Jornalismo

Mineiro solta os cachorros pra cima de Rosalba por causa da insegurança

Uma notícia nos jornais do dia sobre a retirada de 40 viaturas das ruas no RN pelas Polícias Militar e Civil serviu como gancho para que o deputado Fernando Mineiro (PT) comentasse a situação do setor de Segurança no Estado. Os carros eram alugados e saíram de circulação por falta de pagamento do contrato assinado com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed).

O parlamentar disse que “a arrecadação de impostos do Governo em 2011 foi 22% superior a do ano de 2010. O que o Governo está fazendo com esses recursos?”, questionou. Mineiro ainda criticou outros problemas na área de Segurança como a demora na convocação dos aprovados no concurso da Polícia Civil e a ausência de um secretário de Justiça e Cidadania, cargo que está sendo acumulado pelo secretário de Segurança Pública.

Em aparte, o deputado George Soares (PR) fez um apelo ao Governo do Estado “para que aja com rapidez com relação a esse problema, já que estamos em véspera de feriado”.

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Jornalismo

China censura sites e prende internautas por espalhar rumor de golpe

A polícia chinesa prendeu seis pessoas e fechou 16 sítios de internet por causa de rumores espalhados pela rede mundial de computadores de que veículos militares estariam ocupando as ruas de Pequim. A informação é de fontes oficiais do governo chinês.

As mensagens que sugeriam um possível golpe militar em curso, sem nenhum indício, repercutiram na última semana em alguns meios de comunicação internacionais, em um momento de tensão por causa da recente demissão do prefeito da cidade de Chongqing, Bo Xilai, um dos políticos mais populares do país.

Bo Xilai foi retirado do cargo após o chefe da polícia da cidade, que tem cerca de 30 milhões de habitantes, ter buscado refúgio no consulado dos Estados Unidos, supostamente após ter iniciado uma investigação sobre parentes do prefeito.

Desde então, uma série de acusações vêm sendo divulgadas contra o ex-prefeito. No início da semana divulgou-se a informação de que o governo do Reino Unido teria pedido às autoridades chinesas que reabrissem as investigações sobre a morte do empresário britânico Neil Heywood, supostamente amigo do ex-prefeito.

A novela política em torno de Bo Xilai representa a maior crise política enfrentada pelos líderes chineses em vários anos.

O país se prepara para iniciar o processo de mudança na liderança do país, em um ritual que ocorre apenas uma vez a cada dez anos. A demissão de Bo Xilai, considerado até então um dos favoritos para promoção no Politburo (comitê central) do Partido Comunista, sugere uma feroz batalha de bastidores pelo controle do partido.

Antes das prisões e do fechamento de sites anunciados hoje, os censores chineses já vinham bloqueando as buscas por termos ligados ao ex-prefeito. O departamento do governo que controla a internet no país avaliaram que os rumores de golpe eram “uma influência muito negativa sobre o público”.

Dois populares serviços de microblogs no país, Sina Weibo e Tencent Weibo, semelhantes ao Twitter, interromperam temporariamente os comentários sobre postagens de outros usuários. Segundo os sites, os comentários ficarão desativados entre hoje e a terça-feira (3) para que possam “agir para interromper a disseminação de boatos”.

Um porta-voz do Departamento de Internet informou à agência Xinhua que os dois serviços foram “criticados e punidos de acordo”. Disse ainda que várias pessoas foram “advertidas”.

A ação das autoridades chinesas contra as supostas fontes dos rumores de golpe mostram uma forte preocupação de manter a estabilidade em um momento de transição política e de desaceleração econômica no país.

Fonte: Agência Brasil

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Economia

Fábio Dantas apela ao governo para pagar produtores de leite

O deputado Fábio Dantas fez hoje um apelo ao governo do Estado para que tome providência para pagamento dos produtores que participam do Programa do Leite. Ele disse que tem recebido reclamações dos participantes do programa que o pagamento está com seis semanas de atraso.

“Milhares de famílias são beneficiadas com esse programa, que também contribui para melhorar a agropecuária do Estado, mantendo o trabalhador rural no campo. É preciso que sejam tomadas providências para o fortalecimento do programa”, afirmou.

Fábio Dantas disse ainda que teme que, sem ser uma prioridade, o Programa do Leite se acabe, prejudicando as famílias beneficiadas. Além disso, sem o programa os trabalhadores rurais que hoje encontram emprego no campo vão retornar para as cidades, o que vai gerar problemas sociais pela falta de trabalho.

“É necessário – continuou o deputado – que esse programa seja tratado com profissionalismo na sua execução, porque funcionando bem ele melhora a economia no campo. Se o programa for extinto vai ser mais um problema para a economia do Rio Grande do Norte”.

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Jornalismo

Deputado Tomba fala de convênios paralisados pelo Governo do Estado

O cancelamento de convênios, no ano passado, celebrados entre o Governo do Estado e alguns municípios do interior, foi o tema discutido pelo deputado Tomba Farias, na sessão plenária desta quarta-feira (07). O parlamentar reconheceu os problemas financeiros enfrentados pela administração estadual, mas fez um apelo para que os contratos sejam refeitos. Na ocasião, Tomba citou alguns casos de obras inacabadas em alguns dos municípios que receberam parte dos recursos oriundos dos convênios e alegou que a população está sendo penalizada com a suspensão.

Um dos exemplos citados pelo deputado Tomba foi a obra do Hospital do município Pedro Avelino. “A prefeitura havia recebido R$ 400 mil para fazer a reforma da unidade. Foi feita a licitação e quando o serviço começou, o convênio foi encerrado. Isso não é bom para ninguém. A população está sem atendimento e o município penalizado. O problema é que o Governo, de uma forma ou de outra, vai arcar com isso, pois se não há atendimento lá, as pessoas são encaminhadas para algum lugar. Nossa sugestão é que façam um novo convênio, já que o anterior foi cancelado”, declarou.

O deputado falou ainda da situação dos municípios Lajes Pintadas e Pureza. No primeiro, o convênio assinado era de R$ 100 mil para a construção de uma fábrica e o município recebeu apenas R$ 60 mil. “Além disso, havia outro contrato, no valor de R$ 150 mil que também não foi repassado integralmente”, disse Tomba. No caso de Pureza, são as obras de drenagem e pavimentação que estão inacabadas. “O convênio de Pureza era de R$ 750 mil, mas a prefeitura recebeu duas parcelas de 250 mil. Conversei com a prefeita e ela disse que se os recursos não chegarem, é capaz de perderem o que já foi feito com o período de chuva”, disse.

O deputado Gustavo Carvalho aparteou o colega e sugeriu ao Governo que os convênios fossem refeitos. “Os elefantinhos brancos já começam a aparecer em todo o Estado. É importante que o governo reveja isso. Torço para que os contratos sejam refeitos e que o Governo possa inaugurar essas obras. Estarei lá para aplaudir”, declarou Gustavo.

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Jornalismo

"O único projeto do governo é a reeleição de Rosalba", dispara Robinson Faria

Por interino

Por mais que negue o ressentimento, o vice-governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, deixou transparecer sua mágoa com o “casal”, como ele se refere à governadora Rosalba Ciarlini e seu marido Carlos Augusto Rosado, com quem rompeu no ano passado.

Na entrevista que concedeu ao O Poti/Diário de Natal, Robinson disse que sua amizade com o senador José Agripino foi cortada, criticou a inexistência de projetos do governo – “O único projeto do governo é a reeleição de Rosalba” – , a situação precária da população em termos de saúde e segurança e disse que o seu partido, organizado em 132 municípios do RN, disputará as eleições deste ano em, pelo menos, 50 cidades potiguares.
Quais as perspectivas do PSD para as eleições de 2012?

O PSD está organizado em 132 municípios, com diretórios formados. É lógico que não vamos ter candidatos a prefeito em todas essas cidades. O número preciso de candidatos a prefeito eu não tenho. Mas acredito que disputaremos a prefeitura em mais de 50 cidades. Em outras situações, teremos candidatos a vice-prefeito e formações da chapa proporcional. Temos uma capilaridade muito boa. O PSD está espalhado em todas as regiões do estado.

O partido poderá indicar o vice numa chapa encabeçada pela ex-governadora Wilma de Faria?

Não tem nada definido ainda no quesito apoio. Até porque não teria como definir sem consultar o partido. Eu tenho que reunir os deputados estaduais José Dias e Gesane Marinho, o deputado federal Fábio Faria, o diretório, antes de ter uma definição. Será uma decisão coletiva. Mas na conversa que teve individualmente comigo, Wilma cogitou a possibilidade de o PSD indicar o vice dela, caso venha a apoia-la na disputa pela prefeitura de Natal.

O senhor também conversa com o PT e com o ex-prefeito Carlos Eduardo?

Como sou presidente estadual do partido, eu tenho sido procurado por todos os pré-candidatos a prefeito de Natal. O PSD é um partido que tem o vice-governador, um deputado federal, dois deputados estaduais bem votados em Natal e que são bons parlamentares. José Dias é muito atuante, Gesane tem uma votação muito boa na cidade. Além disso, o PSD, tudo indica, terá o terceiro maior tempo de televisão do Brasil, pois tem 57 deputados federais. Com isso, o partido fica sendo muito cortejado.

O tempo de TV vai valer ouro na campanha de Natal e Mossoró. A eleição na capital é feita praticamente na televisão, com pouca força dos comícios. O deputado estadual Agnelo Alves (PDT) já acenou para uma aproximação com o PSD em Natal. Também já tive reuniões com o deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Os dois também buscam o PSD. A todos eles eu disse que ainda não tenho uma resposta. Não vou responder pela minha simpatia pessoal. A definição será do grupo.

O senhor acredita na possibilidade de união da oposição em Natal?

Não cabe a mim essa decisão. Eles estão se encontrando entre si. Já ouve encontro de Wilma com Carlos Eduardo. Já existiram conversas de Fátima Bezerra, Mineiro e Wilma. Então, não posso me antecipar e escolher um candidato que amanhã possa até não ser mais candidato e vir a apoiar outro. Meu desejo era que as oposições seguissem unidas já no primeiro turno. Mas acho muito difícil. Gostaria que lançássemos uma chapa forte na primeira etapa. Mas, os sinais não indicam este sentido.

Quais seriam os nomes para representar a chapa forte de oposição?

É difícil responder. Até agora, Wilma não lançou-se candidata. Ela própria já adiou várias vezes o lançamento do seu nome. Ela é um nome forte, assim como também o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Mas, as pesquisas mostram que 80% dos natalenses ainda nãoescolheram seus candidatos a prefeito de Natal. Então, fica difícil dizer quem é mais forte quando o eleitor ainda não se interessou por escolher seu candidato a prefeito.

Quais os nomes que o PSD tem hoje para oferecer como vice na formação de uma chapa?

Qualquer nome, menos o meu. Eu não pretendo ser, pois já sou vice-governador do estado. Mas, tem Fábio, Gesane, José Dias, que são nomes que estão aí. Eles não externaram desejo de integrar a chapa. Mas são lembrados pelos pré-candidatos. São nomes com credibilidade. Fábio tem a simpatia dos jovens. José Dias é experiente, com sete mandatos. Já Gesane é uma mulher de força, uma novidade. Nunca falei com eles sobre isso. Mas os pré-candidatos veem neles essas características.

O senhor aceitaria trocar a vice-governadoria pela vice-prefeitura?

Não vejo razão para isso, pois entrei com capital político-eleitoral para ser vice-governador. Fui um vice eleito. Não seria correto com o eleitor que votou na governadora Rosalba Ciarlini (DEM), em grande parte por euser vice dela, eu abrir mão do cargo para ser candidato a vice-prefeito de Natal só por causa da contingência política.

Como é sua relação com Rosalba hoje, após o rompimento?

Não tenho atuação no governo. Nunca fui procurado por ninguém do governo até hoje para, sequer, dar uma mera opinião. Então, não há relação nenhuma. Mas, sou consciente das minhas obrigações, da liturgia do cargo que ocupo. Dou expediente normalmente como vice-governador do estado. Estou à disposição do estado, independente da questão política. Politicamente, não tenho mais nenhuma ligação com o grupo da governadora Rosalba Ciarlini.

Qual a estrutura da vice-governadoria?

É mínima. Vereadores do interior talvez tenham maior estrutura do que o gabinete do vice-governador. Tem em torno de seis cargos comissionados apenas. Por sinal, nem estão preenchidos todos, porque eu era secretário de Recursos Hídricos e, com a dificuldade que o estado tinha para a contratação de pessoal, fui o primeiro a dar o exemplo e não preencher todos os cargos, nem no gabinete da vice-governadoria nem na secretaria.

O seu último projeto como deputado estadual foi a criação do “Cidadão sem Fome”, que visava a educação fiscal e a assistência às famílias carentes. Hoje, o programa não funciona mais. O governo sequer pagou o que devia ao fornecedor. Isso se deve às dificuldades do governo ou à falta de vontade política?

Eu não tenho informações de dificuldades financeiras. Já foram publicadas várias matérias na imprensa mostrando que o estado teve superávit de arrecadação. Só de ICMS o estado arrecadou R$ 1 bilhão a mais em 2011 em relação a 2010. E agora mesmo teve um novo recorde de arrecadação. Então, acredito que seja mesmo a má vontade, por ser um projeto que tem o rosto do vice-governador, que na época era deputado estadual. É muito vinculado a mim esse “Cidadão sem Fome”. Acredito que por isso o governo está deixando acabar. É uma decisão política deles.

Fonte: O Poti

Opinião dos leitores

  1. Mas  isso é bem claro e sr. com certeza  sabia disso, apenas     lhe descartaram antes do previsto.

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Economia

Presidente de empresa gringa diz que brasileiros não trabalham tanto porque vivem em paraíso. É mole?

Por interino

A Foxconn está aumentando sua participação no Brasil e deve abrir cinco novas fábricas no país, sendo uma delas em uma cidade mineira. Mas, para o presidente da empresa, o taiwanês Terry Gou, os brasileiros “não trabalham tanto porque vivem em um paraíso”, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.

Em um programa de TV com jovens de Taiwan, Gou comentou sobre as oportunidades no Brasil e disse que o país é uma “terra cheia de potencial”, e fez um convite para quem quer trabalhar por aqui. “Quem quer ir ao Brasil? Vocês podem se registrar comigo, sério, vou lhes dar meu e-mail”, disse.

Por outro lado, ele fez críticas ao Brasil e a algumas exigências feitas pelo Governo Federal para a instalação das fábricas e a isenção fiscal para a produção local. “O Brasil só oferece o mercado local, de 190 milhões [de habitantes], e ainda é preciso transferir tecnologia”, afirmou. Porém, ao lembrar de um encontro com Dilma Rouseff, Gou disse que ela tem interesse em “modernizar o Brasil” e quer trocar a venda de matéria-prima pela produção de semicondutores.

A Foxconn é constantemente acusada de oferecer condições de semiescravidão para seus funcionários. Em uma matéria recente de umaemissora de TV americana ABC, foi mostrado que operários das fábricas da empresa trabalham 12 horas por dia e ganham cerca de US$ 1,78 por hora. A empresa anunciou em 2011 investimentos de cerca de US$ 12 bilhões noBrasil e deve começar a fabricação de iPads nacionais.

Fonte: Olhar Digital

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Jornalismo

Rogério Marinho volta a atacar Micarla: "Há uma falência da administração de Natal"

O deputado federal Rogério Marinho listou os vários problemas que Natal enfrenta atualmente e criticou atual situação da Prefeitura. Para o parlamentar, “há uma falência da administração de Natal”. As palavras foram ditas em entrevista a Época online, divulgada nesta terça-feira (14).

“A Prefeitura tem problemas com seus fornecedores. Está inadimplente em relação à contrapartida de recursos federais. Quase 70% da sua área não tem saneamento. A área sem escritura chega a 80%. Nossas atrações turísticas estão envelhecendo. Somos a pior capital em educação infantil. Nosso planejamento urbano, do início do século 20, não foi observado por governantes anteriores. Com isso, passamos pela situação esdrúxula de ter problemas de cidade grande numa cidade de médio porte”, disse Rogério na entrevista.

Rogério defendeu a realização de uma ampla reforma urbana em Natal e apresentou novos projetos para incrementar o turismo da cidade, como a criação de um parque temático e a construção da Marina.

O deputado disse ainda que pretende costurar alianças, além do Democratas, com o PR, PMN, PSC e PMDB, entre outros.

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Economia

Lei Geral da Copa recebe críticas por restringir comércio em torno dos estádios

O projeto da Lei Geral da Copa, encaminhado à Câmara dos Deputados pelo Poder Executivo, ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional e já enfrenta questionamentos sobre a sua constitucionalidade. Um artigo em especial, tem causado preocupação entre entidades de defesa dos interesses de comerciantes, de consumidores e de juristas.

O artigo 11 do texto trata da restrição do comércio de produtos e de publicidade nas áreas em torno dos estádios e principais vias de acesso aos eventos esportivos. O artigo determina que a União, os estados e municípios que sediarem os jogos da Copa devem assegurar que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) tenha exclusividade para “divulgar marcas, distribuir, vender, dar publicidade ou realizar propaganda de produtos e serviços”, além de atividades de comércio de rua nos Locais Oficiais de Competição, nas suas imediações e principais vias de acesso.

O parágrafo único do artigo diz ainda que os limites dessas áreas de exclusividade serão definidos posteriormente pela autoridade competente “considerados os requerimentos da Fifa”.

O trecho foi mantido pelo relator da matéria na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), e recebeu parecer favorável no que se refere à sua constitucionalidade no substitutivo apresentado por ele na comissão especial que analisa o assunto. No entanto, juristas e entidades de defesa do consumidor e dos comerciantes, alegam que a lei irá obrigar os estabelecimentos comerciais que estiverem instalados próximos aos estádios a venderem apenas as marcas patrocinadoras do evento esportivo.

Para o professor de direito constitucional da Universidade de Brasília, Mamede Said, é “inadmissível” que um comerciante seja obrigado a deixar de vender determinadas marcas ou produtos por causa dos jogos da Copa do Mundo. Na opinião dele, o artigo fere o direito à liberdade de exercício de profissão e contraria outras leis já existentes, como o Código de Defesa do Consumidor. “As relações de consumo têm que ser respeitadas”.

O professor defende que algumas exigências polêmicas da Fifa sejam negociadas pela autoridade brasileira sem serem incluídas na lei, porque isso abriria precedentes que podem ser questionados juridicamente depois. Para ele, o ideal seria que o poder público conseguisse uma conciliação, em que todos cedessem, inclusive a Fifa.

Mas, caso um acordo não seja possível e a lei seja aprovada da maneira como está, Said acredita que a saída para os comerciantes será questionar a nova lei juridicamente. “Em relação ao comércio que já está estabelecido, é inviável, descabido que ele tenha que deixar de vender seus produtos. Ele [comerciante] pode até buscar [seu direito] junto ao judiciário”.

Também em busca de um acordo que modifique o artigo, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) aguarda o fim do recesso legislativo, no próximo dia 2 de fevereiro, para procurar a comissão especial da Câmara. O diretor da CNC, Alexandre Sampaio, no entanto, diz que se não houver uma saída de “bom senso”, a solução será questionar a constitucionalidade da lei.

“A princípio, esperamos a volta dos trabalhos legislativos para dialogarmos e dizermos à comissão que somos peremptoriamente contra esse tipo de imposição. É um absurdo nos vergarmos a esse tipo de exigência. Somos totalmente contrários e, se for o caso, vamos questionar isso judicialmente”, declarou em entrevista à Agência Brasil.

Para Sampaio, que também presidente a Federação Nacional de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, da maneira como está, o texto viola direitos adquiridos historicamente. Ele acredita que o artigo não deixa margem para dúvidas e obrigará os comerciantes a venderem os produtos determinados pela Fifa. “Do jeito que está, ele é totalmente impositivo”.

A insatisfação com a possibilidade de restrição nas vendas e publicidade de produtos e serviços também atinge o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Representantes do instituto chegaram a participar de uma audiência pública na Comissão Especial para discutir a proposta. No entanto, os argumentos contrários a este e outros trechos do projeto apresentados pelo advogado Guilherme Varella, do Idec, não foram considerados pelo relator em seu substitutivo.

Além de considerar que o texto fere o direito de escolha do consumidor, Varella alerta que este e outros artigos do projeto de lei são conflituosos com a legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Na opinião dele, isso irá gerar impasses judiciais que só serão resolvidos quando não houver mais como ressarcir o prejuízo causado ao consumidor.

“Você vai ter o CDC dizendo que o consumidor tem direito e a Lei Geral da Copa dizendo que não tem. Isso vai criar um conflito de normas que provavelmente só vai ser resolvido depois que a Copa já tiver acabado. Aí, o prejuízo fica para o consumidor e para o Judiciário brasileiro”, alerta o advogado do Idec.

Varella lembra que em alguns eventos privados, como festivais de música, é comum que só vendam produtos dos patrocinadores, mas diz que o mesmo não pode ocorrer fora do local do evento. “Tudo bem que em eventos particulares se determine os fornecedores. Mas esse artigo diz que não é só nos estádios que vai ser assim. Ele diz, também, que no entorno e nas vias de acesso os produtos devem ser dos patrocinadores”, aponta o advogado. Isso caracteriza, na opinião dele, uma violação “imensurável” dos direitos do consumidor.

E não é só a liberdade de escolha dos cidadãos que preocupa o Idec, mas também o aumento de preços que a restrição pode gerar. Varella explica que a falta de concorrência deverá inflacionar os preços dos produtos que serão vendidos nas imediações dos estádios, o que prejudicará os consumidores de menor poder aquisitivo. “A concentração desse mercado vai fazer com que esses produtos tenham valores muito altos. Os consumidores estrangeiros, que têm maior potencial aquisitivo, não vão sentir tanto os efeitos. Mas o consumidor brasileiro vai ficar excluído”.

Autor do projeto original, o Ministério do Esporte informou por meio de sua assessoria que o texto foi amplamente discutido antes de ser enviado ao Poder Legislativo e que agora está em debate na Câmara. Até a publicação desta reportagem, ninguém do ministério comentou as críticas apontadas.

O relator da matéria na comissão especial, deputado Vicente Cândido, também não quis se pronunciar. Sua assessoria de imprensa informou apenas que ele está negociando um novo substitutivo que deverá ser apresentado nos próximos dias.

Fonte: Agência Brasil

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Jornalismo

Para Rogério Marinho, Prefeitura também é responsável pela segurança na cidade

“A Prefeitura do Natal não pode fugir da sua responsabilidade em dar a sua contribuição para combater a insegurança na cidade”. Esta é a opinião do deputado federal Rogério Marinho (PSDB), que cobrou mais políticos de combate a violência na capital potiguar.

De acordo com o parlamentar, faltam iniciativas do município para melhorar as condições de segurança da cidade. Para Rogério, o trabalho nesta área deve ser feito em conjunto com os governos Estadual e Federal.

“O município pode trabalhar a iluminação pública, colocar câmeras em determinados locais da cidade, assegurar os passeios públicos para pedestres e adequar o trânsito de veículos à segurança coletiva, entre outras coisas”, sugeriu o deputado durante o programa “Pensar Natal” exibido nesta sexta-feira (13) na 96 FM.

Para o parlamentar, também é preciso pensar em alternativas para afastar os jovens da violência. “Temos que trazer os jovens para dentro da sociedade com atividades produtivas como esporte, cultura, arte e entretenimento”, finalizou.

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Jornalismo

Cassiano Arruda crítica comunicação do Governo

O Jornalista e publicitário Cassiano Arruda, de quem esse blogueiro é leitor há muitos anos, desde adolescente, faz uma crítica aberta a comunicação do Governo do RN na sua prestigiada coluna no Novo Jornal.

Cassiano diz que na guerra da comunicação o governo está apanhando do Sinte. Será que procede os boatos que Cassiano anda insatisfeito com o Governo que ele ajudou a criar apoiando desde o embrião da candidatura até chegando a fazer parte da comunicação na campanha?

Segue a nota do Jornalista na sua coluna Roda Viva de hoje:

GUERRA DA COMUNICAÇÃO

O Governo continua perdendo a guerra da comunicação com o Sindicato dos Professores que está com um comercial na televisão afirmando “Continuamos recebendo o pior salário do Brasil”.

As escolas continuam com falta de professor e sem as mínimas condições de trabalho. Portanto continua também a nossa luta em defesa da educação”.

Até aqui, o Governo do Estado não conseguiu comunicar que nas nove greves de professores dos últimos dez anos, apenas nessa – e só nessa – os professores tiveram conquistas reais: 34% de aumento e garantia do piso salarial nacional para toda a categoria.

Enquanto em outros Estados (inclusive, Sergipe, Governado pelo PT) o diálogo foi interrompido durante a greve, aqui durante todo o processo o diálogo foi mantido e os grevistas recebidos,

Opinião dos leitores

  1. Gostaria a possibilidade de abrir um diálogo com Cassiano Arruda Câmara, estou a fazer uma pesquisa sobre a família Arruda Câmara. Quem poderia colaborar agradeço humildemente.
    Entrar em contato doraamancio94@gmail. com

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Social

Atriz não aceita crítica ao Filme "Assalto ao Banco Central", e com preconceito baixa o nível no Twitter

Portal Comunique-se:

A crítica feita pelo jornalista Pablo Villaça ao filme Assalto ao Banco Central, dirigido por Marcos Paulo, publicada no portal Cinema em Casa, irritou a atriz Antonia Fontenelle, que também é mulher do diretor e faz uma participação no longa. Em seu perfil no Twitter, a artista questionou a credibilidade de Villaça como crítico de cinema.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Será que ela vai atacar também a crítica da Veja que falou muito mal do filme? Será que ela vai chamar a Isabela Bucov de cearense também! O que essa atriz fez foi muito ofensivo ao povo cearense e também ao estado que acolheu tão bem toda a equipe para as filmagens. O mínimo de dignidade é que ela peça desculpa ao Pablo e ao povo cearense!

  2. hã?!
    Sem preconceito contra essa fase porque passam as mulheres. Mas ela deve estar com TPM (para ser delicado a respeito de seu comentário descabido)

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