Jornalismo

Sabe o Viaduto do Baldo? O MP quer a interdição dele por falta de manutenção

Foto: Marcanttoni

A 28ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, por meio da Promotora Rossana Mary Sudário, ajuizou Ação Civil Pública contra o Município de Natal devido à falta de manutenção da estrutura do viaduto do Baldo.

A deterioração das estruturas do viaduto foi denunciada no ano de 2010, quando a Promotoria instaurou Inquérito Civil Público. De acordo com a denúncia o estacionamento da COSERN já havia sido interditado devido aos pedaços de concreto que se soltavam da estrutura.

À época a Secretaria de Municipal de Obras Públicas e Infra-Estrutura (SEMOPI), antiga SEMOV, realizou inspeção no local, a qual constatou e destacou, dentre outras irregularidades, o comprometimento estrutural dos primeiros vãos ao lado da Av. Prudente de Morais, que apresentavam duas graves patologias estruturais.

A Secretaria, requisitada sobre as medidas a serem tomadas acerca das irregularidades, informou que os serviços de recuperação e revitalização da estrutura do viaduto seriam realizados no ano seguinte.

Decorridos três anos do início da investigação do Ministério Público Estadual, a Secretaria não tomou nenhuma providência, expondo as pessoas que transitam sob ou sobre a estrutura do viaduto a diversos riscos.

A Ação Civil proposta pelo MP pede, na liminar, a imediata interdição do trânsito do viaduto no Baldo, a apresentação pelo município de cronograma das medidas necessárias para realizar a recuperação do viaduto, com prazo a ser determinado pelo Judiciário, sob pena de multa diária de R$ 30.000,00 em caso de descumprimento.

CLIQUE AQUI  e confira a Ação na integra

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Polêmica

Promotor pede interdição do prédio que acolhe jovens infratores: "Ciad de Mossoró está deteriorado e sem segurança"

Rafael Barbosa, do G1 RN

O promotor da Infância e Juventude do município de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, anunciou que vai pedir, na tarde desta quinta-feira (23), a interdição total do Centro de Internação para Adolescentes Infratores (Ciad), unidade que atende aos jovens infratores da cidade e região.

Em entrevista ao G1, Olegário Gurgel disse que o Ciad de Mossoró está deteriorado e necessita de urgente reformulação na segurança e nas medidas pedagógicas adotadas. O promotor disse também que, caso o juiz Pedro Cordeiro aceite o pedido, os seis adolescentes que cumprem medidas sócio-educativas na unidade serão liberados, pois não há mais vagas disponíveis no outro Ciad mantido pelo estado, que fica em Natal.

Olegário acrescentou que entrou com uma Ação Civil Pública no dia 12 de julho deste ano solicitando a interdição de 70% do Ciad de Mossoró, oportunidade em que também ingressou com uma liminar requerendo que a unidade fosse fechada até que o Governo do Estado realizasse uma reforma no prédio onde funciona o Centro. Segundo ele, nada foi feito até a presente data.

A diretora técnica da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac), órgão governamental responsável pelos Ciads, disse que só o presidente Getúlio Batista poderia se posicionar sobre o assunto, mas que ele havia saído para o almoço. O G1 ligou três vezes para o número do presidente, mas o telefone estava desligado.

A liminar, de acordo com o promotor, deve ser apreciada ainda nesta tarde pelo magistrado Pedro Cordeiro, que atualmente responde pela Vara da Infância e Juventude de Mossoró. A reunião está marcada para acontecer às 14h, juntamente com representantes da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac) e equipe técnica do Ciad.

A delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento ao Adolescente (DEA) de Mossoró, Karla Viviane de Sousa Rego, confirmou que o prédio do Ciad está completamente deteriorado devido à ação dos próprios internos. A delegada conta ainda que as instalações elétrica e hidráulica estão comprometidas por falta de manutenção.

“A capacidade máxima do Ciad Mossoró é de 20 adolescentes. Este ano a equipe já registrou 25 fugas”, afirmou o promotor. A unidade foi construída para atender às demandas de Mossoró e dos municípios vizinhos.

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Polícia

Confirmada interdição de Alcaçuz para esta semana

De acordo com matéria do Novo Jornal, o Presídio Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, será mesmo interditado nesta semana, e a proibição da entrada de novos presos seguirá até que o pavilhão Rogério Coutinho Madruga passe por reforma. Na verdade, essa nova edificação apesar de ser tratada como o Pavilhão 5, foi construída para ser uma nova unidade prisional, independente administrativamente de Alcaçuz. Fato que ainda não ocorreu.

Desde um motim realizado por presos em novembro passado, no qual os detentos destruíram  estruturas elétricas, hidráulicas e comprometeram algumas grades da celas, o pavilhão foi desativado.

A decisão pela interrupção na entrada de novos apenados no presídio de Nísia Floresta é do juiz da 12ª Vara de Execuções Penais de Natal e corregedor, Henrique Baltazar, que confirmou o ato de interdição para terça ou quarta-feira.

Segue matéria na íntegra:

/ NÍSIA FLORESTA / COM A MEDIDA ANUNCIADA PELO JUIZ HENRIQUE BALTAZAR, O PRESÍDIO FICARÁ IMPOSSIBILITADO DE RECEBER NOVOS DENTENTOS ATÉ A REABERTURA DO PAVILHÃO 5

A MAIOR PENITENCIÁRIA do Rio Grande do Norte será interditada pela Justiça no início da semana. O Presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, ficará impossibilitado de receber novos presos até que a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) dê andamento as obras de reforma do pavilhão 5. Inaugurado a menos de um ano e com capacidade para 400 detentos, o pavilhão permanece fechado por problemas de ordem elétrica e hidráulica. A decisão será tomada pelo juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar Vilar dos Santos – corregedor do Presídio. Ontem, o presídio assistiu a mais uma fuga.

“Já é certo que a interdição ocorrerá na terça ou quarta-feira. Aguardo comunicado da Sejuc para analisar se a interdição terá prazo fixo ou ocorrerá por tempo indeterminado”, disse o juiz Henrique Baltazar ao NOVO JORNAL. Na prática, a interdição parcial representa a proibição de entrada de novos presos na unidade, que hoje já comporta mais de 900 detentos.

Em média, 15 presos são transferidos para lá semanalmente e a proibição da entrada dos detentos irá causar consequências em outras unidades, também já superlotadas. O juiz irá basear a sua decisão na passividade do Governo do Estado em resolver problemas da Penitenciária, como as obras do pavilhão 5, denominado Rogério Coutinho Madruga.

“Alcaçuz tem capacidade para 620 presos e hoje já tem mais de 900. Enquanto isso, nada foi feito para reabrir o pavilhão com capacidade para 400 homens. Também não há previsão para que isso ocorra”, afirmou o magistrado.

Há 15 dias, Baltazar oficiou à Coordenadoria da Administração Penitenciária (Coape), da Sejuc, pedindo informações sobre as providências para a reabertura do pavilhão. A resposta deve vir nesta semana. “A resposta irá dei nir se a interdição parcial ocorrerá por um prazo fixo ou indeterminado. Se for apresentado um calendário de obras, a interdição irá durar até que elas estejam e andamento e possibilitem a entrada de novos presos”, esclareceu o juiz.

A Sejuc já havia informado em oportunidades anteriores que del agrou uma licitação em caráter emergencial para reformas no pavilhão 5. A interdição parcial irá afetar diretamente outras grandes unidades da Grande Natal, como o Presídio Estadual de Parnamirim, o PEP.

O déficit de vagas no Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte já ultrapassa a quantidade de cinco mil. Para mais de 7 mil detentos, há no estado pouco menos de três mil vagas. Sei que isso irá refletir em outras unidades. Mas é o que tem que ser feito”, reforçou Baltazar. Uma das unidades afetadas será o Núcleo de Custódia da Polícia Civil, no bairro de Cidade da Esperança. Hoje mais de 80 detentos aguardam transferências para Centros de Detenção Provisória (CDPs) na capital. “O Sistema Prisional precisa começar a funcionar para punir as pessoas condenadas. Mas não vemos alteração nas deficiências apontadas. Muda diretor, mas não são dadas condições”, declarou Henrique Baltazar.

Fonte: Novo Jornal

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Social

Av. Erivan França, na praia de Ponta Negra, será interditada domingo

De acordo com o diretor de Oerapções da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Kennedy Diniz, a avenida Erivan França, em Ponta Negra, será intetditada neste domingo, a partir das 6h. A ação será em resposta a ordem judicial. A interdição será feita para que postes e quiosques sejam retirados da área do calçadão da praia que de risco de desabar. A via só será liberada após o término do trabalho da Semsur (Secretaria Municipal de de Serviços Urbanos).

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Jornalismo

Unidades de saúde do estado devem sofrer interdição

Fundamentados nos Boletins de Ocorrência registrados nas delegacias de polícia do estado, no mês de maio deste ano, que denunciou o desabastecimento e a falta de estrutura das unidades hospitalares do RN (Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro, Maria Alice, Santa Catarina e Tarcísio Maia), o Sindicato dos Médicos (Sinmed) iniciará na próxima semana interdição de setores hospitalares que não apresentam condições mínimas para o exercício profissional, nas cidades de Natal e Mossoró.

São vários os setores problemáticos, o que levaria praticamente a interdição completa das unidades de saúde, porém o Sinmed, juntamente com os médicos, entendem que os serviços devem ser desativados por etapas.

Os primeiros hospitais a sofrerem interdição serão o Santa Catarina e o Tarcísio Maia, já na próxima terça-feira, 10/07. As outras unidades sofrerão a medida no decorrer da semana, são elas Walfredo Gurgel, João Machado, Giselda Trigueiro e Ruy Pereira.

O intuito da interdição é alertar o governo para que corrija emergencialmente as situações críticas, devolvendo condições para que os serviços possam ser prestados normalmente a população.

Coletiva de imprensa

Na próxima sexta-feira, 06/07, às 10h, o Sinmed promove uma coletiva de imprensa para anunciar quais são as irregularidades nos serviços, apresentar os Boletins de Ocorrência já realizados (e anunciar os próximos), além de firmar quais serão as próximas unidades de saúde, e os setores, que sofrerão interdição trabalhista (e a motivação).

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Jornalismo

Sindicatos de servidores da saúde solicitam interdição total do Walfredo Gurgel

Diante da crise da saúde no Rio Grande do Norte – falta de leitos na UTI, falta de medicamentos nas farmácias dos hospitais e tratamento desumanizado aos pacientes – os médicos do RN encontram-se há quase 40 dias em greve. Da mesma forma, os odontologistas e, há 60 dias, os trabalhadores da saúde também estão com suas atividades paralisadas.

A decisão tomada pelo Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed/RN), diante do fato exposto, foi se reunir com os Conselhos e outros sindicatos da área da saúde para tomarem decisões conjuntas sobre medidas judiciais ou interdições das áreas criticas que colocam em risco a vida dos profissionais.

Ontem (30), durante reunião, os sindicatos dos Médicos, dos Trabalhadores em saúde (Sindsaúde) e dos Sindicato dos Odontólogos (Soern) definiram por solicitar aos conselhos regionais a interdição total do hospital Walfredo Gurgel, maior unidade hospitalar do estado.

O presidente do Sinmed falou ainda que o sindicato mostrará a justiça que os serviços de emergência e urgência estão mantidos e que a greve é “um grito de socorro dos profissionais da saúde contra a precária situação de trabalho e um brado da população que se vê desassistida pelo governo. Governo este que não cumpre seus deveres com a saúde pública do estado”.

Neste momento, a situação com o governo é de impasse. As informações são de que o governo deverá entrar com ação judicial solicitando a ilegalidade da greve.

De acordo com Dr Geraldo Ferreira, a medida do governo apenas fechará os canais de diálogo, mas não impede que os sindicatos continuem as denúncias contra a omissão de socorro do governo e não impede também que se continue fazendo novos Boletins de Ocorrência sobre os graves problemas por que passa a saúde do RN.

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Jornalismo

Conselho Regional de Medicina interdita setor de reanimação do Clovis Sarinho

O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte – Cremern decidiu em sessão plenária, realizada na noite desta segunda-feira(7), pela interdição do setor de reanimação do Pronto Socorro Clóvis Sarinho do Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel.

A decisão foi tomada pelos Conselheiros depois de examinarem o relatório do departamento de fiscalização do Cremern, onde constavam registros com provas de desassistência aos pacientes. Entre as condições de maior destaque mencionadas no relatório, feito depois de fiscalização realizada na última sexta-feira (04), foram: Falta de médicos na unidade por 24h e a falta de medicamentos.

De acordo com o presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante, o CRM vai comunicar a decisão a Secretaria Estadual de Saúde Pública – Sesap e ao Ministério Público Estadual – MPE, além de judicializar a questão numa tentativa de solucionar os graves problemas encontrados.

Anexo da Resolução Cremern Nº 003/2012

O setor de Reanimação do Ponto Socorro Clóvis Sarinho permanecerá interditado eticamente até que sejam cumpridas às seguintes exigências:

1.     Manter médicos na unidade para dar assistência nas 24 (vinte e quatro) horas;

2.     Isolar a unidade não permitindo a presença de estranhos ou acompanhantes;

3.     Reparar ou adquirir camas específicas para substituir as sucateadas;

4.     Manter reserva de no mínimo de dez por cento dos equipamentos necessários a assistência, objetivando suprir quanto houver quebras.

5.     Reabastecimento de medicamentos, principalmente de antibióticos;

6.     Providenciar reparo nas instalações elétricas e proteção das paredes e portas para o uso do aparelho de RX portátil;

7.     Consertar os sistemas de vácuo e aspiração;

8.     Resolver o problema dos umidificadores, providenciando tomadas elétricas para o seu funcionamento.

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Esporte

Prudente de Morais será interditada neste sábado

Pra quem pretende trafegar pela avenida Prudente na tarde deste sábado (21), é bom se planejar melhor e procurar vias alternativas. O aviso serve principalmente para os moradores de Tirol e Petrópolis.

A partir das 14h, a Prudente de Morais estará interditada no trecho da Praça Cívica ao Comando do Corpo de Bombeiros Militar.

A interdição se dará em função da XXXVIII Corrida Tiradentes patrono da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. A larga da corrida será às 16h com partida e chegada da Praça Cívica.

A previsão da organização é que às 19h a Avenida Prudente de Morais esteja totalmente liberada.

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Jornalismo

Banheiros e copa da Procuradoria são interditados por falta de condições de uso

Acredite se quiser, o blog acaba de ser informado que a situação insalubre nos dos banheiros da Procuradoria Geral do Estado (PGE) ficou tão insuportável que os ambientes foram interditados.

Pior, a interdição por total falta de higiene e condições de uso não ficou restrito aos toaletes. A copa utilizada para cafezinho e outras serventias teve o mesmo destino: fechamento.

Sem condições de uso, nem os servidores, nem os comissionados e nem os próprios procuradores têm um local para uso. Assim, fica a pergunta: onde é que esse pessoal está fazendo suas necessidades fisiológicas?

Tenho até medo das respostas.

Opinião dos leitores

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Jornalismo

Juiz cogita interdição de Pavilhão 1 de Alcaçuz

Os problemas em Alcaçuz continuam. Através do Twitter, o juiz de Execuções Penais do Rio Grande do Norte, Henrique Baltazar, disse que a Secretaria de Justiça e Cidadania do estado (Sejuc) deve fechar com urgência uma vala aberta dentro do Pavilhão 1 da penitenciária, que ameaça desmoronar alicerces e paredes dentro da unidade prisional. Caso não a vala não seja fechada, o juiz vai solicitar ao Corpo de Bombeiros um laudo e pode haver a interdição do pavilhão.

O juiz Henrique Baltazar afirmou que os presos de Alcaçuz estão desmoralizando a engenharia nacional porque “serraram grades inserráveis e abriram portas impossível de abrir”. “Está na hora do CREA intervir: basta de presos desmoralizarem a engenharia. Ou o CREA pune engenheiros ou processa os presos”, postou o juiz.

Sobre a vala aberta pela Sejuc, o juiz explicou que o procedimento foi tomado para que a secretaria encontrasse túneis que poderiam ser utilizados como rota de fuga dos detentos. Porém, o magistrado informou que a Sejuc ainda não fechou a vala.

“Se a Sejuc não fechar a vala que abriu na Penitenciária de Alcaçuz para descobrir túneis, vou requisitar laudo dos Bombeiros para interditar o Pavilhão 1. Além dos muitos túneis que partem do Pavilhão 1, Sejuc deixou vala aberta que está ameaçando desmoronar alicerces e paredes”, postou.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Sem alternativas, juiz estuda interdição de presídio de Caicó

Problemas estruturais e em gerenciamento por parte do Governo do Estado podem levar a Justiça à interdição do presídio de Caicó. O juiz corregedor do presídio, Luiz Cândido, aguarda informações por parte da Secretaria de Justiça e Cidadania do estado para decidir o futuro da unidade prisional, que abriga mais de 400 presos. O magistrado estuda a possibilidade de impedir o recebimento de novos presos, interdição parcial e até interdição total da unidade.

Depois da falta de pagamento à empresa fornecedora de alimentação ao presídio por 15 meses, a Justiça precisou intervir e utilizar verba bloqueada de R$ 366 mil para a compra da comida a ser servida aos detentos. os recursos, de acordo com a diretora do presídio, Veruska Saraiva, são suficientes para a manutenção da alimentação dos presos por mais dez dias. Porém, a Sejuc ainda não informou quais medidas serão tomadas para a reestruturação da unidade, tampouco o que será feito para restabelecer o abastecimento de comida para os presos.

Na manhã de hoje (28), o coordenador do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, cel. Severino Gomes Reis Neto, esteve em Caicó e participou de reunião com o juiz André Melo e com a diretora Veruska Saraiva. No encontro, de acordo com o próprio cel. Reis, o representante da Sejuc não teve novas informações sobre o que poderá ser feito pelo estado na unidade. A Sejuc, de acordo com o coordenador, ainda não tem alternativas para solucionar os problemas do presídio de Caicó.

“A visita foi muito mais como cortesia. A Sejuc está em um momento de transição, aguardando a indicação de um novo secretário. Além disso, eu também estou demissionário e será a nova equipe que discutirá as soluções”, disse cel. Reis, que já pediu demissão e aguarda um substituto.

Os problemas no presídio são tão graves que, devido à falta de iluminação na ala onde são custodiadas detentas que cumprem o regime semi-aberto, nove apenadas estão somente se apresentando diariamente no presídio, mas dorme em suas casas. A diretora Veruska Saraiva disse que a situação é provisória, mas também cobra que o Governo tome medidas capazes de solucionar o problema na unidade prisional. “Não cogito pedir demissão, porque trabalho com amor, junto às famílias dos presos e acredito na ressocialização. Mas vamos ver até onde eu posso ir”, disse.

Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, o juiz Luiz Cândido teve contato com o juiz André Melo, autor do bloqueio de recursos para a compra de alimentos e que esteve com cel. Reis na manhã de hoje. Luiz Cândido disse que André Melo confirmou que a Sejuc não forneceu propostas de alternativas para solucionar os diversos problemas da unidade. Mesmo afirmando que a intenção da Justiça a solução das pendências, o magistrado disse que estuda a interdição, caso não haja uma alternativa plausível apresentada pela Sejuc.

“O presídio não tem estrutura nenhuma. O esgoto está correndo à céu aberto, não há luz para ser feita a guarda, o sistema elétrico é precário demais, o hidráulico é pessimo, falta água. Não queremos interditar a unidade, mas vamos estudar essa possibilidade, seja um interdição parcial, total, ou impedir o recebimento de novos presos. Vou conversar com o doutor André (Melo) novamente para ver se enxergamos alguma esperança”, explicou, garantindo também que não tomará nenhuma medida sobre interdição sem se reportar aos demais membros do Judiciário envolvidos no caso.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Juíza determina interdição do Ceduc Pitimbu com possibilidade de fechamento definitivo

A juíza da Vara de Infância e Juventude e do Idoso de Parnamirim, Ilná Rosado Motta, determinou a interdição do Centro Educacional do Pitimbu, o Ceduc Pitimbu, o qual fica ,a partir de hoje (13), impedido de receber novos internos. A decisão da magistrada foi tomada com base no resultado de relatórios feitos pelaSubcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (SUVISA), Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, os quais apontam problemas graves que vão desde a alimentação a falta de segurança do local.

Essas deficiências apontadas no CEDUC comprometem o objetivo da execução da medida, o da ressocialização dos adolescentes por estarem em condições totalmente inadequadas, bem como a dignidade e até a segurança das pessoas lá internadas, conforme laudos acostados. O artigo 97 do Estatuto da Criança e do Adolescente que, em situações como essa, as entidades de atendimento estão sujeitas à aplicação de várias medidas, dentre elas a de fechamento ou interdição.

“Todavia, considerando a precariedade do número de vagas em todo osistema socioeducativo deste Estado, e considerando a natureza cautelar desta decisão, e ainda, a quantidade de adolescentes hoje internados na unidade (mais de quarenta), verifica-se a impossibilidade de desativação imediata da mesma, neste momento, sendo mais prudente a sua interdição parcial, possibilitando, assim, mais uma vez, ao Estado a tomada de providências urgentes e necessárias para a adequação da localidade, sob pena de ser determinado o seu fechamento, nos termos do artigo 97, “d” do ECA. Conclui-se, portanto, pela necessidade de interdição do local até que sejam sanadas as deficiências e irregularidades constantes nos citados relatórios, sob pena de risco à integridade física e psíquica dos internos”, destaca a magistrada.

SUVISA

O relatório da Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado, datado de 16 de agosto de 2011, aponta problemas no serviço de alimentação enutrição, limpeza inadequada da despensa, a existência de fiação exposta em várias localidades da unidade, inadequação das instalações hidrossanitárias para uso dos internos, inexistência de registro de limpeza e desinfecção do reservatório de água, etc.

Corpo de Bombeiros

O relatório da Diretoria de Engenharia e Operações do Corpo de Bombeiros Militar, finalizado no último dia 06 de fevereiro, aponta a existência de infiltrações em várias paredes e no teto sobre instalações elétricas (o que pode provocar choque elétrico, curto circuito), quadro elétrico sem proteção (o que pode provocar descarga elétrica em caso de contato), inexistência de atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros nem projeto aprovado, etc.

Polícia Militar

A inspeção da Polícia Militar, em 21 de dezembro de 2011, concluiu que os muros do CEDUC não oferecem segurança, tanto no aspecto de invasão quanto no aspecto de evasão em função da sua altura que varia entre 3 metros e 3,5 metros, o que não atinge nem a altura mínima exigida pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE, não impedindo assim que os adolescentes em conflito com a lei transponham estes . Não possui postos de guarda digno de proporcionar ao militar que fique coberto e abrigado, isto é, longe do campo de visão do possível ofensor e protegido contra possíveis ataques internos e externos. Os militares permanecem em tais postos improvisados no chão que fica dentro da unidade prisional muitas vezes em contato visual e até físico com os adolescentes.

Diante dessa situação precária, a juíza Ilná Rosado Motta, realizará nesta quarta-feira (14), às 10h uma inspeção no CEDUC Pitimbu para verificar ‘in loco’ as condições da unidade.

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Jornalismo

MP pede fechamento de escola estadual onde aluno perdeu visão

No dia 6 de setembro deste ano, um aluno da Escola Estadual Professor Arnaldo Arsênio de Azevedo, que funciona dentro da estrutura do Caique de Parnamirim, perdeu a visão do olho direito após sofrer acidente na quadra de esportes ao esbarrar em um arame enferrujado que se soltou.

O acidente motivou uma investigação mais aprofundada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de Parnamirim que resultou numa Ação Civil Pública ajuizada hoje, 14, pedindo a interdição da escola. De acordo com a Promotora de Justiça Luciana Maria Maciel Cavalcanti Ferreira de Melo em 22 de setembro foi feita uma inspeção no local para verificar a segurança e o cumprimento do princípio constitucional da garantia do padrão de qualidade na prestação do direito fundamental à educação.

Além disso, foi feita, a pedido do Ministério Público, uma vistoria pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que concluiu, entre outros problemas, que: “a estrutura elevada que dá acesso ao 1º pavimento da Escola  é composta por uma laje cuja estabilidade estrutural está seriamente comprometida. Esta área deve ser interditada imediatamente. Há risco iminente de graves acidentes com alunos, funcionários e visitantes da Escola. Merece atenção, ainda, as pedras de concreto de fechamento das calhas ao longo da Escola”. Os peritos afirmaram, ainda, que as paredes localizadas no piso superior, na entrada das salas de aula, apresentam risco  de desabamento, bem como o ginásio apresenta também risco de desabamento de estruturas da cobertura e de fechamento lateral, motivadas pela corrosão generalizada.

“O laudo é incisivo quanto ao risco de uma tragédia e desabamento de várias partes da escola, como das paredes instáveis, na entrada, das salas de aula que estão localizadas no térreo, como também nas situadas no primeiro pavimento e  no centro infantil, as quais estão móveis com o simples toque, podendo desabar a qualquer momento.  Da mesma forma, a corrosão do aço dos pilares localizados no pátio do centro infantil e na caixa d´água podem ocasionar a desagregação de placas de concreto e atingir algum transeunte no local. Some-se ainda  o risco de desabamento da laje que liga o 1º pavimento com o ginásio, podendo inclusive atingir quem transita na passarela ou embaixo dela e o risco de desabamento do ginásio”, afirma Luciana Maciel.

Na Ação ela pede a imediata interdição da Escola Arnaldo Arsênio de Azevedo até a feitura das obras de reforma da escola. Durante a interdição a Promotora de Justiça pede, ainda, que seja providenciada a locação de imóveis em número suficiente para atender todos os alunos, disponibilizando também transporte para os novos locais onde serão ministradas as aulas, caso não se localizem no Bairro de Rosa dos Ventos (Parnamirim).

A Escola Estadual Arnaldo Arsênio  possui atualmente 1827 alunos, nos três turnos, e 150 funcionários que frequentam diariamente a Escola, assim distribuídos: 22 turmas do ensino fundamental (1º ao 5º ano) pela manhã, 17 turmas do ensino fundamental ( 6º ao 9º ano) a tarde e 18 turmas ( 07 turmas de Educação de Jovens e Adultos- EJA – Ensino fundamental e 11 turmas de Educação de Jovens e Adultos- EJA – Ensino Médio) a noite. A escola ainda possui 350 alunos no regime integral.

Clique AQUI e veja a Ação Civil Pública

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