do Blog: Essa obra de mobilidade que vai compreender a região do viaduto da Urbana foi apresentado à imprensa potiguar como um trunfo, um legado, um marco e é reprovado pela terceira vez por falta de documentação? O povo está de olho!

Opinião dos leitores

  1. ESTE PROJETO E INEXISTENTE PARA A REALIDADE DA NOSSA CIDADE, DEVEMOS TER CONCIÊNCIA DISTO, COM ESTA PREFEITURA AI NADA HÁ MAIS DE ACONTECER, AGORA E SÓ EXPERAR A BORBULETA VOLTAR PARA O CASULO E NUNCA MAIS SE DEUS QUIZER.

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Esporte

Pouco mais da metade da população acredita na conclusão da Arena das Dunas para a Copa

Enquanto o Machadão estava de pé, o descrédito de Natal como cidade-sede da Copa do Mundo Fifa 2014 era enorme. Visivelmente, ninguém acreditava. A própria imprensa ficou procurando por diversas vezes trazer notícias negativas da cidade.

Agora, mesmo após a demolição do Machadão e o início das obras da Arena das Dunas, a pesquisa Sinduscon/Consult revela que apenas a metade ainda confia na conclusão do projeto antes da Copa. Ou seja, pronto para sediar os quatro jogos que o cronograma prevê.

De acordo com a pesquisa, 56,1% acredita que vai ficar pronto o estádio. Uma fatia de 30,1% está menos otimista e acredita que o estádio não estará concluído antes do mundial.Outros  13,8% não souberam responder.

A encomenda da pesquisa foi feita pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon). Nela, foram entrevistadas mil pessoas de 43 localidades de Natal. Essa é a primeira pesquisa eleitoral registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) este ano.

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Economia

Obras engatinham e ninguém sabe quanto vai custar a Copa no Brasil

Almir Leite – O Estado de S.Paulo

A Copa do Mundo no Brasil vai tomar forma na quinta-feira, quando a Fifa divulgará o calendário com datas, locais e horários dos jogos. No dia 30, completam-se quatro anos que o País foi anunciado como sede da competição. Desde então, algumas coisas foram feitas, mas há muito por fazer. Os estádios ficarão prontos a tempo. O mesmo não se pode garantir em relação aos aeroportos e às 49 obras de mobilidade urbana ligadas à Copa. “Certeza” absoluta, só uma: ninguém sabe quanto ficará a conta da empreitada.

No último balanço divulgado pelo governo federal, em setembro, o custo da Copa, considerando-se o dinheiro a ser investido em estádios, portos e aeroportos e em mobilidade urbana, foi estimado em R$ 27,1 bilhões. Aumento de cerca de 14% em relação aos R$ 23,1 bilhões do balanço de janeiro e de 26% sobre os R$ 21,5 bilhões de previsão feita em 13 de janeiro de 2010, quando o ex-presidente Lula assinou a Matriz de Responsabilidade.

Esses R$ 27,1 bilhões estão a anos-luz de uma estimativa feita pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que calculou em R$ 112 bilhões o custo com a Copa. O estudo da associação, que tem parceria técnica com a CBF e o Ministério do Esporte, inclui também gastos com hotelaria, segurança, tecnologia e saúde, entre outros. Mesmo assim, a diferença é grande, pois o balanço do governo acrescenta apenas R$ 10,3 bilhões para esses itens.

Os números são mesmo conflitantes. Na sexta-feira, o governo divulgou atualização na Matriz de Responsabilidade e a conta baixou para R$ 26,1 milhões. “A Matriz é um documento que precisa ser atualizado com os ajustes que são feitos enquanto a obra está em andamento. Isso é essencial para a transparência do processo”, esclareceu Alcino Reis, secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte.

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Jornalismo

Hermano Morais é candidato a Prefeito de Natal

Vinte anos depois de participar de uma eleição majoritária, o PMDB de Natal terá candidato próprio nas eleições municipais para prefeito, em 2012. E o candidato  será o deputado estadual, Hermano Morais. Ontem, no ato simbólico de divulgação dos novos filiados ao PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do diretório estadual do partido apresentou Hermano como o “futuro prefeito de Natal”.

Minutos depois, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, Hermano Morais afirmou, pela primeira vez, que está pronto para a luta. “Fico honrado em ser lembrado pelas lideranças de meu partido. Estou pronto para o desafio”, declarou. A última gestão do partido à frente do executivo municipal foi a do atual ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. Segundo ele, depois do processo consolidado de novas filiações, o próximo passo será a elaboração de um programa de governo para Natal que seja consistente e que possa atender ás expectativas da população.

Hermano destacou que a futura gestão municipal enfrentará um novo momento – que é a preparação para a Copa 2014 – e por isso “terá maior responsabilidade. “É um momento que vai exigir muito mais capacidade e empenho. Espero que o partido tenha sucesso e eu seja eleito”.  A meta do PMDB é fazer em 2012 de 60 a 70 prefeitos.

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Opinião dos leitores

  1. Acompanho esse blog e lhe tenho apreço, por isso estou escrevendo esse comentário: tenha cuidado redobrado com as notícias sobre política, pois elas podem ser consideradas propaganda eleitoral antecipada e o autor do blog receber uma multa que vai de 5.000 a 25.000 reais. Tecnicamente, não existem candidatos antes das convenções partidárias e do registro da candidatura na Justiça Eleitoral. Pré-candidato é mais apropriado. Abraço

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Esporte

Contrato garante Frasqueirão como Centro de Treinamento para Copa 2014

A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, assinou na tarde desta segunda-feira, 26, no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão, o contrato e o Termo Aditivo para que a estrutura do campo de treinamento do ABC Futebol Clube seja utilizada como Centro Oficial de Treinamento (COT) pelas seleções dos países que terão jogos do Mundial sediados no Arena das Dunas.

A chefe do executivo municipal natalense informou que esta é mais uma etapa importante cumprida em relação ao evento. “Cada vez mais nossa cidade vive o clima da copa. E agora, além da própria marca da Capital Potiguar, um dos nossos principais times de futebol, ficarão conhecidos internacionalmente”, destacou Micarla de Sousa.

Além da estrutura de treinamento do ABC, os campos de futebol da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) também já se disponibilizaram e enviaram documentação necessária para FIFA, com o objetivo de servir como COT durante a Copa do Mundo de 2014 em Natal.

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Esporte

Estudantes não terão direito à meia entrada nos estádios da Copa de 2014

Se antes os atrasos na construção do Arena das Dunas e nas obras mobilidade urbana já irritavam os potiguares, a Lei Geral da Copa, encaminhada ao Congresso Nacional para votação, vai despertar ainda mais o descontentamento popular.

Segundo o artigo 32 da legislação, todos os preços dos ingressos serão estabelecidos pela FIFA. Contudo, não há referências sobre a questão da meia entrada para estudantes e sobre a venda de bebidas alcoólicas nos estádios da Copa.

Segundo o Ministério dos Esportes, o projeto de lei não trata da meia entrada para estudantes porque não existe lei federal que disponha sobre o assunto.

Pela mesma razão, o Planalto também desistiu de incluir artigo que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Qualquer alteração terá de ser feita pela cidade-sede ou Estado da Copa, em entendimento com a Fifa.

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Jornalismo

O Jeitinho e o Jeitão Bra$ileiro no desleixo com as obra$ da Copa

O título é deste blogueiro, o texto é do potiguar, jornalista é professor da USP, Gaudêncio Torquato, publicado hoje no Estado de São Paulo.

A explicação, que parece risível, é dada de maneira séria por autoridades: as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016 não sofrerão atrasos. Vai dar tudo certo. Aos fatos: a Arena das Dunas, em Natal (RN), aguarda propostas de parceria. Outros empreendimentos estão em fase inicial. E mais: dos 12 estádios que serão construídos, 5 correm o risco de se transformar em “elefantes brancos” por falta de torcedores suficientes e pelos altos custos de manutenção.

A novela sobre a preparação do Brasil para sediar os dois maiores eventos esportivos mundiais segue um enredo que tem tudo para se tornar sucesso de público e de mídia, por exibir vasto painel do temperamento nacional. Abriga traços do caráter, a começar pelo desleixo, passando pela improvisação, entrando pelo jeitinho e chegando à malandragem, pela inferência de que o atraso no calendário de obras é algo deliberado. Teria o fito de driblar a montanhosa burocracia e, desse modo, livrar a licitação de projetos de complicações, liberar recursos de forma ágil e no fluxo adequado, garantindo a satisfação de todos os “jogadores” da copa preparatória. O afogadilho seria sinônimo de esperteza, e não de improvisação, sob a lógica invertida de “não fazer hoje o que pode ser feito amanhã”. E assim o Brasil pode levar a taça de campeão de novo escopo da administração: “a emergência programática”.

De início, a lembrança: o Brasil foi escolhido para ser a sede da Copa do Mundo de Futebol em 30 de outubro de 2007. De lá para cá, em termos práticos o resultado fica próximo de zero. É evidente que, sendo a paixão nacional, o futebol abre intenso foro de debates, acende fogueiras de vaidades e impulsiona visões conflitantes entre os atores envolvidos na organização do megaevento: times e torcidas, cartolas, cidades-sede da Copa, autoridades governamentais, políticos, empreiteiras e a formidável malha de prestadores de serviços. Cada qual quer tirar proveitos – e proventos – da gigantesca teia de interesses, sabendo-se que não haverá rigidez no controle dos orçamentos.

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Política

A ansiedade de Robinson

O vice-governador Robinson Faria deu uma boa entrevista ao POTI que circula hoje. Falou, inclusive, que não é aliado de Micarla de Sousa e não tem compromisso com ela nas eleições de 2012. Mas, o que chamou mesmo atenção foi sua fixação no poder. Ele fala muitas vezes em 2014, ano de eleições para governador. Vejamos:

 

O repórter do POTI pergunta: E Como ficou sua relação com José Agripino?

Robinson responde: De minha parte, continua ótima. José Agripino é um amigo meu. Eu entendo a sua preocupação. Ele é presidente do DEM. Mas ele tem que compreender o sentimento meu e de Rosalba. Tem que ser cooperativo. Agripino tem o mandato de Senador de oito anos. Tanto ele quanto Garibaldi Filho. Eles foram eleitos nesse palanque com Rosalba. Daqui a quatro anos quem vai para a campanha de novo, para o vestibular das urnas, é Rosalba e Robinson. Agripino e Garibaldi já estão com mandatos garantidos. Daí minha preocupação e de Rosalba para promover o fortalecimento das nossas bases políticas.

 

Do Blog: Só se passaram sete meses da eleição e apenas quatro meses da posse  no governo do Estado. O Governo ainda está engatinhando e com problemas sérios, como a greve na educação anunciada para amanhã (segunda) e o caos na saúde do estado, só para começar. Será que não é muito cedo para se falar em política? Não poderíamos deixar a política partidária ou o pleito de 2014 para depois?

Opinião dos leitores

  1. Não é aliado da borboleta: Ele pensa que somos idiotas? Quem andava nos palanques da borboleta, junto com rosinha, Zezinho, o filho dele e o filho do galego do alecrim?

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