Judiciário

FGTS: STF vai julgar em maio ação que pode alterar correção monetária e restituir perdas. Saiba o que fazer

Foto: Camila Lima / Futura Press / Agência O Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 13 de maio o julgamento de uma ação que pode alterar a forma de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e beneficiar quem teve saldo em algum momento desde janeiro de 1999 — mesmo que todo o dinheiro já tenha sido sacado. Em caso de parecer favorável aos trabalhadores, pode haver a possibilidade de restituição de perdas devido à atualização dos valores abaixo do índice de inflação nos últimos 22 anos.

A decisão dos ministros, no entanto, é imprevisível, segundo especialistas consultados pelo EXTRA, uma vez que mudanças no cenário terão grande impacto financeiro para a União. Como existe a chance de a Corte determinar a correção monetária retroativa somente para pessoas que já entraram com processo na Justiça em relação à questão, a recomendação é aproveitar os próximos dias para ingressar em alguma ação coletiva ajuizada por sindicatos ou associações trabalhistas.

Hoje, o FGTS é corrigido pela Taxa Referencial (TR), que está zerada desde setembro de 2017, mais juros de 3% ao ano. Assim, a correção não alcança a inflação, que bateu 6,10% no acumulado dos últimos 12 meses segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Isso desvaloriza o dinheiro depositado no FGTS, que é uma poupança de quem está ou já esteve empregado com carteira assinada. O que será discutido pela Corte é essa defasagem, apontada em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do Partido Solidariedade. O processo sustenta que o uso da TR para atualização monetária é uma ofensa ao direito de propriedade.

— Dependendo do julgamento, os trabalhadores têm a ganhar, sim. Algumas matérias sobre o assunto já identificaram uma evolução de valores superiores a 100%. O empregado, com a possível revisão, poderia mais que dobrar o que está lá depositado — diz o advogado Leandro Antunes, sócio do Antunes & Mora Mendonça Advogados.

Perdas custariam R$ 538 bilhões

Para o presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT), Mario Avelino, há chance de o STF dar um parecer favorável aos trabalhadores, devido a decisões recentes que rejeitaram o uso da TR como índice de correção monetária em processos trabalhistas. No entanto, diz ele, o mais provável é que sejam feitos ajustes. Isso porque, se o governo fosse obrigado a repor as perdas de todas as pessoas que tiveram algum saldo de FGTS entre 1999 e 2021, a despesa estimada seria de R$ 538 bilhões — considerando a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no cálculo da correção em vez da TR.

Como o valor é inviável no momento de crise, o especialista acredita que possíveis alterações para a correção do Fundo de Garantia passem a valer apenas daqui para frente,deixando para trás as perdas do passado ou beneficiando somente quem já tem ação na Justiça.

Tribunais já têm 200 mil processos

Há cerca de 200 mil processos (representando aproximadamente duas milhões de pessoas) parados em tribunais do país, aguardando o julgamento do STF para ter um desfecho.

— Quando existe uma ação de repercussão geral, como é o caso, normalmente os órgãos superiores determinam a suspensão dos processos que tratam do mesmo assunto, para que haja uma decisão única a ser aplicada a todos — explica Michelle Pimenta Dezidério, especialista em Direito do Trabalho do Chediak Advogados.

Na avaliação da advogada trabalhista empresarial Maria Lucia Benhame, o assunto é complexo porque envolve uma série de aspectos jurídicos e econômicos. Por isso, demanda atenção não só do governo e dos trabalhadores, mas também das empresas, que podem acabar sendo afetadas de alguma maneira.

Embora o julgamento do STF seja imprevisível, para quem tem interesse na reposição de valores, ainda vale a pena ajuizar uma ação na Justiça, diz a especialista:

— É menos arriscado entrar com o processo do que não entrar e perder a chance.

Quem pode ter direito

Quem pode pleitear na Justiça – Qualquer pessoa que tenha tido saldo em conta do FGTS de janeiro de 1999 até os dias de hoje, mesmo que o dinheiro tenha sido sacado, pode entrar com uma ação na Justiça pedindo a correção monetária dos valores de acordo com a inflação.

Processo individual ou coletivo – Todos aqueles que têm valores depositados em contas vinculadas de FGTS poderão ingressar com ações judiciais individuais ou coletivas. Segundo Michelle Pimenta Dezidério, especialista em Direito do Trabalho do escritório Chediak Advogados, as ações individuais acabam tendo um trâmite mais rápido. Por isso, a orientação seria que cada empregado buscasse um advogado de sua confiança. Mas é possível, sim, que um sindicato ingresse com uma ação coletiva para garantir o direito de todos os empregados a ele vinculados. A advogada ainda esclarece que tanto a ação individual quanto a ação coletiva garantirão os mesmos resultados aos trabalhadores.

Ações paradas – Com as ações paradas na Justiça, a reposição de perdas custaria bilhões para os cofres União.

Herdeiros têm direito – Se o beneficiário já tiver morrido, os herdeiros podem reivindicar a correção do FGTS do falecido. Mario Avelino não recomenda ações individuais, porque será preciso arcar com todos os custos do processo em caso de perda da causa. O mais indicado, de acordo com ele, é buscar sindicatos e associações de trabalhadores e ingressar com uma ação coletiva. acordo com a inflação.

Como obter ajuda – O Instituto Fundo de <EP,1>Garantia do Trabalhador (IFGT) vai dar entrada, em 10 de maio, em 27 ações coletivas, uma em cada unidade da federação, pedindo a recuperação de perdas no FGTS. É preciso se associar à ONG para ser representado. Mais informações no site do IFGT.

Extra – O Globo

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Finanças

Super-ricos recuperam perdas econômicas provocadas pela pandemia, diz Oxfam

Homem usa máscara de proteção na frente da bolsa de valores de Londres — Foto: Toby Melville/Reuters

Os super-ricos já recuperam as perdas econômicas provocadas pela pandemia de coronavírus, de acordo com o estudo “O Vírus da Desigualdade” elaborado pela ONG Oxfam.

O levantamento completo será divulgado nesta segunda-feira (25) como contraponto ao encontro de Davos do Fórum Econômico Mundial.

De acordo com a Oxfam, a lista da Forbes em 18 de março — pouco depois de a OMS declarar a pandemia de coronavírus — incluía 2.095 bilionários com uma riqueza total de US$ 8,03 trilhões.

Em 31 de dezembro, eram 2.357 bilionários com patrimônio de US$ 11,95 trilhões.

“Portanto, a riqueza de todos os bilionários presentes na lista da Forbes em dezembro aumentou em US$ 3,91 trilhões em relação a todos os bilionários que estavam na lista de março”, apontou a Oxfam.

A Oxfam estima que a desigualdade deve piorar em quase todos os países por causa da pandemia do coronavírus, o que, segundo a entidade, “é algo que acontece pela primeira vez desde que as desigualdades começaram a ser medidas há mais de 100 anos”.

“A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

O Banco Mundial estima que pandemia pode jogar 100 milhões de pessoas na extrema pobreza.

G1

Opinião dos leitores

  1. E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, AS GUERRAS SEMPRE EXITIRAM EM FUÇÃO DO PODER E DO TER, SALVE-SE QUEM PODER.

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Economia

Turismo responde por quase metade das perdas de empregos no País

Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Grupo de Pesquisa em Economia do Turismo da Universidade de São Paulo divulgou que o setor perdeu 384 mil postos formais de trabalho em 2020, quantidade que corresponde a 45% do total de vagas fechadas na economia brasileira até agosto. O Turismo respondeu por quase metade da perda total de empregos da economia brasileira, mesmo respondendo por apenas 4% das carteiras assinadas do País. A perda nas atividades características do Turismo (ACTs) atingiu 19% do total de postos no setor.

A redução percentual foi mais de dez vezes superior à da economia como um todo, que chegou a 1,8% do total de carteiras assinadas. Apesar do emprego da economia ter começado a se recuperar a partir de julho, a queda no setor de Turismo não parou. Em agosto, o número de demissões no setor superou o de contratações em 17 mil.

Dentre as atividades características do Turismo, os serviços de alimentação foram os mais atingidos em termos absolutos, com perda de 236 mil postos formais de trabalho. Em termos relativos, a atividade mais impactada foi o agenciamento de viagens. As 20 mil vagas fechadas em agências e operadoras representam 29% do total de empregos formais que existiam no segmento no começo do ano. Na hospedagem, foram fechadas 75 mil vagas, o equivalente a 25% do total. No transporte rodoviário, o saldo foi de 28 mil demissões. Já no transporte aéreo, apesar das demissões terem ganhado escala somente a partir de julho, até o fim de agosto elas já acumulavam 8 mil, o que equivale a 13% do total de empregos no setor.

As estatísticas do Turismo foram estimadas a partir de dados do Novo CAGED e da RAIS. Para facilitar o acesso aos dados, o Grupo de Pesquisa lançou um dashboard que permite a análise da situação do emprego no Turismo de maneira atualizada, detalhada e dinâmica. O interessado pode consultar as estatísticas por atividade econômica, unidade da federação e período.

Portal Panrotas

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Economia

Coronavírus deve causar perdas de US$ 1 trilhão à economia mundial em 2020; possibilidade de desacelerar e crescer menos de 2%

FOTO: BRYAN R SMITH

A incerteza econômica causada pelo Covid-19 deve custar US$ 1 trilhão à economia global em 2020, prevê a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Segundo o diretor da divisão Globalização e Estratégias de Desenvolvimento da agência, Richard Kozul-Wright, a economia deve desacelerar e crescer menos de 2%.

Causas

O especialista disse que o vírus causa instabilidade nos mercados financeiros mundiais, preocupações sobre a cadeia de suprimentos mundial e incerteza no preço do petróleo. Segundo ele, poucos países devem escapar aos seus efeitos.

Na segunda-feira (9), os mercados financeiros tiveram a sua maior queda desde a crise financeira de 2008.

Os preços do petróleo também caíram de forma acentuada. Na terça-feira (10), os mercados continuavam instáveis, com alguns sinais de recuperação.

Cenário

A Unctad também analisou as consequências do pior cenário, em que a economia mundial cresceria apenas 0,5%, concluindo que teria um impacto de US$ 2 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no mundo).

Kozul-Wright disse que é difícil prever como os mercados financeiros irão reagir, mas que os sinais “sugerem um mundo extremamente ansioso”. Segundo ele, “existe um grau de ansiedade que está muito além dos problemas de saúde, que são muito sérios e preocupantes”.

Recomendações

Para combater esses desafios, o especialista disse que “os governos precisam investir para evitar um tipo de colapso ainda mais prejudicial”.

Kozul-Wright disse que a China, onde o vírus surgiu em dezembro, deve introduzir “medidas expansionistas”, como aumento da despesa e cortes de impostos. Segundo ele, os Estados Unidos devem seguir o mesmo caminho.

Sobre a Europa e a zona euro, o especialista disse que os sinais já eram negativos no final de 2019. Agora, é “quase certo” que a região deve entrar em recessão nos próximos meses. Ele destacou a economia da Alemanha, dizendo que é particularmente frágil, a Itália e outros países da periferia, que devem enfrentar “tensões muito sérias.”

Regiões

Sobre os países da América Latina, o especialista da Unctad disse que são igualmente vulneráveis e que a Argentina, em particular, “estará lutando contra os efeitos indiretos dessa crise”.

Os países de baixa renda, cujas economias são impulsionadas pela venda de matérias-primas, também serão atingidos.

Kozul-Wright concluiu dizendo que “são necessárias uma série de respostas políticas e reformas institucionais para impedir que um susto de saúde localizado na China se transforme em um colapso econômico global”.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Bem lembrado.
    Em 2008, recessão mundial, EUA, Europa, Grécia quebrada e os cambau … enquanto no Brasil, minha casa minha vida pra todo canto, todo mundo trocando de carro e renovando fogões, geladeiras e microondas!
    Eita Brasil véi…
    Vá entender.

  2. Fale para LULA , ter entendimento com a GOVERNADORA pagar os PROFESSORES e tenha respeito com a classe.

  3. Na crise de 2008, me lembro q Lula fez foi mandar o povo trocar de carro…
    Moral da história: Brasil teve um recessão de -0,5%, enquanto os EUA teve uma recessão de -3%!!
    Saudades de Lulinha meu amor

    1. Exato. Liberou crédito barato, fez o estado "gastar" para a crise nao ser ainda maior. Agora temos um palhaço incompetente mais perdido q cego em tiroteio.

    2. Né isso! E até hoje estamos pagando essa conta cara que os petralhas fizeram afundando o Brasil de tantos desvios que cometeram!!!

    3. Até 2011, eu viajava para Europa, todo ano, e não tinha dívidas.
      Hoje, eu não consigo viajar nem para Recife e ainda estou com dívidas.
      Volta Lula! Só não votei em você em 2018, porque me impediram!

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Diversos

Presidente do Sindicato de Hotéis do RN alerta perdas do turismo com devolução do aeroporto

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes Bares e Similares do Rio Grande do Norte, Habib Chalita, mostrou sua preocupação com a devolução por parte da Inframerica ao governo federal da concessão do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, localizado em São Gonçalo do Amarante.

Chalita alertou que, nos últimos anos, o turismo potiguar tem sofrido perdas consideráveis e isso tem se refletido na economia deste importante setor da cadeia produtiva. “As diárias de hotéis foram afetadas, o preço das passagens continuam caras e isso só dificulta a quem trabalha neste setor do turismo”, comentou.

Ele destacou que “o poder público até tem trabalho pelo setor. Contudo, é preciso fazer mais, ter mais empenho”. “O turismo de Natal e do estado são fundamentais para nossa economia”, disse.

Opinião dos leitores

  1. O que mais prejudicou foi à mudança do aera porto, bem localizado que era e em ponto estratégico.

  2. O setor hoteleiro do RN na verdade são grandes sugadores dos recursos públicos do Estado e Município de Natal, não é de hoje que se investe milhões em infra estruturas para o resultado ir para o bolso de meia duzia de hoteleiros.

  3. Vamos pedir o apoio politico para trazer de volta o funcionamento do Aeroporto Augusto Severo em Parnamrim que ja teria um grandioso atrativo de desembarcar no museu da II Guerra. Sucesso absoluto.

    1. Fale com o Gal. Girão (o nome dele é Gal!), ele é o embaixador da taba junto ao Cap. Messias.

  4. Peraí gente! O aeroporto NÃO vai fechar! O fluxo de turistas não está caindo por causa do fim da concessão do aeroporto e sim por que o Estado está com uma violência sem controle (a começar dos assaltos chegando e saindo do aeroporto), como também preços das passagens elevados e por fim a diminuição mundial de fluxo de turistas devido ao coronavírus…

    1. A questão de distância é muito relativa. Para quem mora em Ponta Negra por exemplo o novo aeroporto ficou distante. Porém para nós da Zona Norte é muito bom.

    2. Esse djalmir é doente mental, ponta negra com turismo movimenta mais de 60 % do aeroporto. Portanto, o aeroporto teria q pensar primeiro nesses consumidores, Pra se viabilizar economicamente.

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Diversos

Prefeitos do RN conquistam na Assembleia Legislativa reposição de perdas do ICMS através de lei

Cerca de 30 prefeitos municipais do Rio Grande do Norte participaram de assembleia geral extraordinária convocada pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte – FEMURN nesta quinta-feira, 26 de dezembro, para deliberar a proposta apresentada pelo Governo do Estado e enviada para a Assembleia Legislativa do RN, que recebeu convocação extraordinária para votar a lei. Os gestores municipais propuseram ajustes no acordo do Governo.

Na proposta do Executivo Estadual, o Governo sugeriu repor 50% das perdas da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 2019, e 75% das perdas de 2020, em um projeto de lei. Os gestores municipais pediram ajustes, aumentando a reposição de 50% para 75% em relação a 2019, mantendo os 75% de reposição em 2020, e incluindo a reposição de 75% também no ano de 2021.

A proposta foi construída conjuntamente entre os gestores municipais, secretários das prefeituras ligados às áreas fiscais, e aprovada à unanimidade entre os presentes, que apresentaram as mudanças aos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, logo após a realização da assembleia extraordinária.

Já na Assembleia Legislativa, uma comissão de prefeitos discutiu um novo acordo a partir da decisão dos gestores, finalizando em uma proposta com reposição em 75% das perdas para 2019 e 2020, além de 60% de recuperação de perdas para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb também para 2020.

O acordo põe fim a um impasse jurídico de municípios que ficaram sem sua cota-parte do ICMS após a publicação do decreto 29.030 do Governo do Estado. A lei deverá ser votada pelos deputados estadeais, de acordo com a programação da ALRN.

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Turismo

Mídia negativa: Avanço do mar 'engole' praia cartão-postal de Natal, diz Folha de São Paulo

Como já era esperado, começa o processo que pode representar grandes perdas para para o turismo. A grande mídia nacional já está mostrando o caos em que se encontra um dos maiores cartões postais do RN, a praia de Ponta Negra. E levando em consideração que hoje o turismo potiguar sobrevive do mercado nacional, essa divulgação pode trazer danos irreparáveis.

O poder público precisa agir o mais rápido possível.

Leia reportagem na íntegra: 

O avanço do mar na orla de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de Natal (RN), derrubou nos últimos dias coqueiros e postes de eletricidade, rompeu tubulações de água e fez com que parte do calçadão desmoronasse.

A prefeitura decretou na semana passada estado de calamidade pública para ter direito a verbas federais e estuda chamar o Exército para atuar em obras de reconstrução.

O processo de erosão se acentuou neste ano e teve maior impacto no último dia 4, quando o aumento da maré provocou uma série de tombamentos, inclusive em trechos recém-reformados.

José Aldenir/Divulgação
Avanço do mar na orla de Ponta Negra fez com que parte do calçadão desmoronasse
Avanço do mar na orla de Ponta Negra fez com que parte do calçadão desmoronasse

Os danos atingem 300 metros ao longo da praia -outros 180 metros foram prejudicados em fevereiro. A Secretaria Municipal de Turismo calcula em R$ 1,5 milhão o custo para as reparações.

A pedido do Ministério Público, a Justiça estadual determinou que a prefeitura isolasse um trecho da praia, na região onde ficam restaurantes, lojas e a maioria dos hotéis da cidade. Também nomeou dois peritos para estudar medidas emergenciais.

Nos últimos 15 dias, três quiosques tiveram de ser retirados, a escadaria de uma pousada foi danificada e o rompimento de um cano levou esgoto à areia da praia.

Em maio, a Folha noticiou que ao menos 120 praias do litoral brasileiro já tiveram trechos “engolidos” por causa do avanço do mar.

O fenômeno pode ser provocado pelo aumento do nível do mar e da intensidade das ondas, pelo afundamento da crosta terrestre e ainda pela construção de barragens em rios. (FELIPE LUCHETE)

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Economia

Eike Bastista perde mais de R$ 13 bilhões em 2 dias. No ano já perdeu mais de R$ 32 bilhões

A empresa de petróleo do bilionário Eike Batista, a OGX, afundou ainda mais na Bolsa de Valores nesta quinta-feira, com a desconfiança do mercado em torno do potencial do primeiro campo petrolífero em produção, Tubarão Azul, na Bacia de Campos. As ações da OGX entraram em leilão duas vezes na Bovespa e caíram 19,2% (ordinárias, com voto). Este mês, já recuaram 51%.

Nos dois últimos pregões, a OGX perdeu R$ 10,742 bilhões em valor de mercado, segundo a empresa de dados financeiros Economatica. No mês, já são R$ 16,987 bilhões a menos e, no ano, R$ 27,705 bilhões. Na soma de seis empresas do grupo EBX, o recuo no valor de mercado foi de R$ 13,274 bilhões em dois dias – no acumulado do ano, são R$ 32,236 bilhões a menos.

A queda do presidente da OGX, Paulo Mendonça, foi a resposta de Eike Batista à derrocada das ações. Mendonça foi destituído do cargo ontem. “A OGX passa por uma crise de confiança e a única forma de recobrar isso é mudando sua direção”, diz uma fonte próxima à companhia. O comando da OGX foi assumido pelo presidente da OSX, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro.

Mendonça, que permanecerá no conselho de administração da companhia, foi mais um dos executivos vindos da Petrobrás e contratados a peso de ouro por Batista, após mais de 30 anos na estatal,7. A experiência na área de exploração e produção na estatal levou o executivo a ser apelidado por Eike de “Dr. Oil”.

Na época, o braço de petróleo da EBX era presidido por Rodolfo Landim, também ex-Petrobrás, que saiu da empresa em 2010 após desentendimento com Eike, que acabou na Justiça. No comunicado do afastamento, Eike agradeceu Mendonça “pelas históricas conquistas exploratórias da OGX”.

Arrastão. A cotação das ações da OGX caiu em dois dias 40% e voltou a arrastar as cotações das outras empresas do Grupo EBX. Também recuaram fortemente MMX Mineração (17,08%, a R$ 5), LLX Logística (8,07%, a R$ 2,05), OSX (11,05%, a R$ 9,34), MPX Energia (1,57%, a R$ 30,02) e CCX Carvão (8,80%, a R$ 4,25).

Em dia de queda nas cotações do petróleo, os papéis da OGX despencaram. Quando as cotações variam muito acima da média, a bolsa é obrigada a fazer leilão, suspendendo temporariamente as negociações. Um movimento de ordens de “stop loss” (quando vendas são acionadas automaticamente para estancar perdas) podem ter potencializado a queda.

“Chega num preço em que o ‘stop’ é compulsório”, disse Fausto Gouveia, da Legan Asset, ao ponderar, porém, que não dá para saber se já acabou a sangria das ações. Para George Sanders, da Infinity Asset, não há consenso no mercado. “Alguns acham que a situação é calamitosa, outros, que a ação está barata.

COLABORARAM CLAUDIA VIOLANTE, MARIANA DURÃO e MÔNICA CIARELLI para o Estadão

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Economia

Grupo de Eike Batista perde R$ 7,2 bi de valor de mercado em um dia

Considerado o homem mais rico do Brasil, o empresário Eike Batista viu três de suas empresas perderem R$ 7,2 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (27), com a queda no preço das ações da OGX (petróleo e gás), da MMX (mineração) e da LLX (logística).

O resultado foi gerado pelo anúncio feito na terça (26), após o fechamento do mercado, da redução da vazão para 5.000 barris de óleo por dia do Campo de Tubarão Azul (antigo Waimea). A estimativa era de 18 mil barris/dia.

A informação gerou desconfiança do mercado e refletiu-se sobre o preço das ações de outras empresas do grupo, como a CCX (produção de carvão), a OSX (estaleiros e fretamento de plataformas), a MPX (setor elétrico) e a PortX (exploração portuária).

O índice da Bovespa também foi afetado pelo resultado ruim e fechou em queda de 1,35%, com 53.108 pontos. O volume negociado foi de R$ 5,9 bilhões (sendo cerca de 20% referentes à OGX) em 849.925 operações.

Para conter os ânimos, Batista convocou uma conferência com investidores e afirmou que a redução é pontual para ajuste na bomba de um dos poços do campo.

O empresário afirmou ainda que tem US$ 9 bilhões em caixa para investimentos.

As ações da OGX registraram a maior queda, 25,33%, e fecharam o pregão cotadas a R$ 6,25. O valor de mercado da empresa caiu de R$ 27 bilhões para R$ 20,2 bilhões, segundo analistas de mercado consultados pela Folha de São Paulo.

A MMX, que era cotada a R$ 4 bilhões, teve seu valor reduzido para R$ 3,7 bilhões. As ações da empresa fecharam ontem em queda de 6,94%, cotadas a R$ 6,03.

A LLX perdeu R$ 120 milhões, com as ações cotadas a R$ 2,23 (queda de 7,47%).

“A redução na produção de óleo pegou todo o mercado de surpresa. Isso pode aumentar a desconfiança dos investidores”, disse Nataniel Cezimbra, analista de investimento do Banco do Brasil.

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Finanças

Eike Batista perde quase US$2 bi em dia de queda nas Bolsas

Exame:

Rio de Janeiro – Eike Batista pode ter deixado de ser o oitavo homem mais rico do mundo depois de sofrer um prejuízo em torno de 2 bilhões de dólares nesta quinta-feira, quando suas empresas lideraram o forte movimento de baixa da Bovespa.

O grupo EBX — que atua principalmente nas áreas de mineração, petróleo e gás e infraestrutura com uma capitalização de mercado de 31 bilhões de dólares, mas praticamente sem faturamento — registrou uma perda de cerca de 9 por cento no seu valor.

Eike detém mais de dois terços das ações do grupo. Agora, a participação dele vale cerca de 19,2 bilhões de dólares.

(mais…)

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