Diversos

Vigorexia: quando a obsessão pelo corpo perfeito vira doença

Foto: Victor Freitas/Pexels

Academia todos os dias, inclusive aos domingos. Exercícios aeróbicos cada vez mais puxados para eliminar aquela gordurinha que ninguém vê. Musculação, crossfit ou qualquer atividade que propicie o aumento da massa muscular e aquela sensação de força, de corpo malhado igual aos estampados nas capas de revista e redes sociais por celebridades. Para garantir bons resultados, os esforços físicos são acompanhados de dietas exageradas, uso de anabolizantes ou outras substâncias e, mesmo assim, ao olhar para o espelho, a imagem que se vê é a de um corpo fraco, frágil e pouco definido.

Conhecida como vigorexia, o transtorno dismórfico muscular é a incompatibilidade entre o corpo de uma pessoa e a imagem que ela tem de si própria. “Por mais musculoso que esteja, o indivíduo sempre vai se achar fraco e franzino, e então inicia uma busca obcecada pela perfeição física”, explica o psicólogo do Hospital Israelita Albert Einstein Thiago Amaro. Assim como a anorexia – quando a pessoa se vê sempre acima do peso e a busca pela magreza passa dos limites saudáveis – a vigorexia é motivada pelos padrões de beleza que, de forma excessiva, cultuam o corpo sarado, com abdômen e pernas definidos e braços durinhos.

Com 1,7 metro de altura, 60 quilos, cintura fina, pernas e braços torneados, a engenheira Nathália Bravo, de 28 anos, ainda não está satisfeita com o corpo. “Acho que ainda preciso emagrecer três quilos. Gosto de ter a barriga chapada e as pernas definidas”, diz. Para manter o corpo em dia, frequenta a academia seis vezes por semana. Lá, faz pelo menos uma hora de atividade aeróbica em grupo – como bike, corrida e dança – e pelo menos quarenta minutos de musculação. Apesar de achar que não exagera, ela conta que levou um susto no dia de sua festa de aniversário, no último mês de junho. “Eu estava achando que meu corpo não estava legal e quando abri meus presentes, eram todas roupas tamanho P ou número 36. Pensei: será que as pessoas me veem muito sarada e só eu não consigo enxergar?”, indagou.

Predominante em homens, especialmente com idade entre 18 e 35 anos, a vigorexia está classificada na medicina como um transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Essa busca incessante por uma perfeição corporal que não existe pode trazer sérias consequências à saúde pelo aumento de lesões musculares, consumo indiscriminado de anabolizantes, suplementos alimentares e dietas restritivas que não conseguem suprir as necessidades do organismo. “Questões como saúde ou qualidade de vida deixam de ser o foco e a pessoa não mede esforços para alcançar o objetivo. Ela exagera nos exercícios, copia dietas que pegou na internet, não come direito”, diz Thiago Amaro.

Pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com 14.891 jovens entre 18 e 24 anos mostrou que 22% dos homens e 5% das mulheres têm comportamentos alimentares desordenados motivados para o aumento da musculatura. No estudo, estudo publicado em junho deste ano no International Journal of Eating Disorders, eles disseram comer mais ou de forma inabitual para ganhar peso, usarem esteroides anabolizantes ou ainda as duas opções.

De acordo com o trabalho, 6,9% dos homens relataram o uso de suplementos para ganhar peso ou aumentar os músculos e 2,8% assumiram a ingestão de esteroides anabolizantes. Já entre as mulheres, os percentuais foram significativamente menores: 0,7% e 0,4% respectivamente. Estes comportamentos podem se transformar em dismorfia muscular. “Entre os prejuízos do consumo de substâncias assim estão lesões no fígado, perda de nutrientes e desregulação do metabolismo. É uma degradação do corpo em busca da perfeição”, explica Thiago Amaro.

Corpos frequentemente lesionados e ansiedade para a prática de exercícios físicos também são características de pessoas com vigorexia. “Elas exageram e se machucam. Em muitos casos, deixam de ter convívio social por achar que não estão bem fisicamente ou por priorizar sempre a rotina da academia”, explica o profissional de educação física e conselheiro do Conselho Federal de Educação Física, Marcelo Ferreira Miranda.

O especialista lembra que o diagnóstico de uma pessoa com transtorno dismórfico muscular não é simples. O motivo é que muitas vezes a preocupação exagerada com o tamanho dos músculos, as dietas e a rotina de academia são confundidas com hábitos saudáveis. Por isso, educadores físicos, familiares e amigos têm papel fundamental no reconhecimento da doença. “É preciso estar atento. O Conselho orienta que os profissionais da área destaquem aos alunos que os benefícios da atividade física vão além da aparência. Ela melhora o sono, previne doenças cardiovasculares e crônicas degenerativas, propiciam bem-estar”, conta. E mais que isso: melhorar a autoestima dos alunos, não estabelecer metas audaciosas e exageradas e comemorar os resultados ajudam, segundo ele, a prevenir que os alunos de academia entrem no ciclo vicioso pelo corpo perfeito.

“Eu malho todos os dias. Quando me olho no espelho ainda acho que preciso secar mais e aumentar meus músculos, mas não sou bitolado”, afirma o personal trainer Erasmo Bernardo, de 32 anos. Ele diz que se policia com alimentação, evita álcool e pega firme na musculação, mas não deixa de ter compromissos sociais ou saborear alguns prazeres. “Um hambúrguer ou chocolate de vez em quando não faz mal a ninguém. Não posso resumir minha vida à academia”, diz.

Tratamento

Uma vez constatada a doença, o tratamento é multidisciplinar e envolve desde o preparador físico até nutricionista e psicoterapeuta. A equipe ajudará o paciente a identificar as mudanças no comportamento e visão distorcida que ele tem do seu próprio corpo. Em alguns casos é necessário uso de medicamentos para controle de ansiedade, depressão e sintomas de obsessão-compulsiva. “Quando se trata de transtornos como este, é difícil falarmos em cura porque nem sempre é possível separar o comportamento da personalidade da pessoa. O que fazemos é ajudá-la a lidar melhor com a situação”, afirma o psicólogo Thiago.

Características da Vigorexia

De acordo com o Body Dysmorphic Disorder Foundation, instituição norte-americana para conscientização sobre dismorfias corporais, o Transtorno Dismórfico Muscular, popularmente conhecido como vigorexia ou “anorexia reversa” é a preocupação em não ser suficientemente musculoso ou magro (quando não é esse o caso). Ele é caracterizado por:

• Tempo excessivo e esforço exagerado no levantamento de peso para aumentar a massa muscular
• Preocupação e pânico quando não pode comparecer aos treinos
• Preocupação em treinar mesmo lesionado
• Exagero nas dietas especiais ou suplementos proteicos
• Abuso de esteroides e, muitas vezes, uso indevido de outras substâncias
• Camuflagem do corpo por não achar que está perfeito
• Comparações exageradas de corpos
• Sofrimento significativo ou alterações de humor

Galileu, com Agência Einstein

 

Opinião dos leitores

  1. Coloca os corredores de rua na lista também. Só falam em treino, treino e treino e viajar para correr.

  2. Que o diga aquele cantor, Eduardo Costa, o cara parece um ventríloquo, meteu botox na cara, tá tudo esticado, toma bomba que não presta, pra ficar com a barriga chapada e fez algo na mandíbula, alem de abusar do photoshop. Tá horroroso. Tem que se tratar urgente!

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Diversos

Cientistas estudam forma de “curar” o envelhecimento e encaram período como uma doença que pode ser tratada

A CIÊNCIA DA VIDA ETERNA (ILUSTRAÇÃO: PEDRO CORRÊA)

Um dos mitos da Grécia Antiga, que remonta a 700 a.C., conta a história de amor de Eos, a deusa do amanhecer, e Titono, irmão mais velho do rei de Troia. Eos se apaixonou por Titono e pediu a Zeus que concedesse a ele a imortalidade dos deuses. Mas se esqueceu de pedir eterna juventude. Titono viveu por anos a fio, definhando, esquecido pela própria Eos, que o trancou em um quarto escuro até que, finalmente, ele se transformou em uma cigarra.

Alguns milênios depois, a longa busca da humanidade pela vida e juventude eternas ganha, pela primeira vez, contornos científicos. No Vale do Silício, pesquisadores têm tentado unir medicina e tecnologia para encontrar maneiras de nos fazer viver mais e mais jovens, encarando o envelhecimento como uma causa para as tantas doenças associadas a ele e, portanto, passível de tratamento ou mesmo cura.

“Depois de assegurar níveis sem precedentes de prosperidade, saúde e harmonia, e considerando nossa história pregressa com nossos valores atuais, as próximas metas da humanidade serão provavelmente a imortalidade, a felicidade e a divindade”, escreveu Yuval Harari em Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, best-seller publicado no Brasil em 2016 pela Companhia das Letras. “Reduzimos a mortalidade por inanição, a doença e a violência; objetivaremos agora superar a velhice e mesmo a morte”, sentencia o professor de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.

O primeiro laboratório biomédico dos Estados Unidos dedicado inteiramente a pesquisar o envelhecimento foi criado em 1999 em Novato, na Baía de São Francisco, a poucos quilômetros do Vale do Silício. Com a missão de acabar com as doenças relacionadas à passagem do tempo, o Instituto Buck acredita que é possível as pessoas aproveitarem a vida aos 95 anos tanto quanto o faziam aos 25.

“Nesses anos de pesquisa, chegamos a duas conclusões: a primeira é de que podemos mudar o ritmo do envelhecimento em animais, modificando a genética e a alimentação”, diz o geneticista Gordon Lithgow, chefe de pesquisas no instituto. “A segunda é que o processo de envelhecimento é um gatilho — ou mesmo uma causa — para as doenças crônicas em idade avançada.” A grande hipótese, segundo Lithgow, é que a medicina talvez esteja olhando para as doenças crônicas associadas ao envelhecimento da forma errada — e, se conseguirmos reverter ou retardar o processo, talvez seja possível proteger o corpo dos danos causados por ele.

Além do Buck, laboratórios como o Calico e o Unity Biotechnology têm como objetivos explícitos “resolver a morte” e “combater os efeitos do envelhecimento” e são financiados pelos bilionários Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, Jeff Bezos, da Amazon, e Peter Thiel, do PayPal. Mas é a Fundação SENS, criada em 2009 pelo cientista da computação inglês Aubrey de Grey, entre outros nomes, que desperta as maiores polêmicas na comunidade científica.

Na visão de Aubrey de Grey, de 56 anos, o envelhecimento deve ser tratado como um fenômeno simples, e nosso corpo visto como uma máquina ou uma engenhoca que pode ser consertada. “O motivo de termos carros que ainda rodam após cem anos é o fato de eliminarmos os estragos antes mesmo de as portas caírem. O mesmo vale para o corpo humano”, afirma o britânico em entrevista à GALILEU.

Para desenvolver o modelo que chama de SENS, sigla para Strategies for Engineered Negligible Senescence (estratégias para engenharia de uma senescência negligenciável, em tradução livre), ele olhou para os principais processos que levam ao envelhecimento conhecidos hoje: perda e degeneração das células; acúmulo de células indesejáveis, como de gordura ou senescentes (velhas); mutações nos cromossomos e nas mitocôndrias; acúmulo de “lixo” dentro e fora das células, o que pode causar problemas em seu funcionamento; ligações cruzadas em proteínas fora da célula, que podem gerar perda de elasticidade no tecido em questão.

Para De Grey, basta tratar cada um desses itens e pronto: nossos problemas de saúde que surgem com a idade acabariam — quase tão simples quanto aplicar e remover um filtro do FaceApp, aplicativo que se tornou febre nas redes sociais nas últimas semanas, com um algoritmo que faz uma simulação fotográfica da aparência que poderemos ter quando mais velhos. “Não haveria limite, assim como não há limite para os carros funcionarem. Morreríamos somente de causas que não têm a ver com quanto tempo atrás nascemos. Impactos de asteroides, acidentes etc.”, diz.

Esse é um trecho da reportagem de capa da edição de agosto de 2019 da GALILEU, que já está nas bancas.

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Saúde

Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a síndrome de burnout como doença; veja sintomas, prevenção e tratamento

A prevalência do problema ao redor do mundo é incerta. Mas tudo indica que a situação no Brasil não é das melhores. A International Stress Management Association (Isma-BR) estima que 32% dos trabalhadores brasileiros sofram com esse tipo de stress. Em um ranking de oito países elaborado pela Isma-BR, estamos à frente da China e dos Estados Unidos – e perdemos apenas para o Japão, onde 70% da população apresenta os sintomas do burnout.

Dá para entender por que a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o transtorno, pela primeira vez, na Classificação Internacional de Doenças, que lista enfermidades e estatísticas de saúde que serão prevalentes nos próximos anos. A OMS descreve o burnout como “uma síndrome resultante de um stress crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”.

A entidade também afirma que o termo se refere apenas ao contexto profissional. O stress por outras causas – como problemas financeiros ou familiares – não deve ser classificado dessa forma.

Se você anda se estressando demais do trabalho (ou conhece alguém que está passando por isso), é bom se informar melhor sobre o burnout – e saber quando é hora de procurar ajuda.

E você pode começar por aqui mesmo, neste pequeno guia que elaboramos com base em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde:

Sintomas:

Nem sempre os sinais do burnout se manifestam de forma intensa. O mais típico é a ausência de vontade de sair de casa para trabalhar – ausência mesmo; você pensa seriamente em ficar em casa sem motivo, e arriscar sua vida profissional. Conforme a doença evolui, outros sintomas físicos e psicológicos dão as caras. Entre eles:

Dor de cabeça frequente
Insônia
Falta de concentração
Sentimento de fracasso e insegurança
Alterações repentinas de humor
Pressão alta
Dores musculares
Problemas gastrointestinais
Alteração de batimentos cardíacos
Depressão (em casos mais graves)

Diagnóstico

Só um profissional especializado – psiquiatra ou psicólogo – pode cravar se o quadro é mesmo de burnout. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é o órgão do SUS indicado para diagnosticar e tratar pacientes com a síndrome.

Tratamento

Psicoterapia é o mais comum. Em alguns casos, medicamentos antidepressivos e ansiolíticos são indicados. Praticar exercícios e fazer atividades de lazer ajudam a aliviar a tensão – tirar férias também.

Prevenção

Ter uma vida prazeirosa fora do trabalho é o melhor jeito de evitar o burnout. Sair com os amigos, visitar lugares novos (ou voltar àqueles que você mais gosta), ir ao cinema e fazer exercícios são alguns hábitos que ajudam num dia a dia mais leve.

Outras dicas do próprio Ministério da Saúde: evite ficar perto de pessoas “negativas” (aquelas que reclamam do trabalho o tempo todo, por exemplo); e, quando se sentir pra baixo no expediente, não deixe de conversar com alguém que considera de confiança.

Também não caia na armadilha de tomar medicamentos por conta própria, e muito menos de se aliviar com álcool, cigarro etc. Senão, o que já estava ruim pode acabar piorando.

Super Interessante

 

Opinião dos leitores

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Jornalismo

Zika pode ter relação com outras complicações congênitas, dizem pesquisadores

aedesO vírus Zika pode estar associado a outras alterações congênitas, além da microcelafalia. É o que aponta mais um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto, Ipesq, na Paraíba.

Em coletiva de imprensa no campus do Fundão da UFRJ, na zona norte, os pesquisadores da instituição, Amilcar Tanuri e Rodrigo Brindeiro, explicaram que ao analisar o líquido amniótico e tecidos cerebrais de bebês, foi encontrada uma série de outros problemas no cérebro e em outros órgãos do bebê, incluindo lesões oculares.

Os bebês foram acompanhados em Campina Grande (PA). As amostras analisadas em laboratórios da UFRJ e da Fiocruz.

Dos oito fetos acompanhados durante a gestação, dois tinham o vírus no tecido cerebral e acabaram morrendo 48h depois do parto. Um deles não tinha microcefalia, mas o tecido cerebral estava severamente comprometido. Todos os bebês que sobreviveram tinham microcefalia e em dois deles foram encontrados Zika. O sangue dos outros quatro ainda serão analisados.

“A novidade da análise é que a infecção do vírus Zika no cérebro pode ter uma gama de alterações, desde implicações simples a alterações graves, como as lesões destrutivas que causaram a morte dos dois bebês”, disse Tanuri, que é especialista em genética de vírus. “Estamos tentando sistematizar uma síndrome congênita do Zika e tentar ajudar os colegas a identificá-la em outros casos”, afirmou.

Eles ressaltaram que os números de casos são muito pequenos e que há muito ainda a ser estudado, para que seja possível garantir causa e efeito entre Zika e microcefalia.

“Na história da medicina, todas essas doenças congênitas demoraram um longo tempo para serem desvendadas”, comentou Tanuri. Ele disse que, até o momento, a estimativa é que haja de dois a cinco bebês com microcelafalia a cada 100 grávidas infectadas com Zika.

Para os pesquisadores, o estudo é importante para lançar luz sobre o problema para pesquisadores no Brasil e pelo mundo. “Precisamos formar um padrão. O próximo passo será estudar como o Zika agride o tecido cerebral.”

Outra descoberta foi que todos os vírus que circulam na América Latina são idênticos, com base no sequenciamento do genoma do Zika a partir do líquido amniótico de um feto.

“É mais uma pecinha que se encaixa nesse quebra-cabeça, para indentificarmos ou não a causalidade do vírus no cérebro”, disse Brindeiro.

Um fato que surpreendeu os pesquisadores foi a constatação da permanência do vírus durante toda a gestação nos dois bebês que acabaram morrendo após o parto.

“O vírus permaneceu no bebê, agredindo o sistema nervoso da criança. Isso foi bem impressionante”, relatou Tanuri.

Os pesquisadores lamentaram a falta de recursos para tocar os estudos.”Estamos fazendo um sacrifício sobre-humano, as verbas estão cada vez mais curtas e essa epidemia bateu no Brasil em uma hora muito ruim”, destacou o virologista.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Tem cientista que diz que não se pode descartar nenhuma hipótese sobre microcefalia
    Quero só ver o que os incompetentes PTistas irão dizer se no final ficar comprovado que o PesTicida pyriproxifen causou a microcefalia.
    Aliás, esse produto é fabricado pela Monsanto (aquela empresa demonizada pelos selvagens do MST).
    Em falar em coisa ruim, por que será que o Movimento não foi protestar na frente do Palácio do Planalto?

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Esporte

Campeão brasileiro, uruguaio faz leilão de medalha para retirada de tumor

Mario_Larramendi_Instagram_ReproducaoCampeão brasileiro da Série D com o Botafogo-PB, o zagueiro uruguaio Mário Larramendi passa por um drama. Ele descobriu que está com um tumor ósseo no fêmur da perna esquerda e, para arcar com os custos de uma cirurgia, decidiu, nesta quinta-feira, através da internet, fazer um leilão da medalha que conquistou.

“Coloco em leilão minha medalha de campeão brasileiro de 2013 para poder fazer minha cirurgia. É algo que preciso urgentemente. Minha cirurgia sai por R$ 30 mil. Agradeço todas as ofertas que vierem. Um grande abraço, Mário”

Aos 29 anos de idade, Larramendi, que iniciou a sua carreira no Chile, atua no Brasil desde 2010 e, em 2013, foi peça fundamental para o Botafogo-PB se sagrar campeão brasileiro, marcando, inclusive, um gol na grande final da competição, a vitória por 2 a 0 sobre o Juventude. Apesar disso, o uruguaio não renovou o seu vínculo com o Botafogo.

Estadão

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Diversos

Com doença rara, vice Miss Brasil diz que tropeça todos os dias e evita sair à noite

 14_07_19_167_fileNo Dia Mundial da Visão, celebrado nesta quinta-feira (10), a vice Miss Brasil 2013 Minas Gerais, Janaina Barcelos, de 25 anos, revela as dificuldades que enfrenta com uma doença que diminui o campo visual progressivamente até levar à cegueira.

— A cada seis meses percebo piora da visão. Evito sair à noite, especialmente em lugares mais escuros, como baladas, porque tenho muita dificuldade para enxergar. Acho desconfortável e constrangedor.

A modelo, que conquistou o segundo lugar no concurso Miss Brasil, diagnosticou a retinose pigmentar — doença degenerativa que afeta a retina — há dois anos. O primeiro sinal que a fez desconfiar de que algo estava errado com a visão foi tropeçar na rua.

— Tropecei muitas vezes na rua e, no dia que chutei um hidrante, resolvi procurar o médico. Até hoje tropeço todos os dias, mas nunca caí na passarela.

Janaína, que atualmente cursa a faculdade de Jornalismo, conta que para desfilar precisa decorar os caminhos e obstáculos da passarela. Apesar de ser uma doença hereditária, a modelo garante que não há ninguém na família com o problema.

De acordo com o oftalmologista Milton Ruiz Alves, presidente do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), a retinose pigmentar atinge uma em cada quatro mil pessoas e a maioria dos pacientes recebe o diagnóstico entre 30 e 40 anos.

— Os sinais que confirmam a doença são dificuldades de adaptação ao escuro, alteração do campo de visão periférico e de cores, especialmente azul e amarelo, além do desenvolvimento de catarata.

Luminosidade piora a doença

Após a confirmação do diagnóstico de retinose pigmentar, o oftalmologista avisa que a doença não tem tratamento e a perda da visão é progressiva, podendo ocorrer entre 40 e 50 anos. Segundo ele, há evidências de que o quadro pode ser agravado com a exposição à luz.

— Por isso, recomendamos o uso de lentes escurecidas ou fotocromáticas. Elas funcionam como um filtro para diminuir a incidência de luz nos olhos.

O médico avisa que o uso de vitamina A para retardar a progressão da doença é controverso, especialmente porque “o excesso deste nutriente pode acarretar problemas hepáticos”.

— O tratamento com vitamina A só deve ser feito com orientação médica, especialmente em relação á dosagem.

O médico acrescenta que em Cuba o tratamento é feito com extrato de células de placenta, mas isso “não funciona e pode levar à cegueira”.

— Muita gente perdeu a visão com esse tipo de tratamento. Em alguns pacientes, isso desenvolve até alergias.

Mesmo sem cura, Janaína não perde a esperança nos avanços da Medicina e garante não se preocupar com o futuro de sua carreira.

— Acho que pensar que a doença pode prejudicar a minha carreira e o meu futuro é uma preocupação precipitada porque nem sei o que vou fazer amanhã. As tecnologias estão cada vez mais avançadas.

R7

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Diversos

Com câncer terminal, co-criador dos ‘Simpsons’ decide doar fortuna para caridade

Sam Simon, co-criador de “Os Simpsons” ao lado de Matt Groening, foi recentemente diagnosticado com câncer de cólon e dicidiu doar toda a sua fortuna para caridade. Solteiro e sem filhos, Simon não sabe a extensão total de seus bens, mas avalia em “dezenas de milhões de dólares” o que recebe anualmente em royalties dos “Simpsons”.

Hoje com 58 anos, Simon deixou a série “Os Simpsons” em 1993, mas manteve um lucrativo título de produtor executivo. Além do desenho animado criado com Groening, ele também trabalhou em programas como “Anger management” e “The Drew Carey Show”. Ele já recebeu nove prêmios Emmy, sendo sete por “Os Simpsons” (em 1990, 1991, 1995, 1997, 1998, 2000 e 2001).

Simon é conhecido por ajudar várias organizações filantrópicas. Ele fundou a Sam Simon Foundation, avaliada em US$ 23 milhões, que alimenta pessoas com problemas financeiros e cães abandonados, e já doou para instituições como a PETA, Save the Children e Sea Shepherd Conservation Society.

Em uma entrevista ao Hollywood Reporter, Simon fala sobre trabalho, filantropia, direitos dos animais e como está convivendo com o câncer. Ao ser perguntado se ficava frustrado por “coisas ruins acontecerem a pessoas boas”, deu a seguinte resposta:

“Não. Não acho que isso seja o carma. Nunca passou pela minha cabeça. Mas não acho que o espírito de Hollywood seja um espírito de generosidade. Acho que as pessoas não gostam de doar. Em Nova York é assim. Muitas das (instituições) de caridade gastam milhões para organizar jantares de arrecadação de fundos que juntam US$ 15 mil. É um redemoinho social. O principal passa a ser a festa. Sabe, eu não sou casado, não tenho filhos. Fiz uma operação de emergência e fiquei muito próximo da morte. O câncer perfurou meu cólon. Quando acordei no hospital, mesmo tenho um testamento, se tornou importante para mim garantir certas coisas no futuro. E os consultores da Fundação Rockefeller foram incríveis. Encontramos alguns ótimos depositários. É algo que permanecerá vivo depois que eu me for.”

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Ah, Simon, a falta de solidariedade não é só em Hollywood e Nova York, em Natalywood também. E como tem artista em Natalywood, Simon, você teria ótimos personagens para seus roteiros geniais. Boa sorte, Simon; quem é grande é grande para sempre. Sou seu fã.

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Saúde

Pesquisadores identificam bactéria que pode ser a causadora da sinusite

A poeira em suspensão e a baixa umidade são dois poderosos aliados para a ocorrência de inflamações nas vias aéreas superiores, uma delas em especial: a sinusite. Apesar de comum na população, a causa direta desse problema que afeta os seios da face ainda permanecia obscura para a medicina. Em estudo publicado esta semana na revista Science Translational Medicine, pesquisadores da Universidade de São Francisco apontam a bactéria Corynebacterium tuberculostearicum como a provável responsável pelo mal. E não só isso.

A segunda parte da pesquisa afirma que também foi identificado um forte candidato para proteger o organismo contra essa espécie. O Lactobacillus sakei, usado atualmente na fabricação do saquê japonês, coloniza de forma competitiva a superfície da mucosa nasal, formando um poderoso escudo protetor.

Em um primeiro momento, os cientistas liderados por Susan Lynch coletaram amostras do seio nasal de pacientes submetidos à cirurgia de desobstrução das vias respiratórias, sendo que alguns deles sofriam com sinusite, e outros, com problemas diferentes. Também foi colhido material de pessoas saudáveis.

As amostras foram cultivadas e analisadas para identificar os tipos de bactéria que continham. A comparação levou à descoberta de que o microbioma dos seios nasais (a população de micro-organismos da região, a maioria benéfica ao organismo) estava praticamente esgotado em pacientes com sinusite crônica, além de apresentar níveis muito elevados da C. tuberculostearicum.

 

Fonte: Correio Braziliense

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Economia

Vacinação contra aftosa atinge 97,8% do rebanho brasileiro e supera resultado de 2011

A Campanha de Nacional de Vacinação contra Aftosa de 2012 alcançou resultados bastante positivos neste primeiro semestre, segundo avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dados parciais do Departamento de Saúde Animal (DSA), mostram que foram imunizados 165.300.924 animais, entre bovinos e bubalinos (búfalos), representando 97,85% do rebanho brasileiro de 22 estados e do Distrito Federal.

Este resultado supera o de igual período do ano passado (que foi de 97,4%) e deverá crescer nos próximos dias, quando serão agregados os números da campanha de vacinação no Pará e Minas Gerais, tradicionais regiões criadoras. A vacinação garante a boa qualidade da carne consumida internamente, atende às exigências do mercado internacional e busca tornar o Brasil livre da aftosa, o que eleva a competitividade dos produtores nacionais do setor.

A primeira etapa da campanha teve início no mês de março,  prosseguindo nos meses de abril a junho, sendo que a maior parte dos estados vacinou seus rebanhos no mês de maio.

Atualmente, a zona livre da febre aftosa com vacinação é composta por 16 estados e do Distrito Federal. Santa Catarina é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação desde maio de 2007 e, portanto, não participa da campanha.

Com informações do Portal Planalto

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Comportamento

Escolha pela hora da morte ainda precisa de lei, segundo especialistas

A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que permite aos pacientes dizer não à sobrevida artificial em casos de doenças crônicas e terminais esbarra na falta de um respaldo legal. Apesar de terem entrado em vigor , as diretivas antecipadas de vontade foram entendidas por especialistas no tema como o pontapé para que o Congresso Nacional legisle sobre o assunto.

O deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), autor do único projeto de lei sobre o assunto na Câmara, espera que o texto, parado desde 2009 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, ganhe força para voltar ao fluxo de tramitação. “A decisão do CFM é válida, mas falta uma marco regulatório”, defende.

A expectativa de Leal é de que o tema entre em discussão e se aperfeiçoe. Uma das alterações sugeridas por ele é a criação de um modelo de manifestação da vontade com abrangência maior que a do prontuário — como ficou definido na resolução do CFM. “Pode ser o mesmo formato da doação de órgãos, com planejamento semelhante. Atualmente, essa opção fica registrada na carteira de identidade. Poderíamos adotar o método e deixar explícito o cuidado que a pessoa quer”, defende. O parlamentar, porém, reconhece que o procedimento é complicado e, por isso, merece uma discussão.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalismo

Tweets podem revelar psicopatia de internautas

Postar repetidamente expressões como “morra”, “assassinato”, “enterrar” no Twitter pode te caracterizar como um potencial psicopata, de acordo com pesquisadores da Florida Atlantic University.

Randall Wald, professor de ciência da computação e doutorando em engenharia, explicou ao Sun Sentinel que as conclusões são apenas indicadores, mas que podem ser usadas pela polícia, na tentativa de identificar possíveis ataques, ou por empregadores, quando forem contratar.

“Isso não vai te dar 100% de resultado preciso”, adiantou, “Não é o suficiente para enviar a equipe da Swat porque alguém foi altamente avaliado nessas questões.”

O estudo, segundo ele, foi realizado para mostrar às pessoas o quanto expõem suas personalidades através de redes sociais. E como isso pode ser usado contra elas.

Para chegar aos resultados, Wald e Taghi Khoshgoftaar, professor de engenharia e de ciência da computação, usaram um algoritmo para analisar tweets de 3 mil voluntários. A partir das palavras-chave, concluíram que 1.4% deles tinha tendências psicopatas – taxa similar à da sociedade como um todo.

Mas o estudo conta com falhas técnicas. O programa de computador, por exemplo, não reconhece abreviações, então pode ser que a porcentagem seja maior. Além disso, ele apenas faz uma conta fria, sem identificar quando o internauta escreve porque está irritado ou apenas brincando. O que levaria a porcentagem para baixo.

Fonte: Olhar Digital

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Saúde

Pesquisadores identificam nova doença semelhante à Aids

Está no O Globo:

Pesquisadores identificaram uma nova doença misteriosa que tem causado sintomas semelhantes aos da Aids em dezenas de pessoas na Ásia e em algumas nos Estados Unidos, mesmo quando não estão infectados pelo HIV.

Os sistemas imunológicos dos pacientes foram danificados, o que os deixou incapazes de se defender de germes como faria uma pessoa saudável. A causa da doença é desconhecida, mas parece não ser contagiosa.

– Este é um outro tipo de imunodeficiência adquirida que não se herda e ocorre em adultos, mas não se propaga da forma como a Aids por meio de um vírus – disse a doutora Sarah Browne, cientista do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.

Browne ajudou a realizar o estudo com pesquisadores na Tailândia e em Taiwan, onde foi detectada a maioria dos casos desde 2004. O relatório foi publicado no “New England Journal of Medicine”.

– É provável que algum tipo de infecção possa desencadear a doença, embora pareça que não se propaga de pessoa para pessoa – disse o doutor Dennis Maki, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Wisconsin.

A doença se desenvolve por cerca de 50 anos em média, mas não é característica de grupos familiares, o que torna improvável a causa genética, afirmou Browne. Alguns pacientes morreram de infecções fortes, entre eles asiáticos que vivem atualmente nos Estados Unidos.

Kim Nguyen, de 62 anos, uma costureira originária do Vietnã que vive no estado do Tennessee desde 1975, ficou gravemente doente com uma febre persistente, infecções nos ossos e outros sintomas em 2009. Esteve enferma de forma recorrente por vários anos e visitou o Vietnã em 1995 e em 2009.

– Ela estava com um infecção sistêmica, que primeiramente parecia ser uma tuberculose, mas não era – disse o médico Carlton Hays.

Deferente do HIV, o vírus que causa a Aids, a nova doença não afeta os linfócitos T, mas provoca um tipo diferente de dano no sistema imunológico. O estudo de Browne com mais de 200 pessoas de Taiwan e da Tailândia descobriu que a maioria dos doentes criava anticorpos que bloqueavam o interferon gama, um sinal químico que ajuda o corpo a se desfazer de infecções. Ao bloquear esse sinal, as pessoas ficam vulneráveis a vírus, fungos e parasistas, mas especialmente a microbactérias, um grupo de germes semelhantes aos da tuberculose, que pode causar graves danos aos pulmões.

Os antibióticos não são sempre eficazes no combate à doença. Os médicos têm tentado outros métodos, incluindo drogas contra o câncer que ajudam a suprimir a produção de anticorpos. A doença desaparece assim que a infecção é controlada, mas com o envolvimento do sistema imunológico se torna uma condição crônica, acreditam os pesquisadores.

O fato de que quase todos os pacientes identificados até agora serem da Ásia ou asiáticos que vivem em outros continentes sugere que fatores genéticos ou ambientais podem desencadear a doença, concluíram os pesquisadores.

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Jornalismo

#DiaMundialSemTabaco: 37% dos casos de câncer tem relação com tabagismo. Confira dicas pra se livrar desse vício

Com base nas estimativas de câncer para 2012, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 37% dos casos da doença são relacionados ao tabagismo. Quando avaliados por região, os percentuais dos cânceres causados pelo tabaco, comparados com todos os casos novos para esse ano, ficam em 45 % nas mulheres e 34% nos homens do Norte do país; 43% no sexo masculino e 35% no feminino do Sudeste; 40% nas mulheres e 35% nos homens do Centro-Oeste e, 35% do sexo masculino e 40% do feminino na Região Centro-Oeste do país. Se for considerada uma expectativa de vida até os 80 anos, os homens do Sul do país podem perder até dez anos de vida devido aos tumores relacionados ao fumo.

Neste dia mundial sem tabaco, o tema “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta” foi adaptado da proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realidade do país enfocando os danos causados pela cadeia de produção do tabaco e os malefícios à saúde da população. Segundo dados da OMS, o tabaco mata cerca de seis milhões de pessoas por ano e, desses, cinco milhões são fumantes e ex-fumantes, mas aproximadamente 600 mil são fumantes passivos. Uma pessoa morre a cada seis segundos em decorrência do fumo e metade dos usuários atuais vai morrer por alguma doença relacionada ao tabaco. O fumo é a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam 18,8% de fumantes — 22,7% homens e 16% mulheres.

Segundo pesquisa da organização não-governamental (ONG) Aliança de Controle ao Tabagismo (ACT), as doenças causadas pelo cigarro custam R$ 21 bilhões. Considerando que o setor do tabaco pagou, em 2011, R$ 6,3 bilhões em impostos federais, segundo a Receita Federal, o país gasta cerca de três vezes e meia mais do que arrecada com cigarros e outros produtos de tabaco. Esse montante equivale a 0.5% do PIB do país em 2011.

Hábito precoce

Segundo o pneumologista e sanitarista Alberto José de Araújo, diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo e presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), quem fuma geralmente tem contato com o primeiro cigarro entre 12 e 14 anos, e 80% desses adolescentes já são dependentes aos 18 anos. Quanto mais cedo se começa, quanto maior a quantidade de cigarros e quanto mais envolvidos os aspectos emocionais e comportamentais, mais difícil é parar de fumar.

— A nicotina, principal substância do cigarro, é considerada a dependência química mais forte, levando em conta drogas lícitas ou não. E essa dependência se estabelece de forma muito rápida entre a experimentação e a entrada na rotina do indivíduo. Por isso é mais fácil parar se o fumante encarar a dependência como doença e contar com ajuda para combater o vício — explica. — Fumar é também um hábito, um vício, mas é acima de tudo uma doença.

TESTE

Avalie seu grau de dependência pela Escala de Fageström

Depois de entender a doença, o ideal é procurar um médico para testar o grau de dependência, fazer algumas avaliações de motivação, conversar sobre que condições e doenças podem melhorar com o abandono do cigarro e, por fim, marcar uma data para parar de fumar.

– Isso é muito importante psicologicamente e é fundamental pensar na data, não no que vem depois. Quem marca a data para os 30 dias seguintes está mais pronto, de acordo com a nossa experiência — diz o médico.

Daí em diante, para amenizar os sintomas de abstinência das primeiras duas semanas (sudorese, dor de cabeça, alterações de humor e no ritmo cardíaco, em alguns casos até depressão) os especialistas recomendam o uso de repositores de nicotina em adesivo, goma de mascar, pastilha ou comprimido, de acordo com o histórico de cada paciente.

Recaídas e aumento de peso

Do total de fumantes que fazem tratamento para deixar o cigarro, cerca de 30% recaem e cerca de 60% das recaídas acontecem nos três primeiros meses de tratamento. Vencida esta etapa, o índice cai para 17% a 20% no período de um ano e para 1,5% após 12 meses, segundo dados de um estudo com 820 pacientes em tratamento, realizado pelo Programa de Assistência ao Fumante (PAF), coordenado pela cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (Incor), que analisou dados de 2008 e 2009 dos pacientes e apresentou as conclusões em março, no congresso da Sociedade para Pesquisa de Nicotina e Tabaco, nos Estados Unidos.

De 568 pacientes acompanhados durante um ano, 73% ganharam em média 5kg, 17% mantiveram o patamar inicial e 10% ficaram mais magros. Mas 85% dos pacientes disseram que deixar de fumar melhorou sua condição clínica e qualidade de vida, segundo a cardiologista.

Eventos pelo país

Nesta quinta-feira, das 12h às 14h, em frente à Prefeitura do Rio, uma mobilização da Sociedade Brasileira de Cardiologia incentivará fumantes a trocar um maço de cigarros por frutas. Em São Paulo, duas mil flores serão distribuídas a fumantes que entregarem seus maços de cigarro aos profissionais do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) no vão livre do Masp, das 10h às 15h. Quem passar pelo local poderá fazer avaliação odontológica para identificação de possíveis lesões causadas pelo cigarro e testes específicos, como a monoximetria, para avaliar o índice de monóxido de carbono no pulmão de tabagistas. As pessoas que apresentarem alto risco de dependência serão encaminhadas a serviços especializados para tratamento gratuito. Mais tarde o Cristo Redentor será iluminado nas cores vermelho e branca numa parceria entre o Inca e a Arquidiocese do Rio.

Fonte: O Globo

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Diversos

Devido a doença rara, britânica está se tornando 'estátua humana'

Lucy Pratt, de 25 anos, está se tornando uma “estátua humana”. A britânica sofre de fibrodisplasia ossificante progressiva, uma doença rara que transforma os seus músculos em ossos.

O pescoço de Lucy já está travado e ela não pode mexer a cabeça. Ela tem movimentos restritos de maxilares e não pode levantar os braços acima da cabeça.

Agora Lucy, que mora em Londres, corre contra o tempo para achar uma cura para a doença, antes de ficar trancada no próprio esqueleto.

“É uma doença progressiva e apenas vai ficando pior. Tento não pensar no futuro. Meu maior medo é que isso vá para as minhas pernas. Não quero ficar numa cadeira de rodas. Eu realmente gosto da minha independência”, contou Lucy ao “Sun”.

Os primeiros sintomas da doença apareceram quando a britânica tinha 15 anos. Lucy não pode dirigir, tem grande dificuldade para se vestir e não pode escovar os cabelos.

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Jornalismo

H1N1 tem sete casos confirmados, inclusive provocando morte no RN em 2012

Motivada pelo aumento do número de casos suspeitos da Influenza A (H1N1), nos últimos dois meses, a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, nesta terça-feira (13), uma Nota com informações detalhadas sobre a situação epidemiológica da doença no Rio Grande do Norte.

Desde o início deste ano já foram 22 notificações para H1N1, sendo 7 casos confirmados e 10 descartados. Os outros aguardam análise em laboratório. Em relação à evolução dos casos confirmados, 4 receberam alta e passam bem, 2 continuam hospitalizados e 1 evoluiu para o óbito.

A equipe da Suvige também enviou nota técnica aos profissionais de saúde – em especial aos pediatras – sobre a necessidade de intensificação da vigilância e monitoramento das doenças respiratórias agudas (resfriados, influenzas e pneumonias). O alerta é para que, diante de casos hospitalizados com febre acima de 38 °C, tosse ou dor de garganta e dispnéia acompanhado ou não de manifestações gastrointestinais, seja solicitada a coleta de secreção, preferencialmente, ate o 7° dia do início dos sintomas.

Desde 2009, trinta e dois hospitais em todo o estado estão preparados e capacitados para receber os casos da doença. Somente em Natal são 18 hospitais entre os da rede pública, privada e filantrópica que estão aptos a identificar os casos e tomar as providências necessárias. Os hospitais referência em atendimento para os casos graves são o Giselda Trigueiro, para adultos e o Maria Alice Fernandes, para as crianças.

Confira nota na íntegra

1- A Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica-SUVIGE vem por meio desta nota esclarecer a respeito da situação epidemiológica do vírus influenza A(H1N1) no Rio Grande do Norte.

2- Entre os dias 25 de fevereiro e 09 de Março de 2012 o Instituto Evandro Chagas (Belém-PA) emitiu 13 laudos de casos suspeitos para Influenza A(H1N1), tendo sido 3 confirmados para a referida doença e 10 descartados.

3- Os 3 novos casos confirmados foram de pacientes hospitalizados entre os dias 10/01/2012 e 02/03/2012, com melhor descrição abaixo:
• Caso 1- paciente de 8 anos, residente em Natal, sem comorbidade, recebeu alta
dia 19/02/2012.
• Caso 2- Paciente de 6 meses, residente em Extremoz, portador de Síndrome de
Dandy Walker, permanece hospitalizado em enfermaria com quadro estável.
• Caso 3- Paciente de 41 anos, residente em Jardim do Seridó, puérpera, permanece
hospitalizada em UTI com quadro estável.

4- No ano de 2012, já foram recebidas 22 notificações para H1N1, dentre estas 07 casos confirmados de influenza A(H1N1) e 10 descartados.

5- Em relação à evolução dos casos confirmados, 4 receberam alta e passam bem, 2 continuam hospitalizados e 1 evoluiu para o óbito.

6- Dentre os casos descartados, 02 eram de pacientes que faleceram e 08 que tiveram cura.

7- As notificações de casos suspeitos e confirmados de Influenza A(H1N1) tiveram pico nas semanas 05 e 07, o que corresponde ao mês de fevereiro.

8- A distribuição dos casos confirmados segundo faixa etária, mostrou que a maioria (71,5%) deles eram de menores de 14 anos, tendo tido apenas 2 casos em adultos.

MEDIDAS DE PREVEÇÃO:
-Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes de tossir ou espirrar.
-Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca com lenço descartável.
-Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
– Lavar as mãos frequentemente e não levar as mãos sujas aos olhos, nariz e boca.

MAIORES INFORMAÇÕES:
• Secretaria de Estado da Saúde Pública-SESAP/RN:
http://www.saude.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/sesap/saude_destaque/gerado
s/influenzaah1n1.asp

• Ministério da Saúde:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534

Natal, 13 de março de 2012.

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Judiciário

Contaminação dos funcionários do IBAMA-RN revela desrespeito aos servidores

Reportagem publicada pelo jornal O POTI, edição deste domingo, revela que oito funcionários do Centro de Triagem de Animais Silvestres, do Ibama no Rio Grande do Norte contraíram leptospirose e, alguns deles, toxoplasmose. Todos tiveram contatos com os animais abrigados no órgão. Três exames realizados já confirmaram a contaminação. E a cada amostra examinada aumenta o número de servidores infectados.

De acordo com o jornal, o Ibama aguarda o resultado de amostras enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para confirmar a contaminação. A área em que ficam os animais foi interditada no mês passado pela Secretaria Estadual de Saúde, mas o Ibama obteve liminar na Justiça Federal para reabrir a área e manteve os funcionários trabalhando.

(mais…)

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