Polícia

Com dificuldade de locomoção, delegado baleado por modelo em SP se trata em casa; morte é apurada

Fotos: Reprodução

Depois de 13 dias internado no Hospital estadual Mário Covas, em Santo André, o delegado paulista Paulo Bilynskyj, de 33 anos, recebeu alta e continua em casa os trabalhos de reabilitação e fisioterapia e o tratamento com antibióticos. Paulo foi atingido por seis disparos dados pela namorada, a modelo gaúcha Priscila Delgado, de 27, na manhã do último dia 20. Um dos tiros lhe deixou com dificuldades de locomoção.

De acordo com a advogada do delegado, Priscila Silveira, ele está recebendo ajuda do pai e do irmão. Paulo foi baleado na mão, fígado, tórax e bacia, e passou por cirurgias. No hospital, ele gravou em vídeo sua versão para o que aconteceu entre os dois. “Ontem [terça-feira, dia 20], Priscila, minha namorada, viu uma mensagem de antes de ela ir para minha casa. Hoje [quarta-feira], antes de eu sair do banho, ela deu seis tiros em mim. Depois deu um tiro nela mesma”, disse Paulo, que apareceu deitado numa maca nas imagens.

Priscila chegou ao hospital com um tiro no peito, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois. Ela não chegou a prestar depoimento. De acordo com investigações da Polícia Civil, o casal se conheceu em dezembro do ano passado e foi morar junto, no apartamento do rapaz, em São Bernardo do Campo, em abril. Eles estavam com casamento marcado para a noite desta sexta-feira (5).

O inquérito apura se os dois teriam iniciado uma discussão e, no auge da briga, furiosa, a modelo teria atirado seis vezes contra o delegado. Sobre a perfuração que atingiu Priscila, há a possibilidade de ela ter se matado ou de Paulo ter feito o disparo. A perícia feita no apartamento teria mostrado que a bala que matou a modelo não partiu da arma que estava perto do seu corpo. Ao analisar o trajeto do projétil, os peritos acreditam que a versão sobre o suicídio da modelo é pouco factível.

Em mensagens trocadas entre ele e a sua ex-namorada na véspera do crime, o policial revela pavor da modelo. Na conversa, ele diz a Juliana Trovão que terminou o namoro com a modelo naquele instante e relata o desdobramento da situação. O delegado assume que está com “muito medo” de ela fazer “algo errado” e relata ainda que Priscila está chorando muito. Como resposta, Trovão diz que não conseguiria dormir ao lado dela com tantas armas no apartamento. O delegado responde ter pedido para a namorada dormir em um hotel, mas que ela se recusava a sair.

Ele então, segundo as mensagens, diz que vai dormir no quarto de hóspedes, onde estão as armas da casa. Trovão o aconselha a trancar a porta. Nas primeiras horas da manhã do dia seguinte, ele mandou outra mensagem a Trovão contando que a namorada poderia estar grávida. “O que eu faço?”, perguntou o delegado. “Sai de casa!”, respondeu a ex-namorada. Bilynskyj não chegou a ver essa mensagem porque foi alvejado pela modelo.

Além de delegado, Paulo é instrutor de tiro e faz sucesso na internet com vídeos e fotos de operações policiais em suas redes sociais. Um de seus canais tem 350 mil inscritos. Em algumas fotos pessoais na web, Priscila também aparece empunhando armas. A pistola, que teria sido usada no crime, foi periciada e apreendida, juntamente com mais quatro armas (outra pistola, um fuzil, uma metralhadora e uma espingarda) e munições.

Época – Globo

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Diversos

Quarentena em SP é prorrogada por 15 dias com flexibilização progressiva em diferentes regiões do estado; veja plano de retomada da economia a partir de 1º de junho

Plano do governo de São Paulo para flexibilização da quarentena no estado — Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

O governo de São Paulo anunciou, no início da tarde desta quarta-feira (27), a prorrogação da quarentena no estado por 15 dias, com flexibilizações progressivas, que serão feitas levando em conta as características de cada município.

“Estamos anunciando a retomada consciente a partir do dia primeiro de junho. A partir do dia 1º de junho, por 15 dias, manteremos a quarentena, porém, com uma retomada consciente de algumas atividades econômicas no estado de São Paulo”, disse o governador João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital.

O plano, denominado pelo governo como “retomada consciente”, prevê cinco etapas. As regiões serão classificadas em fases de acordo com os critérios definidos pela secretaria estadual da Saúde e pelo Comitê de Contingência para Coronavírus.

“Ela será possível nas cidades que tiverem redução consistente do número de casos, disponibilidade de leitos em seus hospitais públicos e privados e estiverem obedecendo o distanciamento social nos ambientes públicos, além da disseminação e do uso obrigatório de máscaras”, afirmou Doria.

A cidade de São Paulo vai se enquadrar na cor laranja do novo modelo de quarentena do estado. A definição estabelece que setores da economia que desejam a reabertura devem apresentar planos com protocolos para a Prefeitura. Caberá à gestão municipal definir quem e quando poderá reabrir.

A regiões serão avaliadas periodicamente de acordo com os indicadores de saúde, verificando se cumprem os critérios para avançarem a uma fase de maior relaxamento a cada 14 dias ou voltar para uma fase mais restrita a cada 7 dias (ou imediatamente, caso haja evidência da piora da situação).

Taxa de isolamento, número de casos da doença e taxa de ocupação dos leitos de UTI são os principais critérios.

Pelo plano, só poderão iniciar a retomada das atividades:

As cidades que tiverem taxa de isolamento de pelo menos 55%;

As cidades que tiverem redução no número de novos casos por 14 dias seguidos;

As cidades que mantiverem ocupação nos leitos de UTI inferior a 60%.

Com manutenção do distanciamento social nos ambientes públicos

Uso obrigatório de máscaras

Mortes e casos

O estado de São Paulo chegou a 6.423 mortes causadas pelo novo coronavírus, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde divulgado nesta terça-feira (26). Foram confirmadas 203 mortes em 24 horas.

Há 86.017 pessoas com diagnóstico de Covid-19 no estado. Das 645 cidades de São Paulo, 511 têm pelo menos um caso confirmado e 244 ao menos um óbito causado pela doença.

Os pacientes hospitalizados chegaram a 12,2 mil internados nesta terça. Desses, 4.779 estão na UTI e 7.506 em leitos de enfermaria. 17.589 altas de pacientes que tiveram confirmação da doença já tiveram alta dos hospitais de São Paulo.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Os jacarés governistas a partir de agora irão abrir as pernas, saiu o que eles tanto queriam, a grana do governo federal, agora é só meter a mão e fazer a farra particular.

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Economia

SP deve anunciar nesta quarta plano de reabertura do comércio com início a partir de 1º de junho

FOTO: ROGÉRIO CAPELA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador João Doria deverá anunciar amanhã (27) novas regras de isolamento social e um plano para a retomada gradual das atividades econômicas no Estado de São Paulo, com início já a partir da próxima segunda-feira (1°).

A proposta será implementada após antecipações de três feriados municipais e estadual (Corpus Christi, Consciência Negra e Revolução Constitucionalista), que resultaram em seis dias seguidos de circulação reduzida, entre quarta-feira passada e ontem – na sexta foi ponto facultativo.

Ontem, em entrevista à GloboNews, Doria afirmou que planeja uma “quarentena inteligente”, não homogênea, que “levará em consideração toda a regionalização de São Paulo, do interior, da capital e da região metropolitana”.

As regiões devem ser avaliadas periodicamente segundo indicadores de saúde, para se verificar o cumprimento dos critérios e assim avançar a uma fase de maior relaxamento. Taxa de isolamento, número de casos da doença e taxa de ocupação dos leitos de UTI devem ser alguns dos critérios, conforme já anunciado pelo governo paulista.

Segundo dados obtidos pela GloboNews, a proposta deve ser executada em quatro etapas. Na primeira fase poderiam reabrir estabelecimentos comerciais e de serviços com área de venda até 400 metros quadrados. Na segunda fase, reabririam lojas maiores; na terceira, setor hoteleiro e, na quarta, outras atividades, de acordo com a reportagem. No entanto, o governo de São Paulo divulgou nota afirmando que esse detalhamento tem informações “equivocadas”, citando os hotéis, ” que nunca tiveram fechamento decretado”. Segundo o governo, o detalhamento correto do plano será divulgado em entrevista coletiva às 12h desta quarta (27), no Palácio dos Bandeirantes.

Yahoo, com Valor

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Saúde

Sistema carcerário registra 22 óbitos por covid-19 em São Paulo; dez agentes penitenciários e 12 internos

Foto: Márcio Neves/R7

O sistema prisional do estado de São Paulo registrou 22 mortes por covid-19, sendo dez agentes penitenciários e 12 internos, desde o início da pandemia. Foram confirmados 30 casos entre os presos e 54 casos entre os servidores. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

De acordo com a secretaria, os internos com suspeita de covid-19 são isolados e, quando considerados casos confirmados, mantidos na enfermaria durante o período de tratamento. Os agentes penitenciários são afastados do trabalho.

A secretaria informou ainda que as unidades prisionais passaram a exigir o uso de máscaras de proteção reutilizáveis, além de suspender atividades coletivas, alternar horários de alimentação no refeitório, intensificar a limpeza das áreas e restringir a entrada de pessoas. Outra medida adotada foi a distribuição de produtos de higiene como álcool em gel e sabonete.

R7

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Polícia

Delegado instrutor de tiro é baleado e namorada morre durante briga em apartamento em SP; prédio é o mesmo onde Lula tem imóvel considerado sua residência principal

Imagem: Arquivo pessoal

Um delegado foi baleado e uma modelo morreu baleada na manhã desta quarta-feira (20) dentro de um apartamento em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O homem, de aproximadamente 33 anos, foi socorrido em estado grave a um hospital, onde estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A mulher, com cerca de 27 anos, não resistiu e faleceu.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou por meio de nota que a Corregedoria da Polícia Civil irá apurar as causas e circunstâncias do que ocorreu dentro do imóvel onde o delegado e a modelo estavam. A pasta ainda não tinha a confirmação dos nomes das vítimas.

Policiais ouvidos pela reportagem ainda tentam entender o que aconteceu no apartamento. Informações preliminares obtidas pela investigação, mas ainda não confirmadas, são de que o delegado e a modelo teriam discutido, depois ela teria atirado nele e se matado em seguida. Outras hipóteses também estão sendo apuradas.

Inicialmente, policiais que atenderam a ocorrência tinham dito à imprensa que as vítimas eram um delegado e uma delegada. A informação foi corrigida.

 G1

Opinião dos leitores

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Saúde

Com 324 mortes em 24h, SP bate recorde e ultrapassa 5 mil óbitos

Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

O estado de São Paulo registrou 324 novas mortes por coronavírus em 24 horas, o maior número diário desde o início da pandemia. Com os novos registros, o estado ultrapassou 5 mil mortes por Covid-19 nesta terça-feira (19), segundo a Secretaria Estadual da Saúde. O aumento é de 7% em relação ao dia anterior.

No total, já são 65.995 casos confirmados da doença no estado, sendo 2.929 novos registros nas últimas 24 horas. O valor representa aumento de 5% em relação ao dia anterior.

O número de registros diários costuma ser maior em dias do meio da semana, uma vez que os municípios trabalham com equipes reduzidas aos finais de semana e feriado, o que atrasa as notificações no sistema.

No entanto, o maior pico antes alcançado em 24 horas no estado foi de 224 novas mortes, no dia 28 de abril. Embora a média tenha se aproximado dos 200 em vários dias seguintes, o valor diário nunca havia ultrapassado a casa dos 300.

No sábado (16), o estado de São Paulo passou a China em número de mortos. Se fosse um país, o estado seria o 13º com mais mortes, à frente da Turquia, Suécia e Índia.

Total de mortes: 5.147
Novas mortes em 24 horas: 324 (+7%)
Total de casos: 65.995
Novos casos em 24 horas: 2.929 (+5%)

“Nós [Brasil] ultrapassamos o Reino Unido [em número de mortes]. Hoje nós somos o terceiro [no mundo] em número de casos e o sexto em número de mortes. Estamos disputando agora o segundo lugar com a Rússia. Estamos perdendo essa batalha contra o vírus, essa é a realidade. O vírus neste momento está vencendo a guerra”, afirmou o coordenador do Centro de Contingência do estado, Dimas Covas.

Para tentar aumentar o isolamento social e conter o avanço da doença, a Prefeitura de São Paulo antecipou feriados municipais para criar um “feriadão” nesta semana. O governo do estado também tenta antecipar o feriado de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25) para ampliar ainda mais o período.

“Os dias que se seguem, na minha visão, não são feriados, são dias de luta, dias de batalha intensa contra o vírus. A população tem papel fundamental nessa batalha. Se ela demonstrar que é possível que os índices de isolamento aumentem a valores próximos de 60%, ela estará demonstrando que nós podemos reverter essa luta. Nós estamos perdendo, nós podemos passar a um equilíbrio e eventualmente nós podemos começar a vencer”, afirmou Dimas Covas.

Segundo o coordenador, os números mostram que a epidemia ainda está em curva de crescimento no estado e no Brasil.

Leitos de UTI

Segundo o governo estadual, há nesta terça-feira (19) 9,5 mil pacientes internados na rede hospitalar do estado com confirmação ou suspeita de Covid-19. São 3.659 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 5.902 em leitos de enfermaria.

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 71,4% no estado e 88% na Grande São Paulo. Na cidade de Sã Paulo, no entanto, alguns hospitais já atingiram a capacidade máxima.

O número de cidades do estado com registros da doença mais que dobrou no último mês. Em 18 de abril, havia um ou mais casos em 225 cidades do estado e 90 municípios registravam pelo menos uma morte. Hoje, são 467 e 214, respectivamente.

Mais de mil pessoas morreram em decorrência do coronavírus na última semana no estado de São Paulo. No domingo (17), o total era de 4.782 óbitos, contra 3.709 no último domingo (10). Neste sábado (16), São Paulo havia superado o número de mortos da China.

São Paulo já tem mais casos do que o México, Bélgica, China e Arábia Saudita. O Brasil ocupa a quarta posição do mundo em número de casos. Deve superar o Reino Unido entre esta segunda-feira (18) e terça-feira (19) e ir para o segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Em relação a mortes é o sexto país no ranking.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Cadê o protocolo cabo de guerra da Dra Elmara do hospital Sírio Libanês em São Paulo sumiu da imprenssa, o quê aconteceu?

    1. E daí cidadão (com medo de mostrar o nome) pusilânime, o presidente se equivocou na declaração. Mas, muito pior foi a do secretário da Saúde do RN, que fez uma prévia de 11.000 mortes pelo Covid 19 no Estado e você não se escandalizou. Tira um fino aí…

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Saúde

Baile funk reúne multidão em meio a quarentena no litoral de SP

Foto: G1 Santos

Um pancadão de mais de sete horas de duração, realizado na madrugada desta segunda-feira (18), perturbou moradores de São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo testemunhas, a Polícia Militar foi acionada para fiscalizar o evento, no entanto, nenhuma equipe compareceu ao local.

Conforme apurado pelo G1, o evento começou na noite do último domingo (17), por volta das 21h, na Rua Vale do Pó, no bairro Vila Margarida. O pancadão é um termo usado para se referir a festas e bailes em que é tocado funk em alto volume.

Segundo uma moradora, que prefere não se identificar, dezenas de pessoas começaram a se aglomerar, sem proteção, logo após o começo da festa. “Teve um carro e uma caixa de som e muita gente na rua. Nunca tinha acontecido isso por aqui. Cheguei a chamar a polícia e disseram que já tinha 15 denúncias do baile, mas nenhuma viatura apareceu. Ninguém que precisava conseguiu dormir aqui na rua hoje”, relata.

Além do barulho, moradores também flagraram os participantes aglomerados e sem a máscara de proteção facial, contrariando as recomendações sanitárias do combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, já durante a manhã, embalagens e lixo espalhados pela rua.

“É uma falta de respeito. Tenho uma criança de dois anos e a minha mãe, que é idosa, em casa, e ninguém conseguiu dormir hoje, só acabou 4h, quando eu levantei para trabalhar. Ainda deixaram essa sujeira. Quem vai limpar tudo isso? E como a polícia não foi, eles vão achar que podem continuar a fazer esses bailes”, conta a testemunha.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente informa que a Guarda Civil Municipal não interfere neste tipo de ocorrência, que, normalmente, é atendida pela Polícia Militar. A Secretaria de Comércio, Indústria e Negócios Portuários (Secinp) informa que não recebeu qualquer denúncia em relação ao referido baile funk. A Secinp também ressalta que seus fiscais vêm atuando diuturnamente em diversas frentes, inclusive em denúncias sobre bailes funks.

O G1 também questionou a Polícia Militar a respeito das denúncias, no entanto, não obteve resposta até a última atualização desta matéria.

G1

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Coronavírus: mortes entre crianças, jovens e adultos crescem mais que a de idosos em SP, destaca UOL

Foto: Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

O mês de abril marcou uma mudança na faixa etária das vítimas do novo coronavírus no estado de São Paulo. A despeito da concentração ainda predominante nas pessoas com mais de 60 anos, as mortes de crianças, jovens e adultos cresceram proporcionalmente mais do que os óbitos entre idosos no período de um mês.

Entre 11 de abril e 11 de maio, o número de mortes entre pessoas com mais de 60 anos passou de 460 para 2.739, um aumento proporcional de seis vezes. Entre as crianças, jovens e adultos, subiu de cem óbitos há um mês para 1.004 vítimas na última segunda-feira (11) — aumento de dez vezes.

Até o começo de abril, nenhuma criança havia morrido em decorrência da covid-19; um mês depois, são quatro crianças vítimas da doença, a última delas de 4 anos em Francisco Morato (Grande São Paulo).

A maior incidência da covid-19 nas periferias explica o aumento da mortalidade entre os mais jovens, conforme médicos ouvidos pelo UOL.

“A pandemia chegou onde a densidade populacional é muito grande, onde é impossível fazer distanciamento. Aquela premissa de que o jovem vai bem e os velhos vão morrer pode fazer sentido nos países europeus, mas não em um país subdesenvolvido que conta com um dos maiores índices de desigualdade no mundo”, observa o médico infectologista Caio Caio Rosenthal.

Com informações do UOL

Opinião dos leitores

  1. Doido é quem se arrisca a pegar essa doença nova q ninguém conhece e nem sabe as consequências em quem pegou

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Saúde

Governo de SP prorroga quarentena até 31 de maio

Índice de isolamento social diminuiu na região de Campinas, diz Estado — Foto: Reprodução / EPTV

O governador João Doria (PSDB) prorrogou a quarentena em todo o estado de São Paulo até o dia 31 de maio. O anúncio foi feito no início da tarde desta sexta-feira (8) em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista.

“Teremos que prorrogar a quarentena até o dia 31 de maio. Queremos, sim, em breve, juntos poder anunciar a retomada gradual da economia como, aliás, está previsto no Plano São Paulo. A experiência de outros países, e nós temos utilizado essas experiências aqui, mostra claramente o colapso da saúde e, quando isso acontece, paralisa tudo”, disse Doria.

Doria defendeu que a flexibilização das medidas restritivas, neste momento, prejudicaria não apenas o sistema de saúde, mas também a própria recuperação econômica do estado.

“Na região metropolitana [registramos] um aumento de 760% em apenas 30 dias. Em um mês, 760%. Estamos todos atravessando o pior momento desta pandemia. Só não reconhece, vê, percebe, aqueles que estão cegos pelo ódio ou pela ambição pessoal. Autorizar o relaxamento agora seria colocar em risco milhares de vidas, o sistema de saúde e, por óbvio, a recuperação econômica”, afirmou.

Com a decisão, permanecem autorizados a funcionar apenas serviços essenciais. A ampliação do isolamento se deve ao aumento do número de casos e mortes em razão do coronavírus.

Atualmente, são 3.416 óbitos confirmados por exame laboratorial, um aumento de 7% em relação aos números de quinta-feira (7). O número de casos confirmados no estado é de 41.830, valor 5% superior ao registrado na quinta.

“O medo é o pior conselheiro da economia, prejudica o consumo, afugenta investimentos e ataca os empregos. A quarentena, felizmente, está salvando vidas em São Paulo e em outros estados brasileiros. Pessoas que poderia ter adoecido e falecido estão em vida e agradecendo por estarem vivendo e convivendo com seus familiares e desfrutando ainda a vida”, defendeu o governador, durante anúncio feito nesta tarde.

O governo buscava entre 50% e 60% para iniciar a flexibilização da quarentena, mas as autoridades de saúde apontam que a taxa ideal seria de 70%. O estado nunca chegou ao valor ideal, sendo as maiores taxas de 59% sendo registradas apenas em domingos.

Nas últimas 24 horas, dez novas cidades do estado registraram casos de coronavírus. A propagação cresce quatro vezes mais rapidamente nas cidades do interior e do litoral do que na Grande São Paulo, segundo dados do governo.

A administração estadual acredita que até o final de maio, todas as 645 cidades do estado terão casos confirmados da doença.

A razão da crise econômica é a pandemia, e não o contrário, defendeu o secretário estadual da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles. “O isolamento social, distanciamento, que estamos chamando de quarentena, ele tem como finalidade é combater o mais eficazmente possível a contaminação e, consequentemente, beneficia a economia”, disse o secretário.

O coordenador da plataforma de testes para coronavírus, Dimas Covas Tadeu disse que o relaxamento do isolamento social só será possível mediante redução sustentada de novos casos pelo período de 14 dias, como foi feito pelos EUA, Alemanha, Áustria e Nova Zelândia, além de taxa ocupação de leitos de UTI inferior a 60%.

Com G1

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Diversos

Crônica de SP: um mundo sem bar

Não tem nada a ver com porres, ressacas ou qualquer comportamento autodestrutivo; bar é a celebração da vida, do amor, da inteligência e do companheirismo

Eu não quero viver em um mundo sem bar. Não sei qual vai ser o novo normal depois do fim da quarentena, mas, definitivamente, não quero viver em um mundo sem bar.

Não é pelo álcool, acreditem. Se fosse só por beber, ficaria em casa com meu estoque de garrafinhas. Não tem nada a ver com porres, ressacas ou qualquer comportamento autodestrutivo.

Ao contrário, amigos. Bar é a celebração da vida, do amor, da inteligência e do companheirismo. No final da linha evolutiva traçada por Darwin, podem apostar, o que se vê é um homem sentado no balcão de um bar, tomando sua cervejinha em paz.

Sem bar, o que nos resta é o meteoro (ou a pandemia).

Bar é igreja, startup, salão de beleza, consultório psiquiátrico, UTI, SUS, ONU, OMS… Bar é meio ambiente, Ministério da Cultura, Economia, Educação, Justiça e Direitos Humanos.

O bar é a arena das nossas maiores emoções. Bar é o consolo de quem perdeu. O pódio dos campeões. E o olimpo de quem não quer competir.

Sou um sujeito adaptável. Posso viver sem muitas coisas. Abro mão de quase tudo que possa resultar na aglomeração de seres humanos e, consequentemente, facilitar a disseminação da nojenta da covid-19. Ou seja, estádios de futebol, festivais de música e clubes de swing não mais contarão com a minha presença pelo tempo determinado pelas autoridades.

Mas um mundo sem bar é um mundo pior.

É um mundo sem happy hour, sem aquela olhadinha para o relógio perto do fim do expediente, sem a gravata frouxa e torta no pescoço, sem aquele suspiro de alívio ao se aboletar em um banco e encostar os cotovelos no balcão.

Um mundo sem balcão de bar é um mundo muito pior. É um mundo sem a nossa tábua de salvação, sem a lousa em que rabiscamos projetos, fugas e desastrados sonetos de (des)amor.

Eu não quero viver em um mundo sem bolovo, shot de Cynar, caipirinha, dry martini ou negroni. Não quero viver em um mundo sem amendoim, porção de azeitona ou pururuca. Eu não quero viver em um mundo sem saideira. Eu não quero viver em um mundo em que eu não possa desenhar no ar aquele gesto universal que, em qualquer idioma, significa “fecha a conta, por favor”.

Um mundo sem bar é um mundo sem as melhores pessoas. Como deve ser ruim um mundo em que nenhum garçom nos chame pelo nome, em que nenhum bartender saiba qual o nosso coquetel preferido, em que nenhuma musa nos lance um olhar de desprezo ao deixar o recinto com o cara errado.

Um mundo sem bar é um mundo sem empatia. É um mundo sem amor ao próximo. É um mundo de indiferença. Um mundo cheio de “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.

Vai por mim! Mesmo que esse próximo esteja na mesa ao lado falando bobagens, contando mentiras ou piadas ruins, ele também será digno desse sublime amor de bar. Mesmo que seja um mala, um inconveniente, alguém exaustivamente alegre ou infeliz como um cactos, ele sempre será digno do infinito amor de bar.

No bar, todo desconhecido ganha um voto de confiança imediato. Todo estranho confirma Rousseau – e é bom por natureza.

O bar é a nossa maior invenção. É a nossa alma coletiva. Nosso colo de mãe. Bares funcionam como postos de abastecimento da humanidade.

– Enche aí meu coração com sua melhor gasolina aditivada de alma.

Um brinde, saúde!

Eu não quero viver em um mundo sem bar.

Quando tudo isso passar, vou sair de casa e ir direto para um balcão. Quem puder que me siga.

Colunista Gilberto Amendola – Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. O problema, Gilberto, é que isso vai demorar muito a passar e tem muita gente interessada nisso. Ah!, brilhante texto.

  2. Ótimo, parabéns ao Sr. Bruno Giovanni pelo brilhante texto, traduzindo a vontade/necessidade/pensamento de todo bom brasileiro. ???

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Saúde

São Paulo inicia bloqueios de avenidas para elevar taxa de isolamento

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo realizou nesta segunda-feira (4) os primeiros quatro bloqueios de avenidas, programados como ação de enfrentamento à covid-19, para desestimular a população a sair de casa. A previsão era de que os fechamentos de vias ocorressem na faixa horária de 7h às 9h, mas, de acordo com o órgão, poderão ser ampliados nos próximos dias, caso haja melhora no índice de isolamento social no município. Neste sábado (2), o índice foi de apenas 52%, quando o ideal é de 60% a 70%.

Nesta segunda-feira, os locais bloqueados foram os seguintes: Av. Moreira Guimarães (B/C) x Av. Miruna, na zona sul; Av. Santos Dumont (B/C) x Av. do Estado, na zona norte; Av. Radial Leste (B/C) x Rua Pinhalzinho, na zona leste; Av. Francisco Morato (B/C) x Rua Sapetuba, na zona oeste. A regra é que em todos os pontos se mantenha uma faixa livre para a circulação dos veículos.

Os bloqueios estão sendo organizados em trabalho conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). O monitoramento e a orientação do tráfego ficam a cargo da CET.

Também durante a manhã, das 7h às 9h, foram feitas duas blitzen educativas no cruzamento da Av. Dr. Vital Brasil (B/C) com a R. Camargo e na Av. João Paulo I (B/C) altura do n° 2.868, ambos os locais situados na zona oeste da capital. A ação contou com o apoio das secretarias municipais da Saúde (SMS), Mobilidade e Transportes (SMT) e Segurança Urbana (SMSU).

A prefeitura ainda divulgou recomendações para evitar a transmissão de covid-19. Confira:

– Se possível, fique em casa. O distanciamento social é ferramenta de prevenção e deve ser respeitado;
– Se precisar sair de casa, use máscara;
– Evite aglomerações ou locais pouco arejados;
– Cubra sempre a boca ao tossir (não utilizando as mãos, mas os braços);
– Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;
– Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca;
– Não compartilhe objetos de uso pessoal.

Agência Brasil

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Saúde

São Paulo registra recorde de mortes por coronavírus: 224 óbitos em 24 horas

Socorristas do Samu preparam cadáver de mulher idosa que morreu com suspeita de estar contaminada pelo novo coronavírus Foto: Yan Boechat

O estado de São Paulo registrou, nesta terça-feira, um novo recorde de mortes por coronavírus em apenas 24 horas. Segundo dados apresentados hoje pelo Centro de Contingência à Covid-19, de ontem para hoje foram acrescidos 224 novos óbitos em São Paulo, um aumento de 12% em relação a ontem, quando o estado tinha 1.825 mortes.

– Como não temos filas para realização de testes, isso significa que, de fato, os pacientes morreram por agora – explicou o secretário de Saúde, José Henrique Germann, em coletiva de imprensa.

O recorde anterior de mortes por Covid-19 havia sido registrado em 23 de abril, quando SP teve 211 óbitos em apenas 24 horas. Nesta terça-feira, o número de vítimas fatais em decorrência da doença chegou a 2.049. Há, ao todo, 24.041 casos confirmados em todo o estado, 2.345 a mais quando comparado ao número desta segunda-feira.

Outro dado preocupante, segundo o Centro de Contingência, é o fato de a Grande São Paulo ter atingido 81% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na enfermaria, a taxa é de 70%.

Em todo o estado, 61,6% das UTIs estão ocupadas por pacientes com Covid-19 e, nas enfermarias, a taxa é de 44,5%.

Geraldo Reple, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (ABC Paulista) e membro do Comitê de Contingência, também presente hoje na coletiva, disse que taxas de UTI superiores a 80% passam a ser “um dado de risco”.

– A taxa tem de ficar sempre abaixo desse número. Quando atinge 80%, o risco é muito aumentado. A média de permanência de um paciente com Covid-19 em uma UTI é de mais de 15 dias, o que quer dizer que em um leito de UTI eu coloco dois pacientes por mês. Se olharmos o número de leitos disponíveis hoje e a taxa de ocupação, estamos chegando em um nível altamente perigoso – alertou Reple.

Alerta amarelo

As autoridades de saúde também demonstraram preocupação com a relação entre aumento dos registros diários de mortes por coronavírus em São Paulo e queda na taxa de isolamento social.

– Não há dúvidas de que isolamento social menor gera mais casos. E casos a mais significam mortes a mais. Estamos trabalhando em alerta amarelo, a taxa de ontem foi de 48%. Mais uma vez, descemos abaixo de 50%, e isso é muito perigoso. Temos de reverter esse quadro, seja com estratégias mais contundentes. Isso depende do governador, junto com as decisões do Centro de Contingência – disse o secretário José Henrique Germann.

Na semana passada, o governador João Doria anunciou um plano para flexibilizar as medidas de restrição para o setor econômico a partir de 11 de maio. Segundo Doria, a retomada gradual de algumas atividades começará por regiões menos afetadas pela Covid-19.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Vendo os comentários chegamos que uma unica conclusão: No Brasil o vírus virou político.
    Não se fala em nome do povo, só tem foco o lado político, numa disputa irracional que não contribui em nada.
    Quem vai responder pelas mortes provocadas com a proibição do uso da cloroquina até 15 dias atrás?
    O remédio é usado a décadas no combate a virose semelhante a esse vírus, foi usado em outras crises, todos aprovaram e aceitaram o medicamento, menos agora. Coincidência? Não politicagem da pior espécie. Além do fato do medicamento poder ser fabricado por todos os laboratórios, pois a patente não existe mais.
    Outro fato, qual a razão de MG ter números muito menores que SP, RJ, AM e CE?

    1. Dr Venâncio . Qual a sua especialidade mesmo ? Com certeza deve ter dormido muito nas disciplinas de farmacologia . Quem foi que disse que houve proibição para o uso da CLORIQUINA ao doutor ? Quem foi que disse que esse medicamento é usado em viroses semelhantes ? Dr Venâncio criatura .

  2. Os brasileiros morrendo e a preocupação de Bolsonaro é livrar a cara junto a PF.
    Pense num grande patriota fuleragem

    1. bandido é assim mesmo, só defende bandido.. #forabozo

  3. Um número preocupante . O número crescente de mortes e a taxa de ocupação dos leitos . Essa pandemia no Brasil , teve uma característica peculiar . Atingiu as camadas mais elevadas da população primeiro e esses mesmos não acreditaram no que poderia vir a acontecer . Após os primeiros casos o trabalho muito bem feito do ministro Mandetta , consegui-o manter a situação sobre um certo controle . A preparação foi iniciada , mas só mesmo tempo o discurso irresponsável do Presidente , votei nele e me arrependo , fez com que a população descumpridor as regras . Ora ! Se o presidente , não acredita porque eu tenho que ficar em casa . Os números aumentaram de forma significativa . Após isso , vem o auxílio de 600 reais . Batata , povo na rua sem proteção e amontoado . Resultado ? Estamos vendo o início . Para piorar o Presidente , votei nele e me arrependo , andando com uma caixa de CLORIQUINA pendurada no focinho e o ministro astronáutico , dançando ao som de um remédio chamado ANNITA ( não confundir com a simpatia a é saliente cantora ) . Agora as primeiras Jabuticabas da idiotice , estão sendo colhidas . Uma realidade cruel e infeliz . Tamô junto .

    1. Antenado , tenho até uma foto fazendo arminha . Votei mesmo pode acreditar . Agora que estou arrependido estou . Fique tranquilo que é do uma questão de tempo . São 3 fase , A primeira de negação , as vezes demora a segunda é a de pesar essa é a pior depois vem a confirmação , aí tufo volta ao normal . Tamô junto

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Saúde

São Paulo registra recorde de 211 mortes por coronavírus em 24h e total sobe para 1.345 no estado

Testes para Covid-19 em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

O estado de São Paulo registrou o recorde de 211 novas mortes por coronavírus em 24 horas nesta quinta-feira (23) e o número total subiu para 1.345 desde o início da pandemia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Também já são 16.740 casos confirmados da doença no estado.

Isso não significa, no entanto, que as mortes aconteceram necessariamente de um dia para o outro, já que os dados precisam ser incluídos em um sistema e há a liberação de resultados de testes que foram realizados anteriormente. Na quarta-feira (22), o Governo de São Paulo anunciou que zerou a fila de 17 mil amostras represadas e que o processamento deve acontecer agora em até 48 horas.

Segundo a secretaria, 256 municípios têm pelo menos um caso confirmado da doença e 114 cidades já registraram pelo menos uma morte. A maioria das mortes ainda se concentra na capital, com 912 registros. No entanto, o número de óbitos cresceu 21 vezes no interior, litoral e outras cidades da Grande São Paulo. Balanço desta quinta aponta 433 mortes nessas regiões. No dia 1º de abril, eram apenas 20 mortes fora da cidade de São Paulo.

Há um aumento expressivo nas internações por Covid-19, com 7.003 suspeitos e confirmados nos hospitais de São Paulo – 2.807 internados em UTI e 4.196 em enfermaria. Na quarta-feira (22), o número total de internados por suspeita ou confirmação era de 6.163.

A taxa geral de ocupação nas UTI de hospitais públicos e privados do estado é de 55,3% (4.342 leitos) e na enfermaria de 37,4% (8.960 leitos). Já na Grande São Paulo, a taxa de ocupação de UTI é de 74% (2.469 leitos) e de 57,8% nas enfermarias (4.479 leitos).

Vários hospitais de referência já estão com o sistema sobrecarregado. A taxa de ocupação das UTIs dos hospitais mais procurados na Região Metropolitana varia entre 96% no Instituto Emílio Ribas e 89% no Hospital Mário Covas de Santo André.

Com G1

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Saúde

Estado de SP anuncia reabertura gradual das atividades econômicas a partir do dia 11 de maio

Foto: REUTERS/Leonardo Benassatto

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (22), a reabertura gradual da economia no estado a partir do dia 11 de maio. A medida de flexibilização do isolamento social devido ao coronavírus será feita em etapas, com autorizações específicas para cada região do estado.

“Numa pandemia como essa, quem determina os nossos passos são a saúde e a medicina. A saúde e a ciência e assim continuará a partir de 11 de maio, após o término da atual quarentena que vai até 10 de maio. Vamos levar em conta situações locais, regionais e setores que possam retornar a economia com as devidas medidas de proteção”, disse Doria.

Segundo Patrícia Ellen, secretária do Desenvolvimento Econômico, serão monitorados os leitos disponíveis nos hospitais por cada região, diariamente, para saber como as medidas restritivas serão afrouxadas. O monitoramento de leitos diários já é feito na cidade de São Paulo.

“Primeiro passo é segmentar os municípios de acordo com a situação da pandemia, capacidade do sistema de saúde. Nós receberemos da Saúde [secretaria] a definição de quais os critérios chave, meta de número de casos, quantidade de leitos, testes para sintomáticos e suspeitos. Aqui, vamos precisar de uma colaboração muito grande do setor privado da testagem massiva em grandes empresas, em grandes ambientes econômicos. Nos trabalharemos em conjunto para que as regiões sejam definidas por níveis de risco. Teremos três níveis de risco: zona vermelha, zona amarela e zona verde. Lembrando que hoje nós temos todas as regiões entre a vermelha e a amarela. Para estar na zona verde, nos precisamos alcançar um baixo número de casos, baixa ocupação de leitos de UTI, testes disponíveis para sintomáticos e suspeitos, e protocolos setoriais implementados”, afirmou ela.

A reabertura da economia após a quarentena foi batizada de “Plano São Paulo”. As autorizações para o funcionamento do comércio vão depender da situação específica de cada cidade ou região do estado, no entanto, não foram detalhados os estabelecimentos que poderão voltar a funcionar em 11 de maio.

“A regionalização é extremamente importante porque o país já é heterogêneo, o estado também e, com isso, a gente precisa ter essa regionalização devido aos fatores críticos em cada uma delas”, afirmou o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

De acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia, a economia do estado não ficou paralisada durante a quarentena e manteve 74% do seu funcionamento. “São Paulo não parou. Praticamente 74% da economia paulista funciona desde o primeiro dia da quarentena decretada no mês passado. A quarentena permitiu ao estado de São Paulo a preparação da rede de Saúde”, declarou.

A quarentena teve início no dia 24 de março nos 645 municípios do estado. Até as 17h desta terça-feira (21), São Paulo registrava 1.037 mortes pelo novo coronavírus e mais de 14 mil casos confirmados.

Algumas cidades do estado já publicaram decretos municipais para a flexibilização da quarentena e o governador de São Paulo condenou a medida. “Não é prudente, não é conveniente que nenhuma cidade do interior do estado de São Paulo rompa a quarentena antes do dia 10 de maio”, afirmou Doria.

Taxa de isolamento

A taxa de isolamento social em São Paulo foi de 57% nesta terça-feira (21). “Quero agradecer a população por ter atendido nosso apelo e este é um número bastante razoável e a nossa busca é estar sempre nesse índice acima de 50% podendo chegar a 60% em algumas regiões, felizmente, ultrapassamos a casa de 60%”, afirmou o governador.

Veja os municípios com isolamento acima de 50%:

São Sebastião, 67%
Ubatuba, 64%
Cruzeiro, 64%
Lorena, 63%
Caraguatatuba, 61%
Ribeirão pires, 61%
Itanhaém, 58%
São Vicente, 58%
Mairiporã, 58%
Caçapava, 58%
Cajamar, 58%
Caieiras, 58%
Bebedouro, 58%
Pindamonhangaba, 58%
Ibiúna 57%
Poá 57%
Itapecerica da Serra, 56%
Votuporanga, 56%
Piraçununga, 56%
Guaratinguetá, 56%

Quarentena até 10 de maio

Inicialmente, o término da quarentena estava previsto para o dia 22 de abril, mas foi prorrogado até o dia 10 de maio. Com taxa de isolamento abaixo do índice desejado, Doria disse que iria confiar na população. “Fechar estradas e rodovias não há nenhuma decisão nesse sentido. Nós respeitamos apenas as decisões locais de prefeituras de cidades turísticas em relação de limitar acesso durante os feriados prolongados e finais de semana apenas aos residentes e proprietários de casas”, disse na sexta-feira (17).

A medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.

A prorrogação da quarentena ocorreu devido ao número crescente de casos de contaminação e de mortes registradas, além do baixo índice do isolamento social da população, medida com o sistema de monitoramento que utiliza sinais de celulares para saber se as pessoas estão em casa e localizar aglomerações. O governo diz que a taxa ideal para tentar impedir o avanço da doença é de 70%.

G1

Opinião dos leitores

  1. "Plano São Paulo"….deveria ser "Plano Santa Catarina" pois lá foi implantado esse esquema de três níveis.
    Ctrl e Crtlv, né Doriman. Cuidado, nao esquece de mudar a assinatura do decreto.

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Saúde

Doria prorroga quarentena em SP até 10 de maio devido a pandemia de coronavírus

Vista da Avenida Paulista no feriado da Sexta-feira da Paixão, 10 de abril — Foto: Mister Shadow/Estadão Conteúdo

O governador João Doria (PSDB) anunciou a prorrogação da quarentena no estado de São Paulo por causa da pandemia de coronavírus até o dia 10 de maio. Essa já é a segunda prorrogação da quarentena que teve início no dia 24 de março nos 645 municípios do estado. O estado registra 853 mortes provocadas pela Covid-19 e 11.568 casos confirmados de contaminação.

“Até o dia 10 de maio, domingo, está prorrogada a decisão no estado de São Paulo, valendo a prorrogação para os 645 municípios do estado de São Paulo. A prorrogação foi amparada pelo Grupo de Contingência da Covid-19, um comitê médico composto por 15 membros, são especialistas, eles que orientam todas as decisões tomadas pelo governo do estado de São Paulo e também da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Doria.

O governador ressaltou que segue a ciência e as recomendações das autoridades sanitárias. “Há um mês, aqui em São Paulo, tínhamos a primeira morte. Hoje já são 853 mortes. Infelizmente, os casos estão em expansão”, declarou.

“Para reabrir o comércio e os serviços precisamos ter o sistema de saúde também em condições de atendimento para salvar vidas. Aqui não tomamos medidas irresponsáveis, precipitadas ou baseadas no achismo ou ideologia”, disse Doria.

O infectologista David uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, ressaltou a importância de observar a evolução do vírus em outros países. “Nós estudamos todos os cenários todos os dias desde o primeiro dia. O vírus é invisível. As pessoas tem a falsa impressão que ele não acontece na sua cidade. E não é assim que funciona. Nós não estamos inventando nada nos estamos tendo a oportunidade de aprender com quem nos antecedeu na pandemia. Eu fico surpreso que as pessoas não consigam entender o que já aconteceu. Olha o que aconteceu na Itália. Nós estamos tendo a oportunidade em nos antecipar. Não tem novidade, está acontecendo uma curva de ascensão menor e isso é graças as medidas que foram tomadas precocemente.”

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), fez um apelo para a população ficar em casa durante o feriado prolongado do dia 21 de abril, Dia de Tiradentes. “Por enquanto, o isolamento social é o melhor remédio que temos contra o coronavírus”, disse.

Covas ressaltou a lotação dos hospitais na capital paulista. “O vírus está se espalhando, já temos vítimas em todos os bairros e regiões da capital. Estamos abrindo novos leitos quase todos os dias. Ontem, 561 leitos foram entregues no Hospital de Campanha do Anhembi, mesmo assim hospitais estão ficando lotados apesar de todo esforço que a prefeitura está fazendo pra criação de novas vagas. Não vai adiantar se a população não seguir o que for recomendado”, disse.

O término da quarentena estava previsto para o dia 22 de abril. Apesar da taxa de isolamento estar abaixo do índice desejado, Doria disse que vai confiar na população e não anunciou nenhuma medida de endurecimento das regras da quarentena. “Fechar estradas e rodovias não há nenhuma decisão nesse sentido. Nós respeitamos apenas as decisões locais de prefeituras de cidades turísticas em relação de limitar acesso durante os feriados prolongados e finais de semana apenas aos residentes e proprietários de casas.”

A medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.

A prorrogação da quarentena ocorreu devido ao número crescente de casos de contaminação e de mortes registradas, além do baixo índice do isolamento social da população. Nesta quinta (16), o índice de isolamento foi de 49%, de acordo com o sistema de monitoramento que utiliza sinais de celulares para saber se as pessoas estão em casa e localizar aglomerações. O governo diz que a taxa ideal para tentar impedir o avanço da doença é de 70%.

Poderão continuar funcionando na quarentena:

(mais…)

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Saúde

Cloroquina passa a ser usada no tratamento de pacientes com coronavírus internados em hospitais da rede municipal de SP

Foto: Reprodução/TV Globo

O prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que os hospitais municipais de São Paulo vão passar a utilizar a cloroquina no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. O uso da cloroquina por pacientes infectados com o novo coronavírus ainda está em fase de testes e de estudos. Não há resultados conclusivos para as pesquisas com o medicamento, usado principalmente contra a malária.

“A Secretaria Municipal de Saúde introduziu no seu protocolo de tratamento contra a Covid-19 a cloroquina desde que haja prescrição médica e desde que haja consentimento do paciente ou da família”, afirmou o prefeito.

Covas determinou a compra de mais cloroquina para uso na rede pública. “Nós temos hoje 6 mil cápsulas a disposição, como cada paciente precisa de seis, portanto, medicamento para tratar mil pessoas internadas hoje nos hospitais municipais. Então, já determinei à Secretaria Municipal de Saúde que possa fazer aquisição mais dessas cápsulas pra que seja uma alternativa de tratamento. Ainda não é possível ser uma política pública porque nós ainda não temos pesquisas concluídas.”

Uso do medicamento

Apesar de as evidências em alguns estudos indicarem que a cloroquina pode funcionar em certos casos, há alertas sobre o risco de complicações causadas pela toxicidade da droga.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o uso da cloroquina combinado com o antibiótico azitromicina é uma das quatro combinações de medicamentos questão em fase de testes em 74 países e cujos resultados são monitorados pela organização.

Apesar disso, a organização informou ao G1 que “até agora, nenhum produto farmacêutico se mostrou seguro e eficaz para tratar a Covid-19”.

Atualmente, o uso no Brasil é autorizado pelo Ministério da Saúde somente em pacientes em estado crítico e também naqueles em estado moderado já internados nos hospitais, desde que médico e paciente concordem com o uso.

Por isso, os médicos pedem que a população NÃO se automedique com esses ou outros remédios. As primeiras notícias sobre o medicamento levaram ao desabastecimento e fizeram a Anvisa colocar a droga na lista dos remédios controlados. Além da malária, a droga é usada contra reumatismo, inflamação nas articulações e lúpus.

No Brasil, em 25 de março, o Ministério da Saúde liberou o uso em tratamento de pacientes hospitalizados com quadros graves. A liberação veio acompanhada da ressalva de que havia “lacunas no conhecimento” sobre a droga. Em 3 de abril, o ministério ampliou a indicação de uso também para casos moderados, quando os pacientes passam por atendimento hospitalar.

Na terça (7), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a pasta não vai tomar medidas contra médicos que prescreverem a cloroquina para pacientes nos estágios iniciais da doença. “Se ele (médico) se responsabilizar individualmente, não tem óbice nenhum. Ninguém vai reter a receita de ninguém”, disse Mandetta.

Nesta quarta (8), Mandetta reafirmou que não há orientação para o uso indiscriminado do medicamento. Ele lembrou que a maioria dos infectados não tem complicações e se recuperam sem problemas. E que entre os mais idosos, há risco de efeitos colaterais.

Também nesta quarta, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) retirou do seu site orientações sobre o uso da cloroquina. Agora, o site do CDC alerta que “não há drogas ou outros tratamentos aprovados pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) para prevenir ou tratar a Covid-19”.

G1

Opinião dos leitores

  1. Vamos desenhar ! Esse medicamento é um remédio tá ok ?
    Remédio que tem indicação . Tá ok ?
    Todo remédio tem indicação e contra indicação . Tá ok ?
    Esse remédio não está e nunca esteve proibido de ser usado . Tá ok ?
    Não se pode usar esse remédio indiscriminadamente . Tá ok ?
    O presidente , votei nele e me arrependo , acha que essa medicação deve ser usada por todo mundo e a toda hora . Tá ok ?
    O médico tem autonomia para prescrever . Tá ok ?
    Se após essa explicação , ao houver entendimento só tenho a lamentar . Tá ok ?

  2. Até que fim o o Prefeito de São Paulo tomou coragem, esse governador Dória pensa que é dono do mundo juntamente com a corja de Brasília querendo derrubar o Presidente. Acorda Brasil, tão querendo é dinheiro e lascar o povo. Oportunista. ?????

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