Saúde

Moderna é a mais eficaz contra Covid do que Pfizer e Janssen, diz estudo nos EUA

Foto: Eduardo Munoz – 21.dez.2020/Reuters

Um estudo comparativo das três vacinas contra o coronavírus autorizadas nos Estados Unidos descobriu que o imunizante da Moderna é ligeiramente mais eficaz do que o da Pfizer para manter as pessoas fora do hospital. O da Janssen, da Johnson & Johnson, vem em terceiro, mas ainda fornecendo alta proteção.

A vacina da Moderna proporcionou proteção de 93% contra hospitalização, a da Pfizer 88%, enquanto a Jannsen ficou em 71%. No Brasil, até agora, apenas as vacinas da Pfizer e Janssen tiveram usos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), junto à Coronavac e AstraZeneca.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doeças (CDC) dos EUA conduziram um estudo nacional de vacinação envolvendo mais de 3.600 adultos hospitalizados com Covid-19 entre março e agosto.

“Entre os adultos americanos sem condições imunocomprometidas, a eficácia da vacina contra a hospitalização por coronavírus durante 11 de março a 15 de agosto de 2021 foi maior para a vacina Moderna (93%) do que a vacina Pfizer-BioNTech (88%), e a vacina Janssen (71%)”, escreveu a equipe no relatório semanal do CDC sobre morte e doença (MMWR).

“Embora esses dados ‘do mundo real’ mostrem alguma variação nos níveis de proteção por vacina, todos os imunizantes contra a Covid-19 aprovados ou autorizados pela FDA [equivalente à Anvisa nos EUA] fornecem proteção substancial contra a hospitalização por coronavírus.”

Diferença entre vacinas

Segundo o estudo, a maior diferença entre a vacina feita pela Moderna e a vacina da Pfizer/BioNtech foi impulsionada por um declínio que começou cerca de quatro meses depois que as pessoas foram totalmente vacinadas.

“As diferenças na eficácia da vacina entre a vacina Moderna e Pfizer-BioNTech podem ser devido ao maior conteúdo de mRNA na vacina Moderna, diferenças no tempo entre as doses [três semanas para Pfizer-BioNTech contra 4 semanas para Moderna], ou possíveis diferenças entre grupos que recebeu cada vacina que não foi contabilizada na análise”, escreveu a equipe.

Sobre a vacina da Johnson & Johnson, os cientistas disseram que “uma única dose da vacina de vetor viral Janssen teve comparativamente menor resposta de anticorpos anti-SARS-CoV-2 e eficácia da vacina contra hospitalizações por Covid-19”, acrescentaram.

A equipe que conduziu o estudo explicou que entender as diferenças na eficácia da vacina pode orientar as escolhas individuais e elaboração de políticas públicas. Os responsáveis pela pesquisa ressaltaram, porém, que todos os três imunizantes fornecem proteção.

“Compreender as diferenças na eficácia da vacina por produto de vacina pode orientar as escolhas individuais e recomendações de políticas em relação aos reforços de vacina. Todas as vacinas COVID-19 aprovadas ou autorizadas pela FDA fornecem proteção substancial contra a hospitalização por Covid-19.”

O CDC trabalhou com pesquisadores de todo o país para estudar 3.689 pacientes em 21 hospitais em 18 estados para o estudo. Eles também analisaram anticorpos no sangue de 100 voluntários saudáveis ​​após terem sido vacinados com uma das três vacinas disponíveis.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

EUA, Reino Unido e Austrália anunciam novo pacto para conter a China, e embaixada de país asiático critica ‘Mentalidade de Guerra Fria’

Foto: © REUTERS/Jonathan Ernst/Direitos Reservados

O Pacto de Aukus reúne os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália para fazer frente às pretensões territoriais da China no Indo-Pacífico. O acordo, no âmbito da Segurança e Defesa, prevê que Camberra possa construir, pela primeira vez, submarinos com capacidade nuclear, mas também a estreita colaboração das três nações ao nível das capacidades cibernéticas, quânticas e de inteligência artificial.

Os analistas consideram o acordo como um dos mais significativos nas áreas de segurança e defesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O pacto vai permitir à Austrália a construção de submarinos com propulsão nuclear, com o apoio dos aliados, Estados Unidos e Reino Unido.

“Estamos investindo na maior fonte de força: as nossas alianças. Estamos nos atualizando para enfrentar, da melhor forma, as ameaças de hoje e de amanhã. Estamos ligando os aliados e parceiros da América de novas formas”, afirmou o presidente norte-americano,Joe Biden, ladeado pelas imagens dos líderes britânico e canadense, em imagens transmitidas pelos canais de televisão.

Sobre os submarinos, os Estados Unidos e a Austrália garantiram que Camberra não irá recorrer a armas nucleares, ainda que tenham capacidade para as transportá-las.

“Permitam-me ser muito claro: a Austrália não quer obter armas nucleares ou alcançar uma capacidade nuclear civil”, disse Scott Morrison, o primeiro-ministro australiano.

O país é um dos signatários do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), que visa a impedir a aquisição e o desenvolvimento de armas nucleares.

Ainda assim, este é o primeiro acordo em várias décadas de partilha de informação e tecnologia com capacidade de propulsão nuclear. Antes dessa quarta-feira, a última vez que os Estados Unidos tinha firmado esse tipo de entendimento foi em 1958, com o Reino Unido.

Esses submarinos, que no âmbito do acordo passam a ficar estacionados na Austrália, são muito mais rápidos e difíceis de detectar do que os submarinos convencionais, o que confere maior influência norte-americana na região do Indo-Pacífico.

Camberra torna-se, dessa forma, o sétimo país do mundo a operar submarinos com capacidade nuclear, depois dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, China, Índia e Rússia.

Com esse entendimento, cai um acordo assinado pela Austrália em 2016, com a França, para a construção de 12 submarinos convencionais, no valor de 56 bilhões de euros.

Mentalidade de “Guerra Fria”

O pacto prevê uma cooperação ainda mais estreita, ao nível da segurança e defesa, entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália, três países que já integravam o grupo Five Eyes, em que também estão o Canadá e a Nova Zelândia.

Além dos submarinos, o acordo Aukus prevê a estreita colaboração dos três países no conhecimento e capacidade cibernéticos, quânticos e de inteligência artificial, bem como de novas tecnologias submarinas.

Na conferência conjunta, nenhum dos três líderes fez referências diretas à China, tendo assumido apenas que os desafios de segurança regionais “aumentaram significativamente”.

No entanto, o acordo é visto como uma resposta dos Estados Unidos ao expansionismo de Pequim no Mar do Sul da China e das ameaças chinesas a Taiwan. Em entrevista, Joe Biden falou da importância de “um Indo-Pacífico livre e aberto”.

“Esta é uma oportunidade histórica para as três nações, aliadas e parceiras com ideais semelhantes, protegerem os valores partilhados e promoverem a segurança e a prosperidade na região”, diz a declaração conjunta.

A embaixada chinesa em Washington criticou o acordo trilateral e pediu às nações que “deixem a mentalidade de guerra fria e o preconceito ideológico”, afirmou o porta-voz Liu Pengyu.

Agência Brasil, com RTP

Opinião dos leitores

  1. O humanitário Biden deixou armamento, dinheiro e muito poder de fogo para o Talibã dominar a força seu povo. Valeu esquerda!
    A China colocou o mundo de joelho com o covid, vírus que não atingiu nenhuma metrópole na China, ficou apenas em 01 pequena cidade.
    As mulheres já estão sendo tratadas como manda o regime do talibã e não vejo nenhuma feminista, a turma do “mexeu com uma, mexeu com todas”, artista, protestar publicamente contra o talibã.
    A turma do LGBT tem visto o tratamento que o talibã dedica aos homossexuais? Vão protestar? Estão calados por qual razão? Se não se pronunciam, podemos entender que toda essa turma apoiam o talibã.
    Que estranho, até pouco tempo atrás existia forte campanha contra todos os governos de direito que não matam mulheres, não proíbem mulheres de trabalhar, não fuzilam homossexuais. Mas contra as ações do Talibã existe o mais absoluto silêncio. O que houve?

    1. Corroboro com vossa opinião sobre essa parte que escreveste sobre os homossexuais: LGBTQImais e sobre as mulheres que são parte da pauta ideológica do PT e dos partidos esquerdista ambos ligados ao comité internacional cubano, coreano, russo e chines, no Brasil todas essas pessoas consideradas bi-genero ou de género feminino possuem a total liberdade, igualdade no direito de ir, ficar e vir sem impedimento algum em todos os ambientes públicos ou privados, não se sabe o que as pessoas lutam porque elas vivem em um país onde elas podem escolherem ou terem as profissões que quiserem ou que escolhere(a)m sem nenhuma distinção ou impedimento por ser bi-género ou ser do género feminino, podem não fazerem nada como boa parte da juventude brasileira, as pessoas estudam onde podem ou onde querem, se querem ou não trabalharem, podem escolherem onde querem trabalhar ou não, não existe no Brasil trabalho forçado nem mesmo entre as pessoas presidiarias ou apenadas como em muitos países, as pessoas podem fazerem o que quiserem desde que não cometam crime, no Brasil as pessoas podem ser assexuais, bissexuais, heterossexuais, fazerem sexo ou não , as pessoas Podem namorar, noivar, casar com quem querem ou preferem ficar solteiras para sempre.

  2. A China usa a corrupção de cidadãos do ocidente para implantar seu plano hegemônico. Precisa ser contida, mas esse senil Biden não tem capacidade para isso. O “galegão” vinha conseguindo progressos. Uma pena que tenha saído.

    1. Comece logo a pedir aos búzios, a Deus não pois vcs não acreditam nele Sr. Carlucio, não é como vc que a maioria da população pensa, depois é só correr para o abraço.

    2. Nesse caso, vc é mais um que torce pela China. Está recebendo algum Bolsonaro? Bolsonaro é a única barreira que separa o Brasil do caos. EM 2022, É JAIR OU JÁ ERA.

    3. Joe Biden está botando os EUA no seu lugar: o protagonismo. Já o daqui está também botando o Brasil no seu lugar: República bananeira.

    4. Vixe! Então vc quer dizer que o MINTOmaníaco das rachadinhas foi comprado já que recentemente elogiou a China? Hum..

    5. Ainda bem que por aqui tem um Manoel F, que é do lado do bem e não conversa tanta besteira, não tem quem aguente esse tapioca.

    6. Olha o nível, Trump foi eleito com apoio do urso russo e do dragão chinês, a política de Trump era não-intervencionista, diferente da de Obama e Bush. Trump na primeira guerrinha comercial fez logo as pazes, planos hegemônicos os EUA também tem, bem como Rússia e China, é só ler Kissinger (se tiver brio).

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

EUA veem risco de pandemia “pior que a Covid” com “ameaças biológicas sérias”, e propõem plano de US$ 65 bilhões

Foto: Caroline Purser/Getty Images

Documento elaborado pela Casa Branca prevê “ameaças biológicas sérias”, cita risco de vazamentos de laboratório e fala em imunizar toda a população global em 200 dias; dinheiro iria para o desenvolvimento de vacinas, remédios, testes e mecanismos de proteção.

O plano, que foi divulgado na última sexta-feira, começa dizendo que a pandemia de Sars-CoV-2 “foi favorável em certos aspectos”, pois é “muito menos letal do que a Gripe de 1918” e envolve um coronavírus: uma família de vírus que já foi bastante estudada, especialmente após o surgimento do primeiro Sars-CoV, vinte anos atrás, e do Mers-CoV, há uma década. “Infelizmente, a maioria das 26 famílias de vírus que infectam humanos é menos compreendida, ou mais difícil de controlar que os coronavírus”.

“Por mais devastadora que seja a pandemia de Covid-19, há uma probabilidade razoável de que outra pandemia séria, que pode ser pior do que a Covid-19, aconteça logo – possivelmente dentro desta década.

Em seguida, o documento revê a história dos surtos virais nos últimos 100 anos, destacando que houve pelo menos 11 episódios sérios (veja quadro abaixo). Ou seja, eles são bem mais frequentes do que se imagina. “Desses surtos, cinco tiveram taxas de letalidade iguais ou maiores que a Covid-19”, afirma o texto.

Surtos virais nos últimos 100 anos, com total de mortes global e nos EUA. Casa Branca/Reprodução

O texto prevê aumento nos surtos virais, por três fatores: a expansão populacional humana (que avança sobre o habitat de animais selvagens), o aumento “no número de laboratórios manipulando patógenos perigosos”, o que “aumenta a probabilidade de que um patógeno contagioso seja liberado acidentalmente”, e “a possibilidade perturbadora de que um agente maligno desenvolva e use uma arma biológica, incluindo uma que seja altamente contagiosa”.

Depois de pintar esse cenário assustador, o documento propõe uma série de medidas para lidar com ele. A primeira é aperfeiçoar o desenvolvimento de vacinas: os EUA precisam ser capazes de “projetar, testar e revisar uma vacina segura e eficaz contra qualquer vírus humano em 100 dias”, e fabricar doses suficientes para cobrir “toda a população dos EUA em 130 dias, e a população global em 200 dias”.

Além da vacina, o plano também prevê o uso de medicamentos antivirais, que inibam “funções essenciais do vírus, como a entrada na célula e a replicação”, como os remédios contra hepatite e HIV. O documento não diz, mas já existe um antiviral em testes contra o Sars-CoV-2: é o molnupiravir, que está sendo desenvolvido pelo laboratório Merck e provoca erros de cópia no vírus, impedindo que ele se replique.

O molnupiravir foi inventado pela Emory University, nos EUA, que estava tentando criar um remédio contra o vírus influenza. As moléculas do remédio se inserem no RNA do vírus, provocando uma sequência de erros que impossibilitam a reprodução dele. A droga, que já está na última fase de testes em humanos, é considerada promissora – pois é fácil de administrar (é um comprimido), e poderia ser usada para prevenir o agravamento de doenças causadas pelo Sars-CoV-2 e por outros vírus de RNA.

O plano da Casa Branca fala em “restaurar e expandir” os estoques de medicamentos, máscaras e equipamentos de proteção individual, criar testes e redes de monitoramento contra epidemias, e tomar medidas para “prevenir acidentes de laboratório”, com maior fiscalização e controle. O custo total do plano, “a ser investido nos próximos 7 a 10 anos”, é de US$ 65,3 bilhões – com metade desse valor indo para o desenvolvimento de vacinas e antivirais. A despesa precisa ser aprovada pelo Congresso dos EUA.

Super Interessante

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Brasil ‘está de portas abertas’ para conversas com o governo Biden, diz Bolsonaro

Foto: Nicholas Kamm/AFB

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 30, em entrevista à Rádio Rede Fonte de Comunicação, que o presidente americano Joe Biden tem “obsessão pela questão ambiental”. Segundo o chefe do Executivo, a relação entre o Brasil e os Estados Unidos se mantém estável, embora admita a existência de ruídos devido às diferenças de visões de mundo.

“Da minha parte, o Brasil está portas abertas, pronto para continuar conversas com o governo americano. Obviamente, o governo Biden é um governo mais de esquerda, um governo que tem quase uma obsessão pela questão ambiental. Isso atrapalha um pouquinho a gente”, disse o presidente, que disse ter torcido para o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, por quem Bolsonaro sempre demonstrou admiração. “Antes de eu assumir eram governos que não tinham qualquer simpatia pelo povo americano, então esse diálogo não era bom. Comigo, está bom. Nós mantemos o contato com o governo americano sobre os problemas que existem na América Latina”, completou.
STF

Ao fim da entrevista, Bolsonaro minimizou seu embate com o Supremo Tribunal Federal (STF), que o incluiu no rol de investigados no inquérito das fake news, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, por declarações contra o sistema eletrônico de votação. O presidente disse ter críticas a membros específicos de outros Poderes, mas não às instituições do Judiciário e do Legislativo. “Você não vê um só ataque meu ao Supremo Tribunal Federal ou ao Parlamento como um todo. Eu tenho críticas, sim, no tocante ao senador ou outro, um deputado ou outro, um ministro do STF ou outro. Todo mundo tem esse direito de criticar”, disse.
Conteúdo Estadão

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro já quer prostituir o Brasil para Biden. Trump, seu ídolo perdeu, agora ele tem que abanar o rabinho para o ganhador!

  2. Do Jornal de Brasília, sobre a saga dos imóveis milionários da família Bolsonaro: Juliana Dal Piva e Eduardo MilitãoFolhaPress Jair Renan Bolsonaro, o filho ’04’ de Jair Bolsonaro, e sua mãe, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do presidente, são desde junho deste ano os mais novos moradores de uma casa no Lago […]

  3. O problema é que Biden não está nem aí para o Bolsonaro, pois o presidente dos EUA não é psiquiatra.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Brasileira que fazia faxina fatura hoje US$ 1 milhão com empresa de limpeza nos EUA

Fotos: Márcio Amaral/Divulgação

Diferentemente do Brasil, a faxina nos Estados Unidos é um serviço valorizado e bem remunerado. E a mineira Mila Garro, de 34 anos, fundadora da Fiv5 Star Cleaning, que atua com limpeza de casas e escritórios, soube aproveitar bem esse cenário e hoje é uma empresária de sucesso.

Lá, não há chefes e, sim, clientes. E as funções são bem definidas. “Somos muito valorizadas aqui. Não existe contratar alguém para todas as atividades da casa. Se o cliente quiser alguém que cozinhe, vai contratar um chefe de cozinha, assim como se precisar de uma pessoa para cuidar das crianças, vai buscar uma babá”, explica. A empresa, fundada em 2011, tem 36 funcionárias e mais de 800 clientes em Charlotte, na Carolina do Norte, está em expansão para Miami e, em 2020, alcançou US$ 1 milhão de faturamento.

A história de Mila é marcada por muito trabalho, uma dose extra de coragem e personalidade para saber o que quer (ou não) para a sua vida. Vinda de uma família de policiais, a expectativa — e torcida — era para que ela seguisse essa carreira. Mas isso não estava nos planos da empreendedora. “Cheguei a prestar um concurso na área, mas não passei. Isso me deixou frustrada, mas estava certa de que aquele não era o meu caminho”, diz.

Diante disso, aos 15 anos, ela resolveu passar uma temporada em Boston, nos EUA, onde uma de suas tias morava. Foi aí que o universo da limpeza entrou na sua vida. “Passei a ajudá-la no serviço e vislumbrei um caminho interessante”, conta. Mas por conta dos estudos, ela precisou retornar ao Brasil. Aos 19, decidida a trilhar o caminho aberto pela tia, ela voltou ao país, mas dessa vez desembarcou em Miami. “Foi muito difícil, pois não falava nada de inglês. Lembro que chorei três dias seguidos, pensando o que faria a partir daquele momento”, afirma. Mas voltar não era uma opção para Mila. Ela começou a trabalhar com limpeza em uma lanchonete, onde ficou por oito meses. “Era bem cansativo: entrava às 5h e saía só às 22h. Mas estava feliz e ganhando dinheiro”, diz.

Uma mudança e o início de um negócio

Até que conheceu seu marido e veio o convite de ir para Carolina do Norte, no sudoeste do país. “No começo, ele não queria que eu trabalhasse, mas deixei o Brasil com vontade de trabalhar e vencer”, lembra. Mila começou a limpar algumas casas e, depois de pouco mais de um ano, conheceu uma brasileira que estava voltando para o Brasil e queria repassar sua carteira de 30 clientes.

Mila investiu US$ 12 mil e assumiu a clientela. Em dois meses, a carteira triplicou. “De três casas no dia, passei a limpar sete e já não tinha mais vida”, diz. O cenário da lanchonete se repetiu: ela começava a trabalhar às 5h da manhã e parava só depois das 21h. Ela passou, assim, a ter ajudantes. “No início, meu plano era juntar dinheiro e voltar para o Brasil, mas essa não era a ideia do meu marido e, com muita conversa, decidimos ficar”, diz.

Ela começou a pesquisar os modelos de negócios dos americanos e veio a ideia de montar uma empresa, mesmo sem entender muito das questões empresariais. “Fazia toda a parte de gestão, no papel mesmo, e comecei com três meninas trabalhando na limpeza”, explica. O negócio começou a ganhar forma. Em 2016, ela já estava com 400 clientes e 12 funcionárias. Era hora de se profissionalizar, mas faltava a Mila essa habilidade.

Até que um primo foi visitá-la e a ajudou a implementar um sistema profissional de gestão. A empresa explodiu e o primeiro milhão chegou. “Foi um momento marcante, mas inesperado. Não havia pensado que a empresa chegaria a esse ponto”, diz. “Mas amava o que fazia e acredito que parte do sucesso foi consequência disso”, completa.

Expansão e curso online

No final de 2019, um pouco antes da pandemia, Mila e o marido se mudaram para Miami. Apesar do receio do início e de ter ficado com dois pés atrás, ela viu ali uma oportunidade de expandir seu negócio. A empresária reviu toda a gestão da primeira unidade, reestruturando aspectos como captação de clientes e remuneração, e partiu para a mudança e a expansão.

Com a empresa indo muito bem em Charlotte, a empresária começou a projetar a abertura de uma filial na cidade do extremo sudeste da Flórida. E outras ideias surgiram. Como era muito procurada por pessoas interessadas no mercado da limpeza e cheias de dúvidas de como abrir um negócio, ela criou, este ano, um curso online, o Clean 8K. “A ideia é ensinar como empreender nessa área e fazer US$ 8 mil por mês”, diz. A primeira turma foi um sucesso, com 65 alunas.

Sempre gostei de desafios. Se alguém diz que não vai dar certo, quero entender o porquê. E se não sei algo, vou aprender

Mila atribui o sucesso da empresa à muita persistência e coragem. “Sou assim desde criança. Sempre gostei de desafios. Se alguém diz que não vai dar certo, quero entender o porquê. E se não sei algo, vou aprender”, diz. Ela conta que no início do curso, não sabia muito como usar as redes sociais para isso, por exemplo, mas foi atrás de conhecimento e em seis meses lançou o treinamento. “Quero encurtar o caminho das pessoas para alcançar o crescimento”, diz.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

  1. Primeiro mundo é assim, lá o empresário não ferrado com tributos tipo, FGTS, 13, multa de 40% do fgts quando demite e por aí vai

  2. Um diferencial grande em países de primeiro mundo é o preço dos serviço. Geralmente são oferecidos por especialistas que resolvem. O preço é salgado mas o serviço é bem prestado, rápido, eficiente. Lá não existe “me dê aí qualquer coisa patrão”. Por isso também o faturamento alto.

    1. Aplique na bolsa e faça uma verdadeira orgia com os mais variados cnpjs. De quebra ganha dividendos e boas valorizações.

  3. Essa nunca quis auxílio como os preguiçoso e vagabundo petralhas fervorosos. Foi pra luta com determinação e é uma vencedora, como muitos que conheço no Brasil. Abençoada!

    1. E o Guedes fez com que as empregadas daqui não pudessem mais viajar pra Disney. E o gado continua mugindo.

    2. Vc acha ruim bolsa família ? Dia 07 de setembro vá pra rua e peça pra o
      Mito d certa o bolsa família . E muito fácil , ele tem o poder nas
      Mãos

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

EUA teriam deixado para trás em retirada R$ 93 bilhões em armas e veículos ao Talibã

Força especial talibã totalmente ‘americanizada’ Foto: Reprodução

Aquela imagem de uma força sem muitos recursos, com integrantes exibindo roupas civis, armas ultrapassadas e usando sandálias ou chinelos vai aos poucos sendo desconstruída com o “novo” Talibã, que, pelo menos no seu exército, vai se modernizando.

Estima-se que os Talibãs herdaram, com a retirada das forças americanas, R$ 93 bilhões em armas e veículos militares abandonados, incluindo cerca de 200 mil armas de fogo e 20 mil Humvees apreendidos do Exército afegão. Há, ainda, centenas de veículos blindados resistentes a minas terrestres.

Oficiais de Inteligência dos EUA temem que haja cerca de 150 helicópteros e aviões para os insurgentes do Talibã usarem, incluindo 45 helicópteros UH-60 Black Hawk, contou o “Daily Mail”.

Tudo é muito novo para a milícia. Imagens publicadas em mídia social parecem mostrar extremistas pegando um helicóptero Black Hawk abandonado para um “passeio” perto de Kandahar. O helicóptero chegou a taxiou na pista desértica, mas o piloto não conseguiu fazer a aeronave voar.

Sete helicópteros Black Hawk, que custam cerca de R$ 110 milhões cada, chegaram ao Afeganistão no mês passado, antes de o Talibã assumir o controle de Cabul. O tipo de aeronave é considerado um dos mais ágeis para operações de combate.

“Enquanto eles (o Talibã) avançava, eles iam integrando às suas forças equipamentos ocidentais. Os EUA na verdade armaram o exército do Talibã”, afirmou Bill Roggio, editor do “Long War Journal”, baseado nos EUA.

Um dos retratos mais claros da “virada de página” militar do Talibã é a força especial batizada de Badri 313. Os seus membros foram “americanizados”, usando uniformes e equipamentos americanos confiscados do Exército afegão, deixando para trás a imagem mais comum que se tem de um combatente fundamentalista afegão. Os extremistas pintaram o slogan “Força Vitoriosa” na lateral de um transporte blindado M1117, feito nos EUA ao custo de R$ 4 milhões. Em vez dos clássicos fuzis soviéticos AK-47, os membros da Badri 313 exibem modernos rifles americanos M4 e óculos de visão noturna. A unidade está a cargo da segurança nos tensos arredores do aeroporto de Cabul.

O nome da força especial vem de um episódio relatado pela fé islâmica há 1.400 anos, quando o profeta Maomé teria aniquiliado os seus inimigos na batalha de Badr com um exército de apenas 313 homens. Especialistas avaliam que em países vizinhos não haja um grupamento tão bem aparelhado.

“Quando um grupo armado coloca as mãos em armamentos de fabricação americana, é uma espécie de símbolo de status. É uma vitória psicológica”, afirmou ao site “The Hill” Elias Yousif, vice-diretor do Monitor de Assistência à Segurança do Centro de Política Internacional.

Enquanto isso, nas sua campanha de reforma do país, o Talibã impõe aos civis uma série de alterações nos costumes, disseminados durante duas décadas de ocupação pelas forças dos EUA, incluindo a proibição de música e do uso de calça jeans, outro símbolo americano.

Extra – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Duvido que o Galego Trump tivesse sido derrotado nessa batalha aí.
    Um armamento desses pesados, perder pra soldados com espingardas de socá?
    Impossível!!
    Isso foi planejado por esse esquerdistas Biden.
    Frouxo, derrotado dando prejuízos a nação.
    Se bem que prejuízo pra esquerdistas é lucro.
    Eles vem o mundo ao contrário.
    De cabeça pra baixo.
    A onde é norte eles vê o sul.
    Tem que esse cara ir a público pedir desculpas ou então renunciar.
    Presidente fraco.

    1. Vc não procurou saber que foi Trump quem assinou o tratado de retirada do Afeganistão? Não soube que as cláusulas desse acordo permitiam o taliba atacar o exército afegão? Pesquise…

    2. Mané! viu o seu guru o ladrão de nove dedos?
      Não né?
      Uma multidão daquele tamanho,o povo se espremendo, se esfregando um no outro, era impossível de vc chegar perto.
      Não sabia que o povo de Natal tinha tanto carinho por esse ladrão vagabundo de nove dedos.
      Kkkkkkkkkkkkkkk
      Kkkkkkkkķkkkk
      Chupa!!

    3. O que Trump assinou foi um tratado de paz e com isso a retirada do seu exercito, e não uma fuga desorganizada deixando todo um povo desassistido e uma fortuna em armamento nas mãos do Talibã. São duas coisas completamente diferentes.

    4. Norma: Não tenho bandido guru de estimação. Até pq aqui no Brasil para defender político (a grande maioria corrupta, inclusive o MINTO das rachadinhas) só sendo muito alienado ou mamando nas tetas do dinheiro público… E vc? Qual o bandido político que vc cativa? Se não for burra ganha uma boa mamata para isso né?!

      Pedro: O acordo assinado por Trump fortaleceu o Talibã visto que ele continuava atacando e conquistando território e só não podia atacar as tropas ocidentais. A previsão de retirada seria para ser concluída em maio e o Biden postergou para setembro. Não estou aqui defendendo o Afeganistão, o Talibã muito menos os EEUUAA (seja qual for o presidente de lá), afinal cada país tem que defender os seus interesses. O gasto que os Estados Unidos fizeram no Afeganistão foi imenso e se eles cansaram de gastar esse dinheiro é direito deles como Nação decidir parar. Não sou a favor da intervenção externa em nenhum país.

    5. Mané esquerdista frustrado.
      Viu ou não viu o seu guru??
      Vc que enganar aquém???
      Viu o ladrão ou não viu??
      Responda!
      Responda!
      Mais era gente!!
      Nera???
      Rsrsrs.
      Cadê ze tomais na bunda??
      Aposentou foi?
      Kkkkkkk
      Voto limpo ja!
      Abra a sala secreta, frustrado.
      Outra coisa.
      E o data fôia?
      Merece ou não merece credibilidade??
      Anote aí.
      Depois do dia 07, a qualquer momento eles soltam outra pra enganar babaca que nem vc.
      Kkkkkkkkkk

    6. Deixe de escrever merda por aqui. Pelo amor de Deus. Vá ler, estudar

    7. A milícia digital hoje tá com tudo… Isso mesmo, façam valer a mamata… KKKKKK.

      Eu não sou esquerdista frustrado, eu sou bolsonarista frustrado! Votei no MINTO das rachadinhas , fui pra manifestações no Midway para depois descobrir que o presidente inepto fazia rachadinha, nomeou um PGR petista, um ministro do STF indicado pelo PP (partido de centrão) e agora indicou um ministro ex assessor de Toffoli… Achando pouco, o MINTO encheu o governo dele de corruptos do centrão e militares que são incompetentes, negacionistas e muito gostam mesmo de uma propina… Votei no MINTO achando que ele faria uma economia liberal quando está usando as mesmas artimanhas que o PT usava para comprar votos com dinheiro oficial, criando uma “nova” e maior bolsa família para chamar de sua… Não votei no MINTO para ver ele comprando votos liberando verbas parlamentares recordes e ainda fazendo esquema escuso chamado tratoraço…

    8. Mané, vc não votou nele coisa alguma. E não vem com esse papo de milícia, os conservadores não teriam sequer dinheiro prá isso. Robô e milícia digital paga não juntam enormes multidões de manifestantes e NÃO VOTAM. Bolsonaro elegeu-se presidente sem dinheiro, sem partido forte, sem esquema eleitoral algum. Ao contrário, ele ENFRENTOU TODOS e ainda está enfrentando. E nós, os bolsominions, o gado, fazemos DE GRACA, movimentos por valores que gente como vc desconhece totalmente e talvez por isso time em não querer enxergar. Cai na real e abre teus olhinhos “vermelhos” prá verdade. Tentar aprender alguma coisa com esse momento e deixa de negar a realidade. Vc é um negacionista. Rsrsrs

    9. Direita rachadinha, existia e existe milícia digital com perfis falsos, tanto no governo do PT quanto agora no atual governo. Vc mesmo é um exemplo disso. E certamente existe gente ganhando pra ficar na internet o dia todo espalhando fake news e idolatrando o MINTO das rachadinhas (assim como vc o faz aqui), assim como havia blogs e jornalistas sujos pagos com dinheiro público na época do PT também.

      Sim, Bolsonaro venceu as eleições de 2018 por ter maioria dos votos , inclusive o meu, que assim como outros milhões, não voto mais nele. Isso não me torna petista, nem esquerdista muito menos lulista. Faz mais de 20 anos que não acredito em nada do que Lulaladrão fala e como nunca precisei vender meu apoio, também não o apoiava por dinheiro como muitos faziam e agora o fazem a favor do MINTO das rachadinhas.

      O discurso do MINTO das rachadinhas ser contra o sistema, contra o establishment já não cola mais, só mesmo para o gado ou os que mamam no dinheiro público, afinal, o próprio já disse que é do centrão (bloco de partidos e parlamentares que apoiam quem der mais dinheiro). E sim, o MINTO arrebanha (nome bem compatível com a situação) muitos seguidores nas suas manifestações, é normal isso acontecer aqui no Brasil quando se está no poder pois muitos gostam de idolatrar políticos se comportando como verdadeiros “súditos” deles e não cidadãos que deveriam cobrar, no mínimo, coerência em quem votou. Como eu prezo pela minha coerência e de quem eu votei, não vou ficar passando pano para político nenhum, ainda mais por não precisar de dinheiro deles…

      Muitos apoiam o MINTO por inocência, outros por idolatria cega, outros pq como todo corno gosta de ser enganado e culpar o sofá… Mas já está descobrindo a mamata de muitos que ganham para apoiar o MINTO, seja por ter um cargo comissionado, seja por receber direta ou indiretamente dinheiro público por “serviços prestados”. Mas e aí, vc se enquadra em qual tipo de apoiador do presidente inepto: o inocente , o idólatra cego, o que gosta de ser traído e enganado ou é só mais um que mama para fazer isso?

  2. Segundo a esquerda TRUMP é o genocida, BIDEN o democrata humanitário.
    Entenderam o mundo que estamos vivendo?
    A maior parte de todo esse armamento deixado pelo esquerdista BIDEN vai ser usado pelo Talibã para matar, aniquilar, assassinar seus inimigos, entre eles, mulheres e gays.
    O Talibã não aceita o homossexualismo, ele mata toda e qualquer pessoa com essa opção.
    O silêncio da esquerda mostra o nível deprimente de sua ideologia em nome do poder, mesmo que seja um sanguinário assassino, se estiver alinhado a esquerda, nada, absolutamente não é criticado, tudo é aceito como certo e normal. Estamos falando de atrocidade real, assassinato a sangue frio cometida por um alinhado da esquerda.
    Lembrando que é de conhecimento público que o ex presidente do PT enviou R$ 25 milhões de recursos públicos brasileiro ao Talibã

    1. BIDEN esquerdista, o neocon ficou louco. Esqueça o que a esquerda e direita nacional dá pitaco sobre os EUA, lá a conversa é outra. Ambos os partidos lucram com a guerra e invasões, isso é fartamente documentado, assim como as atuações da CIA e NSA.

  3. Impressionante a falta de planejamento para a retirada dos soldados e armamentos. Uma lástima esse governo Joe Biden.

  4. Pra quem gastou 1 trilhão de dolares em 20 anos, numa guerra, ou 5,5 trilhão de reais…..É troco.

    1. O contribuinte americano gastou, mas as companhias americanas lucraram e muito com essa falsa guerra ao terror. A indústria da guerra não pode parar, se assemelha a indústria da construção civil chinesa, tem que funcionar sempre.

  5. Nem em sonho o Taleban terá condições de manter funcionando esse equipamento. Faltará desde o óleo lubrificante apropriado até o operador habilitado. Vão vender no mercado negro para os próprios americanos.

    1. Ou para as cada vez mais crescentes milícias privadas. Até o cartel mexicano hipermodernizado (Jalisco Nova Geração) pode entrar no jogo.

  6. Uma retirada desastrada comandada por um presidente senil, caquético. A civilização ocidental judaico-cristã está correndo sério risco. Isso deveria ser levado muito a sério.

    1. A civilização sino-russa também corre riscos, se sua viseira de olavete te deixar ver. Os EUA tem tanta culpa como a China e Rússia, por treinar, incentivar e invadir o Afeganistão desde muito tempo.

    2. Não me refiro apenas ao Afeganistão, que é apenas mais um exemplo desse risco. Quanto a Russia e China, estão se alinhando com o talibã. Nem sequer retiraram suas embaixadas.

    3. Vc só tá esquecendo de dizer que foi Trump que assinou um tratado ridículo que só fez favorecer os talibas ja que eles , durante a vigência do cessar fogo com as tropas ocidentais, poderiam atacar livremente as tropas afegãs…

    4. Quem incentivou o Talibã, foi os EUA, na década de 80, contra os soviéticos. Agora pagam o preço. Tudo começou com Reagan e Bush pai (Republicanos). Seja honesto pelo menos uma vez!

    5. Tofos os americanos são a favor da retirada do Afeganistão. Já estão por lá há mais de 20 anos. Mas o problema foi a FORMA como ocorreu, conduzida pelo senil Biden, que está decepcionando em todos suas ações.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

FDA concede registro definitivo para a vacina da Pfizer contra Covid nos EUA

Foto: Myke Sena

A Agência reguladora dos Estados Unidos (FDA) concedeu nesta segunda-feira (23) o registro definitivo para a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para pessoas com 16 anos ou mais no país. Esta é a primeira vacina contra o coronavírus aprovada pela Food and Drug Administration e espera-se que abra as portas para mais restrições que exigem a vacinação nos EUA.

“A aprovação desta vacina pelo FDA é um marco à medida que continuamos a lutar contra a pandemia de Covid-19”, declarou a Dra. Janet Woodcock, chefe do FDA.

A vacina da Pfizer/BioNTech foi autorizada para uso emergencial nos Estados Unidos em dezembro de 2020, para pessoas com 16 anos ou mais. Em maio deste ano, a autorização foi estendida a maiores de 12 anos.

De mais de 170 milhões de pessoas nos Estados Unidos totalmente vacinadas contra a Covid-19, mais de 92 milhões receberam a vacina da Pfizer/BioNTech.

“Embora esta e outras vacinas tenham atendido aos rigorosos padrões científicos da FDA para autorização de uso de emergência, como a primeira vacina Covid-19 aprovada pela FDA, o público pode estar muito confiante de que esta vacina atende aos altos padrões de segurança, eficácia e qualidade de fabricação”, disse Woodcock.

Para poder autorizar o registro definitivo, o FDA diz ter feito uma avaliação “incrivelmente completa e cuidadosa dessa vacina”, segundo o diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, Peter Marks.

“Avaliamos dados científicos e informações incluídas em centenas de milhares de páginas, conduzimos nossas próprias análises de segurança e eficácia da Comirnaty e realizamos uma avaliação detalhada dos processos de fabricação, incluindo inspeções das instalações de fabricação”, disse em nota.

Como funciona a vacina da Pfizer

A vacina Pfizer/BioNTech utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). O material genético sintético, que carrega o código genético do SARS-CoV-2, estimula o organismo a gerar anticorpos contra o vírus.

Em outras palavras, o objetivo é que o mRNA sintético dê as instruções ao corpo humano para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. São essas proteínas que levam à resposta do sistema imunológico e trazem a proteção para o indivíduo.

As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante, considerado de terceira geração, que também tem como objetivo proteger as pessoas de doenças infecciosas.

CNN Brasil

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

VÍDEO mostra pessoas caindo de avião dos EUA que deixava Cabul

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra duas pessoas caindo de um avião militar norte-americano C-17 que acabava de decolar do aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão, nesta segunda-feira (16), após a tomada da cidade e do poder no país pelos militantes talibãs.

Milhares de pessoas, tanto afegãos quanto estrangeiros que buscavam deixar o país, tomaram a pista do aeroporto desde domingo. Eles tentavam escapar do grupo que voltou ao poder em uma ofensiva relâmpago de dez dias, após quase duas décadas de intervenção norte-americana.

O vídeo foi postado no Twitter pela emissora saudita Al-Arabiya.

Outro vídeo, gravado na pista, mostra dezenas de pessoas cercando o avião militar conforme ele taxiava e algumas praticamente penduradas no trem de pouso da aeronave.

Com R7

Opinião dos leitores

  1. “Eu lamento enormemente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo”.
    Dilma Rousseff, em discurso na ONU, pedindo diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.
    Dilma Rousseff e seus cumpanheiros, deveriam ir dialogar com o Talibã.

  2. Viva Biden! Vamos entregar flores e fazer coraçãozinho pros terroristas! Foi assim que derrotaram Hitler na segunda guerra mundial!

    1. Xara, quem começou a desmantelar a operação no Afeganistão foi Trump, inclusive fez um péssimo acordo com o Talibã. Ou vc tem memória seletiva?

    2. Então, a culpa agora é do Trump? Rapaz, tem que ter muita tolerância prá ler certas asneiras por aqui.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Contra sono excessivo, EUA aprovam ‘droga do estupro’

Foto: Pixabay

Uma droga com histórico ligado ao uso recreativo e até a casos de crimes sexuais foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, para tratamento de condições raras do sono. O GHB, como o entorpecente é comumente conhecido, ganhou o nome comercial de Xywav, produzido pela Jazz Pharmaceuticals PLC. A substância atua no distúrbio crônico chamado de hipersonia idiopática, que causa um excesso de sonolência durante o dia, mesmo após uma noite bem dormida.

— A nova indicação para o Xywav é significativa, uma vez que a FDA nunca havia concedido aprovação para medicamentos que tratem a hipersonia idiopática — disse o vice-diretor do departamento de Neurociência do FDA, Eric Bastings. — O distúrbio é uma condição crônica que dura a vida inteira, e a aprovação será fundamental para o tratamento dos sintomas, como sonolência excessiva e dificuldade de acordar.

Um dos compostos do Xywav é o oxibato de sódio, conhecido também como gama-hidroxibutirato (GHB), uma droga sintética de uso controlado. A utilização ilícita dessa substância pode causar efeitos colaterais graves, como convulsões, dificuldades para respirar, mudanças no estado de alerta do organismo, coma e morte.

Desde os anos 1960, o GHB já foi utilizado de diversas formas, lícitas ou ilícitas, como a sedação durante o parto. Como droga recreativa, é conhecida por causar euforia e aumento do desejo sexual. Desde os anos 2000, a substância tem aparecido no noticiário ligada a diversos casos de violência sexual, a ponto de receber o apelido de “droga do estupro”.

Devido aos riscos associados, o Xywav está sujeito a um controle de segurança rígido nos EUA e estará disponível aos pacientes apenas sob prescrição médica.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Pixuleco com seus codinomes acha melhor sentir a dor e o sangramento, assim como adora criminosos corruptos condenados. Ele adora se fudeeeer!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Nos EUA, FDA autoriza 3ª dose da Pfizer e da Moderna para imunossuprimidos

Foto: Heudes Regis/SEI

A US Food and Drug Administration (FDA), principal órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, alterou as autorizações de uso emergencial das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna contra a covid-19 para permitir a aplicação de uma terceira dose dos imunizantes. A autorização é válida para indivíduos imunossuprimidos, como pessoas que receberam órgãos transplantados ou que tenham doenças que prejudiquem seu sistema imune, e ocorre em meio a uma nova onda de infecções pela doença.

“O país entrou em uma nova onda da pandemia da covid-19, e a FDA tem conhecimento de que pessoas imunossuprimidas correm maior risco de sofrerem infecções severas”, afirmou em comunicado a comissária interina da FDA, Janet Woodcock. “A decisão permite que os médicos aumentem a imunidade de certos indivíduos imunossuprimidos que precisam de proteção extra contra a covid-19.”

As duas vacinas são aplicadas em duas doses, com intervalos diferentes para cada uma delas. A recomendação da FDA é de que a terceira dose seja aplicada ao menos 28 dias após o esquema vacinal tradicional, e que não haja intercâmbio de vacinas.

A orientação é válida para pessoas que receberam órgãos transplantados ou que sejam diagnosticadas com doenças que reduzam a capacidade de resposta do sistema imunológico à infecção. A vacina da Pfizer tem uso emergencial autorizado em pessoas acima de 12 anos nos Estados Unidos, e a da Moderna, para indivíduos com 18 anos ou mais.

A FDA avaliou as informações disponíveis sobre a aplicação de uma terceira dose das vacinas da Pfizer e da Moderna entre imunossuprimidos, e concluiu que o reforço vacinal pode aumentar sua proteção. O órgão recomenda que indivíduos com condições especiais de imunidade discutam com seus médicos o uso de tratamentos de anticorpos monoclonais, mas ressalta que eles não substituem a vacina na prevenção à doença. Além disso, também reitera que a vacina não deve levar ao descuido de práticas não-farmacológicas, como o distanciamento social.

Segundo a FDA, o Comitê de Aconselhamento em Práticas de Imunização do Centro de Controle e Prevenção a Doenças (CDC, na sigla em inglês) deve se reunir nesta sexta-feira (13/8), para discutir mais recomendações clínicas em relação aos imunossuprimidos. A decisão de permitir uma dose de reforço não se aplica a pessoas que não se enquadrem neste grupo, alerta a FDA.

Correio Braziliense

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Brasil ultrapassa EUA em adultos com 1ª dose de vacina e chega a 73,9%

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O Brasil chegou nessa 5ª feira (12.ago.2021) a 73,9% de adultos vacinados com ao menos uma dose. O percentual é superior ao dos Estados Unidos, que têm 71,5% da população vacinada com ao menos uma dose.

Os dados consideram as pessoas acima de 18 anos e são da plataforma coronavirusbra e do CDC (Centers of Diseases Control), órgão de saúde pública dos EUA.

Quando se compara aos adultos totalmente imunizados, porém, o Brasil fica atrás: 30,6% contra 61,3%.

VACINAÇÃO ACELERADA

A média móvel (considerando os últimos 7 dias) de vacinação no Brasil está em 1,5 milhão de doses aplicadas por dia. É o maior valor já registrado desde o início da vacinação. Desde 13 de junho, a média diária supera 1 milhão de doses.

Nos Estados Unidos, essa média chegou a 3,4 milhões de doses diárias em 13 de abril. A vacinação, no entanto, caiu. A média mais recente é de 730 mil doses diárias.

O país da América do Norte enfrenta dificuldades de ampliar a vacinação, com grupos que resistem em tomar o imunizante. Por conta disso, tem adotado medidas como tornar a vacinação obrigatória nas Forças Armadas.

Foto: Reprodução/Poder 360

Com Poder 360

Opinião dos leitores

  1. la estagnou devido a resistencia da população em se vacinar, grande parte devido a movimentos anti vacina. Qanun.

  2. Cade o discurso de genocida? Vão dizer, então estariamos bem melhor se não fosse o PR. Bando de zumbis.

  3. Certamente as mídias podres não irão comentar esta capacidade do governo federal de vacinar os brasileiros, e cai por terra a narrativa de que o governo federal está represando vacinas, os estado é que terão que dar conta dos estoques que possuem, o ministério da saúde já entregou 197 milhões de doses e só foram aplicadas 160 milhões, as 37 milhões de doses sobrando nos Estados, ninguém questiona.
    Bando de canalhas antipatrotas.
    Parabéns presidente e equipe por mais essa conquista 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

CEPA COVID: Nascida nos EUA, variante Lota chama a atenção pela letalidade; 60% mais mortal do que a original detectada em Wuhan

Foto: Divulgação/NIAID

Os resultados de um novo estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Saúde e Higiene Mental da Cidade de Nova York e da Escola Mailman de Saúde Pública, da Universidade de Columbia, ambos nos Estados Unidos, surpreenderam os pesquisadores. O trabalho identificou que as taxas de transmissão, de mortalidade e a capacidade de escapar do sistema imunológico de uma variante do coronavírus chamada Lota é maior do que se previa inicialmente. A Lota foi identificada pela primeira vez em novembro de 2020, na cidade de Nova York, e não há casos registrados no Brasil.

A pesquisa ainda não foi revisada por outros pesquisadores, procedimento que é adotado em trabalhos científicos, mas já causou impacto, ao indicar que a variante consegue escapar do sistema de defesa do organismo em até 10% dos casos. Além disso, a Lota tem uma taxa de letalidade semelhante à Alfa, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e é 60% mais mortal que a variante originada em Wuhan, na China.

Modelo matemático

A comparação entre os índices é feita com base em dados epidemiológicos e populacionais coletados em Nova York. Para isso, fez-se uma modelagem matemática para determinar a taxa de transmissão — e não com casos reais de morte.

— Ainda assim, já nos chama a atenção porque tem características de transmissão, escape da resposta imunológica e taxa de letalidade semelhantes à variante Alfa, uma das quatro cepas de preocupação — enumera o geneticista Salmo Raskin, diretor do laboratório Genetika, em Curitiba.

Modelos matemáticos tendem a calcular um número de casos e mortes aproximados da realidade. Quando se analisa apenas os dados epidemiológicos, há um risco de a taxa de mortalidade ser inflada devido à subnotificação de casos. Por exemplo, se em uma cidade foram registrados 100 casos de Covid-19 e uma pessoa morreu da infecção, a taxa é de 1%. Mas se o número de diagnósticos estiver subnotificado e o real for que 1 mil pessoas se contaminaram, cai para 0,1%.

O estudo também mostrou que a Lota perdeu força em Nova York a partir de março de 2021, quando a variante Alfa passou a circular nos EUA. Ainda não se sabe qual será a reação da Lota diante da Delta, que se sobrepôs à Alfa e fez o número de internações nos EUA voltar a aumentar.

— Se vencer a luta evolutiva contra a Delta, é bem possível que ela passe da classificação usada na ciência de “cepa de interesse” para “cepa de preocupação” — alerta o geneticista Raskin.

As denominações foram criadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) recentemente. As variantes que demonstram capacidade de transmissão comunitária e se espalham rapidamente por dentro de um país ou para outros países são as de “interesse”. As variantes de “preocupação” são aquelas que além de se alastrar, impactam no curso da doença, por exemplo, elevando a taxa de transmissão, mudando ou aumentando os sintomas ou reduzindo a efetividade de medidas de saúde, como diagnósticos, vacinação e tratamentos terapêuticos.

Trabalhos já mostraram que a Lota é não é tão resistente aos tratamentos. As evidências também indicam que a variante não aumenta o risco de infecções graves em pessoas vacinadas ou que já se infectaram antes.

Risco para Brasil

Na avaliação de Raskin, há chance de a variante Lota chegar ao Brasil por meio de viagens internacionais. No entanto, ele afirma que esta não é a única maneira, e destaca que o descontrole da pandemia pode fazer com que essa e outras cepas surjam espontaneamente em nosso país.

— As variantes que apresentam mutações nos genomas não chegam apenas por pessoas que viajam de um lugar para o outro. Estas variantes mostram, do ponto de vista evolutivo, que o coronavírus se adapta melhor mudando o código genético. Isto quer dizer que em qualquer lugar do mundo em que existir qualquer variante do coronavírus, ele pode se modificar naturalmente para uma variante Lota ou outra qualquer.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa turma não quer de forma alguma que a vida das pessoas volte ao normal. A torcida pelo vírus é enorme e essa Globo parece ser a mais nojenta. A gente só falta ver o sangue escorrendo. É incrível!

    1. Sua vida nunca voltará ao normal, filho de belzebú, pelo simples fato de que você nunca foi normal. Você é uma aberração da natureza. Uma besta que não vive sem uma cangalha. Mas não tenho pena de você. Todo castigo pra corno ainda é pouco.

    2. Que revolta é essa, Juju. Vá limpar sua boca suja, “cumpanhero”. Depois, reze 5 Pai Nosso e 10 Ave Maria. Prá vermes como vc, não tem reza que resolva. Kkkkkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

‘Pedra racista’: Estudantes de universidade se mobilizam e rocha de 42 toneladas é removida

Foto: Reprodução/Youtube

Uma pedra de 42 toneladas foi removida da Universidade de Wisconsin, nos EUA, depois que estudantes alegaram que a rocha era um “símbolo do racismo”. A pedra estava localizada no campus desde 1925 e homenageava o geólogo Thomas Chamberlin, presidente da Universidade de Wisconsin entre 1887 e 1892.

Na época de sua colocação no campus, os jornais empregaram o termo “nigger” para se referir à rocha. Atualmente, o apelido é considerado uma injúria racial grave, mas na época era aplicado para nomear rochas grandes e escuras, tal como a da universidade. Em 2020, o grupo Wisconsin Black Student Union iniciou um movimento para a retirada da pedra. De acordo com eles, a associação ao termo pejorativo feita há quase 100 anos tornaria a rocha um símbolo racista. A mobilização começou após os protestos contra a morte de George Floyd por um policial, promovidas pelo grupo Black Lives Matter. Entre as ações do grupo, estava a destruição de monumentos considerados “racistas”.

Durante reunião com a administração da universidade, os estudantes disseram que a presença contínua da rocha era um lembrete diário das injustiças, do passado e do presente, que os estudantes negros enfrentam no campus. Depois da remoção, a rocha foi encaminhada a um terreno de propriedade da universidade, longe do campus.

Gazeta do Povo

Opinião dos leitores

  1. Gostaria de saber qtos estudantes solicitaram a retirada da “Pedra Opressora”. Meia duzia de gatos pingados tem tal força para solicitar essa retirada. Pobreza cultural tb mata e aleija a história.

  2. Aihnnn, que pedra opressora!!! Tira ela daí…Lula Livre…kkkkkkkkk…esquedalha ridícula….kkkkkk

  3. Estão precisando é de uma guerra e das grandes ! P ver o q é problema ! Isso sim,num instante aprende os valores da vida, da luta, e deixa de ver problema onde não tem, ou problemas ínfimos e mimimi

  4. O fim está mesmo próximo. Acautelai-vos! Como dizia o folclórico ex-senador piauiense Mão Santa. Kkkkkkkk

  5. Tem gente que problematiza tudo, se deixar vão querer remover o cristo redentor por algum motivo, alguém duvida?

  6. Pense em um povo que esta ficando paranoico, perder tempo com uma pedra, pelo amor de Deus. O mundo está parando para tanta besteira, palavras que o satanás colocou no mundo como, Bully, Homofobia e outras que tornam o certo em errado e o errado em certo, a inversão de valores está tomando conta desse mundo sendo administrado pelo inimigo de nossas almas.

    1. Que deploravel o seu preconceito e intolerancia religiosa com o pobrezinho do satanás,todos os erros que as pessoas praticam põem toda a culpa do erro praticado no coitadinho do príncipe Lucifer,erros que são practicados pela ação do livre arbitrio individual,o diabo não é responsavel por nenhum ato pessoal pelo livre arbitrio,isso é mais um total preconceito,intolerancia,discriminação e odio religioso que foi inventado falsamente pela ideologia da igreja católica e seguida por todas as igrejas protestantes evangélicas.

    2. O erro do principio da ética,da moral e do bom costume de cada individuo é uma atitude,ação e gesto do livre arbitrio do mundo,não é culpa de nenhuma possessão ou dominio espiritual maligno,más,da propria personalidade e pessoalidade.

    3. Infelizmente estão fazendo isso pq o povo não faz nada. É aquela velha máxima. Se tem palhaço é pq o povo paga para ver. Estão mudando nossa cultura e o povo está aceitando fácil.

    4. A culpa do pobreza não é do príncipe Lucifer,mais da desigualdade social e econômica que existe no mundo onde 2% da élite econômica mundial concentram mais de 99% de todo o dinheiro,patrimônio e riqueza material do mundo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Medo do comunismo fez EUA criarem clã político do Rio Grande do Norte a partir de Aluízio Alves durante Guerra Fria, destaca reportagem

Foto: Reprodução/The Intercept

O presidente americano John F. Kennedy ligou o sistema de gravação instalado no Salão Oval da Casa Branca na manhã daquela segunda-feira, 30 de julho de 1962. A fita registrou a conversa entre o presidente e Lincoln Gordon, embaixador dos EUA no Brasil. Ao longo de 28 minutos, eles trataram do presidente João Goulart, de um possível golpe militar e de quantos milhões de dólares os EUA estavam dispostos a torrar para interferir na política brasileira.

Na conversa, um nome chama a atenção. Trata-se de Aluízio Alves, à época governador do Rio Grande do Norte. O centenário de nascimento dele será lembrado na quarta, 11 de agosto. Alves é citado por Gordon como uma figura que merece apoio naquele Brasil tumultuado e polarizado. Aquela conversa ratificaria o estado governado pelo político potiguar como destinatário de uma bolada de milhões de dólares que os EUA passariam a negar a Goulart.

Lincoln Gordon: Um dos projetos, [no] Nordeste, por exemplo, acho que deveríamos fazer avançar. Existem alguns governadores: governador do Rio Grande do Norte. . . Eu não acho que ele encontrou você, Aluízio Alves, mas ele viu todo mundo na cidade. Ele esteve aqui há cerca de três semanas. É um grande companheiro.

John F. Kennedy: Este é o Vicento… não é o Rio, é?

Gordon: Rio Grande do Norte.

Kennedy: Este é o Rio?

Gordon: É um pequeno estado no Nordeste.

Kennedy: Oh, entendo. Não, eu não o vi.

Gordon: É um pequeno estado no Nordeste. É um cara de 40 anos, enérgico como pode ser, não é um demagogo, honesto. Ele é…

Kennedy: Quão fortes são os comunistas lá?

Gordon: Como tal, o partido é fraco.

Segundos depois, Gordon voltou a insistir com o chefe sobre quão importante Alves poderia se tornar para os Estados Unidos:

Kennedy: Existe um grande desânimo no Brasil [entre] todos os moderados?

Gordon: Ah, eles não estão desanimados a ponto de desistir. Eles estão muito infelizes. A forma como esta crise política foi tratada foi extremamente ruim. Não, um sujeito como Aluízio Alves quer organizar um centro forte, ligeiramente à esquerda. E, eu acho, devemos apoiar isso absolutamente, ao máximo.

O apoio chegou, e em tal quantidade que ajudaria a cimentar um novo clã político no estado. Alves recebeu dos americanos, em pouco mais de três anos, um montante superior à receita do estado para um ano todo. Durante a Segunda Guerra Mundial, dez mil americanos viveram no Rio Grande do Norte e deixaram ali uma marca cultural histórica. Décadas depois, o dinheiro de Washington ajudou a moldar o futuro político do estado.

Os americanos relatam que o Rio Grande do Norte recebeu, em 30 repasses, 3,46 bilhões de cruzeiros entre outubro de 1962 e janeiro de 1966. A soma está em um documento enviado pela diplomacia americana à ditadura brasileira em novembro de 1969. Tratou-se de dinheiro a fundo perdido, entregue ao governo do estado como doação direta. Para efeitos de comparação, em mensagem à Assembleia Legislativa em 1963, o governo potiguar informou que a receita geral do estado no ano anterior havia sido de 2,5 bilhões de cruzeiros.

Eu corrigi a soma pela inflação, usando uma ferramenta disponível no site do Banco Central. Em valores atuais, a bolada doada pelos EUA equivale a R$ 179,1 milhões.

Graças ao dinheiro dos EUA, as estruturas estaduais de saúde, educação, abastecimento de água, habitação, malha viária e assistência social cresceram a olhos vistos. A ideia era apresentar o estado como um modelo do que o capitalismo poderia fazer pelo Brasil. Assim foi, e a Casa Branca acompanhou cada passo dado por Alves, como registram mais de 70 documentos da Biblioteca JFK, da Universidade Brown e do Arquivo Público do Estado do RN, analisados por mim.

O dinheiro americano permitiu a construção de uma estrada de 51 quilômetros de extensão que liga a cidade de São José de Mipibu à fronteira com a Paraíba – sozinha, a obra consumiu 1 milhão de dólares. Uma outra fonte de recursos, um programa assistencialista dos EUA chamado Food for Peace, ou Comida pela Paz, fez jorrar doações estimadas em 950 mil dólares entre 1963 e 1965 nos cofres do governo Alves.

O resultado não intencional e mais duradouro da dinheirama foi sedimentar Aluízio Alves e seus descendentes na política. O clã produziu três ministros, um presidente da Câmara dos Deputados e outro do Senado Federal. Seu representante mais conhecido, atualmente, é o advogado Henrique Eduardo Alves, deputado federal por 11 mandatos, ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo que terminou preso nos desdobramentos da operação Lava Jato – Henrique foi liberado da prisão em julho de 2018.

No auge, os Alves estenderam seu poder para além da política. Foram donos de empresas de comunicação – inclusive das emissoras afiliadas à Rede Globo no estado, como a TV Cabugi e a Rádio Cabugi, além do jornal impresso Tribuna do Norte.

Aliança para o Progresso

Boa parte da montanha de dólares que inundou o Rio Grande do Norte tem uma mesma origem: o programa Aliança para o Progresso. Ele foi moldado pelo governo Kennedy como instrumento de apoio ao desenvolvimento e combate à influência comunista na América Latina. No Brasil, não demorou a virar ferramenta política.

O professor Felipe Pereira Loureiro, da Universidade de São Paulo, a USP, detalha esse viés político no livro “A Aliança para o Progresso e o governo João Goulart (1961-1964)”. A obra apresenta um índice montado pela embaixada dos EUA para classificar os governadores brasileiros e selecionar os que seriam beneficiados.

O extinto estado da Guanabara, que corresponde ao que hoje é o município do Rio de Janeiro, governado por Carlos Lacerda, principal opositor de João Goulart e do seu mentor, Getúlio Vargas, ficou com a maior fatia do bolo. Mas o Rio Grande do Norte foi escolhido com carinho para ser o contraponto ao Pernambuco do “extremista” Miguel Arraes. “O Rio Grande do Norte foi claramente privilegiado. Os documentos americanos mostram que Aluízio era o político modelo, que deveria receber apoio por ser um democrata reformista e anticomunista”, me disse Loureiro.

“Os Estados Unidos estavam apavorados com o Nordeste. O semiárido nordestino era uma das áreas mais pobres da América Latina, e a pobreza era vista pelos norte-americanos como campo fértil para a proliferação de ideias ditas contra a ordem, pois um povo na miséria absoluta não teria nada a perder. Nesse contexto, o Rio Grande do Norte foi escolhido para ser a principal ‘Ilha de Sanidade’ da região, recebendo a maior quantidade de recursos per capita da Aliança”, avaliou o professor Henrique Alonso, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a UFRN, pesquisador e autor de artigos e livros sobre as relações entre EUA e Brasil.

“Ilha de Sanidade” é um conceito criado pelo embaixador Lincoln Gordon, um dos formuladores da Aliança. Economista e professor da Universidade de Harvard, ele atuou no Plano Marshall, gestado por Washington para financiar a reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial. Gordon acreditava que as tais ilhas deveriam ser vitrines do poder americano e contrapontos ao mundo socialista.

“O primeiro beneficiário da política das Ilhas [de Sanidade] foi Aluízio Alves, o governador pró-EUA do Rio Grande do Norte. Ele estava entre os governadores de estado mais ambiciosos no desenvolvimento de planos de desenvolvimento econômico e social e em cortejar os formuladores de políticas dos EUA envolvidos na tomada de decisões de financiamento da Aliança para o Progresso”, corroborou Jeffrey F. Taffet, autor do livro “Foreign aid as foreign policy – The Alliance for Progress in Latin America” (“Ajuda externa como política externa: a Aliança para o Progresso na América Latina”, em tradução livre).

O medo de que a situação nordestina descambasse numa revolução como a cubana era forte na Casa Branca. Em julho de 1961, um ano antes da conversa que selou o destino de Alves, Kennedy recebeu Celso Furtado, que chefiava a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene, em Washington. O presidente dos EUA não fez rodeios ao dizer que a região despertava grande interesse de seu governo, segundo o memorando do Departamento de Estado que registrou a reunião.

Em abril do ano seguinte, Brasil e EUA assinariam um acordo milionário de ajuda para o Nordeste. A primeira parte do plano levaria, imediatamente, 33 milhões de dólares à região. E, a médio e longo prazo, mais 98 milhões de dólares para obras de saneamento, saúde, energia, educação, abastecimento de água e fomento da agricultura.

‘Porta-voz dos governadores’

Tanto dinheiro assim não seria entregue sem que o uso fosse vigiado de perto por Washington. Mais um trunfo para Alves: na visão de Gordon, ele inspirava confiança. Em informações enviadas para municiar Kennedy em uma visita que ele faria ao Brasil, o embaixador aponta o governador potiguar como um “tipo que devemos encorajar”. Alves se esforçou para merecer o apoio. Em julho de 1963, entregou a João Goulart um manifesto assinado por quase todos os governadores nordestinos e intitulado “Resposta ao desafio do Nordeste”. Nele, cobrava-se uma definição do governo federal a respeito da Aliança para o Progresso. Para Alves, Brasília colocava entraves e impedia que o dinheiro de Washington chegasse ao seu destino.

Um resumo do texto foi encaminhado da embaixada dos EUA em Recife para Washington, indo parar em um relatório especial da Agência Central de Inteligência, a CIA. Nos bastidores do governo Goulart, dizia-se que o manifesto era obra dos americanos. Na Casa Branca, ele soou como música. “O articulado governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves parece, ultimamente, estar despontando como porta-voz para os governadores nordestinos em questões regionais”, resume o telegrama diplomático.

Autor do livro “The Politics of Foreign Aid in the Brazilian Northeast” (“As políticas de ajuda externa no Nordeste brasileiro”, em tradução livre), publicado em 1973, Riordan Roett, professor e diretor emérito da Universidade Johns Hopkins, entrevistou Alves e outros governadores ainda durante o funcionamento da Aliança. “Eu perguntei se ele acreditava que existia uma ameaça vermelha. Ele nunca respondeu a questão diretamente, mas falou sobre Fidel Castro, Miguel Arraes, o governo Goulart, etc. Charmoso de um jeito nordestino, desconfiado, ele quis enviar sua mensagem de que era uma ‘Ilha de Sanidade’ confiável”, lembrou o professor, em conversa comigo.

Siga o dinheiro

Aluízio Alves foi eleito governador em 1960, após quatro mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados, onde foi vice-líder da oposição e secretário-geral da UDN, a União Democrática Nacional, partido de direita da época. Montou uma coalizão que tinha de integralistas e setores conservadores da Igreja Católica a comunistas e sindicalistas, a Cruzada da Esperança. Com ela, derrotou Djalma Marinho, avô do hoje ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, com uma diferença de mais de 10% dos votos.

Mas o sucesso eleitoral não assegurou um início de governo tranquilo. Entronado no Palácio Potengi, que em seu mandato passou a ser chamado de Palácio da Esperança, Alves encontrou os cofres praticamente vazios, pagamentos em atraso e uma Assembleia Legislativa oposicionista e hostil. O governador montou uma equipe de jovens formados pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, a Cepal. Reunidos no Conselho Estadual de Desenvolvimento, esses assessores planejaram a modernização do estado com projetos de eletrificação, redes de telefonia, poços e açudes no semiárido, moradia popular e infraestrutura.

Faltava o principal: dinheiro. Sem conseguir os dólares em casa, Alves resolveu ir bater à porta dos americanos e desembarcou em Washington no fim de junho de 1962. Sentou-se para conversas com diplomatas e assessores da Aliança, dos quais ouviu que não havia acordo possível sem a Sudene envolvida. Tentando uma cartada final, visitou o embaixador brasileiro, o economista liberal Roberto Campos. Foi a decisão certa.

Apesar de Kennedy afirmar ao embaixador Lincoln Gordon que não encontrou Alves, o governador potiguar escreveu em suas memórias que Campos conseguiu que o presidente americano saísse de uma agenda política interna no interior dos EUA apenas para atendê-los. Acompanhado da esposa, Jacqueline Kennedy, o presidente recebeu os brasileiros na sede do Departamento de Estado. De acordo com as lembranças de Alves, o encontro teve o seguinte diálogo:

Kennedy: Como vai a Aliança para o Progresso?

Alves: Presidente, falando francamente, só existe nos jornais. Nem uma providência foi dada, além da assinatura de um convênio, guardado na gaveta da Sudene.

A partir daí, Alves daria sua versão – obviamente interessada – da situação, que incluiu as Ligas Camponesas e a já conturbada situação política do Brasil. Jânio Quadros já havia chegado à metade do que seria seu mandato, abreviado pela renúncia que levaria João Goulart à presidência. JFK então disse que na manhã seguinte o chefe da Aliança estaria em Washington pronto para ouvi-lo, pois havia ordenado o retorno dele das férias.

Ao final, Alves voou para casa com a promessa de 20 milhões de dólares em investimentos. A quantia, segundo reportagem do Diário de Natal, era “alucinante”. Em 12 de agosto, Teodoro Moscoso, coordenador-geral da Aliança, e mais sete assessores desembarcaram em Natal para tratar da parceria.

Com o dinheiro americano, o governo Alves fez obras como o Sistema Jiqui, responsável pelo abastecimento de água de parte da zona sul de Natal até hoje, o Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy, o IFESP, para formação de professores, inaugurado com a presença do senador Robert Kennedy, e a Cidade da Esperança, o primeiro programa habitacional do estado destinado ao público de baixa renda que construiu 400 casas, financiadas pela Aliança, e deu origem a um bairro na zona oeste da capital.

Se Carlos Lacerda homenageou os financiadores americanos ao batizar os conjuntos habitacionais construídos na Guanabara com os nomes de Vila Aliança e Vila Kennedy, Aluízio resolveu colocar a sua marca. “A Cidade da Esperança foi entregue já no fechamento do governo. O nome foi ideia dele, ligando a Cruzada da Esperança, o Governo da Esperança”, relembrou o deputado estadual José Dias, hoje no PSDB, que presidia a fundação habitacional.

Paulo Freire alfabetiza – e com dinheiro dos EUA

O maior e mais caro dos projetos financiados pela Aliança para o Progresso no Rio Grande do Norte foi para a educação. Não à toa. O censo de 1960 do IBGE apontava que 61,64% dos potiguares acima dos 5 anos de idade não sabiam ler e escrever, um contingente de 586.688 pessoas. Em junho de 1961, uma missão americana apontou o estado como a melhor vitrine para seu primeiro projeto educacional no Nordeste.

Assim, Washington concordou em entregar 2,5 bilhões de cruzeiros ao Rio Grande do Norte. Em sua mensagem especial ao Congresso em 2 de abril de 1963, JFK citou a parceria: “No problemático Nordeste do Brasil, em acordo com o estado do Rio Grande do Norte, está em andamento um programa para treinar três mil professores, construir mil salas de aula, dez escolas vocacionais, oito escolas normais e quatro centros de treinamento de professores”.

O acerto feito diretamente entre os potiguares e os americanos incomodou o governo brasileiro, mas terminou aprovado e assinado em dezembro de 1962.

Se o analfabetismo era o grande problema, era necessário enfrentá-lo com coragem. Ainda antes da verba americana, Aluízio Alves e seus assessores ouviram falar de um professor da Universidade Federal de Pernambuco, que inventara um método rápido e barato para ensinar a ler e escrever. Era Paulo Freire.

O governo acertou com Freire um convênio para um projeto-piloto, que se bem-sucedido, seria ampliado para todo o estado para alfabetizar pelo menos 100 mil pessoas em três anos. Faltava dinheiro até a Aliança para o Progresso aparecer. A contradição em receber financiamento americano não passou ao largo das discussões do grupo que executaria o programa.

“O clima era duro. Mas, no fim das contas, não tivemos medo da contradição, pois tínhamos convicções arraigadas”, relembrou o advogado Marcos Guerra, então um jovem estudante que coordenaria a ação. O educador pernambucano foi quem bateu o martelo. “Eu não tenho medo da Aliança, ela que tenha medo de mim”, disse Freire, em uma das reuniões preparatórias.

“Paulo Freire encontrou aqui, como não encontrou mais em nenhum outro local, o apoio para colocar em prática, em larga escala, sua tese”, resumiu o jornalista Cassiano Arruda Câmara, que era repórter à época.

A escolha pelo município de Angicos não foi gratuita: era a terra natal dos Alves. Aluízio queria mostrar que, se a emancipadora experiência de alfabetização – numa época em que analfabetos não votavam – fosse feita na sua cidade, poderia ser levada a qualquer lugar. Ainda no fim de 1962, o grupo chega ao município para não só alfabetizar, mas conscientizar 300 pessoas sobre seus direitos. Era a experiência que ficou conhecida como As 40 Horas de Angicos.

As aulas de janelas e portas abertas, lembra Guerra, eram sempre assistidas por pessoas não identificadas. Em dia de visita dos consultores da Aliança, tudo parava: dava-se folga aos professores, e as aulas eram suspensas. Mas a experiência foi bem-sucedida e começou a se espalhar pelo estado. Em uma mensagem enviada aos deputados estaduais, o governo de Alves defendeu o Método Paulo Freire por habilitar “ao exercício da cidadania, como eleitor, como membro de uma nação livre e como participante ativo do regime democrático”.

A aula de encerramento, em 2 de abril de 1963, atraiu o presidente João Goulart, que assistiria ao recém-alfabetizado Antônio Ferreira ler um discurso escrito de próprio punho: “Em outra hora, nós era massa, hoje já não somos massa, estamos sendo povo”. Ali, Jango anunciou que o Ministério da Educação levaria o método para todo o Brasil.

Após uma visita ao Rio Grande do Norte em maio de 1963, Lincoln Gordon recomendou que outros governadores copiassem o modelo. Três meses depois, o secretário de Educação Calazans Fernandes seria recebido na Casa Branca pelo presidente JFK.

Um episódio, porém, dava o tom da mudança que viria. Ao fim da solenidade, o general Castelo Branco, que comandava o 4º Exército, atual Comando Militar do Nordeste, no Recife, abordou Calazans Fernandes. “Meu jovem, você está engordando cascavéis nesses sertões”, disse o futuro ditador. “Depende do calcanhar onde elas mordam, general”, retrucou o secretário. Exatamente um ano depois, o golpe militar desmantelaria a experiência. Paulo Freire e Marcos Guerra, entre outros envolvidos, seriam presos por “subversão”.

Nasce um clã

Aluízio Alves não foi primeiro político da família – o patriarca Manoel Alves foi prefeito de Angicos no início da década de 1930. Mas foi Aluízio quem sedimentou o clã na política potiguar.

“Aluízio sabia que não tinha recursos e teve a inteligência de perceber a realidade. Teve a compreensão do governo de Kennedy, do embaixador Gordon e se aproveitou muito bem”, afirmou o deputado estadual José Dias.

“Pode gostar-se ou não, mas Aluízio fez um governo inovador em um estado que era uma merda, onde o primeiro escândalo que gerou manchetes de jornal foi a compra de um ar condicionado para o gabinete do governador. Ele pegou carona na Aliança para o Progresso e virou um dos melhores exemplos do programa que terminou sendo um fracasso”, avaliou Cassiano Arruda.

Entre 1960 e 2018, cada episódio político local teve um Alves ou um aliado como protagonistas. Já em 1962, o grupo fez maioria no legislativo estadual, cinco das sete cadeiras da Câmara, e só não levou as duas do Senado por falta de 7,6 mil votos. Naquele mesmo ano, o governador, que já possuía a Tribuna do Norte, comprou a Rádio Cabugi. Dez anos depois, viria a Rádio Difusora, em Mossoró, e, em 1987, a TV Cabugi, retransmissora da TV Globo.

Em 1965, nova vitória. Aluízio fez governador o Monsenhor Walfredo Gurgel, senador e ex-vice-governador. Também elegeu prefeito de Natal o irmão, Agnelo Alves.

Em 1966, quatro irmãos Alves estavam na política: Agnelo era prefeito de Natal; Garibaldi, deputado estadual; Expedito, prefeito de Angicos; e Aluízio, o líder, governador. Mas o poder lhes seria tomado pela ditadura militar.

O governador não era bem quisto entre os militares, mesmo tendo emplacado o almirante Tertius Rebelo, membro do seu governo, no lugar de Djalma Maranhão, prefeito deposto de Natal, lançado uma comissão estadual de investigação da “subversão” no Rio Grande do Norte e escolhido a Arena, partido dos ditadores, para se abrigar. Os fardados gostavam era do senador Dinarte Mariz, ex-padrinho e então maior rival de Aluízio.

Um telegrama do Departamento de Estado dos EUA, de 1967, era sombrio sobre o futuro de Alves. “Por sua cordialidade com João Goulart, uma relação de trabalho de longa data com Carlos Lacerda e sua reputação de vigarista, a estrutura de poder pós-Revolução passou a encarar Aluízio com desconfiança”.

Em fevereiro de 1969, Aluízio e o irmão Garibaldi Alves foram cassados. Três meses depois, Agnelo perdeu o cargo de prefeito e foi preso. Escaparia apenas Expedito, assassinado em 1983 quando exercia o terceiro mandato como prefeito de Angicos.

Os irmãos Alves acabariam absolvidos. Mesmo com os direitos políticos suspensos, trocaram a Arena pelo MDB. Em 1970, Aluízio e Garibaldi lançam os filhos na política. Henrique Eduardo foi eleito deputado federal, e Garibaldi Alves Filho, estadual. Pelos 15 anos seguintes, os Alves ficariam distantes do poder central, ocupado por governadores indicados pelos militares.

A dupla da terceira geração seria responsável por alçar os maiores voos políticos do clã após Aluízio. Henrique comandou a Câmara dos Deputados e foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, sendo alijado pelas acusações da operação Lava Jato.

Já Garibaldi Filho, além de ser governador do Rio Grande do Norte por dois mandatos, foi senador por 20 anos, comandou o Senado por dois anos e foi ministro da Previdência Social de Dilma entre 2011 e 2015. Mas o primeiro dos Alves na Esplanada foi o velho Aluízio, ministro da Administração de José Sarney e da Integração Regional de Itamar Franco. Àquela altura, o veterano ainda teve ânimo para disputar e vencer a última eleição em 1990, quando ganhou o sexto mandato de deputado federal.

Graças à notoriedade garantida pelos dólares da Aliança para o Progresso, os Alves saíram do sertão potiguar para transitar com desenvoltura pelos corredores de Brasília. Herdeiros de um patrimônio modesto, chegaram a comandar parte substancial da comunicação potiguar e vivem confortavelmente em apartamentos de alto padrão em bairros nobres da capital.

A dinheirama dos americanos chegou a Natal para combater uma ameaça comunista imaginária no Nordeste brasileiro. Ironicamente, mas de forma alguma surpreendentemente, ela terminou por ajudar a concentrar poder nas mãos de um clã que até hoje influencia os rumos políticos do Rio Grande do Norte, assim como fazem outras dinastias espalhadas pelo Brasil.

E, se hoje os Alves andam afastados dos palácios, a reinvenção ao longo dos anos diz que nunca é bom desconfiar da capacidade de um grupo político tradicional farejar as oportunidades de retomar o poder.

Paulo Nascimento

The Intercept_

https://theintercept.com/2021/08/07/comunismo-guerra-fria-dolares-nordeste-aluizio-alves/

Opinião dos leitores

  1. Os EUA sempre invadindo e interferindo nas nações supostamente livres e independentes, para manter seu domínio e exploração, da mesma forma que fizeram agora novamente coordenando todo o golpe que derrubou uma Presidente honesta eleita democraticamente e apoiou um Presidente completa e evidentemente despreparado, mal intencionado e incompetente.
    Até quando vamos continuar sendo manipulados e submissos, entregando nossas riquezas (Petróleo) a preço de banana aos EUA?

  2. Obrigado, Presidente Kennedy!

    E agora essa negação nos governando… Que tristeza. A “obra” é pagar salário em dia e deixas as escolas públicas fechadas aparentemente para sempre.

  3. Atenção paladinos da liberdade, fiscais da democracia: Arábia Saudita, Iêmen, Kwait, Turquia, Egito etc. Tudo ditadura e sem eleições. Apoiados pelos EUA. Alguns onde vc nem pode portar uma Bíblia. Vamos adicionar à lista. Ou só conta Cuba, Venezuela e Coreia?????

  4. Acho que tudo isto relatado foi verdade graças à Deus, senão já estaríamos com o Comunismo oficializado e estaríamos como cuba, venezuela, Coreia do norte, dentre outros países ditos como socialistas. Até as eleições de outubro de 2022, passaremos por uma revolução civil neste Brasil e morrerão milhares de otários esquerdistas e o clero da Igreja do Falso papa chico comunista, maçom e satanista, querendo que o presidiário volte a Presidência para tirar a nossa bandeira e hastear a bandeira da china em Brasília, só assim haverá progresso e paz nesta nação.

    1. Também acredito na proteção Divina. E digo mais, esse presidente “louco” e diferente de quase todos os outros políticos brasileiros (como o cara não gosta de dinheiro “fácil” rsrsrs), faz parte dessa ajuda. Mas, como já sabem os que entendem um pouco de religião, além da ajuda Divina, as pessoas precisam fazer sua parte.

  5. Resumindo: Nunca houve esse perigo comunista. O dinheiro americano só serviu pra criar mais um coronel no Nordeste. No final pagamos caro por Henrique e cia. (vide aeroporto) no comando do RN. E os EUA gastaram à-toa.
    Obs: ainda tem gente, em pleno século XXI, que acha que os comunistas podem voltar, e lucram em cima disso…

    1. Sergio, vc é inocente demais, vc não estuda Geopolítica não? estude amigo, sem parcialidade, se não fosse pelos EUA já estaríamos comendo cães e gatos nas ruas

    2. Ou vc é muito ignorante ou movido por extrema má fé. Essa ideologia nefasta se “modernizou”, por assim dizer. O marxismo deixou de ser a antítese do capitalismo e se manteve “apenas” como inimigo da liberdade e dos direitos dos indivíduos. Vide a China, politicamente uma ditadura comunista, mas adepta do capitalismo selvagem na economia, em nível pré revolução industrial, sob o rigido comando do Partido Comunista (um tal capitalismo de Estado). Via marxismo cultural, o comunismo tornou-se muito mais perigoso, alienando mentes incautas e/ou mal intencionadas. Pela sua razoável escrita, creio que vc não é apenas um ignorante.

    1. Se não fosse a verdadeira direita neste país que é formada apenas pelos maiores empresários honestos e cristãos de verdade e os Militares das Forças Armadas que amam este País de verdade, já estaríamos com o comunismo oficializado no poder com uma nova constituição.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

EUA alertam que vacina da Janssen aumenta risco de desenvolver doença rara

FOTO: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

O FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, atualizou, nesta segunda-feira (12), seus avisos sobre a vacina contra a covid-19 da Janssen/Johnson&Johnson para incluir uma informação sobre um “aumento do risco” do desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré.

Com base em um sistema de monitoramento federal sobre a segurança das vacinas, a FDA identificou 100 casos do raro distúrbio neurológico após a injeção de 12,5 milhões de doses. Destes, 95 foram graves e obrigaram a hospitalização do paciente. Uma morte foi relatada.

Em comunicado, a empresa informa que a chance de isso ocorrer “é muito baixa”. “Apoiamos fortemente a conscientização sobre os sinais e sintomas de eventos raros para garantir que eles possam ser identificados rapidamente e tratados de forma eficaz”, diz a nota.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a síndrome paralisa os músculos e se manifesta quando o sistema imunológico do paciente ataca o sistema nervoso periférico.

Em maio, a EMA (Autoridade Europeia de Medicamentos) anunciou que iria analisar informações sobre casos de pacientes que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré após serem imunizados com a vacina da AstraZeneca-Oxford contra a Covid-19.

Viva Bem – UOL, com AFP

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Terremoto atinge região da fronteira entre estados de Nevada e Califórnia, nos EUA

Um terremoto de magnitude 5,9 atingiu a região na fronteira entre os estados de Nevada e Califórnia, nos Estados Unidos, na tarde desta quinta-feira (8) segundo o Serviço de Geologia dos EUA (USGS, na sigla em inglês).

O epicentro foi a 32 km Sul-Sudoeste de Smith Valley, em Nevada, ainda de acordo com o USGS, a uma profundidade de 9,8 quilômetros.

O tremor foi o mais forte de uma série de pequenos abalos sentidos na região nesta quinta, e aconteceu às 15h49 (19h49 em Brasília).

Não há relatos de danos ou feridos até o momento.

Reportagem em atualização.

G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *