Jornalismo

Supremo conclui julgamento sobre desvios de dinheiro no mensalão com cinco condenações

O STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu nesta quinta-feira a análise do primeiro dos sete itens da denúncia do mensalão e condenou cinco réus por desvios de recursos públicos da Câmara e do Banco do Brasil.

Foram considerados culpados: o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, ligado ao PT, além do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e de dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, acusados nos dois casos.

O julgamento enfraquece a tese levantada por vários advogados de defesa de que houve apenas caixa dois de campanha, e não compra de votos de parlamentares, como alega a denúncia. A partir de agora, o STF deve iniciar a análise sobre a questão de gestão fraudulenta envolvendo quatro réus ligados Banco Rural.

Por 9 votos a 2, João Paulo foi condenado por corrupção passiva e peculato (desvio de recursos públicos). Ele é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agência do empresário em contrato com a Câmara.

Os ministros Dias Toffoli e o revisor, Ricardo Lewandowski, votaram pela absolvição.

Os ministros, no entanto, inocentaram o petista da acusação de peculato pela contratação de um assessor quando presidente da Câmara (2003-2004).

A acusação sustentava que houve desvio de dinheiro público, já que a empresa teria prestado assessoria pessoal para o deputado.

Em relação à lavagem de dinheiro, a maioria dos ministros também votou pela condenação do deputado. Seis dos onze ministros já votaram neste sentido, faltando apenas o voto da ministra Rosa Weber, que pediu para analisar em outro item a questão.

Pelo desvio de recursos na Câmara, a maioria dos ministros também votou pela condenação de Marcos Valério e dos ex-dois sócios por corrupção ativa e peculato.

Banco do Brasil

Os ministros condenaram o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, ligado ao PT, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A ministra Rosa Weber não analisou a denúncia de lavagem nesse caso. O grupo de Valério foi condenado por corrupção ativa e peculato.

Todos também votaram pela absolvição do ex-ministro Luiz Gushiken (PT-SP), quer era acusado por Pizzolato de saber das irregularidades na instituição financeira.

Pizzolato foi acusado de receber R$ 326 mil de Valério para antecipar, de forma ilegal, recursos de cotas de um fundo financeiro sob controle do Banco do Brasil.

“As respostas [de Pizzolato] se mostraram insustentáveis. A entrega do numerário ocorreu cinco dias após um repasse de R$ 135 milhões estabelecendo-se um elo”, disse Marco Aurélio.

Mendes disse que ficou preocupado com a situação do Banco do Brasil. “Quando eu ouvia os relatos [do processo], eu me perguntava o que fizeram com o nosso Banco do Brasil? Como nós descemos na escala das degradações. É um fato extremamente grave”, disse.

Fonte: Folha de São Paulo

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Educação

TCE condena ex-prefeito de Cerro-Corá a devolver R$ 336 mil ao Fundef

O ex-prefeito de Cerro-Corá, Clidenor Pereira Araújo, deverá restituir à conta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) a importância de R$ 336.870,79, por irregularidades na prestação de contas do programa, do exercício financeiro de 1999.

Após o exercício contraditório e ampla defesa por parte do ex-gestor, o Corpo Técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sugeriu a reprovação das contas com restituição ao erário pelas seguintes falhas: Fracionamento de despesa, ausência de licitação, despesas com multas e juros e ausência de documentos comprobatórios de despesa.

O conselheiro relator Tarcísio Costa, embora reconhecendo a descrição decenária do fato, já se passaram mais de 12 anos da efetiva realização das despesas, entende “que o artigo 37,§ 5º, da Constituição preceitua que a legislação deve tratar da prescrição em relação aos ilícitos praticados pelos agentes públicos, salvo para as ações ressarcitórias. Logo, inexiste empecilho à imputação de ressarcimento ao erário em desfavor do ex-prefeito de Cerro-Corá, haja vista a comprovação de conduta desidiosa que ensejou dano aos cofres municipais.”

O voto do relator foi acatado pela Segunda Câmara de Contas do TCE, na sessão desta terça-feira (21/08), que também votou pela devolução por parte do ex-gestor do valor de R$ 126,79 em decorrência do pagamento indevido de juros e multas.

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Polícia

Gurgel diz que recursos do Banco do Brasil alimentaram mensalão

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da noite  desta sexta-feira que recursos do Banco do Brasil alimentaram o esquema do  mensalão.

Ele disse que o então diretor de marketing do banco, Henrique Pizzolato,  ligado ao PT, desviou mais de R$ 73 milhões oriundos de um fundo de investimento  da Visanet, empresa privada que tem o Banco do Brasil como acionista.

“A gestão de Pizzolato como diretor de marketing foi marcada por dois  aspectos. Alterou a forma dos repasses e concentrou os repasses na empresa de  Marcos Valério de Souza”, disse.

Gurgel utilizou dados da CPI dos Correios para apontar que mais de 60% dos  recursos enviados pelo Banco do Brasil ao fundo foram destinados para a DNA  Propaganda, uma das agências do publicitário Marcos Valério de Souza. Foram R$  R$ 91,9 milhões de R$ 151, 9 milhões.

Disse ainda que uma auditoria do banco mostrou que não havia contrato formal  para disciplinar a utilização desses recursos. “Os pagamentos eram feitos sem  análise prévia nem a confirmação da prestação de serviços.” Pizzolato, segundo  ele, assinou três das quatro autorizações de repasses desses recursos.

Gurgel também afirmou que a DNA Propaganda emitiu notas fiscais frias para  comprovar serviços que não foram prestados. Isso, de acordo com ele, foi  comprovado pelo Instituto Nacional de Criminalística. Ele acusa ainda Pizzolatto  de ter recebido R$ 326,6 mil de Marcos Valério mediante um saque em uma agência  do Banco Rural no Rio de Janeiro.

Fonte: Valor Econômico

 

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Economia

Novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 devem circular em 48 horas

O Banco Central (BC) lançou nesta segunda-feira as novas notas de R$ 10 e R$ 20, da segunda família do real. Segundo o BC, em 48 horas as novas cédulas devem chegar às capitais dos estados e em seguida serão distribuídas no restante do país.

O chefe do departamento de meio circulante do BC, João Sidney de Figueiredo, afirmou que entrarão em circulação 116 milhões de notas de R$ 10 e a mesma quantidade de notas de R$ 20. Em valores, serão R$ 3,4 bilhões nas novas cédulas.

O BC alerta que as novas notas vão circular normalmente com as antigas, que serão substituídas na medida em precisem ser retiradas de circulação devido ao desgaste natural.

Segundo o BC, as novas cédulas são semelhantes às que já circulam. A maior novidade está no elemento de segurança que consiste em um número que muda cor, no canto superior direito: ao movimentar a nota, a cor do numeral muda do azul para o verde e uma barra brilhante parece rolar sobre ele.

As duas notas têm diferença de tamanho. A de R$ 10 é menor, para facilitar a identificação. Outros mecanismos de segurança que já existem nas notas de R$ 50 e R$ 100 como a marca da água foram mantidos.

Em 2010, o projeto de nova família do real começou com a troca das notas de R$ 50 e R$ 100, que seguiu com a substituição das notas de R$ 10 e R$ 20 agora, e será concluído em 2013 com as notas de R$ 2 e R$ 5.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/bc-novas-notas-de-10-r-20-devem-circular-em-48-horas-5557368#ixzz21TeWrChH
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Jornalismo

Bandidos assaltam Itaú de Candelária e deixam um baleado na fuga

Paramédicos socorrem vítima (Foto: Samira Zaira)

Notícias que acabam de chegar a este blog é que dois homens armados assaltaram há poucos minutos a agência do banco Itaú em Candelária, aquela que fica na marginal da BR-101, durante a fuga os bandidos ainda deixaram um ferido.

Movimentação foi intensa em frente ao banco com ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e viaturas da Polícia Militar.

De acordo com informações apuradas pelo blog, a dupla chegou a bordo de uma motocicleta e levou um malote de dinheiro que estava chegando à agência. Nesse momento, eles efetuaram dois disparos contra um homem. Sorte da vítima foi que os tiros pegaram de raspão.

Na fuga, os dois assaltantes abandonaram a moto e fugiram em um veículo Ideia, da marca Fiat.

Viaturas da Polícia Militar estão em diligências a procura dos bandidos e do carro que deu fuga aos dois.

Paramédicos constatam que tiros passaram de raspão (Foto: Samira Zaira)

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Jornalismo

Polícia investiga circulação de cédulas falsas no interior do RN

Está no DN Online. A Polícia Militar da cidade de Lagoa Nova apreendeu por volta das 16h dessa quarta-feira (11) cinco notas de R$50 reais que estaria com o jovem Renato José de Oliveira Santos, de 21 anos. Informações preliminares dão conta que o jovem fez um depósito na agência dos correios no dia de anterior e os funcionários só perceberam a falsificação de duas das notas, quando ele deixou o local. Então, somente na tarde dessa quarta-feira, o acusado voltou para fazer um saque de R$ 1.000(hum mil reais) e foi reconhecido pelo os funcionários, que chamaram a polícia.

Renato alega que foi vítima e que não sabia que o dinheiro era falso. Ele disse que o dinheiro foi arrecadado durante um bolão de vaquejada que foi realizado no Sitio Macambira III, no último final de semana, e que ele tem algumas suspeitas. Ele ainda destacou que uma pessoa passou a noite toda comprando cerveja no bar e pagando com notas de R$ 50,00 (cinquenta reais).

O jovem foi encaminhado para a delegacia na companhia da mulher, que foi liberada por ter uma criança de colo. Ela também confirmou a versão do marido e agora a polícia tentará descobrir quem estaria repassando esse dinheiro na Serra de Santana.

Depois do flagrante, um comércio que vendeu bebidas a Renato também procurou a polícia e devolveu outras três notas que foram repassadas por ele no pagamento da bebida vendida no evento.

Os policiais disseram que a falsificação é quase perfeita e só com muita atenção se consegue distinguir e falsa da verdadeira. A polícia alerta aos comerciantes para que tenham atenção nas notas de R$50,00(cinquenta) reais do modelo velho.

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Jornalismo

Carro importado que pegou fogo no Rio com R$ 100 mil dentro é de Pastor da Universal

Parte do dinheiro encontrado escondido em carro que pegou fogo na Via DutraFoto: PRF / DivulgaçãoFoi identificado como José Rodrigo da Costa, pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, o dono do Mitsubishi Airtreck, placa MQS-6870 (SP), que pegou fogo no dia 1º deste mês, na Via Dutra, em Barra Mansa, no Sul Fluminense. Na ocasião, o veículo foi abandonado quando estava em chamas, e mais de R$ 100 mil que estavam no motor do automóvel foram queimados parcialmente.

O nome do pastor foi revelado pelo comerciante Emerson Pereira, de 32 anos, dono de uma revendedora de veículos Barut, localizada no bairro da Freguesia do Ó, na capital paulista. Ele esteve recentemente na 90ª DP (Barra Mansa), onde prestou depoimento ao delegado adjunto Michel Floroschk, que investiga o caso.

O comerciante comentou com o radialista Tico Balanço, da Rádio Sul Fluminense, após o depoimento, que o pastor comprou o carro na agência dele no dia 30 de junho. Ainda segundo Emerson, o pastor disse que viajaria no outro dia para o Rio, onde, com dinheiro do dízimo dos fiéis, ia montar uma igreja.

A polícia não tem mais dúvida da procedência do dinheiro. Foram encontradas cédulas de R$ 2, R$ 5, e R$ 50 — fato que fez com que o policial rodoviário federal Carlos Fernandes Nogueira suspeitasse na época que o dinheiro fosse de traficante. A polícia chegou ao dono da agência de veículos por meio da placa do veículo. Emerson disse que o pastor adquiriu o carro à vista, em dinheiro.

A transferência de propriedade ainda não tinha sido providenciada. O carro foi encontrado pegando fogo no km 276 da estrada, próximo a Barra Mansa, por bombeiros que foram acionados pela Concessionária Nova Dutra, que administra a rodovia. Testemunhas viram quando duas pessoas tentaram conter o fogo e fugiram diante da aproximação dos bombeiros. Eles entraram num carro que estava parado na outra pista da rodovia, sentido Rio.

A polícia agora tenta localizar o comprador. O delegado disse que pretendem descobrir por que o dinheiro estava escondido dentro do motor do veículo e também por que o suposto pastor fugiu abandonando o carro importado.

O veículo foi levado para o pátio da delegacia de Barra Mansa, onde foi periciado junto com as cédulas. A polícia também aguarda o resultado do laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Fonte: O Globo

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Jornalismo

Moradores de rua encontram R$ 20 mil e entregam à polícia

Um total de R$ 20.004,00, em notas de 100, 50, 20 e 10, e moedas, foi encontrado por dois mendigos, próximo ao Viaduto Azevedo, sob o qual eles residem, na Radial Leste, região do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, e entregues a policiais militares do 8º Batalhão por volta das 3h30 desta madrugada de segunda-feira, 9.

Os dois moradores de rua, ao encontrarem um saco plástico e um malote igual aos utilizados por bancos, abriram ambos e verificaram que neles havia diversos envelopes de depósito bancário contendo os mais de R$ 20 mil. Imediatamente ligaram para o 190 e acionaram a PM, que encaminhou todo o valor para o plantão do 30º Distrito Policial, do Tatuapé.

“Além do dinheiro, havia também notas fiscais de um restaurante que sofreu um furto. Estamos supondo que o dinheiro seja do mesmo estabelecimento, mas só teremos certeza quando o proprietário for localizado.”, afirmou o tenente PM Santos. O furto, segundo a polícia, teria ocorrido na tarde de domingo, 9. O restaurante deve reabrir no final da tarde de hoje, acreditam os policiais.

Fonte: Estadão

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Política

Prefeito do PT é pego com a boca na botija em vídeo de Cachoeira

Raul Filho, prefeito petista de Palmas, capital do Tocantins, é estrela num vídeo recolhido pela Polícia Federal na casa de um ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira. Na peça, o prefeito negocia com o contraventor verbas para sua campanha. Em troca, oferece negócios na administração que assumiria.

O vídeo é de 2004, ano em que Raul Filho obteve seu primeiro mandato como prefeito. Apreendido no curso da Operação Monte Carlo, veio à luz em reportagem exibida peloFantástico. Contém diálogos claros como água de cachoeira.

Raul introduz o assunto: “Viu, Carlinhos, o que a gente busca é o seguinte: nós temos um projeto político, um projeto de poder no Tocantis. Palmas é um estágio.” Pragmático, Cachoeira vai ao ponto: “Mas Raul, o que você está precisando lá, hein?”.

Sem muitos rodeios, Cachoeira lança a isca: “Você acha que um grande show seria bom para você lá na reta final [da campanha]?”. O petista Raul morde o anzol: “Ah, com certeza”. O então candidato como que escancara as portas de sua futura administração para o provedor.

Raul soa assim no vídeo: “Lá é tudo mesmo na base do arranjo, sabe? Palmas tem uma série de oportunidades a ser explorada [sic], no campo imobiliário, transporte… Lá tem uma questão que nós vamos rever, a concessão de água.”

Depois de abrir o cardápio de negócios, convida Cachoeira a se servir: “Essa composição, isso depende muito de vocês, em que área vocês querem atuar.”

Cachoeira mostra-se interessado. Além de custear um show, providenciaria verbas. Indica um auxiliar para negociar as compensaçõe$: “Eu posso falar que até sexta vou dar uma posição para você do show e o que nós podemos entrar aí em verba. Você vê com o Alexandre aí qual o nicho que a gente pode participar posteriormente.”

Noutro vídeo, gravado semanas depois, às vésperas da eleição municipal de 2004, Cachoeira recebe um preposto do futuro prefeito. Um personagem que a PF identificou como Sílvio. Travada em timbre vadio, a conversa gira em torno de uma cifra e do modo como a verba escoaria de Cachoeira para as arcas eleitorais de Raul.

Sílvio diz a Cachoeira: “É comprometer esses R$ 150 mil e o show com coisas palpáveis. Vai acontecer o seguinte, nós vamos tentar fazer isso, certo? Porque se eu puder ter uma aposentadoria e o Raul ter uma, tudo bem.” E Cachoeira, sempre pragmático: “Você trabalha em cheque?” O representante de Raul responde afirmativamente: “Cheque. Dinheiro não.”

Cachoeira concorda. Fala dos riscos de transportar o mimo de Goiânia para a capital do Tocantins em moeda sonante: “Você não tem nem como passar com esse dinheiro no raio x, você vai de avião não é?”. Tomado pela resposta, Sílvio pareceu ter experiência em transações do gênero: “Eu não mexo com dinheiro de jeito nenhum.”

Cachoeira indaga: “É para pagar quem, é um só?” Sílvio ilumina os caminhos do caixa dois: “Lá é o seguinte, sabe o que fazer? Passo para o Alexandre um fax de umas cinco contas pulverizadas, que não têm nada a ver com campanha. Chega lá, amanhã, não tem problema nenhum.”

Procurado para comentar o conteúdo radioativo dos vídeos, o prefeito Raul Filho não foi localizado. A assessoria da prefeitura de Palmas informou que não conseguiu achá-lo. Esse é o terceiro filiado do PT a ser exposto no caso Cachoeira. Os outros dois são: Antônio Gomide, prefeito de Anápolis (GO); e Rubens Otini, deputado pelo PT de Goiás.

Josias de Souza

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Economia

Real atinge a maioridade hoje

Esta é uma data que parece ter passado despercebida para a maioria das pessoas, mas hoje o real completa 18 anos em circulação no país. A moeda – a quinta à qual os brasileiros tiveram que se acostumar em uma década – marcou o final do período de instabilidade monetária e altas taxas de inflação, que chegaram a atingir 5.000% ao ano – de julho de 1993 a junho de 1994.

Antes do real, a moeda que circulava no país era o cruzeiro real (CR$), vigente de 1º de agosto de 1993 até 30 de junho de 1994. Ele funcionava junto com a Unidade Real de Valor, a URV, cujo valor, em cruzeiros reais, variava diariamente.

Em 1º de julho de 1994, uma URV passou a ser igual a R$ 1. Para a equivalência, o valor da nova moeda foi fixado com a cotação da URV do dia anterior, que era de 2.750 cruzeiros reais. Dessa forma, CR$ 5.000 equivaliam a cerca de R$ 2 – o suficiente para comprar, na época, meio quilo de carne, três litros de leite ou duas latas de refrigerante, por exemplo

Com informações do G1

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Finanças

Grupo de Cachoeira tem R$ 30 milhões, segundo Polícia Federal e Receita

Relatório produzido pela Receita Federal durante as investigações da Operação Monte Carlo revela que, além dos indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, a organização criminosa de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acumulou um patrimônio de cerca de R$ 30 milhões. Cachoeira é um dos alvos da CPI criada pelo Congresso, cuja instalação está prevista para quarta-feira.

Para a Receita, os valores são incompatíveis com a renda dos integrantes do esquema que, segundo a Polícia Federal, explorava caça-níqueis e contratos públicos em parceria com a Delta Construções. O relatório apresenta a quebra de sigilo bancário, incluindo a análise das contas bancárias e das declarações de imposto de renda.

Os auditores identificaram movimentações atípicas e ações fiscais anteriores às investigações da PF. Segundo a Receita, Carlinhos deixava todos os seus bens em nome da ex-mulher Andréia Aprigio de Sousa ou do ex-cunhado Adriano Aprigio. “Observa-se que os valores que circulam pelas contas bancárias de Andréia não dão indícios de omissão de rendimentos” , dizem os auditores. “Pelo contrário, como em determinados anos eles ficam aquém do total declarado, a única justificativa plausível seria de que parte dos rendimentos seriam recebidos em espécie ou por outro meio que evitasse a circulação nas próprias contas bancarias.”

A ex-mulher de Cachoeira declarou um patrimônio de R$ 9,8 milhões. Entre os bens há uma casa em Miami, uma fazenda de 165 hectares, um avião Cessna, salas comerciais e apartamentos em Goiânia e no Rio. Andréia tem registro de assalariada no laboratório Vitapan, que a PF diz pertencer, de fato, a Cachoeira. O salário em 2010 era de R$ 12 mil.

Casas em Miami eram um dos investimentos preferidos de Cachoeira. Escutas telefônicas mostram o contraventor negociando a compra de imóveis na Florida. Ele negociava em dólares e em euros.

Cofre. A análise da Receita mostra que Carlinhos declara ser dirigente, presidente e diretor de uma empresa industrial. Seus rendimentos variavam entre R$ 60 mil e R$ 70 mil. Já seu patrimônio chegava a R$ 4,3 milhões. O contraventor informou ainda ter R$ 1,2 milhão em espécie no cofre de sua casa.

“Não há indicação da origem de tais recursos. O contribuinte possui baixa movimentação financeira, mas gastos relevantes com cartão de crédito. Se houver pagamento das faturas é possível que seja com conta no exterior”, destaca a Receita. Segundo o relatório, uma das faturas de Andréia chegou a R$ 51 mil.

Já o contador de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva – que está foragido -, apresentou movimentação financeira incompatível com o patrimônio. Em 2010, foram mais de R$ 4,3 milhões. Seus rendimentos, porém, não passaram de R$ 21,3 mil.

O irmão de Cachoeira, Sebastião Ramos, também recebeu dinheiro que não circulou nas suas contas bancárias. Em 2009, por exemplo, foram declarados rendimentos de R$ 1,3 milhão, mas sua movimentação financeira naquele ano foi de R$ 170 mil.

Bens. Até pouco tempo, o engenheiro Cláudio Dias Abreu era apenas o diretor regional de uma grande construtora – a Delta. A Operação Monte Carlo, no entanto, trouxe à tona um operador dos mais diversos negócios.

Abreu mantinha um patrimônio incompatível com seus rendimentos. Em 2008, ele declarou ter recebido R$ 320,9 mil. Naquele mesmo ano, o ex-diretor regional da Delta começou a construção de uma casa no condomínio Alphaville, em Goiânia, e pediu um empréstimo para Rossine Aires Guimarães, outro citado nas investigações, para finalizar a obra. O valor foi de R$ 950 mil. “O patrimônio de Cláudio cresce acima dos rendimentos e passa de R$1,3 milhão para R$ 2,1 milhões”, destacou a Receita.

Dentre os itens que determinaram o patrimônio descoberto estão a aquisição de três salas comerciais em Palmas (TO), um apartamento em Caldas Novas (GO), um veículo Mercedes ao custo de R$ 188 mil e outros sete imóveis residenciais e comerciais, indicam os auditores. Abreu teria ainda quitado o empréstimo com Rossine e obtido um novo crédito, de R$ 1,1 milhão. Os rendimentos tributáveis recebidos por Abreu são todos da Delta.

Construções. No auto de prisão, ele afirmou receber R$ 100 mil por mês, sendo R$ 35 mil da construtora.

A PF pediu o sequestro dos bens e o bloqueio das contas dos envolvidos.

Advogado de Cachoeira, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos não quis se pronunciar sobre o relatório da Receita. “Não estamos falando sobre questões pontuais. A investigação é sigilosa, as menções são descontextualizadas e não tivemos acesso à integralidade dos autos.”

Fonte: Estadão

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Jornalismo

Grupo de Cachoeira agiu em esquemas ilegais que movimentaram R$ 400 milhões nos últimos 6 anos

Investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) mostram que o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, participou de esquemas ilegais que, juntos, movimentaram pelo menos R$ 400 milhões nos últimos seis anos. Entre os supostos crimes praticados estão contrabando, exploração de jogos de azar, corrupção e lavagem de dinheiro.

A organização criminosa atuava num raio de até 200 quilômetros do Palácio do Planalto, tendo como área de maior influência o chamado Entorno do DF. Era nesse território, com quase dois milhões de habitantes e baixo índice de desenvolvimento humano, que Cachoeira cooptava servidores públicos e policiais para atuarem como “soldados” da máfia dos caça-níqueis.

Planilhas de contabilidade apreendidas pela PF na operação Monte Carlo, a mais recente envolvendo a organização criminosa, apontam que as casas de bingo do Entorno rendiam ao grupo até R$ 346 mil por mês, chegando a R$ 2 milhões em oito meses. Os cassinos de Valparaíso (GO), segundo as investigações, eram os mais rentáveis. Na cidade, o grupo contava inclusive com o apoio de um funcionário no Fórum. Em Águas Lindas de Goiás, o sistema via web do bando registrou lucro bruto de R$ 86,6 mil no mês de fevereiro. A PF teve acesso aos dados depois de grampear integrantes do grupo e conseguir a senha do site.

Ao melhor estilo da máfia italiana, os integrantes do grupo destinavam parte de seus lucros para a “assistência social”, como era chamado o pagamento da propina. Os valores eram lançados na contabilidade, juntamente com o serviço técnico de reparos das máquinas, aluguéis e telefones. Em Águas Lindas, por exemplo, foram reservados no mês de julho R$ 12,6 mil para a rubrica. Em Santo Antônio do Descoberto, os valores variavam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais, taxa semelhante à que era paga em Cristalina. Os pagamentos variavam segundo a hierarquia do “soldado” .

“Apenas a título de exemplo, policiais militares de baixa patente recebem em média R$ 200,00 por dia trabalhado na segurança/ronda de cassino, ou trabalham dentro das casas, à paisana ou realizando ronda velada ou usando a própria viatura da policial militar. Os oficiais PMs recebem propinas rotineiras, cujo valor varia de acordo com sua posição hierárquica dentro da instituição e a função desempenhada, seja política, junto ao comando geral em Goiânia, seja nos comandos regionais”, destaca o inquérito.

O negócio de Cachoeira era mantido às custas do vício de jogadores e de adulterações nas máquinas para que elas gerassem mais lucro.

Concorrência. Todas essas operações eram controladas de perto por integrantes do grupo, que atuavam para acabar com qualquer concorrência no mercado ilegal.

No início deste ano, homens de Cachoeira tentaram subornar policiais em troca de informações sobre concorrentes e equipamentos apreendidos.

Otoni Olímpio Júnior e Raimundo Washington de Sousa queriam pagar R$ 25 mil aos agentes e ainda garantir um “mensalzinho” pelas facilidades. Os denunciados fazem parte da família Queiroga, parceira de Cachoeira nos negócios do Entorno.

‘Parceiro’. Empresário de Brasília, José Olímpio Queiroga Neto atua, segundo as investigações, no comércio ilegal de jogos de azar e na lavagem de dinheiro. Há 17 anos o Entorno pertenceria a Carlinhos Cachoeira e Olímpio atuaria em parceria com ele e Lenine Araújo de Souza, segundo homem na escala hierárquica do grupo criminoso.

Os grampos mostram que o empresário poderia operar com exclusividade na área e escolher demais parceiros.

“Não sou dono da área. Dono da área aí chama-se Carlinhos Cachoeira e Lenine e outro garoto. Respeito isso e falo de boca cheia, pra todo mundo, que sou parceiro. A área é de vocês, por isso que eu pago e pago com prazer. Os bicheiros são vocês. Eu pago porque é direito de vocês”, diz Olímpio em uma interceptação telefônica.

Apuração da Monte Carlo mostra que os irmãos Queiroga eram responsáveis por empresas que ajudavam a lavar o dinheiro de Cachoeira. A quebra de sigilo bancário mostrou que pelo menos R$ 14 milhões passaram pela rede montada pelo empresário. Segundo a PF, somente a Let Laminados Extrudados teve movimentação financeira de aproximadamente R$ 13 milhões entre 2006 e 2009.

De acordo com relatório de análise, a empresa tem entre os sócios dois laranjas: Adriele Silvia e Thiago Rodrigues, servidor lotado no Ministério do Desenvolvimento Agrário com salário de R$ 2,1 mil. A PF identificou ainda transferências bancárias entre Adriele e Geovani Pereira, o contador de Cachoeira. A moradora de Luziânia também é sócia da empresa Micro Usina de Álcool Alto Longa, em Alto Longa (PI), aberta em julho do ano passado.

Faturamento. Nas escutas, Queiroga e seus comparsas movimentavam o dinheiro arrecadado com os jogos de azar nas contas das empresas de fachada. As casas de bingo da família rendiam cerca de R$ 200 mil por dia, como revelam documentos das investigações.

Os valores são semelhantes aos identificados pela PF nas operações que fecharam as primeiras casas da organização criminosa, ainda em 2006.

“Pelo que levantamos, as máquinas de rua e de bingo de todo o Estado de Goiás e Entorno do Distrito Federal faturam uma média de R$ 250 mil diariamente”, afirma o relatório da PF.

Imposto de Renda. O grupo de Cachoeira também é formado por políticos suspeitos de corrupção, especialmente no Estado de Goiás. A ligação com prefeitos e vereadores ficou demonstrada, por exemplo, na articulação para livrar o prefeito de Águas Lindas, Geraldo Messias (PP), do indiciamento na operação Apate, realizada em 2010.

Em tramitação no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1º Região, a fraude consistia na retificação das Declarações do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRFs) dos últimos cinco anos, de órgãos municipais – como a Prefeitura e a Câmara daquele município.

As investigações mostraram que eram incluídos falsos prestadores de serviços, com rendimentos fictícios, o que gerava retenções enganosas. O dinheiro então era liberado para os gestores.

Segundo a Receita, o rombo estimado no caso é de R$ 200 milhões. A operação se estendeu para outras 10 prefeituras de Goiás, duas do Mato Grosso e uma do Pará. Nos áudios, um delegado da PF que fazia parte da quadrilha aponta detalhes da operação, dimensiona quais prefeituras seriam atingidas e, em seguida, orienta como deveria ser o depoimento de Messias.

O Estado não localizou o prefeito de Águas Lindas.

Carlinhos Cachoeira também teve informações privilegiadas sobre a Operação Conexão Ásia, que apreendeu mais de R$ 4 milhões em produtos supostamente contrabandeados no camelódromo de Campinas, em Goiânia e em Anápolis, áreas de atuação do grupo comandado pelo contraventor.

Fonte: Estadão

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Judiciário

Precatórios TJ: Laranjas não sabiam origem do dinheiro

O advogado Heráclito Higor Noé avaliou como positivos os depoimentos realizados na última sexta-feira. Carla e George, de acordo com o advogado, confirmaram que Claúdia Sueli, Carlos Fasanaro e Carlos Palhares não sabiam da origem do dinheiro, como já havia sido alegado pela defesa. “Carla e George disseram que usavam as contas dos três para receber o dinheiro, mas que nenhum deles tinha conhecimento da origem desse dinheiro”, explica Heráclito Higor.

Dessa forma, na opinião da defesa, a acusação de formação de quadrilha, formatada pelo Ministério Público Estadual, fica esvaziada. “Os depoimentos e a própria confissão de Carla e George demonstram que não existia uma quadrilha. Isso ficou bastante claro porque as falas de todos os envolvidos e das testemunhas coincidiram em suas versões dos fatos”, complementa.

A argumentação da defesa se baseia na evidência de que os três laranjas não saberiam de todo o esquema. “Eles achavam que era dinheiro das atividades de George Leal. O casal sempre teve um padrão de vida alto, então isso nunca despertou suspeita. Cláudia Sueli, por exemplo, não sabia sequer que os outros dois também emprestavam a conta. Isso descaracteriza a formação de quadrilha”, aponta Heráclito. O advogado também disse que Cláudia Sueli não “recebia” nenhuma compensação por “emprestar a conta”.

Cláudia Sueli, Carlos Fasanaro e Carlos Palhares foram presos no dia 31 de janeiro, juntamente com Carla Ubarana e George Leal. Eles foram acusados de participação no esquema de desvio de recursos no setor de precatórios do Tribunal de Justiça, por terem sacado e recebido dinheiro proveniente de precatórios sem serem beneficiários dos mesmos.  Pedro Luís Silva Neto, servidor do Banco do Brasil, também foi detido à época, mas sequer foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, sendo considerado inocente.

Cláudia Sueli foi a primeira dos acusados a ser solta por meio de habeas corpus. Fasanaro e Palhares estiveram presos até a última sexta-feira, quando receberam liberdade condicional.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Stepan Nercessian encaminha pedido de licença do PSS após cobrança de explicações

O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) pediu, por meio de nota divulgada neste sábado (31), licença temporária do PPS e dos cargos e funções que ocupa no partido. O pedido se deve à denúncia publicada no jornal “Folha de S.Paulo” de que o deputado recebeu, no ano passado, R$ 175 mil de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.

Conforme nota do deputado divulgada pelo PPS, o afastamento será “até que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos” – veja íntegra da nota no fim da reportagem.

Também neste sábado, depois do pedido de afastamento, o PPS divulgou nota em que afirma que pedirá explicações formais, por meio de seu Conselho de Ética, a Stepan Nercessian. O partido afirma que o parlamentar tem uma semana para enviar as explicações à legenda.

De acordo com o texto, em gravações da Operação Monte Carlo, da PF, o deputado admitiu ter recebido de Cachoeira um depósito de R$ 160 mil em 17 de junho de 2011. Nercessian afirma que o dinheiro seria usado para garantir a compra de um apartamento no Rio de Janeiro, avaliado em R$ 500 mil.

O valor, porém, foi devolvido três dias depois por meio de um depósito na conta de uma empresa do grupo de Cachoeira. O jornal afirma que o deputado enviou extrato que comprova o repasse.

Segundo a reportagem, o deputado afirma que recorreu a Cachoeira, de quem é amigo, porque teve medo que um empréstimo pedido a um banco não fosse aprovado a tempo de concretizar a compra do apartamento. Como o empréstimo saiu, diz Nercessian, o dinheiro foi devolvido.

Ainda de acordo com o jornal, o deputado admitiu ter recebido outros R$ 15 mil de Cachoeira. O dinheiro, diz, foi usado na compra de ingressos do Carnaval do Rio para Cachoeira.

Veja abaixo a íntegra da carta de Stepan Nercessian ao PPS

“Ao Partido Popular Socialista,
Direção Nacional

Sr. Presidente Roberto Freire

Tendo o meu nome aparecido nas gravações que investigam a relação do Sr. Carlos Ramos, Carlinhos Cachoeira, com parlamentares do Senado e da Câmara, solicito licença temporária do PPS, bem como de todos os cargos e funções que ocupo no mesmo, . Coloco-me também,desde já, a disposição do Conselho de Ética do Partido.

Solicito também que o PPS, me substitua na Comissão de Segurança Publica e Combate ao Crime Organizado da Camara dos Deputados, tendo em vista que essa Comissão participará das investigações que envolvem o caso Carlinhos Cachoeira.

Para tranquilizar, se possível, aos companheiros do PPS, quero lembrar que sou nascido no Estado de Goiás, onde tenho uma legião grandiosa de amigos, familiares e conhecidos e que minha amizade com Carlinho Cachoeira dura mais de 15 anos, antes portanto de ter exercido mandato parlamentar e que nossas relações jamais envolveram negócios ou relações políticas.

Faço isso pelo profundo respeito que tenho a história do PPS e de seus militantes e desde já lamento profundamente que nosso Partido apareça, por responsabilidade minha, em assunto que não lhe diz respeito.

Atenciosamente,

Stepan Nercessian – Deputado Federal -RJ”

Com informações do G1

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Jornalismo

Deputado federal e ator Stepan Nercessian também recebeu dinheiro de Cachoeira

O deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) recebeu R$ 175 mil no ano passado do empresário Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal, informa reportagem de Filipe CoutinhoLeandro Colon e Fernando Mello, publicada na Folha deste sábado.

Stepan admitiu à Folha que recebeu o dinheiro, após ser informado de que as transações aparecem em grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que levou à prisão de Cachoeira.

Alan Marques – 14.dez.11/Folhapress
Deputado Stepan Nercessian em sessão da Câmara; ele recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira
Deputado Stepan Nercessian em sessão da Câmara; ele recebeu R$ 175 mil de Carlinhos Cachoeira

O valor de R$ 160 mil, segundo ele, seria usado na compra de um apartamento no Rio. O deputado devolveu o dinheiro, de acordo com extrato enviado à reportagem.

Outros R$ 15 mil, diz, foi usado para comprar ingressos do Carnaval carioca para Cachoeira.

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Política

Demóstenes Torres pediu dinheiro a Carlinhos Cachoeira

Senador Demóstenes Torres discursa no plenário do Senado sobre sua relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira Foto: Aílton de Freitas / O Globo

 

Gravações da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM no Senado, pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar a exploração ilegal de jogos em Goiás. Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso. O documento aponta ainda ligações comprometedoras entre os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO) com Cachoeira.

O relatório, produzido três anos antes da deflagração da Operação Monte Carlo, escancara os vínculos entre Demóstenes e Cachoeira. Numa das gravações, feitas com autorização judicial, Demóstenes pede para Cachoeira “pagar uma despesa dele com táxi-aéreo no valor de R$ 3 mil”. Em outro trecho do relatório, elaborado com base nas gravações, os investigadores informam que o senador fez “confidências” a Cachoeira sobre reuniões reservadas que teve no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Parlamentar influente, Demóstenes costuma participar de importantes discussões, sobretudo aquelas relacionadas a assuntos de segurança pública.

O relatório revela ainda que desde 2009 Demóstenes usava um rádio Nextel (tipo de telefone) “habilitado nos Estados Unidos” para manter conversas secretas com Cachoeira. Segundo a polícia, os contatos entre os dois eram “frequentes”. A informação reapareceu nas investigações da Monte Carlo. Para autoridades que acompanham o caso de perto, esse é mais um indicativo de que as relações do senador com Cachoeira foram mantidas, mesmo depois da primeira investigação criminal sobre o assunto. O documento expõe também a proximidade entre Cachoeira e os deputados Leréia e Sandes Júnior.

Leréia também usava um Nextel para conversas secretas com Cachoeira. A polícia produziu o relatório com base em inquérito aberto em Anápolis para investigar a exploração de bingos e caça-níqueis na cidade e arredores. Como não pode investigar parlamentares sem autorização prévia do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF enviou o material à Procuradoria Geral em 15 de setembro de 2009. O relatório foi recebido pela subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques. Caberia ao procurador-geral, Roberto Gurgel, decidir se pediria ou não ao STF abertura de inquérito contra os parlamentares. Mas, desde então, nenhuma providência foi tomada.

No segundo semestre de 2010, a PF abriu inquérito para apurar exploração ilegal de jogos em Luziânia e se deparou com as mesmas irregularidades da investigação concluída há três anos. Procurado pelo GLOBO, Gurgel disse, por meio da assessoria de imprensa, que estava aguardando o resultado da Operação Monte Carlo para decidir o que fazer em relação aos parlamentares. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, confirmou o uso do Nextel por Demóstenes.

Segundo ele, o senador usou o telefone, mas não se lembra desde quando. O advogado não fez comentários sobre o suposto pedido de pagamento de despesas e o vazamento de informações oficiais.

Fonte: O Globo

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