Judiciário

Após reunião, Aras e Fux defendem manutenção do diálogo institucional

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, reconheceram a importância da manutenção do diálogo institucional após reunião de cerca de 50 minutos nesta sexta-feira (6).

O encontro entre Fux e Aras acontece após o cancelamento da reunião entre os três Poderes – anunciado pelo presidente do STF em sessão nesta quinta-feira (5). Eles não falaram com a imprensa após a reunião, mas em nota, o STF informou que “ambos reconheceram a importância do diálogo permanente entre as duas instituições.”

“Considerando o contexto atual, Fux convidou Aras para conversar sobre a relação entre as instituições. A reunião foi realizada nesta sexta-feira (6), e durou durante cerca de 50 minutos”, diz trecho da nota do Supremo.

Já a PGR afirmou, também em nota, que ambos “renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça a serviço da democracia e da República.”

O “contexto atual” é mencionado nas notas da PGR e do STF. Nesta quinta, ao cancelar o encontro entre os três Poderes, Fux afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ataca integrantes do STF, “em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes (…) Diante dessas circunstâncias, o Supremo Tribunal Federal informa que está cancelada a reunião outrora anunciada entre os Chefes de Poder”, determinou.

Nas últimas semanas, Bolsonaro intensificou os ataques proferidos aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente após a inclusão do nome dele no inquérito das Fake News, que está sob relatoria de Moraes.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Isso é tão óbvio que eu custo acreditar que precisa de intermediário p manter um diálogo nesse nível. O genocida não tem controle para conversar, só mantém sua agenda com ataques e ofensas.

  2. É só fazer o que tem que ser feito Fux.
    Vcs deveriam serem os primeiros a dá exemplo e deixar de se meter no que não os compete.
    Voto auditado já!
    Porque vcs são contra?
    Qual o problema??
    Mandem soltar o dep. Preso.
    De prisão preventiva, virou prisão perpétua.
    Ja passou da hora do senado começar a impichar esses caras.

  3. NÃO!
    Que o STF continue estiando a corda, continue saindo das páginas da CF, continue sua escalada sem precedentes…
    Que a esquerda continue agindo na lama da política, nos guetos da corrupção e acusando o Presidente daquilo que eles praticam, usam e abusam…
    Que a oposição abstêmica de recursos públicos continue atuando da forma que vem, junto aos jornazistas, vamos em frente até a corda arrebentar. O brasil precisa ser passado a limpo!

  4. O bunda suja foi sacado, o eterno rejeitado.
    Daqui pra frente vai ser daí a pior.
    Grande dia 👍🏻

    1. Recondução de Aras à PGR significará aval do Senado ao avanço fascista.

  5. Domingo próximo, 8/08/2021, haverá mais uma “motociata” de apoiadores do presidente Bolsonaro. Aguardem para ver a multidão. E por que não organizam ao menos uma “jegueata” em louvor do cachaceiro, analfabeto, vagabundo, sem escrúpulos, mal intencionado, corrupto e lavador de dinheiro de 9 dedos? Ele não está liderando as “pesquisas”? Kkkkkkkkll

    1. Cláudio, Quem disse que admirava Hitler, foi o populista Lula.

  6. Só precisa combinar esse diálogo com o MINTO das rachadinhas… Afinal, quando um criminoso se sente acuado, sai atirando para todo lado… É esperado isso!

    1. É importante dizer, que o STF, o melhor, o cabeça de ovo, tá abrindo investigação de pessoas com foro, sem passar pela PGR, o quê é inconstitucional, Aras deve ter alertado Fiz.

    2. Se o STF não eh a instância indicada pra abrir processos de investigação de pessoas com prerrogativa de função (o famoso foro privilegiado- aquele foro que a família das rachadinhas disse que era contra mas Flávio Bolsonaro tem alegado sempre sabe?), qual seria a instância competente? No caso, se o presidente se tornar réu (o que eh diferente de ser investigado), aí o STF precisa da autorização do Congresso pra continuar o processo…

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Educação

Alunos de escolas de Natal defendem, nas redes sociais, retorno das aulas presenciais

Carolina Barbalho, aluna do Colégio Porto. (Foto: Divulgação)

Estudantes do Colégio Porto e da Maple Bear Natal publicaram vídeos nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (23) defendendo o retorno das aulas presenciais para os alunos de todos os níveis de ensino. Entre outros argumentos, os alunos destacaram o ambiente seguro das escolas, o desgaste mental provocado pelo prolongamento das aulas on-line e a garantia constitucional de acesso à educação. Nas postagens, as crianças e adolescentes usaram as hashtags #EscolasAbertasSim e #EducaçãoéEssencial para marcar o movimento.

A presidente do grêmio estudantil do Colégio Porto, Vitória Leal, destacou que o cansaço mental e o baixo rendimento no período de aulas remotas é inevitável, mesmo com todas as medidas tomadas pela escola para garantir o bem-estar dos adolescentes. “São muitas horas em frente ao computador, aliada a uma longa rotina de estudos que a gente tem diariamente. Em casa, nós temos muitas distrações e é muito mais complicado ter foco e dedicação”, detalhou.

O aluno José Morais, da 3ª série do Ensino Médio, enxerga uma inversão de valores em relação ao fechamento das escolas para aulas presenciais. “Qual o sentido em fechar um serviço essencial que, comprovadamente, não possui parcela de culpa no aumento de casos de covid-19? É triste ver que mesmo cumprindo todas as exigências de biossegurança, as escolas têm sido culpadas por razões resultantes da negligência”, apontou.

José Morais, aluno da 3ª série do Colégio Porto. (Foto: Divulgação)

O movimento dos alunos ocorre no contexto em leis municipal e estadual já colocam a educação no patamar de atividade essencial no RN, e projeto semelhante passou pela Câmara dos Deputados em Brasília. O Ministério Público Estadual também já se pronunciou em favor das aulas presenciais. Por outro lado, decretos do Governo do Estado e da Prefeitura do Natal divergem sobre o retorno para todos os níveis de ensino.

Clara Carneiro, aluna da 2ª série do Colégio Porto, entende que a pandemia afeta setores sociais e econômicos, mas argumenta que a educação é um direito garantido por lei e defende o retorno pela qualidade do ensino. “Um país precisa de vertentes educacionais sólidas e fixas para que, no futuro, o país possa continuar crescendo”, completou.

O pensamento de Clara é compartilhado também pela estudante Carolina Barbalho, que vai além e defende o direito de escolha dos alunos e da família em relação às atividades presenciais. “Se eles se sentem seguros e acreditam nas medidas de biossegurança, que eles tenham a opção de retornar”, ponderou. O aluno Newton Huck expõe a necessidade de convívio social no retorno às escolas. “Colégio é lugar de estabelecer relações sociais entre as pessoas e, dentro desse contexto de pandemia, em que as pessoas estão cada vez mais em casa, é necessária uma maior interação social”.

Alunos do fundamental se somam

E não é só os adolescentes do ensino médio que defendem a volta das aulas no ambiente escolar. Entre crianças, estudantes do ensino fundamental, a opinião também prevalece. É o caso de Sofia Barros, aluna do 7º ano da Maple Bear Natal. Segundo ela, há comprovação científica de que as crianças precisam de relações sociais para o seu desenvolvimento. A falta desse convívio está trazendo problemas de saúde. “Por falta de socialização, crianças e adolescentes vêm desenvolvendo grandes problemas como ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental. Por isso eu sou a favor que as aulas presenciais voltem”, defendeu.

Laura Porpino e Carolina Haderman, que são alunas do 6º ano, também falaram sobre a importância de frequentar o ambiente da escola para o ensino. “As aulas presenciais precisam voltar para melhorar o aprendizado e melhorar o desempenho dos alunos”, disse Laura. “É ruim ficar o dia inteiro em frente a uma tela de computador. Aulas presenciais são melhores”, afirmou Carolina.

Carolina Haderman, aluna do 6º ano do Maple Bear Natal. (Foto: Divulgação)

Decretos

As aulas presenciais na rede privada de Natal foram autorizadas nesta sexta-feira (23), depois da publicação de um novo decreto pela prefeitura da capital. De acordo com o documento, o retorno está autorizado para as escolas de ensino infantil, fundamental e médio, atendendo às regras estabelecidas em protocolo. Também ficou assegurado aos pais e responsáveis o direito de escolha entre as modalidades remota ou presencial, recomendando-se que sejam intercaladas as duas modalidades.

O Governo do Estado também publicou novo decreto que permite aulas em formato híbrido nas turmas até o 5º ano do ensino fundamental e na 3ª série do ensino médio, nas escolas da rede pública e privada. Os demais níveis permanecem em formato remoto.

Instagram da Maple Bear Natal: https://instagram.com/maplebearnatal
Instagram do Colégio Porto: https://instagram.com/colegio.porto

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Saúde

Pesquisadores defendem que Covid-19 seja classificada como febre viral trombótica

Foto: HANDOUT / AFP

Pesquisadores brasileiros defendem que a Covid-19 deixe ser classificada como uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e passe a ser registrada como uma febre viral trombótica. O artigo foi publicado nesta terça-feira na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz.

Os dez autores são especialistas em terapia intensiva, cardiologia, hematologia, virologia, patologia, imunologia e biologia molecular, que atuam em seis instituições de assistência médica e pesquisa científica no Brasil, entre elas Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná).

Segundo os pesquisadores, os estudos mostram que, ao contrário do que se pensava no começo da pandemia, a Covid-19 vai muito além dos quadros pulmonares. O novo coronavírus (Sars-CoV-2) seria o primeiro agente reconhecido por aumentar a formação de coágulos (também chamados de trombos) que podem obstruir a circulação.

A Covid-19 vai na contramão de outras doenças virais, como dengue e febre amarela, que podem provocar sangramentos e, por isso, são consideradas febres virais hemorrágicas.

De acordo com o artigo, na Holanda, um levantamento identificou complicações ligadas à formação excessiva de coágulos em 16% dos pacientes em unidades de terapia intensiva, incluindo casos de embolia pulmonar, acidente vascular cerebral e trombose venosa. Em uma pesquisa francesa, o índice passou de 40%. Além disso, em pessoas que morreram devido à infecção, análises constataram danos significativos ao endotélio, tecido que reveste os vasos sanguíneas. As pesquisas indicam que o Sars-CoV-2 infecta as células endoteliais e a inflamação do tecido favorece um estado de hipercoagulação.

Para os autores do trabalho, a classificação de febre viral trombótica reflete o avanço no conhecimento sobre a doença e pode contribuir para o manejo clínico dos casos e as pesquisas científicas. A mudança não teria impacto nos atuais sistemas de monitoramento que tanto contribuem para a definição de estratégias públicas de saúde.

Os pesquisadores ressaltam que a Covid-19 é uma doença complexa, com manifestações em diversos órgãos, do cérebro ao aparelho gastrointestinal. A classificação de febre viral trombótica baseia-se no impacto comprovado da infecção sobre a coagulação sanguínea, que traz alto risco de morte. No entanto, outros componentes da enfermidade não devem ser esquecidos, como o grave comprometimento pulmonar.

O Globo

Opinião dos leitores

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Saúde

Por que estudos defendem que algumas pessoas que já tiveram Covid-19 podem tomar apenas uma dose da vacina

Foto: CHRISTOF STACHE / AFP

A bióloga molecular Shannon Romano teve Covid-19 no final de março passado, cerca de uma semana depois que ela e seus colegas fecharam o laboratório no Hospital Mount Sinai, em Nova York. Uma dor de cabeça debilitante veio primeiro, seguida de uma febre que não parava de subir e, na sequência, dores excruciantes no corpo. “Não conseguia dormir. Não conseguia me mover ”, disse. “Cada uma das minhas juntas doía por dentro.”

Não era uma experiência que ela quisesse repetir — nunca mais.

Quando ela se tornou elegível para ser vacinada, no início deste mês, ela tomou sua dose. Dois dias após a injeção, desenvolveu sintomas que eram muito familiares. “A maneira como minha cabeça e meu corpo doíam era a mesma de quando tive Covid-19”, disse. Ela se recuperou rapidamente, mas a resposta intensa de seu corpo a pegou de surpresa.

Um novo estudo pode explicar por que Romano e muitos outros que tiveram Covid relataram essas reações inesperadamente intensas à primeira dose da vacina.

Em um artigo publicado online nesta segunda-feira, pesquisadores descobriram que pessoas que já haviam sido infectadas com o vírus relataram fadiga, dor de cabeça, calafrios, febre e dores musculares e articulares após a primeira injeção com mais frequência do que aquelas que nunca foram infectadas. Os sobreviventes da Covid também apresentaram níveis muito mais altos de anticorpos após a primeira e a segunda doses da vacina.

Com base nesses resultados, dizem os pesquisadores, as pessoas que tiveram Covid-19 podem precisar de apenas uma dose.

“Acho que uma dose da vacina deve ser suficiente”, disse Florian Krammer, virologista da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai e autor do estudo. “Isso pouparia os indivíduos de dores desnecessárias ao receber a segunda dose, assim como liberaria doses adicionais de vacina.”

As descobertas de Krammer e seus colegas ainda não foram publicadas em uma revista científica.

Um outro estudo divulgado na segunda-feira reforça a ideia. A pesquisa incluiu 59 profissionais de saúde, 42 dos quais já tinham tido Covid (com ou sem sintomas). Os pesquisadores não avaliaram os efeitos colaterais, mas descobriram que aqueles que haviam sido infectados anteriormente responderam à primeira dose gerando altos níveis de anticorpos, maiores se comparados às quantidades observadas após a segunda dose em pessoas que nunca haviam sido infectadas. E, em experimentos de laboratório, esses anticorpos se ligaram ao vírus e o impediram de entrar nas células.

Para aumentar o fornecimento da vacina, os autores concluem e sugerem que aqueles que já tiveram Covid devem ser movidos para baixo na lista de prioridades e receber apenas uma dose da vacina enquanto os suprimentos de vacinas são limitados.

Precedente complicado

Enquanto alguns cientistas concordam com essa lógica, outros são mais cautelosos. Alterar o número de doses pode criar “um precedente realmente complicado”, disse E. John Wherry, diretor do Instituto de Imunologia da Universidade da Pensilvânia. “Não aceitamos a aprovação do FDA (agência reguladora semelhante à Anvisa) para um medicamento quimioterápico e depois simplesmente descartamos o esquema de dosagem”, disse.

Wherry também apontou que as pessoas que tiveram casos leves de Covid parecem ter níveis mais baixos de anticorpos e podem não ter proteção contra variantes mais contagiosas do vírus. Também pode ser difícil identificar quais pessoas foram infectadas anteriormente. “Documentar isso se torna um problema de saúde pública potencialmente confuso”, afirmou.

Efeitos colaterais são esperados

Os efeitos colaterais após a vacinação são totalmente esperados. Eles mostram que o sistema imunológico está montando uma resposta e estará mais bem preparado para combater uma infecção se o corpo entrar em contato com o vírus. As vacinas da Pfizer e da Moderna são particularmente boas em evocar uma resposta forte. A maioria dos participantes nos ensaios das empresas relatou dor no local da injeção, e mais da metade relatou fadiga e dores de cabeças.

Dúvidas sobre reações mais graves à vacina em pessoas que já tiveram Covid surgiram em uma reunião de 27 de janeiro de um comitê de especialistas que assessora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Pablo J. Sánchez, membro do comitê do Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil Nationwide em Columbus, Ohio, observou que ouviu de pessoas que tiveram uma resposta à vacina pior do que sua experiência anterior com Covid-19. Ele sugeriu que uma pergunta sobre infecção anterior fosse adicionada às informações feitas pelo CDC. “Isso não é perguntado”, disse Sánchez. “E acho que isso é muito importante.”

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Agora que os testes das vacinas estão iniciando, fizeram pesquisa com pessoas jovens e saudáveis os resultados foram ótimos, agora é que veremos a realidade das vacinas em pessoas idosas ,as que foram infectadas e aquelas com comorbidades .

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Política

Pacheco e Lira assinam documento com medidas que consideram prioritárias para o país e defendem agilidade na vacinação e aprovação de reformas

Os novos presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), assinaram nesta quarta-feira (3) um documento em que listaram medidas que consideram prioritárias para o país. Eles reforçaram a intenção de dar agilidade à vacinação contra a Covid-19.

“Assegurar, de forma prioritária, que todos os recursos para aquisição de vacinas estejam disponíveis para o Poder Executivo e que não faltem meios para que toda a população possa ser vacinada no prazo mais rápido possível; e que a peça orçamentária a ser votada garanta que cada brasileiro terá a certeza de que o dinheiro do seu imposto estará disponível para sua vacina”, afirma o documento lido por Pacheco e Lira.

Após lerem o documento no Congresso, os presidentes da Câmara e do Senado se dirigiram à primeira reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Os dois foram apoiados por Bolsonaro nas eleições do Congresso.

Pacheco e Lira também anunciaram que vão pedir um prazo para a apresentação dos relatórios da reforma tributária e da proposta de emenda à Constituição Emergencial. Eles ainda ressaltaram que serão prioridades em suas gestões a aprovação da reforma administrativa e a PEC dos Fundos Públicos.

Dentro do governo, a expectativa é que os novos comandos de Câmara e Senado facilitem a tramitação e a aprovação de matérias de interesse do Executivo. As reformas são vistas pela equipe econômica como essenciais para garantir a retomada da economia.

No documento que leram nesta manhã, Pacheco e Lira reforçaram que pretendem encontrar maneiras de auxiliar financeiramente os setores pobres da população, que ainda sofrem com efeitos econômicos da pandemia. Ao mesmo tempo, ressaltaram o compromisso com a manutenção do teto de gastos.

“O Senado Federal e a Câmara dos Deputados manifestam que trabalharão de forma conjunta, harmônica e colaborativa em todos os temas que possam facilitar e ajudar os brasileiros na superação do drama da pandemia, incluindo, sobretudo, a análise das possibilidades fiscais para, respeitando o teto de gastos, avaliar alternativas de oferecer a segurança financeira através de auxílio emergencial”, afirmaram os presidentes do Senado e da Câmara.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Zezinho eu também estou vivo e vendo os petralhas se associarem aos demônios, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Collor de Melo, Sarney, Sérgio Cabral, Temer, MDB, PSDB, que vergonha, vc precisa ler e saber história.

  2. Alguém tem visto falar em Nove dedos, da Anta, Narizinho, Vampiro, nonho, Baleia, Lilindenberg, ze geraldo, Falcão ou qualquer outro pilantra do PT ou puxadinhos?

    1. E eu, de ver pt e rodrigo maia aliados, pior fragorosamente derrotatos. Hehehe

  3. Prisão em que? Dê é doidin? Aprovar pra se lascar. Kkkkkkkkkk, tchau lava qualquer coisa. Imagine a lava jato.

  4. É isso aí!!
    Vamos fazer o que tem que ser feito.
    Nada de botar a bunda em cima como fez o derrotado nhonhom botafogo.
    Uma pauta respaldada, por 57.000 milhões de votos de brasileiros tem que ser respeitada, nada de fazer gracinhas, estamos atentos, de olhos bem abertos.

  5. Cadê a prisão em 2a instância? Tendo o congresso como aliado, o presidente agora vai priorizar? Isso mostrará se ele honrará o compromisso de campanha.

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Economia

Entidades empresariais do RN defendem retomada das atividades econômicas

Após a manifestação dos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho recomendando que governo e prefeituras não iniciem retomada da economia, uma nota conjunta de Associações, federações, sindicatos e entidades ligadas a setores do comércio, transporte, hotelaria, bares e restaurantes do Rio Grande do Norte foi publicada nesta terça-feira(22), pede a reabertura gradual do comércio nesta quarta-feira (24).

Segundo último decreto, o início do retorno às atividades previsto para esta quarta (24), está condicionado ao cumprimento de protocolos específicos de segurança sanitária. Uma das condições para a reabertura da economia é a taxa de leitos, que deve estar abaixo dos 70%, índice que se encontra atualmente distante, acima dos 90%.

A nota favorável ao retorno gradual das atividades econômicas no RN foi assinada por Abav, Abih, Abrasel, Associação Comercial do RN, Associação dos Empresários do Bairro Alecrim, Associação Viva o Centro de Natal, CDL, Federação da Agricultura, Federação das Associações Comerciais do RN, Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN, Fiern, Fecomércio, Federação dos Transportes do Nordeste, Natal Convention & Visitors Bureau, Sebrae, Sindetur e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.

Veja nota abaixo das entidades empresariais:

Desde o registro do primeiro caso de Covid-19 no Rio Grande do Norte, em 12 de março de 2020, as entidades do setor produtivo têm sido atuantes, presentes e diligentes, empreendendo diversas ações de apoio à sociedade, as prefeituras e ao Governo Estadual.

É importante ressaltar nossa permanente preocupação com o panorama assistencial, em especial com a oferta de leitos críticos para tratamento dos pacientes com COVID-19. Neste sentido, foram entregues quase cem respiradores recuperados ao Governo que permitiu a abertura de 47% dos 214 leitos críticos disponibilizados até agora.

Entre os muitos frutos deste diálogo, foi elaborado e entregue, no dia 05 de maio, ao Governo do Estado um criterioso protocolo de normas e uma sugestão de cronograma, dentro do rigor necessário, para que a retomada gradual da atividade econômica fosse concretizada com responsabilidade, equilíbrio e a devida segurança para empreendedores, colaboradores, clientes e, por consequência, para toda a população. Vale ressaltar, inclusive, que o Plano apresentado pelo setor produtivo foi amplamente elogiado e aprovado pelo Comitê Científico, presidido pelo Secretário de Estado da Saúde.

Além da existência deste Plano, registre-se o fato de que, desde o último Decreto Estadual (publicado em 15 de junho), vimos cair a taxa estadual de transmissibilidade da Covid-19 de 1,48 para 1,14, assim como, o Rio Grande do Norte tem o menor índice de infectados por cem mil habitantes (em torno de 460). Por tudo isso e pelas tratativas com o Governo do Estado, em resumo, contávamos que o processo gradual de reabertura começaria a partir do dia 24 de junho.

Lamentavelmente, para surpresa nossa, recebemos, no final de semana passado, a notícia de que os órgãos ministeriais – Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho – estão contrários ao início da retomada gradual prevista para 24 de junho. Este posicionamento dos dignos representantes do Ministério Púbico causa-nos ainda mais estranheza pelo fato de que, no dia 28 de maio, os protocolos e ações transversais foram detalhados em uma reunião com os Poderes Públicos do Rio Grande do Norte, os citados ministérios e outros órgãos autônomos, não tendo sido registrada qualquer ressalva.

Como não temos autoridade institucional para qualquer ação efetiva que determine a retomada, passaremos a esperar que o bom senso do MPE, do MPF, do MPT, prevaleça. Assim como, contamos, a exemplo dos meses anteriores, com a moderação do Governo do Estado para construirmos, juntos, uma solução de equilíbrio diante da pandemia (que é grave), mas, também, de números significantemente negativos: mais de dez mil empregos perdidos; queda de quase R$ 200 milhões em faturamento e expectativa de fechamento de cerca de 12 mil empresas do comércio no pós-pandemia com estimativa de 225 mil desempregados.

Estamos todos tentando construir as melhores soluções. Buscamos o equilíbrio. Estamos abertos ao diálogo! Mas, não é indevido registrar que, com a morte das empresas, está sendo sepultado o vínculo de emprego de milhares de trabalhadores deste Estado e, consequentemente, a paz de inúmeras famílias potiguares.

Opinião dos leitores

  1. #AcordaRN

    Não podemos mais ficar parados!

    1) Não instalaram Leitos de UTI suficientes
    2) Não investiram em equipamentos e testes rápidos
    3) Não conseguiram estabelecer um cronograma
    4) Não deram nehum tipo de suporte ao setor produtivo
    5) Não deixaram a gente trabalhar

    PAROU! Nós não somos os culpados! Não vão calar a nossa voz, não vão fechar as nossas mãos que estão cansadas de levar esse Estado! Queremos compromisso sério por parte de todos que fazem a sociedade!

  2. Acontece que os integrantes da tal entidade empresarial possuem, todos, plano de saúde. Estamos com 85% dos leitos públicos ocupados. Querem mesmo ver as pessoas morrendo pelos corredores? Querem abrir tudo no pior estágio da doença?

  3. Sinceramente, fechado.. mas, vários abertos. Esse final de semana vi 05 igrejas evangélicas abertas. O cidadão está brincando, acha que é imprensa, acha que é na esquerda maldita. Infelizmente, se entre eles fizessem a imunidade do gado seria perfeito. Mas, se for pra tá prejudicando só uma parte do comércio que cumpre as leis, que abra tudo, que essa porra se exploda e casa um cuide de si.

    1. Só os que são rigorosamente aparentes (shoppings, lojas grandes) que estão respeitando o isolamento. O resto da massa "tocou o fod@-s3". Lamentável.

  4. Manda essas entidades assinarem se responsabilizando também pela tragédia anunciada. Eles e a Governadora. Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre estão vendo a merda que fizeram.

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Diversos

Especialistas defendem que Prefeitura reveja a técnica de enrocamento que utiliza na orla de Natal e adote o sistema de “colmeias”

Foto: Divulgação

Ao contrário do enrocamento de pedras que vem sendo realizado na orla de Ponta Negra com o objetivo de conter o avanço do mar, especialistas defendem que o poder público passe a investir em um sistema inovador, trazido da Holanda e que tem se mostrado mais eficiente e menos onerosa do que a adotada atualmente pela Prefeitura do Natal, desde a gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Esse assunto foi debatido recentemente, durante audiência pública realizada na Associação dos Moradores dos Parques Residenciais de Ponta Negra e Alagamar, no final de Janeiro, com as presenças do diretor geral do IDEMA, Leon Aguiar, do Ministério Público do RN, através da promotora Gilka da Mata, do secretário municipal de Obras de Natal, Tomaz Neto, do consultor e especialista em planejamento e gerenciamento em engenharia, o pernambucano Leonides Alves Neto e também com a participação da sociedade civil.

No encontro, foi evidenciado que o modelo de enrocamento que vem sendo utilizado em Natal, além de ser expressivamente mais caro, não oferece os mesmos resultados positivos que os da tecnologia “Modulo Bloc”. Essa técnica, assemelha-se a uma ‘colmeia’, em um dos modelos.

Em outro, no formato retangular, operam de duas maneiras distintas: a primeira, permitindo que as ondas, que contem grande quantidade de areia e sedimentos de praia, passe pelos elementos vazados desse formato, filtrando e devolvendo a àgua ao mar e retendo o material fino (areia), auxiliado por uma membrana Geotêxtil instalada sobre um colchão de brita. A segunda, através do blocos retangulares, promove a quebra da força das ondas e dissipa sua energia, reduzindo drasticamente a erosão na praia.

Esse método, utilizado há mais de 200 anos na Europa, já tem a sua eficiência e relação custo-benefício comprovados por empreendimentos públicos e privados em Natal e região metropolitana, como o muro de contenção na praia de Areia Preta, obra do DER/RN; escadaria da Praia de Cotovelo, obra da Prefeitura de Parnamirim; Hotel Vila do Mar, na Via Costeira, residência do Jornalista Cassiano Arruda, em Jacumã e mais recentemente no condomínio Ekoara Residence Resort, na Praia de Muro Alto em Porto de Galinhas/PE.

Recentemente, o jornalista Vicente Serejo, em sua coluna no jornal Tribuna do Norte, questionou o fato de a Prefeitura do Natal investir na atual técnica de enrocamento, considerada um “gigantesco ninho de rato”.

Opinião dos leitores

  1. Isso aí está mais para uma porca de parafuso do que para uma colméia. A colméia é sextavada por dentro. Não sou nenhum especialista.

  2. É mais caro, é bom, e depois se precisar retirar o preço da mão de obra diminui bastante, é muito bom para quem faz. Péssimo para o contribuinte.

  3. Excelente.
    Pagaram para fazer o viveiro de ratos.
    Agora vamos pagar para retirar o viveiro de ratos.
    Pagar para colocar as colmeias e rezar para funcionar.
    Nada de responsabilidade para ninguém.
    Pelo contrário, vão ganhar propina em.outras 2 obras.
    Que beleza!!!!

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Judiciário

AGU e PGR defendem em sessão no Supremo a prisão após condenação em segunda instância

A Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República defenderam nesta quarta-feira (23), no Supremo Tribunal Federal (STF), que seja mantida a possibilidade de prisões de condenados em segunda instância.

O Supremo retomou nesta manhã o julgamento que trata da legalidade desse tipo de prisão. Depois das manifestações iniciais, estão previstos os votos dos ministros. O primeiro a votar é o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello.

Desde 2016, o STF entende que a prisão após segunda instância é legal. No entanto, três ações declaratórias de constitucionalidade, apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelos partidos PCdoB e Patriota buscam que o tribunal reconheça que a prisão só ocorra quando não houver mais possibilidade de recursos (entenda mais abaixo).

A decisão que a Corte tomar valerá para todas as instâncias do Poder Judiciário e será vinculante, ou seja, de cumprimento obrigatório.

Se algum ministro quiser mais tempo para analisar o caso, poderá apresentar pedido de vista, o que suspenderá o julgamento.

Argumentos

O advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, afirmou que o estado deve garantir direitos violados das vítimas. O ministro defendeu que os princípios da Constituição garantem o justo processo e, não à toa, a presunção da inocência e a prisão estão em momentos diferentes no texto constitucional.

“Interpretar a Constituição é concretizá-la. Porque ela tem que ser aplicada na vida em sociedade”, afirmou. “Toda a Europa trata nesse sentido, de separar presunção de inocência de prisão. Essa é a jurisprudência de direitos humanos.”

Mendonça disse ainda que o direito individual não é o direito do mais forte e não se dirige apenas ao estado. “Quem defende o direito individual das vítimas? Quem defende o direito de ir e vir das vítimas? O direito à vida das vítimas? O direito de ela sair do trabalho e ir com segurança em um transporte público? Saber que seu filho foi com segurança para a escola? Eu vi várias defesas de direitos individuais. Não vi defesa do direito das vítimas”, completou.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que a prisão após a condenação por colegiado somente deixou de ser aplicada entre 2009 e 2016. E que somente os que têm mais recursos conseguem ter acesso às instâncias superiores.

Aras afirmou que, “em tempos de polarização”, é preciso uma solução que favoreça uma integração social e a unidade política. “Ao nos afastarmos de um eventual raciocínio maniqueísta, o réu tem algo necessariamente acrescido em sua condição após sua sentença condenatória”, disse.

Segundo o PGR, as instâncias extraordinárias, como o Superior Tribunal de Justiça, estão voltadas ao julgamento de teses e não de casos, “acessível apenas a alguns que dispõem de maiores recursos e mais bem situados pela fortuna que sua sorte lhes atribui”.

Antes, duas entidades apresentaram as duas últimas manifestações contrárias à prisão em segunda instância. Miguel Pereira Neto, do Instituto dos Advogados de São Paulo, disse que a presunção de inocência é garantia de todo cidadão e o Supremo não pode colocar isso em risco. “A garantia da presunção de inocência é garantia maior da pessoa humana”, disse.

O advogado Técio Lins e Silva, do Instituto dos Advogados do Brasil, disse que a prisão após o trânsito em julgado é regra prevista na Constituição. “Esta ação não interessa a meia dúzia de ricos, acabar com a Lava Jato, tornar impune a corrupção”, completou

Entenda o julgamento

O plenário analisa um tipo de ação cujo efeito é chamado “erga omnes”. Ou seja, a decisão valerá para todas as instâncias do Poder Judiciário e será vinculante, portanto, de cumprimento obrigatório.

Os ministros julgarão três ações declaratórias de constitucionalidade, apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PCdoB e pelo Patriota.

Quando o STF iniciou a análise sobre o tema, na semana passada, presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que as ações e o julgamento “não se referem a nenhuma situação particular”.

Em 2016, a Corte permitiu a prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento que vinha sendo seguido desde 2009, segundo o qual só cabia prisão após o último recurso.

A Corte manteve esse entendimento por mais três vezes, mas a análise de mérito das ações permanece em aberto. Por isso, juízes e até ministros do STF têm decidido de forma divergente sobre essas prisões.

Instâncias no sistema brasileiro

O sistema penal brasileiro é baseado no princípio chamado de duplo grau de jurisdição (duas instâncias julgadoras). Para que um réu seja condenado, é preciso que um juiz de primeira instância dê uma sentença e que a decisão seja confirmada por um colegiado, por exemplo, de desembargadores, como é o caso de um Tribunal de Justiça estadual.

A partir da condenação em segunda instância, o réu ainda pode recorrer em alguns às cortes superiores, ou seja, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal.

No STJ e no STF, contudo, provas e fatos não são reanalisados, somente questões de direito e de aplicação lei, como eventuais contestações constitucionais. É esse ponto que divide advogados, juristas e o próprio Supremo.

Aqueles que defendem a prisão após a segunda instância afirmam que, na prática, os tribunais superiores se transformaram em terceira e quarta instâncias da Justiça, com dezenas de recursos de réus.

Os críticos desse tipo de prisão entendem que a presunção da inocência é um direito constitucional, o que garante a todo cidadão dispor de todos os recursos possíveis para se defender, incluindo os cabíveis aos tribunais superiores. Até o último recurso, portanto, ninguém pode cumprir pena.

Julgamentos sobre o tema

17 de fevereiro de 2016: plenário definiu em um caso específico que a pena poderia ser executada após a condenação na segunda instância e que o réu poderia recorrer, mas preso. A decisão inverteu o entendimento que vinha sendo aplicado pelo STF desde 2009, segundo o qual era preciso aguardar o julgamento de todos os recursos antes da prisão;

5 de outubro de 2016: STF julgou medidas cautelares apresentadas pelo PEN e pela OAB e decidiu confirmar a possibilidade de prisão após segunda instância;

11 de novembro de 2016: Supremo voltou a julgar o tema, no plenário virtual, e manteve a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância;

4 de abril de 2018: ao negar um habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Corte reafirmou a jurisprudência de que a prisão é possível após a condenação em segunda instância.

Impacto da decisão

Uma mudança na atual jurisprudência do STF poderia, em tese, beneficiar milhares de presos. Mas isso vai depender da análise caso a caso. Presos considerados perigosos ou que estiverem presos preventivamente, por exemplo, não poderão ser soltos.

Um dos casos de maior repercussão relacionado ao tema é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).

O ex-presidente, preso desde abril de 2018, seria solto caso o STF decidisse que uma pessoa só pode ser presa depois que não houver mais possibilidade de recursos na Justiça. Lula também poderia ser beneficiado por uma tese intermediária, já que ainda tem um recurso pendente no STJ.

Nos casos do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, entretanto, a eventual mudança de entendimento do STF não os tira da cadeia.

G1

 

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Judiciário

De véspera, ministros do STF Luís Roberto Barroso e Luiz Fux defendem prisão em 2ª instância

FOTO: EBC

Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pararam nesta quarta-feira (16), antes da sessão plenária, para falar com jornalistas em defesa do cumprimento de pena após condenação em segunda instância da Justiça. O julgamento do tema está marcado para amanhã (17).

Para Barroso, uma mudança de entendimento para permitir a prisão somente após o fim de todos os recursos em instâncias superiores beneficiaria somente os criminosos de colarinho branco, sem surtir efeitos para os demais presos.

“Os que são criminosos violentos, em muitos casos se justificará a manutenção da prisão preventiva. Portanto, no fundo, no fundo, o que você vai favorecer são os criminosos de colarinho branco e os corruptos”, disse ele.

Já para Fux, representaria “realmente um retrocesso se essa jurisprudência for modificada”. Ele acrescentou que o cumprimento de pena após o segundo grau “segue os padrões internacionais”.

“Estamos adotando um precedente e temos de seguir essa regra. E estamos seguindo países como Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Portugal, Espanha e demais países do mundo”, disse Fux.

“O direito hoje, dependendo das soluções que se adota, ele gera comportamentos na população. Se o direito é muito flexível, as pessoas tendem a não cumpri-lo. Se o direito é um pouco mais rígido as pessoas alimentam que o Estado está disposto a punir e pensam duas vezes antes de delinquir”, acrescentou Fux.

Barroso, por sua vez, lembrou que até 2009 o entendimento do Supremo foi sempre no sentido de permitir a execução de pena após a condenação em segunda instância, e que isso mudou entre 2009 e 2016 somente quando “o direito penal chegou ao andar de cima”, avaliou.

Julgamento

Na segunda-feira (14), o presidente do STF, Dias Toffoli, marcou para a sessão de quinta (17) o julgamento de três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC´s), relatadas pelo ministro Marco Aurélio Mello, que tratam do assunto.

Toffoli marcou o julgamento com pouco tempo de antecedência alegando questões de segurança, uma vez que o tema atrai grande atenção por ter o potencial de afetar a situação de condenados na Lava Jato, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ano passado, Toffoli havia marcado o julgamento das ações para 10 de abril, mas acabou retirando-as de pauta na semana anterior a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora de uma das ADC´s. Os autores das outras duas ações são os partidos PCdoB e o antigo PEN, atual Patriota.

A questão gira em torno de saber até onde vigora a presunção de inocência prevista na Constituição, se até a condenação em segunda instância ou se até o chamado trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos sequer nos tribunais superiores, em Brasília.

Controvérsia

O assunto é polêmico dentro do próprio Supremo, onde já foi levado ao menos quatro vezes a plenário desde 2016. Nesses julgamentos, prevaleceu o entendimento pela prisão em segunda instância, mas sempre em situações específicas ou provisórias, sem o estabelecimento de uma posição definitiva de mérito.

Entre os ministros, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello se posicionam claramente contra o cumprimento de pena após a segunda instância, por considerarem que a presunção de inocência não pode ser relativizada, devendo-se aguardar assim todo o trânsito em julgado da sentença condenatória para que alguém possa ser considerado culpado.

Na corrente contrária, ministros como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, posicionam-se a favor da prisão após segunda instância, por considerar que a presunção de inocência perdura somente até a segunda condenação, uma vez que dali em diante, nos tribunais superiores, não se volta a examinar provas, mas somente se analisa eventuais nulidades processuais.

Ministros como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Rosa Weber mostraram-se, no passado, mais flexíveis, tendo votado em diferentes direções ao longo do tempo ou sugerido vias intermediárias, em que seria preciso aguardar, por exemplo, o julgamento da condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), tida como terceira instância, para que um condenado pudesse começar a cumprir pena.

Agência Brasil

 

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Política

Projetos que defendem a causa animal são aprovados na Câmara Municipal de Natal

Por unanimidade e em segunda discussão, foi aprovado na Câmara Municipal de Natal, nessa terça-feira (27), o Projeto de Lei n° 99/2014 de autoria do ex-vereador George Câmara e subscrito pelo vereador Franklin Capistrano (PSB) que autoriza a criação do Fundo Municipal de Bem-Estar Animal e Saúde Pública – FAN. O objetivo é direcionar a utilização dos recursos gerados pela própria demanda originada das ações de controle animal, tais como multas advindas do descumprimento de normas legais, taxas de serviço, entre outras.

“Trata-se de complementar financeira e tecnicamente as ações da política pública que enfrenta a problemática da superpopulação de animais, ao abandono, a transmissão de zoonoses, vislumbrando subsidiar programas de controle populacional, contemplando o controle reprodutivo, registro e identificação em efetiva e larga escala, recolocação do animal em lares, difusão de conceitos de propriedade responsável, primando pela informação e educação da população, chamada à responsabilidade, juntamente com organismos governamentais”, defendeu o vereador Franklin Capistrano.

Dentro da mesma temática, o plenário aprovou na sequência uma proposição da vereadora Nina Souza (PDT) sobre a criação do Banco de Ração e do Banco de Utensílios para animais. A iniciativa visa captar e promover a distribuição de doações de rações e de utensílios, contribuindo diretamente para a saúde animal. Poderão participar estabelecimentos comerciais, empresas, entidades, associações, Organizações Não Governamentais –ONGs e protetores independentes.

“Sem qualquer ônus ao Município, o projeto chega para melhorar a articulação entre atores sociais e organizações vinculadas à causa animal. Em tempo: o “Banco de Ração” e o “Banco de Utensílios” voltados aos animais se apresentam como uma das formas de contribuir e de incentivar os protetores e entidades protetoras a continuarem desenvolvendo esse trabalho tão importante”, pontuou a vereadora Nina Souza.

Outros dois textos também receberam pareceres favoráveis: um do vereador Robson Carvalho (PMB) que institui no Calendário Oficial do Município a Campanha Fevereiro Laranja a ser realizada todo mês de fevereiro com o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia, ressaltando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce, do conhecimento dos sintomas e dos tratamentos, em especial, a doação de sangue e medula óssea, e outro do vereador Dinarte Torres (PMB) que reconhece de Utilidade Pública Municipal o “Centro Social da Guanabara”, associação sem fins lucrativos que desenvolve ações sociais no bairro de Mãe Luíza.

Veto mantido

Foi mantido pelos parlamentares um veto integral do Executivo aplicado ao Projeto de Lei n° 112/2016 encaminhado pelo ex-vereador Júlio Protásio e pela vereador Ana Paula (PL), subscrito pelo vereador Cícero Martins (PSL), que institui o Programa Educação Infantil para Todos no Município do Natal. O governo justificou o veto afirmando que a proposta fere as regras de atribuição de competências do Executivo.

“O projeto autorizava a prefeitura a firmar convênios com instituições privadas de atendimento a crianças de 0 a 3 anos, objetivando contemplar os excedentes da rede pública, inscritos em listas de espera de vagas. Uma pena que a maioria do plenário não entendeu o significado da matéria”, lamentou a vereadora Ana Paula. “A iniciativa que vetamos pretendia colocar alunos na rede privada, quando o que a gente quer é valorizar a educação pública e estamos trabalhando nesse sentido”, disse o líder da bancada governista, vereador Kleber Fernandes (PDT).

 

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