Segurança

MPRN pede na Justiça que Banco do Brasil forneça imagens de câmeras de segurança

A Promotoria de Justiça de Investigações Criminais, por meio do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NUCAP), ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar contra o Banco do Brasil para que a instituição financeira disponibilize, quando solicitada pela Policia Civil do Rio Grande do Norte, todas as filmagens feitas por câmeras de segurança instaladas nas agências bancárias no estado, com o objetivo de identificar infratores que realizam as chamadas “saidinhas de banco”.

Quando clientes são vítimas dos crimes de furto ou roubo ao sair das agências bancárias, logo após realizarem saques de grande valor em dinheiro, as investigações criminais necessitam muitas vezes de verificação das imagens das câmeras de segurança dos estabelecimentos, a fim de identificar a fisionomia dos infratores, a forma da abordagem e demais detalhes fundamentais para o esclarecimento do crime.

Ocorre, porém, que o Banco do Brasil vem recusando, reiteradamente, o atendimento das requisições da Polícia Judiciária, sob o argumento de que as imagens das câmeras de segurança, ainda que sejam as vítimas usuários de seus serviços, estariam protegidas pelo sigilo bancário, o que impossibilitaria o seu fornecimento sem autorização judicial.

No entanto, o sigilo bancário reservado aos clientes ocorre somente nos casos de movimentações financeiras, de modo que até mesmo os dados do titular da conta se excluem deste âmbito de proteção. Nesse sentido, o Ministério Público ressalta na Ação Civil Pública que “o que ocorre é uma interpretação distorcida do banco-réu quanto ao dever de sigilo bancário, que tem o propósito de proteger a intimidade e a vida privada do cliente da curiosidade alheia, não estando nele incluído a proibição de exibição às autoridades competentes das imagens de câmeras de segurança.”

A Ação ajuizada pelo MP pede ainda que a Justiça determine o fornecimento de todos os documentos e informações relacionados com as vítimas de infrações penais ocorridas nas dependências do Branco do Brasil, quando requisitados pela Polícia Civil. Requer também que seja fixada multa diária ao banco réu, no valor de R$ 5 mil, para qualquer caso de descumprimento dos pedidos.

Com o atendimento do pedido haveria rapidez nas investigações e maior chances de identificação dos infratores, visto que, hoje, a Justiça deve ser acionada em cada caso para determinar o fornecimento de imagens das câmeras de segurança interna das agências bancárias do Banco do Brasil no Rio Grande do Norte.

MPRN

Opinião dos leitores

  1. Parabéns ao MP. Isso de sigilo bancário é coisa de país de bandidos, que têm o que esconder. Sem falar que imagens de segurança não têm nada a ver com sigilo bancário de nenhum tipo. Absurdo. Isso só prova o tipo de banco que o BB é.

  2. O problema é que o banco sabe que peca em segurança, e que as imagens podem gerar ações de dano material e moral, parabéns ao MP, tem mais que mostrarem as imagens e deveriam ainda a providenciar mais seguranças, já que lucram absurdamente.

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Segurança

MPRN pede controle no comércio de uniformes de órgãos de segurança para coibir ação de bandidos

O Ministério Público Estadual, através do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NUCAP), encaminhou Recomendação ao Comandante-Geral da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal de Natal, bem como ao Delegado-Geral de Polícia e ao Diretor do ITEP para acompanhar o cumprimento da lei n° 12.664/2012, que dispõe sobre a venda de uniformes dessas instituições e das Forças Armadas.

A Recomendação aos órgãos de segurança pública tem o objetivo de tentar fazer valer a lei e coibir o uso indevido de uniformes, distintivos e insígnias dos órgãos de segurança pública por indivíduos que não fazem parte dos quadros funcionais dessas instituições, uma vez que nos últimos anos, tornou-se frequente, em todo o país, e no Rio Grande do Norte, o emprego de uniformes por parte de criminosos.

Considerando que a usurpação de função pública constitui crime, que a qualidade de funcionário público e o uso ilegítimo de uniforme ou distintivo caracterizam contravenções penais, o Ministério Público Estadual recomenda aos órgãos o rigoroso cumprimento da lei, adotando algumas medidas cabíveis, entre as quais: que exerçam efetivamente o poder de polícia administrativa coibindo referida comercialização irregular, disciplinando em instrumento interno os mecanismos de credenciamento de empresas, expedição de autorizações e de fiscalização; que adotem em caso de constatação de comercialização clandestina as providências necessárias, inclusive com a interdição da atividade ilícita e apreensão do material falsificado; bem como, que adotem também providências nos casos de constatação de prática do crime de usurpação de função pública.

A lei n° 12.664/2012 reza que a comercialização de uniformes, distintivos e insígnias pelas Forças Armadas, pelos órgãos de segurança pública federais e estaduais e guardas municipais deverá ser feita exclusivamente em postos e estabelecimentos credenciados.

A mesma lei também determina que para a aquisição de uniformes, distintivos e insígnias deverá ser feita por adquirente que apresente documento de identificação funcional e autorização da instituição ou órgão em que exerce suas atividades.

MPRN

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Judiciário

CNJ acaba de confirmar que vaga de desembargador do TJRN é mesmo da OAB

Um impasse a menos na escolha do novo desembargador. O Conselho Nacional de Justiça acaba de decidir que a vaga deixada pelo desembargador caio Alencar no TJRN será mesmo da OAB. Após todo o processo de escolha do quinto constitucional, que culminou na eleição do advogado Glauber Rego –  ele não assumiu o cargo até hoje – , o Ministério Público foi ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em fevereiro último, reivindicar a vaga.

Para a Associação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (Ampern), a vaga não deveria pertencer à Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Rio Grande do Norte (OAB/RN), que conduziu o processo de sucessão, e sim ao MP.

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Judiciário

MPRN fica 'mal na fita'

Está no Blog do Dinarte:

Pegou mal para o Ministério Público do Estado o vazamento de vídeo da investigação da Operação Máscara Negra ao Fantástico, exibido ontem à noite e repassado à equipe global pelas mãos de algum promotor, certamente.

Uma instituição que diz se erguer em favor da igualdade privilegiou uma emissora tomando por métrica o alcance da repercussão, nesse caso nacional.

Agora pela manhã, os coleguinhas da terra pedem ao MP o mesmo conteúdo, sem ter acesso até agora.

Do Blog: Assino embaixo o que Dinarte Assunção escreveu e complemento: lamentável a atitude do MP. O senhor que aparece no vídeo que o MP vazou com “exclusividade” para o fantástico se chama no popular “Junior Fofão”.

Tive a informação que Junior não fez delação e, sim, deu um depoimento com informações detalhadas de como funcionava o esquema. Sendo assim, o MP quebrou a confiança com o réu ou não?

Será que o réu sabia que iria aparecer em rede nacional?

Sigo a linha de pensamento em que quem erra deve pagar pelo erro, e acho o MP fundamental para que os malfeitores no Brasil criem vergonha na cara. Mas não tenho dúvida em afirmar que, há tempos, o MP vem extrapolando. Já dizia um matuto, “tudo demais é muito!”.

Opinião dos leitores

  1. O problema é que algumas pessoas só vêem abuso na exposição de gente graúda! Os pobres, pretos e prostitutas presos pela polícia são cotidianamente expostos em programas apelativos pela imprensa e essas mesmas pessoas não vêem nisso um erro. Por que será? Só configura excesso se for cometido pelo Ministério Público? A polícia nesses programas, quando expõem a imagem de um criminoso, chegam a forçar a cabeça do cidadão para aparecer melhor para as câmeras.
    Esses defensores da PEC DA IMPUNIDADE devem deixar de ser hipócritas.

  2. Curioso como o "acessório" passa a ter mais valor que o principal.
    O cara não confessou sabendo que estava sendo gravado?
    É isso gente…
    A polícia dizer que o MP comete abuso, mas ela não comete é o cúmula da desfaçatez.
    Mais uma quadrilha desarticulada DENTRO DA LEGALIDADE.
    É isso que importa.
    Parabéns, MP/RN! Abaixo a PEC 37!

  3. Matéria rquentada por uma missora que ver o seu programa noturno do domingo perdendo audiência e credibilidade. Nada acrescentou de novo, ao que os natalenses já sabiam. Infelizmente o Ministério Público a cada dia que passa perde mais credibilidade junto a população por colocar sempre os holofotes acima de tudo e de todos. A PEC 37 caso venha a ser aprovada é por causa dos maus integrantes do MP que valorizam muito mais a sua vaidade do que a apuração séria das denúncias. Outra coisa o lobby contra a PEC 37 deve estar custando muito caro aos bolsos de nós contribuintes.

  4. O mp do RN há muito tempo que trabalha fora da lei e da ética ,pra justificar perante a opinião pública seus salários milionários e suas mordomias,como sala de massagem,auxílio moradia,auxílio paletó entre outros.Além da fortuna que eles gastam nessas operações carnavalescas ,com café da manhã pra centena de pessoas,combustível,diárias,gratificações etc.

  5. O cara não quer aparecer em rede nacional como participante de esquema para ROUBAR, o dinheiro público, é fácil, não entra em esquema!

  6. Sou A FAVOR da PEC 37, a PEC da legalidade. Chega de holofotes e abusos contra o Direito de terceiros. Um verdadeiro abuso essa exposição desnecessária e midiática que fizeram com esse rapaz.

    E complemento: alguém sabe dizer alguma operação que o MP tenha feito para prender gente que não seja de gravata? Se eles tem poder de investigação, porque não investigam também o crime organizado, os assaltantes de banco, os grupos de extermínio que estão aos montes em nosso Estado? A verdade que bandido de gravata eles tem coragem de investigar, mas bandido que anda de revólver na cintura não aparece um com coragem.

    1. o MP só prende os engravatados, prq a Polícia não consegue chegar neles, prq quado alguém toma conhecimento do trabalho policial pra prender um engravatado, aquele policial ou aquela equipe é movimentada e as investigações são suspensas, total apoio ao MPRN e abaixo a PEC37, prq não cuidam de votar a PEC300???

    2. Engana-se meu caro amigo! Isso é promoção, se eles estivessem querendo fazer um trabalho de respeito a ex prefeita de Natal não estaria ai soltinha da silva. Aqui ainda prevalece a lei de dois pesos e varias medidas. Tá tudo contaminado, cada um puxando para o seu lado. A questão toda é puramente política.

  7. Tudo demais é a roubalheira generalizada no país.Acho,sem ser jurista,que MPE tem vários de seus integrantes despreparados para o cargo, precisando ser substituidos para dar mais credito a instituição perante uma população atonita e revoltada com tanta bandalheira impune.

  8. Não vejo mal nenhum nisso! O que vejo são motivos para difamar o Ministério Público!
    Abaixo a PEC 37, a PEC da impunidade! Erros e acertos existem, e tudo que é humano esta sujeito, mas se for por na balança, o MP ganha de 1000 a zero.

  9. Mais um vez lhe parabenizo BG pela coragem. O nosso MP de tantos amigos comuns que temos infelizmente está perdendo o rumo, virou triturador de pessoas antes de julgamentos judiciários. Essa é a grande verdade.

    1. Verdade!!!! Aqui se é condenado, ops! CULPADO até que se prove ao contrário!

  10. E ainda querem que PEC 37 não seja aprovada! o MP é para fiscalizar e atuar no processo penal, acusando! Isso é apenas uma amostra das atitudes do MP quando investiga! Como o réu será tratado com dignidade e isonomia, se quem investiga também irá acusar na ação penal? Não vejo lógica nisso!

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Polícia

MP concede entrevista coletiva à imprensa sobre Operação Máscara Negra

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte concede neste minuto entrevista coletiva à imprensa, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no bairro de Candelária, sobre a Operação Máscara Negra.

A ação deflagrada na madrugada de hoje tinha o objetivo de desarticular esquemas de contratação fraudulenta de shows musicais, estrutura de palco, trios elétricos e decoração para eventos realizados nos municípios de Macau e Guamaré.

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Finanças

Descontrole no orçamento estadual gera nova crise entre governo, TJ e MP

O desequilíbrio no orçamento estadual atingiu o judiciário potiguar. O governo pensou em atrasar o repasse Parcela Autônoma de Equivalência (PAE )ao TJ e MP para assegurar o pagamento dos servidores estaduais. Em meio a declarações tanto do TJ como do MP , os dois órgão lembram que o estado tem que garantir o repasse, pois os órgãos já fizeram um esforço enorme para alcançar o equilíbrio financeiro e ressaltam que precisam ter seu orçamento garantido.

Confira na matéria publicada no Diário de Natal deste sábado.

A cogitação do governo de atrasar o repasse da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e do Ministério Público (MP), com o objetivo de assegurar recursos para a folha, provocou uma nova crise entre o Executivo, Judiciário e Ministério Público Estadual. Desde a elaboração do Orçamento Geral do Estado 2012, a relação entre os dois poderes e o MP é conturbada. Dessa vez, ficou ainda pior. Além de defenderem pontos divergentes no OGE 2013, agora não se entendem quanto ao repasse da PAE, que é um incremento nos salários do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

A presidente do TJRN, desembargadora Judite Nunes, repudiou a vinculação entre as dificuldades financeiras do Estado e o pagamento da PAE. Para ela, “é totalmente descabido e ilógico tentar se estabelecer qualquer correlação entre o pagamento da PAE e eventuais dificuldades que tenha o Estado para efetuar o pagamento da folha do Executivo. São orçamentos distintos e valores totalmente diversos”. Reverberando a reação do TJ, o Ministério Público do Estado divulgou nota de esclarecimento, no final da tarde de ontem, onde classifica como “descabida e irresponsável qualquer tentativa de vinculação de eventual atraso no pagamento dos servidores estaduais à gestão do seu orçamento”. Ressalta que “estará cada vez vigilante no sentido de que o Governo do Estado respeite a autonomia dos demais Poderes e do próprio Ministério Público e realize, na sua integralidade, os repasses constitucionais previstos na Lei Orçamentária em vigor”.

Logo no início da nota, o Ministério Público aumenta o tom de sua fala ao governo: “O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte rechaça e repudia toda e qualquer tentativa de envolver a Instituição em dificuldades financeiras alegadas pelo Governo do Estado para contrair antecipação financeira e honrar com o pagamento dos salários dos servidores referente ao atual mês de setembro”.

Por seu lado, a presidente do TJ afirma que não permitirá interferência do governo na sua autonomia financeira. “Tivemos até mesmo que tomar algumas medidas duras para conseguir tal equilíbrio, mas não podemos abdicar de nossa autonomia constitucional em definir os nossos gastos, desde que dentro da disponibilidade orçamentária”.

Judite Nunes diz que “o Tribunal de Justiça não gasta um centavo além do seu orçamento. Aliás, durante todo o ano gastamos menos do que temos direito. Conseguimos, com muito esforço, economia e controle financeiro, o equilíbrio orçamentário do Judiciário”.

Ainda na sua nota, o MPRN deixa claro que realiza uma execução orçamentária transparente e responsável. “Importante registrar que o repasse do duodécimo, por exemplo, não vem sendo liberado na totalidade representando até a presente data uma diferença de R$ 9 milhões do previsto para ser repassado pelo Governo do Estado ao Ministério Público no período de janeiro até o presente mês de setembro de 2012, o que vem gerando sérios transtornos nos compromissos Institucionais”.

O secretário de Planejamento, Obery Rodrigues, disse que a suspensão foi sugerida devido ao fato de o governo ter recebido, em setembro, o menor repasse de FPE do ano. Mesmo assim, reiterou que nenhuma operação de crédito foi realizada. “Não vou discutir sobre o que representa a PAE. Minha responsabilidade é cuidar das finanças do Estado. Há dificuldade. O governo está deixando de pagar contas, como é de conhecimento público. Mas, a folha foi paga com recursos exclusivos da arrecadação”, concluiu.

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Judiciário

Eleição para procurador geral de Justiça do RN já conta com 3 candidatos

Com o fim do mandato do atual procurador geral de Justiça do RN, Manoel Onofre Neto, novas eleições serão realizadas em abril do próximo ano. O primeiro a anunciar candidatura foi promotor Giovanni Rosado. Mas, agora, já surgiram dois novos nomes para o pleito: Rinaldo Reis e Oscar Hugo, ambos promotores.

O fato é que nunca na historia do Ministério público do Rio Grande do Norte três promotores se lançaram candidatos. E estes três são amigos e pertencem a um mesmo grupo na promotoria.
Resta saber se algum deles vai retirar a candidatura ou se os três vão para o embate num colegiado formado por cerca de 220 promotores e procuradores.

Lembrando que o atual procurador Manoel Onofre está no seu segundo mandato, não podendo ser mais reeleito.

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Finanças

Por falta de dinheiro crise entre o Governo do Estado, TJ e MP é inevitável

Reportagem da Tribuna do Norte de hoje mostra a reunião que o Governo Rosa fez com as autoridades maiores do TJ, do MP, do TCE e da Assembleia, a reunião teve momentos tensos e a governadoda deixou claro que não tem dinheiro para implantar nenhum reivindicação dos outros poderes, situação essa que não agrade em nada principalmente o MP e o TJ, o governo chegou a deixar claro que o TJ em vez de contratar o pessoal que necessita através de concurso preferiu implementar GTNS para os funcionários atual. A Crise entre os poderes na elaboração do orçamento para 2013 vai ser grande, podem anotar!!! Segue reportagem da tribuna:

Em reunião com representantes do Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Legislativo, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) abriu a discussão sobre o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2013 e fez o alerta de que o Estado vive uma crise financeira. Ao expor as dificuldades, a chefe do Executivo deixou claro que, diante do problema, todos os poderes precisam colaborar.
Foram convocados para a reunião os presidentes do Tribunal de Justiça, desembargadora Judith Nunes, do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Valério Mesquita e da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta.  Segundo dados apresentados na reunião ocorrida na segunda-feira, 3, pelo secretário estadual de Planejamento, Obery Rodrigues, a estimativa é de que o Fundo de Participação do Estado (FPE) tenha queda de  R$ 174 milhões.

Mesmo diante do discurso governista de crise, a presidente do Tribunal de Justiça expôs a necessidade de ampliar em 20% o orçamento destinado ao órgão. Esse aumento significaria R$ 142 milhões a mais no orçamento do judiciário. Em 2012, o orçamento do TJ ficou em pouco mais de R$ 710 milhões. Outro pleito renovado, na ocasião, foi o de aumentar a parcela da PAE (Parcela Autônoma de Equivalência), um benefício concedido administrativamente para pagamento de atrasados de um auxílio-moradia.

Atualmente, além dos salários, membros do TJ e MP recebem à título de PAE uma verba fixada, este ano, em R$ 5 mil/mês (valor para cada juiz/promotor). Na reunião, em tom enfático,  Rosalba, segundo interlocutores, não se mostrou disposta a abrir exceções para atender determinados pleitos. Coube a Obery Rodrigues apresentar os números mês a mês, de janeiro de 2011 até agosto deste ano.

A queda dos repasses da União, segundo a governadora, torna a situação do Estado, delicada. No  entanto, segundo informações da secretaria de Comunicação do governo, não haverá problemas quanto ao pagamento de pessoal e da segunda parcela do 13º salário (o governo já pagou 40%),  pois essas são despesas elencadas como prioridade pela governadora. Contatado, Obery Rodrigues alegou não poder dar entrevista por estar entrando numa reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Ao ouvir os pleitos, que considera inapropriados para o momento de crise, a governadora afirmou categoricamente que  “a crise é grande e pode se agravar ainda mais” e que, por isso, “vamos apertar os cintos, controlar os gastos e dividir responsabilidades”. Ele convocou o legislativo, o judiciário e o TCE a contribuir para a contenção de despesas. A equipe econômica do governo apontou a necessidade de “arrocho”, mas não chegou a sugerir onde cada poder deve fazer economia. Uma das preocupações é o pagamento da Gratificação de Técnico de Nivel Superior (GTNS), que dobra os salários de servidores do TJ.

Na reunião, a desembargadora Judith Nunes chegou a reclamar a necessidade de realização de concurso público para o  preenchimento das quase 100  vagas de juízes, que estão em aberto. A desembargadora foi lembrada que essa necessidade foi discutida e que o TJ implementou a GTNS.

Definições de orçamento e repasse provocaram conflitos

Um dia depois da reunião com o governo e, antes mesmo de a mensagem do Executivo referente ao Orçamento 2013 chegar ao legislativo, o Ministério Público Estadual já entregou sua proposta aos deputados. Ontem, o procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, apresentou a PEC, que é a mesma que foi encaminhada ao Governo do Estado, durante uma reunião extraordinária na Comissão de Finanças e Fiscalização. O total solicitado pelo MP ao Executivo é de R$ 267.094.000,00.

A questão orçamentária vem gerando desentendimentos entre Judiciário, Ministério Público e o Executivo desde o ano passado. Em 2011, quando da elaboração do OGE 2012, o impasse  se deu pelo descompasso entre a proposta da administração estadual enviada para apreciação dos deputados na Assembleia Legislativa e o pleito do Tribunal de Justiça e do Ministério Público.

O Executivo havia fixado uma estimativa de R$ 689,556 milhões para as despesas do Tribunal de Justiça e de R$ 230,870 milhões para as do MP. Nos requerimentos enviados ao governo, no entanto, o TJ pediu R$ 766,417 milhões e o MP R$ 243,992 milhões. Com a discordância que – segundo o governo só foi revelada de última hora – a cúpula do Poder Executivo enviou à AL estimativas paralelas, apontando as divergências. Após debates acalorados, o OGE foi aprovado com emendas parlamentares, que estabeleceram um acordo.

Mas os conflitos entre o Judiciário e o Executivo continuaram este ano, com os reclames do Tribunal de Justiça quanto ao rito nos repasses orçamentários. Também houve desgaste entre os dois poderes quanto ao cálculo do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento do governo é de  que os gastos com a GTNS, paga pelo TJ, precisam ser incluídos como despesas de pessoal, o que não é feito atualmente pela Corte.

Outra ‘queda de braço’ se dá em relação aos retroativos de um auxílio-moradia, a chamada PAE. A proposta dos desembargadores e MPE é que o repasse aumente em 2013 e 2014 para cerca de R$ 26 milhões/mês, para liquidar a dívida.

AL aprova novas contratações do Tribunal

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou o projeto que autoriza o Tribunal de Justiça a contratar, temporariamente, pessoal, por intermédio de convênio com o Ministério da Justiça. Além dessa proposição, os parlamentares também aprovaram  uma readequação de lei a chamada Lei Orgânica do Tribunal.

A urgência do TJ em aprovar os dois projetos de lei, levaram a presidente da Corte a ir até a Assembleia e se reunir com alguns integrantes da Mesa Diretora. Acompanhada de assessores, ela explicou as motivações para as duas matérias. Sobre a  autorização para contratação de servidores temporários em convênio com o Ministério da Justiça, a desembargadora disse que é apenas uma ” formalidade já cumprida por tribunais de outros estados como Mato Grosso do Sul, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro”.

Já sobre as alterações da Lei Complementar nº 165/99, a presidente do TJRN disse se tratar da regulamentação de estruturas já existentes do Judiciário potiguar, da extinção de 20 cargos vagos de juiz substituto e da criação de um cargo de assistente judiciário por juiz nas comarcas do interior. O cargo de assistente é comissionado e as vagas serão preenchidas dentro de um cronograma previsto para quatro anos.

Segundo a presidente, no primeiro momento o Tribunal priorizará a designação de assistentes para as comarcas em que há juízes substitutos. A desembargadora Judite Nunes informou ainda que as mudanças não implicarão em aumento de despesa em função da extinção das vagas de juiz substituto que não podem ser preenchidas no momento. O edital do concurso público do Tribunal deverá ser lançado este ano, no entanto, a previsão é de que somente no início de 2014 os aprovados assumam as vagas.

Governo prevê queda de R$ 174 milhões no FPE

A governadora Rosalba Ciarlini prevê que o acumulado da queda no repasse do Fundo de Participação do Estado chegará a R$ 174 milhões até o final deste ano. Ela explicou que a baixa é consequência da redução ou desoneração do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), assegurado pelo Governo Federal a alguns segmentos, inclusive automóveis e linha branca. O IPI é um dos principais fontes do Fundo de Participação que é redistribuído pela União aos Estados e Municípios.

“Há uma crise e a previsão é de redução do FPE. Somado tudo deverá chegar a R$ 174 milhões de queda. Isso é pior em um Estado como o nosso, porque como São Paulo o FPE não representa nada, mas no Nordeste o FPE tem representação”, analisou, chamando atenção que a seca, enfrentada no Estado, agrava ainda mais a crise.

A baixa na arrecadação do Fundo de Participação dos Estados reflete diretamente em reajustes prometidos e ainda não concedidos pelo Governo aos servidores. Rosalba Ciarlini admitiu que não tem previsão de quando começará a pagar o subsídio aos policiais militares inativos; aumento salarial já aplicado aos ativos.

A chefe do Executivo definiu como a “escolha de Sofia” o fato de ter decidido pagar o subsídio para os policiais militares ativos e ainda não ter previsão para pagar os inativos. “O aumento dos subsídios para os ativos é em torno de R$ 11 milhões mês e dos inativos R$ 7 milhões por mês. E eu tive que fazer a escolha de Sofia. Os ativos são em torno de 10 mil famílias e os inativos 2 mil famílias. Optamos por um número maior. Estamos nos programando”, avaliou.

Ela explicou que ainda não há previsão de quando pagará os policiais militares inativos. Rosalba Ciarlini afirmou que a queda na arrecadação gerou a demora para o pagamento do reajuste aos policiais militares inativos.

“Quando nós encaminhamos a Assembleia o projeto (do subsídio) fizemos todo planejamento para em julho pagar tudo (aos policiais militares ativos e inativos). Mas a expectativa dos recursos, em julho houve queda grande, que já havia ocorrido em maio e junho. Houve o efeito acumulado do IPI, que são repassados para Estados e município, em função da isenção de automóveis, da linha branca, de material de construção”, destacou.

Opinião dos leitores

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Denúncia

Diligências do Ministério Público adiam julgamento da Operação Judas

Está no G1 RN: Pela terceira vez, Justiça encaminhou o processo para alegações finais do Ministério Público. Promotores do Patrimônio Público ainda não receberam documentação relativa a investigação. Cada diligência consome um intervalo de tempo diferente e, quase sempre, os prazos estabelecidos pelo juiz são extrapolados, adiando o julgamento do processo.

Veja a matéria na íntegra:

O Juízo da 7ª Vara Criminal de Natal encaminhou, pela terceira vez, à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, as peças judiciais relativas às investigações da Operação Judas, que investiga fraudes no Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A decisão do juiz titular da Vara, José Armando Ponte Dias Júnior, foi proferida no dia 29 de agosto e determinou, dentre outros pontos, a abertura de prazo de cinco dias ao Ministério Público para que as alegações finais do processo sejam remetidas à Justiça Estadual.

Entretanto, a assessoria de comunicação do Ministério Público informou ao G1 que os promotores ainda não haviam recebido a documentação. O prazo estabelecido pelo juiz só começa a contar a partir da confirmação do recebimento pela parte citada. Neste caso, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.
Sobre um possível pedido de novas diligências, ou mesmo de inclusão de novas denúncias ao processo, a assessoria do Ministério Público confirmou que os promotores não irão se manifestar sobre o assunto. Nos envios anteriores do processo pela Justiça ao órgão ministerial, novas diligências foram solicitadas e deferidas pelo juiz José Armando Ponte Dias Júnior.

Conforme esclarecimentos da assessoria de comunicação do TJ/RN, as solicitações do MP variam desde o pedido de solicitação de documentos envolvendo os reús até a citação de novas testemunhas. Cada diligência consome um intervalo de tempo diferente e, quase sempre, os prazos estabelecidos pelo juiz são extrapolados, postergando o julgamento do processo.

Dentre as decisões proferidas pelo juiz no documento em referência, estava a intimação dos réus Carla Ubarana e George Leal. O magistrado iria informar ao casal que havia nomeado a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte para defendê-los das acusações do Ministério Público.

Visto que, os advogados que os acompanhavam, saíram do caso. Entretanto, antes mesmo de serem notificados, o casal constituiu novo defensor. O nome dele é Marcos Leal, membro da família de George Leal. O G1 procurou o advogado José Maria Rodrigues Bezerra, que defendeu o casal no início do processo, mas ele foi breve em relação aos motivos da sua saída do caso. “Sobre a minha saída eu não falo. É uma questão de foro íntimo”, resumiu.

Caso o Ministério Público Estadual opte por não solicitar novas diligências à Justiça, o magistrado José Armando Ponte Dias Júnior encaminhará o processo para as alegações finais do casal Ubarana Leal. Eles irão dispor da mesma quantidade de dias – 5 – para se manifestarem acerca do que foi alegado pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Caso tudo ocorra sem nenhum percalço processual, o julgamento de Carla Ubarana, George Leal, Cláudia Sueli, Carlos Alberto Fasanaro e Carlos Eduardo Carvalho será marcado em breve.

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Judiciário

Presidente do TJRN recebe parcela pelo Tribunal e ainda pelo MP

Em matéria do ‘Novo Jornal’ de hoje, uma informação curisosa se tornou de conhecimento público: 17 ex-membros do Ministério Público do RN permanecem recebendo a Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), mesmo já desempenhando outras funções em instituições diversas. É o caso da presidente do TJRN, Judite Nunes, além de outros juízes federais, estaduais e procuradores da República.

Neste mês, a gestora do Tribunal recebeu uma parcela do MP, referente ao mês de julho e equivalente a R$ 7.750 bruto. Valor que se soma aos R$ 7.500 pagos pelo  TJRN. O fato tem uma explicação legal, garante o juiz auxiliar da presidência do TJ, Guilherme Pinto. O tempo de serviço seria o critério para a emissão das parcelas oriundas das duas instituições. O magistrado explica ainda que a verba é uma parcela fixa, porém proporcional ao tempo de trabalho.

Com informações do Novo Jornal

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Social

MPRN discute hoje o sistema penitenciário na quarta edição do "Notícia Cidadã"

O Ministério Público Estadual realiza hoje a 4ª edição do projeto Notícia Cidadã, que reúne, mensalmente, Promotores e Procuradores de Justiça para um bate-papo com jornalistas. A mesa redonda que será realizada a partir das 9h, no plenário da  sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Candelária, terá como tema “Sistema penitenciário: alternativas para o combate à corrupção, omissão e falta de planejamento”.

A 4ª edição do Notícia Cidadã terá a participação de Repórteres, Pauteiros, Produtores, Chefes de Reportagem, de Redação e  Editores, será conduzido por Promotores de Justiça Criminais e mediado pelo jornalista Fred Carvalho, da Tribuna do Norte.

Através do projeto Notícia Cidadã, o Ministério Público do Rio Grande do Norte já promoveu em parceria com a imprensa a discussão de temas como o “Plano Diretor de Natal – Necessidade de efetiva participação da sociedade civil no processo de criação”; “Liberdade de Imprensa, controle da informação e presunção e de inocência”; e “Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público”.

Fonte: MPRN

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Denúncia

NOTA OFICIAL: Operação Assepsia investiga organizações sociais no município de Natal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou  na manhã desta quarta-feira, dia 27/06/2012, com o apoio da Polícia Militar do Estado, a OPERAÇÃO ASSEPSIA, que investiga a contratação de supostas organizações sociais pelo Município de Natal, com atuação na área da saúde pública.

Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas e temporárias, expedidos pelo Juiz de Direito da 7ª Vara Criminal de Natal. As buscas e as prisões vem sendo realizadas em Natal e no Rio de Janeiro.

Em Natal, estão sendo realizadas buscas e apreensões nas residências do ex-Secretário Municipal de Saúde, THIAGO BARBOSA TRINDADE, do Procurador do Município de Natal ALEXANDRE MAGNO ALVES DE SOUZA, do Secretário de Planejamento do Município ANTÔNIO CARLOS SOARES LUNA, do Coordenador Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal de Saúde  FRANCISCO DE ASSIS ROCHA VIANA, do ex- Coordenador Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal de Saúde CARLOS FERNANDO PIMENTEL BACELAR VIANA, na filial da ASSOCIAÇÃO MARCA, na sala da Coordenadoria Administrativa e Financeira da Secretaria Municipal de Saúde, na sede da SMS, e no Gabinete do Secretário Municipal de Planejamento, na sede da SEMPLA.

Ainda em Natal, o Poder Judiciário expediu mandado de prisão preventiva em desfavor do Procurador Municipal ALEXANDRE MAGNO ALVES DE SOUZA e mandados de prisões temporárias de THIAGO BARBOSA TRINDADE, ANTÔNIO CARLOS SOARES LUNA, FRANCISCO DE ASSIS ROCHA VIANA e de CARLOS FERNANDO PIMENTEL BACELAR VIANA.

No Rio de Janeiro, a Polícia cumpre mandados de busca e apreensão nas residências de TUFI SOARES MERES, de GUSTAVO DE CARVALHO MERES, do casal ROSIMAR GOMES BRAVO E OLIVEIRA e ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRA JÚNIOR, conhecido como MANINHO, e em três salas de um edifício empresarial situada na Barra da Tijuca, onde funcionam empresas ligadas a TUFI SOARES MERES.

Também no Rio de Janeiro, a Polícia busca cumprir mandados de prisão preventiva de TUFI SOARES MERES e ROSIMAR GOMES BRAVO E OLIVEIRA  e de prisão temporária de  ANTÔNIO CARLOS DE OLIVEIRA JÚNIOR.

Além dessas medidas, o Poder Judiciário aplicou a medida de afastamento do cargo da Secretária Municipal de Saúde, MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO LIMA NOGUEIRA, do Secretário de Planejamento do Município, ANTÔNIO CARLOS SOARES LUNA, do Coordenador Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal de Saúde, FRANCISCO DE ASSIS ROCHA VIANA e do assessor jurídico da SMS, THOBIAS BRUNO GURGEL TAVARES.

O Juízo da 7ª Vara Criminal ainda determinou a proibição de acesso e de frequência às dependências da Secretaria de Saúde de Natal por parte dos investigados MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO LIMA NOGUEIRA, THOBIAS BRUNO GURGEL TAVARES, ANTÔNIO CARLOS SOARES LUNA e FRANCISCO DE ASSIS ROCHA VIANA, igualmente proibindo o investigado ANTÔNIO CARLOS SOARES LUNA de ter acesso e frequência à Secretaria de Planejamento de Natal.

São investigadas as contratações do INSTITUTO PERNAMBUCANO DE ASSISTÊNCIA E SAÚDE – IPAS, entidade que primeiro administrou a UPA do bairro de Pajuçara, do INSTITUTO DE TECNOLOGIA, CAPACITAÇÃO E INTEGRAÇÃO SOCIAL -ITCI, contratado para gerir o Projeto Natal contra a Dengue, e também da ASSOCIAÇÃO MARCA PARA PROMOÇÃO DE SERVIÇOS, atualmente responsável pelos contratos de gestão da UPA Pajuçara e dos Ambulatórios Médicos Especializados – AMES mantidos pelo Município de Natal.

Segundo as investigações, as entidades contratadas pelo Município teriam sido previamente escolhidas pelo então Secretário THIAGO BARBOSA TRINDADE e pelo Procurador do Município ALEXANDRE MAGNO ALVES DE SOUZA, que teriam manipulado os processos de qualificação e de seleção das entidades para viabilizar a celebração de contratos de gestão com o Município de Natal.

A investigação também demonstrou que as entidades contratadas pelo Município inseriram despesas fictícias nas prestações de contas apresentadas à Secretaria Municipal de Saúde, como forma de desviar recursos públicos. E que essas prestações de contas jamais foram glosadas ou conferidas pelas autoridades contratantes.

 

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Judiciário

MP quer disciplinar festas juninas

O Ministério Público quer disciplinar os festejos juninos que forem realizados em locais públicos. A 28ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal expediu recomendação a órgãos públicos que atuam diretamente na liberação de festas realizadas das ruas, no intuito de coibir o abuso dos equipamentos sonoros com volume acima do permitido, dentre outras irregularidades.

A promotora de Justiça Rossana Sudário expediu recomendação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, à Urbana, à Semsur, ao Comando Geral da Polícia Militar do RN e à Secretaria de Comunicação do Município, recomendando que a realização dos eventos juninos seja pautada pela legislação ambiental e cumprimento das determinações das licenças ambientais e urbanísticas.

A recomendação requer, dentre outras determinações, que a realização dos eventos juninos em logradouros públicos só sejam permitidas após a expedição da Licença de Uso do Espaço Público.

O documento determina ainda que os eventos juninos sejam encerrados até as 22h, de domingo a quinta-feira, enquanto às sextas-feiras e sábados possam se prolongar até as 23h30, devendo ser interrompidos após esse horário, com o auxílio da Polícia Militar e Guarda Municipal, caso seja necessário.

A Secretaria de Comunicação, por sua vez, deverá adotar todas as providências necessárias para que os diversos órgãos públicos tenham conhecimento da recomendação e que a população, ao realizar um evento junino, tenha conhecimento da necessidade de requerer a LUEP ao órgão público ambiental e cumprir suas determinações.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Segurança

MP investiga falta de vagas na Fundac

O Ministério Público Estadual através do inquérito civil público solicita, no prazo de dez dias, que a Fundação Estadual da Criança e do Adolescente do RN (Fundac/RN) oficialize o nome do servidor responsável por monitoramento e controle no número de vagas do sistema socioeducativo de internação,  e também, solicita  quais as medidas que estão sendo tomadas para solucionar a problemática de falta de vagas no sistema de internação no Município de Natal.

O promotor Marcus Aurélio de Freitas Barros, solicita que o extrato seja encaminhando por meio eletrônico ao Centro de Apoio Operacional as Promotorias de Defesa da Infância e da Juventude (Caopi/RN) e a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) para publicação no Diário Oficial.

Fonte: Tribuna do Norte

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Educação

MP apura irregularidades em matriculas de escolas particulares

A 29ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor instaurou inquéritos civis para investigar diversas irregularidades praticadas por escolas particulares de Ensino Fundamental da cidade de Natal, no processo de realização das matrículas para o atual ano letivo de 2012.

Conforme informado pelas diversas reclamações recebidas pela Promotoria de Justiça, as irregularidades se revelaram na cobrança de tarifa de material escolar, reajuste indevido de mensalidade, previsão de itens indevidos na lista de material escolar, ausência de projeto pedagógico etc.

O Promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Sérgio Luiz de Sena, notificou as escolas reclamadas para a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta, e com o objeto de coibir a prática em questão, oficiou todas as escolas particulares de Ensino Fundamental da Cidade para apurar se estas estão realizando seus respectivos processos de matrícula corretamente.

 

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Jornalismo

Manoel Onofre diz que relatório do TJ está no mesmo caminho que o do MP e TCE

Os relatórios parciais das investigações realizadas pelo próprio Tribunal de Justiça, pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público ainda divergem quanto valores. Essa divergência é de milhões, mas o procurador-Geral do Estado (PGE), Manoel Onofre Neto, ressaltou que as investigações estão seguindo os mesmos moldes, o que é um bom sinal.

“Destaco o papel do Poder Judiciário através de sua presidente [desembargadora Judite Nunes] e da comissão destacada para as investigações. Recebemos e pudemos perceber que o relatório do TJ está no mesmo caminho traçado até aqui pelo Ministério Público e TCE”, frisou.

Mesmo com as investigações correndo por caminhos semelhantes, para não dizer iguais, o promotor Flávio Sérgio, da Defesa do Patrimônio Público que acompanha o caso de perto desde o começo, falou da competência da Procurador Geral da República (PGR) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a continuidade das investigações dos que tem foro privilegiado.

 

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