Diversos

Em discurso na ONU, Bolsonaro garante ‘compromisso solene’ com meio ambiente e acusa líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil

O presidente Jair Bolsonaro durante discurso na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA) — Foto: Carlo Allegri/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira (24) durante discurso de abertura na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), que tem “compromisso solene” com a preservação meio ambiente e acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil.

Tradicionalmente, desde 1949, cabe ao representante do Brasil abrir o debate geral da assembleia das Nações Unidas. Foi o primeiro pronunciamento de Bolsonaro como chefe de Estado no encontro.

“É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado, a nossa soberania”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro afirmou, ainda, que tem “compromisso solene” com a proteção da Amazônia. Disse que a Amazônia é maior do que toda a Europa ocidental e “permanece praticamente intocada”, o que seria prova, segundo o presidente, de que o Brasil é “um dos países que mais protegem o meio ambiente”.

“Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil”, declarou o presidente.

O discurso do presidente tem o contexto da crise provocada, em agosto, pela alta das queimadas na floresta amazônica.

Bolsonaro trocou farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron, que deixou em aberto a discussão sobre um possível status internacional na Amazônia.

Com a fala desta terça, Bolsonaro é o oitavo presidente brasileiro a abrir os debates. O primeiro chefe de Estado do país a discursar no encontro foi João Figueiredo, em 1982. Desde então, apenas Itamar Franco não se pronunciou ao menos uma vez na assembleia geral.

Terra indígena

Bolsonaro afirmou no discurso que não ampliará o percentual do território brasileiro com terras indígenas e disse que a “visão de um líder” não representa o pensamento de todos os índios do país.

“Quero deixar claro: O Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de estado gostariam que acontecesse”, afirmou.

Bolsonaro afirmou que, “muitas vezes”, líderes indígenas como o cacique Raoni, são “usados como peça de manobra” por governos estrangeiros. Ele não citou quais seriam os governos, contudo, recentemente Raoni se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron.

“A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes, alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”, afirmou Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, pessoas dentro e fora do Brasil, com apoio de organizações não-governamentais, “teimam em tratar e em manter” os índios brasileiros “como verdadeiros homens das cavernas”.

“O Brasil agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses em 1500. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terá rica”, afirmou.

Agenda da viagem

Antes do discurso, Bolsonaro se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres. À tarde, Bolsonaro está prevista uma visita ao ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. À noite, o presidente embarca de volta para Brasília.

Bolsonaro chegou a Nova York na tarde de segunda-feira (23), acompanhado de uma comitiva que reuniu, entre outros integrantes, ministros, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos cinco filhos do presidente.

Eduardo, que preside na Câmara a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), foi escolhido pelo pai para ser embaixador do Brasil em Washington. No entanto, a indicação ainda não foi enviada ao Senado, que terá de aprovar o nome do parlamentar.

O presidente viajou uma semana depois de receber alta hospitalar. No dia 8, ele passou por uma cirurgia para corrigir uma hérnia, o quarto procedimento desde que sofreu uma facada no abdômen em 2018.

Bolsonaro viajou com orientação de manter uma dieta leve e de evitar longos períodos sentado no avião.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Quem estiver achando ruim e envergonhados com verdade, verdadeira, peguem o beco pra Venezuela , não vao fazer igual a o outro, que dizem que vendeu o mandado, foi morar nos Estados Unidos o certo era Venezuela ou Cuba.
    Se é por falta de uma despedida, ADEUS!!
    Suma, xispa kkkkkkk
    Tchau corruptos.

  2. Chora Petezada, o choro é livre. Vergonha é seu presidente preso por corrupção e lavagem de dinheiro se Ricardo e Curiosa. Aceitem por que estar só começando…

    1. Bolsonaro conseguiu mostrar ao mundo todo como o governo brasileiro usa da mentira para avançar sua agenda.

      "Visitem a Amazônia". Os líderes do mundo já têm acesso às fotos de satélite, à Nasa. A Nasa tá mentindo?

      Bolsonaro é fake news.

  3. Discurso do presidente do Brasil na ONU termina sem aplauso, nem dos aliados. Foi um dos momentos mais vergonhosos que eu ja vi como brasileiro. Eu nao imaginava que ele iria falar as bobagens que fala lá no twitter para o mundo todo.

    1. Realmente. Falou muito pouco sobre a corrupção e os corruptos, inclusive os presos; sobre o assalto à PETROBRAS; sobre o maior caso de corrupção do mundo. Falou pouco. Lamentável.

  4. Orgulho do meu presidente !!
    Me representou e tb a maioria do nosso país .
    Obg presidente patriota

  5. Me representou, orgulho do nosso presidente !! Eleito pela maioria do nosso país então representando a maioria do Brasil.
    Orgulho do nosso presidente, patriota !!

  6. Foi muito bem! BG deveria postar a íntegra do discurso.
    #BrasilacimadetudoDeusacimadetodos!

  7. O retardado foi falar de PT e Cuba na assembleia geral da ONU. Não tem jeito para jumento que está na presidência!

  8. grande estadista o nosso presidente bolsonaro, mostrou as autoridades do mundo que não abre de mão da nossa soberania, parabéns, vale apenas ouvir e refletir

  9. Enquanto isso, em passado recente, um presidente da Bolívia se apropriou de uma refinaria da petrobrás e o governo brasileiro se calou, se acovardou, deixou pra lá, fez de conta que não aconteceu.
    Para fechar o circo, comprou uma refinaria nos EUA sucateada, sem condições de operar e a um custo que segundo as publicações, estava hiper faturada. Isso não faz muito tempo, basta ver nossa história do ano 2000 até hoje.
    Já negar o passado e e adivinhar o futuro, faz parte da turma que trabalha por dinheiro, pela divisão dos recursos público até que ele acabe e sejamos todos iguais na miséria, como vive o povo da Venezuela

  10. APENAS REPASSANDO:
    O discurso de Jair Bolsonaro foi forte: disse que o Brasil se encontrava ameaçado pelo socialismo, atacou a corrupção que assolava o país nos governos petistas, com elogio explícito a Sergio Moro, partiu para cima do regime venezuelano, do Foro de São Paulo, da ação cubana na América do Sul e do ambientalismo manipulado por uma visão colonialista.

    O presidente afirmou que a Amazônia não está em chamas, ao contrário do que diz a mídia internacional, e criticou a tentativa de tolher a soberania brasileira na região. Atacou o cacique Raoni, dizendo que ele não é o único representante dos povos indígenas, e leu uma carta assinada por representantes de mais de 50 tribos que pediam desenvolvimento nas reservas e legitimavam a índia Ysani Kalapalo, que integra a comitiva brasileira. Bolsonaro também reforçou o compromisso do Brasil com o livre-comércio e o respeito a acordos internacionais, que disse pretender multiplicar. Ele defendeu a democracia de expressão e informação.
    Na última parte, “terrivelmente evangélico”, criticou a perseguição de caráter religioso e atacou transversalmente a chamada ideologia de gênero.
    A verdade causa estragos que os corruptos repugnam, contestam, sofrem e tentam manipular a qualquer custo, pois pra eles, "quanto pior melhor"

  11. Enquanto isso, em passado recente, um presidente da Bolívia se apropriou de uma refinaria da petrobrás e o governo brasileiro se calou, se acovardou, deixou pra lá, fez de conta que não aconteceu.
    Para fechar o circo, comprou uma refinaria nos EUA sucateada, sem condições de operar e a um custo que segundo as publicações, estava hiper faturada.

    1. Ficou acostumado com as mentiras que vendiam o Brasil como tudo e estava sendo levado ao nada? Tá ruim? Vá para Venezuela, lá tem igualdade social.

    2. E qual é a novidade, o Brasil sempre foi mesmo uma vergonha. Desde a descoberta de Pindorama até os dias de hoje, nunca passamos de mero exportador de commodities como grãos e minerais brutos. Não agregamos nada ao que a natureza generosa nos dá. E achamos isso a glória, alegamos de peito estufado que somos a sétima economia do mundo, o país do futturo… essas e outras bobagens absolutamente irrelevantes.

  12. Só foi fazer vergonha ao povo brasileiro. Aqueles q acreditavam que um politico 28 anos sem fazer nada seria uma boa idéia para o país, é melhor JAIR se arrependendo, pq o negocio esta ficando sério.

    1. Pois é…..ter deixado nas mãos da corja que estava assaltando o Brasil teria sido melhor, né!?

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Política

Oitavo presidente brasileiro a discursar na ONU, Bolsonaro viaja para Nova York

O presidente Jair Bolsonaro durante transmissão de cargo ao vice-presidente, Hamilton Mourão, na manhã desta segunda-feira (23), antes de viagem aos EUA — Foto: Alan Santos/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro embarcou na manhã desta segunda-feira (23) para Nova York (EUA), onde participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente deixou o Palácio da Alvorada às 6h30. O avião da comitiva presidencial decolou pouco depois da Base Aérea de Brasília.

Tradicionalmente, desde 1949, cabe ao Brasil abrir o debate geral, e Bolsonaro tem dito que defenderá a “soberania nacional” e a atuação do governo na Amazônia (veja no vídeo abaixo).

Em uma transmissão ao vivo em uma rede social, na semana passada, Bolsonaro disse estar “na cara” que ele será cobrado por outros chefes de Estado na questão ambiental. Diante disso, afirmou que fará um discurso “bastante objetivo” sobre a Amazônia (leia detalhes mais abaixo).

O presidente também disse que não vai “fulanizar” ou “apontar o dedo para nenhum chefe de Estado”. Ele afirmou ainda que, vendo discursos de outros presidentes brasileiros na ONU, concluiu que “se falava, falava e não se dizia nada”.

Pela agenda informada pela Presidência, Bolsonaro embarca para Nova York nesta segunda-feira e retorna ao Brasil na quarta (25). Inicialmente, o presidente iria também a Dallas, no estado do Texas, para se reunir com empresários do setor de tecnologia, mas a viagem foi cancelada.

Entre outras pessoas, integrarão a comitiva de Bolsonaro a primeira-dama, Michelle, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o médico Ricardo Camarinha, que avaliou o quadro clínico de Bolsonaro nesta semana.

Durante a viagem de Bolsonaro, o vice-presidente, Hamilton Mourão, assumirá o exercício da Presidência da República. A transmissão de cargo foi registrada na manhã desta segunda.

Meio ambiente

A estreia de Bolsonaro na ONU gerou expectativa em razão da crise diplomática e ambiental provocada pelas declarações do presidente em razão do aumento das queimadas na Amazônia.

Nos últimos meses, o presidente fez declarações críticas à Alemanha e à Noruega e chegou a trocar farpas públicas com o presidente francês, Emmanuel Macron, que deixou em aberto uma possível discussão sobre status internacional para a Amazônia.

Macron chegou a anunciar a intenção do G7, grupo que reúne as sete principais economias do mundo, de destinar ao Brasil US$ 20 milhões, mas Bolsonaro questionou a motivação do envio e afirmou que o montante era uma “esmola”.

Bolsonaro chegou a afirmar, sem apresentar provas, que organizações não-governamentais (ONGS) estariam envolvidas nas queimadas na Amazônia a fim de desgastar o governo, declaração contestada por ambientalistas.

Discursos de ex-presidentes

De acordo com o acervo da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, Bolsonaro será o oitavo presidente brasileiro a discursar na Assembleia Geral da ONU – o primeiro foi João Baptista Figueiredo, em 1982.

De acordo com levantamento do G1, a soberania nacional e preservação da Amazônia foram temas abordados por todos os antecessores de Bolsonaro na ONU.

Além de Bolsonaro e Figueiredo, também discursaram no debate geral da assembleia da ONU os ex-presidentes Michel Temer, Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Ao todo, de 1982 a 2018, foram 20 discursos de presidentes brasileiros.

Michel Temer (2016): Temer assumiu a Presidência em razão do impeachment de Dilma Rousseff. Como à época os apoiadores de Dilma chamavam o processo de “golpe”, alegando que não havia crime de responsabilidade, Temer usou o primeiro discurso na ONU, em 2016, para dizer que o processo de impeachment “transcorreu dentro do mais absoluto respeito à ordem constitucional”. Temer ainda disse que preocupava a “ausência de uma perspectiva de paz entre Israel e Palestina”, acrescentando que o Brasil apoia a convivência pacífica na região.

Dilma Rousseff (2011): Primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 2011, Dilma afirmou na ocasião que o fato representava a “inauguração” da “voz da democracia”. À época, a então presidente também exaltou o papel feminino na sociedade e o reflexo disso na representação política, acrescentando que o Brasil estava pronto para assumir um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Dilma disse ainda que já havia chegado o momento de “termos a Palestina aqui representada a pleno título”.

Lula (2009): No último discurso na ONU como presidente do Brasil, Lula enfatizou que o momento, de crise financeira mundial, exigia dos países a adoção de “audaciosos” programas sociais e de desenvolvimento. Destacou, então, que o governo brasileiro havia aprofundado os programas sociais, “especialmente os de transferência de renda”, além de aumentado o salário mínimo acima da inflação. Lula também defendeu a atuação da ONU na garantia da “coexistência de um Estado Palestino com o Estado de Israel”.

Fernando Henrique (2001): O discurso na ONU ocorreu dois meses após o atentado de 11 de setembro. Fernando Henrique prestou solidariedade aos americanos e disse que o país vivenciou a “ação mais contrária ao diálogo”, “um golpe vil e traiçoeiro” contra “todos os povos amantes da paz e da liberdade”. Ele colocou o Brasil à disposição para abrigar refugiados afegãos e pregou ações contra tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro. Fernando Henrique ainda disse apoiar a “constituição de um Estado Palestino democrático”.

Fernando Collor (1990): Collor estreou na ONU em 1990 e afirmou que era uma “tarefa urgente” para a América Latina solucionar o problema da dívida externa, pois a recuperação econômica dos países era um “imperativo incontornável”. O presidente disse que tinha o “compromisso” de “derrotar a inflação” e de “garantir o funcionamento” da democracia. Ele ainda criticou o protecionismo, classificado como “deplorável”, praticado por países mais riscos em um “cenário de subnutrição que atinge boa parte da humanidade”.

José Sarney (1985): Primeiro presidente após a ditadura militar, Sarney estreou na ONU com a defesa de uma negociação “política” para a dívida externa. “O Brasil não pagará a dívida externa nem com a recessão, nem com o desemprego, nem com a fome”, disse. Segundo ele, pagar a dívida com “altos custos sociais e econômicos” faria o país “abdicar da liberdade”. Sarney declarou que o Brasil saiu da ditadura pela “capacidade de conciliar” e reforçou a “total condenação” ao apartheid, política de segregação racial em vigor à época na África do Sul.

João Figueiredo (1982): Primeiro presidente a falar na Assembleia Geral, Figueiredo lançou um apelo à paz e criticou a política de correção das dívidas externas. “A política econômica das grandes potências está destruindo riquezas sem nada construir em seu lugar”, disse. Para ele, o Oriente Médio só encontraria a solução de conflitos com o reconhecimento do “direito do povo palestino a um Estado soberano”. Ainda frisou a soberania da Argentina nas ilhas Malvinas e defendeu o diálogo com o Reino Unido para solucionar a disputa territorial.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Ômi esse bolsonaro é o cão chupando manga, fala na onu, costurou os " acordo comercial Mercosul/união europeia", "brasil/EUA, reforma da previdência e tributária, abertura pra investimento de capital externo no pré sal, pensando em privatizar correios, bb, cef, Petrobrás, furnas… Pense, vamos passar a economia Francêsa. Hehehe

  2. Será que essa múmia vai dizer lá que nós brasileiros só poderemos defecar dia sim, dia não?!?!
    Ipsis litteris, vade retro imbecil…

    1. O camarada com esse nome , não tem credibilidade e nem moral pra falar do presidente do Brasil eleito por 57 milhões de eleitores …. Lula tá preso babaca!!!!

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Diversos

Em 2019, ‘golpe do noivo’ da ONU já rendeu 750 denúncias de brasileiras

Pixabay

De janeiro a agosto de 2019, o UNIC Rio de Janeiro (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil) recebeu aproximadamente 750 denúncias sobre criminosos que usam o nome da organização para obter informações bancárias e dinheiro de mulheres brasileiras.

Foram cerca de 100 relatos por telefone e outros 650 por e-mail, segundo confirmou o próprio escritório da UNIC ao R7.

Roberta Caldo, assessora de comunicação da UNIC no Rio, aponta que, geralmente, as brasileiras — das mais diversas idades e regiões do país — são contatadas pelos suspeitos por meio de serviços de bate-papo em redes sociais como Instagram e Facebook. Muitas vezes, acreditam estar em um relacionamento virtual.

“Quando começa a conversa, já detectamos. A pessoa costuma dizer que tem um namorado americano que trabalha em uma base da ONU na Síria ou no Afeganistão e ele pediu uma remessa de dinheiro ou autorização para tirar férias”, explica Roberta.

Dinheiro para férias

Em linhas gerais, o criminoso fala que precisa dos dados pessoais das vítimas para justificar uma solicitação de férias à entidade — e, então, poderá conhecer a “parceira” pessoalmente.

“Com cautela, informamos imediatamente a todas as mulheres que entram em contato conosco que a ONU nunca pede que terceiros solicitem férias, que esse procedimento não envolve recursos e que há pessoas mal intencionadas que usam o nome da organização para praticar golpes”, resume a assessora.

Roberta conta que as mensagens enviadas pelos criminosos às brasileiras, quando não são escritas em inglês, apresentam um português pouco compreensível — o que indica que os suspeitos sejam estrangeiros usando um tradutor online.

Sem perfil definido

A entidade não traça um perfil das mensagens enviadas às brasileiras, mas a assessora não acredita que se trate de um grupo organizado — e sim de casos isolados de estelionatários. “Não há um ‘modus operandi’. Eles estão em todas as redes e são relatos espalhados pelo Brasil”, completa.

Infelizmente, há quem se deixe levar pela malícia dos golpistas. Roberta aponta que já houve um episódio em que a vítima transferiu R$ 30 mil para um suspeito.

“Para que as pessoas se protejam, recomendamos que elas procurem uma delegacia de crimes virtuais para denunciar, ainda que seja difícil de punir e rastrear. Também temos um alerta contra fraudes constante no nosso site e nas nossas redes”.

Denúncias ao Itamaraty

Nos últimos anos, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também divulgou seguidos comunicados informando que recebe “numerosas queixas de cidadãs brasileiras vítimas de roubos, fraudes e violência cometidos por cônjuges estrangeiros que conheceram pela internet e com os quais tiveram pouco ou nenhum convívio presencial antes do casamento”.

O órgão recomenda “às brasileiras e aos brasileiros especial cuidado com os relacionamentos virtuais mantidos com estrangeiros”.

Ao R7, a pasta esclareceu que ainda não dispõe de estudo com os números das denúncias recebidas nos diferentes postos do Itamaraty no exterior.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. é o golpe do noivo ou o golpe da tentativa de ser noiva de um estrangeiro com emprego?

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Política

Após exames, Bolsonaro confirma que vai à reunião da ONU

Foto: Marcos Corrêa/PR – 4.9.2019

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta sexta-feira (19) que irá à Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na semana que vem, a partir de terça-feira (24). Ele foi submetido a exames em Brasília, no Hospital DF Star, e foi constatado que ele tem saúde suficiente para fazer a viagem na semana que vem.

Em sinal de melhora, o presidente vai participar de um evento no Palácio do Planalto na tarde desta sexta para sanção da Medida Provisória da Liberdade Econômica. Nos últimos quatro dias, ele despachou do Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência.

Quarta cirurgia

Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia no domingo (8) para retirada de hérnia incisional em uma das cicatrizes de operação anterior. Foi a quarta cirurgia do presidente desde a facada durante campanha em Juiz de Fora (MG), há pouco mais de um ano.

Ele deixou o hospital após alta na segunda-feira (16).

Questionado se o presidente tem outro problema de saúde que atrasa a recuperação, o médico Antonio Macedo afirmou que “em todas as cirurgias que fizemos, houve um retardo na recuperação, mas, quando ele retorna, vai rápido”.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Eu topo, mas primeiro vamos fazer uma aposta: Quanto foi roubado dos cofres públicos pelos petralhas? Digo que não tem ninguém que consiga contar e vc? Quanto acha que foi? Aposto cinco paus! Topas?

    1. No mínimo Hum trilhão, e continuam, o sorteio da Sena de ontem foi mais uma manobra dessa cambada.

  2. Aposto que vai arrumar 10 brigas, 8 polêmicas e vão perguntar pelo Queiroz. Quem vai? Até 1 real eu topo

    1. Eu só digo que ele vai quando eu vir. Se for, vai passar vergonha, são tantos protestos que ele nåo vai saber digerir e se tiver que improvisar o discurso em algum momento, meu Deus, sai de baixo. As delegações,qdo nåo gostam do dirigente, costumam deixar o ambiente. Meu Deus, se isso acontecer, tende piedade de nós.

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Diversos

Ativistas brasileiros dos direitos Humanos denunciam presidente Bolsonaro na ONU

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Ativistas brasileiros ligados à entidade Justiça Global denunciaram o presidente Jair Bolsonaro à Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, em Genebra, na Suíça. O motivo é o que determina a exoneração dos os sete peritos do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Opinião dos leitores

  1. Deixa de nunciar, essa ONU não tem mais relevância nenhuma. E outra coisa, Presidente, extingue esse tal de Mecanismo. Nada mais de orgao aparelhado por petralha.

  2. Pronto essa notícia é inédita, esses pilantras vagabundos/vagamundas ativistas brasileiros vão salvar o mundo, vão acabar com a pobreza e a miséria do mundo denunciando o presidente Jair Bolsonaro a onu pense numa classe sem futuro é essa turma, sei não viu.

  3. São esses "ativistas" q defendem a soltura de corruptos!!!! É um grande elogio ser denunciado por essa turma!!!

    1. Realmente nao sei o que é pior… Um ustra vive, ou uma terrorista tb solta que queria estocar vento.

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Polêmica

Instituto Herzog e OAB denunciam Bolsonaro à ONU “por 31 de março festivo”

O Instituto Vladimir Herzog e a Ordem dos Advogados do Brasil enviaram à Organização das Nações Unidas, na manhã desta sexta-feira, 29, uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro. A petição tem relação com a orientação de Bolsonaro para comemorações nos quartéis, no próximo domingo, 31 de março, data que marca os 55 anos do golpe militar de 1964.

O documento afirma que o presidente e outros membros do governo tentam “modificar a narrativa histórica do golpe que instaurou uma ditadura militar”.

A queixa também cita as recentes entrevistas de Bolsonaro, em que o presidente “nega o caráter ditatorial do regime e os crimes contra a humanidade cometidos por agentes do Estado”.

No domingo, 24, Bolsonaro mandou os quartéis celebrarem a “data histórica”. Nesta quinta-feira, 28, ele disse que sugeriu às unidades militares que “rememorem” o 31.

Para o Herzog e a OAB, a comemoração constitui “uma violação dos tratados aos quais o Brasil passou a fazer parte depois de retornar à democracia”.

No documento, eles pedem aos relatores que a ONU cobre explicações do presidente.

A expectativa do Instituto é que a ONU se manifeste sobre “a importância do direito à memória e à verdade e a necessidade de se manter viva a lembrança das atrocidades cometidas durante o regime militar, a fim de evitar qualquer tentativa de revisionismo histórico”.

Segundo o Instituto Vladimir Herzog, “a queixa tem caráter confidencial”.

Nesta quinta, o instituto protocolou mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal para impedir comemorações que façam alusão à 1964.

“Em razão dos crimes cometidos durante a ditadura, isso representaria imoralidade administrativa por parte do Poder Executivo”, afirma o Instituto, em nota publicada em seu site.

O Instituto leva o nome do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto nas dependências do DOI-CODI, núcleo mais temido da repressão, ligado ao antigo II Exército, em São Paulo.

UOL, com Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Essas instituições ficaram caladas enquanto os governos de esquerda comemoravam e exaltavam as revoluções comunistas da Russia, Cuba etc. Movimentos que levaram ao poder ditadores sanguinários que mataram 100 milhões de pessoas ao redor do mundo. Salve 1964 que não deixou nossa nação cair nas mãos dessa ideologia nefasta.
    Ficaram caladas quando milhões eram emprestados, via BNDES, a país alinhados ideogicamente, que sabidamente não tinham a menor condição de pagar.
    Essas instituições não tem respaldo moral pra reclamar de nada.

  2. BG
    Essa OAB nacional tem um presidente ptista no comando dela em Brasilia, na época da quadrilha roubando a Nação Brasileira a OAB não dava um pio a respeito dos desmandos praticados pelos meliantes, agora é toda hora na midia comprometida fazendo barulho.

  3. Vivenciei minha adolescência em pleno regime militar. Saudade do tempo em que se podia andar despreocupado pelas ruas. O que vi, foi inúmeros políticos corruptos sendo cassados e o país sendo governado por homens sérios, digo militares ,que enfrentaram com garra nosso país contra o comunismo.

  4. A OAB não emitiu 01 nota sobre os BILHÕES destinados as DITADURAS de Cuba e Venezuela através do BNDES que viraram CALOTE OFICIAL. E aí OAB isso foi legal? Está certo financiar ditaduras?

  5. No Brasil foi comemorado o aniversário de 100 da Revolução Russa de 1917, com sessão solene na Câmara dos Deputados e ninguém falou nada. Estima-se que esse movimento e seus desdobramentos matou 100 milhões de pessoas nos países onde o comunismo foi implantado. Por tanto é justo que se lembre o movimento de 1964, que evitou que o nosso povo fosse vítima dessa ideologia macabra.

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Política

Embaixadora do Brasil na ONU e Jean Wyllys batem boca durante reunião em Genebra

O ex-deputado federal Jean Wyllys participa de evento na ONU em Genebra; embaixadora brasileira interrompeu evento para criticá-lo Foto: Reprodução/Twitter DelBrasGENEBRA

A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevedo, e o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) protagonizaram um bate boca durante um debate promovido pela ONU em Genebra, na Suíça. Maria Nazareth interrompeu o evento, que tinha Wyllys entre os convidados, para ler um discurso em que defende o governo Jair Bolsonaro. O jornalista Jamil Chade, do portal UOL, filmou parte da discussão e publicou uma nota sobre o caso em seu blog.

“O presidente Bolsonaro não fugiu do Brasil após a tentativa real – e muito televisionada – de tirar sua vida”, disse a embaixadora. O discurso foi publicado na conta oficial da delegação brasileira em Genebra no Twitter, e republicado pelo Itamaraty na mesma rede social. “O governo Bolsonaro não é uma organização criminosa. Nem o presidente Bolsonaro é fascista ou autoritário. Ele não cuspiu na cara da democracia.”

Sem mencionar Wyllys, o texto faz referência à votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando o então deputado do PSOL cuspiu em direção a Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados, e à saída do psolista do País em janeiro deste ano. Na ocasião, Wyllys alegou que sofria constantes ameaças de morte, e abriu mão de assumir o que seria seu terceiro mandato na Câmara.

O discurso da embaixadora também diz que o governo Bolsonaro está comprometido com a proteção de grupos vulneráveis, inclusive a comunidade LGBT. “Eles (LGBT) estão sendo incluídos e não estão sendo discriminados por qualquer instituição oficial de forma alguma”, diz o texto.

Em seguida, os mediadores do evento deram à palavra ao ex-deputado para que ele respondesse ao discurso, e convidaram Maria Nazareth a ficar na reunião. Ela disse que só ficaria se tivese direito à tréplica, o que o mediador se recusou a fazer.

“Se a senhora gosta de debate, a senhora deveria ouvir a minha resposta. O fato de a senhora ter saído, inclusive, do seu lugar e ter vindo com um discurso pronto para esta sala é um sintoma, mesmo, de que a minha presença aqui amedronta a senhora e o seu governo”, disse o ex-deputado, enquanto ela se levantava para ir embora.

“Não amedronta. Envergonha”, respondeu a embaixadora, antes de sair da sala.

Ataques

Esta não é a primeira vez que Wyllys se torna alvo de manifestações públicas na Europa. Em fevereiro, no primeiro evento em que participou desde sua saída do Brasil, manifestantes do Partido Nacional Renovador (PNR), de Portugal, interromperam uma conferência na Universidade de Coimbra. Dois homens tentaram acertá-lo com ovos.

Wyllys participava, na ocasião, de um debate sobre fake news e discurso de ódio contra minorias.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Embaixadora foi cantar o hino rsrsrs quando se faltam palavras melhor fazer o basico a retirada!!!

  2. UMA EMBAIXADORA QUE VAI PERDER TEMPO BATENDO BOCA COM UM ANALFABETO COMO ESSE EX-BBB,TÁ COMPLICADO A COISA……..

  3. E o desgoverno Bolsonaro vai ficando cada vez pior…
    Passando em baixo na ONU para o Wyllys!
    Presidente, chama algum intelectual de esquerda e tente subvertê-lo com um bom salário, quem sabe assim você encontra alguém capaz de falar algo com nexo nesse seu governo.
    Mandar seus coleguinhas para os EUA aprender sobre terraplanismo com o Olavo não vai te ajudar muito!
    Seu Guru é tão competente no que faz, que vive agora de vaquinha virtual para poder se sustentar! Que belo fim!

    1. Esse Jean é que é uma vergonha pro Brasil.
      A ONU só serve pra essas palhaçadas.
      E manter milhares de empregos pra esquerdopatas. Não resolve nada.

    2. E você, por que não toma o destino maravilha, tal como, Cuba ou, até mesmo, Venezuela? Se liga, se não for para os países ligados a sua ideologia política, fica numa boa, pois Lula está, baba…

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Polêmica

Discurso de chanceler da Venezuela na ONU é boicotado por 20 países

Pronunciamento de Arreaza foi boicotado por mais de 20 países. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo/12.02.2019

O discurso do ministro das Relações da Venezuela, Jorge Arreaza, realizado nesta quarta-feira (27) no Conselho de Direitos Humanos na ONU (Organização das Nações Unidas) foi boicotado pelos governos de mais de 20 países, que se retiraram da sala assim que o chanceler entrou nela.

A ação foi coordenada previamente pelos países do chamado Grupo de Lima, que reconheceram o chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela até que sejam realizadas novas eleições.

As missões diplomáticas de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru na ONU em Genebra emitiram pouco depois um comunicado conjunto no qual explicam que seus respectivos governos não reconhecem a legitimidade do atual mandato de Nicolás Maduro como presidente nem de seus representantes.

Países de outras regiões imitaram o gesto e foi possível observar a saída da sala de mais de 20 delegações, que retornaram ao local onde se reúne o CDH após Arreaza terminar seu discurso e deixar o recinto.

A UE (União Europeia) também se uniu ao protesto rebaixando o nível de sua representação diplomática durante o discurso do chanceler venezuelano.

Diante do boicote, Arreaza não interrompeu sua alocução, na qual disse que na fronteira com a Colômbia foram observadas “operações com bandeira falsa por trás das quais estão os Estados Unidos”.

Além disso, criticou a Colômbia por “emprestar seu território” para essas operações disfarçadas de ajuda humanitária e cujo o objetivo é “preparar o caminho para uma intervenção na Venezuela”.

Arreaza afirmou que o governo de Maduro “está disposto a trabalhar com a ONU para receber assistência humanitária”, mas ressaltou que com a força não se conseguirá nada.

Em declarações posteriores à imprensa, o ministro disse que a politização e instrumentalização da ajuda humanitária é a razão pela qual a ONU e a Cruz Vermelha Internacional se mantiveram à margem da operação que tenta levar à Venezuela alimentos e remédios pela fronteira com a Colômbia.

Acrescentou que o governo de Maduro está trabalhando com essas duas organizações e com a UE “para ter assistência” que seja neutra e com bases legais.

“O mais importante é que seja permitido ao governo comprar, importar e pagar pelo que o povo precisa, mas isto é quase impossível através do sistema bancário tradicional”, comentou.

Em seu discurso no CDH, Arreaza voltou a convidar a alta comissária para os direitos humanos, Michelle Bachelet, a visitar a Venezuela para que “veja por si mesma os efeitos do bloqueio e das sanções” dos EUA.

Perguntado sobre o boicote dos governos latino-americanos, o chanceler disse que não tinha se dado conta, mas que em todo caso não tinha a menor importância “porque o mundo escuta a Venezuela”

EFE

 

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Diversos

Mídia internacional classifica discurso de Dilma de contundente e áspero

O forte discurso da presidente Dilma Rousseff contra a espionagem americana na Assembleia Geral da ONU foi destaque na maioria dos jornais internacionais nesta terça-feira. Para o jornal britânico “The Guardian”, Dilma foi contundente e fez um desabafo revoltado e direto ao presidente Barack Obama. O “New York Times” afirmou que a presidente usou palavras fortes. Para a correspondente da CNN, Dilma foi “áspera”.

Mesmo já esperada, a declaração da presidente na abertura do encontro, em Nova York, foi a mais séria condenação diplomática à espionagem até agora. Incisiva, ela rebateu o argumento de que o terrorismo poderia justificar monitoramento, como argumentaram os Estados Unidos, e classificou o ato de uma violação aos direitos humanos.

– O que temos diante de nós é um sério caso de violação dos direitos humanos e desrespeito à soberania. Jamais uma soberania pode firmar-se em detrimento de outra – declarou a presidente.

O jornal espanhol “El País” destacou que embora a presidente não tenha se referido diretamente aos EUA em qualquer parte de seu discurso, ela foi taxativa ao denunciar a espionagem como uma “afronta ao direito internacional e aos princípios que devem reger entre os Estados”. Para o argentino “El Nacional”, Dilma foi direta. “Sem rodeios e preâmbulos”, dedicou suas primeiras palavras à espionagem.

A presidente, que já adiou uma visita que faria à Casa Branca devido ao caso, afirmou que o programa de espionagem americano, revelado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, fere o direito internacional. O programa foi revelado em reportagens de O GLOBO, “Guardian“ e “Washington Post”.

O discurso da presidente brasileira entrou ao vivo, em vídeo com tradução, na maioria dos sites americanos. Os canais CNN internacional e BBC World transmitiram boa parte do pronunciamento.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quer dizer que nossa presidenta está estarrecida com o boato de espionagem americana com as atividades petrolíferas do Brasil?
    E o que dizer do sequestro do Embaixador Americano pelos terroristas, incluindo a própria, que hoje comandam a nação brasileira?

  2. Parabéns para a Líder Brasileira que se levanta diante dos poderosos para dizer o que todos pensam e calam engolindo em seco os sapos de serem vítimas do abuso cometido em nome de "os fins justificam os meios". Esse filme a humanidade já viu na Alemanha Nazista.
    Nenhuma pessoa pode espionar outra, assim como nenhuma instituição pode fazer tal coisa sem autorização judicial para tanto, desde que sejam preenchidos os critérios para justificar tal escuta. E finalmente, nenhuma Nação pode bisbilhotar a vida de outra, independente de quem ou qual partido esteja no poder. Isso é uma grave violação a soberania internacional e aos princípios de autonomia e não intervenção do Direito Internacional.
    Alguém precisava dizer isso em alto e bom tom para todos perceberem que não somos mais aquele povinho "acovardado que sempre de joelhos pedia a benção para tudo que ia fazer". Acorda Brasil, somos um povo pacífico e assim devemos continuar, mas não somos moscas mortas que podem afrontar e ficar por isso mesmo, pois: "se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte."

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Política

Dilma fará "ataque" aos EUA nesta terça-feira

2013-643760716-2013-643435846-20130906082103784afp.jpg_20130906.jpg_20130907A presidente Dilma Rousseff vai aproveitar o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na terça-feira para protestar contra a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) no Brasil. O órgão interceptou comunicações de brasileiros, da própria presidente e da Petrobras. A ação provocou mal-estar entre os dois países e levou Dilma a adiar a visita de Estado que faria aos Estados Unidos no dia 23 de outubro.

Segundo fontes do Palácio do Planalto, a presidente deve ressaltar em seu discurso que a espionagem é inadmissível, especialmente contra o Brasil, um país que não professa nem abriga o terrorismo e que é aliado dos Estados Unidos. Outro aspecto considerado grave e que deve ser destacado por Dilma é o fato de a NSA ter bisbilhotado informações da Petrobras, o que poderia trazer danos aos negócios da estatal no mercado num momento delicado, em que o governo está colocando em prática um amplo programa de concessões.

A presidente decidiu adiar a visita de Estado depois de uma conversa com o presidente americano, Barack Obama, na semana passada. O governo brasileiro avaliou que os Estados Unidos não assumiram compromisso de apurar, explicar e nem cessar a espionagem da NSA. Por meio de nota, o Planalto afirmou que “na ausência de tempestiva apuração do ocorrido, com as correspondentes explicações e o compromisso de cessar as atividades de interceptação, não estão dadas as condições para a realização da visita na data acordada”.

Dilma, no entanto, manteve a agenda de visita a Nova York, onde se realiza a Assembleia Geral da ONU. Pela tradição, o Brasil é o país que abre os debates, que começam amanhã. Na viagem a Nova York, a presidente vai aproveitar para ajudar a promover o programa de concessões brasileiro. Na quarta-feira, ela se juntará ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, num road show com investidores no Goldman Sachs Conference Center. Segundo técnicos da equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff deve afirmar que o Brasil entrou em uma nova fase de desenvolvimento, com crescimento sustentado, e destacar que o programa de concessões, que soma R$ 470 bilhões, é uma boa oportunidade de negócios quando o resto mundo ainda caminha lentamente para se recuperar da crise.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa senhora nao tem nem condições de mandar prender seus pares os mensageiros, nao acaba com as corrupções promovida pelos seus colegas debatido, vai ter moral para falar algo dos EUA??

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Diversos

Relatório de inspetores da ONU atesta uso de armas químicas na Síria

 O relatório dos inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta segunda-feira afirma que armas químicas foram usadas num ataque nos arredores de Damasco, no dia 21 de agosto passado.

O documento da ONU não aponta responsáveis pelo uso do gás contra as vítimas. Os EUA e aliados acusam o regime de Bashar al-Assad pelo episódio, mas o ditador sírio nega e acusa os rebeldes que lutam por sua deposição.

O relatório menciona o uso de gás sarin. “Nossa conclusão é que armas químicas foram usadas em grande escala no conflito em andamento entre as partes, também contra civis, incluindo crianças”, diz trecho do relatório.

“Este resultado nos deixa com uma profunda preocupação”, dizem os inspetores.

Os inspetores afirmam que há “evidências claras e convincentes” do uso de gás sarin na região de Ghouta, nos arredores de Damasco. Segundo eles, as provas foram coletadas por meio do material do meio ambiente e amostras químicas e médicas.

De acordo com o relatório, os testes de sangue e urina de 34 vítimas do ataque deram “definitivas evidências” de exposição delas ao gás sarin, reforçando a análise clínica dessas pessoas, que apresentaram perda de consciência, convulsões, irritação nos olhos, entre outras coisas.

Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, conversou com os diplomatas do Conselho de Segurança sobre o relatório, que lhe foi entregue pelo seu investigador-chefe para armas químicas, Ake Sellstrom.

Fontes da inteligência americana já haviam confirmado o ataque. Elas dizem que os mortos somam 1.429, sendo 426 crianças.

Ban disse na sexta-feira (13) que o relatório de Sellstrom seria uma confirmação “esmagadora” do uso de armas químicas. Ele também disse que Assad “cometeu muitos crimes contra a humanidade”, embora ele não tenha dito se as forças oficiais ou se rebeldes que lutam contra ele estiveram por trás do ataque.

Também nesta segunda, a Comissão de Inquérito da ONU sobre as violações dos direitos humanos na Síria anunciou que investiga 14 supostos ataques com armas químicas cometidos desde setembro de 2011. “Temos visto os vídeos, dispomos de análises de especialistas militares”, disse o presidente da comissão, o diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

RESOLUÇÃO

Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido defenderam nesta segunda-feira “fortes” consequências para o governo da Síria caso não cumpra o acordo de entrega das armas químicas. Após uma reunião em Paris, os três governos buscaram um discurso único de que é necessário uma firme resolução da ONU que permita punir o regime.

“Queremos uma forte resolução do Conselho de Segurança da ONU que apoie um plano para o desarmamento com toda autoridade do conselho e que inclua sérias consequências se o plano não for implementado”, afirmou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

“Se a diplomacia falhar, a opção militar ainda está na mesa”, disse o secretário de Estado americano, John Kerry.

No sábado (14), depois de três dias de negociação, Estados Unidos e da Rússia anunciaram, em Genebra (Suíça), um plano para que a Síria entregue suas armas químicas.

Há mais de dois anos, rebeldes (na maioria sunitas), lutam para depor o regime de Assad (que é alauita, uma facção do islã xiita). As tropas oficiais contam com o apoio declarado do grupo radical islâmico libanês Hizbullah. Desde o começo do confronto, mais de 120 mil pessoas morreram, de acordo com estimativas da ONU tidas como conservadoras. Milhões de pessoas também foram obrigadas a se refugiar em países vizinhos.

Folha

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Política

EUA espionaram Brasil na ONU, diz revista

Documentos sigilosos do serviço secreto dos Estados Unidos indicam que houve espionagem contra a delegação do Brasil e de outros países no Conselho de Segurança da ONU em 2010, quando sanções contra o governo do Irã foram aprovadas com o apoio americano.

Os papéis foram divulgados pela revista “Época”.

Segundo a reportagem, os EUA espionaram 8 dos 15 integrantes do Conselho de Segurança, em maio daquele ano. A reportagem cita três desses países, além do Brasil: Japão, México (membros não permanentes) e França (permanente).

Conforme os papéis, o objetivo da operação, comandada por agentes da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), era antecipar como votariam integrantes que tendiam a adotar posição contrária aos interesses americanos -que defendiam sanções duras ao Irã.

“O Sigint foi um elemento-chave para manter a representante dos EUA na ONU [a então embaixadora Susan Rice] informada sobre como os outros membros do Conselho de Segurança da ONU votariam”, informa trecho do relatório. O Sigint é uma missão permanente da NSA. É a abreviação de Signals Intelligence (Inteligência de Sinais, em português).

Os documentos obtidos pela revista não explicitam se houve acesso a conteúdo de e-mails trocados entre as autoridades, ou se houve grampo nos telefonemas.

Desde a revelação do sistema de espionagem encabeçado pela NSA, a partir de documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, o governo americano tem defendido que a NSA só tem acesso aos chamados “metadados” – ou seja, o registro das comunicações, como quem ligou para quem e em que horário.

Os documentos também trazem declaração direta de Rice, que hoje é uma das mais próximas conselheiras de Barack Obama na área de segurança. “O Sigint me ajudou a saber quando outros membros permanentes estavam falando a verdade… revelou suas reais posições sobre as sanções.” Segundo a reportagem, mais de cem relatórios foram produzidos.

A tensão com o programa nuclear do Irã simbolizou um dos momentos de maior independência da política externa do governo Lula.
O Brasil, diante do endurecimento do discurso americano, decidiu tentar uma mediação junto ao governo iraniano. O objetivo era convencer o Irã a enriquecer o urânio -primeiro passo para eventual produção de uma bomba nuclear- na Turquia.

A solução permitiria maior controle internacional sobre as reais intenções do regime iraniano, que sempre afirmou defender o uso nuclear apenas para fins pacíficos.

A resolução apoiada pelos americanos foi aprovada em maio daquele ano. O Brasil votou contra. O Palácio do Planalto, o Itamaraty e o Instituto Lula não se manifestaram sobre a reportagem.

Folha

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Saúde

ONU quer eliminar propaganda de cigarros

A Organização das Nações Unidas (ONU) fez ontem (31), Dia Mundial sem Tabaco, um apelo para sejam proibidas todas as formas de publicidade e promoção do tabaco. A intenção é reduzir o número de novos fumantes. De acordo com a ONU, metade das pessoas que fumam morre por causa do hábito.

O tabaco é fator de risco para o surgimento de câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças respiratórias crônicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até 2030 o tabaco vai matar 8 milhões de pessoas a cada ano. Quatro em cada cinco mortes devem ocorrer em países de baixa e média renda.

De acordo com a ONU, a maioria dos usuários começa a fumar antes dos 20 anos. Em todo o mundo, 78% dos jovens entre 13 e 15 anos relatam exposição regular a alguma forma de promoção do tabaco.

Pesquisa da OMS demonstrou que a proibição da publicidade de tabaco é uma das maneiras mais eficazes de reduzir o tabagismo. Países que impuseram limite à divulgação do tabaco conseguiram redução média de 7% no consumo.

Mas para as proibições serem eficazes, a OMS ressalta que a legislação precisa ser abrangente, uma vez que existem várias maneiras de atingir os potenciais fumantes, incluindo a inserção de produtos do tabaco em filmes e na televisão.

Cerca de 15% dos brasileiros são fumantes. A Lei Antifumo, de 2011, que proíbe a propaganda de cigarros em rádio e TV, em pontos de venda, como padarias e lanchonetes, e também em ambientes fechados, ainda precisa de regulamentação para ser cumprida em todo o país.

Da Agência Brasil

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Jornalismo

Caso Rhanna está entre os denunciados a ONU por violação dos direitos humanos

A Organização das Nações Unidas (ONU) recebeu 41 denúncias de casos de violação aos direitos humanos no Brasil. Entre os casos está o da jovem estudante Rhanna Diógenes. Pra quem não lembra, esse caso foi o da jovem que foi agredida pelo comerciante Rômulo Lemos dentro da boate Pepper’s Hall.

No dia 30 de setembro de 2011, a jovem Rhanna Umbelino Diógenes, de 19 anos, teve o antebraço quebrado por se recusar a beijar um rapaz dentro de uma boate na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. Com o golpe, a jovem teve os ossos ulna e rádio do lado direito quebrados em duas parte. A jovem teve que passar por uma cirurgia para implantar quatro placas de titânio e 16 pinos. O caso foi encaminhado a ONU no dia 16 de novembro.

 

Vídeo das câmeras de segurança:

Reportagem do Fantástico que mostra o caso:

Fotos do braço de Rhanna após a cirurgia:

Relembre o caso:

Postagens do Blog do BG

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Política

Dilma impressionou

Perfeito o editorial do Estadão de hoje. Assino em baixo e publico:

De volta ao hotel onde estava hospedada em Nova York, depois de pronunciar, como compete ao Brasil, o discurso de abertura de nova sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff fez uma breve pausa antes de se preparar para a etapa seguinte de sua agenda – encontros bilaterais com os chefes de governo do Chile, Colômbia, França e Grã-Bretanha – e compartilhou uma Veuve Clicquot com membros de sua comitiva. Havia, de fato, o que comemorar. Durante 25 minutos, diante de líderes e representantes diplomáticos de 194 países, ela fizera um pronunciamento que impressionou pela limpidez, correção e maturidade, para expor a posição do País em relação às questões centrais da atualidade mundial.

(mais…)

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