Saúde

MAIS VACINAS E DOSES: Produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) 100% nacional pela Fiocruz começa ainda este mês

Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters (5.mar.2021)

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começa ainda este mês a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina contra a Covid-19 100% nacional. Nesta quarta-feira (2) – dia seguinte à assinatura do contrato de transferência de tecnologia –, chegaram ao Brasil os bancos de células e de vírus, materiais considerados “o coração” da tecnologia para a produção da vacina. Após procedimentos burocráticos, eles seguem para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), onde o imunizante será produzido.

O contrato de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e a farmacêutica AstraZeneca, assinado na terça-feira (1º) permitirá a fabricação da vacina 100% nacional. A estimativa da fundação é de que sejam produzidas, por mês, cerca de 15 milhões de doses da vacina na fábrica de Bio-Manguinhos. Mas as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, 100% nacionais, só devem ser entregues em outubro.

Para o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma, a assinatura do contrato de transferência de tecnologia “traz materialidade à independência nacional na produção da vacina Covid-19”.

“Bio-Manguinhos tem 45 anos de existência e, ao longo destes anos, desenvolveu competências tecnológicas que tornam a instituição capaz de internalizar todas as etapas produtivas, com toda a complexidade envolvida nos processos biotecnológicos. É uma resposta importante que trazemos para o país no combate à pandemia, aliada à incorporação de uma nova tecnologia que também poderá ser utilizada para trazer futuras soluções para a saúde da população”, afirmou.

A fábrica já está apta a iniciar a produção. As etapas de adaptação da planta fabril, aquisição dos equipamentos necessários à incorporação da tecnologia de produção do IFA e a documentação, referentes à certificação de toda operação, já foram concluídas.

O próximo passo é o treinamento da equipe técnica e a elaboração da documentação técnica relacionada aos processos produtivos do IFA nacional. Inicialmente serão produzidos dois lotes de pré-validação e três de validação, que passarão por testes de comparabilidade pela AstraZeneca, até alcançar a produção em larga escala.

Paralelamente, serão elaboradas as documentações necessárias à solicitação da alteração no registro da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Essa alteração no registro deve incluir o novo local de fabricação do IFA, uma exigência da agência reguladora, para o fornecimento das vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Por isso, a expectativa é que as primeiras doses 100% nacionais só sejam entregues em outubro.

A Fundação também formalizou o contrato para a aquisição adicional de IFA importado para processamento final de outros 50 milhões de doses, para compor as entregas de vacina no segundo semestre junto com a produção nacional. Mas o cronograma de entrega desses lotes adicionais de IFA ainda não foi detalhado pela instituição.

No total, já foram entregues 47,6 milhões de doses ao PNI, incluindo 4 milhões de doses prontas da vacina do Instituto Serum, da Índia. Com o IFA já em estoque no Instituto, estão garantidas outras 18,5 milhões de doses que sustentam entregas semanais até o dia 3 de julho.

A Fiocruz aguarda a confirmação da possibilidade de aceleração das novas remessas de IFA para informar sobre a disponibilidade das próximas entregas. Não havendo atraso na entrega do IFA, a expectativa é de que não haja uma interrupção na produção da vacina entre os meses de agosto e setembro, como previsto anteriormente pela fundação.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. A pedidos, vou comentar: é uma pena, para não dizer uma tragédia, que somente agora, mais de um ano depois do início da pandemia, o governo federal está finalmente investindo na fabricação local de vacinas… Afinal, até o final do ano passado, o MINTO negou a ciência, uso de máscaras, vacinas e distanciamento e apostou em placebos …

  1. Noticias desta deixam os conspirados contra a pátria bem triste. Bola pra frente, o capitão esta no caminho certo, temos mais 4 anos pela frente, contra tudo e contra todos!

  2. Uma noticia desta invergadura, deveria ser noticiada na CPI circense e também nas tvs ativista militantes, tais como, globolixo, cnn,tv cultura, deveriam ser noticias em sues jornais macabros.

    1. Botou Globo, CCN e TV Cultura (Fundação Padre Anchieta) no mesmo bolo, já vi que o critério é Z E R O.

  3. Imagino como uma notícia excelente como essa deve doer na “cabecinha” tresloucada da oposição “lacradora”. É muito difícil ser oposição num governo como o do “Bozo”. O jeito é mentir e inventar narrativas, como esses vermes fazem. Vai vendo.

  4. Mesmo não sendo um admirador de suas falácias, admito que desta vez tenho que dar parabéns ao presidente Bolson…. Que Jesus nos abençôe.

    1. Você sabia que o acordo prevendo testes da vacina, compra de 100 milhões de doses e transferência de tecnologia foi assinado em julho de 2020???
      Mas a imprensa e a esquerda divulgam fakenews dizendo que Bolsonaro era contra vacina e que demorou a comprar…
      Comprou em julho de 2020 100 milhões de doses…
      O mesmo que os Estados Unidos compraram de Pfizer em dezembro de 2020…
      Veja a seguir notícia do G1 de julho de 2020
      https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2020/07/31/astrazeneca-e-governo-assinam-acordo-para-producao-da-vacina-contra-a-covid-19.ghtml

  5. É o Governo Federal que tem a frente Jair Bolsonaro, o MITO, trabalhando, para oferecer o que tem de melhor para a população brasileira.
    O melhor e maior Presidente que o Brasil já teve, desde sua descoberta em 1500.
    MITO TEM RAZÃO
    MITO REELEITO NO PRIMEIRO TURNO.

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Saúde

Fiocruz recebe insumos e retoma produção de vacinas contra a Covid nesta terça-feira

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) retomou nesta terça-feira (25) a produção da vacina Oxford/AstraZeneca. A fabricação tinha sido interrompida por falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA).

Uma nova remessa da matéria-prima da China chegou no sábado (22), à cidade. Quantidade suficiente para a produção de 12 milhões de doses. Isso significa que a produção da vacina está garantida até a terceira semana de junho.

O Instituto Butantan, que está com a produção da CoronaVac paralisada desde 14 de maio, deve receber nesta terça-feira (25) 3 mil litros de insumo, suficientes para produzir 5 milhões de doses do imunizante.

A AstraZeneca e a CoronaVac são as duas únicas vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, produzidas no Brasil. A vacina da Pfizer é importada dos Estados Unidos.

Produção Fiocruz

Atualmente, a capacidade de produção da fundação atinge cerca de 1 milhão de doses por dia.

“O cronograma de entregas permanece semanal, sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta”.

G1

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Saúde

Covid-19 reativa vírus ancestral no genoma e leva a casos mais graves da doença, diz Fiocruz

O SARS-CoV-2 é capaz de reativar um vírus ancestral presente há 5 milhões de anos na linhagem evolutiva dos seres humanos, porém, na maioria das vezes, adormecido, revelou um novo estudo da Fiocruz divulgado na última sexta-feira, 21. A multiplicação do retrovírus primitivo (HERV-K) está associada não só aos casos mais graves de covid-19, mas também à mortalidade precoce pela doença, diz o trabalho. A descoberta abre caminhos para novos tratamentos dos doentes atingidos mais gravemente pela infecção pelo novo coronavírus.

“Verificamos o viroma de uma população com altíssima gravidade, em que a taxa de mortalidade chega a 80%, para ver se algum outro vírus estava coinfectando esse paciente que está debilitado, imunossuprimido”, afirmou o coordenador do estudo, o virologista Thiago Moreno, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz). “A nossa surpresa foi encontrar esses altos níveis de retrovírus endógeno K.”

A progressão de casos brandos de covid-19 para graves é associada à hipóxia (baixa concentração de oxigênio nos tecidos), inflamação descontrolada e coagulopatia. No entanto, os mecanismos envolvidos com esses processos ainda não são bem conhecidos. Os pesquisadores decidiram então investigar quais eram os vírus presentes na traqueia dos doentes graves, em ventilação mecânica, além do SARS-CoV2. Queriam entender se outros patógenos poderiam influir no desfecho dos casos.

De março a dezembro do ano passado, os cientistas acompanharam 25 pacientes graves de covid-19. Esses internados tinham em média 57 anos e estavam em ventilação mecânica. Os testes mostraram a presença do retrovírus endógeno humano da família K (HERV-K), em comparação a exames de pacientes com casos leves de covid ou não infectados pelo novo coronavírus.

O HERV-K é um vírus ancestral que infectou o genoma quando humanos e chimpanzés estavam se dissociando na escala evolutiva. Alguns desses elementos genéticos estão presentes em nossos cromossomos. Em geral, ficam silenciosos durante a maior parte da vida. A expressão de alguns genes dessa família já foi relacionada a alguns tipos de câncer e à esclerose múltipla.

Desta vez, os cientistas comprovaram que, de alguma forma, o SARS-CoV2 foi capaz de reativar esse retrovírus. Entre os pacientes graves de covid que apresentaram altos níveis de HERV-K, o índice de mortalidade chega a 50%.

Os cientistas testaram, então, uma relação direta, infectando em laboratório células humanas saudáveis com o SARS-CoV2. Constaram um aumento nos níveis de HERV-K.

“A gente estabeleceu, de fato, que o SARS-CoV é o gatilho para o aumento desses retrovírus endógenos, para despertar os vírus silenciosos”, disse Moreno.

A hipótese a ser estudada agora é se o combate a esses vírus ancestrais pode ajudar os pacientes de covid-19 grave a se recuperarem.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Não é querendo relativizar, isso dá uma morte por 568 potiguares.
    Ao longo aí duns 14 meses. Ok, se fosse só uma eu não queria ser o defunto, nem que fosse parente meu. Teve gente que perdeu mais de três familiares.

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Saúde

Fiocruz entrega 5,3 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca nesta sexta-feira, totalizando mais de 40 milhões entregues

Foto: Rodolfo Buhrer / Fotoarena/Agência O Globo

A Fiocruz prevê entregar, nesta sexta-feira, cerca de 5,3 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com isso, a fundação ultrapassa a marca de 40 milhões de doses entregues, sendo 36,2 milhões produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e o restante de doses importadas prontas da Índia.

Vacina

A produção do imunizante foi interrompida temporariamente, a partir desta quinta-feira. Com a chegada da nova remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), prevista para dia 22 de maio, a expectativa é de que, já na próxima terça-feira, dia 25, a produção seja retomada normalmente.

Atualmente, a capacidade de produção da fundação atinge cerca de 1 milhão de doses por dia. Ao todo, a Fiocruz já produziu em torno de 50 milhões de doses do imunizante. As demais doses produzidas se encontram em diferentes etapas do processo de controle de qualidade.

Não há ainda previsão de que a interrupção temporária possa impactar entregas futuras. A fundação explicou que, caso haja impacto, será avaliado e comunicado mais à frente. “O cronograma de entregas permanece semanal, sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta”, conclui a Fiocruz.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Só idiotas mesmo…para saber que a CHINA responsável junto com a OMS por espalhar o Virus, teria que agradecer….. insumos são comprados bando de besta, não tá dando de graça não. Se fosse gente de boa fé, destribuia de graça para todos.

  2. Obrigado, povo Chinês pela vacinas! Aqui no Brasil tem gente que sabe reconhecer e agradecer. Obrigado Venezuela por enviar oxigênio para Manaus. No Brasil, nem tudo está perdido! Esse governo passará e nós continuaremos!

    1. Faltou agradecer a china pelo presente da pandemia, e a maduro pelas famílias que invadiram as cidades brasileira fugindo da fome da Venezuela, essas que vivem nos sinais com placas dizendo que são Venezuelanos, alem de agradecer pelo calote feito, pelos empréstimos concedidos por luladrão pra infraestrutura naquele país, empréstimos totalmente sem lastro. Apenas pra receber propinas e afundar nossa nação.

    2. Doido do pão, alguém arruma uma vaga pra ele no João Machado.

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Saúde

INSUMO: Fiocruz deve receber nova remessa de IFA no sábado, que garante a entrega de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações

Foto: © Leonardo Oliveira/FioCruz

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) deve receber no próximo sábado (22) uma nova remessa de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacinas contra a covid-19.

Os carregamentos do insumo são importados da China, onde são produzidos pela Wuxi Biologics. Após a próxima entrega, está prevista a chegada de mais uma remessa para o dia 29 de maio.

Com o desembarque desses dois carregamentos de IFA no Brasil, a Fiocruz afirma que estará garantida a entrega de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações nas três primeiras semanas de junho.

Em publicação nas redes sociais, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância das novas remessas.

Foto: Reprodução/Twitter

A Fiocruz produz no Brasil a vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, devido a um acordo de encomenda tecnológica firmado no ano passado com a empresa europeia. Também está em curso um processo de transferência de tecnologia, para que a fundação seja capaz de produzir o IFA no Brasil, garantindo autossuficiência na produção da vacina.

Desde o início da produção em Bio-Manguinhos, a Fiocruz já produziu e entregou mais de 30 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. Outras 4 milhões de doses foram importadas prontas da Índia, onde foram produzidas pelo Instituto Serum.

Somadas, essas quantidades correspondem a 40% das vacinas disponíveis no país, que também aplica imunizantes produzidos pela Sinovac/Instituto Butantan e pela Pfizer/BioNTech.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Saúde

Fiocruz diz à CPI da Pandemia que não produziu medicamento contra Covid-19

Foto: Diego Vara – 26.mai.2020/Reuters

Em ofício encaminhado na manhã desta quinta-feira (6) à CPI da Pandemia, no Senado, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que produziu o medicamento cloroquina 150mg para atendimento ao Programa Nacional de Prevenção e Controle de Malária em 2020 e que “não há ainda tratamento específico para a Covid-19”, e que, por isso, “não produz medicamentos” contra a doença. O texto é assinado pela presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, e direcionado ao senador Omar Aziz (PSD-AM), que conduz os trabalhos da comissão.

Foram enviados mais de 40 páginas de documentos sobre a produção de cloroquina na instituição, no ano de 2020. O requerimento aprovado pela CPI solicitou ao Instituto de Tecnologia em Fármacos, conhecido como Farmanguinhos, laboratório da Fiocruz, todos os documentos relativos à produção de medicamentos que poderiam ter sido destinados a tratar a Covid-19.

Na quarta-feira (5), a CNN revelou os documentos preparados pelo Instituto Farmanguinhos para serem enviados à CPI – entregues hoje. A unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atua de forma multidisciplinar nas áreas de educação, pesquisa e produção de medicamentos, sendo considerado o maior laboratório farmacêutico oficial vinculado ao Ministério da Saúde.

Nos papéis, o Instituto afirma que produziu 3,75 milhões de comprimidos de cloroquina 150 mg para malária, apenas no ano de 2020 e que não desenvolveu estudos sobre o uso do medicamento para combate à pandemia.

Farmanguinhos afirmou, ainda, que os efeitos do remédio em pacientes com a Covid-19 não foram monitorados e que apenas atendeu uma demanda do Ministério da Saúde — pasta responsável pela indicação sobre uso do medicamento.

Apesar de afirmar que não realizou pesquisas sobre o efeito da cloroquina em pacientes com Covid-19, o site da Farmanguinhos informou, em 2 de abril de 2020, que a instituição participava de estudo clínico, chamado ‘CloroCovid-19’, em parceria com a Fiocruz e diversos pesquisadores do país. Os resultados da pesquisa sugerem que a dosagem mais alta de Cloroquina não deve ser recomendada para o tratamento de Covid-19.

A Fiocruz também atendeu a requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI e enviou à Secretaria de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde o Plano de Contingência da Fundação, o Plano Estratégico para o enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, as justificativas para os pedidos de crédito extraordinário e a base de conhecimento do processo Orçamento e Finanças.

O documento inclui uma tabela com a listagem de seis medidas provisórias com créditos autorizados à Fundação Oswaldo Cruz, entre março de 2020 a março de 2021, totalizando R$3,9 bilhões.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Nessa hora só vemos todos envolvidos tirando o corpo fora. Uns cagam nas calças, outros recebem uma cola, outro não sabe se concorda com a indicação do medicamento pelo bolsonaro, embora seja médico e saiba responder. Agora vão querer que todos acreditem na cloroquina fantasma que ninguém produziu e ninguém recomendou o uso. Canalhas, canalhas, canalhas, diria Tancredo.

  2. Esse povo mente na cara de pau e acha que não há registros do que eles faziam. É o típico zé ruela, anuncia pra o mundo todiniho que está fazendo cloroquina para o Covid, apoia, divulta, faz selfie, coloca nas redes sociais, faz documentos, pesquisa… e depois diz que não fez.

  3. Agora é cada um tirando seu corpinho fora. Até o Exército proibiu o General Tainha de ir depor fardado, como ele queria.

    1. Decididamente o Brasil não tem jeito!! Enquanto o Mundo todo se esfacela diante dessa doença causada pelo Virus Chinês, aqui no Brasil o stf MANDA abrir CPI, na marra, sendo o objeto da discussão a Ivermectina!!!!!!! NADA como as mortes por falta de LEITOS DE UTI está sendo investigado!!!
      Nem se fala nas fraudes que ocorreram!!

    2. Verdade, Macedo. Corruptos e vagabundos investigando possíveis falhas e sendo aplaudidos por gente da mesma laia. Ao invés de focar no combate ao vírus e a suas consequências, essa gente só pensa em politicagem, fazem “comicio” em cima de caixões. É nojento!

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Saúde

Fiocruz entrega 6,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca nesta sexta, a maior até agora

Foto: Fotoarena / Agência O Globo

A Fiocruz entrega nesta sexta-feira cerca de 6,5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 produzidas em Bio-Manguinhos. É a maior entrega deste imunizante já feita pela fundação.

Com a nova remessa, a Fiocruz chegará a 19,7 milhões de doses entregues no mês de abril, superando em quase um milhão a previsão para o mês, que era de 18,8 milhões. O maior fornecimento feito até agora foi o da semana passada, de 5,2 milhões.

Ficou acordado entre a fundação e o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que as entregas semanais de vacinas serão feitas sempre às sextas-feiras.

Para maio, a previsão é fornecer 21,5 milhões de doses. Com a chegada, no sábado passado, de novo lote de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) vindo da China, a fundação tem garantida sua produção até meados de junho.

Para junho, estão previstas 34,2 milhões de doses, mas o montante ainda depende de novas remessas de IFA provenientes da China. Em julho, estão programados 22 milhões. Caso tudo ocorra dentro do esperado, a Fiocruz vai cumprir o contrato de entrega de 100 milhões de doses até julho, com mais 4 milhões comprados prontos no começo do ano da Índia.

Até o momento, foram disponibilizados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, 20 milhões de doses da vacina Covid-19, sendo 4 milhões importadas e 16 milhões produzidas em suas instalações. Somando as 6,5 milhões de doses desta sexta-feira, serão 26,5 milhões.

O Globo

Opinião dos leitores

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Saúde

Covid: Fiocruz entrega 5 milhões de doses da Oxford nesta sexta-feira

FOTO: YVES HERMAN/REUTERS – 21.4.2021

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a entrega, nesta sexta-feira (23), de mais 5 milhões de doses da vacina Oxford contra a covid-19, produzidas pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). A quantidade supera a previsão inicial para esta semana em 300 mil doses.

Por questões logísticas relacionadas à distribuição das vacinas, a Fiocruz passará a liberar os lotes para o PNI (Programa Nacional de Imunizações) sempre às sextas-feiras. Segundo a fundação, a decisão foi tomada em conjunto com o Ministério da Saúde, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

Na semana passada, Bio-Manguinhos também liberou 5 milhões de doses, porém em duas remessas, na quarta-feira e na sexta-feira. Para a semana que vem, o cronograma prevê mais 6,7 milhões de doses, o que fará com que a fundação entregue mais de 18 milhões de doses no mês de abril.

Para os próximos meses, a programação é que as entregas cresçam em volume e cheguem a 21,5 milhões, em maio; 34,2 milhões, em junho; e 22 milhões, em julho. Desse modo, a fundação cumprirá a meta de produzir 100,4 milhões de doses a partir do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, conforme acordo de encomenda tecnológica firmado com a farmacêutica AstraZeneca. No segundo semestre, a Fiocruz prevê produzir 110 milhões de doses com IFA fabricado no Brasil.

Já foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações 14,8 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, sendo 10,8 milhões produzidas por Bio-Manguinhos. As outras quatro milhões foram importadas prontas da Índia nos meses de janeiro e fevereiro.

R7, com Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. 5 milhões, certo. Mas se vacinam 1 milhão por dia, então só tem pra 5 dias. Parabéns ao governo federal por ter dado prioridadea cloroquina em detrimento das vacinas. Agora estamos assim: Abrindo leitos de UTI pra baixar a taxa de internação artificialmente enquanto morrem por dia só de covid 3mil pessoas.

  2. A Fiocruz sempre na frente, inovando e produzindo vacinas de qualidade incontestável.
    MITO TEM RAZÃO SEMPRE.

    1. faltam 1 ano 8 meses e 8 dias para termos no Brasil um novo presidente.

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Saúde

Presidente da Fiocruz prevê produção de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) no Brasil e vacinas com insumos nacionais a partir de setembro

Foto: Reprodução

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse nesta quinta-feira (8) que a instituição planeja passar a produzir o chamado Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) necessário para produção da vacina contra a Covid-19. Ainda, segundo Nísia, a partir de setembro o Brasil poderá ter um imunizante de produção nacional.

Atualmente, a Fiocruz necessita do IFA que vem da China para poder produzir a vacina AstraZeneca/Oxford. Em fevereiro, o atraso no envio do insumo paralisou a produção do imunizante no Brasil e a instituição chegou a dizer que a demora atrasaria o cronograma de vacinação.

Durante a um debate promovido pela Comissão temporária da Covid-19 do Senado, a presidente da Fiocruz disse que a instituição pretende produzir um IFA no Brasil, o qual dará “sustentabilidade” à vacinação. Nísia disse ainda que a previsão é a de que em setembro imunizantes já possam ser produzidos com o insumo nacional.

Para a produção do IFA nacional, é necessário que a Fiocruz assine um contrato de transferência de tecnologia para a produção da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca. A transferência significa ter todo o conhecimento necessário para fabricar a vacina 100% no Brasil.

“Já estamos com as áreas adequadas, temos os profissionais, estaremos assinando contrato [de transferência de tecnologia] até o final deste mês e as entregas se darão a partir do mês de setembro de vacinas com o IFA nacional”, afirmou.

Produção com IFA da China

De acordo com a presidente da instituição, a previsão é a de que a Fiocruz entregue até julho 100.004.400 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, produzida com IFA importado da China.

“Nós estamos a partir desse momento já com duas linhas de produção, já alcançamos a produção de 900 mil doses por dia e estaremos trabalhando nessa segunda linha de produção, com um segundo turno de trabalho que nos permitirá a produção de até 1,2 milhão de doses, dia”, disse.

Quanto aos possíveis atrasos nas entregas dos insumos, Nísia Trindade Lima disse que “há um compromisso” de que as próximas remessas do IFA serão enviadas nos prazos pré-estabelecidos.

“Nossa produção teve que lidar com o atraso na chegada do IFA, mas eu estive, inclusive por duas vezes com o embaixador da China, a última acompanhando o ministro Queiroga, e há um compromisso de que nós possamos ter garantido as próximas remessas de IFA”, afirmou.

Efeitos adversos

Nesta quarta-feira (7) a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) publicou um relatório que confirma uma possível relação entre a vacina Vaxzevria, de AstraZeneca e Universidade de Oxford, e o risco de trombose.

A presidente da Fiocruz diz que a possibilidade dos efeitos adversos divulgados são “muito raros” e que ainda não se tem “evidência da associação com a vacinação”.

“No caso da nossa vacina, a possibilidade de efeitos adversos ela foi claramente colocada como eventos muito raros que ainda não se tem a evidência da associação com a vacinação, que são os eventos de trombose e trombocitopenia, como foi bem registrado ontem e 200 milhões de pessoas no mundo já foram vacinadas com a nossa vacina”, afirmou.

Medidas de proteção

Nísia Trindade Lima também fez um alerta para a necessidade de manter as medidas básicas de prevenção da Covid-19 mesmo após a vacinação.

“A vacina é fundamental, mas sabemos pelo tempo da imunização e pelo próprio tempo da imunidade, as pessoas vacinadas outras medidas são necessárias. É isso que se discute em todo mundo, então, eu quero reforçar a necessidade das medidas de máscara, do distanciamento físico, não gosto de usar isolamento social, da higienização, todas as medidas que a Organização Mundial de Saúde vem preconizando”, afirmou.

G1

Opinião dos leitores

  1. Quanto mais me informo mais tenho certeza da necessidade de não voltar ao normal tão cedo, com ou sem vacina devemos usar máscara e manter distanciamento. Ou PRAGA.

  2. Em setembro, os EUA Jas estarão com 90% de sua população imunizada, segundo nytimes. Aqui teremos cloroquina, remédio de verme e ozônio no aro.

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Saúde

VACINA: Fiocruz e Butantan preveem entregar 27 milhões de doses em abril, mesmo sem receber novos lotes de insumos importados

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

A campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 deve receber em abril ao menos 27 milhões de doses da CoronaVac e da vacina de Oxford, de acordo com dados dos institutos pela fabricação. A previsão considera apenas o que pode ser entregue com matéria-prima que já foi importada, ou seja, a entrega dessas doses não depende da chegada de novos lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).

Veja abaixo um panorama com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan:

Status da produção na Fiocruz

Contrato com ministério: 104,4 milhões de doses no 1º semestre e 110 milhões no 2º semestre

Doses entregues: 5,8 milhões (1,8 milhão de doses envasadas no Brasil e mais 4 milhões importadas prontas)

O que ainda é possível entregar com o IFA já recebido: 25,2 milhões de doses

Entrega prevista para abril: Fiocruz diz que entregará 18,8 milhões de doses envasadas no Brasil

Insumo (IFA) recebido: Cerca de mil litros, suficientes para 27 milhões de doses

Status da produção no Butantan

Contrato com ministério: 46 milhões até 30 de abril e 54 milhões até agosto

Doses entregues: 32,8 milhões (26,8 milhões envasadas no Brasil e 6 milhões importadas prontas)

O que ainda é possível entregar com o IFA já recebido: 8,2 milhões

Entrega prevista para abril: Butantan diz que entregará 13,2 milhões de doses, e aguarda novo lote de IFA

Insumo (IFA) recebido: 19,2 mil litros, suficientes para produzir 35 milhões de doses

Atrasos no IFA e problemas de produção

A produção da Fiocruz sofreu atrasos que começaram com problemas na importação do IFA. Eram aguardados ainda em janeiro insumos suficientes para 15 milhões de doses, como disse o então ministro Eduardo Pazuello. Ele explicou que, como compensação pelo atraso, a AstraZeneca se comprometeu a entregar 12 milhões de doses prontas.

Mas os atraso continuaram em fevereiro, travando a utilização da fábrica que é capaz de produzir até 1,4 milhão de vacinas por dia e impedindo as primeiras entregas previstas já para a segunda semana daquele mês. Além disso, em março, o Instituto Serum, da Índia, que fornece o insumo, também notificou o atraso no envio das doses prontas. Das 12 milhões aguardadas, apenas 4 milhões de doses prontas foram entregues.

A Fiocruz ainda teve que lidar com um problema em uma linha de produção, o que provocou a paralisação de uma semana no processo de produção no começo deste mês. De acordo com “O Globo”, o problema foi em uma máquina que tampa os frascos da vacina.

No caso do Butantan, o instituto conseguiu acelerar o envase e destaca protagonismo na vacinação apontando que é responsável atualmente por “nove em cada dez vacinas contra Covid-19 aplicadas no Brasil”. O instituto espera ao menos um novo lote de IFA na próxima semana, que seria suficiente para produzir 3 milhões de doses. Com mais esse total, o instituto chegaria a 44 milhões de doses.

Para fechar o primeiro contrato com o governo federal, ainda precisa receber insumos para outras 2 milhões de doses necessárias para chegar aos 46 milhões.

Previsões e acordos com o Ministério

A Fiocruz informou ao G1 que têm a previsão de entregar 18,8 milhões de doses da vacina de Oxford/Covishield para o Ministério da Saúde em abril. Por sua vez, o cronograma do ministério para abril é diferente e prevê 21,1 milhões de doses envasadas e mais 2 milhões de doses já importadas prontas. Tanto Fiocruz quanto o Ministério não esclareceram a diferença entre as previsões.

Para os próximos meses, segundo a Fiocruz, mais três lotes de IFA têm previsão para embarcar em abril. Em maio, serão mais quatro remessas e, em junho, será enviado o último lote. A expectativa da fundação é entregar 104,4 milhões de doses de vacinas no primeiro semestre e mais 110 milhões no segundo semestre.

Nesta segunda-feira, o Butantan entregou mais cinco milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, totalizando 32,8 milhões de doses desde o início de janeiro. Até agosto, o instituto trabalha para entregar outras 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões.

Desde janeiro, o Butantan já recebeu três carregamentos de insumos, totalizando 19,2 mil litros de IFA para a produção de 31,3 milhões de doses da CoronaVac. Além disso, o instituto também entregou ao Ministério da Saúde 6 milhões de doses prontas vindas da China.

Riscos de atrasos em março

Em março, três entre as quatro vacinas previstas correm risco de não entregar o número previsto pelo governo. No cronograma, o Instituto Butantan deveria entregar 23,3 milhões de doses em março. Até esta segunda-feira, foram entregues 17,6 milhões de doses em 8 datas ao longo do mês. Ainda são aguardadas 5,7 milhões de doses, que teriam que ser produzidas e entregues até quarta-feira (31).

O consórcio Covax Facility entregou o primeiro lote com 1.022.400 de doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca fabricado na Coreia do Sul no domingo (21). A previsão total para março era de 2.997.600 de doses, mas a diferença, de 1.975.200, deveria chegar também até a quarta-feira.

Já a Fiocruz informou a entrega de 1,8 milhão de doses em março. A previsão do cronograma é de 3,8 milhões e, segundo a instituição, estão previstas novas entregas que irão garantir os lotes combinados.

G1

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Saúde

Fiocruz entrega primeiro lote de vacinas Oxford/AstraZeneca produzidas no Brasil e tem expectativa até o fim do mês de cerca de um milhão de doses por dia

Foto: Bernardo Portella/Bio-Manguinhos

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou nesta quarta-feira, 17, a entrega das primeiras vacinas produzidas pela instituição. Trata-se do imunizante da Universidade de Oxford desenvolvido em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Esse primeiro lote contém 500.000 doses e outras 580.000 serão enviados ao Ministério da Saúde na sexta-feira 19. Serão ao todo 1 milhão e 80 mil doses entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Vacina Covid-19 produzida no país

Com o registro definitivo, concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira 12, a Fiocruz passou a ser a detentora do primeiro registro de uma vacina Covid-19 produzida no país.

Em março, serão entregues, ao todo, 3,8 milhões de vacinas e a Fiocruz afirmou, por meio de nota, que já iniciou o escalonamento gradual da produção.

Na última sexta, uma segunda linha de produção entrou em operação, o que vai permitir o aumento da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos/Fiocruz. “A expectativa é chegar até o final do mês com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia”, declarou a instituição.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Pense no presidente mais sem futuro da história do Brasil. Votei nesse traste, nunca mais…

    1. pior que o outro lado era pior ainda, Haddad e a gang de LULADRAO

    1. Realmente Dória é o melhor, se não fosse ele não existiria essa vacina no Brasil. Também tem q agradecer a lula qm realmente se reuniu com a China pra liberarem já q os zeros de Bolsonaro e ele só fizeram confusão com a China, tem a da Rússia q o dono q investiu milhões veio tratar a vacina com lula e hj temos a sputinik, e é que faz anos q não é presidente, esse sim é o melhor.

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Saúde

Falha técnica na Fiocruz atrasou processamento de lotes da vacina de Oxford e emperrou calendário de vacinação

Foto: Guito Moreto

O atraso na entrega à Anvisa de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca envasadas pela Fiocruz se deve a uma falha técnica dentro dos laboratórios da fundação, afirmam duas fontes internas ao GLOBO. Uma máquina dedicada a processar o medicamento teve desempenho aquém dos parâmetros exigidos. Inicialmente, a previsão para março era de 15 milhões de doses, que imunizariam pelo menos 7,5 milhões de brasileiros (a vacina da AstraZeneca prevê duas doses por pessoa). Pelo calendário mais atualizado da Fiocruz, já considerando o atraso, seriam distribuídos 3,8 milhões de doses este mês.

O Instituto de Biotecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), unidade responsável pela produção de vacinas e biofármacos da Fiocruz, acumula 18 dias de atraso na entrega de lotes à Anvisa para validação. De acordo com o calendário divulgado pelo instituto, as vacinas deveriam ter sido encaminhadas à Anvisa no dia 18 de fevereiro, mas a agência informou que, até sexta-feira passada, não havia recebido os lotes. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Fiocruz não respondeu aos pedidos de detalhamento da falha técnica.

Com o atraso, a Fiocruz, que em 2020 assinou contrato com o laboratório anglo-sueco e a universidade britânica para a produção do imunizante no Brasil, não deve entregar as doses ao Plano Nacional de Imunização (PNI) nas datas inicialmente previstas, atrasando a vacinação do grupo prioritário no país, principalmente idosos e profissionais da saúde. O contrato da AstraZeneca/Oxford com a fundação, subordinada ao Ministério da Saúde, foi o principal investimento em vacinas do governo federal no combate à pandemia.

Após um atraso de mais de um mês para liberar o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) na China, Bio-Manguinhos recebeu em fevereiro dois lotes suficientes para a produção de 15 milhões de doses. Ainda em janeiro, como compensação por ainda não estar produzindo as vacinas, o instituto importou da Índia 2 milhões de doses do imunizante Oxford/AstraZeneca. A Fiocruz espera mais 10 milhões de doses do Serum Institute, fabricante indiano do medicamento.

No cronograma de vacinação apresentado pelo Ministério da Saúde no sábado, o governo federal prevê distribuir as 3,8 milhões da vacina da AstraZeneca/Oxford, previstas para a segunda quinzena do mês, provenientes do primeiro lote produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com matéria-prima importada da China.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, tratará do problema técnico da instituição em reunião nesta segunda-feira, às 10 horas, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), representando o Fórum Nacional dos Governadores, e outros integrantes do Ministério da Saúde. A comitiva fará uma visita à linha de produção da vacina Oxford/AstraZeneca em Bio-Manguinhos. Ela sustentará que o problema já teria sido sanado e deverá informar quando a Anvisa receberá os lotes para validação.

Reportagem do GLOBO mostrou que o país contratou até agora doses que seriam suficientes para imunizar somente 65% da população e que se o ritmo lento da vacinação persistir, somente em abril de 2022 seria atingido o índice de 70% da população vacinada, considerado um limiar mínimo para garantir a imunidade de rebanho contra o vírus.

Anvisa confirma que não recebeu lotes para validação, etapa obrigatória

A cargo da Anvisa, a validação de lotes é etapa obrigatória para que Bio-Manguinhos seja liberada a processar e distribuir a vacina contra a Covid-19. A validação, segundo explicou o próprio instituto, fixa critérios de qualidade, limites de perda, rejeição e não-conformidade de frascos, com o objetivo de garantir a eficácia e a segurança do produto.

Já o processamento compreende as operações de formulação, envase, rotulagem e embalagem, deixando a vacina pronta para ser oferecida à população. Em notas públicas divulgadas recentemente, Bio-Manguinhos informou que já teria produzido dois lotes de pré-validação da vacina, com “bom rendimento” interno, e que pretendia produzir em seguida outros três lotes de validação destinados à Anvisa.

Consultada, a Anvisa informou na última sexta-feira que “essa exigência faz parte do pedido de registro da vacina de Oxford, solicitado pela AstraZeneca e Fiocruz” e que ainda “não foi encaminhado nenhum dado adicional até o momento. O processo continuará em exigência até que os dados exigidos sejam encaminhados”.

Se tivesse sido cumprido o cronograma inicial, as doses da vacina produzida pela Fiocruz poderiam ter imunizado 7,5 milhões de brasileiros do grupo prioritário entre fevereiro e março. A Fiocruz continua afirmando que, até junho, entregará 100,4 milhões de doses da vacina feitas com o IFA importado, e que, de agosto a dezembro, entregará 110 milhões de doses produzidas com o IFA nacional. O contrato específico para a transferência de tecnologia que permitirá a fabricação do IFA no Brasil deveria ter sido assinado 90 dia após o contrato de encomenda tecnológica, celebrado em 8 de setembro de 2020. Porém, até agora isso não ocorreu.

Vacina mobilizou linhas de produção de outros produtos

Para envasar o insumo da vacina fornecido pela AstraZeneca/Oxford, Bio-Manguinhos mobilizou duas linhas de produção que operavam outros produtos. A primeira era antes usada na produção da vacina da febre amarela. Já a segunda era destinada ao fármaco Eritropoietina. De acordo com a instituição, as instalações e equipamentos da vacina da AstraZeneca/Oxford já faziam parte do parque fabril do Instituto e “não houve necessidade de grandes ajustes, pois tanto a infraestrutura quanto os equipamentos eram utilizados para a produção de outros imunobiológicos já fornecidos ao SUS em seu Centro de Processamento Final, localizado no Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV)”.

A Eritropoietina é indicada no tratamento de anemia associada à insuficiência renal crônica, em pacientes em diálise ou em fase pré-diálise. Em nota, Bio-Manguinhos informou que, com o início da produção de vacina para a Covid-19, não haverá impacto na linha de produção deste fármaco.

No caso da linha desativada da vacina contra a febre amarela, a medida interromperá a pretensão da Fiocruz de exportar o produto. Entre 2017 e 2018, o Brasil já havia suspendido a venda da vacina para o exterior, pois foi obrigado a voltar toda sua produção à população brasileira, que passava por surto da doença. Maior produtor de vacina de febre amarela no mundo, o país voltou a vender para fora em 2019.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Gutavinho, abaduoiii!!! Abra a mente meu jovem!! Tramp assinou intenção de compra com todas as possíveis vacinas… o palhaço brasileiro preferiu criticar a china e firmar parceria apenas com uma… mesmo sabendo que imprevistos acontecem, sendo assim ele não tem culpa da máquina quebrar, mas tem culpa porque é um incompentente!!.

    1. Segundo levantamento feito no site vacinabrasil.org das 6.07 milhões de vacinas distribuídas pelo governo federal aos estados brasileiros, até ontem (07/03) apenas 3,8 milhões haviam sido aplicadas.
      No Piauí das 206,6 mil vacinas entregues, apenas 108,3 mil foram aplicadas.
      No Maranhão das 448 mil vacinas entregues, apenas 229 mil foram aplicada.
      Na Bahia das 1.111.200 doses, apenas 58% foram aplicadas e no CE esse percentual chega apenas a 62%.
      As vacinas estão sendo entregues e pelos números tem chegado muito devagar a população.
      Aí você vai culpar quem?

    2. Veja quem é a presidente da Fiocruz!
      Uma esquerdista que nem médica é.

    1. A presidente da Fiocruz é uma socióloga, provavelmente uma infiltrada.

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Saúde

Fiocruz começa a preparar as primeiras doses da vacina da Universidade de Oxford no Brasil; mais de 100 milhões serão entregues até julho

A fábrica da Fiocruz, no Rio de Janeiro: experiência histórica – Ricardo Borges/VEJA

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou nesta quarta-feira, 10, a primeira etapa de preparação dos insumos da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Atualmente a instituição conta com insumo suficiente para preparação de 2,8 milhões de doses.

A princípio, a ideia é que as etapas iniciais ocorram em pacotes reduzidos de de doses, para que se faça a prova de toda a cadeia de finalização do antígeno. No dia 12, inicia-se o processo de formulação das doses (que consiste em misturar a matéria-prima com outros componentes necessários à vacina), de 13 a 17 de fevereiro ocorrerá o envase, recravação (o fechamento da tampa), revisão, rotulagem, embalagem e controle de qualidade do produto. Está prevista a liberação de quantitativos iniciais para que sejam deferidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) antes que seja distribuído à população.

A primeira entrega oficial ao Programa Nacional de Imunização será de 15 milhões de doses. Os próximos envios de matéria-prima, que vêm da China, estão previstos para chegar no Brasil nos dias 23 e 28 de fevereiro.

Ao todo, a Fiocruz tem acordado com o Ministério da Saúde a entrega de 100,4 milhões de doses até julho.

Veja

Opinião dos leitores

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Saúde

ANTECIPAÇÃO DE IMUNIZAÇÃO PELO PAÍS NA MIRA: Fiocruz vai pedir registro da vacina de Oxford na Anvisa até o fim dessa semana

Foto: Cassiano Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai pedir à Anvisa até o final dessa semana o registro para a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca. A Fiocruz pretende entregar os documentos finais para o registro da vacina de Oxford no Brasil e fazer o pedido para Anvisa até a próxima sexta-feira (29).

Em nota a Fiocruz confirmou que, na última sexta-feira (22), a equipe técnica da fundação realizou uma reunião de pré-submissão junto à Anvisa sobre o pedido de registro definitivo da vacina Covid-19 Fiocruz. A previsão é de que a submissão formal do pedido aconteça até o final desta semana.

Inicialmente, a Fiocruz faria a solicitação do registo no dia 15 de janeiro. No entanto, por conta dos pedidos de autorização de uso emergencial e da celeridade da Anvisa para essas análises, a Fiocruz foi orientada a agendar a reunião de pré-submissão na semana seguinte.

A nota lembra que, até o momento, a Fiocruz tem autorização apenas para o uso emergencial de 2 milhões de vacinas prontas importadas do Instituto Serum.

O pedido foi realizado para que essas vacinas pudessem ser utilizadas o mais rápido possível e, com isso, antecipar a vacinação no país. No entanto, a autorização para uso emergencial restringe a vacinação a grupos específicos da população.

A Fiocruz conclui que, para dar amplo acesso à vacina Covid-19, faz-se necessário o pedido de registro definitivo da vacina Oxford-AstraZeneca para as doses que serão produzidas na instituição, a partir da chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).

Toda a produção das vacinas na Fiocruz será destinada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Votei nesse insano como esperança de uma democracia e uma gestão sem corrupção, cada dia tenho mais decepção desse incompetente, não teve a capacidade diplomática de negociar antecipadamente as vacinas, ao contrário só criou problemas ele é seus desequilibrados filhos.

  2. A CPCLIN que é responsável pelos testes nos voluntários em Natal da vacina da AstraZenica, falou hoje pra mim que não tinha vacina para quebrar o cego e aplicar nos voluntários que tomaram placebo ( sou voluntário)

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Saúde

MAIS IMUNIZANTES: Fiocruz recomenda aplicação em dose única de vacina de Oxford

Foto: Itamar Crispin/Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está recomendando que a vacina da Universidade de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, seja aplicada ao menos num primeiro momento em dose única, e não em duas como diz o fabricante. A intenção é que se tenha mais imunizantes para vacinar um maior número de pessoas. O ministério da Saúde, por outro lado, considera que a imunização deve seguir o que preconiza a Oxford/AstraZeneca.

A aplicação em dose única foi sugerida pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, em entrevista a GloboNews. “Nós já temos uma comprovação da eficácia de 73% por 120 dias a partir da primeira dose. Tratamos a segunda dose quase como um reforço”, disse na quinta-feira, 21.

“Nossa recomendação, e é um programa que está sendo utilizado pela Inglaterra e pela maioria dos países, é realmente aproveitar essa característica da vacina e fazer uma vacinação mais rápida, para distribuir doses para mais pessoas num primeiro momento, para que a gente possa diminuir a carga viral populacional, e com isso diminuir a transmissão da doença”, sustentou Krieger.

Na terça-feira, dia 19, o Ministério da Saúde encaminhou ofício ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasem) alertando para a necessidade de que se cumpram as diretrizes estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O programa prevê ciclos de vacinação de acordo com os grupos prioritários, que são definidos em estudos populacionais. Segundo o ministério, todas as unidades de saúde do País devem cumprir o que rege o PNI a fim de que o Brasil tenha doses suficientes para imunizar “com as duas doses previstas neste primeiro ciclo” da campanha de vacinação.

Nesta sexta-feira, em nota à reportagem, o ministério reiterou o posicionamento. “O PNI prevê que os cidadãos recebam inicialmente o quantitativo de doses preconizado por cada laboratório produtor”, informou a pasta. “É importante ressaltar que, conforme já divulgado, o plano é dinâmico e será adaptado – se necessário – à medida em que tivermos vacinas aprovadas e incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) – de forma a atender a população brasileira”, sustentou.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, “a imunização levará em conta as especificidades técnicas de cada vacina – sempre de acordo com as bulas e respeitando as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

Com o atraso na chegada de insumos vindos da China, a Fiocruz adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses da Oxford/AstraZeneca que serão produzidas no Brasil.

Época

Opinião dos leitores

  1. Se a vachina com duas doses só consegue 50% e está todo mundo tomando, por que não, se a oxford com 1 dose já consegue 73%. Muito mais lógico ficar "apenas" com os 73% e imunizar o dobro de pessoas.

    1. E é pra tomar mesmo, vcs tem que testar pra vê se com duas furadas essa vacina presta.
      Pra quê é que server as cobaias???

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Saúde

Vacina da Fiocruz é 70% eficaz já na primeira dose, diz pesquisadora de Oxford

Sob a coordenação de Sue Ann Costa Clemens, seis centros no Brasil recrutaram mais de 10 mil voluntários para os testes da vacina de Oxford Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford — e que deve começar a ser aplicada na população brasileira na semana que vem — demonstra eficácia de 70% já na primeira dose, afirma a coordenadora no Brasil dos ensaios clínicos do imunizante, Sue Ann Costa Clemens.

A carioca, professora e diretora do Grupo de Vacinas da Universidade de Oxford, explica que ainda não é possível dispensar a segunda dose da vacina, por falta de estudos que demonstrem a durabilidade dos anticorpos adquiridos na primeira aplicação. Mas, pelos ensaios clínicos, já ficou comprovado que a segunda dose pode ser dada três meses depois da primeira, elevando a eficácia para mais de 80%.

O intervalo de tempo maior permite proteger um número maior de pessoas mais rapidamente — enquanto as primeiras doses são usadas, a Fiocruz, parceira de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, se encarrega de fabricar mais vacinas, capazes de prevenir em 100% as formas graves da doença e a hospitalização. A previsão da fundação é produzir 210 milhões de doses neste ano.

Em entrevista ao GLOBO, Costa Clemens, também diretora do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena e consultora sênior da Fundação Bill e Melinda Gates, afirma que o próximo passo da pesquisa é o estudo da vacina em crianças, adolescentes e grávidas. Enquanto isso, o imunizante já foi aprovado para uso em sete países (Reino Unido, Índia, México, Marrocos, Argentina, Equador e El Salvador), onde mais de um milhão de doses já foram aplicadas.

Muitos países, por falta de doses suficientes para imunizar todos os grupos de risco, estão aumentando o intervalo entre as duas aplicações. A medida afetaria a eficácia do imunizante de Oxford ou seria uma solução possível?

A vacina demonstra uma eficácia de 70% com uma dose, e desde o início nós apostamos que essa era uma vacina de uma dose — para depois darmos apenas um reforço. Nos testes no Reino Unido, demos a segunda dose com um intervalo maior, vacinamos com intervalos de até 12 semanas. Lá, mais de 8 mil pessoas entraram no grupo que recebeu a segunda aplicação após mais de oito semanas. Não tínhamos essa análise totalmente detalhada em novembro, para a primeira publicação na (revista científica) Lancet. Mas o estudo continua e, com a análise desses dados, já submetemos esse intervalo para aprovação no Reino Unido, onde isso consta na bula.

Conseguimos demonstrar que um intervalo maior gera eficácia maior. Você dá uma dose, o seu sistema começa a desenvolver uma resposta imune, e a resposta cresce com a segunda, para mais de 80% de proteção.

Por que a mudança no regime de doses durante as pesquisas?

Isso é normal em qualquer pesquisa clínica: tenho diferentes esquemas em países diferentes, depende da necessidade de cada país. Isso tudo é normal, e nós fomos muito transparentes. A gente quebrou o cego (momento em que os pesquisadores veem os dados de quem tomou a vacina em estudo ou a do grupo de controle), mostrou que tinha eficácia e começou a analisar com calma. Primeiro, mostramos o diamante bruto, depois tivemos tempo de lapidar o diamante. Haverá outra publicação, estamos dando o tempo de coletar mais dados, de novembro até aqui. Quando fizemos o intervalo de 4 a 6 semanas para a segunda dose, a eficácia foi mais de 60%. Entre 8 e 12 semanas, sobe para 72,85%. No subgrupo que recebeu a segunda dose após três meses, a eficácia foi de 81,9%.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que pretende espaçar o intervalo entre as doses no Brasil.

Sim, e é o certo a se fazer. Isso propicia uma estratégia de saúde pública muito mais ampla, dá mais tempo para a Fiocruz produzir as doses e atuar no país como um todo. Muita gente critica o nosso país por não ter começado a vacinação — mas muitos começaram para dizer que estão fazendo, sem estratégia. Vários países da Europa estão preocupadíssimos porque receberam doses de determinada marca, vacinaram uma parcela da população, e estão sem doses para continuar. E, com a vacina da Fiocruz, ficou demonstrado que com uma dose ela já faz a imunização primária, você está protegido em 70%. As outras vacinas só mostram eficácia depois das duas doses. A nossa começa a produzir imunidade celular em 15 dias, e em 28 dias, a imunidade humoral.

Quando a gente dá a segunda dose depois de 4 a 6 semanas, a eficácia cai, porque a segunda dose inibe a estimulação do sistema imune. Quando você espaça as doses, você aumenta a estimulação do sistema imune, ou seja, o sistema imune tem tempo para deslanchar, criar anticorpos e depois você dá o reforço e sobe a imunidade humoral. Acho que a estratégia do governo será essa. Dar o reforço com três meses.

O intervalo pode ser maior do que três meses?

Eu acho que pode, mas a gente não tem dados, e a gente é cientista. Eu não posso te dizer uma eficácia hoje e me desdizer amanhã. Só vou falar se tiver dados. De repente a gente nem precisa de reforço depois de três meses, pode até ser um espaço mais longo. Mas hoje eu tenho dados científicos e clínicos que mostram que com uma dose de reforço a partir de 11 semanas eu chego a 80% de eficácia.

O que dizer para quem duvida da vacina contra a Covid-19 justamente pela rapidez das pesquisas?

Primeiro, quero ressaltar que é impressionante em menos de um ano termos várias vacinas registradas, e dentre elas uma que veio de Oxford, uma universidade que não tem capacidade de produção nem esse objetivo, mas conseguiu desenvolver um imunizante de acesso global, com distribuição viável, para qualquer sistema de saúde. Ela tem estabilidade para o nosso tipo de desafio, o desafio que o Brasil tem pela frente, e está sendo vendida ao custo de produção, pouco mais de US$ 3 a dose, porque fizemos um acordo com a AstraZeneca de que não teremos lucro enquanto a pandemia estiver acontecendo. Já fizemos 13 acordos de transferência de tecnologia (inclusive com a Fiocruz), para alcançar todas as regiões do mundo. E a conquista dessa vacina se deve também ao Brasil, que contribuiu com mais de 10 mil voluntários para os testes, em seis diferentes cidades. A quem tem medo: o melhor é olhar os dados, os fatos. Essa vacina já foi registrada em sete países, e um milhão de doses foram aplicadas no mundo, sem eventos adversos inesperados ou sérios. É uma vacina segura, e que pode ajudar, junto a outras vacinas, a tirar o mundo desse caos. Foi desenvolvida rapidamente, mas com toda qualidade, porque o mundo parou por causa disso, tivemos mais espaço, investimento e oportunidade para trabalhar com mais celeridade do que em outras epidemias.

Quanto mais tempo a vacinação demora, mais o coronavírus pode se transformar e ficar mais perigoso. A vacina protege contra as novas linhagens?

Oxford está bem adiantada nessas pesquisas, no fim do mês deve sair o resultado sobre a variante do Reino Unido, e em breve também os dados de eficácia contra a variante da África do Sul.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A vachina só deu 50% depois de duas doses, isso pq ainda deram um jeitinho pra 49,6% virar 50,38%, se puder escolher todo mundo vai querer a vacina de oxford, inclusive eu, Bolsonaro mais uma vez tinha razão.

  2. O seboso do Lula vai tomar a Coronavac, junto com Dóriana, FHC e Sarney? Eu queria ver esses Tribufús se vacinado kkkk

    1. Se tomarem todos irão saber. Diferente do BOZO que vai tomar escondido e decretou sigilo da carteira de vacinação. Entra na fila, titia. Eu seu que você quer. kkkkkkkkkkkkkkkk

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