Diversos

Mulheres em posições de liderança enfrentam mais assédio sexual, diz estudo

Mesmo após décadas de luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho, uma pesquisa feita pelo Instituto Sueco de Pesquisa Social (Sofi) da Universidade de Estocolmo mostrou que mulheres em cargos de supervisão são mais assediadas sexualmente do que outras funcionárias.

O estudo mostra que as supervisoras sofreram entre 30 e 100% mais assédio sexual do que outras funcionárias nos Estados Unidos, no Japão e na Suécia, três países com diferentes níveis de igualdade de gênero no mercado de trabalho que foram analisados pelo estudo.

Os pesquisadores usaram duas ferramentas de medição para realizar a análise. A primeira foi utilizada no Japão e nos EUA, baseada na pesquisa Sexual Experiences Questionnaire, um estudo desenvolvido pelo exército norte-americano que serve como instrumento para investigar o assédio sexual. As questões, que incluíram uma lista de comportamentos e perguntas subjetivas, foram respondidas ao longo de um ano.

A segunda ferramenta foram as cino edições do Swedish Work Environment Survey, um conjunto de dados nacionalmente representativo da Suécia, com um total de 23.994 mulheres entrevistadas.

Nos Estados Unidos e no Japão, a equipe de pesquisa coletou um novo material de pesquisa durante 2019. A amostra dos EUA incluiu 1.573 cidadãs empregadas, das quais 62% tinham cargos de supervisão, enquanto a amostra japonesa incluiu 1.573 mulheres, das quais 17% estavam em posições de supervisão. Além de perguntas sobre assédio sexual, as entrevistadas também foram questionadas sobre os autores, como eles reagiram ao assédio e quais foram as consequências sociais e profissionais para cada caso.

Comparando os níveis de liderança, a exposição ao assédio foi maior nos níveis mais baixos, mas permaneceu substancial e semelhante ao nível de assédio nas posições mais altas.

“Quando começamos a estudar o assédio sexual, esperávamos uma maior exposição para mulheres com menos poder no local de trabalho. Em vez disso, descobrimos o contrário. Quando você pensa sobre isso, há explicações lógicas: um supervisor é exposto a novos grupos de potenciais ‘predadores'”, diz Johanna Rickne, professora de economia da Sofi. “Ela pode ser assediada tanto por seus subordinados quanto pela gerência de nível superior da empresa. Mais assédio por parte desses dois grupos também é o que vimos quando perguntamos às mulheres quem as haviam assediado.”

Nos três países analisados, mulheres em cargo de supervisão estavam mais passíveis a sofrerem assédio quando seus subordinados eram, em sua maioria, homens.

Segundo Olle Folke, pesquisadora afiliada da Sofi e professora associada da Universidade de Uppsala, o assédio sexual significa que o avanço na carreira das mulheres tem um custo muito mais alto que o dos homens, especialmente em empresas ou industrias dominadas por cargos masculinos.

Galileu

 

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Diversos

Mulheres que fazem menos sexo podem entrar na menopausa mais cedo, diz maior e mais diversificado estudo do tipo já realizado

Mulheres que fazem sexo toda semana ou todo mês tendem a entrar na menopausa mais tarde, segundo um novo estudo publicado no Royal Society Open Science. A pesquisa considera como atividade sexual relações com penetração, sexo oral, toques e carícias sexuais ou autoestimulação.

“As descobertas do nosso estudo sugerem que, se uma mulher não está fazendo sexo e não há chance de gravidez, o corpo ‘escolhe’ não investir na ovulação, pois seria inútil. Pode haver uma troca energética biológica entre investir energia na ovulação e investir em outros lugares, como manter-se ativo cuidando dos netos”, explicou Megan Arnot, uma das pesquisadoras, em comunicado.

De acordo com Arnot, a ideia de que as mulheres cessam a fertilidade para investir mais tempo em sua família é conhecida como “Hipótese da Avó”. “[Essa teoria] prevê que a menopausa originalmente evoluiu nos seres humanos para reduzir o conflito reprodutivo entre diferentes gerações de mulheres, e permitir que elas aumentem sua aptidão inclusiva investindo nos netos”, disse a pesquisadoras

Outro fato que corrobora para a hipótese é que, durante a ovulação, a função imunológica da mulher é prejudicada, tornando o corpo mais suscetível a doenças. Dado que a gravidez é improvável devido à falta de atividade sexual, não seria proveitoso para o organismo alocar energia em algo tão trabalhoso como a ovulação — especialmente se mulher puder usar essa energia para outra coisa.

Segundo os pesquisadores, essa é a maior e mais diversificada pesquisa do tipo já realizada. Eles contaram com dados de quase 3 mil mulheres, sendo que 48% eram brancas, 78% estavam em um relacionamento estável e nenhuma havia entrado na menopausa até então.

A equipe acompanhou essas mulheres durante 10 anos, período em que elas responderam a questionários sobre suas atividades sexuais e menstruação. Dessa forma, eles constataram que as mulheres que faziam sexo semanalmente tinham um risco 28% menor de entrar na menopausa cedo do que as que transavam com menos frequência. Aquelas que faziam sexo mensalmente mostraram ter uma probabilidade 19% mais baixa de ter a menopausa antes da hora.

“A menopausa é, obviamente, inevitável para as mulheres, e não há intervenção comportamental que a impeça”, lembrou Ruth Mace, uma das pesquisadoras. “No entanto, esses resultados são uma indicação inicial de que o momento da menopausa pode ser adaptável em resposta à probabilidade de engravidar.”

Galileu

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Diversos

Mahila Expedição Feminina à Índia: evento em Natal terá exposição fotográfica, prática de yoga e depoimentos de mulheres que já visitaram o país

Foto: Reprodução

Mahila significa “Mulher” em híndi, língua oficial da Índia, país que tem a segunda maior população feminina do mundo, atrás apenas da China. São mais de 600 milhões de mulheres no país, três vezes mais do que toda a população brasileira. Na próxima quinta-feira (9) será realizado em Natal o evento “Mahila – Expedição Feminina à Índia”, que terá exposição fotográfica Mulheres da Índia, prática de yoga e depoimentos de mulheres que já visitaram o país. O evento acontece a partir das 18h, no Mahalila Café & Livros, em Potilândia, e tem entrada gratuita.

Em diversas pesquisas, a Índia tem sido apontada como um dos países em que as mulheres mais sofrem com a desigualdade no mundo. Por outro lado, no país têm surgido diversos projetos que têm atuado no apoio às mulheres, através da educação, empreendedorismo entre outros meios, para que elas possam ascender economicamente e também serem mais respeitadas.

O evento Mahila faz parte de um projeto do blog e agência Compartilhe Viagens, em parceria com a Marquise Art Media (empresa com atuação na mídia), que em outubro deste ano, irá levar um grupo de brasileiras para a Índia. “A ideia é que seja mais do que uma viagem de turismo. Será uma imersão pelo universo feminino. Iremos sim visitar os pontos turísticos famosos como o Taj Mahal, mas nossa intenção maior é visitar e conhecer projetos sociais e de empreendedorismo que atuem diretamente com as mulheres indianas. Também devemos realizar um jantar de networking com empresárias e personalidades indianas”, conta Karla Larissa, diretora da Compartilhe Viagens.

Segundo uma das diretoras da Marquise Art Mídia, Karen D´Paula, que vive entre Brasil e Índia, as mulheres indianas são desvalorizadas desde antes de nascerem. “Na Índia é até proibido por lei fazer ultrassom, pois se a família descobre que é menina, as chances de um aborto são grandes”, explica e continua “porém nos anos em que vivi no país conheci muitos projetos incríveis que têm mudado a realidade dessas mulheres. Nossa ideia é apresentar às brasileiras essas iniciativas e promover essa troca entre as mulheres brasileiras e as indianas. Inclusive, o roteiro da viagem é baseado nas experiências que vivi lá”.

A exposição

A exposição Mulheres da Índia é assinada pelo designer gráfico e fotógrafo natalense Filipe Aires. Serão dez fotos, feitas entre 2016 e 2019, que mostram mulheres indianas em suas diversas representações. São pastoras no campo, joguinises, meninas muçulmanas, artistas, trabalhadoras têxteis. “A exposição é um pequeno recorte de uma experiência de 2 anos e meio, por diferentes regiões, onde se pode constatar que embora sendo tão desvalorizadas e subjugada por seu próprio povo e mesmo diante de todo caos e dificuldade, a mulher indiana consegue ainda revelar sua beleza e virtude, toda sua força e inteligência, suas cores e alegria”, destaca Filipe.

Yoga e depoimentos

O evento Mahila terá ainda prática de yoga com a instrutora Maíra Ramos e depoimentos de mulheres que já viajaram à Índia, entre elas, a jornalista Glácia Marillac, a psicóloga Taciana Chiquetti e uma das organizadoras do evento, a diretora da Marquise, Karen D´Paula.

Serviço

Mahila – Expedição Feminina à Índia

Quando? 9 de janeiro (quinta-feira), a partir das 19h

Onde? Mahalila Café & Livros

Rua Doutora Nívia Madruga, 19, Potilândia

Entrada gratuita – aberto à mulheres e homens

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Diversos

Reportagem revela bastidores de mulheres que se submetem a mutilação genital para fingir que são virgens antes do casamento

Foto: AFP

Por medo de sofrer retaliações de seus futuros maridos, mulheres no Sudão escolhem ser submetidas à mutilação genital antes de seus casamentos para fingir que ainda são virgens.

Muitas delas já haviam passado por um processo similar de circuncisão na infância — que costuma ocorrer entre os 4 e os 10 anos de idade.

A mutilação genital feminina, ou na sigla MGF, consiste no corte ou a remoção deliberada da genitália feminina externa.

No país de maioria muçulmana, a prática pode envolver a remoção ou o corte dos lábios e do clitóris, e com frequência inclui também uma sutura para estreitar a abertura vaginal — um processo conhecido como infibulação. Esses pontos se desfazem quando a mulher tem relações sexuais.

A operação costuma ser realizada por parteiras. No Sudão, a sutura na vagina é uma alternativa à himenoplastia, uma cirurgia para reconstruir hímens, a membrana que cobra parcialmente a abertura vaginal, para esconder qualquer sinal passado de atividade sexual.

Mas a himenoplastia deve ser realizada por um cirurgião e sua disponibilidade no Sudão não é ampla.

‘Não pude andar por dias’

“Foi tão doloroso… tive que passar uns dias na casa de uma amiga até me recuperar, porque não queria que minha mãe soubesse”, diz Maha (nome fictício para proteger sua identidade).

“Urinar era um problema e, nos primeiros dias, eu mal conseguia andar.”

Maha passou pela cirurgia dois meses antes de seu casamento com um homem “um pouco mais velho” que ela.

“Ele nunca confiaria em mim se descobrisse que fiz sexo antes do casamento”, afirma.

“Me proibiria de sair de casa e até de usar meu telefone celular.”

Recém-graduada na universidade, ela vem de um Estado no norte do Sudão, em que a mutilação genital feminina é proibida.

Mas a prática ainda é extremamente comum no país — 87% das mulheres sudanesas entre 14 e 49 anos foram submetidas a algum tipo de MGF, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Mesmo trabalhando na capital, Cartum — em que a cirurgia não é proibida —, Maha escolheu fazê-la clandestinamente em sua cidade natal, na casa de uma parteira.

Ela conhece a mulher, que concordou em fazer a operação por um preço mais baixo do que as 5 mil libras sudanesas (R$ 450) cobradas normalmente.

Quatro tipos de mutilação

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Polícia

Bandidos encapuzados roubam mulheres que mexiam em celulares sentadas em calçada em Natal

Foto: Ilustrativa

O portal G1-RN destaca uma ocorrência policial “clássica” na noite dessa segunda-feira(16), na Zona Norte. De acordo com a reportagem, quatro mulheres foram vítimas de um arrastão no bairro Pajuçara, enquanto estavam sentadas em uma calçada mexendo nos celulares. Na ação criminosa, foram abordadas por homens encapuzados e armados, que acabaram levando seus aparelhos.

A reportagem conta que os bandidos chegaram em um carro branco, abaixaram um vidro e anunciaram o assalto. Na sequência, um deles desceu do carro e tomou os celulares. Na ocorrência, os marginais ainda ameaçaram entrar na casa, mas voltaram ao veículo e empreenderam fuga.

A reportagem ainda destaca que as vítimas confessaram que costumavam sentar na rua com frequência, pois consideravam o local tranquilo.

Opinião dos leitores

    1. Segurança pública é competência dos governos estaduais e corrupção envolve esforços dos três poderes, da imprensa e da população. O governo já cometeu muitos erros, mas esses não são de sua responsabilidade.

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Polícia

VÍDEO: Mulheres excedentes aprovadas em concurso da PM destacam efetivo policial feminino ínfimo no RN e fazem mobilização por convocação

Das 1.000 vagas ofertadas no concurso da PMRN realizado em 2018 apenas 62 eram para mulheres. Estando em sua fase final as mulheres excedentes estão mobilizadas para que a Governadora Fátima Bezerra as convoque. O Rio Grande do Norte é o estado do país com menor proporção de policiais mulheres.

“É hora de escrever uma nova história na polícia. O governo já se mostrou interessado no enfrentamento da desigualdade de gênero e combate à violência contra a mulher com a criação da Ronda Maria da Penha. Entretanto, o efetivo operacional de policiais femininas é ínfimo, dificultando a retirada desses projetos do papel”, diz movimento. Texto e vídeo cedidos.

Opinião dos leitores

  1. Fica implorando para entrar, pedindo pelo amor de Deus. Depois que entra ,pegue greve e só vivem em frente a governadoria atrás de plano de cargo.

    1. Não generalize, meu caro.
      Olhe para além dos seus "muros", será que já não basta de tanta criminalidade em nosso estado?
      Não consigo entender como alguém pensa que mais policiais nas ruas é ruim.

    2. Mais policiais não é ruim, entretanto temos que pensar em termos fiscais, com esse aumento recente o impacto seria muito grande, vamos com calma… temos que primeiro tirar o pessoal cedido ou ao menos fazer quem os recebeu pagar tudo, inclusive a aposentadoria.

  2. Tem que terceirizar a parte administrativa e criar, como fez as forças armadas, a figura do o PM temporário, pois o Estado não suporta a carga previdenciária gerada por esse pessoal

  3. Não teve competência para passar?
    Alegue que faz parte de minorias e que merece ser colocado para dentro.

  4. verdade, tem mais é que convocar todas as aprovadas, quanto mais PM nas ruas melhor, fatão que se vire pra pagar

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Diversos

Pesquisa diz que fingir orgasmo é comum tanto para homens quanto mulheres, e lista razões

Foto: shutterstock

Para que a relação sexual seja prazerosa, é importante que o casal esteja em sintonia. No entanto, nem sempre uma das pessoas consegue atingir o orgasmo durante o sexo. Quando isso acontece, você finge que chegou ao ápice do prazer ou simplesmente conta a verdade? Um estudo feito pelo site Kinkly traz a resposta.

Segundo a pesquisa, que recebeu 1.200 respostas, 80% das pessoas já fingiram ter um orgasmo pelo menos uma vez na vida. Os resultados mostraram que 87% das mulheres fingiram em algum momento, em comparação com 69% dos homens. Além disso, o público feminino finge com mais regularidade – cerca de 37% das vezes – e, o masculino, 9%.

Além de apresentar os dados, o levantamento ainda indica por quais motivos os indivíduos fazem isso. As respostas mais comuns são:

Eu não queria que meu parceiro se sentisse mal;
Eu queria que o sexo terminasse;
Eu queria fazer meu parceiro se sentir bem;
Fiquei sexualmente satisfeito e já queria terminar o encontro.

Por que você não deve fingir orgasmo

Em entrevista prévia ao Delas , Marina Vasconcellos, psicóloga, psicodramatista e terapeuta familiar e de casais, explica que fingir o orgasmo é perder a chance de mostrar ao parceiro o que não está legal na relação. “Você acaba perdendo a chance de falar ‘vamos tentar outra posição’, ‘ tá muito violento’ ou ‘tá devagar demais’, de dizer o que gosta e o que não gosta”, pontua.

O diálogo é a melhor solução. “Sem uma conversa, ele sempre vai achar que determinada forma de fazer sexo oral está sendo o que te faz chegar ao ápice do prazer, mas não. Os dois devem buscar o melhorar da relação, mas sem ter a noção do que realmente faz ela sentir prazer, não tem como ter essa busca”, diz Débora Pádua, fisioterapeuta pélvica, sexóloga e educadora sexual.

IG

Opinião dos leitores

  1. Como o homem consegue fingir o orgasmo se ele vem junto com a ejaculação?
    A mulher também apresenta algumas características física no orgasmo, se nenhuma delas é vista, fica fácil identificar a simulação, ou não?

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Diversos

O sucesso do áudio pornô, que atrai cada vez mais mulheres

FOTO: GETTY IMAGES

A indústria pornográfica migrou das fitas para o DVD, do DVD para internet, e agora acompanha a tendência de sucesso dos podcasts com uma novidade: o áudio pornô.

Ele é bem diferente do velho “disque-sexo”: consiste basicamente em histórias eróticas sem imagens, voltadas principalmente para o público feminino.

Nos últimos anos, houve um aumento no número de plataformas que oferecem o áudio pornô. De acordo com a revista Forbes, as startups dedicadas ao setor arrecadaram mais de US$ 8 milhões (R$ 33,6 milhões) só neste ano.

Para a sexóloga Francisca Molero, diretora do Instituto Iberoamericano de Sexologia, com sede em Barcelona, vários fatores explicam a crescente popularidade dos áudios pornôs.

Segundo ela, o primeiro é a “hipertrofia de alguns sentidos” que existe na sociedade contemporânea. “Há uma saturação de estímulos visuais. Chega um momento que os estímulos já não geram o mesmo efeito que geravam antes”, diz Molero à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Portanto, de acordo com o especialista, o áudio pornô ou as plataformas áudio eróticas refletem a demanda de uma parte da sociedade em usar outros sentidos.

Essa demanda pode ver vista, diz Moelo, no fato de estarmos cada vez mais buscando cursos de culinária ou fazendo massagens ou spas.

Isso “tem a ver com os sentidos”, diz ela e, acima de tudo, com a consciência de que os estamos usando.

O poder da imaginação

Para Molero, a audição é um sentido muito importante para o erotismo, porque deixa muito mais espaço para a imaginação.

“A palavra é muito importante porque permite que você imagine muitas coisas”, diz ela.

O áudio — não necessariamente o pornô — também tem a vantagem de permitir que as pessoas façam outras coisas simultaneamente.

“Vivemos em um sociedade cada vez mais individualista e multitarefas, e colocar fones de ouvido permite que as pessoas façam mais de uma coisa simultaneamente.”

Enfoque feminino

“A pornografia sempre foi território masculino”, diz Molero. “É uma pornografia feita para homens e com cenas de mulheres fazendo coisas que os homens pensam que as mulheres gostam, mas que na verdade são voltadas para eles.”

“É um modelo absolutamente desigual, onde a mulher não existe, exceto como corpo e como corpo estereotipado.”

O áudiô pornô, no entanto, tem uma abordagem mais feminina, com muitas das plataformas fundadas por mulheres.

“As mulheres sempre usaram a literatura erótica como estímulo, porque as palavras permitem que você imagine as coisas de maneira diferente”, diz Molero.

Plataformas populares

Os formatos do áudio pornô variam.

Alguns sites oferecem gravações sonoras de encontros reais, orgasmos ou sexo oral.

Muitos dos áudios eróticos estão em sites conhecidos de pornografia, como o PornHub. Outros podem ser encontrados no Tumblr ou no Reddit. Normalmente nesses sites o que existe são áudios de pessoas anônimas gravadas durante o sexo.

Outros sites oferecem guias de masturbação assistida, como o site Voxxx, voltado especificamente para mulheres.

Mas existem várias novas plataformas que oferecem pequenas histórias eróticas, em formato de podcasts. A maioria oferece histórias apenas em inglês.

Um dos mais populares é o Dipsea, um aplicativo fundado pelas americanas Gina Gutierrez e Faye Keegan. É um aplicativo com assinatura, com um custo mensal de US$ 8,99 (R$ 37,74), que dá acesso a 175 histórias com atualizações semanais.

Outra plataforma popular é a Quinn, fundada por Caroline Spiegel e Jackie Hanley. É uma plataforma gratuita para usuários que, de acordo com o The New York Times, em breve terá uma opção para sugestões pagas aos criadores das histórias.

Já o site Literotica oferece ficção erótica gratuita com autores que enviam novas histórias todos os dias.

BBC Brasil

 

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Comportamento

A geração de mulheres que põe o orgasmo em primeiro lugar

(Elisa Riemer/CLAUDIA)

Em 1949, a filósofa Simone de Beauvoir escreveu em Segundo Sexo, obra que se tornaria referência para os movimentos feministas: “Na cama, a mulher aguarda o desejo do homem, espera, por vezes ansiosamente, seu próprio prazer”. Naquele momento, as mulheres lutavam pelo direito de trabalhar e, nas décadas seguintes, com a pílula anticoncepcional, ganharam mais autonomia para planejar a gravidez.

Hoje, não esperam mais pelo próprio prazer e guiam, elas mesmas, essa busca. Com a reinvenção do feminismo, na última década, estimulado pela discussão de ideias nas mídias sociais, uma nova geração de mulheres adentra a vida adulta com outras perspectivas sobre a sexualidade – mais centradas nelas e menos preocupadas em atender a convenções ultrapassadas.

Concentradas na faixa dos 20 aos 40 anos, se insurgem contra a violência nas relações, o descaso e a ignorância sobre o que lhes dá prazer. Além de poder decidir, elas querem gozar. Há um deslocamento sobre a percepção da sexualidade, que passa a incluir as mulheres no papel de protagonistas e tem o consenso como base na hora do sexo. Assim, não seria exagero afirmar que elas abrem frente para uma nova revolução sexual.

“Ainda que nas décadas passadas tenha se iniciado uma revisão comportamental, a grande mudança aconteceu nos últimos anos. A mulher não se expressava. Agora se permite fazer escolhas sem tanta culpa nem estereótipos”, afirma Heloísa Buarque de Hollanda, professora aposentada de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro Explosão Feminista: Arte, Cultura, Política e Universidade (Companhia das Letras).

Se antes as conversas sobre sexualidade feminina ficavam confinadas a grupos de amigas, com o que a socióloga chama de a “explosão” elas passaram a compartilhar experiências via redes sociais. Essa ampliação permite que o debate vá, pouco a pouco, atingindo diferentes perfis e gerações de mulheres.

“Hoje, até a mãe de família mais recatada tem acesso à internet, e sua cabeça já começa a mudar ao ter contato com as filhas, que vivem este momento”, explica Heloísa. Nesse espaço recente, por vezes, elas percebem que não são as únicas a enfrentar certas situações e a estar insatisfeitas com suas experiências sexuais. Ao mesmo tempo, trocam vivências positivas.

Após um relacionamento que não lhe trazia nenhum prazer e a deixava insegura para explorar o próprio corpo, a carioca Roberta publicou um pedido de ajuda em um grupo de Facebook que reúne mulheres de todo o Brasil. Conforme descrevia no post de 2016, Roberta não conseguia ter orgasmos e cada relação sexual era um fiasco.

“Na época, eu tinha um namorado que rechaçava masturbação feminina, sentia nojo de sexo oral feminino e não se importava com meu prazer”, conta a jovem de 24 anos, estudante de pedagogia.

No entanto, suas questões eram ainda mais complicadas, remontando à infância – aos 8 anos, havia sido estuprada por um primo; aos 14, a relação que entendia como a do fim de sua virgindade também acontecera à força. Dali em diante, todas as suas experiências sexuais a lembravam das violências.

O contato com outras mulheres, ao vivo e virtualmente, fez com que despertasse para o impacto dessas vivências em sua sexualidade e a repensar a forma como a conduzia. “Passei a me masturbar, encontrei prazer no sexo ao me relacionar com homens com pensamentos mais abertos e me assumi bissexual. Agora, sou muito mais plena”, afirma. O nome dela e o de outras mulheres que compartilharam suas experiências com a reportagem foram trocados para preservar a privacidade delas.

A geração de Roberta admite a possibilidade de experimentar diferentes práticas sexuais e de não se limitar a identidades de gênero e orientação sexual predefinidas. “Surge a noção de sexualidade fluida, mais aberta à diversidade e mais livre de tantos estereótipos sobre o que é sexo”, aponta Carolina Ambrogini, coordenadora do Projeto Afrodite, que orienta mulheres sobre sexualidade e está instalado no Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Romper com os estereótipos implica novas formatações para relações sexuais – isto é, foge ao protocolo que entende sexo apenas sob o ponto de vista das relações heterossexuais e da penetração – e para os papéis de gênero desempenhados. Em busca de parceiros que façam sentido, os nativos digitais usam ainda a tecnologia, o que inclui tanto os aplicativos de relacionamento quanto o envio e recebimento de sexts (termo em inglês para as mensagens e fotos de cunho sexual, mais populares entre os jovens).

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Opinião dos leitores

  1. Ninfomaníaca, é isto que as mulheres precisam ser, igual aos homens, que buscam o seu prazer sexual a qualquer custo, não importa como, com quem ou com o que, o importante é sentir prazer. Essa coisa de que não pode isso não pode aquilo é passado, na visão destas feministas.

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Comportamento

Lésbicas e DSTs: a saúde sexual das mulheres que transam com mulheres; entenda os riscos e conheça os métodos de proteção

Imagine a cena: duas mulheres estão no quarto, trocando carícias, cheias de tesão, tiram a roupa e então… Uma delas vai até a cozinha pegar o rolo de plástico filme para colocar sobre a vulva da parceira e garantir que elas façam sexo seguro.

Pois é, uma cena que não parece nada sexy, nem prática. Mas que tem sido a principal orientação que mulheres lésbicas encontram sobre prevenção de doenças que podem ser transmitidas no sexo. Isso, quando encontram alguma orientação. Porque existe também uma ideia geral de que em uma transa com duas vaginas, não há risco de transmissão.

“É mito que as mulheres lésbicas estão protegidas contra as ISTs [infecções sexualmente transmissíveis], e é muito importante falar sobre isso”. As palavras da ginecologista Bruna Wunderlich lembram que sexo entre mulheres pode, sim, transmitir doenças e que a falta de informação sobre isso só aumenta a exposição a riscos.

Um estudo do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, de 2012, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostrou que só 2% das lésbicas se previnem contra as ISTs. Algo que passa pela desinformação, mas também pela ausência de métodos de proteção desenvolvidos especificamente para elas.

E, apesar da prevenção dificilmente acontecer, os riscos são reais: uma pesquisa realizada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) em 2017 com 150 mulheres que se relacionam mulheres mostrou que 47,3% delas tinham algum tipo de IST.

Os motivos para esse assunto ainda ser tabu passam pela invisibilidade e preconceito em relação às relações lésbicas e também à sexualidade feminina. E para combater isso, reunimos aqui as principais informações sobre as doenças, prevenção e também acompanhamento ginecológico.

As doenças e o sexo

Antes de começar, é preciso explicar que hoje em dia se usa a expressão Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) ao invés de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), porque às vezes a pessoa pode ser infectada, mas não manifestar a doença. Mas como popularmente é muito mais comum se ouvir falar de DSTs, vamos usar esse termo, para facilitar a compreensão.

Existe um imaginário de que a transmissão de doenças está ligada à penetração durante o sexo. No entanto, essa é só uma das formas possíveis de passar uma doença. Sexo oral, contato entre mucosas e com o sangue são outras.

“Sífilis, herpes genital e verrugas genitais têm a ver com contato de mucosa. E todas as vezes que eu tenho contato de mucosas, seja entre dois órgãos sexuais ou da boca com um órgão sexual, isso transmite”, explica Thais Machado Dias, médica de família e comunidade do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e do Instituto Iris.

Então, para não reforçar preconceitos, é importante destacar que falar em transmissão de DSTs não tem a ver com a orientação sexual das pessoas (heterossexual, bissexual, homossexual, entre outras) e sim com as práticas sexuais. O que isso quer dizer?

Quer dizer que existem infecções que são transmitidas pela prática da penetração, outras pela prática do sexo oral e outras pelo contato da mucosa, ou por mais de uma dessas formas juntas. E tanto pessoas heterossexuais quanto homossexuais podem ter qualquer uma dessas práticas, afinal a sexualidade humana é complexa e pode envolver um monte de práticas.

Mulheres lésbicas podem usar acessórios ou os dedos para penetração, assim como um casal heterossexual pode praticar o sexo oral. Além disso, podem se envolver com mulheres bissexuais, que se relacionam ou relacionaram com homens. E existem ainda mulheres lésbicas e bis trans que não passaram por redesignação sexual e têm um pênis.

Por isso, para analisar os riscos de contágio de doenças, é importante pensar em como elas são transmitidas, não na orientação sexual das pessoas. É importante destacar essa diferença para não se reforçar estereótipos e preconceitos como os homens gays sofreram na década de 1980 com a descoberta da aids, por exemplo.

Na tabela abaixo, mostramos as principais formas de transmissão das DSTs mais comuns.

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Opinião dos leitores

  1. "E existem ainda mulheres lésbicas e bis trans que não passaram por redesignação sexual e têm um pênis."
    Homi , explica isso direito…

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Comportamento

Estudo nega que homens se excitem mais facilmente do que as mulheres

Imagem: fizkes/iStock

A excitação sexual não depende do gênero nem da orientação sexual, segundo um estudo do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica, localizado em Tübingen (sudoeste da Alemanha), que indica que os diferentes comportamentos podem ser causados por motivos culturais, sociais e até mesmo legislativos.

O estudo, publicado pela revista americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”, afirma que “não há diferenças em nível neurobiológico” no grau de excitação sexual sentido por homens e mulheres diante de imagens eróticas. Os resultados diferem da maioria das pesquisas já realizadas até o momento neste âmbito.

Para chegar a esta conclusão, os responsáveis pelo trabalho analisaram dados de 61 pesquisas realizadas em diversos laboratórios e países, com um total de 1850 indivíduos analisados. Nessa amostragem havia uma comparação por gênero e orientação sexual, assim como uma série de diferentes nacionalidades.

“Os resultados desses estudos mostram que não há diferenças de gênero na resposta cerebral aos estímulos visuais de caráter sexual”, afirma a nota do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica.

Todos esses estudos mediam a “reação espontânea e incontrolável” das pessoas analisadas diante de fotografias e vídeos eróticos, por meio de imagens por ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla em inglês), um método não invasivo que quantifica a atividade cerebral pelo consumo de oxigênio nas diferentes regiões.

A nova análise, no entanto, encontra diferenças na reação dependendo da orientação sexual: “Os heterossexuais reagiam mais fortemente aos estímulos visuais do que os homossexuais”, explicou o neurologista Hamid Noori, responsável pelo estudo.

Também foram percebidas diferenças no grau de excitação dependendo do tipo de estímulos. As fotografias davam lugar a uma “categoria mais ampla de excitação em diferentes áreas do cérebro” do que os vídeos.

O estudo questiona as pesquisas anteriores, que indicavam “diferenças de gênero em excitação e desejo” e fomentavam “a estendida aceitação” de que “o cérebro masculino está mais orientado ao sexo do que o feminino”.

De acordo com o instituto alemão, as diferenças na conduta de homens e mulheres podem ocorrer devido a “influências sociais”, como a família, o colégio e as amizades, ao tabu sexual em “muitas culturas” e às legislações, que “contribuíram para alienar as mulheres dos seus próprios desejos sexuais”.

“O reconhecimento de que nos comportamos da mesma forma no que se refere à excitação pode ajudar a quebrar tabus e clichês”, argumentou o centro de estudos.

UOL, via EFE

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Comportamento

Mulheres são melhores em esconder a infidelidade, diz estudo

Imagem: Getty Images

Cientistas revelaram que as mulheres podem julgar se um homem é infiel só de olhar para o rosto dele, mas os homens são menos capazes de identificar uma mulher traidora.

Pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental reuniram um grupo de 1.500 pessoas e mostraram imagens de 189 adultos caucasianos (101 homens e 88 mulheres), tendo perguntado-lhes antes se tinham sido infiéis com seus parceiros.

Os entrevistados foram então solicitados a classificar esses rostos em uma escala de 1 a 10, em que 1 significa “nem um pouco provável de que seja infiel” e 10 “extremamente provável”.

O resultado, publicado na revista Royal Society Open Science, foi que “tanto homens quanto mulheres foram precisos ao avaliar a probabilidade dos homens, mas não das mulheres, traírem e roubarem o parceiro de outro”.

Os cientistas queriam analisar não apenas se homens e mulheres poderiam identificar uma possível infidelidade um no outro, mas também se era possível detectar um possível “ladrão de parceiro” do mesmo sexo.

Eles citaram pesquisas mostrando que 70% das pessoas em mais de 50 culturas relataram uma tentativa de roubar o parceiro de outra pessoa e 60% disseram que tiveram sucesso.

Os resultados “não foram o esperado”, os cientistas admitiram. Os homens foram capazes de identificar possíveis ‘caçadores furtivos’ entre outros homens, mas mesmo quando outras mulheres estavam julgando, a fêmea da espécie era inescrutável.

“Homens e mulheres mostraram uma precisão acima da média para os rostos masculinos, mas não para os rostos das mulheres. Portanto, a infidelidade percebida pode, de fato, conter algum núcleo de verdade nos rostos masculinos”, escreveram os cientistas.

O que faz as mulheres suspeitarem que os homens possam estar traindo?

De acordo com a pesquisa, isso se resume principalmente à masculinidade percebida, embora os pesquisadores tenham se deparado com outro resultado inesperado, sugerindo que não são os homens mais bonitos os que mais traem.

“Surpreendentemente, embora os homens mais atraentes tenham sido classificados como mais infiéis, eles eram menos propensos a se envolver na caça de parceiros alheios”, disse o estudo.

Universa UOL, via AFP

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Diversos

Pílula anticoncepcional afeta as emoções das mulheres, sugere estudo

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL (FOTO: MARCOS SANTOS/ USP IMAGES)

Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience traz evidências que uma das implicações do uso da pílula anticoncepcional é de prejudicar o reconhecimento de emoções em mulheres que a utilizam.

O psicólogo cognitivo Alexander Lischke explica que, apesar das evidências, não há motivo para pânico. Segundo ele, muitos dos efeitos que seu time de especialistas encontrou ainda são apenas “deficiências sutis”, ou seja, quase imperceptíveis.

Os efeitos causados pela pílula anticoncepcional nas mulheres pode variar muito. Mudanças no corpo, mente, humor e bem-estar são alguns exemplos. Segundo o portal Science Alert, cerca de 100 milhões de mulheres em todo mundo utilizam a pílula contraceptiva como forma de evitar a gravidez ou para controlar a menstruação.

Para o estudo, as participantes tiveram de identificar algumas emoções humanas. De acordo com os pesquisadores, as mulheres que estavam sob efeito da pílula anticoncepcional tiveram dificuldade na hora de reconhecer algumas das emoções que lhe foram dadas.

Ainda em fase de desenvolvimento, o estudo contou com apenas 94 participantes na Alemanha, mas já se destaca entre outras pesquisas feitas anteriormente por focar na saúde mental, controle e reconhecimento das mulheres.

Além dessa pesquisa, outros estudos feitos anteriormente sugerem que o uso da pílula pode prejudicar a habilidade das mulheres em lidar com as próprias emoções e de terem empatia por outras pessoas. Das 94 mulheres que participaram do estudo, 41 utilizava o contraceptivo e 53 não estava fazendo o uso do medicamento. Após responderem perguntas sobre menstruação, empatia e o uso do contraceptivo em si, elas participaram da próxima fase da pesquisa.

EXEMPLO DE IMAGEM UTILIZADA NO TESTE “LENDO A MENTE NOS OLHOS” (FOTO: KAWATA ET AL., 2014/ REPRODUÇÃO)

Chamado de “’Reading the Mind in the Eyes” (Lendo a mente nos olhos, em tradução livre) o teste consiste em testar a habilidade de identificar algumas expressões em imagens preto e branco, variando entre as mais fáceis e difíceis. Depois, os pesquisadores notaram que as mulheres que faziam uso do contraceptivo regularmente eram quase 10% piores no teste com imagens mais complexas.

“Como os contraceptivos orais funcionam suprimindo os níveis de estrogênio e progesterona, faz sentido que os contraceptivos orais também afetem o reconhecimento de emoções das mulheres”, explica Lischke. Em entrevista ao portal ScienceAlert, o pesquisador conta que, apesar dos resultados, ainda não há informações precisas sobre os efeitos da pílula na vida das mulheres.

Galileu

 

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Polícia

Advogado é preso em Natal suspeito de cooptar, por meio de redes sociais, mulheres com a intenção de abusar sexualmente de seus filhos

Foi preso na manhã dessa quinta-feira, 7 de fevereiro, na cidade de Natal (RN), um homem de 38 anos, suspeito de cooptar, por meio de redes sociais na internet, mulheres com a intenção de abusar sexualmente de seus filhos. A operação, denominada Jocasta, foi realizada com o apoio da Unidade de Repressão aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (Urcop) e com a cooperação e operacionalização pela Polícia Civil do Estado do Paraná e pelo Grupo de Atuação Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio Grande do Norte, a pedido do Ministério Público do Paraná, que investiga o caso. Além da prisão preventiva, determinada pelo Juízo da comarca de Mallet, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no escritório de advocacia do investigado.

As investigações duraram cerca de dois meses e foram conduzidas no MPPR pela Promotoria de Justiça de Mallet, no Sudeste paranaense. Foi apurado que o homem, que se identificava como advogado, entrava em contato com mulheres que tinham filhos e as convencia a expor as crianças na internet, por meio de fotos e vídeos.

Para chegar ao suspeito, o Ministério Público contou com a colaboração de serviços de inteligência nacionais e internacionais. Também foram realizadas escutas especializadas com as crianças vítimas dos abusos.

O caso teve início a partir do recebimento de denúncia, pela Promotoria de Justiça, de que uma mulher estava abusando sexualmente do filho de oito anos, bem como teria tentado matá-lo. Ela foi presa preventivamente e já denunciada pelo MPPR pelos crimes de estupro de vulnerável e tentativa de homicídio.

Outras vítimas – No curso das investigações, novas vítimas crianças estão sendo identificadas, inclusive no município de Mallet. Ficou demonstrado que outra mulher da cidade, por exemplo, conhecida da primeira, estava auxiliando o referido homem com informações acerca das investigações, bem como se apurou haver fortes indícios de que ela envolvia a filha, de oito anos, em atos libidinosos e cenas de sexo explícito ou pornografia com o homem. Essa mulher também foi presa preventivamente, nesta quarta-feira, 6 de fevereiro, e poderá ser denunciada por estupro de vulnerável, aliciamento de criança ou adolescente e favorecimento pessoal.

A Promotoria de Justiça identificou outras vítimas, em outros estados, e está procedendo aos devidos encaminhamentos aos Ministérios Públicos locais para a adoção das providências necessárias.

Opinião dos leitores

  1. Deveria ser divulgado o nome e a foto desse ser repugnante, um crápula dessa espécie não merece proteção de ninguém, a primeira a vir a público exigindo punição e o eliminando dos seus quadros era a OAB.

  2. Tinha que ser o MP de outro estado, mais especificamente do Paraná, pq se depender do inoperante MPRN, os crimes continuariam impunemente.

    1. Muito provavelmente o nobre causídico, cujo nome a reportagem omitiu, deve degustar bons uísques em companhia dos nobre membros do parquet, então, como poderiam investigá-lo?

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Diversos

DISPUTA MULHERES: Pabllo Vittar fica na frente de Deborah Secco e Sabrina Sato na lista de ‘mais sexy de 2018’

Fotos: Reprodução/Intagram/Montagem

Surpresa na disputa das mulheres brasileiras mais sexy de 2018 na eleição feita pela revista “Isto é gente”, Pabllo Vittar ficou na 13ª posição do ranking, segundo o resultado divulgado nesta quarta-feira. Na lista das 25 mais do ano, a famosa drag queen aparece na frente de nomes como Deborah Secco (17ª colocada), Giovanna Ewbank (18ª), Giovanna Lancellotti (20ª), Giovanna Antonelli (21ª), Taís Araújo (23ª), Flávia Alessandra (24ª) e Sabrina Sato (25ª).

O primeiro lugar na disputa que contou com milhares de votos na internet ficou com a funkeira Tati Zaqui, seguida por Paolla Oliveira, Bruna Marquezine, Lívia Andrade, Marina Ruy Barbosa, Cleo Pires, Flávia Pavanelli, IZA, Anitta, Fluvia Lacerda, Isis Valverde e Juliana Paes.

A campeã Tati Zaqui comemorou a vitória com um texto no Instagram falando de aceitação. “Ganhamos com mais de 73 mil votos! Meninas, nós, magrinhas, podemos, sim! Quantas vezes nessa vida já ouvi piada por ser magra demais? Nem por isso deixo que as coisas me abalem. Eu danço mesmo, mostro mesmo, fotografo nua mesmo. Porque eu me amo, sim. E se eu mudo ou deixo de mudar algo em meu corpo, é quando sinto vontade e não por pressão de uma sociedade hipócrita que criou voz através da internet”, desabafou.

A funkeira Tati Zaqui venceu a disputa da mulher mais sexy de 2018 Foto: Reprodução/Instagram

A lista

Confira a lista das 25 mulheres mais sexy de 2018:

1) Tati Zaqui

2) Paolla Oliveira

3) Bruna Marquezine

4) Lívia Andrade

5) Marina Ruy Barbosa

6) Cleo Pires

7) Flávia Pavanelli

8) Iza

9) Anitta

10) Fluvia Lacerda

11) Isis Valverde

12) Juliana Paes

13) Pabllo Vittar

14) Camila Queiroz

15) Carol Nakamura

16) Erika Januza

17) Deborah Secco

18) Giovanna Ewbank

19) Ana Clara

20) Giovanna Lancellotti

21) Giovanna Antonelli

22) Luísa Sonza

23) Taís Araújo

24) Flávia Alessandra

25) Sabrina Sato

Extra O Globo

Opinião dos leitores

  1. Não sei quem é mais jumento. ….aquele que votou em um homem para mulher mais sex ou quem divulgou que um macho ganhou para algumas mulheres como mais sex…..vai se tratar……..

  2. Kkkkkkkkkkkkkkkki
    Esse é o verdadeiro voto de protesto.
    Pra chocar e agredir.
    Kkkkkkkkkkkkkk

  3. Duas aberrações. Tanto esse ser figurar entre as mulheres, uma vez que é macho (pelo menos, biologicamente falando) e essa "dama" que ficou em primeiro lugar. Isso dá bem uma medida da triste realidade em que a sociedade está mergulhada.

  4. Esse é o Brasil depois do PT. Que vergonha! Temos que pedir desculpas as verdadeiras mulheres brasileiras.

    1. Quer dizer que o certo foi eleger um ladrão e sua quadrilha petista e mais os apoiadores do crime ? Se conforme porque a sua boquinha acabou.

  5. Essa comissão julgadora também deve achar Tammy Gretchen o homem mais paulêra do mundo. essa imprensa dá cada vacilo na credibilidade.

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Política

Arméli Brennand será secretária de Mulheres, Cidadania e Direitos Humanos

A promotora de Justiça aposentada Arméli Brennand será a nova secretária de Mulheres, Cidadania e Direitos Humanos (SMDH) do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pela governadora eleita Fátima Bezerra, que explicou o reordenamento a ser feito no âmbito da atual Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc): “Faremos alguns ajustes no Governo e um deles será o desmembramento da Sejuc em Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e SMDH. Duas pastas importantes para o efetivo funcionamento da política penitenciária e também para a garantia de direitos das pessoas”.

Não serão criados novos gastos na estrutura de Governo. Um dos cargos já existentes na estrutura do estado, de secretário extraordinário, e o cargo de secretário da Sejuc, serão ocupados pela Seap e SMDH.

Arméli Brennand declarou que “honrada pela indicação, assumo, em sintonia com o Governo eleito, o compromisso de formular e executar políticas públicas de promoção dos Direitos Humanos e das Mulheres, da comunidade LGBTQl, da igualdade racial, da juventude e das pessoas com deficiência, numa atuação assentada na ampla discussão e participação popular”.

Perfil

Arméli Marques Brennand atuou até a sua aposentadoria como promotora de defesa da Criança e do Adolescente e continua sendo uma das principais referências da área no Rio Grande do Norte. Ela é especialista em Direito Sanitário e coordenadora Adjunta do Comitê de Juristas pela Democracia

Opinião dos leitores

  1. Pra que essa Secretaria? Essa Arméli Brennand- que não deve ser parente de Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand o consagrado artista brasileiro, até pela sua performance de finesse, devia se aquetar, e gozar do seu alto salário de promotora aposentada, e que recebe em dia; esse negócio de política LGTBI é coisa que deve vir naturalmente do povo, não a instituição pública impor goela abaixo. A própria política já é uma discriminação. de onde já se viu criar direito exclusivo por uma orientação sexual?

  2. Bacana, já que ela é aposentada do Ministério Público com certeza vai abrir mão do salário de secretária para ajudar o RN.

  3. É FACIL ENTENDER SE NÁO ENTENDER PROCURE UM MÉDICO.CAROS NORTERIOGRANDENSE A FALTA DE PAGAMENTO DOS SERVIDORES E UMA CONTA MATÉMATICA O LEGISLÁTIVO TEM SUPERAVIT DE DINHEIRO COM SALÁRIOS EM DIA-COM 2133 FUNCIONÁRIOS O SEDE DA ASSEMBLEIA NÁO CABE 150 FEZ ATÉ DOAÇÁO DE AMBULANCIA-O JUDICIÁRIO TEM SUPERAVIT DE DINHEIRO-O EXECUTIVO É O EXECUTIVO?????????-ALO NORTERIOGRANDENSES PERGUNTE COMO FAZ O GOVERNADOR DA PARAIBA-NA PARAIBA QUEM MANDA ÉO GOVERNADOR-O RIO GRANDE DO NORTE É UM ESTADO AZARADO-SE VENDER SEUS ATIVO LOGO VOLTA A SER A MESMA COISA-A PARAIBA NÁO ACEITOU A COPA DO MUNDO-EM RAZÁO DE VER QUE NÁO ERA NECESSÁRIO GASTAR MILHOÉS-E DESVIAR DINHEIRO ' CORRUPÇÃO'-(NÁO ~E JOSÉ E HENRIQUE)

    1. Resumo da ópera: preparem-se os potiguares para enfrentar o pior a partir de 2019. Quem (tiver a sorte de) sobreviver verá.

    2. A má criação desta gente, vê-se neste comentário de um estúpido que não respeita a vontade da maioria dos norte riograndenses.

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