Uma criança de apenas 2 anos morreu nesta quarta-feira (25), em Bauru (SP), depois de ser esquecida dentro de um carro. O caso aconteceu no Jardim Redentor.
Segundo a Polícia Civil, Arthur Oliveira dos Santos estava sob os cuidados da cuidadora Glaucia Aparecida Luiz que seria, junto com a filha, responsável por mais de 10 crianças em sua casa.
A polícia informou que o local funcionava como uma creche irregular.A polícia foi acionada no fim da tarde de quarta-feira após o menino ter sido levado por Glaucia para uma unidade de pronto-atendimento, mas a criança chegou sem vida.
De acordo com o delegado Mário Henrique de Oliveira, Arthur ficou mais de três horas, das 13h45 às 16h51, dentro do carro fechado.
Na UPA foi constatado sinais de desidratação e sufocamento, mas o corpo da criança foi encaminhado para o IML e a causa da morte será investigada.
A cuidadora foi presa por homicídio com dolo eventual e vai passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (26).
A defesa dela informou que entrará com pedido de liberdade provisória nesta quinta-feira, pois “nunca houve a intenção de ocasionar tal resultado”.
“Glaucia e a família vêm colaborando veemente com as investigações, afim de esclarecer os fatos, até porque Glaucia não teve a intenção de levar a criança a óbito, tampouco de machucá-la. A defesa repassa as condolências e mais sinceros pêsames de Glaucia e sua família para os familiares do menino Arthur”, completou a defesa.
O corpo do menino é velado em Bauru e o enterro será na tarde desta quinta-feira, no cemitério municipal de Macatuba (SP).
Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/Direitos Reservados
A Fifa realizará um estudo de viabilidade sobre a realização da Copa do Mundo e da Copa do Mundo Feminina a cada dois anos, depois de apoiar uma proposta em seu congresso anual nesta sexta-feira (21).
Atualmente, as duas competições são realizadas a cada quatro anos, mas a Federação de Futebol Saudita (Saff) apresentou uma proposta de um estudo sobre o impacto de um evento bienal.
“Acreditamos que o futuro do futebol está em uma conjuntura crítica. As muitas questões que o futebol enfrenta são ainda mais exacerbadas agora pela pandemia em curso”, disse o presidente da Saff, Yasser Al-Misehal. “É hora de rever como o esporte global está estruturado e considerar o que é melhor para o futuro de nosso esporte. Isto deveria incluir se o ciclo atual de quatro anos continua sendo a base ideal para como o futebol é administrado tanto da perspectiva da competição quanto da comercial”, acrescentou ele.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, a classificou como “uma proposta eloquente e detalhada”, e 166 federações nacionais votaram a favor e 22 contra.
Infantino disse que o estudo analisará os sistemas de classificação dos torneios.
A coach de saúde e bodybuilder norte-americana Eliz Orban estava com a família a caminho de Nova York para seguir com a tradição que tem há anos de ver a árvore de Natal Rockefeller, mas ela, o marido e a filha de 2 anos do casal, Edeline, não puderam seguir viagem, uma vez que a criança se recusava a permanecer de máscara dentro do avião e, por isso, a família foi convidada a retirar-se da aeronave.
Em vídeo e post compartilhados no Instagram, Eliz contou aos seguidores, chorando, a situação pela qual passou com a família. No texto na legenda da publicação ela escreveu:
“Fomos expulsos de um voo da United. Isso aconteceu há 7 horas e ainda estou sentada aqui em confusão, descrença, nojo e humilhação. Meu marido cresceu em Nova Jersey, eu morei lá duas vezes antes de nos casarmos e passamos muito tempo lá juntos. É realmente nossa segunda casa. Uma tradição que temos é ir ver a árvore Rockefeller todos os anos. É uma tradição que também queríamos que nossa filha de 2 anos experimentasse. Alguns de nossos amigos / familiares mais próximos com quem crescemos (incluindo seu melhor amigo de infância, que se mudou para a Eslováquia anos atrás e nem mesmo conheceu nossa filha, e alguns de nossos outros amigos que chamamos de família, estavam viajando de Cleveland) estarão lá esta noite e amanhã para que possamos passar um tempo juntos pela primeira vez em anos. Estávamos muito animados com essa viagem de fim de semana para Jersey / NYC. Nós somos clientes fidelizados da @united, então sempre voamos com eles. Na verdade, já tínhamos voado com Edeline 4 vezes desde a pandemia, sem nunca ter tido um problema. Hoje, fomos convidados a deixar o avião depois que ele começou a andar pela pista, eles tiveram que trazê-lo de volta ao portão, porque nossa filha de 2 anos não iria “obedecer” e manter sua máscara. Ela fará 3 [anos] em abril de 2021, para todos que perguntarem. E o que me impressiona ainda mais é que as recomendações OMS são contra máscaras faciais para menores de 5 anos. CONTRA. E esta decisão foi ‘baseada na opinião de especialistas sobre marcos de desenvolvimento da infância, desafios com a conformidade com a máscara e a autonomia necessária para usar uma máscara adequadamente.’ Isso vale uma pesquisa no google. Como nossas malas não foram retiradas do avião (eles pegaram nossa cadeira de criança) – temos que esperar até amanhã para que eles entreguem em nossa casa em Breckenridge, que fica a 2 horas do aeroporto DIA. Definitivamente não vou jantar em Jersey esta noite.”, desabafou Eliz.
No vídeo compartilhado por ela, há cenas gravadas dentro do avião também, inclusive é possível ver o marido de Eliz tentando fazer com que Edeline, a filha do casal, permanecesse de máscara, até o momento em que um membro da tripulação pede para que eles se retirem do avião: “Olá, senhor, terei de pedir-lhe que pegue seus pertences e saia da aeronave”, disse o funcionário da companhia aérea ao marido de Eliz.
Today we got kicked off of a United flight going from Denver to Newark because our 2yo would not “comply” and keep her mask on. Go see the full IGTV on my Instagram @elizfulop ? pic.twitter.com/KXCICsBSMj
De fato, no site da OMS, eles não recomendam o uso de máscara às crianças menores de 5 anos, mas a United Airlines – segundo eles, sob a orientação do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) e parceiros de saúde – decretaram regras preventivas contra a Covid-19 nos voos que inclui o uso de máscara a todos as pessoas maiores de 2 anos:
“A saúde e a segurança de nossos funcionários e clientes é nossa maior prioridade, e é por isso que temos um conjunto de políticas em várias camadas, incluindo a obrigatoriedade de que todos a bordo que tenham de dois anos ou mais usem uma máscara. Esses procedimentos não são apenas respaldados pela orientação dos [Centros federais para Controle e Prevenção de Doenças] e nossos parceiros na Clínica Cleveland, mas também são consistentes em todas as grandes companhias aéreas.”, notificou a United Airlines ao portal Heavy.
Sobre o incidente com Eliz e sua família, a companhia aérea declarou: “Estamos investigando esse incidente específico e entramos em contato com a família. Também reembolsamos os bilhetes e devolvemos a cadeirinha e as malas.” A companhia aérea também negou que a família tenha sido banida da United Airlines para sempre, como disse Eliz no vídeo.
Caelie Wilkes, uma amante de plantas, viralizou na internet ao contar, em sua conta do Facebook, que regou por dois anos uma suculenta de plástico — motivo pelo qual ela sempre estava em “perfeitas” condições.
Segundo o relato da norte-americana, além de regar todos os dias, ela se certificava de que o vaso recebia a quantidade certa de luz solar e limpava regularmente suas folhas. Ela até admitiu ter um plano de rega, dizendo que ficava “na defensiva” se alguém tentasse fazer isso por ela.
Wilkes afirma que sempre sentiu orgulho da plantinha, que ficava na janela de sua cozinha. Porém, queria colocá-la em um vaso mais bonito e, quando decidiu que estava na hora de replantar, se surpreendeu: sua amada suculenta era falsa.
“Fui tirá-la do recipiente de plástico original e soube que esta planta era falsa. Coloquei tanto amor nessa planta! Lavei as folhas. Fiz o meu melhor para mantê-la bem e é completamente de plástico. Como eu não sabia disso. Sinto que esses últimos dois anos foram uma mentira”, desabafou na rede social.
Após a publicação, a jovem contou que uma grande rede varejista dos Estados Unidos, que vende produtos para casa e construção civil, irá enviar suculentas de verdade para ela.
“Não era para ter deixado que eu passasse dois anos preso sem ter feito nada. O que eu passei eu jamais vou esquecer na minha vida”. A declaração é do agricultor Eldis Trajano da Silva, de 36 anos, que passou dois anos e três meses preso no lugar do irmão, Eudes Trajano da Silva. Eldis – com L – foi preso em 2017. O erro só foi corrigido no último dia 9 de dezembro, quando ele foi solto. A reportagem é destaque no portal G1-RN.
Segundo a advogada do agricultor, policiais o abordaram, perguntaram o nome dele e mandaram que ele entrasse no carro dizendo que o levariam para casa. Os policiais estavam atrás de Eudes, com “u” no início e “e” no final, irmão dele.
Quando passou da entrada da comunidade, Eldis relatou perceber que não estava sendo levado para casa. “E no momento desse cumprimento, em vez de levarem o Eudes com U, levaram Eldis com L”, disse Marilene Batista de Oliveira, advogada que defendeu o homem.
De acordo com Henrique Baltazar, juiz de Execuções Penais, Eldis foi preso no lugar do irmão em agosto de 2017. Segundo o magistrado, nesta época o sistema de identificação criminal não fazia exames de impressão digital, o que comprovaria que Eldis não era fugitivo. “Não havia nenhum outro tipo de sistema que pudesse confirmar que aquela pessoa era quem devia ser”, disse.
Para a advogada, a sensação é de espanto por não ter sido feito nenhum levantamento para identificar o detento. “Não consigo imaginar como alguém pode estar preso sem ter sua identificação, seja a civil ou criminal”, observou Marilene.
Leia todos os detalhes aqui em reportagem completa.
Isso acontece por um fato estranho e até simples: Por não ser adotado no sistema prisional e criminal no Brasil um sistema informatizado de identificação dos criminosos e de digitais do povo.
Em pleno mundo digital as polícias militar e civil não possuem um sistema único de registro de criminosos e procurados.
Cada um tem seu sistema, cada estado e corporação policial tem sua base de informações e cada um trabalha isolado do outro. Então acontece esse tipo de barbaridade.
Qual a razão desse isolamento? O que justifica não existir um sistema único em cada estado, integrado a uma base de informações de todo Brasil?
Não tem justificativa plausível para isso, a não ser que o STF vá impedir um serviço desse alegando falta de recursos como fez para impedir a impressão do voto.
MUDA BRASIL… Precisamos de segurança, ordem e progresso
Um contingente de 3,35 milhões de desempregados no país procura trabalho há pelo menos dois anos. Isso equivale a 26,2% (ou cerca de uma em cada quatro) pessoas no total de desocupados no Brasil. Os números do segundo trimestre deste ano são recorde desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), em 2012.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os números, no segundo trimestre de 2018 o contingente de desempregados procurando trabalho há no mínimo dois anos tinha menos 196 mil pessoas, ou seja, era de 3,15 milhões.
No segundo trimestre de 2015, o total era de 1,43 milhão de pessoas, ou seja, menos da metade do segundo trimestre deste ano.
“A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avalia a analista da PNAD Contínua Adriana Beringuy.
Recuo
No segundo trimestre, a taxa de desemprego do país recuou para 12%, percentual inferior aos 12,7% do primeiro trimestre deste ano e aos 12,4% do segundo trimestre de 2018.
A taxa caiu em dez das 27 unidades da Federação na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, segundo os dados divulgados nessa quinta-feira. As maiores quedas ocorreram no Acre, de 18% para 13,6%, Amapá, de 20,2% para 16,9%, e em Rondônia, de 8,9% para 6,7%. Nas outras 17 unidades da Federação, a taxa se manteve.
Na comparação com o segundo trimestre de 2018, a taxa subiu em duas unidades, Roraima (de 11,2% para 14,9%) e Distrito Federal (de 12,2% para 13,7%), e caiu em três: Amapá (de 21,3% para 16,9%), Alagoas (de 17,3% para 14,6%) e Minas Gerais (de 10,8% para 9,6%). Nas demais unidades, a taxa ficou estável.
Fiscalização encontra container com carga de melão misturada com 2 toneladas de cocaína em porto de Natal. Imagem: Polícia Federal/Divulgação.
Era outubro de 2017 quando a polícia espanhola apreendeu, na Espanha, 290 quilos de cocaína camuflada em meio a uma carga de frutas exportada do Brasil para a Europa via porto de Natal (RN). A quantidade surpreendeu investigadores brasileiros.
O Rio Grande do Norte até então era um local no qual o tráfico internacional de drogas não era considerado um problema. Durante todo aquele 2017, apenas 22 quilos de cocaína foram apreendidos no estado. Em São Paulo, líder em apreensões, foram recolhidos mais de 16 toneladas da droga no mesmo período.
Com a apreensão na Espanha, contudo, uma investigação acabou sendo aberta no Brasil. Um ano e meio depois, Receita Federal e PF estão convictos de que descobriram uma nova rota de comércio ilegal de drogas para o exterior. Por meio dela, pelo menos mais de 10 toneladas de cocaína foram transportadas do porto de Natal principalmente para Holanda.
Com o esquema no radar de autoridades, a quantidade de cocaína apreendida no Rio Grande do Norte aumentou 15.223% em dois anos. Até o final de março deste ano, 3,4 toneladas da droga já haviam sido apreendidos no estado. Isso é 152 vezes mais do que o recolhido em todo o ano de 2017 e quase o dobro do total apreendido nos 12 meses de 2018.
“É um grande esquema de tráfico de drogas”, afirma Edvandir Felix de Paiva, delegado da PF e presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal). “O porto de Natal foi usado como base para o envio de uma grande quantidade de droga para diferentes países da Europa.”
Investigações sobre o esquema ainda estão em curso na PF e MPF (Ministério Público Federal). Ninguém foi preso até agora. Os órgãos não quiseram se manifestar sobre o caso pois ele está sob sigilo.
Falta de escâner e localização privilegiada
De acordo com a Receita Federal e segundo as investigações da PF, a localização do porto de Natal fez com que traficantes escolhessem o local para o transporte da droga. A capital do Rio Grande do Norte fica no extremo leste do Brasil. É, portanto, um das cidades mais próximas à Europa, via oceano Atlântico.
A Sesed-RN (Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte) informou que investigações apontam que a droga exportada via Natal vem de países vizinhos, como a Bolívia, e entra no Brasil via Acre ou Rondônia.
No porto potiguar, os criminosos ainda aproveitaram-se da falta de estrutura para fiscalização das cargas. De pequeno porte, o terminal marítimo não conta com escâner de contêineres. Sem ele, ficou mais difícil para autoridades descobrirem que pacotes de droga estavam sendo frequentemente misturados a caixas de frutas exportadas para a Europa.
Segundo a Receita Federal, o escâner, que custa cerca de R$ 6 milhões, poderia detectar a droga como os equipamentos instalados em aeroportos identificam itens proibidos em bagagens de passageiros. Na falta dele, a fiscalização é feita de forma visual. Ou seja, é difícil encontrar cargas de droga postas estrategicamente no “miolo” de um contêiner.
As apreensões de cocaína feitas no porto de Natal neste ano ocorreram nos dias 12 e 13 de fevereiro. Primeiro, foram 1,2 tonelada da droga escondida em caixas de manga. Menos de 24 horas depois, foram apreendidas outras 2 toneladas da droga, embaladas em caixas junto com melões.
Exportações suspensas
Por conta da descoberta da rota do tráfico de drogas, as exportações para a Europa via porto de Natal chegaram a ser suspensas no final de fevereiro. A suspensão foi uma decisão da CMA CGM, empresa francesa que explora a rota marítima de exportação de frutas do Brasil para a Europa. Na época, a empresa disse que a decisão havia sido tomada por conta “da situação precária do porto de Natal” e do risco de contaminação de cargas.
Uma comissão composta por vários órgãos do governo foi, então, montada para discutir medidas para aumentar a segurança do porto. No início de abril, as exportações de frutas para a Europa foram retomadas pela CMA CGM.
“Um plano de ação, está sendo executado com vários itens de segurança”, informa a Codern (Companhia Docas do Rio Grande do Norte), que administra o terminal.
Ainda não há um escâner em funcionamento no porto de Natal.
Questionada sobre as medidas para o combate ao tráfico no Estado, a Seded-RN informou em nota que está trabalhando num convênio de cooperação com a cooperação com a PF contra o crime organizado.
NÃO ACREDITO QUE O PORTO DE NATAL-RN É ROTA DO TRÁFICO INTERNACIONAL COMO NÃO ACREDITO QUE LULA É CHEFE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA QUE LULA É O CHAPO. MENTIRA.
O número de vítimas de vazamento de “nude selfies”, ou vídeos íntimos divulgados sem consentimento, quadruplicou no Brasil em dois anos. No ano passado, 224 internautas procuraram o serviço de ajuda da SaferNet, organização de defesa de direitos humanos na web, para denunciar o crime cibernético conhecido como “revenge porn” – pornografia de vingança, em tradução livre. Em 2012, 48 casos haviam sido registrados pela entidade.
O vazamento de imagens íntimas atinge principalmente mulheres, que representam 81% dos casos denunciados. A cada quatro vítimas, uma delas é menor de idade.
A estudante Mônica Pimentel, 18, de Sorocaba, interior de São Paulo, encaixa-se nos dois perfis: é mulher e era menor de idade quando sofreu com o vazamento de material íntimo. Cinco fotos e um vídeo em que aparece tomando banho foram feitos quando tinha 14 anos e começaram a ser compartilhados pela primeira vez após dois anos, em sites, grupos de bate-papo e redes sociais.
“Eu pensava: o que vou fazer? Vou sentar e chorar? Não. Eu sou a vítima disso. Posso ter agido com irresponsabilidade, mas a culpa não foi minha, porque o opressor foi quem divulgou”, conta a estudante, hoje mãe de um bebê de dois meses.
No ano passado, aos 17, surgiu um novo capítulo do pesadelo para Mônica, quando estava grávida. As fotos e o vídeo voltaram a ganhar espaço na web. O assunto reverberou tanto que, na época, a jovem ouviu comentários de uma garçonete, em um bar e da veterinária onde costumava levar seus cachorros. Até a mãe, que mora em Minas Gerais, acabou ouvindo histórias sobre a própria filha. “Minha mãe ficou bem triste [quando soube do vazamento]. Meu pai ficou bravo de início, mas depois ignorou”, afirma a jovem.
“Foi pesado. E eu só me preocupava com o meu bebê”, conta. Com uma repercussão bem maior do que antes, a estudante resolveu procurar a Justiça para processar o garoto com quem havia ficado três anos antes, a única pessoa com a qual compartilhou o material. “Recorri à Delegacia da Mulher de Sorocaba. Só que o processo é tão enrolado, tão demorado e burocrático, que você acaba até desistindo. Parece que quanto mais contato você faz em relação a isso, mais próxima [do caso fica] e mais constrangimento sente.”
Morosidade
Para Juliana Cunha, coordenadora psicossocial da SaferNet, a lentidão e a dificuldade para punir o responsável pelo vazamento das imagens são fatores que contribuem para que os casos continuem crescendo – apesar de o número da ONG ser expressivo, ela destaca que há ainda muita subnotificação. Quando as imagens envolvem menores de idade, o crime é classificado como pornografia infantil. Já quando as imagens são de maiores de idade, o crime previsto pode ser o de injúria ou difamação ou então ser levado para a vara cível.
Por não confiar que haveria uma punição, Ana Beatriz Unello, 21, não quis denunciar um ex-namorado que divulgou suas imagens quando ela tinha 17 anos. “Eu não queria continuar essa história, ter de ir atrás dele e continuar pensando nesse assunto”, afirma.
As fotos de Ana Beatriz foram divulgadas pelo ex-namorado após o fim do relacionamento. “Ele usava as imagens [capturas de telas de conversas pela webcam] para me chantagear a voltar para ele”, conta. Após quatro meses de ameaças, o rapaz, que na época tinha 18 anos, criou um perfil falso em uma rede social para publicar as imagens da ex-namorada.
A jovem procurou ajuda na SaferNet quando o ex-namorado ainda fazia apenas ameaças e, por isso, foi orientada a pedir apoio para a família. “Ter meus pais ao meu lado foi fundamental. Porque foi essa a primeira coisa que eu pensei: que eu iria perder o amor, o apoio, o carinho deles. Só depois é que pensei na minha reputação, no que os outros iriam pensar, no meu emprego.” Mesmo três anos após o vazamento das imagens, Ana Beatriz diz que ainda tem medo de que as fotos possam ser divulgadas novamente.
Temor
Juliana diz que o medo da volta das imagens persegue as vítimas por muitos anos, uma vez que não é possível saber se todas as cópias foram de fato apagadas. Na semana passada, o Google anunciou que vai retirar as fotos e vídeos de “pornografia de vingança” de seus resultados de busca se houver solicitação das vítimas. “Temos visto alguns avanços para proteger as vítimas, mas, ainda assim, elas não conseguem ter total segurança de que as imagens não voltarão à tona”, diz Juliana.
Para ela, é preciso que seja feita uma mudança no comportamento machista da sociedade, que ainda trata as mulheres como culpadas por terem feito as imagens. “As imagens foram produzidas por elas, mas sua publicação não foi consentida. O erro não está em fazer as imagens, mas na divulgação.”
Mônica concorda com a psicóloga e diz que o próprio pai de seu bebê, com quem hoje não namora mais, chegou a ofendê-la quando a repercussão mais grave do caso aconteceu durante a gravidez. “Ele falou para mim: ‘Qual vai ser a visão do seu filho em relação a isso [fotos e vídeos íntimos na Internet]? Você não se preocupa?’. Eu falei: ‘Não fui eu que mandei minhas fotos para todos os sites, não fui eu quem publiquei. E, mesmo se tivesse publicado, qual é o problema? É o meu corpo. De qualquer forma, não fui eu. Isso vai mudar minha índole como mãe?'”
A lentidão e a dificuldade são a cara do poder JUDICIÁRIO.
MOROSIDADE é a REGRA!
Por isso, quando vemos velocidade, celeridade e rapidez, desconfiamos…
Afinal, o comércio de sentenças é mais real do que os contos de fadas. Que o diga a ex ministra Eliana Calmon.
O Instagram completou dois anos de existência na segunda-feira (16/07) e, para comemorar o segundo aniversário, um dos seus criadores, Kevin Systrom, colocou no blog oficial da rede a primeira foto enviada para o serviço.
A foto de um cachorro e um pedaço de um pé foi enviada no dia 16 de julho de 2010 para um aplicativo que até o momento era chamado Codename. Três meses depois ele chegou à AppStorecom o nome que o tornou famoso no mundo inteiro – Instagram – e recebeu muitas outras fotos de cães, gatos, comida e prédios com diferentes filtros.
Um ano e nove meses depois do lançamento comercial, o Instagram conta com mais de 50 milhões de membros e mais de 1 bilhão de fotos enviadas.
Além disso, o serviço foi comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão e também está disponível para usuários do Android, depois de um bom tempo sendo exclusivo do iPhone.
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