Política

A PIZZA foi para o forno na CPI do Cachoeira

Deu-se o previsto. Reunida nesta quinta (17), a CPI do Cachoeira acendeu o forno. Aprovou-se a convocação de 51 suspeitos e quebrou-se o sigilo bancário, fiscal e telefônico de 36 pessoas e empresas. Os governadores foram poupados. Fernando ‘Delta’ Cavendish também foi retirado da grelha.

Com o apoio de governistas e oposicionistas, decidiu-se adiar a votação dos requerimentos que convocariam para depor três governadores: o tucano Marconi Perillo (Goiás), o petê Agnelo Queiroz (DF) e o pemedebê Sérgio Cabral (Rio).

Marconi e Agnelo encontram-se no espeto graças aos indícios colecionados pela PF. A Procuradoria já informou que acionará a dupla no STJ. Cabral teve o calcanhar exposto com a divulgação dos videos e fotos que desnudaram a intimidade que o une a Fernando Cavendish. Para a CPI, por ora, nada a apurar.

Num dos requerimentos aprovados, a CPI quebrou os sigilos da Delta. Apenas no Cento-Oeste. E a matriz? “Não é o nosso foco. Quem quiser que peça uma CPI da Delta”, disse o relator Odair Cunha (PT-MG).

E quanto a Canvendish? “Não há indícios que me levem a pedir a quebra de sigilo ampla, geral e irrestrita de toda a empresa Delta e do senhor Fernando Cavendish”, Odair declarou.

No inquérito da Operação Monte Carlo, a PF informa que a Delta borrifou R$ 39 milhões nas caixas registradoras de empresas de fachada da quadrilha. Suspeita-se que a verba tenha irrigado campanhas eleitorais. Tomado pelas palavras, o relator da CPI acha que os milhões se moveram sem o conhecimento do então controlador da empreiteira. Falta nexo.

A voz de Cavendish, nunca é demasiado recordar, soou numa gravação feita às escondidas por dois ex-sócios. Ele disse coisas assim: “Se eu botar R$ 30 milhões na mão de políticos, eu sou convidado pra coisa pra caralho! Pode ter certeza disso, te garanto. Se eu botasse dez pau que seja na mão de nêgo… Dez pau! Ah… Nem precisava de muito dinheiro não, mas eu ia ganhar negócio. Ôooo…”

Ou assim: “Estou sendo muito sincero com vocês: R$ 6 milhões aqui, eu ia ser convidado. Ô, senador fulano de tal, eu tenho cinco convites aqui. Toma, tá aqui ó. Pá! Se convidar, eu boto o dinheiro na tua mão.” São frases que, num Congresso feito de honradez, inspirariam um desejo irrefreável de ouvir o autor. Mas a CPI, feita de outra matéria prima, faz ouvidos moucos.

Nascida sob o estrépito da unanimidade, a CPI descamba para a seletividade. No parto, não teve opositores. Todos os partidos apoiaram. Dilma absteve-se de barrar. Lula açulou o PT. FHC disse que a coisa é necessária. Ao ensaiar os primeiros passos, a comissão revela-se uma dessas iniciativas cujo risco de dar certo é nulo.

Sem alarde, retira-se da investigação o PAC, que tem na Delta sua principal tocadora de obras. Na manha, PT e PMDB oferecem escudo a Agnelo e Cabral para, num segundo momento, de cena para, arrastar apenas Marconi para o banco da CPI. No mais, a comissão vai dançar ao redor de Cachoeira e seu bando, já moídos pela PF. À platéia, reservou-se, de novo, o papel boba.

Fonte: Josias de Souza

Opinião dos leitores

  1. Enquanto a populaçao so votar em partidos e candidatos da midia brasileira, so vai continuar essa farsa cpi so almenta  o esquema. PT e PMDB é so conveniências . So me espliquem porque Color não roubou nem um milésimo do PT e foi cassado . Acorde povo brasileiro tomem vergonha na cara votem NULO ou so justifiquem.

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Jornalismo

Cachoeira pagou uma "bichinha" para o filho do Governador de Tocantins

O inquérito da Operação Monte Carlo traz um trecho revelador dos expedientes que eram usados pela quadrilha para obter vantagens nas suas aproximações de governos. Como a empreiteira Delta Construções tinha interesse em fechar contratos no Tocantins, o contraventor Carlinhos Cachoeira pagou um jantar e contratou uma garota de programa para acompanhar Eduardo Siqueira Campos, o então secretário de Planejamento do Tocantins e filho do governador Siqueira Campos (PSDB). De acordo com o relatório da Polícia Federal, o jantar de Eduardo Siqueira Campos, ex-deputado e ex-senador, com a garota de programa aconteceu no dia 19 de maio de 2011, em Goiânia. No dia seguinte, segundo interceptação telefônica que consta do inquérito, Cachoeira conversou com o ex-diretor da Delta para a região Centro-Oeste sobre o ‘arranjo’ para agradar ao secretário. Cachoeira reclama do valor da conta, R$ 1 mil, e Abreu o ironiza: “Você deu para vir de Brasília só para tomar vinho, bem feito!”

Seus trens…

E Cachoeira continua: “Mas precisava disso, né? Para você ganhar seus trens, meus trens, é que tô fodido, né?”, numa referência aos supostos interesses seus e da Delta no Tocantins.

..Meus trens
Uma outra conversa gravada pela Polícia Federal no dia 19 de maio mostra que foi Cachoeira mesmo quem contratou a moça. O grampo mostra o contraventor conversando com a mulher, fechando um agrado para “quem realmente governa” no Tocantins.

Tragédia familiar
Procurado pela coluna, Eduardo Siqueira Campos disse que passou por tragédia familiar no ano passado, quando perdeu um filho, e que foi a Goiânia na ocasião para conhecer um médium. Disse também que está com problemas de saúde na família, mas não negou as informações.

Em defesa
Hoje secretário de Relações Institucionais, Siqueira diz que a Delta não tem qualquer contrato com o governo do estado que passe por sua gestão ou conhecimento. E emendou que a conversa gravada pela PF “é uma citação de terceiros” sobre seu nome.

Fonte: Congresso em Foco

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Política

Justiça do DF quebra sigilo e bloqueia bens de Cachoeira

A 5ª Vara do Tribunal de Justiça do Distrito Federal bloqueou os bens do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, do ex-direitor da construtora Delta Claudio Abreu e de outras seis pessoas denunciadas por formação de quadrilha e tráfico de influência, acusados de tentar fraudar uma licitação. A Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos oito envolvidos e da Delta.

A Operação Saint-Michel foi deflagrada em 25 de abril pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ela é um desdobramento da Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira foi preso e acusado de exploração de jogo ilegal. Na investigação local, o grupo ligado a Cachoeira é acusado de tentar fraudar a licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do Distrito Federal. Na operação do dia 25 de abril, o ex-diretor da Delta Cláudio Abreu foi preso. Ele estava afastado do cargo após revelação de ligação com Cachoeira.

A quebra de sigilo determinada pela Justiça do Distrito Federal abrange dados das contas correntes e declarações de Imposto de Renda dos investigados a partir de janeiro de 2009 até os dias atuais. No caso da Delta, a determinação de quebra de sigilo abrange contas da empresa em todo o país.

Decisão ‘descabida’, diz advogado

O advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, considerou a de decisão da Justiça como “descabida”.

“É uma decisão absolutamente descabida e ilegal. Eu tenho até dúvidas com relação à competência judicial […] Não achei justa a decisão”, afirmou o advogado ao G1.

Segundo Bastos, na segunda-feira (14), ele irá estudar com mais detalhes da decisão. O advogado afirmou que aguarda ainda para terça-feira o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito do pedido de revogação da prisão preventiva de Cachoeira.

Depoimento
Carlinhos Cachoeira é esperado na terça-feira (15) para prestar depoimento à CPI criada no Congresso para investigar as relações do bicheiro com empresários e políticos. Na sexta-feira, o advogado do bicheiro, Márcio Thomaz Bastos, entrou com um pedido no Supremo para adiar o depoimento. A decisão está nas mãos do ministro Celso de Mello.

A defesa argumenta que Cachoeira não pode depor antes de ter acesso aos documentos em poder da CPI. “Ele tem o direito de não falar, para não produzir provas contra si”, disse o advogado ao G1.

O advogado afirmou que, na próxima seguna (14), se reunirá com Cachoeira na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde ele está preso, para avaliar a melhor estratégia a ser adotada durante o depoimento. Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, em fevereiro, sob suspeita de chefiar esquema de jogos ilegais. Márcio Thomaz Bastos argumenta que não teve acesso ao inteiro teor do inquérito. “Eu não tive acesso ao inquérito. Então, vou conversar com ele para ver o que ele pode ou não pode dizer, se é melhor ficar calado”, afirmou.

Do G1, em Brasília

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Jornalismo

Veja a lista de citados em grampos de Cachoeira com 82 nomes

Em depoimento sigiloso à CPI do Cachoeira, o delegado Matheus Mela Rodrigues, que coordenou a Operação Monte Carlo, citou uma lista com 82 nomes que tiveram relações ou foram apenas citados em conversas de Carlos Augusto Ramos, O Carlinhos Cachoeira.

A lista inclui os nomes de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de governadores, senadores, deputados federais, prefeitos e até mesmo da presidente Dilma Rousseff.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), fez um apelo aos parlamentares para que não comentassem com a imprensa os nomes da lista, uma vez que o fato de estarem citados em conversas do grupo não significa que tenham envolvimento com o esquema de Cachoeira. Os nomes podem ter sido usados pela quadrilha sem conhecimento dos citados.

O delegado cuidou da Operação Monte Carlo, deflagrada em novembro de 2010 e que resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira e membros de seu grupo em fevereiro deste ano. Os 82 nomes citados se referem a esta operação, e não à Vegas, ação policial semelhante encerrada em 2009.

A Folha teve acesso a lista dos nomes citados pelo delegado. Constam três ministros do STF, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli; dos governadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Marconi Perillo (PSDB-GO), Beto Richa (PSDB-PR) e Agnelo Queiroz (PT-DF). O nome do presidente do Senado, José Sarney também está na lista.

A CPI mista no Congresso investiga as relações do grupo de Cachoeira com agentes públicos e privados.

Veja lista de deputados federais, senadores, ministros e governadores citados na lista por odem alfabética:

Senador Aécio Neves (PSDB-MG)

Deputado distrital Agaciel Maia

Governador Agnelo Queiroz (PT-DF)

Presidente DEM-DF Alberto Fraga

Governador do Paraná Beto Richa (PSDB)

Senador Blairo Maggi (PR-MT)

Deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

Senador Demóstenes Torres (sem partito-DF)

Ministro Antônio Dias Toffoli (STF)

Presidente Dilma Rousseff (PT)

Deputado Fernando Francischini (PSDB-PR)

Gilmar Mendes (ministro do STF)

Maguito Vilela (prefeito de Aparecida de Goiânia)

Vice-governador Tadeu Filipeli (PMDB-DF)

Deputado Sandes Junior (PP-GO)

Senador José Sarney (PMDB-AP)

Deputado federal Jovair Arantes (PP-GO)

Deputado federal Leonardo Vilela (PMDB-GO)

Luiz Fux (ministro STF)

Governador Marconi Perillo (PSDB-GO)

Deputado federal Marcos Montes (DEM-MG)

Reinaldo Sobrinho (secretário de segurança do Paraná)

Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Deputado federal Stephan Necessian (PPS-RJ)

Deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP)

Fonte: Folha

 

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Política

Delta usou Cachoeira até para monitorar TCU

A Delta Construções usou dos serviços do grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira para monitorar as investigações de superfaturamento em uma das mais importantes obras da empresa no Estado do Rio de Janeiro: a construção da nova sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram o araponga Idalberto Matias Araújo, o Dadá, dando informações ao então diretor da empresa no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, sobre processo do Tribunal de Contas da União (TCU) que apurava sobrepreços e pagamentos em duplicidade na empreitada.

“Aquele outro negócio que você me pediu está bem adiantado. Aquele instituto lá do Rio de Janeiro, que estava no TCU, entendeu? E aí o pessoal foi lá e buscou”, diz Dadá, em escuta de 9 de agosto do ano passado. “Ah, entendi. Pois é. Dá notícia daquilo lá. Aquilo é muito importante da gente saber”, responde Abreu.

O diálogo entre o araponga e o executivo da Delta ocorreu uma semana após a divulgação das conclusões de uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontava pagamentos irregulares na segunda fase da obra.

Segundo o relatório de auditoria anual de contas da CGU (n.º 201108819), houve um sobrepreço de R$ 23,5 milhões nos valores pagos à Delta. Também foi constatada uma cobrança em duplicidade avaliada em R$ 3,4 milhões.

Como a segunda fase da obra estava orçada em R$ 63,9 milhões, os valores pagos irregularmente à construtora – R$ 26,9 milhões – representavam 42% do total.

Fonte: Estadão

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Jornalismo

Mulher de Cachoeira diz que recusou convite da Playboy para posar nua

A esposa do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, recebeu um convite para posar nua em ensaio na revista “Playboy”. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Andressa Mendonça afirmou que recusou a proposta.

“Não vou dar esse gostinho, não. Deixa só para o Cachoeira. Eu contei do convite e ele gostou, morreu de rir”.

Aos 27 anos, bonita e cotada para se tornar a “musa da CPI”, Andressa conta que foi convidada a conhecer o processo de produção da revista. “Me ligaram convidando, foram super educados. Mas eu agradeci e disse que meu papel, nesse momento, não é esse”, garante.

Andressa não comentou o escândalo envolvendo o marido nem as relações dele com o senador Demóstenes Torres e outros políticos. No entanto, ela falou um pouco sobre sua vida privada e disse que prepara o casamento para quando Cachoeira deixar a prisão.

“Existe essa possibilidade. Já combinamos e demos entrada nos proclames. Mas não quero me casar com ele preso, não! A gente merece coisa muito melhor que isso”.

Sobre a CPI, ela comentou apenas que Cachoeira está está “superorientado” e não vai prejudicar ninguém. “Acredito que ele vai aproveitar esse momento para levantar uma grande bandeira pela legalização dos jogos no país. Ele está nessa batalha há muitos anos e agora é a hora de conscientização”.

Fonte: Band

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Jornalismo

Relator propõe que Cachoeira fale à CPI no dia 17 de maio

O deputado federal Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, apresentou nesta quarta-feira (2) o plano de trabalho da investigação.

Pelo cronograma proposto, a comissão poderá ouvir o depoimento do bicheiro Carlos Augusto dos Ramos no dia 17 de maio. A data, porém, ainda não está fechada e pode ser alterada pelos parlamentares da comissão durante a votação do plano de trabalho.

As datas propostas ainda serão analisadas pela comissão. Ao pedir a oitiva, Odair Cunha argumentou que a influência de Carlinhos Cachoeira “se estende por setores do poder público e privado” e que as ações do contraventor configuram “o que se chama de crime organizado”.

Já o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde no Conselho de Ética do Senado por suposta quebra de decoro parlamentar, por envolvimento com Carlinhos Cachoeira, seria ouvido no dia 31 de maio no CPI, segundo cronograma apresentado pelo relator.

Plano de trabalho
Odair Cunha apresentou o cronograma de trabalho da CPI, que terá prazo de 180 dias, tendo previsão de encerramento para o dia 4 de dezembro. “Esta comissão se debruçar-se-á sobre as questões mais relevantes. A primeira etapa será destinada a oitiva das investigações, com o depoimentos dos delegados, depois a vez da defesa, com a presença do senhor Carlos Augusto dos Ramos e demais pessoas citadas. Após vai concluir o relatório”, disse o relator.

Nos dias 22 e 24 de maio, o relator propôs que a CPI ouça supostos integrantes da quadrilha: José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza, Idalberto Matias de Araújo, Jairo Martins e outros.

O relator reafirmou que a CPI será baseada nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas operações Vegas e Monte Carlo, que investigou esquema de jogo ilegal supostamente chefiado por Cachoeira.

De acordo com Odair Cunha, a partir das investigações já feitas, será possível “apurar as extensões das atividades ilícitas da organização e ficar as responsabilidades de agentes públicos e privados”.

Além da data proposta para ouvir Carlinhos Cachoeira, o relator da CPI também propôs que no dia 8 de maio seja ouvido o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas. As datas destas oitivas também precisam ser aprovadas pelos membros da CPI

Já no dia 10 de maio, o relator propôs que CPI ouvir os depoimentos do delegado Matheus Mella Rodrigues e os procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da operação Monte Carlo.

Fonte: G1

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Social

Documentos do STF sobre Cachoeira já estão nas mãos da CPMI

Toda a documentação das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, foram entregues hoje (2) ao presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), por dois oficiais de Justiça. No ofício encaminhado ao Congresso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a CPMI compartilhar os documentos com o Conselho de Ética do Senado e com as comissões de sindicância da Câmara.

O conselho já havia requerido os documentos, no total nove volumes, para embasar as investigações de envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o esquema de corrupção e exploração de jogos ilícitos supostamente comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na Câmara, os deputados também apuram se houve envolvimento de parlamentares neste esquema investigado pela Polícia Federal.

Logo após serem entregues ao Congresso, Vital do Rêgo determinou que os documentos fossem lacrados no cofre da comissão de inquérito. Às 14h30, o parlamentar entregará aos deputados e senadores integrantes da CPMI uma cartilha detalhando os direitos de acesso aos documentos garantidos pelo Regimento Interno. Na mesma reunião, o relator Odair Cunha (PT-MG) detalhará seu plano de trabalho. Ele preferiu não adiantar detalhes.

Dos nove CDs, oito contêm informações anexas e um trata das cópias dos inquéritos investigados pela Procuradoria-Geral da República a partir das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

Fonte: Agência Brasil

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Jornalismo

Para Rogério Marinho, depoimento de Cachoeira é “fundamental” para CPI

Integrante da CPI do Cachoeira, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) afirmou que os parlamentares devem buscar esclarecer todas as denúncias de irregularidades entre o bicheiro, políticos e empresas. Para isso, Rogério acredita que o depoimento do bicheiro é “fundamental” para os trabalhos da Comissão.

“O principal neste momento é ouvirmos o próprio Cachoeira. A partir daí os demais seriam convidados. O PSDB apresentou um número de requerimentos para estabelecer um rito de procedimentos e definir de forma cronológica quem serão os ouvidos”, disse o deputado.

Até agora, o PSDB já apresentou 43 requerimentos, em que pede a convocação de dezenas de personagens envolvidos em denúncias no esquema de Cachoeira, preso sob a acusação de comandar uma rede de jogos de azar no país.

O partido pediu a convocação de diretores e gerentes da Delta, além dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os parlamentares solicitaram também os autos das operações Vegas, Monte Carlo e Apate, da Polícia Federal, entre outros documentos endereçados a vários órgãos.

Rogério Marinho também criticou a estratégia do PT e de aliados de tentar poupar a construtora Delta nas investigações. O objetivo do Planalto seria evitar que a Delta – a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal – se transforme em alvo principal do colegiado, segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”.

“Eu não acredito que diante do clamor popular vá se tentar estabelecer limites no processo de investigação e, principalmente, de elucidação dos fatos que estão sendo denunciados. Ninguém, em sã consciência, como agente público, vai fazer papel de zagueiro na CPI”, afirmou Rogério. “Eu acredito que todos estamos com um ânimo de serenidade e de buscar a verdade”, completou.

A comissão de inquérito se reúne nesta quarta-feira (2) para definir o plano de trabalho, votar requerimentos e eleger o vice-presidente. A reunião acontece a partir das 14h30 no Senado.

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Jornalismo

Gravações revelam que Demóstenes contratou funcionários fantasmas a pedido de Cachoeira

As gravações da PF (Polícia Federal) que fazem parte do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) indicam a contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete, a pedido do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com relatório, o senador comunicou a Cachoeira que estava exonerando servidores do seu gabinete. Segundo anotações da polícia, a contratação se deu, aparentemente, a pedido de Cachoeira.

Na conversa, que aconteceu no dia 22 de junho de 2009, às 15h32, Demóstenes informa a Cachoeira que precisaria demitir dois funcionários, uma mulher de nome Quênia e um homem não identificado, porque estariam “procurando servidores fantasmas”.

O senador diz que as demissões serão necessárias por causa de uma “caça às bruxas” para checar possíveis irregularidades nos gabinetes.

Ele também explica a Cachoeira que não é uma decisão final, garantindo que “daqui a uns dois, três meses a coisa aquieta e a gente retoma”.

A íntegra do documento foi divulgado na sexta-feira (27) pelo site Brasil 247 e traz parte das gravações feitas pela PF na Operação Monte Carlo, que começou em 2008 e investigou a quadrilha que explorava jogos ilegalmente.

Procurado pela reportagem, o advogado de Demóstenes, Antonio Castro de Almeida Castro, o Kakay, não foi encontrado.

Fonte: R7

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Política

CPI do Cachoeira será "explosiva"

Os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a rede de influência comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nas esferas pública e privada do País, devem ser concluídos até agosto. A informação é de Marco Maia, presidente da Câmara, em conversa durante o Fórum de Comandatuba, na Bahia, organizado por João Doria. “Quatro meses de CPI são suficientes, se o processo for bem conduzido”, avalia Maia. De acordo com ele, a pauta dos trabalhos deve ser apresentada pelo relator Odair Cunha na próxima quarta-feira.
Mas apesar da previsão otimista relativa ao término das investigações, Maia se revela preocupado com o andamento da CPMI. “Será explosiva”, acredita.

“Uma coisa são essas pessoas (os acusados) dando depoimento à Polícia Federal, que é uma coisa fechada, outra é uma investigação a portas abertas, como no Congresso. Vai haver contradições, perguntas de todos os lados e detalhes que não estão nas investigações serão revelados.”

Segundo o parlamentar, a principal dificuldade relativa aos trabalhos será o montante de dados a analisar e de suspeitos a ouvir. “É tanto nome que o jeito seria colocar em um pote e, aleatoriamente, sortear um”, brinca. “Vamos conduzir os trabalhos em duas linhas, a dos negócios em si e a dos contatos e de seus impactos nas esferas pública e privada.”

Maia, porém, faz uma ressalva: a falta de foco pode tirar a eficiência da comissão. “Atirar para tudo quanto é lado é um bom jeito para que a CPI não dê em nada.”

Fonte: Sonia Ricy / Estadão

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Política

Ouça diálogos gravados pela PF entre Demóstenes e Cachoeira

Gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, revelam detalhes da conversa em que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) avisa o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de operações a serem realizadas pelo Ministério Público.

Em um outro diálogo, o empresário pediu ajuda a Demóstenes para transferir policiais militares acusados de integrar um grupo de extermínio.

Folha teve acesso os áudios, que fazem parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal).

Fonte: Folha

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Política

Demóstenes Torres diz que dívida será paga ao BB em 30 anos

O senador Demóstenes Torres, (sem partido-GO) informou, por meio do seu advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que financiou o apartamento pelo Banco do Brasil em 30 anos e que terá o salário descontado em R$ 9 mil por mês. O advogado de Demóstenes, porém, não quis enviar cópia do holerite do senador para comprovar o registro do desconto.

O restante do pagamento pelo apartamento – R$ 400 mil – foi pago à vista pela mulher dele, Flávia. Com relação à reforma do apartamento, Kakay informou que não comentaria áudios da Operação Monte Carlo. A defesa de Demóstenes pede a anulação da investigação. Gravações indicam que o senador teria recebido R$ 1 milhão de Cachoeira.

Em entrevista gravada ao Estado, o advogado da Construtora Orca, Brandão de Souza Passos, afirmou que a negociação foi legal e registrada. “Nem sei se poderia falar isso. Nosso diretor (Wilder Morais ) tava assim com problemas conjugais, pensou em comprar esse imóvel para uso próprio, mas depois reatou com a esposa, a relação durou mais um pouquinho e aí o senador se interessou e comprou.” Wilder era casado com Andressa Mendonça, atual mulher de Carlinhos Cachoeira.

À vista. Segundo Passos, Wilder nem chegou a ocupar o apartamento, que teria sido comprado por “R$ 1 milhão e pouquinho” da Vera Cruz Participações e depois vendido por R$ 1,2 milhão. “15% tá bom. Para mim é muito, para a empresa talvez não seja.” O pagamento de R$ 400 mil, afirma ele, foi feito à vista com um cheque assinado por Flávia, esposa do senador.

Questionado sobre a ocupação dela, Brandão disse que não saberia informar e também não poderia “se aventurar” a dar detalhes da reforma no apartamento. Sobre a proximidade do negócio com as eleições, Brandão respondeu: “Talvez. Aí a gente vai chegar também no ponto do divórcio. Não tem nada a ver. Ainda que tivesse, não é o caso, estou te provando com documentos”.

Fonte: Estadão

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Jornalismo

Mulher diz que Cachoeira se considera um ‘bode expiatório’ e diz que Mossoró fazia-lhe muito mal

Mulher de Carlinhos Cachoeira, 49, Andressa Mendonça, 30, tem feito visitas regulares ao marido na cadeia. Deu-se na terça-feira (24) o último encontro. Em entrevista à repórter Catia Seabra, levada às páginas da Folha nesta sexta (27), ela conta o que vai na alma do marido.

Cachoeira está “revoltado”. Considera-se um “preso político”. Acha que o escolheram para “bode expiatório”. Mantém-se informado atrás das grades. Além do noticiário, “lê o Código Penal, a Bíblia e o inquérito.”

Perguntou-se a Andressa se Cachoeira levará os lábios ao trombone ao depor na CPI que leva seu nome. E ela, algo enigmática: “Ele reflete muito. Como toda pessoa que está presa, longe dos seus, pensa uma coisa e, depois, pensa outra. Difícil saber o que vai acontecer. Ele não tomou uma decisão.”

Confinado no presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), Cachoeira perdera “quinze quilos”. Após a transferência para a penitenciária da Papuda, em Brasília, “já ganhou peso.” Segundo Andressa, “a cabeça dele está muito bem. As ideias estão se organizando. Mais tranquilo, menos ansioso. O isolamento de Mossoró fazia-lhe muito mal.”

Aos olhos da mulher, Cachoeira é um injustiçado: “Julgam o Carlinhos por isso ou por aquilo. Mas a pessoa que eu conheço não é essa. O Carlinhos que eu conheço faz caridade, doa caminhão de macarrão para creche, doa caminhão de brinquedo. É humano, comprometido e responsável.”

Andressa aborreceu-se com um comentário feito por Pedro Simon (PMDB-RS), ao pedir que o Conselho de Ética requisitasse proteção para Cachoeira na cadeia: “Fiquei muito chateada quando um senador, acho que Pedro Simon, disse que ele é o futuro PC [Farias]. Pegaram o Carlinhos, julgaram, condenaram e agora querem matar.”

Ela acha graça quando vê amigos renegando o marido: “Isso é cômico. Não entendo. O Carlinhos tem tantos amigos de todos os níveis sociais. Não vejo problema em dizer que o conheciam.” Tem falado com Demóstenes Torres? “Falei com ele antes, agora ele está cuidando da defesa dele.”

Quando se uniu a Cachoeira foi alertada de que ele operava no ramo do jogo? “Dizer isso seria afirmar uma contravenção. Posso dizer que fui avisada que ele estava batalhando pela regulamentação dos jogos. Lá fora, Carlinhos seria considerado um grande empresário. Aqui, é contraventor. […] Ele está batalhando. Ninguém quer ficar na informalidade. Ele também não.”

Fonte: Josias de Souza

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Jornalismo

Paulo Davim é o único potiguar titular na CPMI do Cachoeira

A lista completa de todos os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o envolvimento do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos brasileiros foi divulgada oficialmente na noite de ontem, mas um detalhe interessante é que o senador Paulo Davim (PV) é o único parlamentar potiguar entre os titulares da CPMI.

Outro potiguar que figura dentro da Comissão é o deputado federal Rogério Marinho (PSDB). Ele foi indicado pelo partido para ocupar uma das cadeiras de suplentes.

A comissão já foi instalada e já começou os trabalhos. Hoje foi escolhida a Presidência. Como estava previsto, o corregedor do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), assumiu a função. Na próxima quarta-feira (02/05) às 14h30, a CPMI volta a se reunir para definir o Plano de Trabalho.

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