Judiciário

Precatórios do TJ: Procuradoria do Estado encontra irregularidade

Um acordo para pagamento de precatório realizado entre os servidores do Idema e o Estado do Rio Grande do Norte chamou a atenção da Procuradoria-geral do Estado, que realiza uma checagem dos pagamentos feitos pelo Governo no período de 2007 a 2011. Segundo o procurador-geral, Miguel Josino, um acordo de cerca de R$ 6 milhões foi realizado sem a participação da Procuradoria. O processo rotineiro de acordo para pagamento de precatório conta com a intermediação de um procurador do Estado. Josino classificou o procedimento como “irregular”.

Júnior SantosSegundo o procurador-geral, Miguel Josino, um acordo de cerca de R$ 6 milhões foi intermediado pela funcionária do TJRN, Carla Ubarana, com os funcionários do Idema, sem a participação da PGE - o que seria irregular

Em novembro do ano passado,  a chefe da Divisão de Precatórios do TJ/RN, Carla Ubarana, de acordo com a checagem feita pela equipe da Procuradoria, chamou representantes do Idema para uma audiência de negociação. Um assessor jurídico do Idema foi o responsável por acompanhar a audiência. Contudo, não houve a participação de nenhum procurador do Estado no processo.  O Idema não tem autonomia para negociar pagamento de precatórios.

Todos os processos precisam necessariamente passar pelo Governo do Estado. Como o Idema é uma autarquia estadual, o Estado precisaria ter sido notificado da negociação. “A Procuradoria não teve conhecimento do processo de negociação. Por isso, esse precatório será analisado com mais cuidado. Precisamos saber o que aconteceu para que o procedimento comum não fosse seguido”, diz Miguel Josino, que analisará pessoalmente o procedimento sob suspeita.

A comissão interna de procuradores ocupadas na checagem dos pagamentos do Governo do Estado concluiu a análise do ano de 2011. Assim como o TJ, a Procuradoria optou por fazer a auditoria “de trás para frente”, ou seja do ano de 2011 até o ano de 2007. O acordo realizado com servidores do Idema foi o único que apresentou problemas. “Concluímos todo o período de 2011, analisando processo por processo, e o único com questões a serem esclarecidas foi esse do Idema”, aponta Josino.

A Procuradoria deve iniciar amanhã a análise dos processos de 2010. “A intenção é fazer uma checagem minuciosa”, aponta Josino. Uma das principais preocupações da Procuradoria – até pelas constatações de desvios de recursos dentro do Tribunal – é evitar que o Estado “pague duas vezes” a mesma dívida. O volume de recursos repassados pelo Governo para pagamento de precatórios nos últimos anos são significativos. Apenas em 2011 o valor chega a R$ 22 milhões.

Os procuradores do Estado estão à disposição do Tribunal de Justiça, segundo o procurador-geral, para auxiliar também a sindicância dentro do TJ. “Nossos procuradores também estão à disposição do TJ para contribuir com o processo no Tribunal”, afirma.

A investigação de desvios no Tribunal de Justiça do Estado está sendo conduzida em várias frentes, dentre as quais a Procuradoria. Além disso, participam o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas do Estado e o próprio TJ. Existe também a expectativa de chegada de uma equipe do Conselho Nacional de Justiça.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

TJ nega irregularidades nos repasses do CNJ

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) emitiu uma nota nesta segunda-feira (30) negando as irregularidades apresentadas pela reportagem do jornal Folha de São Paulo e amplamente divulgadas na imprensa potiguar, inclusive neste blog, acerca dos repasses de equipamentos feitos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com o texto do jornal paulista, foram R$ 6,4 milhões em doações do CNJ a diversos tribunais do Brasil, dos quais, segundo relatório do Conselho, as cortes estaduais não sabem informar o paradeiro de 5.426 equipamentos, entre computadores, notebooks, impressoras e estabilizadores. Entre os tribunais citados na matéria, está a do RN.

Na nota, o TJRN rebateu a informação e disse que não existem equipamentos desaparecidos. De acordo com a nota, existe um percentual inferior a 10% de equipamentos que não tem a localização exata definida ou que faltam apenas o registro. Esse percentual, ressalta a nota, é a exigência do próprio CNJ.

Confira nota na íntegra

“Em relação à notícia de não localização de bens doados pelo CNJ, a Secretaria de Informática informa que a Presidência havia designado Comissão Especial para localização de todos os bens que se encontram nesta situação e que tal Comissão, que trabalha há mais de 01 (um) ano, já localizou a grande maioria dos bens, de forma inclusive a permanecerem pendente de localização equipamentos de informática em percentual inferior aos 10% exigidos pelo CNJ, de tal forma que não mais deveria estar o RN entre os Estados com doações suspensas. Ocorre que o CNJ exige, para maior segurança, que os trabalhos da Comissão sejam confirmados pelo Controle Interno do TJRN, o que já está sendo feito mais ainda não foi concluído, principalmente todas as comarcas do Estado. De qualquer forma não há registro de bens desaparecidos mas apenas de um percentual pequeno de bens cuja localização exata ainda não foi identificada e registrada”.

Opinião dos leitores

  1. Que português pífio… ("mais" em vez de "mas", omissões de preposição "em")
    Que Controle Interno atrasado… (dois anos para emitir um relatório)
    Que Secretaria de Informática bagunçada (ganha equipamentos do CNJ e os deixa perdidos por aí)…
    (" confirmados pelo Controle Interno do TJRN, o que já está sendo feito mais ainda não foi concluído") 

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Jornalismo

Exoneração de diretor do Dnocs, Elias Fernandes é publicada no Diário Oficial

Deu na Agência Brasil

O Diário Oficial da União publica na edição de desta sexta-feira (27) a exoneração de Elias Fernandes Neto do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Ramon Rodrigues, secretário nacional de Irrigação, assume interinamente o cargo.

Fernandes pediu exoneração após denúncias de irregularidades no órgão.

O pedido foi feito ontem (26) ao ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional.

Fernandes é o terceiro diretor exonerado do Dnocs em menos de dois meses.

Na segunda-feira (23), foi exonerado o diretor administrativo-financeiro do órgão, Albert Gradvhol.

Em dezembro passado, o engenheiro Fernando Ciarlini assumiu a Diretora de Infraestrutura do Dnocs, em substituição a Cristina Peleteiro.

Em nota, o ministério informou que está fazendo uma “reestruturação dos quadros das empresas vinculadas à pasta”.

A saída de Fernandes da autarquia contraria diretamente os interesses do líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, que havia indicado o ex-diretor para o cargo.

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Judiciário

Precatórios TJ/RN: "existem irregularidades e desvio de valores provenientes do pagamento

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte confirmou, através de nota oficial, que foram confirmadas irregularidades na Divisão de Precatórios e que há indícios de desvio de verbas que deveriam ser destinadas ao pagamento dos precatórios. Com os documentos em mãos, a presidente do TJ fez a denúncia ao Ministério Público.

Em inspeção desde o início do mês, a Divisão de Precatórios está fechada para o atendimento externo e teve a chefe do setor exonerada. O presidente da comissão que realiza a inspeção, desembargador Caio Alencar, informou à presidente do TJ, Judite Nunes, que “existem irregularidades, sendo estas abrangentes, mesmo que ainda não totalmente mensuradas” e que elas “constituem em fortes indícios de que tenha havido desvio de valores provenientes do pagamento de Precatórios” o Tribunal de Justiça. Há, inclusive, indícios de que pessoas externas ao Poder Judiciário teriam participado da ação.

Com base nas informações, a presidente do TJ encaminhou o material ao Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, para que ocorra a investigação criminal. No entanto, os detalhes sobre o material apurado ainda não foi informado à imprensa. De acordo com o TJ, foi um pedido da própria comissão que investiga as possíveis irregularidades que prejuízo à averiguação dos fatos.

Além da denúncia, o TJ também informou que está estruturando o setor dos precatórios, mas que continuará repassando as informações que forem colhidas no decorrer da investigação, que deve durar até seis meses.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Com profunda tristeza tomei conhecimento deste descalabro praticado dentro do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Sou vítima dos precatórios que não saem do conto. Desde de 2006 que o meu nome está nas listas dos precatórios, cujo devedor é o Governo do RN. Decorreram-se mais de cinco anos,  e o meu nome se deslocou do número 171 para 131. Isto é mais do que uma grande falta de vergonha.
    Natal/RN, 25 de janeiro de 2012.
    Julio Ribeiro da Rocha 

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Jornalismo

Desembargadores solicitam auditoria do TCE na Divisão de Precatórios

O escândalo envolvendo a Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça está longe de um fim. Os desembargadores Judite Nunes (presidente), Cláudio Santos (corregedor geral) e Caio Alencar (decano) estiveram reunidos hoje com o presidente da Corte de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Valério Mesquita, para pedir ajuda na apuração dos indícios de fraudes no setor.

O TCE irá enviar uma comissão especial para apurar as irregularidades. Ainda não existe confirmação de que houve crime, mas os indícios são aparentes em vários documentos.

Essa será a primeira auditoria externa que o Tribunal faz em sua história. Mas venhamos e convenhamos, foi uma atitude mais do que acertada dos desembargadores para garantir uma total isenção na apuração dos fatos.

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Judiciário

MP vai investigar irregularidades nos precatórios no TJ

O Ministério Público Estadual vai entrar na investigação sobre irregularidades na Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Estado. Segundo o procurador-geral, Manoel Onofre Neto, haverá uma reunião na próxima segunda-feira, às 11h, na sede do MPE, na qual a presidente do TJ, desembargadora Judite Nunes irá apresentar à Procuradoria e aos promotores do patrimônio público uma síntese dos fatos sob suspeita. Ontem pela manhã, o TJ publicou nota à imprensa, confirmando a existência de uma investigação iniciada com a exoneração da chefe do setor de precatórios, Carla Ubarana, no último dia 10 de janeiro.

Alex RégisNa segunda-feira, o procurador Manoel Onofre recebe do TJ/RN uma síntese dos fatos sob suspeita

A participação do MPE foi solicitada, de acordo com o procurador-geral de Justiça, pela própria presidência do TJRN. O Tribunal também realiza uma sindicância interna para averiguar as supostas irregularidades, o que não impede a atuação de outros órgãos competentes. “O Ministério Público irá tomar conhecimento da investigação e provavelmente, dependendo do que for apresentado, instaurar um inquérito para também apurar o que aconteceu”, disse Manoel Onofre. O precatório é o instrumento pelo qual o poder público paga dívidas referentes a sentenças judiciais.

As informações oficiais acerca dos fatos ocorridos ainda são incompletas. O TJRN mantém sob sigilo todas as suspeitas, enquanto a sindicância presidida pelo desembargador Caio Alencar não chegar a uma conclusão (veja nota). Contudo, informações coletadas entre advogados e servidores da Justiça dão conta que pode ter havido irregularidades na gestão do pagamento de precatórios dentro do Tribunal. As suspeitas recaem tanto sobre a ordem de pagamento – que tem suas regras fixadas em lei – quanto sobre os valores autorizados e quanto chegou de fato aos beneficiados pelas sentenças.

Os valores movimentados anualmente pela Divisão de Precatórios, que estão sob suspeita, são milionários. Informações da Secretaria Estadual de Planejamento dão conta de um repasse, em 2011, de R$ 22,5 milhões somente para precatórios alimentares (referentes a salários, aposentadorias, gratificações, etc). Nesse valor não estão incluídos os repasses das prefeituras e outros referentes a processos não-trabalhistas, como os de desapropriação de imóveis. Fontes na Judiciário e no Executivo apontam que o valor de fato pago é substancialmente inferior aos R$ 22,5 milhões repassados pelo Governo do Estado.

Outros pontos citados por quem convive com o cotidiano dos processos de precatórios chamam a atenção para uma possível dificuldade do Tribunal de Justiça organizar, administrativamente, esses processos. A conta utilizada para receber o repasse do dinheiro dos entes públicos não seria exclusiva para precatórios. Da mesma forma, as listas de prioridades dos vários tribunais não teriam sido unificadas.

A unificação das listas se tornou uma necessidade a partir de 2009, quando os pagamentos foram centralizados nos Tribunais de Justiça dos estados. Antes, a Justiça do Trabalho se encarregava dos precatórios trabalhistas, a Justiça Federal com os precatórios da União, etc. A não unificação gera, segundo fontes, “desconfianças”.

O Tribunal de Justiça rebate qualquer insinuação sobre essas dificuldades, afirmando que o “encontro” das listas já foi realizado. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE perguntou ao TJ sobre os valores movimentados na Divisão ora investigada. Contudo, por conta do sigilo da investigação, esses dados não foram repassados pelo Tribunal. Da mesma forma, a reportagem tentou contato, por telefone, com a servidora Carla Ubarana, exonerada da chefia da Divisão, mas não obteve retorno das ligações.

PASSO A PASSO

1. Quando a Justiça determina o pagamento de uma dívida de algum ente do poder público, o desembolso não segue os padrões fixados para a iniciativa privada e pessoas físicas. As causas de valores “menores” (de até 40 salários mínimos no caso do Governo do Estado, por exemplo) são pagas em até 90 dias. As dívidas de valores mais altos têm um procedimento mais demorado.

2. Depois que não cabem mais recursos à sentença que obriga o pagamento da dívida, o Tribunal de Justiça requer do ente público a inclusão daquele valor no orçamento público. Se essa requisição chegar até o dia 30 de junho do ano corrente, o valor é incluído no orçamento do ano seguinte. Essa regra foi instituída em 2009 e nem sempre é cumprida à risca.

3. Os precatórios acumulados em  anos anteriores entram num regime especial. O poder público tem um prazo de  15 anos para quitá-los sendo obrigado a depositar anualmente 1% das receitas correntes líquidas no caso dos municípios e 1,5% das mesmas receitas no caso dos Estados.

4. Com a inclusão no orçamento, o poder público deposita o valor a ser pago por precatórios numa conta administrada pelo Tribunal de Justiça, que irá gerir o pagamento desses valores. A maior parte dos processos diz respeito a dívidas trabalhistas e de desapropriações de imóveis.

5. O pagamento deve ser feito por ordem cronológica, ou seja os processos mais antigos precisam ser quitados primeiro. Contudo, há outros critérios. Pessoas com mais de 60 anos ou doença grave têm preferência. Da mesma forma, precatórios que dizem respeito a salário, aposentadoria, pensão, etc, no geral têm prioridade.

Fonte: Tribunal de Justiça

Opinião dos leitores

  1. Parabéns ao Blog do BG por dar ampla cobertura a notícias como essas, coisa que um dos maiores jornais do RN (DNOnline) fez questão de passar em branco.

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Judiciário

Tribunal de Justiça confirma em nota irregularidades no setor de Precatórios

A Presidenta do Tribunal de Justiça, Desembargadora Judite Nunes solta nota esclarecendo e confirmando que foram encontradas irregularidades no setor de precatório do TJ/RN.

A boca miúda dentro do próprio tribunal informa que as irregularidades são graves e que já vem de alguns anos.

Vamos esperar a conclusão da auditoria e desejar que ela seja devidamente publicada para os meios de comunicação.

Segue nota do TJ:

A Presidente do Tribunal de Justiça do RN, Desembargadora JUDITE NUNES, tendo em vista notícias veiculadas nos meios de comunicação do Estado, referentes a irregularidades verificadas no setor de Precatórios do Poder Judiciário, e as constantes solicitações de informações partidas da imprensa, vem prestar os seguintes esclarecimentos:

I – Que de fato está ocorrendo Inspeção na Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça, determinada por esta Presidência, abrangendo o período correspondente aos últimos 05 (cinco) anos, com objetivo de verificar possíveis irregularidades ocorridas no referido Setor.

II – Que os indícios da existência de irregularidades foram detectados através de investigação preliminar e interna deste Tribunal, e não por outro órgão externo ao Judiciário, valendo salientar que a determinação para que tal ocorresse foi ato de ofício da Presidência, no exercício da função de fiscalização que lhe é inerente, não tendo sido motivada por qualquer provocação, interna ou externa, não tendo havido qualquer denúncia ou comunicação de irregularidade que tivesse ensejado tal providência.

III – Que imediatamente após tomar conhecimento, através de expediente encaminhado pela Assessoria da Presidência, de que havia indícios de irregularidades que estariam a merecer exame mais aprofundado, a Presidência exonerou a servidora responsável pelo setor e designou Comissão presidida pelo Desembargador CAIO ALENCAR, decano do Tribunal, para proceder à Inspeção destinada a averiguar a abrangência das possíveis irregularidades, além de ter adotado outras providências de natureza preventiva.

IV – Que tal Inspeção, não obstante o caráter reservado dos seus trabalhos, como é natural que ocorra em tais situações, não se trata de um ato sigiloso ou que tenha sido determinado de forma a omiti-lo do conhecimento público, tanto que a designação da Comissão encarregada de tal ato e a finalidade da mesma foram publicados no DJe do dia 10.01.2012 (Portaria nº 010/2012-TJ), assim como a exoneração da responsável pelo Setor de Precatórios.

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Jornalismo

Controladoria constata oito irregularidades em convênio assinado por Rodrigo Cintra com organização de Peito Aberto

Está na Tribuna, a controladoria da própria Prefeitura “só” encontrou oito irregularidades no contrato assinado pelo secretário Rodrigo Cintra com Organização Peito Aberto. Foi feito ou não foi de peito aberto? Segue reportagem:

A Secretaria Municipal da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo firmou convênio no valor de quase R$ 1 milhão sem contemplar no processo um plano de trabalho. A irregularidade foi apontada no relatório emitido pela própria Controladoria Geral do Município (CGM), órgão de controle interno da Prefeitura, sobre o convênio firmado pela Secretaria com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) De Peito Aberto. O contrato 037288/2011 previa o serviço de consultoria para serviços referentes à Copa do Mundo de 2014. A Controladoria constatou oito ilegalidades.

Elpídio JúniorRodrigo Cintra negou, durante depoimento à CEI, que o convênio tenha irregularidades

O documento embora emitido ainda em agosto, só se tornou público com a comunicação feita pela controladora geral do município, Edmara Gadelha, à  Comissão Especial de Inquérito que investiga os contratos da Prefeitura Municipal de Natal. No ofício, assinado no dia 9 de novembro, a controladora Edmara Gadelha destaca à CEI que as falhas encontradas no convênio são referentes a “instrução técnica”.

Um dos pontos críticos apontados no relatório é a ausência de competitividade para escolher a De Peito Aberto. A Controladoria identificou que não houve competitividade e justificativa plausível para a escolha da referida entidade. Outra falha do convênio está na previsão de pagamento.

Embora o contrato tenha previsão de 12 meses, começando em 17 de junho deste ano até 16 de junho de 2012, os termos da negociação previa pagamento antecipado dos serviços e a quitação completa dos valores ainda em 2011. O pagamento, segundo o secretário de Esporte e Lazer do Município, Rodrigo Cintra, não foram efetuados, porque o convênio está paralisado.

A Controladoria também observou que além de não apresentar um plano de trabalho, o convênio da Prefeitura com a De Peito Aberto também não contemplava cronograma físico e financeiro para as atividades.

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Jornalismo

Extorsões, propinas e convênios com ONGs abre crise no Ministério do Trabalho

Assessores do ministro Carlos Lupi, todos eles ligados ao PDT, são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. Leiam o que informam Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques, na VEJA desta semana:

Há pouco mais de um mês, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, deixou seu gabinete no 8° piso do edifício-sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, desceu três andares e se reuniu com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que despacha no mesmo prédio. Garibaldi agendou o encontro a pedido de um dirigente do Instituto Êpa, uma organização não governamental sediada no Rio Grande do Norte, seu estado de origem. A ONG recorrera a Garibaldi numa tentativa de fazer com que o Ministério do Trabalho voltasse a repassar verbas para um programa de qualificação profissional firmado com a entidade. Em vão. Na reunião entre os ministros, representantes do Trabalho elencaram uma série de irregularidades na prestação de contas do instituto e disseram que, em razão disso, as transferências não poderiam ser retomadas. Garibaldi e os dirigentes da ONG foram embora sem ver o problema resolvido. Atitude correta, republicana? Só na aparência.

Antes de procurarem Garibaldi Alves, os representantes da ONG tentaram resolver as pendências no lugar apropriado: as instâncias administrativas do Ministério do Trabalho. Esbarraram, porém, em um esquema de extorsão montado por dirigentes da pasta filiados ao PDT, partido do qual Carlos Lupi é presidente licenciado. O esquema funciona assim: o ministério contrata as ONGs para dar cursos de capacitação profissional. A exemplo do que ocorreu nas pastas do Turismo e, mais recentemente, do Esporte, muitos dos convênios servem apenas como fachada para desviar o dinheiro. Na hora de prestar contas, essas ONGs apresentam comprovantes de despesas inexistentes e listam alunos que nunca freqüentaram aula alguma. No caso do Turismo e do Esporte, a fiscalização corria frouxa para permitir que os recursos chegassem rapidamente ao caixa dos partidos. No Trabalho, desde o fim do ano passado, partiu-se para o achaque direto. O ministério suspendeu repasses de dinheiro ao mesmo tempo em que os dirigentes avisaram às ONGs que era preciso “normalizar as pendências” existentes – procedimento correto em caso de contratos micados. O problema é que, para “normalizar as pendências”, apareciam os mesmos assessores de Lupi responsáveis por “criar as pendências”.

Em dezembro de 2010, o Instituto Êpa recebeu a segunda parcela de um convênio para qualificação de trabalhadores em construção civil no Vale do Açu (RN). O ministério determinou três fiscalizações na organização, levantando indícios de irregularidades. Imediatamente, ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Sem dinheiro para manter os alunos em sala de aula, os dirigentes da ONG procuraram o ministério para tentar resolver o problema. Lá, foram avisados de que as irregularidades poderiam ser encaminhadas à Controladoria-Geral da União, órgão que tem o poder de declarar a inidoneidade de parceiros do poder público e, assim, impedi-los de receber recursos. Os diretores do Instituto Êpa receberam também um recado: a situação poderia ser resolvida rapidamente. Como? Pagando propina, conforme uma planilha de extorsão do PDT, que varia de 5% a 15% do valor do contrato. A quem? O contato deveria ser feito com Weverton Rocha, então assessor especial do ministro, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Os dois respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT. Foi para escapar do achaque que a ONG pediu a ajuda de Garibaldi Alves.

Nas últimas semanas, VEJA conversou com diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos sobre como os caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle interno do Trabalho em um instrumento de extorsão.

Reinaldo Azevedo

Opinião dos leitores

  1. Uma vergonha essas ONG's que pegam verba do Governo e fazem mau uso dela! Algumas contratam profissionais  para prestar serviços e não repassaram dinheiro para eles, alegando que não há dinheiro, que o governo não libera a verba, mas as mesmas se quer prestam contas do valor gasto anteriormente, sendo que o 100% do dinheiro já havia sido liberado pelo Governo  para esses programas como consta no Portal da Transparência!

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Jornalismo

Promotores estão sendo investigados em SP por irregularidades em licitação, furtos, extravio de processos e investigações lentas

Inspeção realizada no Ministério Público de São Paulo pelo conselho nacional da categoria constatou uma série de problemas no trabalho de promotores e procuradores de Justiça do Estado, informa reportagem de Rogério Pagnan e Afonso Benites, publicada na Folha desta quinta-feira.

Desperdício de dinheiro, irregularidades em licitação, furtos, extravio de processos e morosidade nas investigações foram alguns dos casos encontrados na instituição, que tem como tarefa defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais.

As irregularidades constam de relatório do Conselho Nacional do Ministério Público aprovado em julho, que tem como base inspeção realizada em setembro de 2010.

OUTRO LADO

O Ministério Público de São Paulo afirmou que sua Corregedoria-Geral instaurou procedimento para apurar os atrasos nos trabalhos.

Segundo a assessoria de imprensa, os processos estavam parados devido ao grande volume de trabalho.

Para tentar corrigir o problema, a Promotoria afirmou que está implantando um sistema de dados de acompanhamento dos inquéritos.

Investigação aponta irregularidades na Promotoria de SP

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Política

Ministro do Turismo afirma que todas irregularidades na sua pasta foi da gestão LULA

UOL

Em audiência no Senado nesta terça-feira (23), o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), reiterou que os problemas em convênios da sua pasta com ONGs (organizações não governamentais) não são de responsabilidade dele, mas de seus antecessores na pasta.

“As irregularidades são das administrações anteriores a 31 de dezembro de 2010”, afirmou o peemedebista em reposta aos parlamentares.

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Jornalismo

ANAC acha irregularidades na NOAR

Novo Jornal:

AUDITORIA DA ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) encontrou indícios de irregularidades na operação e na manutenção da empresa aérea Noar.

Em nota divulgada ontem a agência informou que entre os problemas estão o descumprimento dos limites de horas mensal e trimestral dos tripulantes, dos procedimentos para as anotações técnicas do diário de bordo e dos registros de manutenção das aeronaves.

A auditoria foi aberta quatro dias após acidente com um avião bimotor LET-410 da Noar, em Recife. A queda ocorreu no dia 13 de julho, matando todas as 16 pessoas a bordo.

Segundo a Anac, a auditoria na companhia aérea faz parte do processo instaurado para verificar se a Noar está de acordo com os regulamentos vigentes.

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Judiciário

Venda de liminares, vantagens ilegais e negociações de sentenças. A Corrupção na Justiça

A Corrupção na justiça e as antigas práticas são absurdas. Não fica a desejar a nenhum governo corrupto, e o que espanta mais, começam em cima pelo Desembargadores. Vejam o editorial do Estado de São Paulo:

Elaborado com base nas inspeções feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça e divulgado pelo jornal Valor, o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as irregularidades cometidas pela magistratura nas diferentes instâncias e braços especializados do Judiciário mostra que a instituição pouco difere do Executivo em matéria de apropriação indébita e malversação de dinheiro público, de mordomia, nepotismo e fisiologismo, de corrupção, enfim. As maracutaias são tantas que é praticamente impossível identificar o tribunal com os problemas mais graves.

Em quase todos, os corregedores do CNJ constataram centenas de casos de desvio de conduta, fraude e estelionato, tais como negociação de sentenças, venda de liminares, manipulação na distribuição de processos, grilagem de terras, favorecimento na liberação de precatórios, contratos ilegais e malversação de dinheiro público.

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Opinião dos leitores

  1. E que acontece com os doutos magistrados pegos com a boca na botija?… São aposentados compulsoriamente com a integralidade dos salários e ainda podem advogar! Não é uma beleza esse Brasil?!…

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Jornalismo

Marta se esconde no banheiro para não falar com jornalistas

De Maria Lima, O Globo

Responsável pela nomeação do ex-presidente da Embratur Mário Moysés, preso nesta terça-feira na Operação Voucher, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) chegou a se esconder no banheiro do cafezinho do plenário para fugir dos jornalistas.

Impecável num tailler vermelho, Marta se encastelou na cadeira de presidente de olhos grudados no computador enquanto os senadores da Oposição se revezavam para criticar o novo escândalo de desvio de cerca de R$4 milhões no Ministério do Turismo, durante parte de sua gestão na pasta.

Mário Moysés foi braço direito de Marta em São Paulo, inclusive em suas campanhas políticas. Mas ela se negou o tempo todo a falar sobre o rombo na pasta que administrou.

Durante todo o tempo em que ela presidiu a sessão, Marta se manteve com cara de amuo.

Quando o senador Mário Couto (PSDB-PA) falou de “ladrões” no Ministério do Turismo, citando as prisões de Frederico e Mário Moysés, Marta virou o rosto para o outro lado e ficou fazendo cara de impaciência.

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Denúncia

Major do Exército envolvido com obras movimentou mais de R$ 1 milhão em conta bancária

Josias de Souza

No comando da CPI dos anões do Orçamento, um escândalo de 18 anos atrás, o senador-coronel Jarbas Passarinho espantou-se com o que viu.

Passarinho pronunciou uma frase que sobrevive no verbete da enciclopédia:

“A corrupção nasceu com Adão, implementou-se com Eva e só termina quando o último homem sair da face da terra, levando pela mão a última mulher”.

Passarinho tinha razão. O tempo passou, o Apocalipse não veio e a corrupção se alastrou entre os seres humanos brasileiros.

Sob o governo do ex-PT, nem mesmo o homem de farda escapou à onda de suspeição que engolfa a administração pública.

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Opinião dos leitores

  1. Brincadeira, está explicado o motivo pelo qual estes ladrões nunca reclamam da vida que levam, ou seja, quem passa fome somos nós assalariados que nunca conseguiremos sair da miséria de fome. Afinal, para que eles querem aumento salarial??

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Finanças

A corrupção no Brasil é generalizada. Até funcionários responsáveis por licitação tem empresa vencedora no certame

Rosa Costa – O Estado de S.Paulo

Em matéria de negócios públicos, não são só os parlamentares que dão o mau exemplo e burlam a Constituição. A superauditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 142.524 contratos do governo federal assinados entre 2006 e 2010 mostra que as licitações viraram um jogo de cartas marcadas. A ponto de o TCU ter achado casos em que o governo contratou empresas que têm como sócios os servidores públicos do órgão que fez a licitação.

Mais que isso: em meio a licitações de obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o tribunal encontrou funcionários públicos que além de serem sócios de empresas que fizeram negócios com a União participaram da comissão de licitação que fez a contratação da própria empresa.

Opinião dos leitores

  1. Leis brandas e que não punem, processos morosos, várias instâncias e instituições de investigação e processamento (Tribunais de Contas, MP, PF e Justiça) e o principal, a falta de pudor, de ética e de moral entranhada em todos os níveis da administração pública, são as causas da corrupção e do assalto aos cofres públicos que campeiam o país, desavergonhadamente, há oito anos e meio.

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