Jornalismo

Justiça Federal condena três réus da Operação Paraíso

O Judiciário Federal do Rio Grande do Norte condenou três dos réus envolvidos na Operação Paraíso. Esse foi o segundo processo da referida operação que culminou com a sentença na Justiça Federal potiguar. Ainda há um terceiro processo tramitando na JFRN e aguardando julgamento.

Na sentença do Juiz Federal Walter Nunes da Silva Júnior, titular da 2ª Vara Federal, Trygve Kristiansen, Shahid Rasool e Michele Dantas Lovstad foram condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. “As circunstâncias dos fatos revelaram, além de um alto grau de especialização da organização criminosa, a sofisticada estrutura de dinheiro, bens e pessoas de que dispunham, com conexões nacionais e internacionais”, escreveu o Juiz Federal na sentença.

Analisando o crime de lavagem de dinheiro, o magistrado destacou: “as consequências extrapenais do ilícito foram sérias e graves, à medida que importou no aumento da circulação de valores ilícitos na economia brasileira e sobretudo nesta cidade, na qual os crimes foram praticados em concurso de agentes”.

O Juiz Federal Walter Nunes também observou que os três réus agiram em circunstâncias fáticas onde está expressa a culpabilidade. “Em razão de os acusados SHAHID RASOOL e TRYGVE KRISTIANSEN terem sido considerados os agentes de maior grau de envolvimento na empreitada criminosa e de poder de mando no grupo constituído, devem responder pelo cometimento dos crimes violados com maior agravamento nas circunstâncias judiciais, em relação à acusada MICHELE DANTAS LOVSTAD, que teve participação normal nos delitos”.

O Juiz Federal chamou atenção, na sentença, as circunstâncias em que os crimes ocorreram: “a atuação conjunta, nos crimes de lavagem de bens e capitais, com o recebimento, utilização, negociação e conversão nas atividades econômicas ou financeiras, de bens, direitos ou valores oriundos dos crimes praticados pelo grupo criminoso, notadamente do tráfico de entorpecentes, patrocinado por membros da família Rasool, com atuação na Noruega, ligados à organização criminosa denominada B-GANG, com pleno conhecimento da natureza ilícita dos recursos, no afã de ocultar ou dissimular a sua origem, movimentação e propriedade dos bens, direitos ou valores, circunstância essa que é inerente ao tipo em referência”.

Para o magistrado, é expressiva a culpabilidade dos denunciados SHAHID RASOOL, TRYGVE KRISTIANSEN e MICHELE DANTAS LOVSTAD, “Tanto em vista do dolo intenso de cada qual, como por que, a qualquer título, promoveram, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisas para o exterior, e lá mantiveram depósitos não declarados à repartição nacional competente, impedindo, por conseguinte, que os valores relativos às vendas dos imóveis situados neste Estado, alienados no exterior, em especial, na Noruega, fossem internalizado no Brasil e, respectivamente, declarados ao fisco”, analisou o Juiz Federal.

Na questão da evasão de divisas, o magistrado observou que ademais de utilizarem na construção de imóveis recursos de origem ilicita, foi criada uma off shore na Noruega, sendo lá vendidas as unidades e recebidos os pagamentos, sem que isso fosse informado às autoridades brasileiras. Depois, parte desses recursos ingressavam no Brasil como se fossem empréstimos. Para finalizar a operação ilícita, eram simulados contratos de compra e venda aqui, como se as unidades tivessem sido vendidas e pagas no Brasil, em valores bem inferiores.

O magistrado rejeitou a denúncia contra OISTEN HANSEN e BIANCA SOLAN HANSEN.

A minuciosa sentença do Juiz Federal, feita em 158 páginas, traz observações sobre os crimes cometidos pelos três réus.

Conheça a condenação de cada um dos réus:

TRYGVE KRISTIANSEN – crimes de de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Pena total: 18 anos, 05 meses e 10 dias de reclusão

SHAHID RASOOL – crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e quadrilha. Pena total: 13anos e 11meses de reclusão

MICHELE DANTAS LOVSTAD – crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e quadrilha. Pena total: 09 anos e 04 meses de reclusão

Multas:

Pelos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas os três réus foram condenados também a pena de multa.

Para o acusado TRYGVE KRISTIANSEN – R$ 900.000,00 (novecentos mil reais);
Para o denunciado SHAHID RASOOL – R$ 828.000,00 (oitocentos e vinte e oito mil reais);
Para a acusada MICHELE DANTAS LOVSTAD – R$ 70.200,00 (novecentos mil reais);

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Judiciário

Operação do MP prende Prefeito e 5 Vereadores em Vila Flor

O Ministério Público Estadual realiza na manhã desta segunda-feira (19) uma operação para combater um suposto esquema de fraudes no município de Vila Flor, distante 81 quilômetros de Natal. O prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, e pelo menos cinco vereadores foram presos sob força de mandados.

De acordo com informações iniciais, as investigações que resultaram nas prisões foram feitas pela equipe da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Natal. A suspeita é de que os detitos estavam envolvidos em uma rede de corrupção envolvendo os Poderes Executivo e Legislativo municipal.

Cerca de 120 policiais militares participam da operação acompanhando os promotores de Justiça.

Os presos estão sendo trazidos para Natal, onde passarão por exames de corpo de delito no Itep.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Denúncia

Instituto ÊPA! falsificou documentos para dar golpe milionário

O blog acabou de ter a informação de o Instituto ÊPA! (Espaço de Produção ao Desenvolvimento Sustentável) falsificou os documentos para justificar os gastos de R$ 28 milhões conseguidos através de convênios de programas do Governo Federal. Esses números podem ter sido bem menores e o excedente desviado.

A delegada Ohara Fernandes, responsável pelas investigações da Operação ÊPA da Polícia Federal, contabilizou o prejuízo de, no mínimo, R$ 1 milhão. Ela mesmo confirmou que o rombo pode ser ainda maior.

Além do Instituto ÊPA!, a Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA) também está sendo investigada. Também existem indícios de que a CTA praticou os mesmos desvios, mas ainda não existe a confirmação de quanto.

Pelo visto a coisa está difícil para os dois órgãos. Desde que o esquema de pagamento de propina e desvio de dinheiro para conseguir recursos do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) foi divulgado na revista Veja, nenhum dos diretores são encontrados.

Cid Figueiredo e Aurenísia Figueiredo andam se escondendo da imprensa, mas, se nada temem, os dois deveriam aparecer e dar os devidos esclarecimentos.

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Jornalismo

Sinal Fechado: MP denuncia que atual diretor do Detran recebeu R$ 88 mil de George Olímpio

O Ministério Público do Estado do RN aditou a denúncia oferecida em 02/12 passado acrescentando novos fatos que revelam, com mais detalhes, a participação dos denunciados João Faustino Ferreira Neto e Érico Vallério Ferreira de Souza no esquema de fraudes no DETRAN/RN.

Entre os documentos apreendidos na busca e apreensão realizada na Operação Sinal Fechado, alguns revelaram que o IRTDPJ/RN pagou despesas de viagem de João Faustino e George Olímpio, em conjunto, a Brasília, em meados do final de novembro de 2008. Os cheques utilizados para pagamento dessas despesas são de contas bancárias do IRTDPJ/RN e as faturas emitidas em nome de George Olímpio.

Por outro lado, o aditamento com relação ao denunciado Érico Vallério aponta indícios de que George Olímpio fez um pagamento de mais de R$88.000,00 (oitenta e oito mil reais), em favor do Diretor-Geral do DETRAN/RN, à MONTANA CONSTRUÇÕES. O registro dessa operação, conforme narrado no aditamento, consta no movimento de caixa da referida construtora.

Ademais, o processo de dispensa de licitação para contratação emergencial da PLANET BUSINESS em 15/06/2011 somente foi movimentado após contatos telefônicos entre Érico e George Olímpio, e, ainda, entre Érico e Caio Biagio, na forma descrita no aditamento, em data posterior à operação de aporte de recursos em favor de Érico feito por George na MONTANA. Este processo apresenta claros indícios de que houve fraude na dispensa de licitação em questão, tendo sido coletadas propostas de cotação de preços pelo DETRAN junto às empresas PLANET e NETNIGRO, esta última identificada como “parceira” da PLANET, conforme já havia confessado o denunciado Nilton José de Meira, além de outros indícios de fraude, como inúmeras divergências entre datas de atos do processo.

Fonte: MP/RN

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Educação

Operação ÊPA: Consultor de ONG investigada pela PF dirige associação que fechou contrato de R$ 1,6 milhão com Parnamirim

Depois de averiguar bastante os detalhes dessa Operação Êpa, deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF) para investigar um esquema de desvio de dinheiro público através de Organizações Não Governamentais (ONGs), com o velho olhar crítico e investigativo de sempre, o blog chegou a um fato, no mínimo, inusitado: Ângelo Márcio Fernandes de Sousa, consultor e auxiliar administrativo da Cooperativa dos Trabalhadores Autônomos (CTA) visitada pelos investigadores da PF, é também presidente Associação de Promoção do Desenvolvimento Social (APDL), que ontem fechou um contrato de R$ 1.617.000,00 com a Prefeitura de Parnamirim.

A contratação, inclusive, está no Diário Oficial do Município (DOM) desta terça-feira (13), com validade até agosto de 2012 para serviços técnicos especializados em ações de Qualificação Social e Profissional (QSP) – atividade prevista no Programa Projovem Trabalhador.

O blog não está incriminando ninguém. Pelo contrário. Está apenas mostrando uma mera coincidência, já que, segundo a PF, o Instituto ÊPA! [Espaço de Produção ao Desenvolvimento Sustentável] e a CTA, utilizavam-se do quadro societário e de outras empresas e pessoas relacionadas para fazer o desvio dos recursos públicos, ou seja, os desvios aconteciam nas contratações dos mesmos serviços que estão sendo prestados em Parnamirim até o próximo ano. No esquema, ainda de acordo com a PF, a CTA foi benecifiária de recursos federais na ordem dos R$ 28 milhões. Bagatela!!!

O blog não conhece pessoalmente o senhor Ângelo de Sousa e o contrato da APDL pode até ser lícito. Isso ninguém está questionando. Mas, que é muita coincidência, isso é!

Segue os documentos que comprovam o que o blog está postando:

Nome de Ângelo de Sousa nas propostas como Consultor CTA
Nome de Ândelo como presidente da Associação
Contratação publicada no DOM de Parnamirim

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Social

FOTOS: Operação da PF apreende documentos e computador em ONG acusada de corrupção

Ação da PF deflagrada nesta quarta-feira (14) apreendeu documentos do Instituto Êpa, supostamente envolvido no esquema de desvio de verbas em convênios do Ministério do Trabalho.

Fotos: Alex Regis

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Jornalismo

Processo da Operação Impacto chega ao fim

A Operação Impacto, que investigou a compra e venda de votos de vereadores da Câmara Municipal de Natal durante o processo legislativo de elaboração do novo Plano Diretor em 2008, foi encerrada hoje com a entrega da alegação final da defesa do ex-vereador Renato Dantas.

O processo da Operação Impacto já contabiliza 21 de pessoas acusadas, entre  políticos, advogados e empresários. Com a entrega da última documentação, o documento judicial foi concluído com 83 volumes e agora passa pela análise do juiz Raimundo Carlyle, titular da 4ª Vara Criminal. O processo chega ao fim cinco anos depois de deflagrada a operação e depois de várias mudanças de foro comum para especial.

A Operação foi deflagrada no dia 11 de julho de 2007 e tem denúncias contra os vereadores Francisco de Assis Jorge Sousa, Dickson Ricardo Nasser dos Santos, Adão Eridan de Andrade, Júlio Henrique Nunes Protásio da Silva e Edivan Martins Teixeira; contra os ex-integrantes do Legislativo Emilson Medeiros dos Santos, Tirso Renato Dantas, Adenúbio de Melo Gonzaga, Francisco Sales de Aquino Neto, Aluísio Machado Cunha, Edson Siqueira de Lima e Salatiel Maciel de Souza; além ds empresários Geraldo Ramos dos Santos Neto, Antônio Carlos Jesus dos Santos, Klaus Charlie Nogueira Serafim de Melo, Hermes Soares Fonseca,  Sid Marques Fonseca, Ricardo Cabral Abreu, José Cabral Pereira Fagundes,  João Francisco Garcia Hernandes e Joseilton Fonseca da Silva.

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Jornalismo

Sinal Fechado: Justiça transfere dois acusados para presídio comum

A juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, titular da 6ª Vara Criminal, responsável pelas decisões judiciais da operação Sinal Fechado não para de trabalhar. Na manhã de hoje, ela determinou a transferência do empresário Edson Cézar Cavalcante Silva e do contador Fabiano Lindemberg Santos Romeiro do Quartel Geral da PM para um presídio comum.

A decisão da magistrada se baseia no fato dos dois presos, acusados de participação no esquema de fraudes instalados no Detran, serem os únicos a não terem diploma de nível superior, atendendo a uma solicitação do Ministério Público. Por outro lado, quem tem está tendo certa, digamos, regalias em celas especiais.

Ao todo, e até agora, 34 pessoas, entre políticos e empresários, já foram denunciadas pelo esquema de fraudes.

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Política

Sinal Fechado: MP denuncia Wilma, Iberê, Lauro Maia e João Faustino

O Ministério Públicou não poupou ninguém. Na tarde desta sexta-feira (2), o órgão fiscalizador ajuizou a acusação formal contra 34 envolvidos no esquema fraudulento instalado no Departamento de Trânsito (Detran) entre 2008 e 2010.

Entre os principais nomes indiciados pelo MP estão os ex-governadores Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza, além do advogado Lauro Maia (filho de Wilma) e do suplente de senador João Faustino.

Na acusação, Wilma é denunciada por formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva, tráfico de influência e fraude em licitação. Iberê foi denunciado pelos mesmos crimes somado a dispensa ilegal de licitação. João Faustino foi indiciado por formação de quadrilha, extorsão, peculato, corrupção passiva, tráfico de influência e fraude em licitação. Já Lauro, por formação de quadrilha, peculato, tráfico de influência, corrupção passiva e fraude em licitação.

De acordo com os promotores de Justiça da Defesa do Patrimônio Público, toda as provas obtidas até agora são contundentes. Com um detalhe, apenas 16% do material apreendido foi analisado.

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Jornalismo

Linha dura: Justiça nega mais dois Habeas Corpus de acusados da Operação Sinal Fechado

A Justiça do RN continua fazendo a linha dura com os acusados da Operação Sinal Fechado, que investiga fraudes no Detran-RN.

Pela segunda vez, o empresário José Gilmar Carvalho Lopes, proprietário da Montana Construções, responsável pela construção da Sede da Inspar, consórcio vencedor do leilão para realização serviço de inspeção veicular no estado, com sede em Lagoa Seca, teve seu Habeas Corpus negado.

O pedido de soltura preventiva também foi indeferido, pela quarta vez, ao suplente de Senador João Faustino, que é filiado do PSDB.

Nos dos casos, os desembargadores justificam a manutenção das prisões alegando que “o não relaxamento das prisões garante o não prejuízo das provas que foram coletadas que podem instruir um futuro processo penal”.

João Faustino continua sob a tutela médic e amanha vai passar por um cateterismo no Hospital São Lucas

Opinião dos leitores

  1. Este é o verdadeiro combate à corrupção, ou seja, a linha dura da justiça servindo como exemplo para os demais. O corrupto pensa duas vezes antes de abordar o corruptor, pois sabe que a impunidade está se esmaecendo…

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Jornalismo

Sinal Fechado. MP começa a divulgar documentos apreendidos

Os primeiros resultados da medida de busca e apreensão da Operação “Sinal Fechado” começam a surgir. Entre os documentos apreendidos no escritório da GO Desenvolvimento, de George Olímpio, estava o processo administrativo relativo ao projeto de lei da inspeção veicular do RN.

Observou-se nesse processo que a então Consultora-Geral do Estado do RN se manifestou no sentido de que o projeto não apresentava “viabilidade jurídica”, ou seja, a CGE não concordou com o modelo de inspeção veicular proposto pelo então Diretor-Geral do Detran/RN, Carlos Theodorico. Apesar disso, em razão de parecer do então Procurador da autarquia, Marcus Vinícius Furtado da Cunha, discordando da CGE, este projeto de lei foi encaminhado à Assembléia Legislativa pela então Governadora Wilma Maria de Faria, resultando na aprovação e sanção da Lei Estadual n.º 9.270/09.

Em relação ao diálogo de Alcides Fernandes com Marco Aurélio, em 07/06/2011 (áudio n.º 6075423), em que o primeiro relata que George Olímpio “deu dinheiro ao cunhado”, que, à época, era o investigado Eduardo Patrício, foi apreendido um contrato de mútuo (empréstimo em dinheiro) entre GEORGE OLÍMPIO e a DELPHI ENGENHARIA, no valor de R$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), a serem pagos em três parcelas, sem juros. Este contrato, à toda evidência, harmoniza-se com o referido diálogo.

Ademais, foram aprendidas várias procurações de MARLUCE OLÍMPIO FREIRE para GEORGE OLÍMPIO conferindo ao mesmo amplos, gerais e ilimitados poderes para representar o IRTDPJ/RN, inclusive para movimentar a conta bancária do referido instituto, o que se coaduna com as provas até então colhidas acerca da participação da mencionada Tabeliã, confirmando que GEORGE era o Presidente de fato da entidade.

Também foram apreendidos no escritório de GEORGE OLÍMPIO documentos relacionados com a Concorrência Pública n.º 001/2011 – DETRAN/RN, relativa ao serviço do CRC/DETRAN, como documentos da PLANET BUSINESS e anotações em que se registrou, por exemplo, “ver estratégia c/ assessor da PLANET” e “reunião p/ quinta de manhã”, o que reforça os indícios de preparação para a fraude da referida licitação, que ocorreria na sexta-feira, 25 de novembro passado.

Enfim, foi coletado o contrato entre o Instituto de Registro de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas de Minas Gerais – IRTDPJMinas, representado por VANUZA DE CÁSSIA ARRUDA, e GEORGE ANDERSON OLÍMPIO, em que o mesmo receberia um valor fixo de R$ 4,50 por cada registro de contrato de financiamento veicular naquele  Estado.

Fonte: MP/RN

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Jornalismo

Filho de João Faustino é exonerado do TJ

A semana começou difícil para família Faustino. Depois de ter a prisão temporária decretada por mais cinco dias e o pedido de Habeas Corpus Negado pela terceira vez no início da tarde, João Faustino recebeu agora à noite a notícia que seu filho, Edson José Fernandes Ferreira, foi exonerado do cargo comissionado de assessor jurídico que ocupava no Tribunal de Justiça do RN. A decisão foi publicada no diário eletrônico do Judiciário nesta segunda-feira (28).

Na última sexta-feira (25), o genro do suplente de Senador, Marcos Procópio, lotado no TRE, já havia sido exonerado do seu cargo no Tribunal.

Enquanto aguarda o desenrolar e o andamento das investigações da Operação Sinal Fechado, João Faustino continua internado no Hospital São Lucas, apresentando estado regular, segundo boletim médico divulgado hoje.

 

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Judiciário

Juíza prorroga prisão dos envolvidos na Operação Sinal Fechado

A juíza Emanuella Cristina Pereira, da titular da 6ª Vara Criminal, acatou o pedido de prorrogação das prisões temporárias solicitado pelo Ministério Público na tarde desta segunda-feira (28) para os envolvidos na Operação Sinal Fechado.

Na decisão a magistrada prorrogou por mas cinco dias as prisões de João Faustino Ferreira Neto, Marcus Vinicius Saldanha Procópio, José Gilmar de Carvalho Lopes, Carlos Theodorico de Carvalho Bezerra, Caio Biagio Zuliani, Fabiano Lindemberg Santos Romeiro, Flávio Ganen Rillo, Nilton José de Meira, Marco Aurélio Doninelli Fernandes e Edson Cézar Cavalcanti Silva.

Além das prisões temporárias, Emanuella Peireira converteu a prisão temporária de Carlos Alberto Zafred Marcelino em prisão preventiva, para a garantia da aplicação da lei penal, visto ele foi o único que conseguiu fugir e não ser preso. No parecer, a magistrada considerou que “a existência de crime grave é evidente e os indícios de autoria também se encontram demonstrados, do que restam preenchidos todos os requisitos da legislação pertinente”.

Segue descisão da Juíza da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal:

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Me orgulho ver que a justiça está sendo feita e que sirva de exemplo para os corruptos tomarem mais cuidado. E a juíza está de parabéns.

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Jornalismo

Sinal Fechado: Gilmar da Montana recebe alta e volta para o QG da Polícia

O empresário Gilmar da Montane recebeu alta nesta segunda-feira da UTI do hospital do Coração. Após receber alta, o empresário preso desde a última quinta-feira na Operação Sinal Fechado retornou sob escolta policial ao quartel da Polícia Militar, onde os outros seis envolvidos no esquema de corrupção na inspeção veicular estão detidos.

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Judiciário

Sinal Fechado: Gilmar da Montana entra com novo pedido de habeas corpus

Tribuna do Norte

Os representantes pela defesa do empresário José Gilmar de Carvalho Lopes entraram com pedido de habeas corpus em favor do seu cliente. O pedido foi registrado na tarde deste sábado (26) no Tribunal de Justiça do Estado. Antes disso, Gilmar da Montana, como é conhecido, já viu um pedido de revogação de prisão ser negado em 1ª instância.

O habeas corpus com pedido de liminar deve ser apreciado nesta segunda-feira (28) pelo desembargador Virgílio Macedo Júnior. Apesar de o recurso ter sido registrado durante o plantão judicial, a decisão inicial do relator não caracterizou como urgente a liminar. “Observando-se que o pedido formulado não se encontra entre as matérias de urgência alencada na norma a serem apreciadas nesta ocasião (…), deixo para apreciar o pleito após regular distribuição do processo”, registra a publicação expedida na tarde deste domingo.

Gilmar da Montana foi detido na quinta-feira passada em virtude da deflagração da operação Sinal Fechado do Ministério Público do RN, que investiga supostas fraudes no Departamento de Trânsito do Estado (Detran/RN).

Acompanhe decisões sobre o pedido de habeas corpus do empresário clicando aqui.

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Jornalismo

Gilmar da Montana: Não posso, portanto, ficar calado diante das acusações sem provas"

O empresário Gilmar da Montana, divulgou uma nota a respeito da denúncia do Ministério Público que culminou na sua prisão.

Gilmar da Montana afirma que está sendo condenado sem julgamento e sem provas, e nega participação no suposto esquema de fraudes envolvendo a inspeção veicular.

Confira a íntegra da nota:

“·Do leito hospitalar onde me encontro, assisto com revolta, indignação e tristeza o meu nome ser jogado numa vala comum entre supostos corruptos e corruptores. Sempre pautei a minha vida pessoal e profissional sob os alicerces do trabalho, da família, do respeito e da honestidade. Não posso, portanto, ficar calado diante das acusações sem provas que fazem contra a minha pessoa.

· Desde o primeiro momento em que o meu nome foi envolvido nesse assunto, sempre procurei ser claro, positivo e transparente nos questionamentos que me foram feitos, até como forma de poder dar ao MPE a oportunidade e as condições de separar o joio do trigo.

· È preciso que se diga que o meu relacionamento com o grupo Inspar se deu tão somente no âmbito comercial. Sou construtor e a minha construtora – como poderia ter sido qualquer uma do nosso estado – foi a escolhida para erguer os prédios onde funcionaria as bases de prestação de serviço de inspeção veicular.

· Trabalhei, investi, fiz obras pelas quais não recebi um único centavo. Fiquei no mais completo e absoluto prejuízo.

· Tive a minha casa e escritório devassados, fui preso e hospitalizado, me vejo condenado sem julgamento, com o meu nome negativamente exposto perante a sociedade, envolto em um ‘mar de lama’.

· No entanto, os meus acusadores não apresentam – e não vão apresentar porque não existe – uma única prova, cabal, consistente e fulminante, que indique que eu me beneficiei de dinheiro público, que recebi ou ofereci propinas, que fui corrompido ou que sou agente corruptor.

· Mesmo sem ser protagonista de qualquer ato de corrupção passiva ou ativa, estou com meus bens seqüestrados, impossibilitado de movimentar os meus negócios.

· A decisão judicial que me veta o direito de exercer a minha vida empresarial, penaliza também  180 famílias de operários e trabalhadores sérios e honestos, privados agora de receber seus vencimentos e vantagens como o 13º salário.

· Continuo preso, sofrendo de uma privação de liberdade temporária, cuja legalidade é questionável, pois o Ministério Público já colheu os objetos que julgou necessário para subsidiar a ação investigativa.

·Confio na Justiça do meu estado e desafio a quem quer que seja que apresente as provas dos crimes que me acusam, ou me esqueçam.

· Não posso continuar a ser usado como ‘bode’ expiatório de um espetáculo midiático do qual eu sou vitima e não réu.

· Reafirmo a minha inocência e enfatizo que em nenhum momento cometi qualquer ilicitude, nem atos que possam envergonhar a minha família, meus amigos, parceiros comerciais, colaboradores e a sociedade potiguar como um todo.

José Gilmar de Carvalho Lopes”

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