Política

PT é o partido que mais recebe emendas parlamentares no governo Bolsonaro

Foto: Divulgação

“O governo Bolsonaro acelerou o pagamento de emendas de parlamentares ao Orçamento da União nos últimos meses. Em maio foram quase R$ 600 milhões, segundo dados do portal Siga Brasil. Mas o partido mais beneficiado não foi o PSL do presidente ou mesmo alguma das siglas do Centrão, bloco que forma a maior força política do Congresso.

A bancada do PT foi a que mais recebeu recursos de emendas entre janeiro e maio deste ano – R$ 69 milhões –, considerando apenas os parlamentares da atual legislatura que foram beneficiados até maio. O PP, maior partido do Centrão, vem em seguida, com R$ 51 milhões. O PSL teve de se contentar com R$ 6,7 milhões. Um deputado do PSOL, o paraense Edmilson Rodrigues, é um dos campeões em emendas liberadas até agora.

“As emendas individuais são usadas para financiar obras de pequeno e médio porte nos redutos eleitorais de deputados e senadores. Tradicionalmente, são usadas como moeda de troca no Congresso. Os parlamentares aprovam os projetos do governo e recebem recursos para suas emendas – o chamado “toma lá, dá cá” da política. O presidente Jair Bolsonaro afirma que não entrará nesse jogo.

Nos governos anteriores, do PT e do PSDB, partidos governistas e aliados tinham atendimento privilegiado na execução (pagamento) dessas emendas. Parece não estar havendo o mesmo no atual governo. Resta saber qual será a reação dos aliados, principalmente do Centrão (PP, PL, PRB, PTN e Solidariedade), ao saber que a oposição está tendo tratamento preferencial. E o “toma lá, dá cá” é muito praticado pelo bloco, em qualquer governo. O apoio à reforma da Previdência pode sofrer abalos.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Esse fato é ótimo para desmascarar mais uma mentira dos esquerdopatas. O governo Bolsonaro está mudando a forma de fazer política e isso incomoda muito essa gente.

    1. Lula está preso babaca, fossa móvel, seu teclado está todo cagado de tanta merda que vc digitou.

  2. É isso aí MITO, tem que ser republicano.
    Já já somos maioria, quando os petistas moderados perceberem que é nós, se chegam por gravidade.

  3. Sinceramente é um cururu mesmo. Está governando como a rainha da Inglaterra, não manda em nada! Quem comanda o Governo é Nonho!!!

    1. Vcs precisam se decidir se ele não manda em nada ou se é um ditador. Os dois, não dá.

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Política

Plenário aprova destaque que reduz tempo mínimo de contribuição de homens para 15 anos

Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara aprovou na madrugada desta sexta-feira, 12, por 445 votos a 15, o destaque do PSB que reduz de 20 para 15 anos o tempo mínimo de contribuição exigido para homens do regime geral (setor privado) poderem se aposentar.

O texto-base da reforma, aprovado em primeiro turno pela Câmara nesta quarta-feira, 10, previa tempo mínimo de contribuição de 20 anos para homens. Segundo o texto-base, o tempo mínimo para homens aumentaria gradualmente – partindo de 15 anos – e chegaria a 20 anos em 2029.

O plenário não conseguiu analisar ainda todas as sugestões de alterações ao texto-base. Faltam oito destaques, que devem ser apreciados em sessão desta sexta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou uma nova sessão para as nove horas. O destaque dos professores, apresentado pelo PDT, ficou para ser analisado na sessão desta sexta. Ele propõe reduzir a idade mínima para 55 anos no caso dos homens e 52 anos no caso das mulheres.

Estadão

 

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Política

Previdência: Maia quer concluir votação em dois turnos até sexta-feira

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (11) que espera concluir a votação em dois turnos da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19) da reforma da Previdência até amanhã (12). O plenário retomará os trabalhos nesta quinta-feira para votar os destaques ao texto-base.

Ao chegar à Casa, Maia afirmou que vai trabalhar para concluir a etapa de votação do primeiro turno na noite desta quinta-feira. “E vamos votar o segundo turno amanhã. Essa é a minha expectativa”.

Ontem (10) à noite, o plenário aprovou o texto original da reforma da Previdência por 379 votos a favor e 131 contra. Na sequência, os deputados rejeitaram um destaque que pretendia retirar os professores da reforma da Previdência. Por 265 a 184, com duas abstenções, os parlamentares decidiram manter as regras para os professores que constam no texto-base.

Maia continua a negociação com líderes partidários sobre destaques e emendas. Os destaques mais aguardados são o que aumenta a aposentadoria para as trabalhadoras da iniciativa privada e o que suaviza as regras de aposentadorias para policiais e agentes de segurança que servem à União.

O presidente da Câmara também disse não ter garantia de que um destaque do PDT, que diminui a idade mínima de aposentadoria dos professores da ativa para 52 para as mulheres e 55 anos para os homens será rejeitado pelo plenário. Segundo Maia, as propostas relacionadas a essa categoria são difíceis, mas destacou que, se for aprovado, o impacto fiscal ao longo dos dez anos não é tão elevado.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. É verdade amigo, se continuar assim com os empregos em declínio eles vão sentir na carne os cortes de verbas pra manter a luxúria de todos eles.

  2. É verdade amigo, se continuar assim com os empregos em declínio eles vão sentir na carne os cortes de verbas pra manter a luxúria de todos eles.

  3. Ainda tem os gados que são a favor dessa reforma. Os espertos todos conseguiram ficar de fora para os otários que não conseguiram pagar pra eles. Essa galera devia pensar: Se é tão boa por que essa turma está querendo ficar de fora? Mas não ficam só nessa de ou é Mito ou é Lula e o fumo entrando.

  4. Vamos parabenizar todos os políticos do nosso país… estes que fazem as leis… conseguiram aprovar a reforma trabalhista e agora a reforma da previdência… ambas vieram para destruir os trabalhadores brasileiros…. os empresários estão rindo À toa pq se beneficiam da desgraça alheia…

    1. Verdade! Agora queria ver a reforma política com todos os cortes de gastos.

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Política

Maia negocia acordo para votar Previdência antes do recesso

Fontes da Câmara dos Deputados e da área econômica do governo informaram ao Broadcast que está a caminho um acordo para a votação da reforma da Previdência no Plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. O acordo está sendo costurado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e integrantes do governo.

Segundo interlocutores de Maia, a negociação ainda não está fechada, mas há otimismo que a votação ocorra dentro desse prazo. A equipe econômica, por outro lado, tem reforçado a necessidade de fazer a votação para deslanchar as outras medidas de retomada do crescimento econômico, entre elas o fim de dois monopólios estatais de refino e gás natural.

 

A data da apreciação em plenário antes do recesso é relevante inclusive por causa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 30 e 31 de julho. A avaliação é de que é importante que essa primeira votação já tenha sido feita para dar uma sinalização ao Copom, que aguarda o avanço da reforma para decidir sobre a redução da taxa de juros.

Ajustes. O relator da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou na quarta-feira, 19, que vai complementar seu relatório e que apresentará as modificações na semana que vem, quando o colegiado volta a se reunir para discutir o texto e pode votar o relatório. Os pilares principais da reforma, como a idade mínima, devem ser mantidos, garantiu Moreira.

Moreira não quis, no entanto, adiantar quais outras mudanças acatará em seu parecer. “Estamos empenhados em melhorar um pouco mais o relatório, pretendemos que ele passe na comissão”, disse.

O presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou que há “um apoio tranquilo” na Comissão Especial para aprovar a reforma, mas que os líderes precisam ainda de mais mobilização para garantir a aprovação do tema no plenário da Casa.

Estadão

Opinião dos leitores

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Diversos

Previdência: relator deixa estados e municípios fora da reforma; ideia é incluir governos estaduais e prefeituras na votação em plenário

Deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma da Previdência Foto: Jorge William / Agência O Globo

O relatório da reforma da Previdência , fechado em acordo com líderes partidários do DEM, MDB, PP, PR e demais favoráveis à reforma, exclui estados e municípios . No texto original entregue ao Congresso em fevereiro, as mudanças que seriam adotadas para os servidores federais seriam estendidas a governos estaduais e prefeituras. O parecer do relator, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), será votado na comissão especial da Câmara . A ideia é incluir servidores estaduais e municipais no projeto em votação em separado no plenário.

A inclusão ou não de estados e municípios na reforma é um dos pontos de maior atrito entre a equipe econômica e parlamentares, que não querem arcar com o desgaste de aprovar mudanças nas regras de aposentadorias de funcionários públicos estaduais e municipais.

Professores

Outro ponto do relatório que altera o texto original da reforma é sobre a idade mínima para professores. Em vez da exigência de 60 anos para ambos os sexos, o relatório vai propor 57 para mulher e 60 para homem. Com esta e outras mudanças, a economia estimada com a reforma cai para R$ 800 bilhões, ante R$ 1,2 trilhão inicialmente.

A regra de transição foi mantida conforme o proposto pelo governo, com uma nova opção para quem está no regime próprio, ou seja, os servidores públicos. Por essa regra alternativa, a idade mínima será de 60 anos para homem e 57 anos para mulheres, mas será preciso pagar um pedágio de 100% sobre o tempo que falta para o servidor se aposentar.

Essa opção vai valer tanto para os servidores que entraram antes de 2003 como para os que entraram depois daquele ano. A diferença é que os que ingressaram na carreira até 2003 terão direito à paridade (mesmo reajuste de quem está na ativa) e integralidade (aposentadoria igual ao último salário).

No texto original da reforma, estavam previstas duas regras de transição para servidores: 1) a idade mínima vai subindo de 55 anos (mulher) e 60 anos (homem), gradativamente até atingir 62 anos (mulher) e 65 anos (homem); 2) sistema de pontos, que soma idade e tempo de contribuição, e começa com 86/96 (mulheres/homens) até alcançar 100/105.

Sem capitalização

Ficou de fora do relatório o sistema de capitalização , pelo qual o trabalhador poupa para si mesmo em contas individuais. Hoje, o sistema é de repartição, no qual os mais jovens contribuem para pagar a aposentadoria dos mais velhos. O acerto feito com os líderes é que o governo encaminhe uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) separada para tratar de capitalização, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O relatório também exclui a alteração no valor do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o tempo mínimo de contribuição para trabalhadores rurais propostos inicialmente pelo governo. Hoje, a idade mínima é de 55 anos para mulheres e 60 para homens, com tempo mínimo de contribuição de 15 anos. A proposta original era 60 anos para ambos os sexos e 20 anos de contribuição.

Veja como seria a economia se fosse mantido o texto original enviado ao Congresso

Valor total – A economia projetada com a reforma da Previdência é de R$ 1,236 trilhão em 10 anos.

INSS – A maior parte da economia virá de mudanças implementadas para os trabalhadores do regime geral que soma R$ 807,9 bilhões.

Tempo de contribuição – Dentro do INSS, a maior parte da economia virá da alteração nas regras de aposentadoria por tempo de contribuição, que somará R$ 432,9 bilhões em uma década.

Pensão por morte – Pela proposta do governo, a pensão deixaria de ser integral, cairia para 60% mais 10% por dependente. A mudança levaria a uma economia de R$ 111,7 bilhões.

Benefício de Prestação Continuada – A alteração no Benefício de Prestação Continuada (BPC), segundo o governo, trará economia de R$ 34, 8 bilhões.

Trabalhadores rurais – As alterações das regras para os trabalhadores rurais, por sua vez, prevê um alívio de R$ 92,4 bilhões.

Abono salarial – A restrição do acesso ao abono salarial (PIS) para quem ganha um salário mínimo — hoje são dois salários — vai resultar numa redução de despesas de R$ 169,4 bilhões em dez anos.

Servidores públicos – As mudanças no regime de aposentadoria dos servidores públicos vai gerar economia de R$ 224,5 bilhões.

Novas alíquotas -Já as novas alíquotas de contribuição previdenciária representarão um gasto extra para o governo, de R$ 28,4 bilhões. Isso porque as alíquotas ficarão menores para quem ganha menos.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. "O acerto feito com os líderes é que o governo encaminhe uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) separada para tratar de capitalização, defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes."
    Ou seja, o que esse cara realmente quer é que passe a capitalização, para que banqueiros como ele enriqueçam ainda mais à custa dos incautos; está pouco se lixando para a previdência e para o Brasil.

  2. Ótimo, só assim a "gove do góipi" terá oportunidade de convocar seus gênios da área econômica para formular e implementar sua própria reforma da previdência estadual.

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Política

VÍDEO: Em entrevista com Danilo Gentili no SBT, Bolsonaro se emociona, mostra cicatriz de facada, fala de urgência da Previdência, e polêmicas

Foto: Gabriel Cardoso/SBT

Em entrevista ao programa The Noite (SBT), comandado por Danilo Gentili, o presidente Jair Bolsonaro mostrou a sua cicatriz, resultado da facada que recebeu durante a campanha presidencial do ano passado. O programa foi ao ar na madrugada desta sexta-feira (31).

Ao recordar o episódio, ele ficou emocionado e disse ter pensado no momento do ataque que seria apenas um soco no estômago, percebendo a gravidade momentos depois.

Ele mostrou as marcas que ficaram após as cirurgias e declarou ter reavaliado suas prioridades após o incidente.

Na entrevista, ele conversou sobre as mudanças em sua vida após a eleição, recordou momentos da corrida para o Palácio do Planalto e declarou que já havia planejado que o ato de Juiz de Fora seria o último em meio ao povo, devido à crescente popularidade.

Outros assuntos

O presidente também falou sobre a tentativa de aprovar a Reforma da Previdência, sobre as manifestações populares e comentou sua participação nas redes sociais.

Bolsonaro também contou detalhes de sua rotina no Palácio da Alvorada, as mudanças que fez ao se mudar para lá e comentou a questão da posse de armas no Brasil.

Com acréscimo de informações do Correio 24 Horas

Opinião dos leitores

  1. As lágrimas denunciam a humanidade de uma pessoa. Tenho grande respeito e estima pelo meu presidente. Parabéns Capitão!!!

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Política

Em café da manhã com bancada do Nordeste, Bolsonaro fala em projeto em breve que trará mais dinheiro que a Previdência e “ninguém vai reclamar”

Foto: Adriano Machado / Reuters

Em café da manhã com a bancada do Nordeste, Jair Bolsonaro disse também que não adiantaria o conteúdo, mas avisou que “brevemente” será apresentado um projeto que, segundo ele, trará mais recursos ao país do que a reforma da Previdência.

Ele afirmou exatamente o seguinte:

“Com todo respeito ao Paulo Guedes, a previsão de nós termos dinheiro em caixa é maior do que a Previdência em 10 anos e ninguém vai reclamar desse projeto, com toda certeza.”

O presidente acrescentou que o projeto, “se Deus quiser”, será aprovado por unanimidade nas duas Casas.

Ouça o áudio aqui em texto na íntegra.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Excelentíssimo sr PresidOente, já que é assim, cancela essa maldita Reforma da Previdência e põe logo em prática esse "projeto milagroso" … KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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Política

Presidente da Comissão Especial da Previdência: rural, BPC e professores estão praticamente fora da reforma

FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), avaliou nesta quinta-feira (9) que três temas já estão “praticamente fora” da proposta: as mudanças na aposentadoria rural, a alteração no BPC (benefício assistencial para idosos) e as novas regras para professores. Em todos os casos, partidos fecharam questão contra as propostas do governo.

“Eu vejo uma capacidade (do governo) de articulação para aprovar uma reforma com impacto fiscal importante, mas não vejo o governo com capacidade de reverter posições já tomadas por partidos”, afirmou.

O PR do presidente da comissão fechou questão contra a mudança nas regras atuais de aposentadoria dos professores. O governo pretende exigir 60 anos de idade e 30 anos de contribuição.

“Sobre professores, PR e MDB fecharam questão. Governo não vai ter folga de 60 votos. Quando saem dois partidos desse tamanho, quem vai ficar para defender?”, alertou.

Outros pontos são “sensíveis”, segundo o presidente, e devem ser alvo de intenso debate, como a desconstitucionalização de regras da Previdência, a capitalização (segundo a qual o trabalhador contribuirá para uma conta individual de aposentadoria) e a inclusão de Estados e municípios.

Segundo Ramos, o governo deve ter margem de manobra em pontos que ainda não foram alvo de nenhum partido, como regra de transição. Onde já há fechamento de questão, porém, só “algo muito extraordinário” para reverter.

O presidente da comissão disse ainda que a proposta de restrição do abono para quem ganha até um salário mínimo “vai ser uma queda de braço” no Congresso. A proposta tem impacto significativo na reforma, com economia de R$ 169,4 bilhões em dez anos.

Ramos comandou nesta quinta mais uma audiência pública sobre a reforma da Previdência, com a participação de quatro economistas: Eduardo Moreira, Eduardo Fagnani, Paulo Tafner e Pedro Nery.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Para ficar nessa p… melhor é não fazer a reforma, deixa tudo assim e espera ver o que acontece daqui uns 10 anos, claro que sobrar alguma coisa,

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Política

Em dobradinha com Paulo Guedes em apresentação na Câmara, Rogério Marinho destaca apoio de 59% dos brasileiros a mudanças na Previdência

Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, durante audiência na comisão escial da Câmara – Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Paulo Guedes falou por cerca de 20 minutos na primeira audiência pública da comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a proposta de emenda à Constituição. Logo após, passou a palavra a Rogério Marinho, que faz uma apresentação estimada em até 40 minutos.

Marinho começou a apresentação citando frases dos quatro últimos ex-presidentes da República – Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer – e do presidente Jair Bolsonaro, que ressaltam a necessidade de reformar a Previdência. “Essa é uma pauta da sociedade”, justificou.

Marinho citou a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)-  Ibope, que constatou o apoio de 59% dos brasileiros a mudanças na Previdência. Ele apresentou uma tabela com a expectativa de sobrevida de quem chega aos 65 anos, para mostrar que não há grandes diferenças regionais que justifiquem a imposição de idades mínimas diferentes por regiões.

Citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marinho mostrou que o idoso com 65 anos vive, em média, até os 82 anos no Norte, 83,1 anos no Centro-Oeste, 82,7 anos no Nordeste, 84,3 anos no Sudeste e 84,2 anos no Sul. “A diferença entre as regiões chega no máximo a dois anos, o que é irrelevante em termos estatísticos”, justificou.

Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a proposta de reforma da Previdência tem cinco pilares: combate a privilégios, equidade (todos contribuem, respeitando as particularidades de cada profissão), combate às fraudes (medida provisória de revisão de benefícios), cobrança de dívidas (projeto de lei que endurece a cobrança de grandes devedores), impacto fiscal.

Com acréscimo de informações da Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. 59% dos entrevistados apoiam mudanças na previdência, porém, não a apresentada pelo governo. Sabe por quê? Pq a mesma pesquisa mostrou que apenas 36% dos entrevistados afirmaram conhecer a proposta, e destes, 51% são contra a proposta de reforma apresentada pelo atual governo.

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Política

Rogério Marinho pede que oposição apresente proposta para a Previdência

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse nesta terça-feira (30 de abril) que está ansioso para ouvir alternativas à proposta apresentada pelo governo federal para a nova Previdência Social. Ele propôs que os debates sobre o tema sejam feitos de forma técnica.

“Espero que a política, por mais importante que seja, e as paixões sejam sobrepostas pelo debate técnico. Os opositores já foram governo e sabem da necessidade de reestruturação [da Previdência Social]. Chegou a hora de a oposição mostrar qual é o seu projeto”, disse o secretário após participar do seminário Desafios para a Previdência e a Proteção Social no Brasil – evento promovido pelo Instituto Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Estamos sôfregos e ansiosos para escutar qual é a alternativa a ser apresentada por aqueles que se colocam contra”, acrescentou.

O secretário reiterou sua posição a favor da integralidade do projeto, que prevê uma economia de R$ 1,236 trilhão ao longo de 10 anos.

Marinho elogiou a forma como a questão tem sido tratada por parte do Parlamento. “Tenho sentido um clima muito propositivo no Congresso Nacional, ao contrário do que ocorria em outras épocas”.

Segundo ele, o projeto apresentado combate fraudes e cobra de quem deve à Previdência, além de estar focado em uma lei de responsabilidade voltada aos municípios. “Temos a responsabilidade de enfrentar esse problema e de não varrê-lo para debaixo do tapete. Quem tem mais paga mais. Quem tem menos paga menos. Mas todos pagam”, destacou.

De acordo com o pesquisador da Universidade Cândido Mendes Paulo Tafner, que já foi pesquisador do Ipea, em 1980 havia no mercado de trabalho 9,2 trabalhadores ativos para cada inativo. “Em 2020 serão 4,7 ativos para cada inativo; e em 2060 será 1,6 ativo para cada inativo. Isso coloca muita pressão sobre um sistema de sustentabilidade”, disse o economista.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Era bom que aparecesse um pra opinar com sabedoria e conteúdo, mais estes não entra pois quando vai ver os comentários , tem s aguentar este opinafores sem noção, só quer encontrar razão em agressão ao seu compatriota q está no mesmo barco e sofrendo do mesmo problema. E nós sabemos que o problema é muito mais profundo, e só uma unidade, uma união resolveria. E alguns tem olvidoi, ouça: uma casa dividida é sua ruína

  2. Tava lembrando das bandeiras do PT nas eleições e elas passavam pelas reformas tributárias e previdenciária.
    O PT ficou no poder, poder total, de 2003 a 2016, tendo o congresso e o senado nas mãos para fazer o que queria e desejava.
    Fez as reformas? Não!
    Agora aparecem dando palpite em tudo e dizendo que tem a solução.
    Qual a razão de não adotarem essas soluções para o bem do país quando tinham o poder nas mãos?
    Ficavam repetindo a cada eleição as promessas e nunca tornavam realidade, mas realizaram feitos que deram origem ao mensalão, ao petrolão e a lava jato.
    Alguém aí sabe quem matou Celso Daniel? Qual a motivação? Quem foram os mandantes?
    Por quê a esquerda não tem interesse em solucionar esse caso, como tiveram com Marielle?
    São apenas perguntas que poderiam ter as respostas devidas, ou seja, verdadeiras.

  3. A reforma trabalhista ao tirar direitos e aumentar o desemprego também tirou muitos contribuintes do sistema previdenciário, diminuindo a arrecadação. Não se sustenta o discurso do governo, pois não criam nenhuma política de combate ao desemprego. Além de tirarem a obrigação dos patrões contribuírem com a previdência e aumentar a contribuição do trabalhador. Entendem o processo sádico deste governo. Reduzir a informalidade também deve fazer parte para melhorar e as políticas neoliberais empurram cada vez mais gente para informalidade. Basta ver nas ruas a quantidade de pessoas vendendo bugigangas, churrasquinho, etc. defendem o pão de cada dia, mas não contribuem para o sistema e o governo só pensa em mandar matar nos morros e agora, no campo.

  4. Não é difícil. Eu que não sou nenhum especialista, posso apresentar uma: Divida as dívida que têm com a previdência para recebimento em dez anos, só ai´, já teriam metade do que eles querem arrecadar com a reforma nesses dez anos. Taxar as grandes fortunas e essa taxa ir para a seguridade social, só essas duas medidas, dariam mais do que eles pretendem arrecadar com a reforma em dez anos. O problema é que não querem tocar nos mais ricos e nem cobrar os devedores, que por acaso, são os mais ricos também.

    1. Sei que você é Lulista/petista, o que não sou mais, pois me enganaram, mas é uma boa pergunta: Por que não taxam as grandes fortunas?

    2. Uma proposta boa, aquele ou aquela petista que receber salário acima de R$ 10.000 deve cumprir a risca a ideologias Marxista devolvendo para o Estado 50% do seu salário.

    3. Curioso, as grandes fortunas pertencem aos funcionarios publicos e aos amigos do rei… empresario so produz riqueza e gera emprego, somente isso…. Estado consome riqueza.

    4. Quanto fanatismo, quanta falta de bom senso, quanto desconhecimento da realidade (ou má fé). O PT esteve por 13 anos no poder e fez o que? Criou esse tal imposto sobre grandes fortunas? Nos governos do PT, os bancos nunca ganharam tanto dinheiro, segundo seus próprios balanços. Lucros fantásticos. É só pesquisar na internet. Nosso dinheiro, ao invés de ser aplicado no Brasil, para diminuir nossas incontáveis carências, iam para ditaduras amigas do PT. As maiores empreiteiras do país e empresários como Eike Batista e os irmãos Batista (JBS/ Friboi), também foram muito beneficiados. E Lula fez 2 reformas da Previdência, em 2003 e 2005. Portanto, esses esquerdopatas só têm mesmo é papo furado. Incoerência, hipocrisia e mentiras são suas maiores armas.

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Política

Previdência: Maia diz que reforma deve ser aprovada na CCJ nesta terça

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou que a reforma da Previdência deverá ser aprovada nesta terça na Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ). A votação havia sido adiada na semana passada a pedido do deputado Marcelo Freitas (PSL/MG).

— Acho que amanhã vai passar e a gente vai terminar este processo na CCJ, que levou tempo demais, infelizmente. A partir da semana que vem, a gente começa o trabalho na comissão especial — disse. — Está bem encaminhado e tem mais apoio do que no passado.

Rodrigo Maia está na capital portuguesa para palestrar no VII Fórum Jurídico de Lisboa, evento organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Sobre o sigilo em torno da proposta, Maia disse que havia sido “uma decisão de curto prazo”. – Não sei se foi a melhor decisão, mas quando a reforma chegar na comissão especial não tem jeito. Os dados vão estar abertos, senão não tem como começar a trabalhar.

— A Câmara precisa entender que há uma grande crise fiscal. O custo previdenciário é muito alto e aumenta rapidamente. Se não tiver uma solução para a previdência, certamente não terá uma solução de investimento para o Brasil nos próximos anos.

Sobre a lentidão no processo, o presidente da Câmara dos Deputados disse que a reforma na Previdência divide a sociedade porque é “um tema polêmico”.

— A reforma tributária unifica a sociedade e divide a Federação, já que os interesses por uma boa reforma tributária precisa reorganizar as atribuições de cada um dos entes no sistema para que a gente possa ter de fato um sistema mais simples.

Para Rodrigo Maia, o presidente Jair Bolsonaro precisa ter mais partidos em sua base, além do próprio PSL, que publicamente “pactuem com uma agenda de quatro anos”.

— Esta questão de discutir espaço solto no governo é a pior fórmula possível. É importante que cada partido consiga construir uma relação com o governo baseada em uma agenda e que não pode se limitar na previdência — afirma o presidente da Câmara. — Acho que o governo agora nessa reta final já está at

Outras alterações

Além da reforma na Previdência, Rodrigo Maia diz que a Câmara também deve seguir com a reforma tributária e outros temas importantes para a economia brasileira. – A gente pode avançar o licenciamento ambiental, coisas como a relação CADE e Banco Central, que é muito importante para destravar alguns conflitos, a própria autonomia do Banco Central – afirmou.

— Tem muitas pautas que podem tramitar independentes das pautas de emendas constitucionais que vão ajudando o ambiente econômico. São coisas assim que a gente vai trabalhando enquanto, de forma paralela, a gente trabalha as grandes reformas.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Acontece é que há certos assuntos que dependem da Reforma da Previdência. A ajuda financeira aos estados (tão importante pro RN) é uma delas. Se não passar a Previdência, a União terá que resolver seus próprios problemas. Nesse caso, os estados que se f… É isso que vai acontecer com o RN. E o governo Fátima, dentre outros da tal "resistência" ao Bolsonaro, vão pras cucuias. Entenderam, esquerdopatas?

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Economia

PREVIDÊNCIA: Aos berros da oposição, Paulo Guedes fala em “fábrica de desigualdades”, e destaca que RN, RJ e MG já enfrentam dificuldades para pagar salários de servidores e aposentados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (3), durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.

Durante o debate, o clima ficou tenso quando o ministro disse que a Previdência é uma “fábrica de desigualdades” e citou os exemplos dos estados de Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, e Minas Gerais, que já enfrentam dificuldades para pagar salários de servidores e aposentados.

Nesse momento, ele foi aparteado por parlamentares de oposição – que citaram o sistema previdenciário chileno, cuja previdência social, com sistema de capitalização (similar ao proposto por Guedes), paga benefícios pequenos. Na proposta do ministro, porém, está assegurado ao menos um salário mínimo de benefício.

O ministro, então, respondeu aos deputados de oposição: “Chile, US$ 26 mil de renda per capita, quase o dobro do Brasil. Acho que a Venezuela está bem melhor”, disse, em tom irônico.

“Eu vou falar na hora em que você falar também. Fala mais alto do que eu. Fala alto. Eu não estou ouvindo. A palavra é dos senhores”, disse, enquanto parlamentares de oposição gritavam.

Com informações do G1

Opinião dos leitores

  1. Parlamentares do RN, estamos de olho em seus votos nessa inconsequente reforma da previdência. Pensem…pensem..

  2. A dificuldade aqui no RN é pq os políticos utilizaram recursos de mais de 1 bilhão de reais do IPERN, com desvio dos fins a que se propunham e não realizaram concurso público,aonde o sistema se retroalimentaria com recursos entrando no IPERN. AO CONTRÁRIO INVESTIRAM PESADO NA TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA,AONDE A MANUTENÇÃO DE UM TERCEIRIZADO REPRESENTA UM CUSTO 3 VEZES MAIOR QUE UM SERVIDOR DE CARREIRA. E O TERCEIRIZADO NÃO RECOLHE PARA A PREVIDÊNCIA DO ESTADO E SIM PARA O REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL. ALÉM DE MUITOS SE LOCUPLETAREM COM RECURSOS DA TERCEIRIZAÇÃO,VIDE EXEMPLO DA OPERAÇÃO HIGIA NA SECRETARIA DE SAÚDE DO RN.

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Economia

Governo gasta dez vezes mais com Previdência que com educação, diz ministro da economia Paulo Guedes

Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala sobre a reforma da Previdência em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Cãmara — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (3), durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que o governo gastou no ano passado dez vezes mais com a Previdência Social – que ele classificou como o “passado” – do que com Educação – o “futuro” na visão dele.

Guedes compareceu à CCJ para prestar esclarecimentos aos deputados sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. A audiência estava prevista para a semana passada, mas foi adiada. Guedes desistiu de comparecer naquela ocasião porque ainda não havia definição de um relator para a PEC e porque havia a possibilidade de ficar exposto às críticas de oposicionistas.

“Gastamos R$ 700 bilhões ano passado com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com educação, nosso futuro. Gastamos dez vezes mais com a Previdência do que com nosso futuro”, declarou.

O ministro afirmou ainda que a “dimensão fiscal” do problema previdenciário, ou seja, o impacto nas contas públicas, é “incontornável”.

“A principal componente de alta dos gastos foi com pessoal e, dentro disso, o elemento do déficit galopante tem sido a Previdência”, acrescentou.

Ele observou, ainda, que a população brasileira ainda é relativamente jovem e, mesmo assim, as despesas previdenciárias já são elevadas.

“Existem sistemas que quebraram, a Grécia, e estamos vendo o exemplo de Portugal. Imaginamos como não deve estar o problema previdenciário na Venezuela hoje. Dimensão fiscal é inescapável”, disse.

Guedes usou diversas vezes o termo “perverso” para se referir ao sistema de previdência brasileiro. “Financiar a aposentaria do idoso desempregando trabalhadores é, na minha opinião, uma forma perversa de financiar o sistema. É, do ponto de vista social, uma condenação”, disse.

E acrescentou: “É um sistema perverso, 40 milhões de brasileiros estão excluídos do mercado formal, não conseguem ter capital, porque foram expulsos, excluídos do mercado formal, pela forma perversa com que o sistema é financiado. Isso é socialmente perverso”.

Ele reiterou que, independentemente do governo ou da coloração partidária, o sistema de redistribuição já “está financeiramente condenado”.

“Independentemente de quem esteja agora ou vai estar no governo, esse problema está se impondo”, disse.

Para o ministro, o sistema já “financeiramente condenado antes de a população envelhecer, não interessa quem estiver no poder, seja o governo que for”.

Tensão

O clima ficou tenso quando o ministro disse que a Previdência é uma “fábrica de desigualdades” e citou os exemplos dos estados de Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, e Minas Gerais, que já enfrentam dificuldades para pagar salários de servidores e aposentados.

Nesse momento, ele foi aparteado por parlamentares de oposição – que citaram o sistema previdenciário chileno, cuja previdência social, com sistema de capitalização (similar ao proposto por Guedes), paga benefícios pequenos. Na proposta do ministro, porém, está assegurado ao menos um salário mínimo de benefício.

O ministro, então, respondeu aos deputados de oposição: “Chile, US$ 26 mil de renda per capita, quase o dobro do Brasil. Acho que a Venezuela está bem melhor”, disse, em tom irônico.

“Eu vou falar na hora em que você falar também. Fala mais alto do que eu. Fala alto. Eu não estou ouvindo. A palavra é dos senhores”, disse, enquanto parlamentares de oposição gritavam.

Em seguida, porém, o ministro afirmou ter cometido o erro de responder aos deputados.

“Eu cometi um erro sério quando respondi a uma indagação de Gleisi [Hoffman, deputada e presidente do PT], mas tentei ser atencioso e respondi. Sou muito respeitoso. Os senhores têm muita familiaridade com esse ambiente, eu não. Os senhores poderiam considerar que eu posso cometer erros. Eu cometi o erro de interagir, eu só deveria ter falado. Então, eu não vou interagir”, afirmou.

Audiência longa

A reunião no colegiado teve início por volta das 14h e a expectativa é a de que se estenda por muitas horas em razão do número de parlamentares inscritos para falar.

Responsável pela área econômica do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes desistiu de ir à CCJ na semana passada em razão de o governo não ter ainda uma base aliada articulada e devido à possibilidade de ele ficar muito exposto ao ser sabatinado apenas por integrantes da oposição.

Diante da desistência de Guedes na semana passada, a oposição apresentou um requerimento de convocação do ministro, o que tornaria a sua presença obrigatória e representaria um desgaste ao governo, mas recuou após um acordo para que Guedes comparecesse nesta quarta à CCJ.

A decisão de Paulo Guedes de não ir à CCJ na terça-feira da semana passada ocorreu em meio a uma crise política entre Legislativo e Executivo, com a troca pública de farpas entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O acirramento da relação entre os dois chefes de poderes assustou os mercados, fazendo o dólar disparar e a bolsa de valores cair.

Diante do apelo de aliados, Bolsonaro e Maia deflagraram uma trégua na última quinta (28), quando o presidente da República anunciou que a crise com o deputado do DEM era “página virada”.

Tramitação

Enviada em fevereiro ao Congresso, a reforma está na primeira etapa da tramitação. Na CCJ, os deputados analisarão se a proposta do governo Jair Bolsonaro está de acordo com a Constituição.

Veja como será a tramitação da reforma da Previdência
Caberá ao relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), apresentar um parecer que será votado pelo colegiado.

Se aprovada, a reforma seguirá para uma comissão especial, responsável por analisar o mérito (conteúdo) do texto. Em seguida, a proposta será votada no plenário da Câmara, onde precisará dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados, em dois turnos de votação.

A reforma é considerada pela equipe econômica como medida prioritária para a recuperação das contas públicas.

BPC

Durante audiência, Guedes também respondeu a questionamentos de parlamentares sobre a mudança prevista na proposta de reforma da Previdência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma das mais criticadas no texto do governo.

O benefício, que hoje equivale a um salário mínimo, é pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de se sustentar e nem de ter auxílio da família. Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 1/4 do salário-mínimo vigente.

A proposta de reforma da Previdência do governo estabelece o pagamento de um valor menor de BPC, de R$ 400, a partir dos 60 anos. Se esse idoso não tiver o tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos, quando então terá direito a receber integralmente o BPC.

Diante das críticas a essa mudança, Guedes disse aos parlamentares que eles podem alterar ao texto para que preveja, por exemplo, a opção de o idoso escolher entre receber o valor menor de BPC a partir dos 60 anos ou o valor cheio a partir dos 65 anos.

O ministro também negou que o governo tenha a intenção de “pegar o dinheiro de quem não tem” para resolver o problema do déficit da Previdência, referindo-se à população de baixa renda.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Só não é com a turma iniciativa privada, ele mesmo disse que a média é de R$ 1.400,00 da privada. Essa reforma só deveria ser com os servidores publicos e militares.

  2. Claro imbecil, o senhor mesmo mandou cortar o orçamento do MEC. Para os banqueiros o pagamento continua em dia.

  3. Como se Paulo Guedes e os tubarões do mercado financeiro estivessem preocupados com a educação do povo brasileiro……

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Política

‘A boa reforma é a aprovada’, afirma Bolsonaro sobre a Previdência, ainda pedindo que proposta não seja ‘desidratada’

Foto: Alan Santos/PR – 11.03.2019

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (13), em café com jornalistas no Palácio do Planalto, que confia na aprovação da reforma da Previdência ainda no primeiro semestre. Ele admite que podem acontecer mudanças na proposta inicial.

“Alguma coisa vai ser mexida para aprovar. A boa reforma é a aprovada”, disse. Quando perguntado sobre quais podem ser as mudanças do texto da reforma, o presidente preferiu não entrar em detalhes.

No primeiro café com jornalistas, que aconteceu na semana passada, o presidente chegou a sugerir a mudança de idade mínima das mulheres de 62 para 60 anos.

Jair Bolsonaro defendeu que não sejam feitas mudanças muito grandes no texto inicial. “Não pode ser a reforma desidratada da Argentina. O Brasil entra em colapso em dois, três anos, assim como a Grécia e Portugal”, afirmou.

O presidente está otimista de que a reforma será aprovada nas duas Casas, Câmara e Senado, ainda no primeiro semestre deste ano. A avaliação dele é que no Senado o cenário será mais favorável.

“No Senado, vai ser mais fácil porque ali há muitos ex-governadores que sabem a importância da reforma da previdência. Devemos até ter votos do PT”, disse.

Durante a conversa com jornalistas, o presidente também falou que pretende mudar o embaixador do Brasil em Washington depois da viagem que fará aos Estados Unidos para encontrar o presidente Donald Trump. “Será trocado com certeza porque não está vendendo uma boa imagem do Brasil no exterior”, confirmou o presidente. Entre os temas que irá tratar com o presidente norte-americano, Bolsonaro adiantou a bitributação e a base de Alcântara, no Maranhão.

O presidente disse ainda que espera agilidade nas investigações sobre o esquema de candidaturas laranjas do PSL envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

“Assim que tiver o primeiro parecer da Polícia Federal e ficar comprovada qualquer irregularidade, eu vou chamar meus ministros, e o General Augusto Heleno, e vamos tomar uma decisão. Não podemos deixar sangrar o governo”, disse Bolsonaro.

R7

 

Opinião dos leitores

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Política

Previdência: em duas semanas, reforma poderá ser aprovada na CCJ

A CCJ da Câmara deverá ser instalada na próxima semana.

O deputado Felipe Francischini, favorito para presidir a comissão, acredita que a reforma da Previdência poderá ser votada ali em até duas semanas, ou seja, no mais tardar na última semana de março.

A aprovação na CCJ é apenas o primeiro passo da tramitação da reforma.

O Antagonista

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Política

Reforma é fundamental para Previdência não quebrar e será ‘justa e para todos’, diz Bolsonaro em pronunciamento; veja íntegra

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em um pronunciamento exibido nesta quarta-feira (20) na TV que a reforma da Previdência Social é fundamental para o sistema não quebrar. Disse também que a mudança será “justa” e “para todos”.

Mais cedo, nesta quarta, Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata das mudanças no sistema previdenciário.

“Hoje, iniciamos o processo de criação de uma nova Previdência. É fundamental equilibrarmos as contas do país para que o sistema não quebre, como já aconteceu com outros países e em alguns estados brasileiros”, afirmou.

Entre outros pontos, a PEC prevê:

De acordo com o presidente, é preciso garantir que todos recebam a aposentadoria “em dia” e que o governo consiga ampliar a capacidade de investir na melhoria da qualidade de vida da população.

“A nova Previdência será justa e para todos, sem privilégios”, destacou.

Tramitação

Entregue ao Congresso nesta quarta, a proposta começará a tramitar na Câmara dos Deputados.

Pelas regras regimentais, o texto passará primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisará se a proposta fere algum princípio constitucional. Nessa etapa, não é analisado o mérito da reforma.

Em seguida, se a CCJ aprovar a constitucionalidade, será criada uma comissão especial de deputados para discutir, então, o mérito da proposta.

Se for aprovada na comissão especial, a PEC seguirá para votação no plenário da Câmara, onde precisará do apoio mínimo de três quintos dos deputados (308 dos 513), em dois turnos de votação.

Se for aprovada, a PEC seguirá para análise do Senado.

Íntegra
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento do presidente:

Boa noite!

Estamos determinados a mudar o rumo do nosso país. Nossos objetivos são claros: resgatar a nossa segurança, fazer a economia crescer e servir a quem realmente manda no país, a população brasileira. Sendo assim, ontem encaminhamos ao Congresso um pacote anticrime.

E hoje iniciamos o processo de criação de uma nova Previdência. É fundamental equilibrarmos as contas do país para que o sistema não quebre, como já aconteceu com outros países e em alguns estados brasileiros.

Precisamos garantir que, hoje e sempre, todos receberão seus benefícios em dia e o governo tenha recursos para ampliar investimentos na melhoria de vida da população e na geração de empregos. A nova Previdência será justa e para todos. Sem privilégios.

Ricos e pobres, servidores públicos, políticos ou trabalhadores privados, todos seguirão as mesmas regras de idade e tempo de contribuição. Também haverá a reforma dos sistemas de proteção social dos militares.

Respeitaremos as diferenças, mas não excluiremos ninguém. E com justiça: quem ganha mais, contribuirá com mais, quem ganha menos, contribuirá com menos ainda.

Quero lembrar que, hoje, os homens mais pobres já se aposentam com 65 anos e as mulheres com 60, enquanto isso, os mais ricos se aposentam sem idade mínima. isso vai mudar.

A nova Previdência fará a equiparação e as pessoas de todas as classes vão se aposentar com a mesma idade. Mas isso não ocorrerá do dia para a noite. Estão previstas regras de transição para que todos possam se adaptar ao novo modelo.

No tocante aos direitos adquiridos, todos estão garantidos, seja para quem já está aposentado ou para quem já completou os requisitos para se aposentar.

Também fazem parte da nova Previdência o combate às fraudes e medidas de cobrança aos devedores da Previdência.

Os projetos seguiram hoje ao Congresso Nacional para um amplo debate social sob o comando dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Nós sabemos que a nova Previdência exigirá um pouco mais de cada um de nós. Porém, é para uma causa comum: o futuro do nosso Brasil e das próximas gerações.

Estou convicto que nós temos um pacto pelo país, e que juntos, cada um com sua parcela de contribuição, mudaremos nossa história, com mais investimentos, desenvolvimento e mais empregos.

Meu muito obrigado!

G1

 

Opinião dos leitores

  1. E é sempre assim na política brasileira, uma coisa se sobrepondo a outra para o povo esquecer….!!!!

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