Polícia

FOTOS: Presos acusados de assalto a padaria em Natal que resultou na morte de policial civil

A Polícia Civil prendeu na madrugada desta terça-feira (29) cinco homens, um deles menor de idade, envolvidos no assalto a uma padaria no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal, que vitimou Ilfran André Tavares de Araújo, de 51 anos, crime ocorrido neste último domingo (27). A delegada Rossana Pinheiro, além dos delegados Frank Albuquerque e Herlânio Cruz, responsáveis pelas investigações do caso, detalharam a prisão dos acusados numa coletiva de imprensa realizada nessa manhã (29), na Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol).

Os presos foram identificados como sendo Marcelo Pegado Correia, 18, Gláucio Herculano Fonseca, 19, Thiago Jerônimo Pinheiro, 18, vulgo “Thiago Coxinha”, Alessandro Wallace de Freitas Procópio, vulgo “Sandrinho”, 20, além de um adolescente de 17 anos. As prisões aconteceram na Zona Norte de Natal, Parnamirim e Macaíba. Todos assumiram a participação no crime. A ação teve a participação do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP).

Marcelo-Pegado-Correira,-18 2 3 Untitled-1Segundo o delegado Herlânio Cruz, naquele dia os bandidos iriam praticar um assalto a um depósito de bebidas na cidade de Santo Antônio do Salto da Onça, mas o local estava fechado. “Então eles começaram a procurar em Natal outro lugar para assaltar e acharam um local que, segundo eles, era escuro e deserto”, explicou.

Quatro suspeitos chegaram na padaria em duas motocicletas e um quinto assaltante estava num veículo tipo Celta. Thiago Coxinha pilotava uma das motos e Gláucio na garupa, enquanto Marcelo pilotava a outra motocicleta e o menor na garupa. Alessandro estava no carro e guardava as armas. Segundo depoimento do menor, Thiago Coxinha foi quem teve a ideia de assaltar a padaria. Eles chegaram juntos ao local, momento em que Alessandro entregou dois revólveres, um ao adolescente e outro a Gláucio. Os dois entraram no estabelecimento comercial e o restante do grupo ficou do lado de fora dando apoio. Gláucio entrou de capacete e foi em direção ao caixa, enquanto o menor foi abordar os clientes.

Nesse momento, o policial esboçou uma reação e teria tentado imobilizar o menor, instante em que Gláucio veio em direção à vítima e teria efetuado dois tiros na cabeça do agente. Após os tiros, os dois se assustaram e fugiram do local sem levar nada. Os assaltantes partiram em direção à Zona Norte de Natal e segundo Gláucio teriam abandonado as armas no meio do caminho a mando de Thiago Coxinha.

Em depoimento à polícia, Gláucio confirmou ter participado do crime, mas negou ter atirado na vítima e alega que quem efetuou os disparos foi o adolescente. Já o menor confirma que quem matou o policial civil foi Gláucio e que “tem a consciência tranquila, pois não matou ninguém” e alegou também que “os outros querem colocar a culpa nele só porque ele é ‘de menor’”. “Somente quando sair o resultado dos exames residuográficos é que vamos saber quem de fato atirou no policial”, afirmou o delegado Herlânio Cruz.

Para os delegados, o grupo assaltou a padaria para se divertir. “Geralmente eles praticam esses crimes para utilizar o dinheiro em consumo de drogas, festas e diversões”, disse Herlânio.

De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil, Adson Kepler, a elucidação rápida do crime se deu por conta do empenho e solidariedade dos policiais civis, bem como da comunidade que ajudou no caso. “Desde que ocorreu o fato a Polícia Civil se mobilizou. Policiais civis de outras delegacias que não estavam de serviço efetuaram diligências para prender os criminosos e pessoas da comunidade também contribuíram muito com as investigações, então essa série de fatores tornou possível a solução rápida desse crime”, concluiu.

O assalto

A tentativa de assalto aconteceu na noite deste domingo (27/04), por volta das 20h30, numa padaria localizada na Av. Nilo Peçanha, no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal. O agente da Polícia Civil Ilfran Tavares teria reagido ao assalto e foi alvejado por dois disparos de arma de fogo na cabeça, vindo a óbito no Pronto Socorro Clóvis Sarinho. Diligências foram realizadas durante toda aquela noite por vários colegas de trabalho, inclusive com a presença do Delegado Geral, Adson Kepler. Uma perícia feita pela Polícia Civil foi realizada ontem (28) na padaria.

Atualizado às 12h03

Opinião dos leitores

  1. Caro Antonio,

    Você tem razão no seu comentário. Mas pode ter certeza que não faço parte desse grupo que condenaria o policial que mata bandido. Infelizmente como em todas profissões existem os bons e os ruins. Policial que manda bandido para o inferno sem envolvimento com ele os com qualquer outro deveria sim ser promovido. Agora aquele que tenta extorquir ou coisa parecida não deveria servie a polícia e sim enveredar para o lado criminoso.

  2. Parabéns a polícia civil pelo trabalho! O que toda a sociedade lamenta é que em outras investigações a mesma polícia civil não é tão eficiente como foi nesse caso, descobrindo e prendendo os acusados em menos de 48 horas após o ocorrido. O que se vê são centenas de processos inclusos e os marginais que cometeram os crimes, soltos e praticando novos delitos. Essa ação mostra que quando a polícia quer ela faz!!

  3. Sinceramente a polícia realizou um péssimo serviço prendendo esses marginais. Deveria sim ter matado e com isso livrado a população desses vermes que não contribuem com nada de bom para a humanidade. Agora o estado vai gastar dinheiro com saúde, comida e moradia para esses vagabundos só terem uma intenção fugir do presídio e continuar a vida do crime.

    1. Péssimos policiais. Não souberam honrar o companheiro herói abatido de forma covarde. Assim estes policiais dão a sua contribuição para a impunidade, pois os bandidos sabem que logo logo estarão soltos. E triste de uma terra na qual bandido não tem medo de polícia…
      Era para ter feito uma operação correta, do ponto de vista operacional, que culminasse com um “recado” de verdade para a bandidagem que vence a cada dia.

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Polícia

Adolescente e mais dois são detidos suspeitos de assassinato de PM em Parnamirim

Apreendida a acusada de atirar no soldado da Polícia Militar Jailson Augusto do Nascimento, de 45 anos, em Parnamirim. A adolescente encontra-se neste momento na 1ª DP do município. Assim como a suspeita, também foram presos uma mulher e um homem no início da tarde desta segunda-feira (31), provavelmente, por ligação no homicídio. O crime foi registrado na noite da última quarta-feira (26), no bairro Jóquei Clube.

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Judiciário

TJ nega Habeas Corpus para PM acusado de envolvimento em morte de advogado em bar de Natal

 A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte julgou, na manhã desta terça-feira (11), um Habeas Corpus com Liminar (2014.002523-2), movido pela defesa do sargento da Polícia Militar Antônio Carlos Ferreira de Lima, um dos acusados pelo homicídio do advogado Antônio Carlos de Souza, executado a tiros em maio de 2013.

A Câmara, à unanimidade de votos e em concordância com o parecer da 2ª Procuradoria de Justiça, não deu provimento ao HC, nos termos do voto do relator, desembargador Glauber Rêgo, presidente do órgão julgador.

A defesa alegou, dentre outros pontos, que o mandante do crime teria sido pressionado a envolver o nome do sargento, que está há 23 anos na corporação e que o PM compareceu à delegacia, espontaneamente, em 7 de junho, mas não foi ouvido por falta de escrivão.

No entanto, o desembargador Glauber Rêgo ressaltou que o Habeas Corpus tentou descaracterizar a participação do sargento no fato, mas não representa um instrumento processual capaz de definir isso neste momento.

“Ele responde a outros processos na esfera criminal, um já em sentença condenatória”, destaca o desembargador.

O crime

O advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira foi assassinado no dia 9 de maio de 2013, por volta das 20h, quando se encontrava no Bar de Bino, no bairro de Nazaré, zona Oeste de Natal.

Segundo as investigações, Polícia e Ministério Público chegaram à conclusão que o autor dos disparos foi Lucas Danel André da Silva, conhecido como “Luquinha”. Ele teria recebido ordens de Expedido José dos Santos e do sargento da PM Antônio Carlos Ferreira de Lima, o “Carlos Cabeção”.

O autor dos tiros também teria recebido apoio na fuga do dia do crime de Marcos Antônio de Melo Pontes, o “irmão Marcos”, que teria dirigido o veículo Fiat Doblo que deu fuga aos acusados.

TJRN

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Polícia

Suspeito de matar criança, feita de escudo em tiroteio em Macaíba, diz que está com " consciência limpa"

Uma matéria do portal G1-RN confirmou a apreensão de um adolescente de 17 anos nesta sexta-feira(7), apontado como um dos envolvidos nos disparos de arma de fogo que acabaram matando um menino de 10 anos, feito de escudo no fim do ano passado, durante um confronto entre bandidos na cidade de Macaíba, na Grande Natal.

De acordo com a matéria, que teve acesso ao depoimento, o menor afirma não ter qualquer envolvimento com o homicídio, não sabe quem efetuou o disparo e diz estar de “consciência limpa”. Isso mesmo. Durante o tiroteio, Cleyton Osório dos Santos Mendes, voltava da padaria no bairro Campo Santa Cruz, quando foi usado como escudo humano por um jovem de 18 anos. Ele foi identificado como José Carlos Lopes Jerônimo, que usou o menino como escudo e ainda foi baleado. Depois de socorrido e detido, no dia 19 de janeiro, foi encontrado morto dentro da cadeia. A polícia acredita que ele tenha cometido suicídio ao se enforcar com um lençol.

Segundo a Polícia, um terceiro envolvido, que estava com o adolescente, continua foragido. Apesar do menor negar envolvimento, a Polícia Civil é categórica em afirmar que ele está envolvido no crime que chocou Macaíba, e promete elucidar em breve o caso.

O menor, após ser ouvido pela Polícia Civil, através do delegado Normando Feitosa, foi encaminhado para o Ceduc Mossoró, onde diz ter fugido em pena que cumpria por roubo de motocicleta.

Opinião dos leitores

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Diversos

Há mais políticos investigados em esquema de fundos de previdência, afirma modelo

 Luciane Hoepers, a “pastinha” mais famosa da quadrilha acusada de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão municipais, nega irregularidades no trabalho que ela e suas colegas faziam e afirma que há mais políticos sendo investigados pela Polícia Federal.

13273617“Existem muitos políticos investigados. Com o tempo, se tiver que ter esclarecimentos, vou fazer, e os envolvidos vão fazer. Não há necessidade de citar agora”, diz a loira de olhos verdes, 33 anos e 1,75 m de altura, em entrevista à Folha.

Luciane não gosta de ser chamada de pastinha, como foram classificadas pela PF as meninas que procuravam prefeitos e gestores de fundos de previdência municipais, levando em pastas propostas de aplicações arriscadas e de rendimento duvidoso.

Ela se define como uma “captadora de clientes”, que oferecia propostas de melhoria da administração dos recursos previdenciários: “Tudo foi feito na legalidade. O trabalho era correto, lícito, de instruir para que eles [prefeitos] tivessem melhor rentabilidade e diversificação nos fundos de previdência”.

O esquema foi desbaratado há duas semanas, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Miqueias. Segundo a PF, o esquema tinha influência no mundo político e era comandado por um doleiro e um policial aposentado.

Se os negócios oferecidos pelas pastinhas fossem fechados, cada uma ganhava uma porcentagem sobre o valor do contrato: “Quando fechava um [negócio] se ganhava uma corretagem sim, admito. De forma idônea”.

Luciane afirma que é credenciada pela CVM (órgão que fiscaliza o mercado financeiro) e formada em administração. Natural de Joinville (SC), ela diz que foi para Brasília reconstruir a vida depois de uma separação traumática do casamento.

Investigadores creem que algumas das mulheres envolvidas no esquema eram prostitutas. Luciane nega: “Qual o problema com uma mulher bonita [trabalhar] no mercado financeiro? Não é por [ser bonita] que precisa dar”.

Segundo ela, a operação da PF foi um “circo”. Luciane ficou presa por cinco dias, três deles no presídio feminino do Distrito Federal: “Foi um trauma. É um canil aquilo”.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Os políticos ja tem vontade de roubar por natureza, imaginem com uma galega dessa aliciando, eles empenham ate a mãe!!!

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Polícia

Namorada de preso que seria resgatado confessa envolvimento em morte de agente em Parnamirim

A adolescente de 16 anos baleada na ação que resultou na morte de um agente penitenciário de 44 anos, nesta quinta-feira(8) pela manhã, em Parnamirim, foi transferida para o hospital Clóvis Sarinho, em Natal. Segundo a Políciar Militar, a menor confessou participação no crime e afirmou ser namorada do preso Wilson Rodrigues de Medeiros Filho, que seria resgatado.

A menina foi baleada no peito e no braço durante a troca de tiros que resultou na morte do agente Maxuel André Marcelino, de 44 anos. O agente penitenciário, que tinha 11 anos de serviços prestados, chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital Regional Deoclécio Marques, mas não resistiu aos ferimentos.

Opinião dos leitores

  1. Não eh coisa de adolescente ou menoridade. Eh sim, coisa de uma juventude desregrada. Nesse sentido se veja o vandalismo dos protestos. Pessoas que dizem ir as ruas contra políticos bandidos, mas não passam de bandidos não políticos.

  2. Que PAÍS é esse? adolescente pode matar; pode resgatar presos; pode votar para Presidente da República, mas não pode responder pelos seus atos.

  3. O dr. Jose Dantas juntamente com a turma dos direitos humanos vão cair de pau em cima do agente que reagil e alvejou essa bandida.

  4. Por essas horas o pessoal dos Direitos Humanos deve estar peticionando ao Juiz plantonista pedindo que essa menina seja transferida para o Sírio em SP, de avião, as custas do Estado.

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Jornalismo

Tenente-coronel da PM tem prisão decretada por envolvimento na morte de F.Gomes

O tenente-coronel da Polícia Militar, Marcos Antônio de Jesus Moreira, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Macaíba, Grande Natal, teve a prisão preventiva decretada na tarde desta quinta-feira, (3), pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça. A acusação é que ele teria participação na morte do jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F.Gomes. Sabendo da decretação, ele se apresentou ao comandante geral da PM, para ficar a disposição da Justiça.

A delegada Sheila Maria Freitas, diretora da Divisão de Investigação e de Combate ao Crime Organizado – DEICOR fez o pedido da prisão e inclusive o indiciou em seu relatório conclusivo sobre a investigação em torno da morte do jornalista.

O advogado de Marcos Moreira manteve contato com o juiz para saber se havia um pedido de prisão, e, se sim, ficasse tranquilo, pois ele iria se apresentar na sede do Comando Geral da Polícia Militar em Natal, para ficar a disposição da Justiça. Diante do que disse o advogado, o mandado foi encaminhado para a DEICOR. Os policiais ficaram aguardando a apresentação do oficial.

Durante a investigação, indagado sobre o dinheiro da venda de um triciclo, para ser pago também com cheques, ele não conseguiu explicar o que fez com o montante. O oficial foi ouvido pela delegada Sheila Freitas durante a investigação.

* Fonte: Blog de Sidney Silva

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Jornalismo

Judiciário também está presente no CachoeiraGate

Vital do Rego, presidente da CPI mista do Cachoeira, recebeu do procurador-geral, Roberto Gurgel, uma informação destinada a mexer com a já nervosa Brasília das últimas semanas.

Gurgel informou que, na sexta-feira passada, enviou à Justiça um novo inquérito que investiga a jogatina (e, claro, Carlinhos Cachoeira) – não é nem a Operação Monte Carlo e nem a Las Vegas, ressalte-se.

Nele, também por meio de grampos, sairiam chamuscados quatro ministros do STF, onze do STJ e vários deputados

Por Lauro Jardim

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Jornalismo

Relator propõe que Cachoeira fale à CPI no dia 17 de maio

O deputado federal Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, apresentou nesta quarta-feira (2) o plano de trabalho da investigação.

Pelo cronograma proposto, a comissão poderá ouvir o depoimento do bicheiro Carlos Augusto dos Ramos no dia 17 de maio. A data, porém, ainda não está fechada e pode ser alterada pelos parlamentares da comissão durante a votação do plano de trabalho.

As datas propostas ainda serão analisadas pela comissão. Ao pedir a oitiva, Odair Cunha argumentou que a influência de Carlinhos Cachoeira “se estende por setores do poder público e privado” e que as ações do contraventor configuram “o que se chama de crime organizado”.

Já o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde no Conselho de Ética do Senado por suposta quebra de decoro parlamentar, por envolvimento com Carlinhos Cachoeira, seria ouvido no dia 31 de maio no CPI, segundo cronograma apresentado pelo relator.

Plano de trabalho
Odair Cunha apresentou o cronograma de trabalho da CPI, que terá prazo de 180 dias, tendo previsão de encerramento para o dia 4 de dezembro. “Esta comissão se debruçar-se-á sobre as questões mais relevantes. A primeira etapa será destinada a oitiva das investigações, com o depoimentos dos delegados, depois a vez da defesa, com a presença do senhor Carlos Augusto dos Ramos e demais pessoas citadas. Após vai concluir o relatório”, disse o relator.

Nos dias 22 e 24 de maio, o relator propôs que a CPI ouça supostos integrantes da quadrilha: José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza, Idalberto Matias de Araújo, Jairo Martins e outros.

O relator reafirmou que a CPI será baseada nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas operações Vegas e Monte Carlo, que investigou esquema de jogo ilegal supostamente chefiado por Cachoeira.

De acordo com Odair Cunha, a partir das investigações já feitas, será possível “apurar as extensões das atividades ilícitas da organização e ficar as responsabilidades de agentes públicos e privados”.

Além da data proposta para ouvir Carlinhos Cachoeira, o relator da CPI também propôs que no dia 8 de maio seja ouvido o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas. As datas destas oitivas também precisam ser aprovadas pelos membros da CPI

Já no dia 10 de maio, o relator propôs que CPI ouvir os depoimentos do delegado Matheus Mella Rodrigues e os procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da operação Monte Carlo.

Fonte: G1

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Jornalismo

Gravações revelam que Demóstenes contratou funcionários fantasmas a pedido de Cachoeira

As gravações da PF (Polícia Federal) que fazem parte do inquérito do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) indicam a contratação de funcionários fantasmas em seu gabinete, a pedido do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com relatório, o senador comunicou a Cachoeira que estava exonerando servidores do seu gabinete. Segundo anotações da polícia, a contratação se deu, aparentemente, a pedido de Cachoeira.

Na conversa, que aconteceu no dia 22 de junho de 2009, às 15h32, Demóstenes informa a Cachoeira que precisaria demitir dois funcionários, uma mulher de nome Quênia e um homem não identificado, porque estariam “procurando servidores fantasmas”.

O senador diz que as demissões serão necessárias por causa de uma “caça às bruxas” para checar possíveis irregularidades nos gabinetes.

Ele também explica a Cachoeira que não é uma decisão final, garantindo que “daqui a uns dois, três meses a coisa aquieta e a gente retoma”.

A íntegra do documento foi divulgado na sexta-feira (27) pelo site Brasil 247 e traz parte das gravações feitas pela PF na Operação Monte Carlo, que começou em 2008 e investigou a quadrilha que explorava jogos ilegalmente.

Procurado pela reportagem, o advogado de Demóstenes, Antonio Castro de Almeida Castro, o Kakay, não foi encontrado.

Fonte: R7

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Jornalismo

Deputado admite que sabia de contravenções de Carlos Cachoeira

Amigo de Carlos Cachoeira há 25 anos, o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) disse à Folha que tinha conhecimento do envolvimento do empresário com contravenção.

“Se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo seria hipócrita”, disse em entrevista a Andreza Matais e Catia Seabra, publicada na Folha deste sábado.

Leréia é um dos três deputados que serão investigados por envolvimento com o empresário, o que pode levar à cassação.

Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás.

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Jornalismo

Precatórios do TJ: Carla detalha participação de filha de desembargador

Já na parte final dos depoimentos, a ex-chefe da Divisão de Precatórios e suposta mentora do esquema fraudulento, Carla Ubarana, detalha a participação da filha do desembargador Caio Alencar, que teria usado informação passada pelo próprio desembargador para alertar Carla do sequestro de bens.

De acordo com os depoimentos de Carla Ubarana, Débora fez ligações antecipando a informação do pedido de sequestro de bens para que a servidora tirasse os bens de seu nome. Assim, evitando que eles fossem apreendidos pela Justiça. O principal objetivo da estratégia, seria livrar o nome da filha do desembargador do esquema, já que ela tinha comprado um veículo de Carla há dois anos, mas que ainda estava no nome da ex-chefe de precatórios.

“A filha do desembargador Caio [Alencar], Débora, ligou para o advogado Sebastião Leite que mandou avisar para Felipe Cortez, que era o nosso advogado, que o que a gente pudesse transferir de bens, fizesse. Porque os nossos bens seriam sequestrados. Essa questão do sequestro, ele chegou pra ela pra pedir que ela tirasse o carro que ela tinha que estava meu nome. Há uns dois anos eu vendi um Selvagem ao marido dela e o carro ainda estava em meu nome. Então, o desembargador Caio chegou para Débora e pediu pra que Débora corresse e tirasse o Selvagem do [meu] nome por os bens meus iriam ser sequestrados. E ela fez a transferência, inclusive, eu não entendi como, já que a assinatura tinha que ser presencial, mas foi feito”, relatou.

Não sei qual o grau de amizade da filha do desembargador com os advogados citados ou com a própria Carla, mas que ficou esquisito ficou.

Opinião dos leitores

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Política

Feitiço contra o feiticeiro: relator da Ficha Limpa, Demóstenes pode tornar-se ‘inelegível’ até 2027

No vídeo acima, levado ao ar na propaganda eleitoral de 2010, o então candidato à reeleição Demóstenes Torres jacta-se de ter relatado na Comissão de Justiça do Senado a Lei da Ficha Limpa. Durante a campanha, trombeteou a biografia higienizada como uma das marcas que o diferenciavam dos políticos convencionais.

Ao converter-se em senador de dois gumes, defensor e transgressor da ética, Demóstenes (DEM-GO) virou alvo do feitiço que, na pele de feiticeiro dos bons costumes, ajudou a por em pé. Sujeita-se agora aos rigores da Lei Complementar 135, nome de batismo da Lei da Ficha Limpa.

Prevê que políticos cujos mandatos sejam cassados ficam inelegíveis. Na letra ‘k’ do artigo 1o, anota que a inelegibilidade alcança inclusive aqueles que renunciarem aos respectivos mandatos para fugir da cassação.

Draconiano, o texto que a Câmara aprovou e que Demóstenes manteve no Senado eliminou uma brecha. Lacrou-se a fenda que permitia a congressistas enrolados salvar os direitos políticos fugindo pelo atalho da renúncia antes da abertura de processos formais nos conselhos de ética da Câmara e do Senado.

Agora, basta “o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo” para que os violadores do decoro parlamentar sejam punidos. No caso de Demóstenes, a engrenagem prevista na lei já foi acionada.

Na semana passada, o PSOL protocolou na Mesa diretora do Senado o pedido para que o senador seja submetido a julgamento político no Conselho de Ética. Significa dizer que, ainda que renuncie, Demóstenes ficará inelegível.

Há mais e pior: o prazo da inelegibilidade, fixado na lei em oito anos, passa a contar a partir do término do mandato. Demóstenes reelegeu-se senador em 2010. Iniciado em 2011, seu mandato é de oito anos. Expira em 2019.

Ou seja: se for cassado pelos colegas ou se renunciar, Demóstenes não poderá disputar eleições até 2027. Amargará um jejum de urnas de 15 arrastados anos. Na prática, uma sentença de morte política.

O voto de Demóstenes foi apresentado aos membros da Comissão de Justiça em 19 de maio de 2010. Para evitar que o projeto tivesse de retornar à Câmara, propôs que fosse mantido o texto aprovado pelos deputados.

“As determinações são extremamente rigorosas”, disse na época um Demóstenes que já frequentava os grampos da Polícia Federal na condição de ex-Demóstenes. O rigor, alegou ele, era necessário para retirar de cena “políticos indecentes, malandros e corruptos”.

Aprovado a toque de caixa na comissão de Justiça e no plenário do Senado, o texto foi sancionado por Lula em 4 de junho de 2010. O TSE validou-o já para as eleições daquele ano. Posteriormente, o STF dediciu que não valeu para 2010.

Instado a manifestar-se sobre o futuro da lei, o Supremo decidiu, em 16 de fevereiro de 2012, que a Ficha Limpa é constitucional e vale para as próximas eleições. A começar pela disputa municipal deste ano.

O julgamento do Supremo havia começado em 1o de dezembro de 2011. Atuou como relator o ministro Luiz Fux. Um pedido de vista do colega Joaquim Barbosa adiara o veredicto.

Na retomada do julgamento, em fevereiro, Fux reviu um pedaço do seu voto. Havia considerado inconstitucional a letra ‘k’ do artigo 1º da lei, justamente aquele trecho que torna inelegíveis os políticos que renunciam para fugir da cassação.

Revisto o voto, Fux sustentou que também esse naco da lei deveria ser validado pelo STF. A Ficha Limpa prevaleceu no Supremo por sete votos contra quatro. O debate sobre a letra ‘k’ serviu para tornar incontroverso o dispositivo que, agora, é a principal arma contra Demóstenes.

Feiticeiro de si mesmo, o senador não pode nem mesmo praguejar o feitiço. Afora o fato de ter relatado a Ficha Limpa antes de propagandear o feito na tevê e nos palanques, Demóstenes ainda imprimiu suas digitais num livro festivo.

Escreveu o prefácio da obra ‘Ficha Limpa: A Vitória da Sociedade’. O volume foi às prateleiras em 2010, nas pegadas da aprovação da lei. Editou-o a OAB. O texto é de Ophir Cavalcante, presidente da entidade, e de Marcus Vinícius Furtado Coelho, conselheiro da Ordem.

“O Espírito da Lei na Alma do Povo”, eis o título que Demóstemes deu ao seu prefácio. No texto, apresenta a Ficha Limpa como uma conquista do país. A certa altura, anota, premonitório:

“Por causa da nova lei, a nação vai conquistar muito, pois o volume de recursos para beneficiar a população é inversamente proporcional ao número de bandidos na vida pública.”

Quando a catarata de grampos começou a jorrar diálogos tóxicos sobre sua biografia, Demóstenes escalou a tribuna do Senado. Deu-se em 6 de março. Ele reconheceu que estava atado a Carlinhos Cachoeira por laços de amizade.

Admitiu que o amigo o presenteara com uma geladeira e um fogão importados. Coisa de R$ 30 mil. Mas jurou que aquele Demóstenes impoluto, notabilizado pelas imprecações contra a bandidagem, continuava hígido.

Demóstenes negou enfaticamente que estivesse envolvido com os negócios ilícitos do contraventor. Exigiu ser investigado. Soou tão categórico que recebeu a solidariedade de 44 apartes. Não se ouviu no plenário uma única manifestação de dúvida.

Decorridos 28 dias, a atmosfera no Senado é de velório. As mais de quatro dezenas de vozes que ampararam Demóstenes passaram a enxergar nele uma espécie de Silvério da confiança alheia.

Primeiro a solidarizar-se com aquele Demóstenes de 6 de março, Eduardo Suplicy (PT-SP) se reposicionou em cena. Nesta segunda (2), cobrou da tribuna novas explicações do colega.

Ecoou Suplicy a senadora Ana Amélia (PP-RS), que também estendera a mão ao Demóstenes de três semanas atrás. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um socialista que aprendeu a respeitar o colega conservador do DEM, cobra pressa na recomposição do comando da Comissão de Ética, sem presidente.

Nas próximas horas, vai à tribuna Pedro Taques (PDT-MT). Egresso do Ministério Público Federal, devotava pelo promotor licenciado Demóstenes um respeito quase reverencial. Hoje, Taques receia que as transgressões do amigo terminem por tisnar todos os políticos que, como ele, empunham a bandeira da ética.

Lançado ao mar pelo proprio DEM, que abriu contra ele um processo de expulsão, Demóstenes tornou-se uma cabeça em litígio com o pescoço. Para que seu mandato seja passado na lâmina, basta que 41 dos 81 senadores votem a favor do escalpo.

No início de março, os senadores olhavam para o Demóstenes que mudou de hábitos com olhos de incredulidade. Não julgavam possível que ele tivesse aderido ao que antes combatia. Hoje, cada um dos 44 senadores que levaram a mão ao fogo por um insuspeitado ex-Demóstenes enxerga a cara de um bobo no espelho.

Fonte: Tribuna do Norte

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Política

Ministro da Justiça diz que denúncias contra Demóstenes são muito graves

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou nesta quinta-feira (29) que são “graves em todas as dimensões” os fatos colhidos pela Polícia Federal nas investigações que resultaram na Operação Monte Carlo e defendeu a legalidade das provas, inclusive as conversas telefônicas em que aparecem o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

“A Polícia Federal cumpriu seu papel rigorosamente. Todas as provas coletadas foram feitas a partir do que a lei determina. Temos a consciência tranquila”, disse o ministro, ao ser questionado sobre o argumento da defesa de Demóstens que as escutas são nulas, pois o monitoramento do senador não poderia ter ocorrido sem autorização do Supremo Tribunal Federal, local onde ele responde criminalmente.

O senador aparece em conversas telefônicas, interceptadas com autorização judicial, que ele teve durante meses como empresário do ramo de jogos Carlinhos Cachoeira. Era o seu telefone que foi grampeado pela Polícia Federal e não o do político.

“Os fatos que estão relatados ali em todas as dimensões são graves e se espera que efetivamente a Justiça, apreciando as provas e dando oportunidade de defesa, possa dar a prestação jurisdicional que seja a expressão daquilo que a nossa lei determina”, concluiu Cardozo.

Fonte: Folha

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Jornalismo

Sinal Fechado: Empresa de São Paulo nega envolvimento no esquema

A empresa paulista Controlar, responsável pela inspeção veicular na capital paulista, que vinha sendo apontada como provável beneficiária do esquema de fraudes na contratação de um serviço semelhante no Rio Grande do Norte, emitiu uma nota na tarde desta quarta-feira (30), negando qualquer tipo de participação.

O suposto envolvimento surgiu a partir das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça realizadas nas ligações do advogado George Olímpio de Carvalho, preso na Operação Sinal Fechado acusado de ser o líder da quadrilha que praticava um esquema fraudulento no do Departamento de Trânsito (Detran).

As evidências indicam que o advogado estaria fazendo desvio de dinheiro para o Estado de São Paulo com interesse de manter afastada a empresa Controlar dos serviços do Detran. Dados da investigação revelam que o esquema gerava um faturamento anual superior a R$ 1 milhão.

Segue a nota:

“COMUNICADO À IMPRENSA

A Controlar, concessionária responsável pela inspeção ambiental veicular na cidade de São Paulo, esclarece que as notícias veiculadas pela imprensa sobre uma suposta ligação da empresa com a licitação para o programa de inspeção ambiental veicular do Rio Grande do Norte são completamente infundadas.

A Controlar é uma Empresa de Propósito Específico (EPE), criada pelo consórcio vencedor da licitação realizada pela Prefeitura Municipal de São Paulo para a implantação e operação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M na cidade. Portanto, como uma EPE, tem como seu escopo cumprir o programa apenas na cidade de São Paulo e jamais poderia participar de qualquer outra licitação e tem como fonte única de receita a tarifa de inspeção.

Empresa pioneira na prestação deste serviço no Brasil e referência em qualidade, a Controlar tem recebido representantes de governos e empresas interessados em conhecer com mais profundidade o programa de inspeção ambiental veicular realizado no município de São Paulo. Apenas no último ano, Japão, China, Espanha, Portugal e Alemanha e mais de 15 Estados e Municípios entraram em contato com a Controlar para obter mais detalhes sobre o programa de I/M”.

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