Judiciário

"MÁFIA": Processo dos Gafanhotos que envolve Fernando Freire e Luiz Almir pode ser julgado até sexta

Com a proximidade do final de março, o processo originado com descoberta da “Máfia dos Gafanhotos”, supostamente liderada pelo ex-governador Fernando Freire (PMDB), caminha para o fim. O juiz da 4ª vara criminal de Natal, Raimundo Carlyle de Oliveira, informou que poderá proferir a sentença até a próxima sexta-feira. “Estou julgando o processo. Não tenho prazo estipulado. Mas, pode ser que até sexta saia a sentença”. Além de Fernando Freire, são réus no processo o ex-deputado estadual Luiz Almir (PV) e mais 13 pessoas ligadas ao pevista. Os réus são acusados por corrupção, peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Segundo o juiz Raimundo Carlyle, caso Fernando Freire – que já foi condenado a 84 anos de prisão, mas responde em liberdade – seja considerado culpado, a prisão preventiva dele será decretada. De acordo com a denúncia do MPE, Fernando Freire comandou, de 1995 a 2002, um esquema de desvio de recursos públicos, com o repasse de gratificações a funcionários fantasmas indicados por Luiz Almir. Um dos acusados é o fiel escudeiro do pevista, Márcio Godeiro, que hoje é o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Natal.

Os réus são acusados pelo desvio de dinheiro público mediante a atribuição de gratificações de representação de gabinete a funcionários fantasmas. Segundo o MP, as gratificações eram emitidas por meio de cheques-salário sacados ou depositados em favor dos próprios réus ou de outras pessoas a eles ligadas. O esquema durou cerca de dois anos e envolvia 13 “laranjas”. O MPE informou que os cheques-salário continham no verso assinaturas falsas endossando o depósito.

De acordo com a denúncia do MPE, em muitos casos, as pessoas que tinham seus nomes incluídos nos documentos sequer sabiam que eram beneficiárias das gratificações de representação de gabinete. Em outras situações, embora algumas pessoas soubessem e tenham recebido por um período curto de tempo, desconheciam que continuassem a ser pagas. O dinheiro, frisou o MP, era desviado por terceiros. Os 13 beneficiárioseram ligados a Luiz Almir.

O caso foi descoberto depois que diversos contribuintes fizeram a declaração de isentos junto à Receita Federal no ano de 2003 e foram inseridas na “malha fina” diante da informação do fisco de que tinham recebido rendimentos tributáveis acima do limite de isenção e tendo como fonte pagadora o estado do RN, em razão de gratificação de gabinete, sem que tivessem percebido tais valores.

Fonte: Diário de Natal

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Justiça acata pedido do MP e combate propaganda eleitoral antecipada em Apodi

Acatando os termos de pedido formulado pela Promotoria Eleitoral na representação protocolada sob o n º  0001492.2012.6.20.0035, a Juíza Eleitoral da 35ª Zona determinou a remoção de material publicitário que caracterizava propaganda eleitoral antecipada em prol de virtual candidato ao cargo de prefeito municipal de Apodi.

O Ministério Público Eleitoral constatou que estava ocorrendo na cidade de Apodi a veiculação de uma campanha publicitária baseada no símbolo da “pinha”, configurando propaganda eleitoral antecipada dissimulada em prol de conhecido político local.

Conforme registros fotográficos anexados ao processo, a campanha publicitária se desenvolve mediante a distribuição, entre partidários da candidatura do “Dr. Pinheiro”, de adesivos autocolantes fixados em automóveis com a figura de um desenho da fruta denominada pinha, sendo que é muito difundida entre a população de Apodi a associação deste símbolo à imagem do representado.

A representação incluiu os nomes de diversas pessoas proprietárias de veículos que circulavam pela cidade com os adesivos da campanha publicitária, que ficaram sujeitas pela ordem judicial ao pagamento de multa diária de R$ 1 mil caso não comprovem a remoção do material.

A Promotoria Eleitoral da 35ª Zona alerta aos pretensos candidatos e à população em geral que, nos termos do artigo 36 da Lei 9.504/97, a veiculação de qualquer meio de propaganda em prol de candidaturas para as eleições de 2012 somente é permitida após o dia 5 de julho.

A violação de referida norma legal pode sujeitar o responsável pela divulgação da propaganda e o candidato beneficiário à multa no valor de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Advogado diz que delegado Raimundo Rolim mentiu no inquérito

O julgamento da família Thies sobre a morte de Andreia Rodrigues, em 2007, chega aos seus momentos finais. Após a réplica da promotora Ana Márcia Machado no Tribunal do Júri, os advogados de defesa da família tiveram direito à tréplica. O advogado Caio Túlio acusou o delegado Raimundo Rolim de ter mentido no inquérito sobre o caso. “Talvez na ânsia de achar um culpado pelo crime, doutor Rolim mentiu no inquérito”, disse o advogado.

Adriano AbreuDelegado Raimundo Rolim foi responsável pela investigação  da morte da dona de casa Andreia Rodrigues em 2007

Caio Túlio também comentou que questionou aos presentes no júri se alguém duvida de que dona Mariana ficou feliz com a morte da nora. “Foi dito aqui que dona Mariana ficou feliz com a morte de Andreia. Alguém duvida disso? Mas não gostar de uma pessoa é bem diferente de mandar matar”, falou.

O advogado ainda falou que nem mesmo a acusação tem certeza se houve o uso da faca no assassinato de Andreia Rodrigues.”Nem mesmo a acusação sabe dizer se foi usada uma faca ou um facão. Isso porque não existiu essa possibilidade”, disse. “A tese do Ministério Público deixa dúvidas. E se há dúvidas, os senhores jurados já sabem o que fazer”. , concluiu o advogado.

Antes dele, o outro advogado de defesa da família Thies, Álvaro Filgueiras teve direito à tréplica e falou por 20 minutos. Ele julgou a simulação da ocultação do corpo como “palhaçada”. A simulação foi feita com o uso de um porco.

Com o final da tréplica, os jurados irão se reunir em uma sala secreta onde responderão a sete quesitos, relativos aos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, que possui três réus – Andrei, Amilton e Mariana Thies – e uma vítima – Andreia Rosangela.

Fonte: Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

"A tese da promotora é totalmente carente de provas", diz advogado de defesa

Teve início na manhã desta quinta-feira (22) o último de julgamento do caso Andreia, ex-mulher do sargento da Força Aérea Brasileira Andrei Thies. Além de Andrei, Amilton e Mariana Thies, pais do militar, também são réus no processo.

O advogado de defesa da família Thies chegou cedo ao fórum de Parnamirim, e se mostrou confiante na absolvição de Amilton e Mariana. De acordo com a tese de Álvaro Filgueira, Andrei cometeu o crime sozinho.

“A defesa já veio preparada desde o primeiro dia. Eu estou tranquilo. Os peritos comprovaram que não houve golpe de faca, e isso definiu o caso. Não havendo golpe de faca, a gente derruba a versão do Ministério Público, de que Amilton teria desferido uma facada contra Andreia”, disse o magistrado.

Fonte: Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Com três anos de impunidade, caso do ex-cobrador que provocou morte de duas pessoas na Via Costeira tem audiência marcada

Sabe aqueles casos em que a população fica com a sensação de impunidade? Que a gente para e vê como a Justiça é lenta? Eis um. Há três anos, o ex-cobrador Edvaldo Soares da Silva, 29, altamente embriagado, furtou um micro-ônibus e provocou um grave acidente que matou duas pessoas e deixou outras duas gravemente feridas.

A imprudência do acusado resultou na colisão com três veículos: um Palio cor verde de placas MXH-8515; um Fiat Stilo, cor preta de placas MZK-4111; e outro Palio cor branca de placas MYI-9744. Morreram Daniel Bezerra da Silva, 22, passageiro do Palio verde, e Carlos Alexandre Queiroz, que estava no Palio branco.

Na época, o delegado Mathias Laurentino, então titular da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos (Deav), anda tentou conseguir realizar a prisão de Edvaldo, mas não conseguiu justificar a prisão preventiva porque ele não ameaçou testemunhas, não atrapalhou o andamento do inquérito, não tentou fugir, tampouco possuía antecedentes criminais. Resultado? O ex-cobrador terminou respondendo o processo em liberdade. O problema é que o caso não teve continuidade na justiça, após o inquérito ter sido concluído.

Somente no mês passado foi encaminhado pelo juiz Ricardo Procópio, titular da 3ª Vara Criminal, um despacho para realização de uma audiência de instrução no próximo dia 27. Já são três anos e nada de julgamento.

Nunca é demais lembrar que esse é apenas um dos vários casos que se amontoam aos milhares na Justiça por falta de andamento nos processos.

Despacho intimando acerca da audiência de instrução:

Mais imagens da época do acidente resgatadas por Vitor de Góis Ribeiro Dantas:

Opinião dos leitores

  1. Pois é, a sensação de impunidade posterga ainda mais o sofrimento de quem fica!
    Agradeço pela colaboração!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Caso Andreia: Depoimentos dos réus estão agendados para amanhã

O primeiro dia de depoimentos no Tribunal do Júri do sargento da FAB André Thies e os pais, Amilton e Mariana Thies, trouxe de volta à tona o caso da morte da dona de casa Andreia Rodrigues, ex-companheira de Andrei, assassinada em 2007. Nos depoimentos desta terça-feira (20), a acusação tentou mostrar aos jurados que os três réus são culpados e tiveram participação no homicídio e ocultação de cadáver a vítima, enquanto a defesa tentou desqualificar a versão apresentada pela Polícia Civil e pelo MP, assim como também tentou mostrar que o perfil de Andrei não é de um assassino e o crime ocorreu por impulso.

O delegado Raimundo Rolim, que foi o primeiro a depor, demonstrou firmeza ao garantir que todos os três planejaram e executaram o crime. O delegado afirmou que Amilton Thies não tinha “vontade própria” e acatou o plano de Mariana Thies, mulher do réu e apontada por Rolim como “homem da casa”, para executar o homicídio. Ela, de acordo com o delegado, também agrediu a filha do primeiro casamento de Andreia. De acordo com o delegado, Andrei Thies, a quem cumprimentou discretamente ao chegar ao júri, demonstrou frieza e, em todos os depoimentos, pensava antes de falar, chegando a inventar diversas versões para o crime.

Raimundo Rolim também foi o autor de uma frase que emocionou a irmã de Andreia Rodrigues, Priscila. Para o delegado, as duas filhas de Andreia estão sendo bem cuidadas pela tia, a quem chamou de “boa mãe” e “mulher dedicada. Além dele, também prestaram depoimentos dois policiais civis que participaram das ações, relatando como encontraram o corpo e as reações dos réus, inclusive, citando contradições os depoimentos e o teor de inteceptações telefônicas autorizadas pela Justiça em que Andrei e Amilton combinavam versão para o fato de encontrarem o corpo na casa alugada por eles. Porém, a defesa também rebateu acusações.

(mais…)

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Caso Andreia: Promotora espera que toda família Thies seja condenada por homicídio

A promotora Ana Márcia Machado ficou responsável por comandar a acusação contra os três integrantes da família Thies, acusados de assassinarem a dona de casa Andreia Rosângela Rodrigues. O crime ocorreu em 2007 e está sendo julgado nesta terça-feira (20). Para a representante do Ministério Público, não resta dúvidas de que Andrei e os pais mataram e ocultaram o cadáver da dona de casa.

“Estamos aqui para mostrar tudo o que existe no processo e demonstrar, através de provas e argumentos as condições do assassinato e, inclusive, mostrar que a dona Mariana [mãe do sargento Andrei Thies] foi a mentora intelectual do crime”, destacou Ana Márcia Machado.

Durante o julgamento de hoje, realizado no Fórum Tabelião Otávio Gomes Castro, a mãe do sargento chegou a se sentir mal e teve que ser atendida por uma equipe médica. Ela apresentou uma alteração na pressão e passou cerca de 20 minutos fora do plenário.

A irmã de Andreia Rosângela Rodrigues, a também gaúcha Priscila Rodrigues, veio do Rio Grande do Sul e estava no Fórum Tabelião Otávio Gomes de Castro. Logo que entrou no plenário, ela foi orientada a ficar sentada distante dos acusados e não esboçar nenhum tipo de reação.

Para o advogado de defesa da família Thies, Álvaro Filgueira, não houve participação dos pais no homicídio. Questionado sobre uma das versões apresentadas durante a investigação da Polícia Civil, em que Amilton confessou ter matado Andreia Rosângela, o advogado explicou: “Ele fez isso logo em que o corpo da vitima foi encontrado, em uma atitude de pai querendo proteger o filho. Qualquer pessoa faria isso”.

Na época do crime, a polícia chegou a apreender uma faca que teria sido usada para ferir e matar Andreia Rosângela e que o golpe teria sido desferido por Amilton. “Isso ficou constatado nas perícias que não era verdade. Tanto é que solicitamos a convocação dos peritos do Instituto Técnico-Cientifico de Polícia para que eles sejam ouvidos como testemunhas da defesa, pois eles vão mostrar que não houve a facada”, comenta.

Fonte: PortalBO

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Caso Andreia: Psicóloga diz que paixão, raiva e vingança motivaram o crime

O sargento da Força Aérea Brasileira, Andrei Thies, é um homem impulsivo, com dificuldade de controlar as emoções, , mas não é violento. É o que afirmou hoje (20) a psicóloga Tatiane Guedes, testemunha de defesa do sargento da FAB e que atende o militar desde 2009. Ela confirma dificuldade de Andrei Thies se relacionar com as pessoas, mas contestou laudo que afirma suposta “imaturidade emocional” por parte do sargento. De acordo com ela, o sargento está arrependido do crime.

Durante o depoimento no júri da família Thies, acusados pela morte da dona de casa Andreia Rodrigues, a psicóloga disse não concordar com laudo recente feito por peritos do Itep, que definiam Andrei Thies com o que chamaram de “imaturidade emocional”. Para ela, ele tem apenas dificuldades de relacionamentos, mas nenhum transtorno mental.

Definindo Andreu Thies como um excelente militar, com a ressalva de que “isso não significa necessariamente que isso seja fruto de uma boa educação familiar”, Tatiane Guedes confirmou que Andrei era submisso à mãe, mas em nenhum momento relatou que foi ela que mandou matar Andreia. “Como profissional posso atestar: hoje o Andrei está arrependido. Está consciente do que fez. Antes, ele dizia acreditar que a Andreia deu motivos para o crime”, disse a psicóloga.

Quando à possibilidade de que Andrei Thies e os familiares tenham premeditado o crime, a psicóloga disse que não havia como responder. “Não posso afirmar que o Andrei premetidou o crime ou não. O que posso afirmar é que ele é impulsivo. Ele era uma pessoa trancada. Não relatava nem mesmo para os colegas do trabalho as dificuldades por que passava, como a financeira”, disse.

Sobre a relação entre Andrei e Andreia, a psicóloga afirmou “que nunca houve amor entre os dois”. “O amor não era o melhor sentimento para definir a relação entre Andrei e Andrei. Não passava de uma paixão, algo mais intenso. Foram vários sentimentos que motivaram Andrei a matar Andreia: paixão, raiva e vingança, por exemplo”, definiu a psicóloga.

Fonte: Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Julgamento de sargento da Aeronáutica acusado de matar a esposa começa hoje

Terá início hoje, às 9 horas da manhã, o julgamento dos principais acusados de terem matado a dona de casa gaúcha Andreia Rosângela Rodrigues, em 2007. Andrei Bratkowski Thies, sargento da Aeronáutica e ex-marido da vítima, além dos seus pais, Mariana e Amilton Thies, sentarão no banco dos réus do Fórum Tabelião Otávio Gomes de Castro, em Parnamirim, e relatarão o que ocorreu há quase cinco anos, no dia 22 de agosto de 2007. Acusação e defesa apresentarão suas teses a pelo menos 12 jurados que, ao final do julgamento que poderá se estender pelos próximos dois dias, decidirão se os acusados são culpados ou inocentes.

Adriano AbreuPriscilla Rodrigues, irmã de Andreia Rodrigues: Ela vivia numa espécie de cárcere privado.

A magistrada Cínthia Cibele Diniz de Medeiros, irá presidir o juri. A promotora de Justiça, Ana Márcia Machado, afirmou que irá pedir a condenação dos três réus. O advogado de defesa da Família Thies, Álvaro Filgueira, disse que está ciente da condenação de Andrei, detido na Base Aérea de Natal. Entretanto, irá lutar pela absolvição de Amilton e Mariana, presos no Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes e no Pavilhão Feminino do Complexo Penal Dr. João Chaves, respectivamente.

Em Natal desde a noite do domingo passado, a irmã de Andreia, Priscilla Rodrigues, afirmou que o desejo da família da vítima é de que o Ministério Público Estadual comprove que os acusados são, de fato, os assassinos da sua irmã e que a juíza imponha uma sentença justa. “Eu acredito que os três cometeram o assassinato e quero a pena máxima. O que a Justiça determinar, eu vou aceitar”, enfatizou. Questionada se estava preparada para encarar a família acusada de tirar a vida de Andreia e em seguida ter ocultado seu cadáver por mais de dois meses, Priscilla afirmou que não. “Não sei como irei reagir. Espero me conter”, disse.

Priscilla ressaltou que Andrei e seus pais são inteligentes o suficiente para terem arquitetado a morte e a ocultação do cadáver da vítima. “Ele (Andrei) chegou a alugar uma casa no nome da minha irmã, com os documentos da minha irmã e lá, ele ocultou o cadáver dela”, ressaltou. Indagada sobre uma das teses de defesa levantadas pelo advogado da família Thies, de que Andrei sofreu de uma mudança de humor que culminou com a morte de Andreia, ela se mostrou cética. “Não acredito nisso. Ele é são o suficiente. Quanto tempo ele enganou a Polícia? Quanto tempo ele enganou minha família?”, questionou Priscilla Rodrigues sobre as declarações dos Thies à época do crime.

De acordo com Priscilla, todo o imbróglio envolvendo Andreia Rodrigues e os pais de Andrei, começou quando eles ainda moravam no Rio Grande do Sul. Andreia, oriunda de família pobre, não seria a mulher ideal para o militar da Aeronáutica. A situação dela piorou quando ele decidiu trazê-la para Natal, no início de 2007. “A minha irmã sofria agressões por parte da mãe do Andrei”, relatou Priscilla. Ela disse que em uma das vezes em que Mariana agiu contra a então nora, cortou todas as suas roupas e a deixou dormindo dentro do veículo do filho, na garagem da casa na qual moravam em Natal.

Diante de tantas agressões, Andreia decidiu voltar para a casa da família, no sul do país. Ela, porém, estava grávida da  filha de Andrei, Andrielle, hoje com cinco anos de idade. Após insistência do ex-marido, Andreia decidiu retornar para Natal com a filha recém-nascida. Andrielle tinha três meses à época. Segundo  Priscilla Rodrigues, os seis meses em que estiveram casados foi de sofrimento para Andreia. “O tempo em que eles estiveram casados, foi de agressões e humilhações”, afirmou. Priscilla relatou que Andreia era vigiada pelos pais de Andrei e, numa tentativa de fugir para o Sul, o sargento da Aeronáutica teria escondido os documentos da primeira filha da vítima (de um relacionamento antes de Andrei), Andressa. O que impediria o trânsito dela com a criança.

Após inúmeras brigas, Andreia foi assassinada em agosto de 2007 numa ação conjunta de Andrei e de seus pais, conforme a acusação do caso. O corpo da mulher só foi encontrado em outubro do mesmo ano, após desencontradas informações a respeito do seu paradeiro. A expectativa é de que todas as dúvidas em relação ao assassinato da dona de casa, sejam esclarecidas à Justiça a partir de hoje.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Jorge Abafador é absolvido da acusação de homicídio contra pistoleiro

O ex-policial civil Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Abafador, acusado pelo homicídio do pistoleiro Lourival Guerreiro de Lima, foi absolvido. Na decisão do júri, proferida na tarde desta segunda-feira (12), foi considerado que Jorge Abafador agiu em legítima defesa quando matou o pistoleiro. Dos sete votos possíveis, apenas cinco foram apurados, quando o quatro votos (a maioria) foram favoráveis à absolvição.

Conhecido por ser um dos autores da conhecida “chacina de Mãe Luíza”, onde seis pessoas foram assassinadas, incluindo uma mulher grávida e três crianças, Jorge Abafador está preso na penitenciária de Alcaçuz 2006, cumprindo pena 94 anos de reclusão. No entanto, nesta segunda-feira, ele sentou no banco dos réus devido à morte do pistoleiro Lourival Guerreiro de Lima, que ocorreu em 19 de março de 1994, no município de Doutor Severiano, durante abordagem do então policial. A demora no processo foi justificada devido a laudos que atestaram suposta enfermidade mental por parte de Jorge Abafador. Porém, nesta segunda o julgamento finalmente ocorreu.

Após quase seis anos preso, Jorge Abafador confirmou que foi o autor do disparo que matou Lourival Guerreiro. No entanto, segundo o ex-policial, o pistoleiro foi morto durante uma abordagem normal e a ação só teria ocorrido devido a uma ameaça por parte do pistoleiro.

Durante os debates, o representante do Ministério Público pediu a condenação do réu em homicídio simples, até porque pugnou pela exclusão da qualificadora da dissimulação, o que caracterizaria um homicídio qualificado. A defesa de Jorge Abafador sustentou as teses de absolvição por estrito cumprimento do dever legal e, alternativamente, homicídio culposo e a desqualificação do crime para lesão corporal seguida de morte. O júri, no entanto, entendeu que o réu agiu em legítima defesa e no cumprimento do dever legal.

Com isso, Jorge Abafador teve revogado mandado de prisão preventiva contra ele, mas permanecerá preso devido aos outros crimes cometidos.

Fonte: Blog do BG

Do blog: Nesse caso, foi feita justiça. Desde quando matar bandido é crime?

Opinião dos leitores

  1. Desde sempre, ele não é Deus para fazer justiça com as proprias mãos, agora se foi por legitima defesa msm, concordo q ele seja absorvido desse crime, mas daí justificar o assassinato pq o outro é bandido… não justifica.

  2. Há de ser ressaltado o grande trabalho realizado pelo advogado de defesa, Rodrigo Cavalcanti.
    Parabéns

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

"Jorge Abafador" volta a júri popular nesta segunda-feira

O ex-policial civil, Jorge Luiz Fernandes, mais conhecido como ‘Jorge Abafador’, volta, mais uma vez, ao júri popular, nesta segunda-feira, 12.

Desta vez, ele senta no banco dos réus, acusado pela morte do pistoleiro Lourival Guerreiro de Lima, cujo crime aconteceu em 19 e março de 1994, no município de Dr. Severiano.

O julgamento está acontecendo desde às 8h, no Tribunal do Juri, do Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal, e deve prosseguir durante toda a segunda-feira.

De acordo com informações da 1ª Vara Criminal, o processo pela morte do pistoleiro demorou, entre outras razões, porque cinco laudos, ao longo dos anos, atestaram que Abafador estaria sofrendo de uma enfermidade mental.

Além disso, foi pedida a transferência do caso da Comarca de São Miguel – que julgaria o fato – para a Comarca de Natal, pelas razões que justificam o chamado ‘desaforamento’, que são as possíveis dúvidas sobre a imparcialidade do juri, bem como a segurança do réu.

Jorge Abafador, que nesta segunda-feira será julgado pelos crimes previstos nos artigos 121 e 29 do Código Penal, também ficou conhecido pela emblemática ‘chacina de Mãe Luíza’, onde seis pessoas foram assassinadas, incluindo uma mulher grávida e três crianças. Ele está preso na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, desde 2006, onde cumpre pena de 94 anos de reclusão.

Fonte: TJ RN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Pecado Capital: oito testemunhas serão ouvidas nesta quinta-feira

Os depoimentos de testemunhas sobre possíveis irregularidades no Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem), investigada durante a operação Pecado Capital, continuam na tarde desta quinta-feira (8). Ao todo, oito pessoas serão ouvidas na 2ª Vara Criminal, sendo que duas delas darão os depoimentos através de videoconferência a partir da cidade de Assu.

O advogado e ex-diretor do Ipem Rychardson Macedo e o irmão, Rhandson Rosário, não acompanham os depoimentos, ao contrário do que ocorreu durante os depoimentos de ontem (7), onde Rychardson, inclusive, atuou como advogado em causa própria e fez questionamentos a algumas das testemunhas.

As testemunhas serão ouvidas pelo juiz Hallison Rêgo e pelo procurador do Ministério Público Federal Rodrigo Teles, além dos advogados dos réus do processo que investiga as possíveis irregularidades no Ipem durante a gestão de Rychardson Macedo, durante o Governo de Wilma de Faria.

Fonte: Tribunal do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Pecado Capital: Servidora revela detalhes de Rychardson Macedo no Ipem

A segunda testemunha de acusação a ser inquirida pelo procurador do Ministério Público Federal Rodrigo Teles e pelo juiz federal Hallison Rêgo na tarde desta quarta-feira (7) é a servidora de carreira do Ipem Maria do Socorro Freire. A funcionária detalhou ações de Rychardson Macêdo à frente do órgão e confirmou que a maioria das empresas eram contratadas em contratos emergenciais.

Durante o depoimento, a servidora detalhou que o ex-diretor do Ipem havia baixado liminar impondo regras severas e pagamentos de multas atrasadas por parte dos proprietários de postos de gasolina. Responsável pela coordenação de fiscalizações durante certo período da gestão de Rychardson, ela explicou a liminar baixada por Rychardson determinando que os postos de combustíveis só poderiam funcionar com o selo de garantia do Ipem se as dívidas referentes a multas fossem quitadas pelos empresários. No depoimento da testemunha, no entanto, o juiz Hallison Rêgo chegou a advertir a servidora por contradição durante os esclarecimentos.

Socorro Freire também confirmou a existência de 70 servidores terceirizados no Ipem na época em que Rychardson era o diretor, enquanto apenas 38 de carreira prestavam serviços no local. Questionada sobre a quantidade de terceirizados, no entanto, a servidora não soube mensurar a quantidade, mas confirmou que a maioria dos contratos firmados pelo Ipem eram emergenciais e que a negociação era feita com a direção e a área financeira do órgão.

Além da servidora de carreira do Ipem, o delegado Matias Laurentino também foi ouvido na 2ª Vara Criminal. O ex-titular da Deicot confirmou que iniciou investigação dentro do Ipem antes de ser destituído da função supostamente por influência de Rychardson de Macêdo, o que configuraria crime de tráfico de influência, investigado pela Justiça Federal.

Rychardson Macêdo e o irmão, Rhandson Rosário, estão na 2ª Vara Criminal acompanhando dos depoimentos, mas não serão ouvidos nesta quarta-feira. Os dois também não darão informações à imprensa.

Fonte: Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Pecado Capital: delegado Matias Laurentino será o primeiro a depor

Os primeiros depoimentos das testemunhas arroladas pela Justiça Federal relacionadas à operação Pecado Capital começará em instantes.

A expectativa é que sejam ouvidas sete testemunhas de acusação ao longo da tarde e início da noite de hoje. O primeiro depoente será o delegado Matias Laurentino . A previsão é de que as oitivas comecem às 14h e se estendam até às 20h.

O juiz que ouvirá os depoimentos é Hallison Rêgo Bezerra, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal.

Com informações da Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Zé Lins comprova inocência e processo por improbidade é arquivado

Por interino

O ex-prefeito de Currais Novos, Zé Lins, filiado ao PR, acaba de ter uma importante vitória na Justiça. Ele conseguiu comprovar inocência em primeira instância. Com a decisão assinada pelo juiz Marcus Vinícius Pereira Júnior, o processo de número 0001001-58.2009.8.20.0103 foi arquivado.

Zé Lins estava sendo acusado pela assessoria jurídica da Prefeitura de Currais Novos por crimes de improbidade administrativa, crime que resulta até em inelegibilidade.

“De acordo com as razões acima esposadas julgo improcedentes os pedidos formulados na inicial. Declaro, portando, extinto o módulo processual de conhecimento, com resolução de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil. 12. Sem custas. Sem condenação em honorários advocatícios por acompanhar a corrente que entende não serem eles devidos quando a ação é proposta em favor da coletividade. 13.Após o trânsito em julgado, arquivem-se”, escreveu o magistrado na sentença.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Assassino de Eloá é condenado a 98 anos e 10 meses de prisão

Lindemberg Alves Fernandes, 25, foi condenado a 98 anos e 10 meses de prisão nesta quinta-feira pela morte de Eloá Pimentel, 15, em 2008. A sentença foi proferida pela juíza Milena Dias. Pela lei brasileira, ele não pode ficar preso por mais de 30 anos. Como a soma das penas excede este limite, elas devem ser unificadas.

Na sentença a juíza afirma Lindemberg agiu com frieza e premeditadamente. “O réu agiu com frieza, premeditadamente em razão de orgulho e egoísmo”, diz.

O crime ocorreu na casa da vítima, em Santo André (Grande São Paulo), após a adolescente ter sido mantida em cárcere privado por mais de cem horas. Os jurados reconheceram todos os crimes.

Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Acusado de matar Eloá Pimentel ao lado da advogada de defesa Ana Lúcia Assad momentos antes do julgamento
Acusado de matar Eloá Pimentel ao lado da advogada de defesa Ana Lúcia Assad momentos antes do julgamento

O júri que condenou Lindemberg era formado por seis homens e uma mulher. O julgamento durou quatro dias e foi marcado pelo depoimento do réu, que falou pela primeira vez sobre o caso, e também por discussões e ameaças de abandono do plenário da advogada de defesa.

Lindemberg confessou ter atirado contra Eloá, mas disse que não planejou crime. Disse ainda que tinha reatado o namoro com a garota dias antes e que ela o havia traído.

Em um dos momentos polêmicos do julgamento, a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad chegou a falar que a juíza Milena Dias deveria ‘voltar a estudar’. Assad foi hostilizada na frente do fórum e criticou a imprensa. No terceiro dia de júri, a promotora Daniela Hashimoto pediu que o público não confundisse os atos do réu com o trabalho da defesa.

A decisão da advogada de Lindemberg de convocar em cima da hora a mãe de Eloá como testemunha de defesa também causou comentários. No momento do depoimento, Ana Cristina Pimentel foi dispensada pela própria advogada. No pouco tempo em que ficou no plenário, a mãe de Eloá encarou o réu e disse estava disposta a falar.

A estratégia da defesa foi tentar mostrar que houve falha da PM no caso e que o clima dentro do apartamento era mais ameno.

Ao todo, foram ouvidas 13 testemunhas nos quatro dias de julgamento. Entre as pessoas ouvidas estão os três amigos de Eloá que estavam no apartamento invadido por Lindemberg em outubro de 2008. Também foram ouvidos os dois irmãos da garota, que demonstraram muita emoção e lembraram do relacionamento conturbado que ela mantinha com o réu.

Já os policiais ouvidos reafirmaram que a invasão do apartamento ocorreu apenas após ter sido ouvido um disparo de arma de fogo no interior do imóvel. Durante a ação, Eloá e sua amiga Nayara Rodrigues –que também tinha 15 anos à época– foram baleadas. O capitão Adriano Giovanini, do Gate, também afirmou que, durante a negociação, percebeu que Lindemberg espancava Eloá e, desde o início, dizia que mataria a jovem e cometeria suicídio.

Lindemberg ficou sem algemas durante todo o julgamento e foi acompanhado por dois PMs armados. Ele demonstrou pouca reação durante o júri, sorriu uma vez para um dos irmãos de Eloá, com quem tinha amizade antes do crime, e para familiares dele que acompanharam o júri.

Fonte: Folha.com

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *