Diversos

Governo estuda reduzir em 30% encargos trabalhistas para gerar empregos para jovens e pessoas com idade acima de 55 anos

Foto: Ilustrativa

Além das novas propostas de emendas constitucionais para reduzir gastos, o governo do presidente Jair Bolsonaro estuda cortar em 30% os encargos trabalhistas de empresas que empregarem jovens entre 18 e 29 anos e pessoas com idade acima de 55 anos.

A medida faz parte das ações que serão anunciadas em breve pela equipe econômica para gerar empregos e mostra uma preocupação social do governo num momento de tensão nos países vizinhos.

A redução em 30% dos encargos trabalhistas valeria por um período de dois anos para estimular a contratação de jovens que estão com dificuldades de ingressar no mercado de trabalho.

O corte pode ser feito na contribuição previdenciária, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), salário-educação e contribuições do Sistema S (que reúne instituições como Sesc, Senai e Senac). A medida deve ser anunciada na próxima segunda-feira (4), quando o Palácio do Planalto vai fazer um balanço dos primeiros 300 dias do governo Bolsonaro.

Novas medidas

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, também está finalizando a elaboração de quatro propostas de emenda constitucional para serem enviadas ao Congresso em novembro. Uma delas será a reforma administrativa, que visa cortar gastos com pessoal, reduzindo os salários iniciais das carreiras do setor público e eliminando a estabilidade para os futuros servidores, com exceção das carreiras típicas de Estado, como diplomatas e auditores fiscais.

As outras três PECs se referem ao pacto federativo. Uma delas vai criar o regime de emergência fiscal, que fará mudanças na regra de ouro, criando mecanismos para serem acionados sempre que a norma estiver em risco de ser descumprida. A regra de ouro visa impedir que o governo se endivide para pagar despesas correntes, mas vem sendo descumprida nos últimos anos com a aprovação de créditos extraordinários no Congresso.

Outra proposta vai tratar do novo marco institucional fiscal, com regras a serem seguidas por União, Estados e municípios na área fiscal e acelerando a transferência de recursos para governadores e prefeitos.

Uma terceira medida vai promover a desvinculação, desindexação e desobrigação de gastos do Orçamento da União, principalmente dos fundos infraconstitucionais.

A equipe de Paulo Guedes considera fundamental acelerar a agenda de novas medidas na área econômica neste momento de tensão e incertezas em países da América do Sul, como Chile, Argentina, Bolívia e Equador, com economias em crise na região. Com isso, a estratégia do governo é mostrar que o Brasil está em outro rumo.

Blog do Valdo Cruz – G1

Opinião dos leitores

  1. PODE ATE SER COM POUCO DIREITO TRABALHISTA , POREM A O UNICO GOVERNO QUE FALA EM CRIAR ALGUM PROJETO PRA DAR OPORTUNIDADE AS PESSOAS ACIMA DE 55 ANOS NO MERCADO DE TRABALHO, POIS ACIMA DOS 40 ANOS, MESMO TENDO QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL , NÃO CONSEGUI TRABALHO , SÃO POUCOS QUE CONSEGUI. TODO PROJETO NO BRASIL SO SE FAZ PROGRAMA PRA INCLUIR JOVENS NO MERCADO, ENQUANTO PESSOAS COM MAIS IDADE FICAM ESQUECIDAS. PODERIA ATE BAIXA A IDADE PRA 40. E A PRIMEIRA VEZ QUE VEJO ALGUM VOLTADO PRA REINCLUIR PESSOAS COM MAIS IDADE NO MERCADO.

  2. Precisamos de uma reforma trabalhista urgente, onde todo o fruto do trabalho fique restrito a quem gera e quem trabalha, precisamos tirar o governo/justiça/sindicatos dessa equação….Encargos = privilégios (dos outros)…Já dizia meu avô, ninguém sabe pra quem trabalha…

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Economia

NEM-NEM: Quase 1/4 dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha, revela IBGE

Quase um quarto dos jovens brasileiros (23%) nem estuda nem trabalha, segundo os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua) sobre educação, divulgados na manhã desta quarta-feira, 19. O porcentual é ainda mais alto na faixa etária que vai dos 18 aos 24 anos, idade em que, teoricamente, deveriam estar na universidade, chegando a 27,7%.

“Mas não chamem esses jovens de ‘nem, nem'”, pediu a pesquisadora Marina Águas, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, responsável pela apresentação da pesquisa. “O fato de nem estarem estudando, nem trabalhando não significa que sejam inúteis. Uma grande parte das mulheres, por exemplo, está ocupada com o trabalho doméstico, com o cuidado de idosos e crianças. Há questões de gênero importantes por trás dessa estatística.”

A família Santos conhece bem essa realidade. Naturais do Recife, os gêmeos Maurício e Maurílio dos Santos, de 29 anos, já tiveram três filhos cada um. Por isso, suas mulheres tiveram que largar os estudos e os trabalhos para cuidar dos filhos e da casa. Elas ainda aceitaram morar em cima da casa da sogra, no bairro do Pina, zona sul da capital pernambucana, para se livrar do aluguel e fazer com que o pequeno rendimento dos maridos dure o mês inteiro.

“Moro aqui porque as contas são apertadas”, explicou Karla Campos da Silva, de 29 anos, admitindo que o que queria mesmo era trabalhar como enfermeira e ter uma casa própria. Esse sonho, no entanto, ficou pelo caminho quando engravidou de Maurício, sem planejar, aos 18 anos. “Eu estava no segundo ano do colégio, mas desisti porque não tinha com quem deixar a bebê”, conta a dona de casa, que, depois da gravidez, até chegou a concluir o ensino médio, mas nunca teve condições de começar o curso de enfermagem que tanto queria.

Com a primeira filha pequena, ela partiu, então, para outras ocupações. Não demorou muito para sair do trabalho, pois engravidou novamente. “Com três filhos, fica impossível arrumar um emprego. Não dá para pagar creche para três. E também não sobra tempo para estudar”, argumenta Karla, que hoje é cuida dos filhos de 11, 7 e 4 anos e da casa.

Ela depende do salário do marido, que é balconista de um supermercado, para pagar as contas. A cunhada Jéssica Cândido de Souza, de 28 anos, por sua vez, não tem a mesma sorte, pois o marido não tem um emprego fixo. Maurílio vive de bicos. Por isso, nem sempre consegue pagar as contas de casa, onde Jéssica passa o dia cuidando dos três filhos, de 11, 4 e 1 ano de idade, e dos afazeres domésticos.

“Queria trabalhar para ajudar. Faria qualquer coisa. Mas não consigo. Minha vida é cuidar dos meninos e limpar a casa”, diz Jéssica, admitindo que já teve que pedir ajuda à família e aos amigos nos dias mais críticos, quando chegou a faltar até comida dentro de casa. “Não voltei para a escola, porque não tinha com quem deixar o bebê.”

Jovens

A Pnad revela que o Brasil tem 47,3 milhões de jovens, de 15 a 29 anos de idade. Desse total, 13,5% estavam ocupados e estudando; 28,6% não estavam ocupados, porém estudavam; 34,9% estavam ocupados e não estudavam. Finalmente, 23% não estavam ocupados nem estudando. Os percentuais aferidos em 2018, segundo os pesquisadores, são similares aos de 2017.

“É importante ressaltar que elevar a instrução e a qualificação dos jovens é uma forma de combater a expressiva desigualdade educacional do País”, sustenta a pesquisa. “Além disso, especialmente em um contexto econômico desfavorável, elevar a escolaridade dos jovens e ampliar sua qualificação pode facilitar a inserção no mercado de trabalho, reduzir empregos de baixa qualidade e a alta rotatividade.”

A desigualdade se revela ainda mais acentuada quando aplicado o recorte por raça e gênero. Entre as pessoas brancas, 16,1% trabalhavam e estudavam – mais do que entre as pessoas autodeclaradas de cor preta ou parda (11,9%). Os percentuais de pessoas brancas apenas trabalhando (36,1%) e apenas estudando (29,3%) também superou o de pessoas pretas e pardas, 34,2% e 28,1%, respectivamente. Consequentemente, o porcentual de pessoas pretas ou pardas que não trabalhavam nem investiam em educação é de 25,8%, 7 pontos percentuais mais elevado que o de brancos.

Comparando homens e mulheres, o problema se repete de forma ainda mais grave. Entre as mulheres, a pesquisa mostrou que o porcentual das que não trabalhavam nem estudavam era de 28,4%. O de homens é bem menor: 17,6%.

De acordo com a pesquisadora, parte da explicação para este fenômeno está nos trabalhos domésticos. A realização de afazeres domésticos ou o cuidado com outras pessoas foram os motivos alegados por 23,3% das mulheres para não estarem estudando nem trabalhando. Entre os homens, esse porcentual é de meros 0,8%. Os números se mantêm estáveis desde 2017.

Águas cita como exemplo um outro indicador levantado pela pesquisa. A Pnad contínua divulgada nesta quarta aferiu pela primeira vez a frequência a creches, entre crianças de até um ano de idade (a educação é obrigatória no Brasil a partir dos 4 anos). No total, somente 12,5% frequentavam a creche. E os piores índices estavam, justamente, no Norte (3,0%) e no Nordeste (4,6%) – lugares onde a participação das mulheres no mercado de trabalho também é mais baixa.

Analfabetismo

Segundo a Pnad contínua, o Brasil tem 11,3 milhões de pessoas (com 15 anos ou mais) que são analfabetas – uma taxa de analfabetismo de 6,8%. Em relação a 2017, houve uma queda de 0,1 ponto porcentual, o que corresponde a uma redução de 121 mil analfabetos. Mais uma vez, os negros são mais afetados que os brancos: são 9,1% contra 3,9%.

O analfabetismo no País está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos; refletindo uma melhora da alfabetização ao longo dos anos. Segundo os números de 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para este grupo etário.

“A taxa de analfabetismo em geral vem caindo, a situação melhorou para o Brasil todo”, afirmou Marina Águas. “O que a gente observa é uma questão de idade importante, um componente demográfico. Com esse grupo mais velho falecendo, a tendência é cair ainda mais.”

No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais que finalizaram a educação básica obrigatória, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 47% da população. O estudo chama atenção para o porcentual de pessoas com o ensino superior completo, que passou de 15,7% em 2017 para 16,5% em 2018.

A média de anos de estudos dos brasileiros é de 9,3 anos – um número que vem crescendo, em média, 0,2 ao ano. A diferença em relação à raça permanece. Os brancos têm 10,3 anos de estudo, contra 8,4 dos negros. As diferenças regionais também acentuam a desigualdade. O número mais baixo é no Nordeste, 7,9, e o mais alto, no Sudeste, 10,0.

Rede Pública

A rede pública de ensino formou 74,3% dos alunos na creche e na pré-escola. O porcentual aumenta no ensino fundamental, chegando a 82,3%. No ensino superior, no entanto, a situação se inverte. A maior parte dos alunos é formada por escolas privadas, 74,2%.

“É natural que tendo cada vez mais gente com o ensino médio completo haja uma pressão para a expansão do ensino superior”, constata a pesquisadora. “E quem tem a maior capacidade de resposta é a rede privada.”

Opinião dos leitores

  1. É normal que a mulher que casa jovem e já tem varios filhos, não tenha mais tempo pra trabalhar nem estudar. Quem tem obrigação de sustentar o lar é o HOMEM. As mulheres do Recife citadas acima já deveriam estar realizadas. Casa, marido e filhos. Reclamar do que? Não era o sonho delas?

  2. mira rato não ne coelho e mais delicado mais voçe queria o que esse povo não tem o que fazer nao tem lazer ai vai foderrr!!! eo que e pior não se previne!!!

    1. O PT saiu distribuindo diploma a rodo enquanto enriquecia as elites das mantenedoras com crédito subsidiado ( dinheiro de pobre) e ainda fazia discurso vagabundo de que a elite não quer pobre estudando.

  3. Esse povo pobre procria igual a rato. Eu tenho 28 anos, sou pobre, porém tenho outra mentalidade e se for para colocar outro fudido no mundo estou fora.

    1. Mira, deixe de canalhismo e atribua sua "inteligenstia" somente aos anticoncepcionais. E para efeito de comparação, o Brasil está gerando menos de 2,1 filhos por casal, o que se mostra insustentável para previdência.

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Diversos

Jovens estão experimentando mais na hora do sexo, revela estudo; especialistas acreditam que mídia e internet tenham ajudado a derrubar tabus

Divulgação / Inmagine Royalty Free

Menos tabus e iniciação sexual aos 16 anos. Essas foram algumas das revelações de uma pesquisa realizada no Reino Unido com homens e mulheres entre 16 e 24 anos.

Feito a cada 10 anos desde 1990, o levantamento já soma mais de 45 mil entrevistados. No mais recente relatório — que cruzou as três últimas pesquisas —, os estudiosos descobriram que o sexo anal tem se tornado uma prática mais frequente.

Mais de um a cada 10 adolescentes disseram já ter feito sexo anal aos 18 anos. Entre os com 22 e 24 anos o número subiu para três a cada 10, diz a BBC . No entanto, o sexo vaginal e oral segue como o mais comum entre homens e mulheres. A idade da iniciação sexual não sofreu variação entre as décadas: na pesquisa mais atual, a faixa etária é aos 16 anos.

Embora apontem mudanças no comportamento sexual dos jovens, os especialistas não têm uma justificativa para isso. Especula-se que seja reflexo de uma maior aceitação e menor julgamento em relação à experimentação.

De acordo com a Rede BBC, a mídia e a internet desempenham papel fundamental na quebra de tabus.

— A internet significa que as pessoas podem facilmente achar e ver coisas que antes não conseguiam. O sexo anal é bastante estigmatizado, mas as atitudes parecem estar mudando. Sabemos que a sociedade se tornou mais aberta, mas ainda há muito pouca pesquisa sobre sexo anal e motivação — disse à emissora a Cynthia Graham, professora de Saúde Sexual e Reprodutiva da University of Southampton, na Inglaterra.

Gaúcha ZH

 

Opinião dos leitores

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Polícia

Três jovens são assassinados a tiros no Litoral Norte do RN

Três jovens ainda não identificados foram assassinados a tiros, na madrugada desta sexta-feira (11), em uma residência, localizada no assentamento Santa Ana, zona rural do município de Maxaranguape, Litoral Norte do RN.

De acordo com informações da Polícia Militar, duas das vítimas morreram no local. A terceira ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda segundo a PM, não há informações sobre os suspeitos, mas a principal hipótese levantada pela política até o momento é de que o crime tenha se tratado de um acerto de contas.

Com informações do G1RN.

Opinião dos leitores

  1. Mais 3 para a conta, só espero que comecem a divulgar dados estatísticos mais refinados, como por exemplo, quantidade de homicídios de envolvidos com o crime e ex-detentos. Não que uma pessoa deva morrer por ter cometido algo criminoso em algum momento da vida (No país que louva a ilicitude, sobraria pouco da população), todavia uma análise mais refinada pode esclarecer que parcela DE FATO da sociedade está morrendo, ajudando a direcionar recursos na parte preventiva e social.

  2. O aumento da criminalidade só está começando. A culpa não é da imprensa e sim do abismo social iminente. O Governo do presidente LULA erradicou a fome, minimizou a desigualdade social e agora está se desfazendo tudo o que foi feito nesses 13 anos do projeto de uma sociedade mais justa. Já está chegando o tempo em que ficaremos enclausurados em nossos guetos. DEUS nos salve!!!

    1. Símio mesmo. Nesse seu raciocínio míope podemos ficar na seguinte questão: porque nos anos de governo do PT a violência não diminuiu?
      Achar que crime e pobreza se relaciona é como supor que todo cachorro terá pulgas.
      Crime se relaciona com: proveito econômico rápido, penas leves, benefícios de progressão de pena e prisões rápidas.
      Junte tudo isso e fica claro porque temos vagabundos.
      Finalizando de vez com sua preguiça intelectual e sua vocação em repetir mantras ultrapassados de esquerda porque numa mesma rua temos um cara que é ladrão e outro que ganha a vida honestamente?

    1. E as pessoas envelhecem por serem bandidos? pensei que jovem fosse gente nova…

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Comportamento

EFEITO POKEMON: Jovens de hoje fazem menos sexo do que seus antecessores

globo

Foto:Marcio Jose Sanchez / AP

Apesar do universo de aplicativos facilitadores de relacionamentos, os jovens de hoje estão fazendo menos sexo do que a geração anterior. Conhecidos como millennials por terem nascido perto da virada do milênio, as pessoas atualmente na casa dos 20 anos estão atrás da chamada geração X nesse quesito. É o que motra uma pesqusa que analisou dados de 27 mil americanos.

Segundo a consulta, baseada nas respostas de 26.707 pessoas ao questionário da Pesquisa Geral Social, 15% dos americanos de 20 a 24 anos não fazem sexo pelo menos desde os 18 anos (aí estão incluídos os indivíduos nascidos nos anos 90 que nunca transaram). Já entre os membros da geraçao X, apenas 6% ficaram sem sexo dos 18 até os 24 anos.

Para os pesquisadores de diferentes dos EUA que destrincharam a consulta, os números mostram que a “fila” da geração Tinder anda muito mais lentamente do que se pensava. O estudo foi publicado nesta terça-feira pelo periódico “Archives of Sexual Behaviour”.

– Os aplicativos de encontros, em teoria, deveriam ajudar os millennials a encontrar parceiros mais facilmente, mas a tecnologia pode estar causando um efeito diferente sobre os jovens adultos. Mas a tecnologia pode ter um efeito oposto se esses indivíduos deixam de interagir com outros pessoalmente para ficar na internet e, por isso, fazem menos sexo – analisa Jean M. Twerge, professora de Psicologia da Universidade de San Diego, nos EUA, e autora do livro “Geração Eu”.

Preocupações com a segurança pessoal e a frequência de notícias sobre abuso sexual podem também estar contribuindo para a inatividade sexual dos millennials em comparação com gerações anteriores. Segundo Jean Twerge, esta geração é muito preocupada com a segurança, o que também fica claro com seu consumo reduzido de álcool e seu interresse por “espaços seguros” em universidades.

– É uma geração muito avessa ao risco, e esta atitude pode estar influenciando suas escolhas sexuais.

De acordo com o trabalho, também realizado por professores das universidades da Florida Atlantic e Wildener, ambas nos EUA, outros fatores também podem explicar essa realidade, como a abundância de pornografia on-line, o alto número de jovens adultos morando com seus pais, a idade média cada vez mais avançada com a qual as pessoas se casam hoje e, claro, o crescente entretenimento virtual.

O GLOBO

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Polícia

Três adolescentes são apreendidos com veículo roubado na zona Norte de Natal

Policiais do Grupo de Policiamento Interativo (GPI) do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) apreenderam na tarde desta segunda-feira (9), na Avenida Senhor do Bonfim, no Conjunto Santa Catarina, na zona Norte de Natal, três adolescentes que estavam em um veículo do tipo Ford Fiesta, de cor prata e placas MZD 1923, com registro de roubo/furto.

A ação ocorreu durante um patrulhamento de rotina quando os policiais suspeitaram do grupo e fizeram a abordagem. A placa do veículo encontrava-se adulterada, sendo facilmente detectado pelo GPI.

Todos foram conduzidos para a Delegacia Especial de Atendimento ao Adolescente onde serão ouvidos para melhor apuração dos fatos.

Opinião dos leitores

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Diversos

Papa encoraja jovens "a compreender a importância da pureza e da virgindade"

papaafpO papa Francisco encorajou nesta quarta-feira os jovens “a compreender a importância da pureza e da virgindade”, durante uma audiência geral realizada na Praça de São Pedro.

Após terminar a catequese, nas tradicionais saudações em vários idiomas, Francisco lembrou que hoje é celebrada a festividade de Santa Ágata, virgem e mártir, e pediu que sua “virtude heroica” estimule os jovens e ajude a “compreender a importância e a pureza da virgindade”.

O papa também pediu que Santa Ágata ajude os recém-casados a “compreender o papel da mulher na vida familiar” e que ajude os doentes “a aceitar a cruz em união espiritual com o coração de Cristo”.

Por conta da forte chuva que cai sobre Roma, hoje os doentes que todas as quartas-feiras ocupam um lugar perto do altar colocado na Praça de São Pedro, foram acomodados no interior da basílica e o papa os cumprimentou antes de começar a audiência.

O pontífice dedicou hoje sua catequese à Eucaristia e afirmou que “é importante que as crianças se preparem bem para receber a primeira comunhão”.

Terra via Agência EFE

Opinião dos leitores

  1. Ora, seu Francisco, é porque o sr. não conhece os prazeres da impureza e da não-virgindade. São coisas horrorosas de boa, seu Chico, que se aprontam com o corpo e a alma. Tudo pelo prazer aqui e agora. Mas o sr. sabe que é assim desde os tempos. Com um detalhe: se não sujar, não vai ter o que limpar. Ficaria um vazio na sua pregação. Ou seja: uma coisa depende da outra, né não? Tenho gostado das suas falas, em especial aquela que disse que não existe fogo no inferno. Oba! Fico mais tranquilo. Ademais, meu caro pontífice, o sr. disse também que a internet é um dom de Deus. Caramba!, achei um negócio avançado demais, isso deu um polimento na sua modernidade. Quer dizer que temos de aceitar as mazelas da internet? Já que com Deus não se discute? Veja aí.

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Religião

Fraternidade realiza encontro para jovens no feriadão na Grande Natal‏

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No fim de semana de feriadão entre os dias 15 a 17 deste mês, a Fraternidade Discípulos da Mãe de Deus promove o encontro para jovens “Avança Para Águas Mais Profundas” na Casa de Retiro em Parnamirim. Durante os três dias os jovens vivenciarão momentos de espiritualidade com lazer, orações, interatividade e intimidade com Deus.

As inscrições para o Encontro são limitadas e os interessados devem ter entre 14 e 28 anos e realizar a inscrição no valor de R$ 40 (incluindo hospedagem e alimentação) na sede da Fraternidade, na rua Júlio Gomes Moreira, 1312, Barro Vermelho ou pelo email [email protected].

avanca1A programação contará com momentos especiais com provas radicais, luau, encenação teatral, louvor, adoração e missa, com a presença de padres e jovens missionários da Fraternidade.

Acampamento-2-044O Encontro é aberto para jovens que já caminham em grupos ou movimentos das diversas paróquias e comunidades da Arquidiocese de Natal, ou aqueles que ainda não tiveram experiências com a fé católica e desejam vivenciar momentos de interação através de dinâmicas e reflexões sobre a fé e o papel jovem na igreja e no mundo.

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Diversos

Joaquim Barbosa e Papa Francisco estreiam em lista dos líderes mais admirados pelos jovens

Untitled-1O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou ao primeiro lugar da lista de líderes mais admirados pelos jovens, lugar que ocupou em 2011, como mostra a 12ª edição da pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, elaborada pela Cia de Talentos em parceria com a Nextview People. Em segundo lugar, apesar da crise que vem enfrentando em seus negócios, aparece o empresário brasileiro Eike Batista, seguido de Steve Jobs, cofundador da Apple morto em 2011.

Na composição do ranking de líderes mundiais deste ano, os jovens apontaram um único nome que não é político, nem tampouco empresário: o Papa Francisco, que foi o oitavo nome da lista de preferências. Outra grande estreia foi a do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que ocupou a sexta posição do ranking. Ambos foram escolhidos por suas características pessoais, como humildade, disciplina e determinação, pelas causas pelas quais lutam e pela paixão pelo que fazem. Completam a lista de preferência Roberto Justus (4ª posição), a presidente Dilma Rousseff (5ª), Bill Gates (7ª), Mark Zuckerberg, do Facebook (9ª) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (10ª).

Os motivos de escolha desses líderes mundiais também refletem os valores e crenças desses jovens. Empreendedorismo e inovação são apontados por 26% dos respondentes. Determinação, disciplina e humildade estão em segundo lugar. O terceiro ponto é a visão sistêmica e a clareza sobre aonde se quer chegar com 14% das respostas. Os jovens valorizam ainda a capacidade de defender uma causa (13%) e de superar barreiras e vencer preconceitos (10%).

Ranking dos líderes brasileiros

No ranking de líderes brasileiros, além do presidente do STF, Joaquim Barbosa, estrearam outros três importantes nomes do nosso cenário político-econômico: o empresário Jorge Paulo Lemann, maior acionista da Ambev e sócio da gestora 3G Capital, que comprou o Burger King em 2010 e a Heinz; a presidente da Petrobras, Graça Foster; e Flávio Augusto da Silva, que montou a bem-sucedida rede de escolas de inglês Wise Up, e que no inicio deste ano, tornou-se acionista do Grupo Abril Educação, que adquiriu a empresa e sua rede de franquias.

De acordo com o levantamento, Joaquim Barbosa foi apontado pelos jovens em razão de sua exposição na mídia devido à importância de seu papel no julgamento dos envolvidos no Caso do Mensalão. Jorge Paulo Lemann e Flavio Augusto Silva foram citados por seu empreendedorismo e capacidade de inovar. Em contrapartida, Graça Foster, presidente da Petrobras, percorreu uma longa carreira na estatal. Nela, os jovens destacam características pessoais como determinação e disciplina, apontados por 25% dos jovens que a escolheram.Eis o ranking dos líderes brasileiros do primeiro ao décimo lugar: Eike Batista, Roberto Justus, Dilma Rousseff, Joaquim Barbosa, Lula, Silvio Santos, Jorge Paulo Lemann, Bernardinho, Graça Foster e Flávio Augusto da Silva.

Desde 2009, ano em que a seção ”Liderança” foi incluída na pesquisa, o perfil dos escolhidos vem mudando aos poucos. Pelos rankings passaram gestores, ex-gestores, pais, mães, ícones do esporte e além de empresários e políticos. De acordo com os autores da pesquisa, saber quem são os líderes dos jovens de hoje e porque eles são sua referência de liderança é um bom caminho para entender o que eles esperam de seus gestores na vida real. Em 2013, os 52 mil jovens brasileiros que participaram da pesquisa, com idade entre 17 e 26 anos, citaram 1.880 líderes diferentes.

— Isso significa uma fragmentação de modelos a serem seguidos. Os jovens perceberam também que os pais não estão necessariamente preparados para orientá-los na carreira e esse papel foi delegado aos gestores. Porém, nem todos eles estão preparados para gerir pessoas e muitas vezes os jovens ficam desapontados — pondera Danilca Galdini, sócia da Nextview People.

Um ponto que chamou a atenção na pesquisa este ano é que quantidade de participantes que admiram um líder vem aos poucos diminuindo. Em 2013, 46% dos jovens disseram ter um líder, 6% a menos que no ano passado. Já a exigência do jovem em relação ao gestor é cada vez mais alta: este precisa conhecer profundamente cada colaborador, ajudar seus liderados na execução das tarefas do dia a dia e na orientação da sua carreira. Ou seja: um bom líder é aquele que tem capacidade de gerir pessoas e deixá-las fazer as coisas com liberdade, confiança e espaço para inovar e cocriar. Além disso, é fundamental que tenha também boa comunicação, seja transparente e dê feedbacks constantes, para que o jovem saiba se está no caminho certo.

De acordo com Maíra Habimorad, sócia da Cia de Talentos, o jovem respeita um líder que explica o porquê de cada atividade, pois seu trabalho precisa ter um significado, um propósito. É isso que o motiva a fazer parte da equipe daquele líder.

—Além de conhecimento técnico, de saber gerir os negócios, o líder tem que conhecer bem seus colaboradores, dar autonomia sem deixar de estar próximo, e tudo isso com paixão pelo que faz. Ainda que os jovens reconheçam que exista uma idealização, esperam exatamente essas características desse líder — conclui Maíra.

O Globo

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Saúde

Levantamento mostra que um em cada cinco adolescentes interrompe tratamento da aids

Um levantamento feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência no tratamento de HIV/aids, mostrou que um em cada cinco dos adolescentes com aids acompanhados pelo hospital abandonou o tratamento no ano passado. Foram avaliados 581 adolescentes, de 12 a 17 anos, dos quais 131 estão há pelo menos seis meses sem ir ao médico ou sem voltar ao consultório para nova avaliação. Dos jovens avaliados, 71 são do sexo masculino e 60, do feminino. A maioria foi infectada pela mãe durante o parto (transmissão vertical).

De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn, do Emílio Ribas, durante o período de observação, os jovens em tratamento deveriam ter comparecido a pelo menos duas consultas, nas quais sua saúde seria avaliada e o receituário fornecido, para que os medicamentos fossem retirados gratuitamente na própria farmácia do instituto.

“As avaliações clínicas devem ser feitas a cada três meses. Se ele não vem para a consulta, não recebe a receita e não retira o remédio> Portanto, está interrompendo o tratamento. Normalmente, são administradas de três a cinco drogas antirretrovirais, algumas combinadas, mas este número pode ser reduzido a um comprimido só, favorecendo muito a adesão”, explicou o médico.

Gorinchteyn ressaltou que, uma vez iniciado o tratamento, ele jamais pode ser interrompido, e os horários têm de ser seguidos com rigor. Segundo ele, a interrupção do tratamento pode tornar o vírus resistente à medicação, ou seja, “o vírus deixa de ser sensível ao remédio e o organismo não responde ao tratamento”.

O infectologista informou que o Emílio Ribas tem uma estratégia para buscar os pacientes, caso deixem de comparecer aos retornos médicos. A convocação é sempre direta, por telefone ou por telegrama. É preciso avaliar que, apesar de serem menores de idade, que teoricamente teriam um adulto responsável por eles, a maioria desses adolescentes contraiu o HIV por transmissão vertical, na gestação da mãe contaminada.

“Isso quer dizer que muitas das mães estão doentes, ou já não estão mais vivas para cuidar dessas crianças. São jovens que podem estar sob cuidados de tutores ou responsáveis que, eventualmente, desconhecem o não comparecimento deles ao ambulatório. Muitas vezes, quando esses responsáveis foram questionados disseram acreditar que as crianças iam às consultas.”

Para Gorinchteyn, a interrupção do tratamento pode ocorrer pelo fato de jovens dessa faixa etária terem dificuldade para encarar uma doença que precisa de acompanhamento constante e que já é tratada desde o nascimento. “Eles também recebem uma carga de preconceito, por estarem contaminados, mas sem ter a real culpa por isso. Assim, cria-se a dificuldade de aceitação da doença e das dificuldades de inserção social”, ressaltou o médico.

Assim, os jovens acabam abandonando o tratamento, como se isso pudesse negar a existência da aids, lamentou o médico. No entanto, disse ele, identificar esse tipo de abandono do jovem pelo cuidador não quer dizer exatamente que tenha havido negligência, mas que existe dificuldade do jovem com relação à doença e à necessidade de um tratamento regular, com regras e restrições, o que pode ser difícil para uma pessoa dessa faixa etária. Gorinchteyn destacou que nenhuma consulta é feita sem a presença de um maior de idade.

“O que queremos saber agora é quanto dessa não adesão deve-se à falta de responsabilidade do tutor e quanto se deve à falta de disponibilidade do próprio paciente. Temos de ter essa parceria muito mais clara com o responsável, que não pode se submeter ao desejo do paciente, que, muitas vezes, encontra desculpas para não comparecer às consultas”, acrescentou o médico. Para ele, é preciso “afinar o comportamento do cuidador” quanto a essa pressão do paciente.

De acordo com o infectologista destacou que é preciso acolher psicologicamente essas crianças e adolescentes e não se deixar levar pelas desculpas da criança e levar em conta que sendo tutor é preciso assumir a responsabilidade do tratamento do menor de idade. Gorinchteyn chamou a atenção ainda para o fato de que uma vez que o jovem não tem a preocupação em fazer o tratamento corretamente nada garante que ele vá ter relações sexuais com proteção, podendo então transmitir o vírus.

Agência Brasil

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Diversos

Acampamento católico para jovens acontece em janeiro na Grande Natal

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O Acampamento de Jovens, conhecido como Acamps, está com as inscrições abertas para a edição 2013, que acontece de 17 a 22 de janeiro. O local escolhido este ano é o Tropical Eco Resort, em São José do Mipibu, região da Grande Natal.

No Acamps, os jovens participam de várias atividades, como futebol, volley, shows e peças teatrais, além de momentos de espiritualidade com louvor, adoração, cursos de formação, celebração eucarísticas, aconselhamento e confissões.

O evento, que também acontece em outras capitais do país, é realizado pela Comunidade Católica Shalom. As inscrições podem ser feitas no Shalom Petrópolis, na Avenida Hermes da Fonseca, nº533, ao lado do Colégio Auxiliadora, ou através do endereço eletrônico, que também tem informações sobre o regulamento e dicas sobre o que é preciso levar.

 

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Comportamento

Geração 'Nem': Um quinto dos jovens nem estuda, nem trabalha, nem busca emprego

A matéria publicada no Jornal O Globo traz um dado revelador: 5,3 milhões de brasileiros entre 18 e 25 anos  estão fora da educação formal e do mercado de trabalho. É a chamada geração ‘Nem’, nem estuda e nem trabalha. Todo mundo deve conhecer algum jovem que se encaixe na realidade, um alerta, pois esse total de jovens ‘nem’, é quase a população da Dinamarca. Enquanto isso, ao invés da profissionalização através do estudo e o ingresso no mercado de trabalho, jovens  esperam o tempo passar,  o problema é que quando alertarem para o fato, já poderá ser bastante tarde.

Confira a reportagem na íntegra:

 

Para Letícia Protásio, “os dias passam devagar”. “Sobra tempo para ver as coisas do bebê”. Sobra tempo porque a jovem de 20 anos não está estudando, tampouco trabalha, e muito menos procura emprego (“Quem vai empregar uma grávida?”). Ela é um dos 5,3 milhões de jovens, entre 18 e 25 anos, que estão fora da educação formal e do mercado de trabalho — quase a população da Dinamarca. Um problema que atinge um em cada cinco jovens (ou 19,5% dos 27,3 milhões de pessoas dessa faixa etária), aponta o estudo exclusivo “Juventude, desigualdades e o futuro do Rio de Janeiro”, coordenado pelo professor Adalberto Cardoso, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele teve por base microdados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE.

As razões que levaram Letícia a interromper os estudos e largar o emprego passam pela maternidade — um dos principais motivos para as mulheres abandonarem os estudos e adiarem a entrada no mercado de trabalho. Pelos dados do especialista do Iesp, o número de moças que fica em casa é quase o dobro do dos rapazes: respectivamente, 3,5 milhões e 1,8 milhão. Mas a maternidade não é a única explicação. O forte desalento, segundo Cardoso, ajuda a entender os números alarmantes. Que ficam mais graves quando se leva em conta que, em 2010, ano do Censo, a economia brasileira cresceu 7,5%.

— Esses jovens que ficam fora têm qualificação muito ruim. Tão ruim que, ao abandonarem a escola, o mercado de trabalho, mesmo em plena atividade, não os absorve. Resultado: eles desistem, e são os pobres os mais afetados — disse Cardoso, acrescentando que esse fenômeno é muito urbano. — Entram nesses números os jovens que foram puxados para a criminalidade.

Na parcela mais pobre da população brasileira, com renda per capita de até R$ 77,75, quase metade (ou 46,2%) dos jovens estava fora da escola e do mercado de trabalho.

— A escola não consegue atrair o jovem, levando a uma elevada evasão escolar. Em consequência, ingressar no mercado de trabalho vai ficando mais e mais difícil — explicou Cardoso.

Professor vê desalento estrutural

O gargalo, segundo o professor Fernando de Holanda Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), está na baixa taxa de matrícula do ensino médio. Hoje, segundo ele, ao menos 50% dos jovens trabalham sem ter nível médio:

— Quando vão para o mercado de trabalho, não conseguem se colocar. Esse cenário cria um desalento estrutural, que se complica a cada ano. É um problema de longo prazo.

O paulistano Eduardo Victorelli, de 22 anos, não terminou o ensino médio e não buscou cursos técnicos ou profissionalizantes depois que largou a escola, aos 17 anos. Embora pareça ter um futuro incerto, ele afirma com segurança que será jogador de futebol:

— Meus pais e minha família me apoiam e conseguem pagar as contas. Acreditamos que o salário de jogador mudará nossa vida.

Ele largou a escola para ir ao Paraná, tentar jogar no Coritiba. Mas o salário não bastaria para comer, morar e viver em outro estado, e voltou para São Paulo. Desde então, jogou em dois pequenos times. Ele mora em Sapopemba, bairro simples da Zona Leste, com os pais, avós e tios.

O afastamento dos estudos e do trabalho vai comprometer — e muito — o futuro desses jovens, diz Cardoso:

— Parte dessas pessoas vai se colocar como assalariado sem carteira assinada. Esse jovem de hoje vai carregar o peso desse abandono pelo resto da vida — disse Cardoso.

Letícia vive com o namorado, que ganha R$ 1.500 por mês como divulgador. Em Jacarepaguá, eles têm o apoio da avó e da mãe dele.

— Sei que agora vou ter que ficar em casa, cuidando do meu filho. Talvez por um, dois anos.

Para Hildete Pereira, coordenadora do Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero da UFF, faltam políticas públicas de controle da natalidade e apoio para cuidar de crianças. A cobertura de creches passou de 7% das crianças de 0 a 3 anos em 2000 para 21% em 2011:

— Melhorou, mas ainda há déficit.

Enquanto isso, país amarga escassez de mão de obra

O contingente de 5,3 milhões de jovens inativos no Brasil ocorre num momento em que o país tem baixas taxas de desemprego e os empresários se queixam de escassez de mão de obra.

— É um desperdício de recurso, especialmente no momento econômico do país — disse Naércio Menezes, professor de economia do Insper, acrescentando que, quando o jovem deixa de enxergar os benefícios da educação, ele deixa de ter um futuro melhor.

Essa geração perdida vai fazer falta para um crescimento sustentado, advertiu Paulo Levy, economista do Ipea. Ele explica que as empresas terão que aumentar a produtividade dos que estão trabalhando.

Mas o crescimento econômico do país também permite que uma ínfima parcela desse contingente tenha respaldo em casa para pensar na carreira. Além disso, na chamada “geração canguru” os jovens deixam a casa dos pais mais tarde. Nesse universo, estão pessoas que se preparam para concursos públicos ou tiram um sabático para viajar. O Iesp-Uerj só considerou quem não frequenta a educação formal.

Natália de Miranda, de 24 anos, estuda em casa para o concurso para magistratura do trabalho:

— Estudo de seis a oito horas por dia e, muitas vezes, ainda ouço que não estou fazendo nada.

Mas o cenário pode ser ainda pior. Ao incluir os jovens que buscam trabalho mas não conseguem, os 5,3 milhões saltam para 7,2 milhões. Ou seja, a cada quatro jovens entre 18 e 25 anos, um está parado.

 

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Comportamento

Expectativa salarial de jovens brasileiros cresce 4% e chega a R$ 3.740

Os universitários brasileiros esperam iniciar a carreira com um salário de R$ 3.740, aponta pesquisa com 12 mil estudantes feita no primeiro semestre deste ano pela consultoria Universum. O valor é quase 4,5% superior ao apurado no ano passado. Homens e mulheres, no entanto, têm expectativas diferentes. Em média, eles querem ganhar, por mês, R$ 720 mais que elas – uma diferença de cerca de 17%. Antes, era de 22%.

“Historicamente sempre houve uma diferença de expectativas salariais entre homens e mulheres. Contudo, o que ainda é surpreendente é que parte desta diferença começa logo pelas expectativas iniciais. Mais tem de ser feito ao nível das empresas para garantir igualdade entre os sexos”, diz o responsável pela Universum no Brasil, João Araújo.

Para Sofia Esteves, presidente do Grupo DMRH, consultoria de serviços de Recursos Humanos, a pesquisa indica que os homens são mais ambiciosos que as mulheres e também a “falta de informação” entre as universitárias. “No início da carreira não existe esta distinção salarial”, afirma. “Isso pode mostrar que o salário não é o ponto mais relevante para elas. Talvez, primeiro, as estudantes visem a trabalhar numa empresa que as valorize.”

A executiva lembra que o aumento de 4% nas expectativas salariais é menor que a inflação registrada em 2011, de 6,5%. Segundo Sofia, o valor médio pago pelas empresas a recém-contratados é, em média, de R$ 2.800. “R$ 3.740 é um salário viável para companhias de grande porte.”

Tamanho e imagem

Outro recorte nos dados do levantamento mostra que os homens prefeririam trabalhar em empresas com mais de mil funcionários, enquanto as mulheres gostariam de iniciar a carreira em companhias com 500 a 1.000 empregados.

“Ao trabalhar numa empresa menor, o recém-formado tem oportunidade de conhecer o negócio mais profundamente, aprender mais e estar mais perto dos gestores”, diz Sofia, da DMRH. “As mulheres buscam mais estabilidade.”

As diferenças entre os sexos são ainda mais perceptíveis no que se refere à imagem que os universitários têm de um empregador dos sonhos. Os homens aspiram a trabalhar em empresas que promovam a inovação, ofereçam um trabalho desafiante e tenham um salário-base competitivo. Já as mulheres procuram companhias que estejam comprometidas com a sustentabilidade ambiental, ofereçam estabilidade no emprego e sejam uma boa referência para sua carreira futura.

Para Sofia, o perfil das empresas cobiçadas pelos homens é de “grandíssimo porte”. “Eles pensam na possibilidade de ascender rápido na carreira”, opina.

“Parece claro que os homens estão mais focados no presente, procurando um ambiente competitivo e um trabalho bem remunerado, enquanto as mulheres pensam mais no futuro, quer ao nível da sua carreira pessoal, mas também da sustentabilidade ambiental”, concluiu João Araújo, da Universum.

Fonte: Estadão.edu

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Cultura

Como estimular a leitura dos jovens? Dando livros censurados e proibidos

Diga o seguinte a uma criança pobre, com poucas perspectivas e quase nenhuma vontade e estímulo de qualquer contato com literatura: “Que tal ler uma das melhores obras do século 20?”.

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Dificilmente terá sucesso. Agora tente dizer: “Esse livro foi proibido porque tem um tiquinho assim de sacanagem.”

É com essa ideia simples que o projeto The Uprise Books pretende levar grandes livros a jovens e crianças carentes: em vez de dizer que O Grande Gatsby é o livro definidor da década de 1920, da era do jazz e blábláblá, dizer que ele foi polêmico, fala de festas, bebedeiras e, sim, é legal.

Basta os estudantes acessarem o site, buscar por livros que foram banidos (ou que motivaram pedidos de proibição nas prateleiras) e fazer o pedido, que é entregue de graça.

Fonte: Super

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Acidente

Os cinco jovens desaparecidos são encontrados mortos na Bahia

A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo encontrou na manhã desta terça-feira os corpos dos cinco universitários desaparecidos desde sexta-feira, Eles foram localizados na BR-418, região de Juerana, em Posto da Mata, na Bahia. Os jovens estavam dentro do veículo, e a causa mais provável é de acidente

Hoje pela manhã um helicóptero da Polícia Militar saiu do Espírito Santo com destino à Bahia para auxiliar nas buscas, numa área de 700 km quadrados.

Os cinco estudantes haviam desaparecido durante uma viajavam da cidade de São Mateus, no norte do ES, para Prado, no sul da Bahia, na sexta-feira. Os amigos Rosaflor Oliveira, Izadora Ribeiro, Amanda Oliveira, Marllonn Amaral e André Galão deixaram a cidade capixaba na noite de sexta em um Fiat Punto prata. Eles seguiriam para Prado para comemorar o aniversário da mãe de Izadora, Doralice Ribeiro Santos Oliveira. O trajeto duraria cerca de três horas.

Fonte: Terra

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Saúde

Cientistas criam exame de sangue para detectar depressão em jovens

Hoje, médicos e psiquiatras fazem o diagnóstico da depressão com base no relato dos pacientes sobre seus sintomas – o que é algo totalmente subjetivo, ainda mais porque às vezes a tristeza tem motivo (perda de um ente querido, fim de um casamento etc.) e nem sempre isso é levado em conta.

Agora, pesquisadores da Northwestern University (EUA) desenvolveram uma opção que pode ser muito mais confiável: um exame de sangue capaz de diagnosticar a doença em adolescentes e diferenciar a depressão maior e a depressão maior combinada com ansiedade.

O teste, desenvolvido ao longo de um período de mais de 10 anos, pôde identificar mais de 25 marcadores genéticos (mais precisamente, no RNA mensageiro) para a depressão com base em estudos com ratos gravemente deprimidos e ansiosos (pois é, os bichos também podem ter dessas).

Estudos adicionais em seres humanos descobriram que muitos desses marcadores também são válidos para adolescentes humanos, e a combinação entre eles permitiu aos pesquisadores usarem o exame de sangue por si só para determinar com precisão quais dos voluntários estavam deprimidos e/ou ansiosos e quais estavam completamente sãos.

Mas uma das autoras do estudo, a professora de psiquiatria Eva Redei, disse ao site FoxNews.com que o teste não deve eliminar as conversas entre o médico e o paciente para o diagnóstico. A ideia é servir apenas como um complemento.  “O teste apenas ajuda a informar. Queremos dar aos pacientes deprimidos – e existem muitos – a mesma chance que nós estamos dando para quem sofre de diabetes, hipertensão e outras doenças para as quais existem exames”, explicou ela.

Vencendo estigmas

Segundo Redei, a meta de longo prazo é não apenas fornecer aos médicos uma ferramenta para diagnosticar pacientes de forma objetiva, mas também remover estigmas relacionados à depressão.  Ela explicou que há um pouco de vergonha associada à doença: como até então nao havia um exame como os que existem para diabetes e coisas do tipo, os pacientes muitas vezes não encaram a depressão como uma doença de fato e se sentem culpados por nao conseguirem melhorar o próprio humor. Um exame de sangue comprovando que o problema está em parte enraizado na genética, fora do controle do paciente, pode ajudar.

O teste também pode ajudar muito no tratamento da doença, permitindo entender por que alguns medicamentos funcionam para alguns pacientes e não para outros. “Hoje, mesmo os melhores psiquiatras não podem fazer nada mais do que prescrever de um a três diferentes tipos de medicamentos ou tratamentos baseados na experiência prévia e de tentativa e erro“, disse ela.

Fonte: Superinteressante

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