Diversos

Puxado por EUA, mundo tem recorde de mortes por Covid

Número de casos e mortes por Covid-19 em todo o mundo segundo a Johns Hopkins — Foto: Reprodução/jhu.edu

Puxado pelos Estados Unidos, o mundo registrou na terça-feira (12) novo recorde de mortes pelo novo coronavírus, aponta balanço da Universidade Johns Hopkins.

Foram 4.327 óbitos no país mais afetado pela pandemia e 17.186 em todo o planeta. Os recordes anteriores eram de 4.195 mortes nos EUA (7 de janeiro) e 15 mil no mundo (30 de dezembro).

Foi o quarto recorde de vítimas da Covid-19 nos últimos oito dias nos EUA, que também confirmou mais de 215 mil novos casos (o recorde de 302 mil infectados foi registrado no dia 2).

Os EUA são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 380 mil óbitos e 22,8 milhões de casos confirmados até o momento.

Na sequência vêm Brasil (204 mil mortes e 8,1 milhões de casos) e Índia (151 mil e 10,4 milhões, respectivamente).

Ao todo, são quase 2 milhões de mortes pelo novo coronavírus em todo o mundo e mais de 91 milhões de infectados.

Hospitalizações e vacinas

Cerca de 131 mil pessoas estão hospitalizadas atualmente nos EUA devido ao novo coronavírus, de acordo com o Covid Tracking Project.

Os Estados Unidos são o país que mais aplicou vacinas contra a Covid-19 no mundo (9,33 milhões de doses), segundo o Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford.

Em seguida vêm China (9 milhões), Reino Unido (2,84 milhões) e Israel (1,93 milhões). Proporcionalmente, Israel é o país que mais aplicou doses em relação à população (22%).

Recorde de casos no Brasil

Segundo país com mais mortes e terceiro em infectados, o Brasil registrou 1.109 óbitos e 61.660 casos confirmados nas últimas 24 horas, segundo o consórcio de veículos da imprensa.

Com isso, a média móvel de mortes no país nos últimos 7 dias foi de 993, alta de 49% na comparação com a média de 14 dias atrás.

Catorze estados estão com alta no número de óbitos e, pelo quinto dia consecutivo, nenhum apresenta queda de mortes.

Já a média móvel de casos foi de 54.784 novos diagnósticos diários, alta de 51% em duas semanas e um novo recorde desde o início da pandemia.

G1

Opinião dos leitores

    1. O probleme meu amigo é a loteria, ninguem sabe quem vai cair na estatistica de mortos ou rechuperados.

    2. O número de curados é proporcional ao número de infectados, TITIA. E proporcional ao número de mortos, TITIA. É sempre bom comemorar a cura, mas esse número só expressa a ignorancia e a incapacidade do BOZO em tomar conta da situação.

    3. Curados que 1/6 deles vem com sequelas de saúde…enfim…fica doentes mesmo assim: rins, coração, pulmões, asmáticos e tome herança maldita do Covid.

  1. Este é o único blogueiro que está de fato mostrando a realidade da covid e da necessidade de uma vacina.
    Alguns outros beiram a sandice, indicando remédio ao invés de uma vacina. Parabéns, BG. A história vai lembrar das pessoas que tentaram desestabilizar o país às custas da vida dos seus cidadãos.

    1. BG tem trazido dados de forma ampla. Mas esse papo de remédio x vacinas é um falso dilema.

    2. Na maioria dos países a sociedade se une contra o vírus.
      No Brasil, a esquerda tem tentado tomar o poder usando a pandemia como trampolim pois são abutres e comemoram tanto cada óbito quanto o desemprego.
      Por exemplo, no México são 130 mil óbitos e não estão atacando o presidente por causa disso.
      Na França, 60 mil óbitos.
      Inglaterra, 80 mil óbitos.
      Colocar a culpa em Bolsonaro é estratégia nefasta de abutres que querem se promover com a desgraça alheia.
      Se idosos e pessoas com comorbidades tivessem se isolado, como Bolsonaro sugeriu desde o início, o número de óbitos seria bem menor.

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Segurança

Brasil fecha 2020 com recorde de 180 mil novas armas de fogo registradas na PF

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Segundo dados obtidos pela BBC News Brasil com a PF, foram registradas 179.771 novas armas no ano passado, um aumento de 91% ante o registrado em 2019 (94.064), ano em que já havia ocorrido uma forte alta (84%). É o maior patamar da série disponibilizada pela instituição, que começa em 2009.

Com isso, o resultado dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro (273.835) representa um aumento de 183% em relação ao total de novos registros de armas de fogo em 2018 e 2017 (96.512).

A liberação do acesso a armas de fogo é uma das principais bandeiras do presidente.

Além de mudanças normativas promovidas pelo governo para facilitar o acesso a armas, especialistas em segurança pública consideram que a constante defesa de Bolsonaro e seus filhos a favor de que pessoas comuns se armem explica o crescimento dos novos registros pela PF.

É justamente a categoria cidadão que teve o maior número de novas armas registradas na Polícia Federal no ano passado: foram 122.378, o que representa quase 70% do total.

Enquanto Bolsonaro defende o acesso a armas de fogo para defesa pessoal, especialistas em segurança pública dizem que mais armas circulando causam aumento da violência e dos homicídios.

Entre as mudanças implementadas pelo governo nos últimos dois anos, foi o aumento do limite de armas e munições que pessoas com porte de arma podem adquirir. Além disso, o governo também liberou acesso a armas de maior potencial ofensivo.

“Agora é muito mais fácil para qualquer um ter o registro. Não precisa mais provar efetiva necessidade (de ter a arma). Basta a palavra do cidadão dizendo que tem efetiva necessidade. Ou seja, acabou a restrição que existia antes de a PF fazer uma análise para enxergar se havia uma efetiva necessidade”, afirma o especialista em segurança pública Daniel Cerqueira, presidente do Instituto Jones dos Santos Neves.

“Isso significa que qualquer pessoa que tenha dinheiro para pagar um registro e comprar arma pode ter uma arma. Então foi um liberou geral da arma de fogo que vai contra o Estatuto do Desarmamento”, acrescentou.

G1,  com BBC

Opinião dos leitores

  1. Parem de hipocrisia, a bandidagem nunca vai deixar de ter armas para matar as pessoas, a PF não vai conceder autorização para qualquer um terá informações se tem residência fixa , onde trabalha, se tem algum processo. A arma é utilizada para defesa do seu patrimônio e da sua família.
    Nos EUA compra-se armas em supermercado sem burocracia no entanto não tem a mesma quantidade de homicídios que temos.

  2. As prioridades do Bozo: liberação de armas, manipulação do processo eleitoral com tentativa frustrada de desmoralização das urnas eletrônicas, já prevendo a peia que vai
    levar na próxima, e diminuição de impostos para video games. Não há pautas mais importantes no país? Enquanto isso o MEC, o Ibama, o Min. das Relações Exteriores, o da Saúde estão nas mãos de incompententes que se acham iluminados salvadores e reformadores do pensamento nacional. O Centrão, cúmplice do PT nos roubos de outrora, agora é a principal sustentação de seu desgoverno em troca de mini$terio$ e do controle das verba$ pública$. Está derrubando, um a um, todos os mecanismos de combate à corrupção, para salvar seus filhos e aliados, todos enrolados na justiça. Não sabe se expressar e quando fala, se desdiz e se desmente logo depois, ou é desmentido por inimigos e até por aliados que tentam consertar suas cagadas diárias. Enfim, esse é o Bozo, amigão de Ciro Nogueira, Roberto Jefferson, Artur Lira e outros líderes de quadrilha, além do crime organizado do RJ denominado milícia. Para a maioria dos brasileiros que votou nele inconformada com os roubos do PT, a dúvida sobre se valeu a pena está se transformando em certeza que não.

  3. Avisa o especialista que não basta ter dinheiro, pois ainda é preciso cumprir uma série de requisitos para conseguir a posse de armas.

  4. Muito interessante !!! Enquanto isso o número de homicídios caiu, ou seja, mais armas menos mortes. Mentiram para mim sobre o desarmamento !

    1. MENTIRA. Os casos de homicídios aumentaram em 2020 com relação a 2019. Você mente o tempo todo, Chicó, ou só quando quer embasar seus instintos primitivos?

  5. Pois é, não sou eleitor de Bolsonaro, acredito em algumas de suas bandeiras, acreditei outrora nas do PT (me decepcionei) vejo a população desprotegida, desarmada, parte viciada em drogas, em esmola e observo alguns hipócritas dizerem que cidadão com arma é o fim. Fim é o Brasil ter virado paraíso das quadrilhas, traficantes de armas, do tráfico e uso de armas modernas por meliantes e tudo mais. Não possuo arma por convicção, mais vivemos numa democracia, o senhor ZeGado tem automovel e varios artefatos em casa que matam, abra mão de todos eles.

  6. FAltou comentar que o número de homicídios vem diminuindo, e que essas armas não são para sair fazendo trabalho de polícia. Essas armas são para segurança do lar.

    1. Faltou não. Esse teu argumento é mentirosos. Parem de mentir!!!! Os homicídios tiveram queda até 2019. A partir de 2020 voltaram a aumentar justamente na mesma época do aumento mencionado na matéria. Seja cristão de verdade e, pelo menos, NÃO MINTA!!!!

  7. A boiada pra comprar uma arma, vendem até os órgãos, a mãe, etc. Vendem até a alma ao diabo.

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Saúde

EUA têm mais de 4 mil mortes por Covid pela 1ª vez e bate recorde de vítimas pelo 3º dia seguido

Foto de 12 de dezembro de 2020 mostra profissionais de saúde em volta de paciente que morreu no setor de Covid-19 de hospital em Houston, no Texas — Foto: Callaghan O’Hare/Reuters

Os Estados Unidos registraram mais de 4 mil mortes por Covid-19 na quinta-feira (7), segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, o maior número já registrado por um país na pandemia. Foram 4.085 óbitos e 274.703 casos nas últimas 24 horas.

O número de infectados de ontem só perde o recorde de 301.858 casos registrados no sábado (2), e é o quinto dia desde 29 de dezembro que mais de 3,7 mil pessoas perderam a vida nos EUA por complicações relacionadas ao coronavírus.

Em uma semana, os EUA registraram quase 20 mil mortes e mais de 1,5 milhão de casos.

País mais afetado pelo novo coronavírus, os EUA têm mais de 365 mil mortes e 21,5 milhões de infectados por Covid até agora. O Brasil é o segundo e superou os 200 mil óbitos também na quinta.

As contagens diárias de mortes nos Estados Unidos já são maiores do que as registradas durante a primeira onda da pandemia, entre março e abril de 2020, quando o país registrava em média 2 mil óbitos por dia.

Situação crítica em Los Angeles

Na segunda-feira (4), a imprensa americana informou que ambulâncias de Los Angeles, segunda maior cidade dos EUA, foram orientadas a não transportar pacientes que tenham poucas chances de sobrevivência.

Segundo o jornal “Los Angeles Times”, isso ocorre por falta oxigênio nos hospitais da região devido à superlotação de pacientes com Covid-19.

O governo da Califórnia estima que a situação vá piorar nos próximos dias, como reflexo da disseminação do coronavírus nas festas de fim de ano.

A presença da nova variante B.1.1.1.7, que os cientistas dizem ser mais transmissível, aumenta a preocupação.

Impacto da pandemia

Os 10 países com mais mortes pelo novo coronavírus são:

Estados Unidos: 365 mil
Brasil: 200 mil
Índia: 150 mil
México: 131 mil
Reino Unido: 78 mil
Itália: 77 mil
França: 66 mil
Rússia: 60 mil
Irã: 55 mil
Espanha: 51 mil

Os 10 países com mais casos de Covid-19 são:

Estados Unidos: 21,5 milhões
Índia: 10,4 milhões
Brasil: 7,9 milhões
Rússia: 3,3 milhões
Reino Unido: 2,9 milhões
França: 2,7 milhões
Turquia: 2,3 milhões
Itália: 2,2 milhões
Espanha: 2 milhões
Alemanha: 1,8 milhões

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Putz, que reportagem mais porca!!! Esqueceram de informar quantos mortes por milhão. Qualquer idiota com 2 neronios sabe que este dado é que importa.
    Hoje o Pais com mais morte por milhão de habitante é a Belgica seguido por Perú, Itália, Espanha.
    Estamos bem atras da Argentina que praticou seu Lockdow excessivo.
    Meias verdades é uma mentira. Gostaria que esta impresa podre repassasem as informações corretas.
    Lamentavel!!!

    1. Querido Severino, tenho certeza que você não ouviu falar no termo questionado. A Índia tem 6x mais pessoas que o Brasil, no entanto, morreram muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito menos pessoas, proporcionalmente, acredito que umas 10x menos, falando em proporção.

      Logo, deixe de falar asneiras, aluno do Bozo.

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Saúde

COVID: Dezembro se torna mês com maior número de casos confirmados no RN

Dezembro conseguiu bater junho e passou a ser o mês com o maior número de casos confirmados de Covid-19 no Rio Grande do Norte. O recorde foi batido nesta quinta-feira (31), no último dia do ano, com o acréscimo de 1.179 testes positivos em 24 horas. O levantamento foi feito pelo G1-RN, com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Foram 22.960 casos registrados em dezembro, contra 22.608 em junho, considerado o mês de pico da pandemia no estado. Matéria completa AQUI.

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Finanças

Ibovespa bate recorde histórico e supera 120 mil pontos

Foto: Michel Filho | Agência O Globo

O Ibovespa, o índice de referência da B3, superou neste momento a marca dos 120 mil pontos pela primeira vez em sua história.

Está em 120.071 pontos, mais precisamente, com alta de 0,53%. Hoje, é o último pregão do ano.

O recorde histórico de fechamento da B3 ocorreu no dia desde 23 de janeiro, quando registrou 119.527,63 pontos.

Lauro Jardim – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Esses esquerdopatas pensam que já esquecemos dos 20 anos de verdadeira bagunça econômica, fiscal e financeira que deixaram no noss país.
    Bolsonaro pegou um pais falido e se continua com o poste estariamos perdidos, seriamos uma futura Venezuela e agora a defunta Argentina.
    O Brasil vem melhorando 1000%, só não enxerga quem não quer ver e morre de preguiça, não tem coragem de trabalhar.
    O Brasil já deu certo sim.
    Bsonaro 2022.

  2. Sinais. sinais fortes.
    Entendem pq tem tanta gente querendo botar areia no Brasil?
    Pq se quer um continuísta do Nhonho para emperrar o País?
    Só pensam neles mesmos.

    1. Vdd, Neco. Nossa economia está voando, gasolina mais de 5 conto, dólar mais de 5 conto, todos os itens da cesta básica mais caros, alguns com aumento de 30%, tá uma maravilha, só os esquerdopatas que reclamam, desgraçados…

    2. A economia está muito bem, para o contexto e em comparação às quedas de PIB no grosso dos países. Mas precisa avançar para atrair investimentos em portos, gás, energia, ferrovias, saneamento, microrreformas liberalizantes. Precisa fazer o Estado caber na arrecadação, sem precisar viver no cheque especial. Dólar alto é bom para um pais que precisa voltar a ter uma manufatura competetiva e que consiga exportar e atrair turistas. Gasolina segue brent e dólar. Paciência. Queria mesmo é tê-la de graça. Itens da cesta básica tiveram aumentos pontuais. Alguns sazonais (como o leite), alguns decorrentes de choque de demanda por causa de mais liquidez (Auxílio Emergencial) e menor produção (fruto do fique em casa). Papo pra adulto, não pra lacrador.

    3. Gado arruma desculpas e palavras bonitas até quando toma naquele lugar. Impressionante.

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Economia

Com juros baixos, crédito farto e quarentena, vendas de imóveis batem recordes em 2020

HORA DE COMPRAR - Bruna e Bruno conquistam o primeiro imóvel: oportunidade e circunstância – Lailson Santos/VEJA

Sob diversos aspectos, o ano de 2020 está sendo desafiador para a economia brasileira. Desemprego em alta, inflação crescente, consumo das famílias em queda. Como em tudo na vida, porém, há sempre o outro lado. Neste caso específico, são as vendas de imóveis que vão pelo caminho oposto. Em setembro, foram negociadas 13 438 unidades residenciais no país. É o maior número desde maio de 2014. No acumulado de nove meses do ano, as vendas estão 20% maiores do que no mesmo período do ano passado. E o número de empreendimentos sendo construídos também acelera. Depois da queda ocorrida em maio, em decorrência da pandemia, aproxima-se dos níveis de 2019.

O boom tem explicação: é um misto de circunstância e oportunidade. Em agosto, a administradora Bruna Contreiras e o marido, Bruno, compraram seu primeiro imóvel — um apartamento de 130 metros quadrados em São Paulo. Contrariando o clichê, o negócio não significou a realização de um sonho. O casal tinha dinheiro para investir e buscava uma aplicação rentável. Com escassas opções na renda fixa, veio a ideia de comprar a casa própria. “Inicialmente pensávamos apenas em não deixar o dinheiro parado”, diz Bruna. “Mas encontramos esse imóvel e resolvemos que não seria um investimento, e sim nossa moradia.” Na hora de fechar o negócio, a oportunidade amparou-se na circunstância: a taxa de juros nominal do Brasil está em 2% ao ano — sua mínima histórica —, o que tira a atratividade de investimentos ancorados nela, como fundos DI e títulos de renda fixa em geral. Na ponta da concessão de crédito, a mesma Selic forçou a redução dos juros do financiamento, fazendo com que as parcelas coubessem no orçamento de milhares de famílias. No caso de Bruna e o marido, as mensalidades ficaram abaixo da despesa de aluguel. Para efeito de comparação, em 2016 os juros nominais chegaram a 14,25% ao ano, o que levou o custo do financiamento a níveis estratosféricos.

A queda do custo do dinheiro incentiva as famílias a tomar novos empréstimos, e os bancos estão dispostos a concedê-los. Em outubro, os financiamentos imobiliários somaram quase 14 bilhões de reais. Os empréstimos cresceram 50% no ano. Somente a Caixa Econômica Federal acumula 500 bilhões de reais em crédito para o setor, outro número recorde. Os bancos privados também estão ofertando e colhendo resultados. No Santander, o volume subiu 15% nos últimos doze meses, aumento parecido com o registrado pelo Itaú no terceiro trimestre.

Foto: Reprodução/Veja

O empurrão que faltava — outro efeito da circunstância — veio com a quarentena. Impedidos de sair às ruas, muitos brasileiros resolveram olhar para dentro de casa e se deram conta de que um espaço maior e mais confortável cairia bem. “A pandemia trouxe necessidades adicionais, que estão impulsionando as pessoas a comprar novos imóveis”, diz Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). É o caso do gerente William Aguiar, que, em julho, trocou seu apartamento de 130 metros quadrados por outro com quase o dobro do tamanho. Ele precisava de mais espaço para si mesmo e para a família. Também fizeram diferença o pé-direito duplo da sala e o condomínio com piscina coberta e quadra de tênis.

As incorporadoras, portanto, não têm do que se queixar. No terceiro trimestre, o faturamento da Cyrela aumentou quase 60% na comparação com o mesmo período de 2019. “Houve preocupação no começo da pandemia, mas, quando retomamos os lançamentos, as vendas foram um sucesso”, diz Orlando Pereira, diretor comercial da Cyrela. Os novos projetos da incorporadora têm levado em conta as necessidades de uma vida em que a residência tem papel mais relevante para as pessoas. Aumentou a procura por unidades com áreas de coworking, lavanderia, recebimento de entregas e até com minimercados. Nos apartamentos decorados, mostrados nos lançamentos, há sugestões para decoração de escritórios residenciais. No segmento de alta renda, os vendedores atraem os clientes com o que há de melhor. O Boa Vista Village, novo reduto de endinheirados em Porto Feliz, perto da capital paulista, terá campo de golfe, centro equestre, piscina com ondas e até galeria de arte quando for finalizado. No terceiro trimestre, as vendas da JHSF, incorporada do empreendimento, triplicaram e a receita chegou a 300 milhões de reais.

A pujança deixou alguns investidores desconfiados. Afinal, o setor passou por um momento de euforia alguns anos atrás e a situação degringolou. Os bancos abriram as torneiras do crédito e as incorporadoras se endividavam para promover novos lançamentos — até que a crise de 2014 jogou o Brasil em dois anos de recessão. Resultado: algumas fecharam e muita gente perdeu dinheiro. A situação atual, garantem especialistas do setor, é completamente diferente. “As empresas estão muito menos endividadas do que antes”, diz Renan Manda, analista da corretora XP. Em outras palavras: elas aprenderam com o passado e não vão lançar imóveis em ritmo alucinado, criando uma oferta incompatível com a demanda.

As condições econômicas estão favoráveis à atividade imobiliária e o cenário aponta para um ciclo de crescimento mais duradouro. Cabe agora a cada interessado avaliar suas condições pessoais de crédito e capacidade de honrar o financiamento. Imóvel pode ser moradia, investimento ou ambos. Ele só não deve se tornar uma dor de cabeça para o comprador.

Veja

Opinião dos leitores

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Economia

Novembro fecha com maior arrecadação de ICMS da história do RN

Foto: Reprodução

A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Norte registrou um recorde de R$ 592.876.883 milhões em volume recolhido em novembro.

Em comparação com o mesmo período ano passado(2019), que registrou um volume de R$ 497.586.038, a diferença, mesmo em tempos de pandemia, foi de mais de R$ 95 milhões.

Opinião dos leitores

  1. Parabéns CADU e equipe parabéns a governadora Fátima, isso é que é trabalho. O RN agradece. Viva o Nota potiguar e outras ações.

  2. Pena que o contribuinte não ver o retorno desse imposto, em educação, segurança, saúde… Vejam que pagamos uma carga tributária altíssima como 29% em combustível, telefonia, energia… É foda!!

  3. E ainda tem gente que tem saudades do ladrão de nove dedos.
    Em plena pandemia, o Brasil em vento e poupa.
    Aqui no RN o investimento do governo Bolsonaro foi monstruoso pra que isso aconteça.
    Pela desgovernadora, era pra está tudo paralizado e o povo em casa.
    Ôôô Presidente véi duro!!
    Ôôô homi bom!!

  4. Uma carga alta de ICMS que a Desgovernadora não pensa em reduzir.
    E por sorte que temos o Melhor presidente do Brasil , que selou para a economia não quebrar.
    Pensem em dois Véios bons e duros Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

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Economia

País registra criação de 394,9 mil vagas de emprego em outubro, resultado recorde desde 1992

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Pelo quarto mês consecutivo, o saldo de geração de empregos ficou positivo. Foram criadas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos. O resultado recorde na série histórica iniciada em 1992 está no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Ministério da Economia.

O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em outubro chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139, decorrentes de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos.

Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.

Desempenho regional

O mês foi positivo nas cinco regiões do país: no Sudeste, o saldo ficou em 186.884 postos; no Sul, resultado de 92.932; no Nordeste, foram criados 69.519 empregos formais; no Centro-Oeste, 25.024; e no Norte, 20.658 vagas.

Também houve saldo positivo em todas as unidades federativas, com destaque para São Paulo (119.261 novas vagas), Minas Gerais (42.124) e Paraná (33.008). Em termos relativos, os estados com maior variação em relação ao estoque do mês anterior foram Santa Catarina, Ceará e Amazonas.

Trabalho intermitente e regime parcial

Em outubro, houve saldo positivo de 10.611 empregos na modalidade trabalho intermitente, resultado de 19.927 admissões e 9.316 desligamentos (278 trabalhadores assinaram mais de um contrato desse tipo). As novas contratações ocorreram principalmente no setor de serviços, que teve saldo de 5.692 postos, seguido de construção (1.895 postos), indústria (1,6 mil), comércio (1.056) e agropecuária (368).

Nos contratos de regime de tempo parcial, o saldo foi de 1.328 empregos, consequência de 14.742 admissões e 13.414 desligamentos (46 empregados celebraram mais de um contrato nessa modalidade). As vagas foram abertas principalmente no comércio (638 postos) e nos serviços (614). A indústria gerou 217 novos postos e a agropecuária, 21.

Acordos

Houve ainda 15.331 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em outubro, envolvendo 10.043 estabelecimentos (38 empregados realizaram mais de um desligamento). Nos dados por atividade econômica, esses acordos distribuíram-se por serviços (7.262), comércio (3.409), indústria (2.736), construção (1.420) e agropecuária (504).

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. A flexibilização das medidas de isolamento social fez com que mais pessoas passassem a procurar emprego no Brasil. Com isso, a taxa de desemprego subiu para 14,4%, no trimestre encerrado em agosto, a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. No total o país tem 13,8 milhões de pessoas na fila do desemprego.
    Só isso.

  2. Hô Véio Bom, numa crise dessa e o presidente da um show de administração.
    Esse homem é arroxado, esse homem merece ser chamado de Mito.
    O Mito disparou, disparou o melhor presidente do Brasil.

    1. Tem gente que vai ficar pistola com esses números.
      Os inimigos do Brasil.

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Saúde

Mundo bate recorde de mortes diárias por Covid-19 desde o início da pandemia

Foto: CNN Brasil

Um levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins mostra que o mundo voltou a bater recorde diário de mortes por Covid-19. Foram 11.099 óbitos registrados na terça-feira (17), o maior número diário de vítimas registrado desde o início da pandemia.

Esse aumento ocorre no momento em que os Estados Unidos, o epicentro global do vírus, entraram no inverno. Os países com mais mortes causadas pela doença são os EUA, Brasil, Índia, México e Reino Unido.

Para tentar conter o avanço da Covid-19, muitos países da Europa voltaram a adotar lockdowns e medidas mais restritivas de funcionamento dos estabelecimentos.

Ainda de acordo com a universidade, o mundo tem 55.946.862 casos e 1.344.557 mortes pela doença.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. Não…ele só é responsável pelas mortes daqui…isso ele é sim.

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Economia

Desempenho das pequenas indústrias bate recorde no terceiro trimestre no país

Foto: © José Paulo Lacerda/CNI/Direitos reservados

A reabertura da economia trouxe reflexos positivos para as indústrias de menor porte. Segundo pesquisa divulgada nessa quarta-feira(11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de desempenho da pequena indústria encerrou o terceiro trimestre no melhor nível desde a criação, em 2012. O indicador fechou o trimestre passado em 52,3 pontos, com alta expressiva em relação aos 41,3 pontos registrados no fim de julho.

O índice de desempenho serve como aproximação para medir a produção das pequenas indústrias. Em abril, no mês seguinte ao início da pandemia de covid-19, o indicador tinha chegado ao nível mais baixo da série histórica, atingindo 27,1 pontos.

A pesquisa também constatou melhora na contabilidade das indústrias de menor porte, depois de um início de ano com impacto da crise gerada pelo novo coronavírus. O índice de situação financeira alcançou 41,9 pontos no terceiro trimestre, alta de 8,7 pontos em relação ao fim do segundo trimestre. O indicador está no melhor nível desde o último trimestre de 2013.

Problemas

A pesquisa também mediu os principais problemas das pequenas indústrias. O encarecimento do dólar, que se refletiu em maiores preços no atacado, e a escassez de várias matérias-primas provocaram uma mudança nas principais reclamações dos empresários.

A falta ou o alto custo de insumos foi citada como a principal preocupação no terceiro trimestre por 60,1% das indústrias de transformação e por 40,5% das indústrias ligadas à construção. Nas indústrias extrativas, a maior dificuldade relatada foi a falta ou o alto custo da energia, por 33,3% dos empresários do setor. No segundo trimestre, a alta carga tributária era considerada o maior problema em todos os segmentos.

Confiança

Os indicadores de confiança e de perspectivas das pequenas empresas industriais oscilaram levemente para baixo em outubro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) fechou o mês passado em 59,5 pontos, com recuo de 0,2 ponto. Essa foi a primeira queda observada em cinco meses. O valor ainda está abaixo dos 63 pontos registrados nos primeiros meses do ano, antes do início da pandemia. Índices acima de 50 pontos indicam confiança para os próximos meses.

O índice de perspectiva fechou outubro em 52,4 pontos, com recuo de 0,6 ponto. Apesar da oscilação negativa, o otimismo se mantém entre os empresários da pequena indústria. Diferentemente do Icei, que mede a intenção do empresário em aumentar ou diminuir a produção, o índice de perspectivas mede as expectativas em relação à economia.

Agência Brasil

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  1. Pense em 3 Véios bons, Bolsonaro o Mito, Guedes Guru da Economia e Tarciso o Mestre da Infraestrutura.

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Saúde

Mundo registra mais de meio milhão de casos da Covid-19 em apenas um dia e bate novo recorde, segundo agência

Pessoas usando máscaras nas ruas de Roma durante a pandemia de coronavírus na Itália — Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

O mundo registrou na terça-feira (27) um recorde de mais de 500 mil novos casos de coronavírus, segundo um balanço da agência AFP com base nos números divulgados pelas autoridades de saúde.

No total, foram declaradas 516.898 novas infecções e 7.723 mortes em 24 horas. De acordo com especialistas, este aumento do número de casos no mundo não pode ser explicado apenas pelo maior número de testes realizados desde a primeira onda mundial da epidemia, compreendida entre março e abril.

Mais da metade dos casos registrados em 24 horas estão localizados nos dez países mais afetados, segundo o levantamento da AFP: Estados Unidos, Índia, Brasil, Rússia, França, Espanha, Argentina, Colômbia, Reino Unido e México.

Estados Unidos também vive um aumento no número de casos detectados. Pela primeira vez, registrou mais de 500 mil infectados em uma semana, enquanto na semana passada eram 370 mil.

Alerta na Europa

A Europa é o continente onde a pandemia avança mais rápido, com uma média diária maior que 220 mil novos casos nos últimos sete dias, um aumento de 44% em relação à semana anterior, segundo a AFP. A região se aproxima dos 2 mil mortos por dia. Durante o pior momento da pandemia, em abril, eram registrados mais de 4 mil mortes diárias.

A República Tcheca tem a maior taxa de infecção da Europa. Enquanto o mundo apresentou um aumento médio de cerca de 7% nos casos nas últimas duas semanas, segundo dados da OMS, essa taxa no país do Leste Europeu é de cerca de 40%.

Vários países europeus estão aumentando as restrições para controlar essa segunda onda.

Outubro teve 9 recordes

Outubro ainda não terminou, mas já é o pior momento da pandemia no que diz respeito a transmissões do vírus, já que o mundo bateu 9 vezes o recorde de novos casos diários de Covid-19 somente este mês, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos dias 22, 23 e 24, os recordes diários foram batidos de forma consecutiva – sendo que, no último deles, veio o maior número diário desde o início da pandemia: 468.409 novas infecções.

Outro levantamento, o da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, mostra que o mundo atingiu os 44 milhões de casos do novo coronavírus nesta quarta-feira (28). O número de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia em todo o planeta passa de 1,1 milhão.

Em apenas dez dias desde a confirmação dos 40 milhões de infectados, mais de quatro milhões de pessoas contraíram a Covid-19. A alta neste balanço é impulsionada pelos Estados Unidos, que em sete dias teve mais de 500 mil casos.

G1

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    1. O doidim não rouba, não é comunista e não vende o nosso país, mais um João sem teta pra mamar…

  1. Enquanto isso quem produziu em laboratório a porra desse vírus,tudo leve, livre e solto e vendendo insumos e vacinas não testadas para os incautos que se habilitarem.

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Saúde

Itália bate recorde de casos diários de Covid-19

Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters

A Itália registrou 10.010 novos casos por coronavírus nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde. É a maior contagem diária desde o início do surto no país. O recorde anterior havia sido na quinta-feira (15), quando o país contabilizou 8.804 novas infecções.

O ministério também relatou 55 mortes relacionadas ao coronavírus, contra 83 no dia anterior. O número é bem menor do que no auge da pandemia na Itália (março e abril), quando um pico diário de mais de 900 mortes foi alcançado.

A Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido pela Covid-19 e tem o segundo maior número de mortos no continente depois da Grã-Bretanha – 36.427 mortes, de acordo com dados oficiais.

O governo italiano impôs na terça-feira (13) novas restrições a reuniões, restaurantes, esportes e atividades escolares em uma tentativa de diminuir o aumento de infecções.

No entanto, alguns especialistas disseram que as medidas eram muito limitadas e alguns líderes locais já anunciaram ações mais agressivas para suas regiões.

G1, com Reuters

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Economia

IBGE: Desemprego diante da pandemia bate recorde e atinge mais de 14 milhões de brasileiros; nordeste tem maior alta

Entre maio e setembro, aumentou em cerca de 4 milhões o número de desempregados no Brasil, diz IBGE — Foto: Economia/G1

O desemprego diante da pandemia causada pelo novo coronavírus bateu recorde na penúltima semana de setembro, atingindo mais de 14 milhões de brasileiros. É o que apontam os dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, entre maio e setembro, mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram para a fila do desemprego, o que corresponde a uma alta de 43% do número de desempregados no país em cinco meses.

Com isso, a taxa de desemprego passou de 10,5% para 14,4%, a maior de todo o período pesquisado.

A pesquisa mostrou também que:

Entre as regiões, o Nordeste apresentou a maior alta no número de desempregados, de 69%.

O Sudeste, região mais populosa, concentra cerca de 45% dos desempregados no país.

A população ocupada ficou estável na maior parte do período pesquisado.

O nível de ocupação também ficou estável ao longo da pandemia.

A flexibilização do isolamento social foi responsável por pressionar o mercado de trabalho.

A informalidade teve queda no país, indicando estagnação do mercado de trabalho.

O número de trabalhadores afastados por causa do isolamento social caiu em 83,9% em 5 meses.

O levantamento foi feito entre os dias 20 e 26 de setembro por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. Esta foi a última edição da pesquisa semanal.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.

Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, quando o país atingiu taxa de desemprego recorde, de 13,8%, com mais de 13,1 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Nordeste teve maior alta no desemprego entre as regiões

A maior parte dos 14 milhões de desempregados na penúltima semana de setembro estava concentrada na Região Sudeste (6,3 milhões), que é a mais populosa do país.

No entanto, foi na Região Nordeste que se observou a maior alta no número de desempregados ao longo dos cinco meses de pandemia – passou de 2,3 milhões na primeira semana de maio para 3,9 milhões na penúltima de setembro, o que corresponde a uma alta de 69% no período.

A segunda maior alta foi observada na Região Norte, onde o número de desempregados passou de 890 mil para 1,3 milhão – um aumento de 46,9%.

O Sudeste, por sua vez, registrou alta de 39,2% no número de desempregados, passando de 4,3 milhões para 6,3 milhões.

No Centro-Oeste, região com o menor número de desempregados, o número de pessoas buscando emprego aumentou de 819 mil para 1 milhão, o que corresponde a um aumento de 25%.

Já a Região Sul viu o contingente de desempregados passar de 1,3 milhão para 1,5 milhão, uma alta de 16,5%.

Flexibilização do isolamento pressiona o desemprego

Na comparação com a terceira semana de setembro, aumentou em cerca de 700 mil o número de desempregados, fazendo a taxa de desemprego passar de 13,7% para 14,4% em uma semana. Essa alta, no entanto, é considerada como uma estabilidade estatística pelo IBGE.

A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, avaliou que o avanço da flexibilização do isolamento social por todo o Brasil tem relação direta com o aumento do desemprego ao longo de todo o período do levantamento.

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, apontou.

A pesquisadora ressaltou que a população ocupada no mercado de trabalho se manteve estável durante a maior parte do levantamento, o que sugere que o desemprego foi pressionado por um maior número de pessoas buscando emprego, ou seja, não houve corte expressivo de postos de trabalho no país.

“Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, destacou Maria Lúcia.

Na penúltima semana de setembro, a população ocupada foi estimada em cerca de 83 milhões de pessoas. Na primeira semana de maio, esse contingente era de cerca de 83,9 milhões. O menor contingente de ocupados havia sido registrado na primeira semana de julho, com 81,1 milhões de trabalhadores ativos no mercado.

O nível de ocupação ficou em 48,7% na última semana do levantamento, estável na comparação com o registrado na primeira semana de maio, que foi de 49,4%.

Também se manteve estável o número de pessoas que não estava trabalhando nem procurava por trabalho no país – eram cerca de 73,4 milhões de pessoas na penúltima semana de setembro contra 76,2 milhões na primeira de maio.

O IBGE destacou, no entanto, que caiu de 27,1 milhões na primeira semana do levantamento para 25,6 milhões o número de pessoas fora da força de trabalho que disseram que gostariam de trabalhar, embora não procurassem por uma ocupação.

Informalidade tem queda

O levantamento mostrou que o número de trabalhadores informais teve queda de, aproximadamente, 1,6 milhão entre o começo e o fim da pesquisa. Na primeira semana de maio, o país tinha cerca de 30 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, número que caiu para 28,4 milhões na penúltima semana de setembro.

Com isso, a taxa de de informalidade no país caiu de 35,7% para 34,2% no período.

O IBGE considera como trabalhadores informais aqueles profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e sem remuneração.

O órgão enfatiza que a informalidade é a via de mais fácil acesso ao mercado de trabalho e que, por isso, tende a ser o primeiro meio de ocupação a reagir diante de uma crise financeira como a estabelecida pela pandemia do coronavírus. Ou seja, a evolução da informalidade ao longo da pandemia indica que há certa estagnação do mercado de trabalho no país.

Afastamentos do trabalho tiveram queda de 83,4%

Desde o início do levantamento, o número de trabalhadores afastados do trabalho em função do distanciamento social teve queda semanalmente.

Na primeira semana de maio, eram 16,6 milhões de pessoas nessa condição, número que chegou a 2,7 milhões na penúltima semana de setembro, uma queda de 83,4% no período.

Essa queda, segundo o IBGE, está diretamente relacionada com o avanço gradual da flexibilização das medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.

O IBGE destacou que, somente entre a terceira e quarta semana de setembro, caiu em cerca de 2,2 milhões o número de pessoas que dizia manter isolamento social rigoroso. No mesmo período, aumentou em cerca de 937 mil o número pessoas que disse não ter tomado nenhuma medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus.

A maior parte da população afirmou, na penúltima semana de setembro, ter reduzido o contato com outras pessoas, mas continuou saindo de casa ou recebendo visitas.

G1

Opinião dos leitores

  1. A orientação de todo mundo civilizado: fique em casa e preserve sua saúde, de sua vida e de sua familia
    A orientação das terraplanistas bolsonaristas: vá pra rua trabalhar, se contaminar, depois sua família e depois morra.
    O que essa turma come?

    1. Pois é. Como se não se pudesse trabalhar às duas coisas juntas. Essa conta é dos governadores e prefeitos.

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Saúde

Mundo bate recorde ao registrar 350 mil casos de Covid em 24h

Foto: Victoria Jones/PA via AP

O mundo registrou 350.766 novos casos de coronavírus nesta sexta-feira (9), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabelecendo um novo recorde de casos diários desde o início da pandemia. O recorde anterior havia sido registra um dia antes, na quinta-feira (8).

O recorde desta sexta é o terceiro alcançado em outubro. O primeiro havia sido registrado no dia 2, com 330.340 casos diários, e o anterior foi registrado na quinta-feira (8), com 338.779 infecções em um dia.

Segundo a OMS, os novos recordes têm sido puxados por um novo surto na Europa. Enquanto na quinta o continente registrou 96.996 casos em 24 horas, nesta sexta foram mais de 109 mil novas infecções, o maior número desde o início da pandemia.

O recorde de mortes em 24 horas foi registrado em 17 de abril, quando o mundo teve 12.393 óbitos por coronavírus.

Ao todo, o mundo tem mais de 36 milhões de casos e mais de 1,5 milhão de mortes registrados em 235 países desde o início da pandemia, segundo a OMS.

Casos sobem na Europa

Na coletiva de imprensa desta sexta, o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, pediu para os governos europeus conterem o aumento dos casos.

“É duro ver muitos países da Europa testemunhando um aumento rápido de casos, e os governos têm que adotar ações decisivas para tentar acabar com a transmissão”, disse Ryan.

Na quinta, a OMS alertou que, como região, a Europa reportou mais casos diários do que a Índia, o Brasil e os Estados Unidos, países com o maior número de mortes e casos pela Covid-19.

A situação é mais crítica na França, onde os hospitais estão ficando sem leitos de UTI, e na Espanha, que declarou estado de emergência em Madri, de acordo com a agência de notícias AP. As infecções voltaram a subir também no Reino Unido, na Alemanha e na Bélgica.

G1

Opinião dos leitores

  1. Vejam o resultado do lockdown, do fique vem casa, hoje grande parte da Europa que seguiu o Sr MANDETTA e DÓRIA estão tendo a 2ª onda, no Brasil onde há praias lotadas, bares lotados e grandes aglomerações desde setembro ou antes está diminuindo por que?
    Isso mostra mais uma vez que o Bolsonaro está certo com a ideia do isolamento vertical, onde todos irão pegar esse vírus, fazendo dessa forma a imunidade de rebanho, hoje já admitida por vários médicos.
    As mortes ocorridas podemos agradecer aos médicos que agiram por politicagem ou por covardia, se dessem um kit de medicamentos no início dos sintomas ao invés de esperar uma febre alta e a baixa oxigenação, hoje teríamos um número muito menor de óbitos.
    Um exemplo básico, um ônibus vai atravessar uma cancela de travessia férrea com o alerta da sinalização de parar ligado o motorista passa e é atingido pelo trem , a culpa nas mortes é do dono da empresa ou do.motorista que negligenciou o aviso?

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Saúde

OMS relata aumento diário recorde no mundo de casos do novo coronavírus

Foto: Reuters/Denis Balibouse/ Direitos Reservados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um aumento diário recorde de casos globais do novo coronavírus nessa quinta-feira (8), quando o total foi de 338.779 em 24 horas, liderado por uma disparada de infecções na Europa.

A Europa relatou 96.996 casos novos, o maior total da região já registrado pela OMS. As mortes globais aumentaram 5.514 e chegaram a 1,05 milhão.

O recorde anterior de casos novos notificados pela OMS foi de 330.340 no dia 2 de outubro. A agência registrou o recorde de 12.393 mortes em 17 de abril.

Como região, a Europa está relatando mais casos do que a Índia, o Brasil ou os Estados Unidos. A Índia relatou 78.524 casos novos, seguida pelo Brasil com 41.906 e os EUA com 38.904, de acordo com a OMS, cujos dados são menos atualizados do que os relatórios diários de cada país.

De acordo com uma análise dos dados nacionais mais recentes feita pela Reuters, as infecções de covid-19 estão aumentando em 54 países, o que inclui disparadas na Argentina, no Canadá e na maior parte da Europa.

As infecções no Reino Unido atingiram níveis recordes, com mais de 17 mil novos casos registrados ontem.

As novas infecções diárias de covid-19 na França continuaram acima do patamar recorde de 18 mil pelo segundo dia nessa quinta-feira e novas restrições foram impostas para conter o surto.

O número médio de novas infecções na Bélgica aumentou durante sete dias seguidos, e também ontem a Alemanha relatou seu maior aumento diário de casos novos desde abril.

Nos EUA, que têm o maior número total de casos e mortes do mundo, as novas infecções estão crescendo, assim como o número de pacientes de covid-19 hospitalizados desde o início de setembro.

Agência Brasil

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Economia

Produção na área do pré-sal bate recorde pelo segundo mês seguido; maior número de poços produtores terrestres foi registrado na Bacia Potiguar

Foto: © Geraldo Falcão / Agência Petrobras

Pelo segundo mês consecutivo, a produção na área do pré-sal registrou recorde, tanto no petróleo quanto no gás natural. Em agosto, foram produzidos 2,776 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia). Desse total, 2,201 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 91,398 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural.

No recorde anterior, em julho, a produção de petróleo ficou em 2,179 MMbbl/d e a de gás natural 88,88 MMm3. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (2) no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com a ANP, o resultado representa aumento de 1,4% em relação ao mês anterior e de 14,4% na comparação com agosto de 2019. “A produção no pré-sal teve origem em 117 poços e correspondeu a 70,7% da produção nacional”.

Produção nacional

Também em agosto a produção nacional atingiu 3,927 Mmboe/d, de acordo com o boletim. Desse total, 3,087 MMbbl/d são de petróleo e 134 MMm3/d, de gás natural. Na produção de petróleo, houve aumento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 3,3% frente a agosto de 2019. Na produção de gás natural, a alta ficou em 2,4% se comparado a julho e de 0,1% ante o mesmo mês do ano anterior.

Por causa da pandemia da Covid-19, 33 campos tiveram as suas produções interrompidas temporariamente em agosto. Entre eles, 16 são marítimos e 17 terrestres. Também permaneceram com a produção interrompida 60 instalações de produção marítimas.

Os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 85,5% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras responderam por 94,7% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Os que tem participação exclusiva da Petrobras produziram 42,9% do total.

Destaques

O maior produtor de petróleo e gás natural foi o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, que registrou 1,004 MMbbl/d de petróleo e 44,5 MMm3/d de gás natural.

A instalação com maior produção de petróleo foi a plataforma Petrobras 77, que produz no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, com a produção atingiu 165,598 Mbbl/d de petróleo.

A unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) Cidade de Itaguaí foi a instalação com maior produção de gás natural. Ela opera no campo de Tupi por meio de sete poços interligados e produziu 7,337 Mmm³/d.

O maior número de poços produtores terrestres (1.097) foi registrado em Estreito, na Bacia Potiguar. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

    1. o que muito boçal quer é que aumente mais. pra pobre ki nem eu, que anda e uno, deixar de causar engarrafamento.

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