Política

Arthur Lira cria ‘sistema de castas’ para distribuir R$ 11 bilhões em emendas a deputados

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, no final da semana passada, trouxe um susto e uma certeza. O susto veio com a aprovação de um fundo eleitoral que triplica os valores destinados aos partidos nas eleições do ano que vem.

Já a certeza é a de que, de todas as autoridades da República, nenhuma hoje tem tanto poder quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Além de ter nas mãos a prerrogativa de decidir pautar ou não um dos mais de 120 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, Lira controla hoje a distribuição de R$ 11 bilhões em emendas parlamentares, mais do que o orçamento de sete ministérios, como o de Minas e Energia e o de Ciência e Tecnologia, e quatro vezes o orçamento do Meio Ambiente. E nem mesmo o governo consegue saber com precisão como essa bolada está sendo distribuída.

Os R$ 11 bilhões de Lira são o quinhão destinado à Câmara neste ano de uma inovação orçamentária conhecida como emendas de relator ou RP9 – no popular, o “orçamento secreto” revelado pela primeira vez pelo jornal O Estado de S.Paulo. Uma outra fatia de R$ 5,8 bilhões será distribuída no Senado.

Essas emendas são tratadas como secretas porque, ao contrário das regulares, em que os parlamentares carimbam os projetos que desejam patrocinar informando seus nomes ou o das bancadas de cada estado, nesta modalidade de emenda não é pública a informação sobre quem está enviando o dinheiro, nem quais são os critérios que determinam o quanto e onde os recursos serão gastos.

A única coisa que se sabe é que para conseguir ter acesso aos recursos na Câmara é preciso passar pelo crivo de Arthur Lira. Com a ajuda de um grupo restrito de assessores, quase todos egressos do gabinete do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), o presidente da Câmara controla o atendimento das demandas de líderes partidários de acordo com a fidelidade às causas do governo e a proximidade de cada grupo com ele próprio.

O modus operandi foi descrito à reportagem por ministros, líderes partidários, deputados, senadores e assessores ouvidos nos últimos dias conforme uma classificação que um deles classificou como semelhante a um “sistema de castas”.

Por esse critério, deputados da base (ou oposicionistas com canal privilegiado com Lira) são a casta menos aquinhoada. Conseguem liberar R$ 20 milhões para enviar para suas bases. Líderes partidários, casta intermediária, têm acesso a algo como R$ 80 milhões cada um. Mas, como se diz no Congresso, “há líderes e líderes”. Os mais próximos a Lira formam uma elite que têm direito a carimbar mais de R$ 100 milhões só para si.

O tamanho da bancada também pesa na distribuição dos recursos. Assim, por exemplo, bancadas grandes como a do PL (41 deputados) ou a do PSL (com 53) – desde que estejam fechados com o presidente da Casa – recebem mais. Quem recebe quanto, porém, é informação guardada a sete chaves.

Na semana passada, graças a uma publicação feita nas redes sociais pelo prefeito de Campestre, em Alagoas, foi possível descobrir que Lira enviou R$ 500 mil para a cidade gastar no serviço de saúde local como parte de sua cota nas emendas de relator. Ela está registrada no sistema do Ministério da Saúde, mas não aparece o nome do autor, só a cidade agraciada e o valor. Foi preciso cruzar a informação do post com a do sistema oficial para checar a origem do dinheiro, para saber que ele veio das emendas de relator.

Acontece que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando pedidos de liberação de verba foram enviados aos ministérios por ofícios que discriminavam qual parlamentar era o “dono” daquela emenda, hoje os pedidos são concentrados nas mãos do relator do Orçamento, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que registra tudo numa planilha que, no início do mês, já tinha 90 mil linhas.

Além disso, se no ano passado o ministro Luiz Eduardo Ramos, então na Secretaria de Governo, participava da peneira sobre quem seriam os “donos” do dinheiro empenhado via “orçamento secreto”, neste ano nem mesmo eles o Palácio do Planalto tem acesso à informação completa.

Lira nega ter todo esse poder. “Tem comissão do Orçamento, tem plenário, tem relator-geral, não é presidente da Casa quem define isso. O relator é quem envia aos ministérios. Você imagina que vou sair ligando de deputado para deputado?”, disse o presidente da Câmara. Mas ele também não explica quem faz esse trabalho.

Na prática, o orçamento secreto tornou o governo ainda mais dependente de Lira, que nos cálculos dos líderes partidários construiu uma rede de influência de cerca de 300 deputados (de um total de 513).

“O Lira aprova qualquer coisa na Câmara hoje”, disse um deputado que pediu para não ter seu nome divulgado.

Só nos últimos 20 dias, foram liberados R$ 1,2 bilhão, como parte do que se chamou na Câmara de “esforço para a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias” – essa mesma que aumentou os valores para o Fundo Eleitoral no ano que vem. Apesar da votação a jato, feita horas após a apresentação do texto pelo relator, Juscelino Filho (DEM-MA), a lei passou na Câmara com 278 votos favoráveis, alguns inclusive da oposição.

Neste ano até agora, os empenhos de recursos via emenda de relator já superam R$ 3,3 bilhões.

Durante a votação da LDO, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs retirar essas emendas do Orçamento do ano que vem. “Isso não vai terminar bem, vai dar em escândalo. Estamos fazendo o alerta antes que isso ocorra”, disse Molon da tribuna da Câmara.

Seus colegas deram de ombros. Parece que, assim como Arthur Lira, eles também não têm do que reclamar.

Malu Gaspar – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Fraudar eleições é isso, distribuir verbas parlamentares pra corrupção, e com o dinheiro da corrupção interferir nos resultados das eleições. Elegendo maus deputados que só lutam pra manter esse sistema que subtrai criminosamente dinheiro do povo, pra manter uns poucos como reis. Fraudar urnas eletrônicas jamais, todos os partidos podem acompanhar seus votos desde a sessão até o resultado do TSE. No sistema antigo sim, era fraude por cima de fraude, todo tem lembranças de fatos de fraudes.

  2. O bolsonaro apoiou o Lira porque sabia que este iria querer o que ele tinha a ofertar. Em troca nada passa contra o bolsonaro. Para completar, o Cunha (aquele dos 100 milhões de cunhas) irá juntar-se a trupe de bolsonaro. Para delírio dos bichos de chifres (milhões de Roberto Jefferson)

    1. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
      Vc?????
      Bom!!!
      Fica aí chupando o dedo, e idolatrando o seu ídolo ladrão de nove dedos.
      É so isso que cabe a vc, e mais nada.
      No máximo um PF e um pão com mortadela, pra vê se vc morde ao menos a língua e para de conversar merda.
      Kkkkkkkkkkkk
      Tá F… vc.
      Mito, Fábio, Lira até 2026.
      Xau nhonho, bjinhos nesses derrotados.

  3. Parabéns ao MINTOmaníaco das rachadinhas que apoiou Lira e gastou nosso dinheiro pra bancar a eleição dele! Ele até criou um novo “mensalão” afinal eh a nova política né?!

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Saúde

Após recomendação do Ministério da Saúde, RN vai distribuir vacinas que estavam armazenadas para 2ª dose para ampliar imunização

Em entrevista ao Bom Dia RN nesta segunda-feira(22), o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, afirmou que o estado vai distribuir todas as doses que eram armazenadas para segunda aplicação da vacina contra Covid-19 aos municípios potiguares. O anúncio surge após o Ministério da Saúde mudar a orientação e autorizar, neste fim de semana, que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a 2ª dose sejam utilizadas imediatamente como 1ª dose. Segundo a pasta, o objetivo é ampliar o número de vacinados no Brasil.

“Houve essa nova orientação do Ministério para que houvesse distribuição de todas as doses para a primeira dose e não guardar estoque para a segunda dose. Com isso, a gente vai estar tendo condições de iniciar essa ampliação (da vacinação) ao longo da semana, porque recebemos lotes de vacinação no fim de semana”, afirmou o secretário de Saúde em entrevista ao Bom Dia RN.

Pela orientação antiga, cerca de 50% das doses de CoronaVac recebidas no fim de semana ficariam armazenadas para garantir a segunda dose. O estado também havia guardado 50% das doses recebidas na semana passada.

Com acréscimo do G1-RN

Opinião dos leitores

  1. Faz dias que o Ministério da Saúde determinou essa distribuição. Por que o RN ainda não cumpriu? Estados vizinhos já estão vacinando pessoas com 65 anos de idade. E o RN? Está claro que a gestão do RN é marcada pela incompetência e pela falta de atitude. Ou tem que desenhar?

    1. O represamento de vacinas no RN foi informado exatamente pelo governo federal, que divulgou tabela referente a todos os estados. Não há desculpas para a falta de atitude e para tantas ações equivocadas da parte do governo do RN. Só a incompetência explica. Deixem de usar o vírus para fazer política e TRABALHEM.

    2. É isso mesmo tem que ampliar a faixa de vacinação, pouca gente nos postos, amplia as faixas, só isso.

  2. Eita, agora deu pra entender pq tinha "estoque* de vacinas, para usar na segunda dose. Parabéns ao idealizados do blog e todos os seus colaboradores pela excepcional informações de utilidade pública.
    Governo do Estado e Prefeitura do Natal fazendo um excelente trabalho, responsável.

  3. MPF, MPRN, TCE, defensoria pública fiscalizem essa omissão grave do governo ESTADUAL.
    Não dá para enganar todo mundo o tempo todo.
    Esse governo Estadual é engodo.

  4. Olhaí…
    Olhaí…
    Faz dias que o governo federal determinou essa medida, mas o governo estadual vinha retendo…pq? Para q?

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Política

TCU aponta ilegalidade em uso de dinheiro do SUS para distribuir cloroquina e cobra explicação de Pazuello

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou ilegalidade no uso de recursos do SUS para o fornecimento de cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com Covid-19, prática adotada pelo governo de Jair Bolsonaro. A política foi implementada pelo ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello.

Diante da conclusão da área técnica do TCU, o ministro Benjamin Zymler, relator do processo, determinou que o Ministério da Saúde explique em cinco dias úteis a posição da pasta em relação ao uso de cloroquina por pacientes com Covid-19. O despacho foi expedido na última sexta-feira (22).

A explicação deve ocorrer porque Pazuello adotou, nos últimos dias, uma posição “contraditória” em relação ao que o próprio ministério vem empreendendo em relação à cloroquina, conforme o despacho do ministro do TCU. A pasta também deve explicar quem foi o responsável por colocar no ar um aplicativo, o TratCOV, que orientava o uso indiscriminado do medicamento.

Não há comprovação científica sobre a eficácia da cloroquina para o tratamento precoce de pacientes com Covid-19. Mesmo assim, Bolsonaro e Pazuello apostaram no medicamento como saída para a pandemia.

Somente num caso mais recente, de crise na rede de saúde em Manaus e esgotamento de oxigênio nos hospitais, o Ministério da Saúde distribuiu 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina na cidade. O que as unidades de saúde precisavam, como anotado em diversas alertas feitos ao ministro, era de oxigênio. Pacientes morreram asfixiados.

Pazuello é formalmente investigado num inquérito pedido pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e aberto por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é suspeito de prática de crimes, em razão do que ocorreu em Manaus, e precisará prestar depoimento à PF (Polícia Federal).

No TCU, a área técnica compreendeu que a distribuição de cloroquina pelo SUS é ilegal. O entendimento dos auditores foi transcrito no despacho do ministro Zymler.

“Como não houve manifestação da Anvisa acerca da possibilidade de se utilizar os medicamentos à base de cloroquina para tratamento da Covid-19 e tampouco dos órgãos internacionais antes mencionados (as ‘Anvisas’ de outros países), verifica-se não haver amparo legal para a utilização de recursos do SUS para o fornecimento desses medicamentos com essa finalidade”, cita o documento.

Os auditores afirmam que o uso da cloroquina só poderia ocorrer “off label”, ou seja, fora do que prevê a bula do medicamento. E, para que um medicamento “off label” seja fornecido pelo SUS, é preciso haver autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo análise de auditores do TCU.

Na pandemia, a Anvisa permitiu importações excepcionais de medicamentos, desde que aprovados por “Anvisas” de outros países. “Essas autoridades sanitárias também não aprovaram o uso de medicamentos à base de cloroquina para tratamento da Covid-19”, afirma a área técnica do TCU.

O TCU diz ainda que a própria orientação do Ministério da Saúde para tratamento precoce cita a falta de evidências científicas sobre o êxito de medicamentos do tipo. “A nota informativa (do ministério) não possui os requisitos para se constituir em um protocolo clínico ou diretriz terapêutica”, afirma.

A área técnica do TCU recomendou que a nota do Ministério da Saúde, elaborada na gestão de Pazuello, seja submetida à Anvisa, “a fim de que ela se manifeste sobre a autorização ou não do uso off label da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19”.

Ao decidir pedir uma “posição oficial” do Ministério da Saúde sobre o assunto, o ministro Zymler apontou as contradições recentes de Pazuello, que disse não indicar medicação para o combate à Covid-19, e sim que as pessoas procurem por “atendimento precoce” nos serviços de saúde.

“As manifestações do titular da pasta são contraditadas pelos documentos emitidos pelo ministério, os quais indicam os medicamentos a serem utilizados, com as respectivas posologias, para o tratamento da Covid-19”, afirmou o integrante do TCU.

Outro “ponto de realce”, conforme o ministro, foi o lançamento do TratCOV pelo Ministério da Saúde, um aplicativo que estimulava a prescrição indiscriminada de cloroquina. “Possivelmente, em razão das críticas sofridas, o aplicativo não se encontra mais acessível na internet”, disse Zymler, no pedido de explicações.

À Folha, a Anvisa confirmou que não deu autorização para uso “off label” da cloroquina. O órgão disse, por meio da assessoria de imprensa, que se manifestou no sentido de que essa era uma atribuição do médico, em discussão com o paciente. E que não houve pedido para inclusão dessa indicação por nenhum laboratório.

Na reunião que selou as primeiras autorizações para uso emergencial das vacinas contra o novo coronavírus, diretores da Anvisa deixaram claro não existirem opções de tratamento precoce para a Covid-19.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Pode escrever , TONHO vai colocar o Cabo Pazuello ( com todo respeito aos cabos ) , como boi de Piranha . O doidin vai querer tirar o dele da reta e deixar a toromba para o “ para o
    estrategista”

  2. Olha aí, Pazzuello. Aquela estória de obedecer cegamente só funciona quando quem manda tem o juízo no lugar.

  3. Isso é muito importante para entendermos o quanto o Estado está Aparelhado.
    Existem milhares de denúncias de irregularidade cometidas pelos governadores e prefeitos com os recursos federais encaminhados pelo governo federal para combate a pandemia.
    Quantos governadores e prefeitos já foram indiciados? NENHUM!
    Dória comprou R$ 40 milhões em vacinas SEM QUALQUER COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA, NEM APROVAÇÃO DA ANVISA. Por acaso Dória responde a algum questionamento?
    É um país tomado por imorais e que usam seus cargos e funções em defesa dos partidos afiliados e desgaste dos opositores.

  4. Só mesmo o gado, defensor cego do Bozo, para cair no conto do "tratamento precoce" com Cloroquina que ele criou. Se houvesse o mínimo de chance desse medicamento ter alguma eficácia contra o COVID-19, seria aplicado em larga escala no Mundo. Nem o amiguinho do Bozo, Trump, caiu nesse conto do vigário! Muito pelo contrário! Assim que os americanos descobriram que cloroquina não tinha eficácia, ele aproveitou a oportunidade de abarrotar nosso país com os estoques que os EUA tinham. Afinal, o parceiro ideológico lunático continuava a acreditar no remédio milagroso! Infelizmente milhões de reais já foram gastos com esse placebo.

  5. E segurem o Dória … Em abril ele vai disponibilizar 40 milhões da vaChina! Aquela que o presidente debochou! E olha que é um governador com o presidente joga do contrato.

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Saúde

Prefeitura planeja distribuir ivermectina para amazonenses

Foto: Getty Images

Como plano para tratamento preventivo contra Covid-19, a Prefeitura de Manaus pretende distribuir a medicação invermectina à população manauara, na Arena da Amazônia ou no Sambódromo. A informação foi afirmada durante audiência pública virtual promovida pela Comissão de Saúde e Previdência (CSP) da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), pelo assessor médico da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) Djalma Coelho nessa terça-feira (12).

“A gente está pretendendo fazer uma ação na Arena da Amazônia, inclusive já ‘startou’, estamos correndo atrás. O problema é que o fornecedor diz: ‘Só tenho 20 mil comprimidos’. Isso não serve para esse tipo de ação”, revela Djalma.

A ação é articulada com o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM), segundo Djama. No fim da audiência, o deputado Dermilson Chagas (Podemos) fez um apelo para que a distribuição não ocorra na arena para evitar aglomerações, disponibilizando os medicamentos também em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Estudo preliminar levou à procura por medicamento

Os dados de buscas no Google mostram que a procura pela ivermectina no Brasil deu um salto pela primeira vez no início de abril. A esta altura, a cloroquina e o antiparasitário nitazoxanida, vendido no Brasil sob a marca Annita, eram os mais procurados nas farmácias contra a covid-19, mesmo sem eficácia comprovada.

A cloroquina era há tempos propagandeada por Bolsonaro como um remédio eficaz contra o coronavírus, e a nitazoxanida seria testada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para o mesmo fim. O aumento do interesse por eles fez com que ambos passassem a ser controlados, ou seja, comprados só com receita, o que restringiu o acesso.

Ao mesmo tempo, um estudo indicou que a ivermectina poderia matar o coronavírus. A pesquisa da Universidade Monash, na Austrália, concluiu em testes em laboratório que o antiparasitário pode neutralizar as propriedades infecciosas do vírus em 48 horas. Mas trata-se apenas de uma análise preliminar, na qual a substância foi testada em uma cultura de células, e ainda há outros passos fundamentais até que seja possível verificar se esse efeito também ocorre em pessoas.

Em Tempo

https://d.emtempo.com.br/amazonas/286713/prefeitura-planeja-distribuir-ivermectina-para-amazonenses

Opinião dos leitores

  1. Dr albert dickson e Dr Fernando tinha razão. Natal Ta tudo aberto porque fez precoce . Parabéns Dr albert por defender desde o início e ta ajudando agora Manaus.

  2. Como é que é?
    Agora a ivermectina funciona? O remédio para sarna, piolho, vermes funciona.
    Aqui um monte de loucos falavam que não servia para nada.
    Como pode?????????
    Já estão falando até na cloroquina.

    1. O povo do Amazonas , por causa da febre amarela, quase todos tomam cloroquina, que não funciona pra COVID, isso serviu de base, a ivermectina é outra coisa afff

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Saúde

Rússia conclui testes e quer distribuir vacina contra a covid-19 em agosto

Foto: Miguel Noronha/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Rússia está mais perto de se tornar o primeiro país a iniciar a distribuição de uma vacina contra o coronavírus para a população. O país anunciou hoje que concluiu parte dos testes clínicos necessários para comprovar a eficácia da imunização desenvolvida por iniciativa do governo russo. A expectativa é de que a distribuição comece já em agosto.

“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisas clínicas da Universidade Sechenov, à agência de notícias estatal TASS.

A vacina aprovada foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei. Segundo o diretor da instituição, Alexander Gintsburg, a previsão é que que a vacina “entre em circulação civil” entre 12 e 24 de agosto.

O Ministério da Saúde russo ainda realizará testes bioquímicos da vacina, mas espera finalizar o processo até setembro, mesmo mês para o qual Gintsburg prevê o início da produção em massa por laboratórios privados.

A vacina russa está perto de ser distribuída porque os testes clínicos começaram em junho. A Universidade Sechenov agrupou 38 voluntários remunerados para o estudo. Parte deles já receberá alta nesta quarta-feira (15), quando terão completado 28 dias em isolamento. A intenção foi protegê-los de outras possíveis infecções.

Os voluntários têm entre 18 e 65 anos e ainda serão monitorados por mais seis meses.

Também no mês passado, o exército russo iniciou uma outra frente de testes clínicos da vacina. O estudo vai durar dois meses e segue em andamento.

A Rússia é o quarto país do mundo com o maior número de pessoas contaminadas pelo coronavírus. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o país tem mais de 730.000 pessoas infectadas e já passou de 11.000 mortes causadas pela covid-19.

UOL

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Saúde

COVID-19: Álvaro Dias diz que prefeitura vai distribuir 1 milhão de comprimidos de Ivermectina para população em Natal

Foto: Reprodução/Twitter

 

“Está comprovado que esse medicamento é eficaz na prevenção do coronavírus e vamos usar essa arma em nosso favor para vencer a guerra contra essa pandemia”. O anúncio do prefeito de Natal, Álvaro Dias, foi feito na tarde desta terça-feira (30), informando que vai distribuir um milhão de comprimidos de Ivermectina para população.

“Vamos iniciar um trabalho de distribuição em massa da Ivermectina, com todo o acompanhamento médico necessário”, comenta.

A publicação não detalha quando começa a distribuição nem os critérios para o recebimento da medicação. Vale destacar, a Secretaria de Saúde de Natal (SMS) publicou um protocolo para orientar médicos e profissionais de saúde em geral sobre o atendimento a pacientes com Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus. Nele há a indicação da Ivermectina como medida de prevenção.

Opinião dos leitores

  1. Uma coisa é certa! Não vai mais existir lombrigas e piolhos. Será se o mundo já está sabendo que. Em Natal descobriram a cura do Covid?

    1. Ser honesto??? Pq ele não teve nem a decência de falar em uso compassivo. Disse com todas as letras que ESTÁ COMPROVADA a eficácia na prevenção, qdo o que mais tem é entidade MÉDICA e CIENTÍFICA desmentindo isso. Dia 29 mesmo a Sociedade Brasileira de Pneumologia soltou uma nota falando isso taxativamente. São mais mil mortos, amigo. Só hoje foram dois médicos. Qto mais gente na rua, mais expostos eles ( vocês??) ficam. De fato, não sou médica, mas tenho 2 em casa e temo tanto pela vida deles quanto pela de todos os BONS profissionais. Aqueles que são HONESTOS, que respeitam a ciência e, sobretudo aquelas vidas que juraram defender.

  2. Parabéns Prefeito Alvaro Dias, pelo empenho em salvar vidas! Essa Governadora deveria lembrar da queda de José Agripino e Garibaldi, que caíram após mtos anos de ineficácia!!!!!

    1. Homi, esse povo gosta de se enganar mesmo.
      Vivem num mundo próprio. Eles criam as próprias estórias.

  3. Desde o início o Presidente Bolsonaro falava na invermectina, será que é pq o dinheiro do governo federal encheu os caixas do Governadores e prefeitos.

  4. Me desculpe a sinceridade, mas esse prefeito está de Parabéns! É ação em cima de ação no combate ao Coronavírus. Parabéns prefeito Álvaro Dias!!!!!

    1. Não esqueça do presidente da República.
      Luta sozinho, contra tudo e contra todos.
      Mito disparado na próxima eleição presidencial.
      PRIMEIRO TURNO LOGO.

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