Saúde

Sesap informa que RN tem 39 casos da variante Delta da Covid confirmados até hoje e alerta para circulação do vírus por transmissão comunitária

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) informa que de oito amostras enviadas no início de setembro à Fiocruz, cinco foram identificadas como sendo da variante Delta. Os resultados referem-se a amostras coletadas no mês de agosto. Hoje, o estado tem 39 casos da variante Delta confirmados.

O relatório das análises foi recebido no início da tarde desta terça-feira (21) pelo Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen-RN), referência estadual no diagnóstico de Covid-19 e responsável pelo envio das amostras.

Os casos confirmados são procedentes dos municípios de Caicó (01), Equador (01), Natal (02) e Parnamirim (01).

Diante dessas informações, a Sesap reforça a necessidade da manutenção das medidas sanitárias, pois a variante identificada está circulando por transmissão comunitária e os estudos apontam que ela conta com um alto potencial de transmissão. As equipes do setor de vigilância epidemiológica da Sesap seguem trabalhando no rastreio dos casos e no monitoramento do cenário em todo o Rio Grande do Norte.

Opinião dos leitores

  1. Alerta. Alerta e mais ALERTA. Agora Fiscalização RIGOROSA e EFETIVA é só no FAZ de CONTA. Enquanto isso a variante delta vai de alastrando e as Mentiras e Enganação sendo jogadas no meio da população Irresponsável. Que DEUS tenha MISERICÓRDIA de NÓS e nos Livre desses MALES.

  2. Com 32 casos em uma cidade da China, foi fechado tudo por duas semanas. Aqui, com 39 casos, libera geral. Já viu a merda que vai dar? Tem gente que sente saudades de hospitais lotados, pessoas morrendo, jornalistas fazendo espetáculo do desespero das pessoas por um leito… agora é hora de agir com responsabilidade para que tenhamos, de uma vez, o controle da doença. É preciso uma imunização de , pelo menos, o dobro do que temos hoje.

  3. E a Governadora Fátima liberou a realização do Carnatal e da festa do boi. Quanta irresponsabilidade.

    1. Mas não eram vocês que eram contra fechar tudo, que não podia parar a economia!!

    2. Mas és um idiota completo… defendes a abertura total e irrestrita do comércio. Reclamas que a economia sofre com os decretos. Agora vens com essa de “irresponsabilidade” quando há a confirmação daquilo que queres. És bipolar ou só idiota, mesmo? Kkkk

    3. Calígula, para de fazer essa seção de banheiro ecológico, está fincando feio.

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Saúde

Coletas analisadas em agosto confirmam mais 27 casos de pacientes com a variante Delta da Covid no RN

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) informa que de 34 amostras enviadas no início de setembro à Fiocruz, 28 foram analisadas e 27 foram identificadas como sendo da variante Delta. Os resultados referem-se a amostras coletadas no mês de agosto.

Foram seis do município de São José do Mipibu, quatro de Parnamirim, quatro de Equador, três de São Gonçalo do Amarante, três de Nísia Floresta, duas de Natal, uma de Extremoz, uma de Canguaretama, uma de Jucurutu, uma de Santa Cruz e uma de Macaíba.

O relatório das análises foi recebido no início da tarde desta terça-feira (14) através do Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen/RN), referência estadual no diagnóstico de COVID-19 e responsável pelo envio das amostras.

Diante dessas informações, a Sesap reforça a necessidade da manutenção das medidas sanitárias e da importância de completar o esquema vacinal, pois a variante identificada está circulando por transmissão comunitária e os estudos apontam que ela conta com um alto potencial de transmissão. As equipes do setor de vigilância epidemiológica da Sesap seguem trabalhando no rastreio dos casos e no monitoramento do cenário em todo o Rio Grande do Norte.

Opinião dos leitores

  1. Essa noticia NAO é novidade NAO, com a fiscalização que NUNCA EXISTIU desde o inicio da pandemia só devemos esperar coisa pior, pois vivemos da MISERICORDIA DE DEUS. Porque das autoridades do RN só vem FAZ DE CONTA, MENTIRAS E ENGANAÇÃO. Que Nosso Senhor JESUS CRISTO continue tendo Compaixao e PIEDADE DE NÓS E NOS SALVANDO DESSES MALES.

  2. Faltou a informação dé como esses pacientes reagiram, se estavam ou não vacinados, e consequências. Informação pela metade.

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Saúde

RN tem 36 casos em investigação da variante Delta da Covid, além dos três já confirmados

O Saiba Mais – Agência de Reportagem, destaca nesta quinta-feira(02) que apesar do avanço em estados vizinhos, o Rio Grande do Norte tem até o momento três casos confirmados e 36 em investigação da variante Delta da covid-19, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). O levantamento mais recente das notificações foi realizado nessa quarta (01).

Segundo os dados, os casos em investigação tiveram as amostras enviadas ao Instituto Evandro Chagas (Fiocruz) e a Sesap aguarda o resultado dos exames de sequenciamento do vírus.

Os três casos confirmados da variante Delta estão em Natal e a Secretaria de Saúde do município ainda investiga outros dois casos suspeitos.

Até o momento, não há registro de mortes por essa variante da covid-19 no estado.

Com acréscimo do Saiba Mais Agência de Reportagem

Opinião dos leitores

  1. Que DEUS tenha MISERICORDIA de NÓS. Pois se depender das autoridades do RN e do Brasil, logo, logo TODA a população vai está MORTA ou INFECTADA por essa e outras variantes. NUNCA houve NTERESSE EFETIVO em combater a disseminação do covid-19. PIEDADE DEUS.

  2. Enquanto tiver recursos federais, vamos ter variantes de A a Z. Todo cuidado é pouco com Fátima Bokus.

    1. Amigo, isto é ciencia. Espero que vc não seja um dos infectados.

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Saúde

Sesap identifica 3º caso de contaminação pela variante Delta do coronavírus no RN

Em nota divulgada nesta sexta-feira(27), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que foi identificado o terceiro caso de contaminação pela variante Delta do coronavírus no Rio Grande do Norte.

O paciente é do sexo masculino e tem relação familiar com um dos dois primeiros casos identificados com a variante Delta. A contaminação do paciente foi constatada no dia 10 de agosto. Ele tomou 1ª dose de vacina contra Covid-19 em 22 de julho e está em boas condições clínicas.

Todos os possíveis contatos no ambiente de trabalho já foram identificados, não registram de sintomas de contaminação e seguem sendo monitorados.

Opinião dos leitores

    1. Essa pessoa que se infectou é parente de uma das duas primeiras. Informe-se para não falar asneiras.

    2. Se olhar a data do acontecido, vai ver que veio na comitiva que aglomerou em Pau dos Ferros.

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Saúde

Vacinação e variante Gama podem estar barrando a Delta no país, diz Butantan

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O avanço da vacinação e própria variante Gama (P.1.) podem estar barrando a disseminação da Delta no país. A avaliação é da diretora do Centro de Desenvolvimento Científico (CDC) do Instituto Butantan, Sandra Coccuzzo Vessoni. (VÍDEO AQUI em matéria na íntegra).

“Alguns municípios chegam a ter 100% dos casos positivos relacionados a P.1, o que faz a Delta encontrar essa primeira barreira”, explicou Vessoni, em entrevista à CNN, sobre essa disseminação mais lenta.

“Uma segunda barreira extremamente importante é a própria vacinação.”

Apesar disso, a diretora do CDC afirmou que o Butantan segue monitorando a situação no estado de São Paulo, justamente para confirmar essa hipótese que estaria freando a disseminação da cepa identificada pela primeira vez na Índia.

Opas

O novo relatório epidemiológico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelou que a variante Delta já é a dominante em todo o mundo, sendo identificada em quase 90% das amostras sequenciadas.

O documento alerta para o aumento de casos e internações por Covid-19, fato também já apontado no Brasil por instituições como a Fiocruz, por conta da alta transmissibilidade da cepa.

Atualmente, a Delta está presente em 135 países, 22 deles nas Américas. Devido ao rápido avanço da cepa originária da Índia, a Opas recomendou a revisão dos planos de combate ao Sars-Cov-2 e a preparação dos governos para uma possível alta no número de hospitalizações, incluindo necessidade de terapia intensiva com suporte, como hemodiálise.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Trocando em miúdos para os leigos, atingimos uma imunidade de rebanho devido a uma grande parcela da comunidade tem tido contato ou se contaminado com a variante P.1, adquirimos imunidade cruzada.
    A vacinação é extremamente importante, mas principalmente neste caso foi devido a casuística anterior.

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Saúde

Para conter variante Delta, Israel pede volta ao home office e fim de ‘apertos de mão, beijos e abraços’

Foto: POOL / REUTERS

As autoridades de Israel pediram que as empresas retornem ao regime de home office para ajudar o país no combate ao surto de Covid-19 provocado pela variante Delta. A medida faz parte de uma série de restrições anunciadas na terça-feira, que o governo disse serem essenciais para evitar novas quarentenas.

A força-tarefa antipandemia do país fez um apelo para que a população pare de “apertar as mãos e dar beijos e abraços”. O governo também tornou obrigatória a apresentação do passaporte da vacina para entrar em ambientes que comportem menos de 100 pessoas. O passe é concedido para quem já se inoculou, testou negativo ou contraiu a doença recentemente.

Em espaços abertos com capacidade superior a 100 pessoas, o uso de máscara será obrigatório. O governo também limitará em 50% o número de funcionários em repartições públicas:

— Nosso objetivo é manter Israel aberta e, ao mesmo tempo, evitar uma situação de lotação de hospitais e falta de leitos — disse o primeiro-ministro do país, Naftali Bennett, afirmando que sabem a hora de “acionar o freio” caso seja necessário. — Para evitar restrições mais duras, vamos nos vacinar, usar máscaras e manter o distanciamento.

Mais 3.280 novos casos de Covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas. Do total, 236 pessoas apresentavam sintomas graves da doença, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde. Não se sabe ao certo quantas destas pessoas estavam vacinadas, mas nas últimas semanas as complicações vinham ocorrendo majoritariamente em pessoas não vacinadas.

Mais de 62% dos israelenses estão totalmente vacinados contra o vírus, em sua maioria com doses da Pfizer-BioNTech, de acordo com dados do site Our World in Data. Assim como a Alemanha, o país é um dos que já aplica doses de reforço na população com mais de 60 anos ou com comorbidades, afirmando que a efetividade das duas doses cai com o tempo e a terceira injeção serve para reforçar a resposta imunológica.

Nesta quarta, contudo, a Organização Mundial da Saúde fez um apelo para que a aplicação da terceira dose seja suspensa até pelo menos o fim de setembro para ajudar todos os países a vacinarem ao menos 10% de suas populações. Em uma entrevista coletiva, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que isso é necessário para fazer frente à disparidade global na vacinação.

— Eu entendo a preocupação de todos os governos de protegerem suas populações da variante Delta — disse Tedros. — Mas nós não podemos, e não devemos, aceitar que países que já usaram a maior parte do estoque global de vacinas usem ainda mais doses, enquanto a maior parte das pessoas vulneráveis continuam desprotegidas.

Das mais de 4 bilhões de vacinas aplicadas no mundo até o momento, mais de 80% foram usadas em países ricos ou de renda média-alta, segundo o diretor. Os países mais ricos administraram cerca de 100 doses para cada 100 pessoas, enquanto nos mais pobres, a taxa é de 1,5 dose para 100 pessoas. O governo de Israel ainda não comentou o apelo da OMS.

Em mais uma ação para conter o avanço da Delta, o país determinou que todos os viajantes oriundos de 18 países façam uma quarentena obrigatória ao desembarcarem em território israelense, independentemente do status de vacinação. Entre as nações que ficarão sujeitas às restrições, que começarão a valer em 11 de agosto, estão França, Alemanha, Itália, Grécia e Estados Unidos.

Também na terça-feira, o ministro da Defesa, Benny Gantz, convocou mil reservistas para ajudar o Exército na contenção da pandemia.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Alerta aos incautos e vesgos que põem nas atuais vacinas a solução à pandemia, a história não é como vcs propagam e pensam, estão vendendo ilusão barata, continuem em casa na medida do possível, vejam o que já ocorreu na Argentina e está ocorrendo em Israel, não entrem nessa política barata da CPI, genocida em pandemia não existe, o que mata é o vírus.

  2. Solicitar a suspensão temporal de abraços, beijos e apertos de mãos é razoável. Mas sugerir o fim destes gestos é o “fim da picada”.

    1. O que deve acontecer é ser razoável no comportamento, não dá para brincar, por óbvio vc não vai deixar de ter contato próximo das pessoas do seu convívio, nem vai deixar de viver, mais é interessante restringir alguns contatos desnecessarios, assim penso, não é lógico pedir o fim de nada.

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Saúde

Vacina da Janssen pode exigir dose de reforço devido a variante Delta

FOTO: REUTERS/Dado Ruvic

Especialistas em doenças infecciosas estão avaliando a necessidade de doses de reforço de vacinas da Pfizer/BioNTech ou da Moderna baseadas em RNA mensageiro para norte-americanos que receberam a vacina de dose única da Johnson & Johnson devido à prevalência crescente da variante Delta mais contagiosa do coronavírus.

Alguns dizem que já o fizeram em si mesmos, mesmo sem dados publicados que mostrem que combinar duas vacinas diferentes é seguro ou um endosso de agências de saúde dos Estados Unidos. O Canadá e alguns países europeus já estão permitindo que as pessoas recebam duas vacinas contra Covid-19 diferentes.

O debate gira em torno do quanto a vacina da J&J protege contra a variante Delta, detectada inicialmente na Índia e agora circulando amplamente em muitos países. A Delta, que também está associada a uma doença mais grave, pode se tornar rapidamente a versão dominante do vírus nos EUA, alertou Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).

Não existem dados substanciais provando o quanto a vacina da J&J protege contra a nova variante, mas estudos do Reino Unido mostram que duas doses das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca protegem consideravelmente mais da variante do que uma.

Andy Slavitt, ex-conselheiro sênior de pandemias do presidente norte-americano, Joe Biden, propôs a ideia na semana passada em seu podcast. Ao menos meia dúzia de especialistas em doenças infecciosas destacados disseram que as agências reguladoras dos EUA precisam tratar do assunto com rapidez.

“Não há dúvida de que aqueles que recebem a vacina da J&J estão menos protegidos contra a doença” do que aqueles que recebem duas doses das outras vacinas, disse o doutor Michael Lin, professor da Universidade Stanford. “Partindo do princípio de se adotar medidas fáceis para evitar desfechos muito ruins, não há muito o que pensar.”

O CDC não está recomendando doses de reforço, e conselheiros da agência disseram em um encontro público na semana passada que ainda não existem indícios consideráveis de uma proteção declinante das vacinas.

As duas vacinas baseadas em RNA mostraram taxas de eficácia em torno de 95% em grandes testes nos EUA, enquanto a vacina da J&J se mostrou 66% eficaz na prevenção de casos de Covid-19 de moderados a graves quando variantes mais contagiosas estão em circulação.

Isto É, com Reuters

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Saúde

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca protegem contra variante indiana

Foto: Bloomberg/Bloomberg

Receber duas doses das vacinas Pfizer/BioNTech ou AstraZeneca/Oxford protege efetivamente de uma hospitalização por causa da variante Delta do coronavírus, identificada inicialmente na Índia, afirma um estudo das autoridades de saúde da Inglaterra nesta segunda-feira (14).

Segundo essa pesquisa da Public Health England (PHE), as duas doses do imunizante produzido pela Pfizer/BioNTech protegem 96% contra as hospitalizações derivadas da variante Delta, enquanto o Oxford/AstraZeneca oferece uma eficácia de 92%.

São “resultados comparáveis à eficácia da vacina na prevenção da hospitalização relacionada com a variante Alfa”, surgida em dezembro na Inglaterra. De 12 de abril a 4 de junho, o estudo analisou os casos de 14.019 pessoas que contraíram essa variante, das quais 166 foram hospitalizadas.

Isso “prova como é crucial se vacinar pela segunda vez”, afirmou o ministro da Saúde, Matt Hancock, parabenizando que o programa de vacinação britânico “já salvou milhares de vidas”.

Mary Ramsay, responsável de vacinação do PHE, ressaltou também como é “absolutamente fundamental receber as duas doses o mais rápido possível para obter a proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”.

A variante Delta, 60% mais contagiosa que a Alfa, é agora dominante no Reino Unido, país mais castigado da Europa pela pandemia, com quase 128.000 mortes.

Diante dessa situação, o primeiro-ministro Boris Johnson deve anunciar nesta segunda-feira um adiamento da última fase do desconfinamento, inicialmente prevista para 21 de junho.

Devido ao recente aumento do número de casos, em torno dos 7.000 por dia, atrasar o levantamento total das restrições, prolongando entre outras coisas o trabalho remoto, permitiria completar de vacinar mais britânicos para protegê-los de sintomas graves, da hospitalização e da morte.

Mais de 41,5 milhões de pessoas, ou seja, quase 79% da população adulta do Reino Unido, já receberam ao menos uma primeira dose. Deles, 29,8 milhões de pessoas – 56,6% dos adultos – já receberam as duas doses necessárias.

UOL

 

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Polícia

Operação Saqueador investiga se a Delta desviou R$ 300 milhões em recursos públicos

A Delta Construções pode ter desviado R$ 300 milhões para 19 empresas de fachada entre 2007 e 2012, todas ligadas ao ramo da construção civil. O esquema foi descoberto em investigação da Polícia Federal (PF) iniciada no fim do ano passado, quando a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira enviou documentos com o nome das empresas envolvidas.

Hoje (1ª), a PF deflagrou a Operação Saqueador, que aprofundou investigações sobre desvio de recursos públicos, com o apoio do Ministério Público Federal. Cerca de 100 policiais cumprem 20 mandados de busca e apreensão desde o começo da manhã, na sede e filiais da empresa Delta Construções nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Goiás, além de endereços comerciais e residenciais das 19 empresas suspeitas.

O coordenador da operação, delegado Tacio Muzzi, explica que a Delta fazia a transferência para a conta dessas empresas e grande parte do dinheiro era sacado em espécie.

“Com relação a essas empresas de fachada, o que já se materializou na investigação: a sede social não é compatível com o montante de recurso movimentado em suas contas-correntes; os sócios também não ostentam capacidade econômico-financeira relativa ao volume de recurso transitado nessas contas; e a maior parte nunca teve funcionário registrado. Então, seriam esses os indícios que denotam que essas empresas são empresas de papel”.

De acordo com ele, há um grupo de dez a 20 laranjas – pessoas que servem de intermediárias nas transações para ocultar a identidade de quem contrata – comum às empresas e que provavelmente sabiam do esquema. Foram apreendidos, até o momento, R$ 350 mil em espécie no Rio e em São Pulo, em escritórios e residências, além de veículos, computadores e documentos. O delegado diz que a perícia contábil-financeira nessas empresas já começou a ser feita.

“O nosso foco inicial desse inquérito é a empresa Delta Construções. Está sendo feito um exame pericial para verificar a origem desse recurso que foi transferido. Essa diligência está em curso, há fortes indícios [de desvio de recursos públicos], porque grande parte dos negócios dessa construtora envolvia obras públicas. Há recursos federais, estaduais e municipais, o exame pericial é justamente para verificar a origem desses recursos”, explicou o delegado.

Essa perícia deve ser concluída em 30 dias. De acordo com Muzzi, ainda não há indício de envolvimento de agentes públicos nem de políticos. O superintendente regional da PF no Rio de Janeiro, Roberto Cordeiro, explica que, se houver indício, os contratos públicos da Delta podem vir a ser investigados. “As investigações continuam. Se nós chegarmos à conclusão de que há indício desse tipo de situação, elas serão investigadas”.

Se as suspeitas forem comprovadas, os responsáveis podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e peculato. A PF ainda não divulgou os dados consolidados das apreensões feitas hoje nos três estados.

Agência Brasil

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Polêmica

PF aponta Carlinhos Cachoeira como sócio oculto da Delta

Carlinhos Cachoeira, deixa o Congresso, em Brasília, com destino ao complexo penitenciário da Papuda, após comparece à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Congresso, nesta terça-feiraFoto: Andre Dusek/AE

Relatório da Polícia Federal em poder da CPI aponta a proximidade entre Fernando Cavendish, dono da Delta, e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Elaborado pela Operação Monte Carlo, o documento que trata exclusivamente dos negócios da empreiteira diz que Cachoeira era sócio oculto da empresa e mantinha relações próximas com diretores da Delta.

“Observa-se que este vínculo Cachoeira-Delta não é feito apenas por meio de Cláudio Abreu (diretor da empresa no Centro-Oeste). Cachoeira tem, também, relação muito próxima com outros diretores regionais da Delta, e até com o seu presidente Fernando Cavendish”, afirma a PF.

Desde que a Monte Carlo foi deflagrada, em 29 de fevereiro, a Delta sustenta que as suspeitas da PF recaem exclusivamente sobre Abreu. Contudo, dados obtidos pela CPI indicam operações financeiras envolvendo a matriz, no Rio. Cavendish tem depoimento marcado para o dia 28.

O relatório afirma que os contratos da Delta estão marcados por suspeitas de irregularidades. A PF também faz referência ao “estreito vínculo de amizade” entre Cavendish e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

Em nota, a Delta diz desconhecer o relatório e nega ligações entre Cavendish e Cachoeira. “A empresa vem sendo auditada, investigada e é objeto de diversas ações de questionamento em pelo menos três CPIs e ninguém, em tempo nenhum, demonstrou ter qualquer argumento ou provas plausíveis destinados a sustentar essa tese de parte da PF.”

Fonte: Agência Estado

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Polícia

Cavendish impetra ‘habeas corpus’ para não comparecer à CPI

 O dono e ex-presidente do Conselho de Administração da Delta Construções, Fernando Cavendish, impetrou habeas corpus com pedido de liminar para não comparecer à CPI do Cachoeira no dia 29 de agosto. No pedido, os advogados alegam que Cavendish perdeu a mulher em acidente de helicóptero há cerca de um ano e que, assim, será exposto a situação “desrespeitosa, humilhante e atentatória a sua integridade psicológica, já tão abalada”.

Cavendish, que depois da eclosão do Caso Cachoeira teria tentado vender a empresa, sem sucesso, foi convocado como testemunha após a aprovação de 11 requerimentos, assinados por 14 parlamentares. Os requerimentos foram aprovados por unanimidade pela comissão, com 28 votos favoráveis, no início de julho. Atualmente em regime de recuperação financeira judicial, a empresa Delta é suspeita de fazer repasses à organização criminosa de Carlinhos Cachoeira por meio de empresas de fachada para obter benefícios em obras.

Outro motivo da convocação, lembrado diversas ocasiões pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), é a suposta afirmação feita por Cavendish de que seria possível comprar parlamentares. Em um dos requerimentos de convocação, os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Mendonça Prado (DEM-SE), lembram que o dono da Delta, em conversas gravadas por ex-sócios, teria afirmado que “com seis milhões de reais é possível comprar um senador” e “com trinta milhões de reais, você é convidado para muitas coisas”.

No habeas corpus, os advogados citam trechos dos requerimentos de convocação e alegam que, pelo teor das acusações que vêm sendo feitas por parlamentares, a condição do empresário não é de testemunha, mas sim de investigado. Por esse motivo, ele não seria obrigado a comparecer à comissão. Ainda assim, pedem que, caso não haja a dispensa, seja assegurado a ele o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar.

Regionais

Além disso, a defesa lembra que as irregularidades apontadas se concentram em apenas duas das nove regionais da empresa: a do Centro-Oeste e a do Distrito Federal. Para eles, os argumentos usados para convocar Cavendish representam desvio do fato determinado que justificou a instauração da CPI, relacionado às atividades apenas nas duas regionais.

Em entrevista na última quarta-feira, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo, disse que não esperava muito do depoimento, já que Cavendish não virá como colaborador da CPI. Para ele, o depoimento do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot, pode trazer informações novas à comissão.

Pagot, que falará no dia 28 de agosto, já havia declarado sua disposição de colaborar com a CPI. Ele deixou o Dnit em 2011, após denúncias de irregularidades e atribui a pressão pela sua saída ao grupo comandado por Cachoeira, que teria interesse de defender interesses da Delta no órgão. Em entrevistas, Pagot disse que era procurado por partidos para captar doações ilegais com empreiteiras para campanhas políticas.

Outros depoentes

Na mesma semana dos depoimentos de Pagot e Cavendish, também serão ouvidos o empresário Adir Assad e o ex-diretor da Dersa, empresa responsável pelo desenvolvimento Rodoviário em São Paulo, Paulo Vieira de Souza. Assad, que será ouvido no dia 28, é apontado como agente usado pela Delta e outras empresas para lavar dinheiro. Já Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto deve falar no dia 29 sobre os contratos firmados entre a Dersa e a construtora Delta.

 

Fonte: Agência Senado

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Jornalismo

Prefeito do PT gravado em vídeo com Cachoeira pagou R$ 119 milhões a Delta em 6 contratos

O prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), assinou meia dúzia de contratos com a Delta Construções. Dos seis, quatro foram celebrados sem licitação. Ligada à quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a empreiteira realiza o serviço de coleta de lixo na capital do Tocantins. Juntos, os contratos somam 119 milhões.

Veiculada pelos repórteres Fábio Fabrini e Alana Rizzo, a notícia chega depois que vieram à luzvídeos com cenas de encontros de Cachoeira com o prefeito petista e um preposto dele. As cenas são de 2004, ano em que Raul Filho disputou a vitoriosa campanha para o seu primeiro mandato na prefeitura.

Num dos vídeos, Cachoeira ofereceu-se para custear um showmício do petista. Noutro, prometeu borrifar R$ 150 mil nas arcas eleitorais de Raul Filho. Em troca, o futuro prefeito acenou com negócios em sua administração: “Lá é tudo mesmo na base do arranjo, sabe? Palmas tem uma série de oportunidades a ser exploradas…”

Em entrevista, o prefeito admitiu que o contraventor bancou um show do cantor Amado Batista. Reconheceu também o recebimento de dinheiro. Sem mencionar cifras, disse que a verba foi ao caixa do seu comitê. A doação foi legal? No dizer do prefeito, a tesouraria da campanha “deve ter declarado este dinheiro em sua prestação de contas.”

A afirmação não faz nexo com o que disse a Cachoeira, em 2004, o amigo Sílvio Roberto, que aparece num dos vídeos gravados por Cachoeira acertando os detalhes do repasse dos R$ 150 mil. Preposto do candidato, ele diz na fita: “Lá é o seguinte, sabe o que fazer? Passo para o Alexandre [auxiliar de Cachoeira] um fax de umas cinco contas pulverizadas, que não têm nada a ver com campanha. Chega lá, amanhã, não tem problema nenhum.”

O primeiro contrato da prefeitura de Palmas com a Delta foi firmado em 2006. Coisa de R$ 14 milhões de acordo com o Ministério Público. Depois, sob o pretexto de que a quantidade de lixo recolhida na cidade era maior, a cifra foi vitaminada em R$ 3 milhões.

O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins farejou ilegalidades. Os preços não batiam e as medições, por inexatas, elevaram o faturamento da Delta em 107%. Nas pegadas dessa decisão, a prefeitura celebrou quatro contratos sem licitação. Deu-se entre 2007 e 2009. Coisa de R$ 30,1 milhões.

Na sequência, a Delta prevaleceu numa licitação e continuou realizando a coleta de lixo. O valor desse último contrato é R$ 71,9 milhões. Desse total, R$ 26,8 milhões já desceram à caixa registradora da empresa que a Polícia Federal afirma ter Cachoeira como “sócio oculto.”

Não é só: conforme já noticiado aqui, em 28 de maio a Justiça Federal do Tocantins acatou denúncia do Ministério Público Federal contra Carlos Roberto Pacheco, ex-diretor da Delta. Tornou-se réu num processo em que é acusado de utilizar documentos falsos para obter uma “certidão de acervo técnico” do Crea.

Com essa certidão, a Delta habilitou-se em licitações vencidas em várias cidades. Entre elas a que resultou na contratação para o recolhimento de lixo em Palmas. Carlos Pacheco responde à ação penal em liberdade. Mas teve confiscado o passaporte e comparece periodicamente perante o juiz.

O prefeito Raul Filho será convocado a depor na CPI do Cachoeira. Nesta segunda (3), três legendas requeram a inquirição: PPS, PSDB e PSD. O relator Odair Cunha (PT-MG) declarou-se favorável à ida do companheiro à comissão.

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Jornalismo

Dono da Delta ameaça chutar o pau da barraca

Na última terça-feira (12), dia em que a CGU (Controladoria-Geral da União) grudou na Delta o selo de “inidônea”, o dono da empreiteira, Fernando Cavendish, esteve em Brasília. Encontrou-se com um parlamentar amigo. Teve com ele uma conversa esquisita, muito esquisita, esqui$itíssima.

Segundo notícia de Veja, Cavendish declarou ao congressista que a Delta não é a única a obter obras e aditivos contratuais por meio do pagamento de propinas a servidores públicos e a políticos. A maioria das grandes empreiteiras do país recorreriam às mesmas práticas.

Disse mais: assim como a Delta, suas congêneres se servem de empresas-laranjas para embaralhar os repasses espúrios, dificultando o rastreamento. Não é só: as empresas de fachada usadas pela Delta e por suas concorrentes seriam as mesmas.

Lero vai, lero vem Cavendish forneceu ao parlamentar os nomes de sete dessas logomarcas de fancaria utilizadas pelas empreiteiras. Funcionam em São Paulo. Pertencem a uma mesma pessoa: o empresário Adir Assad. Mas estão registradas em nome de dois laranjas: o técnico em refrigeração Jucilei Lima dos Santos e a mulher dele, Honorina Lopes.

Em notícia anterior, a revista revelara que a Delta havia repassado R$ 115 milhões a empresas de fachada. Desse total, R$ 47,8 milhões foram borrifados nas contas de três empresas ligadas a Assad: Legend Engenheiros Associados, Rock Star Marketing e SM Terraplanagem. As sete firmas mencionadas por Cavendish fariam parte do mesmo esquema.

A movimentação do dono da Delta é reveladora da angústia de um personagem que frequenta a grelha da CPI sozinho. É como se Cavendish buscasse companhia. Ou, por outra, o empreiteiro insinua que, se cair, não vai para o sozinho. Dá a entender que arrastará consigo outras empreiteiras. Junto com elas, os servidores e políticos que receberam dinheiro por baixo da mesa.

O interlocutor de Cavendish repassou os recados adiante. Um frêmito de pânico percorreu as bancadas de legendas como PMDB, PP, PR e PT. Dois dias depois da decisão da CGU e da conversa providencial de Cavendish, a CPI do Cachoeira derrubou, por 16 votos a 13, o requerimento de convocação do dono da Delta para prestar depoimento sob holofotes.

Tudo isso numa sessão em que o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) instilou no atmosfera da CPI a suspeita de que uma tal de “tropa do cheque” age na comissão para prover proteção a Cavendish. À plateia restou lamentar que o sumiço do Brasil de outros tempos, um país em que laranja era apenas uma saborosa fruta cítrica.

Fonte: Josias de Souza

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Jornalismo

Juíza revoga prisão preventiva de ex-diretor da Delta

A juíza Ana Cláudia Barreto, da 5ª Vara Criminal de Brasília, decidiu nesta sexta (8) revogar a prisão preventiva de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste. Suspeito de corrupção e formação de quadrilha, Abreu foi preso no último dia 25 de abril, durante a Operação Saint-Michel, e levado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que a Subsecretaria do Sistema Prisional foi comunicada nesta sexta, por telefone, sobre a determinação da juíza. À noite, a libertação do ex-diretor da Delta dependia da chegada à Papuda de um oficial de Justiça com a ordem de soltura.

A operação Saint-Michel, realizada em parceria entre o Ministério Público e a Polícia Civil doDistrito Federal, foi um desdobramento da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que resultou na prisão, por exploração de jogo ilegal em Goiás, do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Cachoeira é alvo de uma CPI no Congresso Nacional que investiga as relações dele com políticos e empresários. A PF apontou conexões entre Abreu, a Delta e o grupo de Cachoeira. No último dia 30 de maio, convocado para prestar depoimento, Cláudio Abreu compareceu à CPI, mas usou do direito constitucional de ficar calado e não respondeu a perguntas dos parlamentares.

Na decisão desta sexta, a juíza revogou a prisão preventiva, mas determinou que Abreu entregue o passaporte, compareça perante o juízo todos os meses, entre os dias 10 e 15, e não mantenha qualquer tipo de contato com os demais réus ou outras pessoas mencionadas na denúncia da Operação Saint-Michel.

A defesa de Abreu pediu à Justiça a revogação da prisão sob o argumento de que “não se fazem presentes os pressupostos da prisão cautelar, sendo o requerente merecedor do benefício de responder ao processo em liberdade uma vez que é primário e possui endereço fixo”.

Segundo os advogados do ex-diretor da Delta, “não consta nas interceptações telefônicas qualquer gravação com sua voz, não havendo quaisquer indícios de sua participação nos crimes de tráfico de influência e formação de quadrilha”.

O Ministério Público havia se manifestado contrário ao pedido de liberdade feito pela defesa, mas, para a juíza, ele não representa risco à ordem pública “visto que não é mais diretor da empresa Delta e, ainda que fosse, os crimes que lhe foram imputados são de conhecimento nacional, de maneira que dificilmente conseguiria praticar novas condutas semelhantes”.

Fonte: G1

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Economia

Só ao BNDES a Delta deve R$ 160 milhões, dinheiro do contribuinte Brasileiro

O governo dispensou à Delta um tratamento de gato. Apostou no destino da empreiteira e ainda deu sete vidas de vantagem. De repente, o Cachoeiragate converteu a campeã de obras do PAC em águas passadas. E o governo começa a se dar conta de que deu com os burros do contribuinte n’água.

Há quatro dias, a Delta protocolou na Justiça do Rio um pedido de concordata, agora rebatizado de ‘pedido de recuperação judicial’. Se for deferido, a dívida da empresa será escalonada e os credores irão à fila. Entrando dinheiro, aciona-se o conta-gotas. Do contrário, as faturas vão às calendas.

O contribuinte brasileiro encontra-se acomodado nas duas pontas. É no Tesouro Nacional que está instalado o principal guichê de pagamentos à Delta. O BNDES é uma das mais vistosas logomarcas da fila de credores.

Numa conta que inclui linhas de crédito do Finame (financiamento à aquisição ou fabricação de máquinas e equipamentos), somam R$ 160,3 milhões as dívidas da Delta com o bom e velho BNDES. Há empréstimos com vencimentos até 2020.

Apenas no período de 2010 a 2012, período em que a Polícia Federal já varejava a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, a empresa do doutor Fernando Cavendish beliscou no BNDES R$ 139 milhões. Desse total, R$ 119 milhões foram providos sob Dilma Rousseff.

Com água pelo nariz, a Delta já começa a rebarbar até seus compromissos trabalhistas. Os cerca de 800 funcionários demitidos em maio das obras do Complexo Petroquímico do Rio queixam-se de que ainda não receberam o dinheiro da rescisão. Estão impedidos de acessar o FGTS.

A despeito disso, o fluxo de pagamentos do governo federal à empreiteira continua a fluir. Apenas neste ano da graça de 2012, a Delta recebeu do governo federal R$ 240 milhões. Em maio, mês em que a CPI quebrou o sigilo das contas da matriz da empreiteira, o Tesouro borrifou na caixa registradora da Delta R$ 55,2 milhões.

Tudo isso num instante em que já ficou claro que o gato, aquele que se imaginava dono de sete vidas, subiu no telhado.

Opinião dos leitores

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Economia

Delta pede "concordata"

Alvo de investigação da CPI do Caso Cachoeira, a construtora Delta entrou na Justiça do Rio nesta segunda-feira (4) com o pedido de recuperação judicial.

Ao fazer um pedido dessa natureza, uma empresa reconhece oficialmente sua debilidade financeira, e o faz para evitar a falência.

Com o pedido, a empreiteira acaba por admitir que está à beira da falência e requer em juízo forma de quitar dívida com credores.

No processo de recuperação judicial, a empresa submete aos credores uma proposta para quitação de suas dívidas, com desconto de valores e forma mais alongada de perfil.

A proposta tem de ser aprovada por uma assembleia de credores. Do contrário, a empresa pode entrar em processo falimentar.

DESISTÊNCIA

Na semana passada, o comando da holding J&F anunciou oficialmente a decisão de não consumar a compra da Delta, da qual é gestora. O grupo fez uma opção de compra, mas decidiu não a exercer.

A intenção do grupo era criar uma empreiteira chamada J&F, iniciais dos pais da família. Pesou para decisão a quebra do sigilo fiscal da construtora, feita pela CPI de Cachoeira.

Em comunicado à imprensa, a empreiteira afirmou que “o prolongamento da crise de confiança sobre a Delta tem deteriorado o cenário econômico-financeiro da construtora, gerando um fluxo financeiro negativo e alterando substancialmente as condições inicialmente verificadas”.

Segundo a construtora, conforme estabelecido no contrato preliminar assinado entre a J&F e o controlador da Delta, a ocorrência de eventos inesperados ou adversos permite à J&F o direito de rescindir o memorando de entendimentos sem aplicação de multas ou penalidades.

A empreiteira é investigada por parlamentares e pela Polícia Federal por envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de corrupção e de comandar um esquema de jogo ilegal.

O negócio entre a J&F e a Delta foi anunciado no último dia 9. O contrato preliminar dava direito à J&F de substituir a estrutura administrativa da Delta, incluindo presidente, diretores e membros do Conselho de Administração. O acordo também previa um rígido processo “de auditoria” nos próximos meses. Somente após os resultados desta diligência seria ou não exercida uma opção de compra.

No último dia 29, a CPI no Congresso que investiga o suposto esquema aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da construtora em todo o país.

A Delta é a empresa que mais recebeu verbas do Orçamento do Executivo federal desde 2007.

Fonte: Folha

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