Saúde

5 mil mortes por dia por covid é um cenário possível no Brasil, dizem especialistas

Foto: Getty Images

Depois de um forte aumento nas últimas semanas, a tendência de novos casos, internações e mortes por covid-19 deve continuar em alta no país. Dados do boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam que 23 das 27 unidades da federação registram essa tendência. Diante do colapso hospitalar em todas as regiões, números ainda mais altos de óbitos, 4 ou 5 mil por dia, não podem ser descartados, segundo especialistas. Com o ritmo lento de vacinação, eles defendem medidas mais duras de distanciamento social para impedir que esse cenário se torne realidade.

“Temos um conjunto muito grande de Estados com tendência de crescimento de casos e hospitalizações. Alguns apresentam estabilidade, mas muito incipiente. É muito preocupante”, afirma Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe.

Gomes diz que há grande chance de o país ultrapassar 3 mil óbitos nos próximos dias. Um cenário pior, com 4 ou 5 mil mortes diárias não pode ser descartado. “Nós que trabalhamos com análise epidemiológica vemos que, infelizmente, não é impossível. É uma marca muito alta, mas não dá para descartar.”

Matéria completa AQUI.

Valor

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso o bovino do PR continua fazendo e incentivando aglomerações. Ah, uma jaula!

    1. Tem toda razao.. a governadora parece ser genocida mesmo, pq a vacina so passou a existir no Brasil em Janeiro e assim começou a ser distribuída aos Estados.. Pelas reportagens faltou o Estado do RN usar o dinheiro enviado pelo governo federal pra criar leitos e distribuir as vacinas que foram enviadas no tempo certo… Ate oxigenio foi negacionista, em janeiro dizendo que nao iria faltar e nem sequer investiram numa usina de oxigenio no estado.. 14 meses depois e nem hospital de campanha. Nada, a nao ser decretos… e muito desemprego causado por esses decretos. um desastre mesmo.

  2. Pois é, quero saber se vai ficar barato pro presidente aquela estória de estimular seus eleitores não usar máscaras e descumprir as orientações dos decretos estaduais, em vez disso mandar fazer Cloroquina a rodo pro combate ao covid e de desautorizar publicamente o ministro da saúde que tinha anunciado ainda no ano passado a compra das vacinas CoronaVac, retardando o processo de aquisição e distribuição de vacinas.

  3. Negar essa crise sanitária, estimular aglomerações, não ter ainda um projeto garantido de vacinação em massa, coloca o Brasil, para a comunidade internacional, como o "Campo de concentração". Estão proibindo seus concidadões de nós visitar e impõe restrições de entrada de Brasileiros em seus territórios. Ainda há quem defenda quem nos impõe essa tragédia anunciada….

  4. Enquanto isso, tem vacina sobrando no RN, vacinadores a disposição, ninguém na fila pra ser vacinado. Porque não chamam até uma faixa etária que pelo menos forme uma pequena fila. Se a governadora, prefeito e secretários de saúde querem aumentar o número de óbito diários, continue com esse ritmo de vacinação. Depois serão julgados criminalmente como genocidas

    1. Acabou de chegar o cara que vive em outro planeta. Vive dando uma de doido. Pode ser até um petista infiltrado.

    2. Esse Calígula deve ser mais um ignóbil negacionista.
      Depois não vá reclamar porque não tem leito para você um algum familiar seu.

    3. Primeiro mandamento de leitor de comentários do bg é ignorar o que Calígula escrever.

    4. Essa Calígula só escreve besteira, não escreve nada, baseada em argumentos, só faz jogar palavras sem sentido.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Oumuamua: cientistas têm nova teoria sobre objeto interestelar misterioso antes visto como cometa

Foto: William Hartmann/Reprodução

Um mensageiro vindo de um planeta de outro sistema solar. É isso o que pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, concluíram sobre o misterioso objeto interestelar Oumuamua — que significa “mensageiro” em havaiano.

O que antes acreditavam ser originário de um cometa, agora é provavelmente um pedaço de um planeta semelhante a Plutão. “Em muitos aspectos, Oumuamua lembrava um cometa, mas era peculiar o suficiente de modo que o mistério continuava e a especulação rolava solta”, diz o astrofísico Steven Desch, professor na Escola de Exploração Da Terra e do Espaço da universidade, em comunicado.

Desch e seu colega Alan Jackson, também astrofísico, descobriram vários elementos do misterioso objeto que diferem de características típicas de um cometa, como sua velocidade e tamanho. O objeto entrou mais lentamente no nosso Sistema Solar do que o esperado para um cometa, além de sua forma — parecida com uma panqueca — ter se mostrado mais achatada do que qualquer objeto que já entrou no nosso “território”

Os pesquisadores também constataram que o empurrão que Oumuamua sofreu para longe do Sol — um “efeito foguete” que ocorre quando a luz solar vaporiza os gelos que compõem um cometa — foi mais forte do que o comum. Ele também não tem em sua composição o gás visivelmente representado pela cauda de um cometa.

As descobertas, publicadas nesta terça-feira (16) no Journal of Geophysical Research: Planets, levaram os astrofísicos à conclusão de que o objeto, embora muito similar a um cometa, não se aproximava de qualquer corpo deste tipo já observado no Sistema Solar.

Verdadeira origem

A associação a Plutão deve-se a um gelo identificado na formação do Oumuamua: o nitrogênio sólido, encontrado na superfície do planeta-anão. “Concluímos que era possível existirem outros Plutões em outros sistemas com gelo de nitrogênio em suas superfícies, e um pedaço dele poderia ter entrado em nosso Sistema Solar”, explica Desch.

O nitrogênio congelado também pode explicar a forma incomum do objeto, segundo Jackson. “À medida que as camadas externas de gelo de nitrogênio evaporaram, a forma do corpo teria se tornado progressivamente mais achatada, assim como uma barra de sabão conforme as camadas externas são esfregadas durante o uso”, compara o pesquisador.

A estimativa é de que Oumuamua tenha perdido cerca de 95% de sua massa — ou seja, só restou uma lasca do objeto quando ele foi avistado no Havaí, em 2017.

Galileu

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

VÍDEO: No Meio-Dia RN desta quarta, especialistas afirmam que ivermectina e outros remédios não combatem covid e causam risco

No Meio-Dia RN desta quarta-feira(17), com o BG, cientistas pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnologia da UFRN (Lais), Ricardo Valentim e Leonardo Lima, afirmam que medicamentos como a ivermectina foram deixadas de lado em vários países porque não combateram efetivamente o vírus da covid-19. Segundo Leonardo, tomar os medicamentos têm causado um relaxamento dos cuidados com o isolamento social e, não só isso, também a demora em buscar o sistema de saúde após os agravamento dos sintomas.

Com 96 FM

Opinião dos leitores

  1. Porque as midiaslixo e a "CIÊNCIA"não explicam a baixa mortalidades por Covid-19 no continente africano.
    Alguém já viu algum comentário a respeito?
    Se houver, dirão que são excelentes lockdowns, excelentes hospitais, distanciamento social perfeito, uso de máscara com alta capacidade de contenção , higiene generalizada com álcool em gel espalhados por todos os locais e para fechar tem os países com mais jovens do mundo.. Nunca ouvirão que a Ivermectina que lá é utilizada para deter infecções por parasitas é distribuída para toda a população africana há anos.
    Portanto ela salva vidas sim a não ser que alguém seja muito ingenuo para acreditar na oms e "CIÊNCIA"
    São covardes e os verdadeiros genocidas mundiais apoiados pelos hipócritas da medicina como o infectologista David Uip que tomou a cloroquina e ficou calado a respeito do seu tratamento.
    As únicas medidas que eles aconselham é, fiquem em casa, usem máscaras e lavem bem as mãos, vão ao médico nos primeiros sintomas. Para fazer o que se tiver infectado?
    Ouvir o médico falar para ficar em isolamento e só voltar ao hospital quando tiver sem forças para respirar e andar?
    Aí sim há medicamentos para tratamento.
    Porque esses medicamentos só fazem efeito nos hospitais?

  2. Prezado BG. Acabo de assistir se belo programa diario o que faço quase diariamente, contudo não posso deixar de reconhecer que você amarelou diante dos dois cientistas na entrevista ao não perguntar se a extraordinaria Dra Roberta Lacerda estava mentindo quando da entrevista há poucos dias atrás defendendo a Ivermectina. aliás, você é muito brabo até o possivel entrevistado sentar na cadeira, ai você se torna um cordeiro, a não ser que a Dra Roberta tenha mentido, o que eu não acredito, ela é bem melhor que os dois que ai estivram.

  3. Esses "especialistas" de sofá só fazem criticar mais quando adoecem são os primeiros a fazer os tratamentos escondidos. O mundo todo está usando esses medicamentos como tratamento precose. Só na kbça desses ACÉFALOS é que não funciona.

    Eles querem é que o povo morra enquanto a DESGOVERNADORA não investiu o dinheiro que o governo federal enviou.

    Eu sigo tomando todos os cuidados necessários, mas não abro mão do tratamento precose. Se não serve segundo eles, pelo menos matar não mata.

  4. Engenheiro elétrico falando de medicina. Estamos bem mesmo. Fio descapado. Prefiro confiar em Dr Albert Dickson e Dr Fernando Suassuna.

  5. Não se poderia esperar nada diferente desses petistas da UFRN. Mas, o que faz de EFETIVO o governo do estado para combater o vírus? Cadê os novos leitos? Por que o RN FECHOU leitos hospitalares? A prefeitura de Natal está abrindo hospitais de campanha. E essa governadora só pensa em fechar tudo e fazer uso político da epidemia. É nisso que dá eleger uma incompetente e inepta, que NUNCA trabalhou na vida. Passou a vida toda na politicagem. Antes, política sindical. Agora, destruindo o RN.

    1. Verdade. Cadê os leitos??? Não dá pro Governo Federal abrir pelo menos 5 leitos de UTI no Huol , Hospital Naval ou Hospital de Guarnicao de Natal???? O SUS também é federal???

  6. Não acredito nestes Petistas que estão fazendo de tudo para colocar a culpa no Governo Federal. Nota zero nestes alienados deste Comitê Científico do Estado, só querem junto com esta Governadora INCOMPETENTE, transformar o RN em uma Venezuela. Tomo Invermectina e não abro. Conheço várias pessoas que foram curadas tomando este medicamento. Agora quem está tomando e coloca na cabeça que não vai contrair o vírus,está completamente errado

  7. Avisa aí esses “cientistas de sofá” que as vacinas tb não tem estudos concluídos sobre sua eficácia e segurança , mas devido à situação emergencial foi liberada pelas autoridades de saúde Aquino em alhures. Agora pergunte a esses pseudos arautos se eles tem estatísticas da mortalidade pelo uso da ivermectina e cloroquina !

  8. Esse ditos cientistas do tal Laís, todos funcionários públicos e petistas a serviço do PT.

  9. Se inimigo fosse visível, certamente toda população, nesse momento, estaria num só objetivo se esconder pra se proteger enquanto os combatentes da linha de frente lutavam, mas como o inimigo é invísivel, não menos letal, a populacao sem perceber se coloca no do fogo cruzado piorando a situação.

  10. O que vejo eles falando é a pessoa que toma vai relaxar nos protocolos. Porem se for por esse lado, podemos dizer que quem tem esses pensamento na hora que for vacinado ele vai ter a mesma atitude.

  11. HomipelamordeDeus, diga logo se é pra tomar ou não a ivermectina!!
    Deixe de arrudeio!!
    Não politizem os medicamentos!!!

  12. Bando de vagabundo mentiroso, asquerosos.
    Acredito 1000% em Dra Roberta e faço as prevenções com ivermectina, vitaminas C , D e zinco a muitos meses e vou continuar.

  13. BG!!
    A praga dessa doença, trouxe
    para conhecimento de todos uma coisa que nós nem prestavamos muito atenção.
    Vejam!!!
    De um lado médicos renomados professores defendendo o uso da ivermectina certo??
    Do outro lado a mesma coisa, médicos renomados professores recomendando o não uso da ivermectina certo?
    O que eu quero dizer com isso.
    É que preciso ter muito cuidado na hora de escolher um médico pra tratar qualquer enfermidade.
    Porque NÃO EXISTER UNANIMIDADE na medicina, taí um exemplo emblemático.
    já pensou uma coisa dessas??
    O caba lascado doente, tem que ter sorte, e pedir a Deus que coloque no caminho um médico para diagnosticar melhor o problema, acerte o tratamento.
    Porque se você tiver a mal sorte de pegar um diagnóstico que não condiz com a sua doença e tomar remédios errados, além de não ficar bom, ta se lascando mais ainda.
    Pelas caridades!!!
    Só Deus nessa vida velha aperriada, e boa.

  14. Acredito que os colegas médicos infectologistas tem mais autoridade para Aceitar ou não o uso do que os que não sao da área medica

  15. Qual a razão de toda essa resistência e celeuma com a ivermectina? Se uns dizem que ela não tem eficácia, poderiam dizer qual a contra indicação da ivermectina? Uma vez que a pessoa tome, na dosagem certa, a ivermectina vai causar que mal?
    Enquanto isso os estudos científicos feitos na Israel, Egito, Eslovência, Japão, Jamaica, Coreia do Sul adotaram oficialmente a ivermectina. Estudos nos EUA e na França publicados em revistas médicas mostram a eficácia da ivermectina.
    Os governos na India, Africa que usam a ivermectina continuamente, tem percentualmente metade das mortes de países que não fazem uso da medicação.
    O México, Peru e Uruguai usaram que medicação para combater o covid?
    Já foram publicados 42 estudos científicos mostrando a eficácia da ivermectina no combate a atuação do vírus.
    Mas a ivermectina parece incomodar muito, a começar pelo preço, pela patente aberta.
    Não estou julgando, apenas mostrando o que existe e é de conhecimento público a quem gosta de ler um pouco. Só espero que não venham dizer que a remdesivir que custa R$ 9 mil reais é a única solução.

  16. Não sei existe algum ser vivente que ainda aguente essa torturante masturbação ideológica, enquanto o povo morre afogado no seco !!! Aff…

  17. Continuo tomando, não acredito nesses vermelhos. Pra eles quanto mais morte, mais dinheiro

  18. Quais especialistas? Esses que não conseguiram responder uma pergunta que não fosse trazendo um monte de números que nem eles sabem de onde tiram? Os que acham que o trancamento é a melhor saída e que não conseguem dizer o que vem depois? Kkkkkkkkkkkkkkk

  19. Ricardo Valentim. Médico? Não: Sistema de informação, mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica.

    Leonardo Lima? Também não.

    É isso.

    1. Mostre suas evidências baseadas em Albert e Karla, Álvaro, Messias, Alexandre etc

    2. O gado negacionista. Eles falaram em termos cientificos com base em dados. E ambos falaram que o médico pode receitar se quiser.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Covid-19: cientistas descobrem americano com superanticorpos contra o coronavírus, que vira alvo de estudos

John Hollis tem superanticorpos que o tornam imune ao Sars-Cov-2 e suas variantes — Foto: BBC

“Foram duas semanas muito assustadoras”, conta John Hollis. “Por duas semanas eu esperei a doença me atingir, mas nunca aconteceu.”

Hollis achou simplesmente que tinha tido sorte de não contrair a doença.

Mas em julho de 2020, totalmente por acaso, Hollis mencionou que morava com uma pessoa que ficou muito doente em uma conversa com o médico Lance Liotta, professor na Universidade George Mason, onde Hollis trabalha na área de comunicação.

Liotta, que pesquisa formas de combater o coronavírus, convidou Hollis para se voluntariar em um estudo científico sobre coronavírus na universidade.

Com isso Hollis descobriu que não só tinha contraído o covid-19, como seu corpo tinha superanticorpos que o tornavam permanentemente imune à doença — ou seja, os vírus entraram em seu corpo, mas não conseguiram infectar suas células e deixá-lo doente.

“Essa tem sido uma das experiências mais surreais da minha vida”, conta Hollis.

“Nós coletamos o sangue de Hollis em diferentes momentos e agora é uma mina de ouro para estudarmos diferentes formas de atacar o vírus”, afirma Liotta.

Na maioria das pessoas, os anticorpos que se desenvolvem para combater o vírus atacam as proteínas das espículas do coronavírus — formações na superfície do Sars-Cov-2 em formato de espinhos que o ajudam a infectar as células humanas.

“Os anticorpos do paciente grudam nas espículas e o vírus não consegue grudar nas células e infectá-las”, explica Liotta. O problema é que, em uma pessoa que entra em contato com o vírus pela primeira vez, demora certo tempo até que o corpo consiga produzir esses anticorpos específicos, o que permite que o vírus se espalhe.

Mas os anticorpos de Hollis são diferentes: eles atacam diversas partes do vírus e o eliminam rapidamente. Eles são tão potentes que Hollis é imune inclusive às novas variantes do coronavírus.

“Você poderia diluir os anticorpos dele em 1 para mil e eles ainda matariam 99% dos vírus”, explica Liotta.

Os pesquisadores estudam esses superanticorpos de Hollis e de alguns outros poucos pacientes como ele na esperança de aprender como melhorar as vacinas contra a doença.

“Eu sei que não sou a única pessoa que tem anticorpos assim, sou apenas uma das poucas pessoas que foram encontradas”, afirma Hollis.

Viés racial em pesquisas

Descobertas como essa, no entanto, muitas vezes não acontecem por causa de um viés racial em pesquisas científicas: a maioria delas é feita com pacientes brancos. A participação de negros em estudos tende a ser muito menor do que sua porcentagem na sociedade.

“Há um longo histórico de exploração (de pacientes negros) que faz com que a comunidade afro-americana tenha desconfiança em relação à participação em pesquisas”, afirma Jeff Kahn, professor do Instituto de Bioética da Universidade John Hopkins.

“É compreensível que haja essa desconfiança”, afirma.

Um dos experimentos mais conhecido feito com a participação de afro-americanos é o estudo de sífilis de Tuskegee: por mais de 40 anos, cientistas patrocinados pelo governo americano estudaram homens negros que tinham sífilis no Alabama sem prover medicamentos para a doença.

“Ao longo dos anos, durante a produção do estudo, antibióticos se tornaram amplamente disponíveis e não foram oferecidos a essas pessoas. Os pesquisadores mentiram sobre o que estava sendo feito com eles e tiveram tratamento negado em nome da pesquisa”, explica Kahn.

“Quando o estudo de Tuskegee veio a público, foram criadas regras e regulamento para pesquisas em seres humanos, que estão em vigor desde os anos 1970”.

Esse histórico é um dos motivos pelos quais uma parte da população, que tem sido fortemente atingida pela pandemia, muitas vezes é relutante para participar de estudos ou tomar a vacina.

“Queremos garantir que as comunidades que são mais afetadas estejam recebendo os benefícios das tecnologias sendo desenvolvidas”, afirma Kahn. “E, para isso, essas populações precisam também ser parte de estudos.”

“Nós devemos honrar aquelas pessoas, as vítimas do estudo de Tuskegee, através do envolvimento em um processo para garantir que aquilo não aconteça de novo. E também para salvar vidas, especialmente na comunidade afro-americana, que tem sido fortemente atingida pela pandemia”, diz Hollis.

“Protegermos uns aos outros é um dever nós mesmos e às pessoas que amamos”, afirma o escritor.

Bem Estar G1, com BBC

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Cientistas desvendam mistério das imensas crateras da Sibéria

Foto: Divulgação/Igor Bogoyavlensky

O mistério das imensas crateras registradas na tundra da Sibéria (Rússia) foi finalmente desvendado por cientistas russos, que publicaram na semana passada um estudo na revista “Geosciences”.

O fenômeno se deve a poderosas explosões de gás metano jogando gelo e rocha a centenas de metros de distância e deixando “cicatrizes” circulares abertas na paisagem vazia e misteriosa da região, considerada uma das mais inóspitas do planeta.

Até hoje foram encontradas 17 enormes crateras nas penínsulas de Yamal e Gyda, que avançam no Oceano Ártico, desde que a primeira foi identificada em 2013. Acredita-se que as crateras estejam ligadas às mudanças climáticas. Imagens feitas com drones, modelagem 3D e inteligência artificial estão ajudando a revelar seus segredos.

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram lançar, em agosto do ano passado, um drone nas profundezas de uma cratera, exatamente a última a ser achada – atingindo 10 a 15 metros abaixo do solo, permitindo-lhes capturar a forma da cavidade subterrânea onde o metano se acumulou.

“A nova cratera está excepcionalmente bem preservada, já que a água da superfície ainda não havia se acumulado na cratera quando a pesquisamos, o que nos permitiu estudar uma cratera fresca, intocada pela degradação”, disse, de acordo com a CNN, Evgeny Chuvilin, cientista-chefe de pesquisa no Centro de Recuperação de Hidrocarbonetos do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia em Moscou.

A investigação com o drone e os modelos obtidos com ela, que mostrou grutas e cavernas incomuns na parte inferior da cratera, em grande parte confirmou a hipótese dos cientistas: o gás metano se acumula em uma cavidade no gelo, fazendo com que um monte apareça no nível do solo. O monte cresce em tamanho antes de explodir gelo e outros detritos em uma explosão e deixar para trás a enorme cratera.

O que ainda não está claro é a fonte do metano. Pode vir de camadas profundas da Terra ou mais perto da superfície – ou de uma combinação das duas.

Os solos congelados conhecidos como “permafrost” são enormes reservatórios naturais de metano, um potente gás de efeito estufa muito mais eficaz do que o dióxido de carbono em reter o calor e aquecer o planeta.

Page Not Found – Extra – O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Cientistas criam material capaz de eliminar coronavírus de superfícies

FOTO: DIVULGAÇÃO/CSIC/EFE

Uma equipe de pesquisadores do CSIC (Conselho Superior de Pesquisa Científica) da Espanha conseguiu criar um nanomaterial capaz de eliminar o coronavírus, que poderia ser usado em máscaras, tecidos, puxadores ou corrimãos.

O novo nanomaterial é composto por nanopartículas de cobre, que inibe as proteínas do novo coronavírus, causador da covid-19, e bloqueia sua disseminação.

O material já foi protegido por patente e seria aplicável no revestimento de máscaras cirúrgicas, em tecidos de proteção para uso hospitalar e no revestimento de superfícies de contato, como grades ou maçanetas do transporte público, conforme informou nesta segunda-feira (15) o CSIC. Os pesquisadores estão estudando seu desenvolvimento industrial para trazê-lo ao mercado.

“A nova tecnologia consiste em nanopartículas que interagem com as proteínas do coronavírus, modificando-as por um mecanismo de oxidação e bloqueando sua capacidade de infectar células humanas”, explica o pesquisador José Miguel Palomo, que lidera o desenvolvimento no centro de pesquisa.

Esse novo material é muito eficiente na inibição das proteínas funcionais do vírus, principalmente a “3CLpro protease” (que intervém no processo de replicação do vírus) e a spike protein (proteína espinho, que permite a entrada do vírus nas células humanas), como demonstrado pela equipe de Palomo, em colaboração com os pesquisadores Olga Abian e Adrián Velázquez, do Instituto de Pesquisa em Saúde de Aragón (IIS Aragón), do Instituto Aragonês de Ciências da Saúde (IACS) e da Universidade de Zaragoza (Nordeste da Espanha).

A elevada eficácia deste nanomaterial se deve ao fato de o componente ativo ser nanopartículas de cobre muito pequenas, o que aumenta a eficiência, por ser constituído de espécies de cobre com um único estado de oxidação. Isso permite obter uma alta atividade biológica, que não foi observada até agora com outros compostos, de acordo com os pesquisadores.

Os cientistas confirmaram que esses nanomateriais podem ser usados ​​como aditivos de revestimento em várias superfícies. O material já foi testado para forro de máscaras cirúrgicas feitas com tecido de algodão ou polipropileno.

“Isso é de grande interesse, pois permitiria ter um novo tipo de máscaras eficazes com inativação direta contra SARS-CoV-2, além de prevenir a transmissão por barreira mecânica [filtração], e permitiria ter materiais têxteis para proteção em ambiente hospitalar”, detalham os pesquisadores.

O novo material também tem sido aplicado com sucesso em materiais metálicos (aço e ferro), podendo ser utilizado como revestimento de superfícies de contato, tanto de corrimão quanto de maçaneta, para uso, por exemplo, no setor de transporte público.

R7, com EFE

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Nova variante britânica pode infectar pessoas que já tiveram covid ou já foram vacinadas, dizem cientistas

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O governo britânico informou nesta quinta-feira (11) que uma nova mutação do coronavírus, conhecida como variante de Bristol, pode contagiar pessoas que já tiveram Covid-19 ou que já foram vacinadas contra a doença. (ASSISTA REPORTAGEM AQUI).

De acordo com o conselheiro do grupo científico para emergências do Reino Unido, ainda não se sabe se a variante de Bristol é mais transmissível que a variante britânica identificada anteriormente.

O ministro da Saúde do país disse que o Reino Unido está comprometido em aprimorar o rastreamento de infectados e aumentar a testagem para monitorar a propagação das novas variantes.

O serviço público de saúde britânico divulgou que os casos identificados em Bristol têm em comum a mesma mutação registrada nas variantes da África do Sul e no Brasil.

Cientistas dizem que as vacinas são eficazes contra as variantes do vírus até o momento, mas as mutações podem diminuir a eficácia dos imunizantes.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Essa invenção é pra justificar a água que estão aplicando no povo. Sempre inventando nova variante.

  2. Viva a indústria farmacêutica e viva os gananciosos .
    Dória é lobista e moleque.
    Bolsonaro tem razão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

O coronavírus é um ‘mestre’ em misturar seu genoma, preocupando os cientistas, apontam estudos

Foto: Dan Higgins/CDC

Nas últimas semanas, cientistas alertaram sobre novas variantes do coronavírus com mutações que parecem tornar algumas vacinas menos eficazes. Mas outra descoberta também tem preocupado cientistas: o novo coronavírus tem a tendência de misturar grandes partes de seu genoma ao fazer cópias de si mesmo. Ao contrário de pequenas mutações, que são como erros de digitação na sequência, um fenômeno chamado “recombinação” se assemelha a um grande erro de copiar e colar em que a segunda metade de uma frase é completamente substituída por uma versão ligeiramente diferente.

Uma grande quantidade de novos estudos sugere que a recombinação do novo coronavírus pode permitir que o vírus mude de forma de maneira perigosa. Por outro lado, a longo prazo, esse mecanismo biológico pode oferecer esperança, ajudando os pesquisadores a encontrar medicamentos para parar o vírus em seu caminho.

– Não há dúvida de que a recombinação está acontecendo – disse Nels Elde, geneticista da Universidade de Utah. – E, na verdade, é provavelmente um pouco subestimado e pode estar em jogo mesmo no surgimento de algumas das novas variantes.

As mutações do coronavírus que a maioria das pessoas já ouviu falar, como a detectada pela primeira vez na África do Sul, são alterações em uma única “letra” da longa sequência genética do vírus, ou RNA. Como o vírus tem um sistema robusto para revisar seu código de RNA, essas pequenas mutações são relativamente raras. A recombinação, em contraste, é comum em coronavírus.

Recombinações extensas

Pesquisadores do Vanderbilt University Medical Center, liderados pelo virologista Mark Denison, estudaram recentemente como as coisas dão errado durante a replicação em três coronavírus, incluindo o Sars-CoV-2, que causa a Covid-19. A equipe descobriu que todos os três vírus mostraram recombinação “extensa” ao se replicar separadamente no laboratório.

Os cientistas temem que a recombinação possa permitir que diferentes variantes do coronavírus se combinem em versões mais perigosas dentro do corpo humano. A variante detectada pela primeira vez na Reino Unido, por exemplo, tinha mais de uma dúzia de mutações que pareciam surgir repentinamente.

Segundo o geneticista Nels Elde, a recombinação pode ter mesclado mutações de diferentes variantes que surgiram espontaneamente na mesma pessoa ao longo do tempo ou que coinfectaram alguém simultaneamente. Por enquanto, disse ele, essa é uma especulação:

– É realmente difícil identificar essas marcas invisíveis de um evento de recombinação – afirmou o geneticista, acrescentando que a infecção por duas variantes ao mesmo tempo, embora seja possível, pode ser rara.

Katrina Lythgoe, epidemiologista do Oxford Big Data Institute, no Reino Unido, é cética quanto ao fato de a coinfecção acontecer com frequência. Mas ela acrescentou que as novas variantes nos ensinaram que eventos raros ainda podem ter um grande impacto.

A recombinação também pode permitir que dois coronavírus diferentes do mesmo grupo troquem alguns de seus genes. Para examinar esse risco, Elde e seus colegas compararam as sequências genéticas de muitos coronavírus diferentes, incluindo o Sars-CoV-2 e alguns de seus parentes distantes conhecidos por infectar porcos e gado.

Usando um software desenvolvido especialmente para o estudo, os cientistas destacaram os lugares onde as sequências desses vírus se alinhavam e combinavam – e onde não. O software sugeriu que, ao longo dos últimos dois séculos de evolução dos vírus, muitos dos eventos de recombinação envolveram segmentos que formaram a proteína spike, que ajuda o vírus a entrar nas células humanas. Isso é preocupante, disseram os cientistas, porque pode ser uma rota pela qual um vírus essencialmente “equipa” outro para infectar pessoas.

– Por meio dessa recombinação, um vírus que não pode infectar as pessoas pode se recombinar com um como o Sars-CoV-2 e, assim, tornar-se capaz de infectar – disse Stephen Goldstein, virologista que trabalhou no o estudo.

As descobertas, ainda não publicadas em um periódico científico, ofereceram novas evidências de que coronavírus relacionados são bastante propensos em termos de recombinação uns com os outros. Também descobriu-se que havia muitas sequências que surgiram nos coronavírus que pareciam surgir “do nada”:

– Em alguns casos, quase parece que há uma sequência vindo do espaço sideral, de coronavírus que nem conhecemos ainda – disse Elde.

Feng Gao, virologista da Universidade Jinan em Guangzhou, China, disse que, embora o novo software dos pesquisadores de Utah tenha encontrado sequências incomuns em coronavírus, isso não fornece evidências sólidas para indicar a recombinação. Pode ser simplesmente que eles tenham evoluído dessa forma por conta própria, argumenta ele.

– Diversidade, não importa o quanto, não significa recombinação – afirmou Gao. – Pode muito bem ter ser causada por grande diversificação durante a evolução viral.”

Os cientistas têm conhecimento limitado sobre se a recombinação pode dar origem a novos coronavírus pandêmicos, disse Vincent Munster, ecologista viral do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. Ainda assim, essa evidência está crescendo.

Em um estudo lançado em julho e publicado na última semana, Munster e seus colaboradores sugeriram que a recombinação é provavelmente como o Sars-CoV-2 e o vírus por trás do surto original de Sars em 2003 terminaram com uma versão da proteína spike que permite que eles entrem habilmente nas células humanas. Esse pico de proteína se liga a um determinado ponto de entrada nas células humanas chamado ACE2. Esse documento pede uma maior vigilância dos coronavírus para ver se há outros que usam ACE2 e podem, portanto, representar ameaças semelhantes para as pessoas.

Cientistas estão estudando sobre recombinação para evitar próximas pandemias, mas também para ajudar a combater esta. Em seu estudo recente sobre a recombinação de três coronavírus, Denison de Vanderbilt descobriu que o bloqueio de uma enzima em um coronavírus de camundongo causou uma queda nos eventos de recombinação. Isso sugere que a enzima é vital para a capacidade dos coronavírus de misturar e combinar seu RNA conforme eles se replicam.

Agora, Denison e Sandra Weller, virologista da Escola de Medicina da Universidade de Connecticut, estão investigando se essa descoberta poderia tratar pessoas com Covid.

Certos medicamentos antivirais, como o remdesivir, combatem as infecções servindo como iscas de RNA que bloqueiam o processo de replicação viral. Mas esses medicamentos não funcionam tão bem quanto alguns esperavam para os coronavírus. Uma teoria é que a enzima nsp14-ExoN elimina os erros causados por essas drogas, resgatando assim o vírus.

Denison e Weller, entre outros, estão procurando drogas que bloqueiem a atividade da nsp14-ExoN, permitindo que o remdesivir e outros antivirais funcionem de maneira mais eficaz. Weller compara essa abordagem às terapias de coquetel contra o HIV., que combinam moléculas que atuam em diferentes aspectos da replicação do vírus.

Weller observa que o nsp14-ExoN é compartilhado entre os coronavírus, portanto, uma droga que o suprime com sucesso poderia agir contra mais do que apenas o Sars-CoV-2. Ela e Denison ainda estão nos estágios iniciais da descoberta de medicamentos, testando diferentes moléculas nas células.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A China é um mestre na arte de criar vírus e o PT de criar pânico e roubar.
    Quero Lula na cadeia

    1. Bozo é que é o verdadeiro mestre em se transformar no oposto do que disse que era quando se elegeu. Irreconhecível.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Grupo de médicos e cientistas protocola pedido de impeachment de Bolsonaro por “negacionismo” na pandemia

Foto: Sérgio Lima/Poder360

Um grupo de médicos e cientistas protocolou um pedido de impeachment na Câmara contra o presidente Jair Bolsonaro. O pedido afirma que Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade na condução da pandemia de Covid-19.

Para embasar o pedido, os médicos e cientistas listaram uma série de declarações públicas e ações de Bolsonaro desde março de 2020, quando o coronavírus começou a se alastrar pelo país, até o dia 20 do mês passado.

Foi citada, por exemplo, a frase “Não sou coveiro”, proferida por Bolsonaro após ser questionado sobre o elevado número de óbitos pela doença no país. O pedido lembra também as declarações de Bolsonaro contra as medidas de isolamento social e as ocasiões em que o presidente minimizou os efeitos da doença.

Segundo os médicos e cientistas, o presidente “usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada e desorientar a população cuja saúde deveria proteger”.

O pedido também afirma que o negacionismo de Bolsonaro tem custado vidas de brasileiros.

“o Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia”, diz um trecho do documento.

Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não um pedido de impeachment. Já foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Lira é aliado do presidente da República.

Outros pedidos

No dia 26 de janeiro lideranças religiosas protocolaram na Câmara um pedido de impeachment contra Bolsonaro, também devido à atuação do governo no enfrentamento da pandemia.

O documento foi assinado por 380 pessoas, entre as quais bispos, pastores, padres e frades, ligadas a igrejas cristãs, incluindo católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas, batistas e metodistas, além de 17 movimentos cristãos.

No dia seguinte, outro pedido foi protocolado por seis partidos de oposição — PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL e Rede – com base nos mesmos argumentos.

G1

Opinião dos leitores

  1. Cambada de canalhas, vão procurar o que fazer, tem que aceitar Bolsonaro até 2026se não, vão Pra cuba que partil.

  2. Pedido muito bem embasado. Pena q temos um integrante do “correto” Centrão na presidência da Câmara.
    Precisamos sair às ruas e exigir q o impeachment seja aceito.

    Impeachmentsalvavidas

  3. Se seguir todos os protocolos de forma rígida fosse de fato uma solução, os números na Europa não seriam tão altos… A doença existe, obviamente, mas é carregada de muitos mistérios, sem nada de concreto ainda, e pedidos de impeachment só geram instabilidades, lamentável diante de tanta dificuldade que o mundo tá passando com a Covid-19 ainda, ter pessoas pensando só em fazer política de forma canalha e rasteira…

  4. E POR FALAR EM COVID-19 : CADÊ OS 5 MILHÕES DOS RESPIRADORES? O POVO NÃO ESQUECEU,O POVO QUE SABER!! VAI FICAR POR ISSO MESMO?? ALÕ MPF,PF!!!

  5. É MUITA INVEJA
    BOLSONARO TÁ CAGANDO PRA MELIANTES EM DESESPERO SEM MAMAR
    TÁ FAZENDO TUDO CERTO, O CHORO É LIVRE

  6. QUANDO É QIE ESSES BOSTAS VÃO PARAR DE INVEJA DO PRESIDENTE BOLSONARO? VÃO CRIAR JUIZO E TRABALHAR, PAREM DE FALAR MERDA MELIANTES SEBOSOS.
    BOLSONARO O MELHOR PRESIDENTE, SEM CORRUPÇÃO , HONESTO E FICHA LIMPA, teu CHORO É livre

  7. Vão esperar sentados, que nem o mundial do Palmeiras! Só quem é tapado, ou não tem opinião própria(ou as duas coisas juntas), segue a quem quer que seja! Eu votei em Bolsonaro, mas não sigo as suas recomendações. Portanto, isso não muda em nada, à quem preza pela sua saúde e dos seus! É uma tremenda babaquice, ou burrice mesmo, culpar uma pessoa pelas sua opiniões pessoais. E quem segue as recomendações do condenado petista? Não tá fazendo o mesmo? O cara roubou o País e a população, das mais variadas formas possíveis, para enriquecimento próprio e "pela causa"! E esses dementes ainda têm a audácia de falar da opinião de quem quer que seja! Tem várias pessoas que se dizem de esquerda, se aglomerando, comendo e bebendo nos bares e restaurantes, não usando máscaras…e por aí vai! Isso não é só "privilégio" de quem é seguidor das idéias de Bolsonaro, não! Acordem, hipócritas!

  8. É muito fácil viver. Basta cada qual cuidar da sua vida e fazer aquilo que reputação adequado. Não preciso de governo algum para determinar o que seja melhor para minha saúde. Procuro médicos em quem confie. Se não gostar de algum, ignoro e procuro outro. Creio que todos agem assim.

  9. ESSA CANALHA DA ESQUERDA , QUER VER O BRASIL NOVAMENTE ATOLADO EM ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO. COM A QUADRILHA DO IMCOPETENTE, O LULADRÃO.

  10. Outro????
    Essa turma não cansa de passar vergonha.
    Kkkkkkkkkkkkkk
    Grande motivo pra da queda num presidente.
    Chupa esquerdistas derrotados.
    Kkkkkkkkkkkkkk

  11. Se dependesse desses tipos de médicos e cientistas o país estava em lockdown total, quebrando a economia e jogando muitos na miséria. Parecem servidores públicos que estão ganhando em casa e acham que todos podem ficar sem trabalhar.
    O PRESIDENTE foi um herói em ter a coragem de enxergar o problema e se posicionar contra o que a mídia lixo insistia em afirmar ser a única solução.

  12. Esses médicos devem ser os mesmos que na época do PT , só iam bater pontos nos hospitais públicos e iam para seus consultórios e clínicas particulares.

    1. ISSO MESMO, SÃO UM BANDO DE ESQUERTOPATAS CAVIAR, QUE GOSTA DE DEFENDER OS BANDIDOS COMO O LULADRÃO

  13. Ninguém pode querer remover um presidente legitimamente eleito apenas porque não concorda com seus posicionamentos. O instrumento constitucional do "impeachment" está sendo banalizado por essa oposição irresponsável e inimiga da democracia, que NUNCA aceitou a vontade expressa do povo brasileiro. Aguardem 2022 e arrumum um candidato competitivo porque, até agora, Bolsonaro é o franco favorito. E suas sandices estão só aumentando tal favoritismo.

    1. Não precisa nem ser médico pra entender que o inepto MINTOmaníaco que está na presidência se comportou sabotando medidas sanitárias e enganando o povo dizendo que máscara não funciona e que cloroquina funciona… Eh um irresponsável que só pensa em se proteger de investigações contra a corrupção da família!

    2. Oh mané, onde é que tem algo cientificamente comprovado sobre o covid? Diga o local do mundo onde tem! A toda hora muda os conceitos. O que se ver aí é política. Uns querendo vender máscaras, outros, vacinas e por aí vai. Nada absolutamente comprovado cientificamente. Inclusive, vacinas faltando dados.

    3. Há médicos e especialistas para todos os gostos. Conheço vários "canhotos" que criticam o presidente mas não deixam de tomar seus comprimidos de ivermectina. Talvez vc seja um deles. Cuide da sua vida, meu caro.

    4. Caro Manoel F, tem vários médicos e cientistas também que recomendam o uso de medicamentos e Cientistas para uso contra o COVID, também acho que o comportamento do Presidente é inapropriado, mas só. Eu por exemplo sigo as recomendações dos médicos que eu sempre acompanharam minha saúde o resto pra mim é especulação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

COVID E A DESCOBERTA SEM INTENÇÃO: Cientistas apostam em uso de vírus para combater câncer e outras doenças

Foto: National Cancer Institute/Unsplash

O caso de um homem de 61 anos que teve uma rara remissão do linfoma de Hodgkin – um tipo de câncer que se origina no sistema linfático – depois de ser infectado pela Covid-19, na Inglaterra, chamou a atenção da comunidade científica e do mundo em janeiro deste ano.

Os tumores, que eram um risco para o paciente na luta contra o novo coronavírus, desapareceram do corpo do idoso meses após ele ser infectado pela doença, e o caso, uma novidade nas pesquisas sobre a Covid-19, foi analisado e publicado no British Journal of Hematology.

Apesar de raras, situações em que vírus geram respostas do corpo humano no combate ao câncer e outras doenças já foram descritas anteriormente na literatura médica. O uso dos organismos na Medicina, inclusive, tem um nome: viroterapia.

Em entrevista recente à CNN, o oncologista Raphael Brandão Moreira afirmou que a explicação para o caso do idoso na Inglaterra é até simples: ao atacar o vírus o sistema imunológico do paciente combateu também as células cancerígenas.

“Não só a Covid-19, mas toda infecção viral, bacteriana, enfim, qualquer agressor externo ao nosso ambiente que seja estranho ao nosso corpo pode despertar o sistema imunológico”, disse o médico.

Descoberta ocorreu sem intenção

O caso britânico aconteceu de forma não intencional. Isso porque, após o diagnóstico de Covid-19, o paciente recebeu tratamento padrão para a doença, sem uso de corticoides ou de imunoterapia – que potencializa o sistema imunológico no combate a infecções e doenças.

Especialistas pesquisam a possibilidade de usar, intencionalmente, vírus contra o câncer e outras doenças. A viroterapia utiliza a biotecnologia para converter os organismos em agentes terapêuticos para tratar doenças.

Um dos principais pesquisadores nos Estados Unidos dessa modalidade para o tratamento do câncer é o médico Stephen Russell, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular (ASGCT, em inglês).

Russell e uma equipe de pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, se dedicam ao estudo dessa hipótese há praticamente duas décadas.

Atualmente, a equipe está focada em formas de usar modificações dos vírus do sarampo, da estomatite vesicular (VSV), da coxsackie A21 (CVA21) e o mengovírus no tratamento de pacientes oncológicos – estudos clínicos de fase 1 estão em andamento.

Com dezenas de artigos publicados sobre o tema, os pesquisadores já apresentaram, em 2014, um caso concreto em que uma mulher com mieloma múltiplo, um tipo de câncer sanguíneo incurável, entrou em remissão da doença após receber uma dose altamente concentrada do vírus do sarampo desenvolvido em laboratório.

“Um vírus pode ser treinado para danificar especificamente um câncer e deixar outros tecidos do corpo ilesos”

Stephen Russell, presidente da Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular

“A ideia é que um vírus pode ser treinado para danificar especificamente um câncer e deixar outros tecidos do corpo ilesos”, disse Russell à CNN, na época do caso.

Embora ainda não haja outros pacientes com remissão completa usando um vírus semelhante, nos últimos anos os pesquisadores conseguiram entender por que a terapia funcionou para Stacy Erholtz, que recebeu o tratamento experimental.

Um dos principais motivos é que ela não tinha anticorpos contra o sarampo, os quais a maioria das pessoas desenvolve por ter sido vacinada ou por contrair a doença.

Em pessoas com anticorpos do sarampo, no entanto, usar o vírus como terapia não funcionou, porque o corpo o neutralizou antes que tivesse a chance de matar as células cancerígenas.

Nos estudos recentes, Russell e os demais pesquisadores tentam substituir o vírus do sarampo pelo VSV – ao qual a maioria das pessoas não foi exposta e, portanto, não possui anticorpos – e que, em testes laboratoriais, se mostrou ainda mais potente contra o câncer do que o vírus do sarampo.

E o vírus da Covid-19?

De volta ao caso britânico: por se tratar de um caso raro e isolado, ainda é cedo para dizer se, no futuro, será possível usar o SARS-Cov-2, vírus que causa a Covid-19, em tratamentos de viroterapia.

A médica Fernanda Lemos, hematologista no hospital A.C. Camargo Cancer Center, destacou a importância do registro do caso e disse que parte do conceito da viroterapia já é amplamente aplicado hoje no tratamento de determinados tipos de câncer.

“Viroterapia é um campo que cada vez mais chama atenção, mas que ainda precisa de um caminho longo de estudos” (Fernanda Lemos, hematologista no hospital A.C. Camargo Cancer Center).

“A viroterapia é um campo que cada vez mais chama atenção, mas que ainda precisa de um caminho longo de estudos. [A ideia de] acordar essas células que vão ajudar o organismo no combate à doença é o que já fazemos atualmente por meio da imunoterapia com o uso de drogas”, disse ela à CNN.

“Para grande parte dos tumores hematológicos, tumores sólidos e melanomas que dependem da resposta imunológica para serem erradicados, a imunoterapia já é uma realidade, não o futuro”, completou.

Ela destacou que a vantagem da imunoterapia é o fato de tratar-se de uma terapia inteligente contra o câncer, com menos efeito colateral do que a radioterapia e a quimioterapia, por atuar especificamente nas células cancerígenas.

Lemos fez ainda um alerta: “Esse caso mostra um mecanismo que futuramente pode auxiliar no tratamento, mas de forma alguma substitui tratamentos embasados e com anos de entendimento. Os pacientes não devem procurar medidas heroicas”.

Essa opinião é compartilhada por Carlos Chiattone, professor de Medicina da Santa Casa de São Paulo e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

“Pacientes com doenças oncológicas, via de regra, desenvolvem casos mais graves do novo coronavírus” (Carlos Chiattone, professor de Medicina da Santa Casa de São Paulo).

“Tenho recebido muitas consultas, pedidos de opinião… Olha, não vamos torcer para que um paciente com câncer tenha Covid-19, longe disso. Porque pacientes com doenças oncológicas, via de regra, desenvolvem casos mais graves do novo coronavírus”, explicou Chiattone à CNN.

Em relação ao caso do paciente britânico, ele diz que um caminho pode ser entender a resposta imunológica que o vírus causou no corpo e, então, desenvolver mecanismos que reproduzam esse efeito.

Chiattone, no entanto, disse não acreditar que o SARS-Cov-2 poderá ser usado diretamente no corpo, como nos estudos desenvolvidos com o vírus do sarampo pelos pesquisadores da Clínica Mayo.

“Esse dado [do paciente britânico] é inusitado e claro que merece divulgação, mas tem que tomar cuidado. Por ser algo raríssimo, não é possível determinar como replicar esse efeito”, completou.

Chiattone, que é coordenador da oncohematologia do Hospital Samaritano de São Paulo, também enfatizou o uso da imunoterapia por ser um caminho mais testado e desenvolvido para novos tratamentos de câncer.

“Uma tendência da oncologia, em algumas áreas como os cânceres do sangue, é deixar a era do tratamento quimioterápico para a era do tratamento imunológico, com inúmeras vertentes e formas”, explicou.

Ainda de acordo com Chiattone, essa terapia-alvo é feita por meio de drogas que estimulam o sistema imunológico, por anticorpos ou outras substâncias, que fazem o sistema imunológico combater, por conta própria, o câncer.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Vacinas funcionarão em nova variante brasileira, dizem cientistas britânicos

Foto: Pexels

O ministro dos transportes da Grã-Bretanha, Grant Shapps, disse que cientistas acreditam que as vacinas contra Covid-19 funcionarão para a nova variante do coronavírus encontrada no Brasil. Shapps acrescentou que a decisão de banir voos da América do Sul e Portugal com destino ao Reino Unido foi tomada devido às preocupações de a nova cepa seja se espalhe mais rápido.

“Olhamos esta mutação em particular com muito cuidado e vimos que pode haver um problema, não tanto que a vacina não funcione, na verdade os cientistas acham que funcionará, mas apenas pelo fato de é mais propagável”, disse o ministro, durante entrevista à rede BBC.

Na quinta-feira (14), o Reino Unido baniu voos com origem no Brasil, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, além de Portugal, devido à nova variante de Covid-19 encontrada no território brasileiro.

A variante brasileira compartilha algumas características com as encontradas na Grã-Bretanha e na África do Sul, que os cientistas acreditam ser mais transmissível, mas não causar doenças mais graves.

“Assim como acontece com a variante que vimos em Kent (sul da Inglaterra) ou na África do Sul, é de interesse significativo para nós tomarmos essa abordagem preventiva de parar todos os voos do Brasil (e) da América do Sul”, disse Shapps.

“Existem dois tipos diferentes de variantes brasileiras e uma delas foi detectada (no Reino Unido) e outra, não”, explicou a virologista Wendy Barclay, do Imperial College London. Junto com as variantes do Reino Unido e da África do Sul, a variante brasileira é “preocupante” e será “rastreada com muito cuidado”, destacou Barclay.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Cadê o Dória?
    Será que ele se trancou num quarto com Alexandre Frota? Kkkkk Ô Dóriana safadinha.

  2. Bolsonaro estar com uma informação preciosa, a grande eficácia da ivermectina e cloroquina no início da doença, ele precisa divulgar isso para o mundo, quem sabe não ganha um Nobel?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Tijolo ecológico a partir de resíduo do sal: cientistas da UFRN desenvolvem nova tecnologia para indústria ceramista

Foto: Divulgação

Um tipo de tijolo solo-cimento, formado a partir da incorporação de um resíduo da produção do sal, é o resultado de uma pesquisa desenvolvida por um grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e objeto de recente depósito de pedido de patente da Instituição, sob a denominação Tijolo ecológico produzido a partir da combinação de cimento, solo laterítico e carago. A nova tecnologia nasce revestida de singular importância para o Rio Grande do Norte, visto que o estado concentra 95% da produção de sal no Brasil, tendo relevância também no fornecimento a âmbito mundial.

“O resíduo incorporado da indústria salineira é o carago, a primeira camada que se forma nos tanques de evaporação. No momento da colheita do sal, ele não é utilizado, ficando em pilhas nas salinas, sem um destino correto. Assim, além da importância tecnológica da inovação e da relevância econômica, há também o aspecto da sustentabilidade, pois provoca a diminuição de impactos ambientais”, afirmou Priscylla Cinthya Alves Gondim, uma das inventoras.

Também professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), ela pontuou ainda que o carago foi analisado durante um ano, através de ensaios, momentos nos quais o resíduo foi inserido no tijolo solo-cimento com oito composições diferente e testes seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Dentre essas, a cientista frisou que o melhor traço foi escolhido para a solicitação da patente, mas que “em todas as composições obtivemos excelentes resultados, cerca de três vezes a mais que a resistência padrão exigida pela norma”. Os materiais apresentaram-se viáveis em alvenaria de vedação, ou seja, as que são dimensionadas para suportar seu próprio peso.

Outro pesquisador envolvido na pesquisa é o professor da UFRN Wilson Acchar. Supervisor do doutorado de Priscylla no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais (PPGCEM) da UFRN, ele complementou que a combinação do resíduo da indústria salineira, o carago, substância de dimensão grossa e lamelar, com o cimento e solo laterítico, ambos com granulometrias fina e esférica, conferiu um bom empacotamento ao material formado, melhorando a coesão entre as partículas, facilitando a trabalhabilidade.

Além de Wilson e Priscylla, o grupo de inventores é composto por Sheyla Karolina Justino Marques e João de Medeiros Dantas Neto, em uma pesquisa fruto de parceria da UFRN com os Institutos Federais do Rio Grande do Norte e de Alagoas. Eles ressaltaram ainda que o tijolo proposto pode ser utilizado para construção de casas populares de baixo custo e a sua elaboração é realizada de forma simples, confeccionando um material de baixo custo e de fácil produção. Por não precisar de materiais sofisticados, tampouco de mão de obra qualificada, acreditam que é uma ferramenta para proporcionar maior acesso à moradia para populações de baixa renda.

O pedido de patente deste novo tipo de tijolo passa a integrar o portfólio da vitrine tecnológica da UFRN, juntando-se a quase outras 300 novas tecnologias. A quantidade de novos pedidos realizados nos últimos anos faz com que a UFRN figure em destaque em rankings alusivos à números de propriedade intelectual. Um exemplo é o ranking dos maiores depositantes residentes 2020, publicação divulgada em setembro e realizada pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). Nela, a Universidade entre as 15 instituições com mais pedidos de patente no Brasil. Os dados são relativos à 2019 e mostram que a Universidade subiu 13 posições quando comparados os dados de pedidos aos registrados em 2018, passando de 25° para 12°, empatada com a UFPR e a Robert Bosch.

Falando a respeito da importância do processo de patenteamento, Priscylla Gondim sublinhou que “a patente é a concretização que seu produto foi eficiente e eficaz, ou seja, que obteve bons resultados e que poder ser replicado e inserido no mercado”. As orientações e explicações a respeito dos aspectos para patentear uma determinada invenção, bem como os demais pedidos de registro intelectual, como marcas e programas de computador, estão sendo realizados via e-mail da Agência de Inovação (Agir).

UFRN

Opinião dos leitores

  1. Quando há essas iniciativas, ficou louco pra ver também a viabilidade comercial do projeto.

    Parabéns aos cientistas.

  2. Obg querido pela divulgação do nosso trabalho! Foi uma parceria entre a UFRN- IFRN (campus Mossoró) e o IFAL (campus Palmeiras dos Índios).

  3. Uma excelente descoberta e uma pesquisa de Alta Relevancia. O único problema é o baixo custo, pois ninguém no Brasil quer nada de baixo custo, como há turma vai se beneficiar?

  4. Muito bom quando a universidade apresenta suas pesquisas e estas farão com que a sociedade as aproveite no seu dia a dia , este sim o verdadeiro sentido e papel da universidade , integração com a comunidade .

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

FOTOS: Cientistas dizem ter descoberto por acaso órgão misterioso no centro da cabeça humana

As novas glândulas ficam atrás do nariz, no encontro com a garganta. FOTO: VALSTAR, ET. AL./RADIOTHERAPY AND ONCOLOGY

Uma equipe de pesquisadores na Holanda acredita que pode ter encontrado um novo conjunto de órgãos no corpo humano.

Eles identificaram o que acreditam ser novas glândulas localizadas atrás do nariz, no encontro com a garganta.

Os pesquisadores dizem que a descoberta provavelmente se trata de um quarto par de glândulas salivares (partes do corpo responsáveis por produzir saliva).

Se o achado for comprovado como verdadeiro, essa glândula oculta seria a primeira identificação desse tipo em cerca de 300 anos. Hoje conhecemos estas três principais glândulas salivares: uma inserida perto das orelhas, outra abaixo da mandíbula e outra sob a língua.

Estas setas mostram onde os pesquisadores encontraram os ‘órgãos’. FOTO: VALSTAR, ET. AL./RADIOTHERAPY AND ONCOLOGY

Os pesquisadores encontraram o que pode ser reconhecido como novas glândulas enquanto examinavam imagens em uma máquina capaz de mostrar tecidos corporais em detalhes.

Eles queriam saber mais sobre o que haviam encontrado, então examinaram um pouco de tecido. E descobriram que é muito semelhante às glândulas que temos sob a língua.

As possíveis novas glândulas foram encontradas no topo da garganta. FOTO: VALSTAR, ET. AL./RADIOTHERAPY AND ONCOLOGY

“O local não é muito acessível e você precisa de imagens muito sensíveis para detectá-lo”, disse Wouter Vogel, um dos autores do estudo.

Yvonne Mowery, oncologista de radiação na Duke University, disse que “ficou bastante chocada por estarmos em 2020 e ter uma nova estrutura identificada no corpo humano”.

Quão certos estão os cientistas sobre a descoberta?

A equipe de pesquisadores identificou as glândulas por acaso, já que estava focada em outros tratamentos quando as encontrou.

Na verdade, eles estavam examinando pacientes com câncer de próstata com um tipo avançado de exame, que, combinado com injeções de glicose radioativa, destaca tumores no corpo.

Assim, mais estudos serão feitos para determinar qual é exatamente o papel dessas glândulas — os médicos disseram que é preciso mais pesquisa e uma seleção mais ampla de pessoas.

BBC Brasil

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Imunidade de rebanho para controlar Covid-19 é “falácia”, diz grupo de cientistas, em carta ao The Lancet

(Foto: Unsplash)

Nessa quarta-feira (14), 80 pesquisadores de vários países divulgaram uma carta em que apontam a imunidade de rebanho para a Covid-19 como sendo “uma falácia perigosa não suportada por evidências científicas”. O documento, publicado no periódico The Lancet, é assinado por especialistas em saúde pública, epidemiologia, medicina, pediatria, sociologia, virologia, doenças infecciosas, sistemas de saúde, psicologia, psiquiatria, política de saúde e modelagem matemática.

“É fundamental agir decisiva e urgentemente”, escrevem os pesquisadores. “Medidas eficazes para suprimir e controlar a transmissão precisam ser amplamente implementadas e devem ser apoiadas por programas financeiros e sociais que incentivem respostas da comunidade e abordem as desigualdades que foram ampliadas pela pandemia.”

O apelo é especialmente voltado às regiões que estão enfrentando uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírus. Além disso, os cientistas chamam atenção para aqueles locais em que o número de casos de Covid-19 não variou muito desde o início da pandemia.

“Restrições contínuas provavelmente serão necessárias no curto prazo, para reduzir a transmissão e consertar sistemas ineficazes de resposta à pandemia, a fim de evitar bloqueios futuros”, afirma o documento. “O objetivo dessas restrições é suprimir com eficácia as infecções por Sars-CoV-2 a níveis baixos que permitam a detecção rápida de surtos localizados e uma resposta ágil por meio de sistemas eficientes e abrangentes de localização, testagem, rastreamento, isolamento e suporte, para que a vida possa retornar ao próximo normal sem a necessidade de restrições generalizadas.”

Os especialistas também explicam que a transmissão descontrolada entre os mais jovens traz riscos de saúde e morte significativos em toda a população. Por isso, ressaltam que são necessários esforços especiais para proteger os mais vulneráveis e que, para funcionarem, devem ser acompanhados de estratégias multifacetadas em nível populacional. “A proteção de nossas economias está intimamente ligada ao controle da Covid-19”, pontuam os cientistas. “Devemos proteger nossa força de trabalho e evitar incertezas a longo prazo.”

Eles também afirmam que não há evidências de que aqueles que já tiveram a doença tenham imunidade protetora duradoura ao Sars-CoV-2, e alertam que ter apenas uma imunidade decrescente ao novo coronavírus não encerraria a pandemia de Covid-19, mas resultaria em ondas repetidas de transmissão ao longo de vários anos. Esse fenômeno, por sua vez, poderia colocar populações vulneráveis ​​em risco indefinido.

Isso porque, conforme já foi observado anteriormente com outras doenças, estratégias de imunidade de rebanho baseadas em infecções que ocorrem naturalmente, isto é, passando de uma pessoa para outra, resultaram em epidemias recorrentes. O ideal, portanto, é suprimir a disseminação do vírus até a vacinação de boa parcela da população global.

Além disso, os autores alertam que as abordagens de imunidade de rebanho baseadas em infecções naturais podem impactar a força de trabalho como um todo e sobrecarregar a capacidade dos sistemas de saúde de fornecer cuidados agudos e de rotina.

“A evidência é muito clara: controlar a disseminação da Covid-19 pela comunidade é a melhor maneira de proteger nossas sociedades e economias até que vacinas e terapias seguras e eficazes cheguem nos próximos meses. Não podemos permitir distrações que minem uma resposta eficaz; é essencial que ajamos com urgência com base nas evidências”, concluem os pesquisadores.

Galileu

 

Opinião dos leitores

  1. Temos o maior exemplo de imunidade por rebanho em nosso país, há mais de um mês são praias cheias,bares lotados e aglomerações em todos os lugares e a quantidade de óbitos caindo.
    Comprova mais ainda que o isolamento vertical seria o ideal para convivermos com o vírus chinês, em raros momentos houve lotação nos hospitais.

  2. Tratam a ciência como uma bengala. "Você vai questionar a ciência?". Essa tal de ciência foi a que mais errou no manejo inicial da pandemia.

    1. Se o Sr. se desse conta que o acúmulo de conhecimento é o que faz a ciência avançar, nao faria esse comentário rasteiro.
      Óbvio que a ciência erra, mas sempre no intuito de acertar. E mesmo errando no início, os acertos foram muito maiores.
      Mas para argumentar com um povo que tomou o poder e seus terraplanistas, negacionistas que nao acreditam nem em vacinas, nao adianta nada. As notícias de WA são mais importante e confiáveis.

  3. Cada dia que passa notícias divergentes, existe um interesse gigante por trás disto tudo. A história vai passar a limpo.

  4. Mas, o Presidente da República pensa que sua própria opinião é melhor do que a Ciência…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

SUPER-HABITÁVEIS: Cientistas descobrem 24 planetas que podem ser melhores do que a Terra

Foto: Ilutrativa/Pixabay

Abrigando incontáveis formas de vida, a Terra, ao que parece, pode não ser exatamente o melhor lugar do Universo para manter seus residentes. Cientistas da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, identificaram 24 planetas fora da Via Láctea que podem conter elementos mais atrativos que os de nosso lar. Alguns deles, inclusive, orbitam estrelas melhores que o Sol.

Sendo exemplares mais velhos, maiores, um pouco mais quentes e até mais úmidos. Aparentemente, até organismos se desenvolveriam neles com mais facilidade, e suas estrelas teriam longevidade maior do que a da nossa. Todos se encontram a uma distância superior a 100 anos-luz daqui. Ainda assim, Dirk Schulze-Makuch, líder do estudo, disse que a descoberta pode ajudar a concentrar observações futuras e auxiliar na procura por outras “casas” potenciais.

“Com os próximos telescópios espaciais chegando, teremos mais informações. Por isso, é importante selecionar alguns alvos. Temos que nos concentrar em certos planetas que têm as condições mais promissoras para a vida complexa. No entanto, temos que ter cuidado para não ficarmos presos à procura de uma segunda Terra, porque pode haver planetas que podem ser mais adequados à vida do que o nosso”, explicou o pesquisador ao Phys.org.

Para a análise, Schulze-Makuch, geobiólogo com experiência em habitabilidade planetária, juntou-se a dois colegas para identificar critérios da chamada super-habitabilidade, os astrônomos Rene Heller (do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha), e Edward Guinan (da Universidade Villanova, nos EUA). Aí, selecionaram bons candidatos entre os 4,5 mil exoplanetas conhecidos além do nosso Sistema Solar.

Habitabilidade: nota… 4!

Depois de formarem uma lista, os responsáveis pela análise levaram em consideração o fato de que as estrelas em torno das quais os astros orbitam devem ter combustível suficiente para permanecerem ativas até a vida complexa florescer (pelo menos 4 bilhões de anos e, claro, mais do que os 10 bilhões de anos do nosso Sol) e que os planetas proporcionem tempo o bastante para o avanço da evolução – além de que não sejam velhos a ponto de esgotar seu calor geotérmico ou de perder campos geomagnéticos de proteção. O ponto ideal é que tenham entre 5 bilhões e 8 bilhões de anos.

O tamanho (10% maior do que o do “planeta azul”) e a massa (1,5 vez maior que a daqui para reter aquecimento interno e manter a gravidade da atmosfera) não ficaram de fora, assim como a presença de água, se possível, em temperaturas na superfície de 5 graus Celsius maiores que as daqui. Um pouco mais de calor é melhor, pois auxilia na biodiversidade.

Infelizmente, nenhum dos 24 atingiu todos os critérios, mas ao menos 1 tem 4 características que o tornariam mais convidativo que a Terra. “Às vezes é difícil transmitir esse princípio de planetas super-habitáveis porque pensamos que temos o melhor planeta”, apontou Schulze-Makuch.

“Temos muitas formas de vida complexas e diversas. Muitas que podem sobreviver em ambientes extremos. É bom ter uma vida adaptável, mas isso não significa que temos o melhor de tudo”, ele afirmou.

Lembrando que habitabilidade não significa que esses planetas carreguem, necessariamente, vida. Portanto fica o mistério: temos vizinhos espaciais ou não?

Via Tecmundo e Galileu

Opinião dos leitores

  1. Se a nossa terra ainda tem mistérios imagina se tem condições de saber se o planeta é habitável a 100 anos luz, esses caras fumaram muito para essa viagem.kkkkkkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Cientistas buscam respostas para suspeitas de reinfecção em recuperados de covid-19

Foto: Getty Images

Um paciente é diagnosticado com covid-19. Tem sintomas que, com o tempo, desaparecem. Ele considera que superou a doença, e faz dois testes que dão negativo.

Seis semanas depois, os sintomas voltam, e agora seu teste para covid-19 dá positivo.

A situação de o que parece ser uma reinfecção por coronavírus foi narrada por um médico americano, Clay Ackerly, no site Vox. O caso isolado, que é acompanhado de outros semelhantes, gera preocupação porque poderia significar que, afinal, não teríamos uma resposta imunológica duradoura para o coronavírus.

No Brasil, um caso de possível reinfecção de um rapaz de 22 anos está sendo estudado em Minas Gerais. Um técnico de enfermagem teve um teste positivo para o coronavírus em abril, voltou a ser diagnosticado no final de junho e morreu no início de julho. O Hospital das Clínicas em São Paulo também investiga dois casos de possível reinfecção. Dois pacientes que tiveram testes positivos em maio, se recuperaram, e, agora em julho, tiveram testes positivos novamente.

A doença causada pelo vírus já matou mais de meio milhão de pessoas no mundo, e uma das maiores esperanças em meio a essa crise, além de uma vacina ou tratamento eficaz, era de que quem se recuperou da doença poderia estar imune a ela — pelo menos por mais do que só alguns meses.

Se isso não for verdade, a teoria da imunidade coletiva ou de rebanho, em que um grande grupo (segundo cientistas, mais de 60%) ficaria imune para interromper a cadeia de transmissão na população, iria por água abaixo. Se a imunidade dos curados da covid-19 tiver vida curta, poderíamos entrar em um ciclo sem fim de reinfecções.

Mas, apesar dos casos isolados de suspeitas de reinfecção, ainda não há evidências científicas de que isso seja uma possibilidade.

“Agora estamos começando a ver os retornos dos recuperados. A recuperação pode ser demorada, pode exigir fisioterapia e ainda mostrar lesões na tomografia”, conta a médica infectologista Tânia Chaves, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pará e do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa). “Mas nesse período eu não vi nenhum caso que fizesse inferir que fosse uma nova infecção pelo Sars-CoV-2. Ouço relato de terceiros, mas a minha avaliação é que é muito prematuro para falarmos. A compreensão da imunidade é um caminho que nós ainda estamos percorrendo na escuridão.”

Ela diz, entretanto, que, pela falta de total compreensão sobre a covid-19 e por “estarmos em franco aprendizado diário”, é preciso “sim, estarmos atentos para possíveis casos de reinfecção pelo vírus”.

Para a microbiologista Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo (USP) e presidente do instituto de divulgação científica Questão de Ciência, é preciso “ficar de olho” nos casos isolados “para ter certeza de que são isolados, e de que não vão ser a regra”. “Ficamos com a antena ligada, mas é cedo para dizer”, afirma.

Autoridades de saúde da Coreia do Sul registraram, já em abril, centenas de casos de “reinfecção”, mas concluíram depois que essa segunda rodada de infecções seria provavelmente resultado de fragmentos inativos do vírus ainda presente nos pacientes.

Isso mostra que os casos isolados de possível reinfecção podem ser outra coisa. Além da encontrada pelos sul-coreanos, há outras explicações possíveis.

Uma delas é que os pacientes podem nunca ter se recuperado da primeira infecção, tendo ficado assintomáticos e, depois de um tempo, terem apresentado os sintomas novamente. Outra é que algum dos testes deu um falso negativo ou um falso positivo. Uma terceira hipótese: o sistema imune do paciente pode ter mantido o vírus a níveis que impediram o teste de captá-lo. E a última, que já é sabida e comum para outros tipos de vírus, é que algumas pessoas simplesmente não têm respostas imunes fortes o suficiente para os vírus, o que as deixa vulneráveis a eles.

De qualquer forma, a preocupação com a possibilidade de reinfecção tomou mais corpo com uma nova pesquisa publicada recentemente pelo King’s College, no Reino Unido, mostrando que nossos anticorpos contra o Sars-CoV-2 não durariam muito, caindo drasticamente — em até só dois meses, para algumas pessoas. A pesquisa ainda não foi revisada por pares e, portanto, ainda deve ser lida com cautela.

Além disso, já se sabe que os coronavírus de resfriados comuns provocam uma memória curta de defesa do organismo, com a maior parte das pessoas perdendo os anticorpos em 6 meses a um ano. As pessoas são reinfectadas por esses vírus o tempo todo — e o medo de cientistas é que isso seja verdade também para a covid-19.

Imunidade não é só anticorpo

A resposta para a pergunta sobre a reinfecção, contudo, pode não estar nos nossos anticorpos, mas sim nas células T. Pesquisas recentes mostram que as células T podem exercer um papel mais importante do que os anticorpos na nossa resposta ao Sars-CoV-2.

Mas o que são as células T e como isso afetaria a possibilidade de reinfecção?

O corpo tem dois principais mecanismos de defesa: o primeiro é a resposta inicial que as células dão aos patógenos estranhos que são identificados no corpo. É a chamada “resposta imune inata”. “A célula percebe que está infectada e dispara respostas da própria célula”, explica a virologista Luciana Costa, professora associada do Departamento de Virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Uma vez que é ativada, ela vai ativar os próximos níveis de defesa”. Esses próximos níveis ela chama informalmente de células “profissionais” do sistema imune.

É aí que entra o segundo principal mecanismo de defesa, a “resposta imune adaptativa”, dividida em dois braços. Os linfócitos B, ou células B, ativam os anticorpos. E os anticorpos atacam diretamente o vírus, ligando-se a ele. Já os linfócitos T, ou as células T, atacam as células infectadas pelo vírus e, quando são bem-sucedidas, o vírus que está lá dentro morre junto a elas, sem conseguir mais se replicar.

“Como o vírus é um parasita intracelular, ou seja, fica dentro da célula, a resposta T é muito importante. Para uma bactéria, que fica do lado de fora, por exemplo, a resposta de anticorpos é a mais importante”, explica Pasternak.

“O que esses trabalhos novos estão mostrando é que, em muitas pessoas em que você nem detecta anticorpos, você detecta uma resposta muito robusta de células T, mostrando que talvez elas se livrem do vírus sem nem produzir anticorpos, ou produzam muito pouco, que a gente não consegue detectar.”

Costa diz que as duas defesas, a de anticorpos e a das células T, são importantes. “Mas pode ser que, para este vírus, a resposta das células T seja mais eficaz. E aí, uma pessoa sem anticorpos ou com baixo nível de anticorpos para este coronavírus ainda pode estar protegida”, diz ela.

Mas medir anticorpos é mais simples e menos caro. Por isso, enquanto conclusões e decisões sobre a covid-19 têm tido os anticorpos como ponto de partida, até agora sabe-se muito pouco sobre o papel das células T na defesa do organismo contra esse vírus.

Uma pesquisa recente exatamente sobre as células T parece promissora. No estudo, publicado na quarta (15) na revista Nature, pesquisadores da Cingapura analisaram a resposta das células T em pessoas que se curaram da Sars, a pandemia de 2003 causada pelo coronavírus Sars-Cov, e em pessoas que se curaram da covid-19.

Primeiro, observaram nas pessoas curadas da covid-19 a presença de células T para atacar especificamente o Sars-CoV-2, o que já sugere que as células T exercem um papel importante nessa infecção.

Depois, estudaram a resposta de quem havia se curado da Sars. Já se sabia que os anticorpos de quem havia se curado da Sars caíam muito depois de dois a três anos. Mas ao estudar as células T, cientistas viram que havia uma memória robusta da defesa delas, e que essa memória durava 17 anos — de quando essas pessoas tiveram a Sars, em 2003. E mais: a defesa também tinha uma resposta imune pronta contra o Sars-CoV-2, mostrando uma espécie de imunidade cruzada por meio das células T.

Indivíduos saudáveis, sem infecção pela Sars ou pela covid-19, também foram testados. E mais da metade deles apresentavam células T específicas para a Sars-CoV-2. A hipótese é que isso aconteceria por exposição prévia a outros coronavírus, como aqueles que causam resfriados comuns, ou então por exposição prévia a outros coronavírus transmitidos por animais que não provocaram grandes reações nos humanos — e que algumas populações tiveram esses vírus, sem perceber.

A pesquisa foi feita em laboratório, sem observar a reação no organismo, e com um número reduzido de pessoas e de uma certa região do mundo. Portanto, não tem poder estatístico suficiente para render uma conclusão definitiva.

Apesar de o estudo sugerir que, mesmo com a queda de anticorpos depois de ter a doença, é possível que possamos contar mais com as células T, e não só os anticorpos, para ter a memória de nos proteger de futuras infecções, casos de reinfecções ainda deverão ser acompanhados — até para que se entenda como acontecem.

“Todo mundo fica ansioso que a gente tenha respostas e conclusões. Mas estamos falando de um tempo muito curto em que tudo começou a acontecer. Para estudos científicos é um tempo curto demais para termos conclusões prontas. O conhecimento adquirido é impressionante em tão curto tempo, mas as respostas vão vir aos poucos”, diz Costa, da UFRJ.

“Nossa compreensão de como estamos respondendo ao vírus ainda está engatinhando. E daí surgem casos isolados de reinfecção — que são casos isolados, não dá para dizer com certeza que isso é um risco real que todo mundo está vivendo —, mas é algo que precisa ser observado com cuidado”, diz Pasternak. “Porque vai que, né? Vai que realmente a gente tenha uma memória muito curta para esse vírus.”

Por outro lado, diz Pasternak, não estamos vendo muitos casos de reinfecção pelo mundo. “Se fosse tão comum, será que a gente não estaria vendo casos de reinfecção na China, na Coreia do Sul, que já passaram pela primeira onda? É porque a população provavelmente está protegida ou será que é porque o vírus realmente parou de circular nesses países?”, pondera.

“A questão é que só vamos saber com o tempo.” Isso porque todos os estudos para saber quanto tempo dura a imunidade do nosso organismo demandam isso mesmo: tempo.

BBC Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *