Economia

EUA: até agora não houve aumento de covid-19 em locais que reabriram

Foto: © REUTERS/Lucas Jackson/Direitos Reservados

Autoridades norte-americanas ainda não estão vendo aumento nos casos de coronavírus em locais que estão reabrindo, mas ainda é cedo para determinar essa tendência, disse o secretário de Saúde dos Estados Unidos (EUA), Alex Azar, nesse domingo (17).

“Estamos observando que em lugares que estão abrindo, não estamos vendo esse aumento nos casos”, disse Azar no programa State of the Union, da CNN. “Ainda vemos aumento em algumas áreas que estão fechadas”.

Ele afirmou, no entanto, que identificar e relatar novos casos leva tempo. Uma parte crítica da reabertura será a vigilância de sintomas semelhantes aos da gripe na população e outros dados de internações hospitalares, bem como o teste de indivíduos assintomáticos.

“Ainda é cedo”, advertiu Azar em entrevista ao Face the Nation, da CBS. Para ele, os dados levarão algum tempo para chegar de estados que reabriram cedo, como a Geórgia e Flórida.

Quase todos os 50 estados dos EUA começaram a permitir que alguns negócios reabram e os moradores se movam mais livremente, mas apenas 14 cumpriram as diretrizes do governo federal, para suspender medidas destinadas a combater a pandemia, segundo análise da Reuters.

A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, disse ser impossível, sem mais testes, conhecer a trajetória do vírus, que matou quase 90 mil pessoas no país.

“Não temos ideia do tamanho desse desafio para o nosso país, porque ainda não testamos o suficiente”, afirmou Pelosi à CBS.

Lei aprovada pela Câmara dos Deputados na sexta-feira (15) indica as chaves para uma reabertura bem-sucedida: testes, rastreamento e tratamento, disse ela. Os republicanos classificaram o projeto como morto ao chegar ao Senado.

Os EUA ficaram muito atrás da maioria dos outros países em testes de coronavírus, que as autoridades de saúde pública consideram essenciais para evitar novos surtos.

Azar colocou a responsabilidade nos governos locais em lidar com os planos de reabertura, no momento em que norte-americanos confinados começam a se reunir em bares, praias e parques.

“Essas são determinações muito localizadas. Não há uma fórmula única para reabrir, mas precisamos reabrir, porque não se trata de saúde versus economia. É saúde versus saúde”, disse ele.

Agência Brasil

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

China troca Brasil por EUA na compra de 1 milhão de toneladas de soja

Foto: Getty Images

A China tem aumentado as compras de soja dos Estados Unidos diante da desaceleração das vendas do Brasil e compromissos do país asiático previstos no acordo comercial com o governo de Washington, segundo pessoas a par do assunto.

Clientes estatais compraram mais de 20 carregamentos, ou mais de 1 milhão de toneladas de soja dos EUA nas últimas duas semanas, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. Os grãos foram comprados com isenções de tarifas emitidas anteriormente, disseram as pessoas.

Os principais negociadores comerciais de ambos os países falaram por telefone na semana passada e se comprometeram a criar condições favoráveis para a implementação do acordo comercial bilateral, além de cooperar com a economia e a saúde pública, segundo comunicado do Ministério do Comércio chinês. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse posteriormente que enfrenta dificuldades com o governo de Pequim em meio à pandemia global de coronavírus.

Outro sinal de que o acordo comercial da fase um pode estar abalado: o Global Times, uma publicação do Partido Comunista, informou que a China poderia anular o acordo após críticas dos EUA sobre a condução da pandemia de coronavírus pelo país, o que irritou representantes de comércio. Também foi apresentada uma sugestão para negociar um novo acordo que inclinaria a balança mais para o lado chinês, segundo o jornal.

A China prometeu comprar US$ 36,5 bilhões em produtos agrícolas dos EUA, mas a pandemia que se acredita ter se originado na cidade de Wuhan atrasou o ritmo das compras. Embora o país tenha comprado uma ampla variedade de commodities, como sorgo, trigo, milho e carne de porco, as vendas de soja, principal bandeira da guerra comercial, começaram a ser aceleradas.

A maioria das compras nas últimas duas semanas era destinada a carregamentos em portos do Golfo do México, disseram as pessoas. Embora algumas sejam de remessas da safra atual, outras destinavam-se ao final do outono, quando a nova colheita nos EUA começa. O departamento aduaneiro chinês não respondeu a ligações com pedidos de comentário.

A gigante agrícola Archer-Daniels-Midland disse neste mês que estava animada com as compras da China até agora. A empresa com sede em Chicago espera que o país asiático compre entre 30 milhões e 35 milhões de toneladas de soja dos EUA neste ano, disse o diretor financeiro Ray Young em teleconferência com analistas em 30 de abril.

Yahoo, com Bloomberg News

Opinião dos leitores

  1. O setor agropecuário brasileiro precisa ter vergonha e saber se impor cobtra a China. Todos sabem quem a China não tem condições de produzir a quantidade que precisa, para alimentar o seu povo. Da mesma forma que estão ganhando com a desgraça do vírus que eles lançaram ao mundo, o produtor brasileiro também tem que bater o pé em negociar com eles, por um preço alto e não ficar se humilhando. Basta!

  2. O rebanho suíno petralho-chavista nem se dá ao trabalho de ver quanto são as vendas totais de soja do Brasil pra China. Nem leva em conta o baque econômco pelo qual o Mundo passsa.

  3. Não vamos ser injustos com o Presidente, afinal ele não tem culpa de ser incompetente.
    Basta fazer uma análise da sua carreira como militar por quinze anos, depois como deputado federal por mais de vinte e cinco
    anos sem apresentar nada relevante.
    Uma lástima.

  4. Venda aos produtores brasileiros de leite e criadores…
    Barato, tendo preço bom, não precisa exportar, o consumo interno absolve tranquilamente, garanto que não sobra um grão.
    Aí, caba vai ver vaca se desmanchando em leite e animais de coro e penas, gordo rolado.

  5. EUA pesadamente atacando a China, mas na hora comercial ela nem olhou pro Brasil (que uns otários xingaram, mas não chegaram aos pés dos ataques de TRUMP).

  6. Infelizmente, está no começando. O Brasil virou piada internacional com o “mito”. Não pássa confiança algumas aos investidores internacionais. Quem também vai pegar parte do mercado brasileiro é a Argentina…
    Quem não deve estar gostando disso é a turma do “agro é pop”…

    1. Isso é uma lance comercial muito mais complexo do que supõe a sua cabecinha que atribuiu tudo de errado a Bolsonaro.

    2. A culpa da segunda guerra mundial também foi do Governo Bolsonaro. Piada isso, né?

    3. A culpa não é do BOZO não, pois ele e seus ministros são bastantes diplomatas cm os outros países, principalmente com a CHINA, a culpa é do Comunista do MORO.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Documento diz que mortes por Covid-19 podem chegar a 3 mil por dia nos EUA até junho; Casa Branca minimiza estimativas

Foto: Jeenah Moon/Reuters

Um documento interno do Centro de Controle de Doenças (CDC) nos Estados Unidos vazado à imprensa revela previsões de uma piora acentuada na crise gerada pelo novo coronavírus nos EUA.

Segundo reportagens divulgadas nesta segunda-feira (4) pelos jornais “The New York Times” e “Washington Post”, o número de infeções diárias no país pode aumentar em até oito vezes, chegando a 200 mil até o início de junho, em contraste com a média de 25 mil novos casos registrados diariamente no país.

De acordo com o documento, a contagem diária de mortos no país pode aumentar significativamente e chegar a 3 mil até o final de maio. Segundo estimativas, a média diária dos óbitos é atualmente de cerca de 2 mil no país, que já e o mais atingido pela pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. As projeções se baseiam em dados compilados pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergências.

O “Washington Post” citou um professor de epidemiologia da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins que afirma que o documento vazado à imprensa se baseia em dados de uma ampla variedade de possibilidades e de modelos que foram apresentados ao CDC como um trabalho ainda em andamento.

Em todo o país, 1.015 mortes foram registradas nessa segunda-feira, o menor número de óbitos diários desde o início de abril, o que aumentou as esperanças de um possível retorno à normalidade. Até o momento, foram registradas mais de 1,1 milhão de casos e mais de 68 mil mortes em decorrência da Covid-19 no país, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

A Casa Branca minimizou o vazamento dos dados, afirmando se tratar de um documento interno que não havia sido coordenado com outras autoridades e que ainda não sido submetido à equipe do presidente Donald Trump.

No domingo (3), o presidente admitiu que o número de vítimas da doença no país pode vir a passar de 100 mil. Ele, porém havia inicialmente previsto em torno de 60 mil a 70 mil mortes.

Segundo as reportagens do New York Times e do Washington Post, os cálculos do CDC se baseiam no fato de que alguns estados e distritos não tomaram medidas enérgicas para conter a disseminação do Sars-Cov-2, ou relaxaram precocemente as medidas de prevenção. Nos EUA, a responsabilidade pelas medidas de combate à doença estão, em grande parte, a cargo dos governos estaduais e das autoridades locais.

O próprio Trump vem pressionando pelo retorno à normalidade e pela reabertura da economia do país, com vistas às eleições presidenciais em novembro.

Paralelamente aos dados do CDC, outro modelo estatístico mencionado como referência pela Casa Branca fez uma revisão de suas estimativas, afirmando que o número de óbitos pode dobrar nos EUA nos próximos meses, um prognóstico bem mais sombrio do que o quem vem sendo apontado pela equipe de Trump designada para lidar com a crise.

O Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington estima que 135 mil americanos devem perder suas vidas até o início de agosto em razão do relaxamento das medidas de prevenção e do aumento da movimentação de pessoas em 31 estados até o dia 11 de maio. O modelo do instituto, utilizado pelo governo, associa o aumento nas mortes ao maior contato entre as pessoas, o que possibilitaria a transmissão do novo coronavírus.

Bem Estar – G1

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

PARA COMPLETAR: Rússia ameaça EUA com ataque nuclear por causa de nova arma de Trump

Foto: Ronald Gutridge – 5.abr.2018/Marinha dos EUA/Reuters

A Rússia ameaçou diretamente os Estados Unidos com um ataque nuclear maciço caso algum submarino americano faça um lançamento de míssil, independentemente de ele carregar ou não ogivas atômicas.

O recado inusual foi dado pelo Ministério das Relações Exteriores e, se pode ser lido como uma afirmação de força em meio à pandemia do novo coronavírus, é resposta a uma escalada promovida pelo governo de Donald Trump.

No começo do ano, os EUA anunciaram ter equipado um primeiro submarino lançador de mísseis balísticos Trident com uma nova ogiva de potência reduzida —5 kilotons, ou 1/3 da força da bomba que arrasou Hiroshima em 1945.

Segundo a nova doutrina nuclear americana, implantada por Trump em 2018, o uso dessas armas táticas, que visam anular alvos militares restritos, seria aceitável em algumas circunstâncias. A alegação é que os russos já tinham tal arma, embora não admitissem.

A porta-voz do ministério russo, Maria Zakharova, disse que o movimento “aumenta o risco de um conflito nuclear”. “Eu gostaria de enfatizar que qualquer ataque de um submarino americano de mísseis balísticos, independentemente de suas caracaterísticas, será percebido como um ataque com armas nucleares.”

“De acordo com a nossa doutrina militar, uma ação dessas será considerada motivo para o uso retaliatório de armas nucleares pela Rússia”, completou, em entrevista na quarta (29).

A decisão de Trump de colocar em uso a ogiva W76-2 no submarino USS Tennessee já havia provocado críticas de parlamentares russos, mas agora a discussão subiu um degrau importante.

O presidente Vladimir Putin tem criticado sistematicamente os movimentos de Trump, dizendo que ele aumenta o risco de uma guerra nuclear.

Por outro lado, o russo está na vanguarda do desenvolvimento de novas armas estratégicas, como mísseis hipersônicos e novos ICBMs (mísseis intercontinentais pesados).

Os dois países são as potências indiscutíveis no campo, herança da Guerra Fria: têm 92% das ogivas no mundo, mais do que suficiente para inviabilizar a civilização.

Moscou tem, segundo a Federação dos Cientistas Americanos, 1.600 dessas armas prontas para uso. Washington, 1.750. As lançadas por submarinos americanos usualmente têm 455 kilotons, enquanto mísseis intercontinentais disparados de silos ou lançadores podem chegar a mais de 1 megaton.

Como lembram observadores dessa realidade, como o diplomata brasileiro Sérgio Duarte, se o mundo está sofrendo com a Covid-19 e suas até aqui mais de 200 mil mortes, um embate nuclear seria impossível de lidar com eficácia.

Obviamente ninguém espera que as duas potências entrem em conflito, mas especialistas alertam que as ações americanas de fato tornam o risco de algum acidente acontecer maior.

Isso porque há certo consenso de que Trump considera, de fato, o uso de armas de baixa potência no caso de conflito com outros adversários: a Coreia do Norte e o Irã. Mas a fala de Zakharova sugere que qualquer ataque poderia merecer uma reação, e os dois países rivais dos EUA têm laços com a Rússia.

Em fevereiro, o Pentágono inclusive fez uma rara divulgação de um exercício de guerra nuclear no qual os russos atacavam primeiro, com uma bomba de baixa potência, um alvo da Otan (aliança militar ocidental) na Europa.

A crise da Covid-19 também aumentou a tensão entre americanos e seus rivais. Norte-coreanos testaram mísseis de cruzeiro, e a China tem feito exercícios navais no momento em que os EUA estão com os dois porta-aviões na região do Pacífico desabilitados devido a infecções entre as tripulações.

Na semana passada, num movimento ainda não explicado, os EUA retiraram a sua força de bombardeiros estratégicos de Guam, território que possuem no Pacífico e que é central para quaisquer operações na região.

Lá se alternavam modelos B-52, B-1B e eventualmente os furtivos B-2. Todos voltaram para bases nos EUA, levando à especulação de que Washington já não considera a região segura ante eventuais ataques balísticos de chineses ou até norte-coreanos.

Além de carregar eventualmente armas nucleares, esses aviões seriam a linha de frente a qualquer ataque contra Pyongyang, por exemplo. O Pentágono afirma que a mudança visa dar flexibilidade a seu uso, uma explicação pouco convincente.

A questão que fica é: os EUA irão desguarnecer Guam? Além da base aérea de Anderson, na ilha, há uma grande base naval —onde, aliás, está o porta-aviões USS Theodore Roosevelt, evacuado devido à Covid-19.

Há questões subsidiárias. Se Guam está vulnerável, o que dizer do Japão, ao lado da China e da Coreia do Norte, onde está o maior contigente de forças americanas no exterior, 55,6 mil militares?

A Rússia, por sua vez, segue com a rotina inalterada de exercícios militares, com ações semanais em diversas regiões. Patrulhas aéreas também continuam sendo feitas.

Caças de Finlândia, Suécia, Polônia e Dinamarca tiveram de interceptar dois bombardeiros com capacidade de ataque nuclear Tu-160 que fizeram uma patrulha nesta semana sobre o mar Báltico.

Cada um desses enormes aviões pode levar até 12 mísseis de curto alcance com armas nucleares ou 6 versões de cruzeiro.

Folha de São Paulo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Remdesivir: EUA divulgam resultados sobre uso de medicamento contra covid-19; pacientes que usaram antiviral mostraram recuperação mais rápida

Foto: © REUTERS/Leah Millis/Direitos Reservados

Os resultados de um ensaio clínico nos Estados Unidos (EUA), divulgados nessa quarta-feira (29), mostram que os pacientes que foram medicados com Remdesivir apresentaram recuperação mais rápida da infecção pelo novo coronavírus. A Administração Federal de Alimentos e Medicamentos estuda editar uma autorização de emergência para o uso desse fármaco.

O ensaio clínico, conduzido pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, estudou mais de mil pacientes gravemente infectados com o novo coronavírus em 75 hospitais em todo o mundo e concluiu que os doentes que foram tratados com Remdesivir apresentaram recuperação 31% mais rápida do que aqueles que apenas receberam um placebo.

O tempo de recuperação com Remdesivir – o antiviral desenvolvido contra o ébola – diminui de 15 para 11 dias. Os cientistas também sugerem que o medicamente pode ter influência na sobrevivência.

Segundo o estudo, no grupo de pessoas que recebeu a medicação, 8% morreram, menos 3% do que aqueles que receberam um placebo. Ainda não foi encontrada uma cura para a covid-19 e, por isso, o Remdesivir – produzido pela farmacêutica norte-americana Gilead – poderá ser utilizado para ajudar em melhor e mais rápida recuperação.

Em comunicado, a Gilead Sciences disse ter “conhecimento dos dados positivos emergentes do estudo do Instituto Nacional das Alergias e Doenças Infecciosas” e que “o ensaio cumpriu os seus objetivos principais”.

Para o diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, os dados mostram que o Remdesivir tem efeito claro, significativo e positivo em diminuir o tempo de recuperação. Ele falou na Casa Branca, ao lado do presidente norte-americano, Donald Trump. Fauci considera que foi comprovado que um medicamente pode bloquear esse vírus”. “Esse será o padrão de tratamento”, afirmou.

Os especialistas também concordam que os resultados trazem esperança no combate à pandemia. “Esses resultados são realmente promissores. Eles mostram que esse medicamente pode melhorar claramente o tempo de recuperação”, disse o professor e diretor da Unidade de Ensaios Clínicos da Universidade de Londres, Mahesh Parmar, citado pelo jornal The Guardian.

O professor lembrou, no entanto, que é necessário garantir certos aspectos antes de disponibilizar amplamente o remédio.

“Os dados precisam ser revistos por entidades reguladoras, que avaliem se o medicamento pode ser licenciado e, em seguida, analisados pelas autoridades de saúde de vários países. Enquanto isso estiver sendo processado, obteremos mais dados a longo prazo desse e de outros estudos”.

Autorização de emergência

Na sequência dos resultados positivos, a Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) pretende emitir autorização de emergência para o fármaco Remdesivir. De acordo com o jornal The New York Times, essa autorização pode ser dada na próxima semana.

Em declarações à CNN, a FDA disse estar em negociações com a Gilead Sciences sobre a disponibilização do medicamento aos pacientes:

“Como parte do compromisso da FDA em acelerar o desenvolvimento e a disponibilidade de possíveis tratamentos para a covid-19, a agência tem estado envolvida em discussões com a Gilead Sciences a respeito da disponibilização do Remdesivir aos pacientes o mais rápido possível, conforme apropriado”, disse o porta-voz da FDA, Michael Felberbaum.

Uma autorização de emergência não é equivalente a uma aprovação formal. Significa que em casos de emergência sanitária nacional podem ser certos medicamentos, caso não existam alternativas.

Opiniões contraditórias

O Remdesivir está entre os vários medicamentos testados contra o novo coronavírus. Apesar desses resultados positivos, a eficácia do antiviral contra a covid-9 ainda tem informações contraditórias.

Os resultados do estudo, do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas, surgem depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter publicado os resultados preliminares de um primeiro trabalho com esse fármaco, que estava sendo desenvolvido na China. Os resultados mostravam que o Remdesivir tinha fracassado nos primeiros testes, mas a OMS entretanto retirou o documento da internet.

A Gilead Sciences criticou o estudo da China, considerando que ainda é cedo para excluir totalmente o potencial do medicamento. Em declaração, Gilead lamentou os dados publicados, “uma vez que a pesquisa, devido à baixa amostra, foi insuficiente para permitir conclusões estatisticamente significativas. Como tal, os resultados são inconclusivos”.

No estudo realizado na China, entre 6 de fevereiro e 12 de março, em dez hospitais de Wuhan, participaram 237 doentes, dois terços dos quais foram tratados com Remdesivir.

A revista The Lancet publicou um resumo do trabalho, onde é declarado que “o tratamento com Remdesivir não acelera a cicatrização nem reduz a mortalidade da covid-19, em comparação com o placebo”.

“Infelizmente, o nosso ensaio mostrou que embora seguro e bem tolerado, o Remdesivir não mostrou nenhum benefício significativo em comparação ao placebo”, comentou o autor principal do estudo, o professor Bin Cao, citado em comunicado da The Lancet.

O principal pesquisador do ensaio clínico conduzido pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas disse à CNN que o medicamento “não é o fim da história” relativamente a possíveis tratamentos para a covid-19. “Temos muito trabalho pela frente. Estamos procurando outras terapias. Vamos continuar com o estudo”, disse Andre Kalil.

Agência Brasil com RTP

 

Opinião dos leitores

  1. Aí sempre vem alguém para dizer o óbvio (que não é uma cura milagrosa que vai resolver o problema de todo o mundo da noite o dia – ningjuém tá dizendo isso) OU sempre aparece alguém para pinçar um estudo refutando (mesmo que tenha 100x opiniões a favor). OU, sempre alguém para dizer que tem efeito colateral.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

EUA superam 1 milhão de casos confirmados de coronavírus e mais de 57 mil mortes

Foto: Peter Foley / EFE

Nesta terça-feira (28), os EUA se tornaram o primeiro país do mundo a superar a marca de 1 milhão de casos confirmados de contaminação pelo coronavírus, segundo o banco de dados da Universidade Johns Hopkins.

O país, epicentro da pandemia de covid-19 no mundo, tinha 1.002.498 casos registrados da doença até o início da tarde desta terça. Esse número corresponde a praticamente um terço do total mundial, de 3.083.6467.

Os EUA também têm o maior número de mortes causadas pela doença em todo o planeta: 57.266, mais de um quarto das 213.824 computadas em todo o mundo.

Apenas nas últimas 24 horas, foram registradas 11 mil novos casos de contaminação pelo coronavírus e mais de 1.1 mil mortes por covid-19.

R7

Opinião dos leitores

  1. Será q tá faltando cloroquina lá? Meu mitinho disse q era o remédio ideal… poxa vida

  2. Bozo disse que isso é fake, os comunistas norte americanos estão mentindo e criando esse números só pra prejudicar o governo dele aqui no Brasil. Kkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Trump culpa China por coronavírus e diz que EUA estão investigando

Foto: © Isac Nóbrega/PR

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa segunda-feira (26) que a China poderia ter contido o coronavírus antes que ele se espalhasse pelo mundo e que seu governo está conduzindo “investigações sérias” sobre o que aconteceu.

“Estamos fazendo investigações muito sérias. Não estamos felizes com a China”, disse Trump em entrevista na Casa Branca. “Há muitas coisas pelas quais ela pode ser responsabilizada.”

“Acreditamos que poderíamos ter impedido isso na fonte. Poderíamos ter impedido que se espalhasse tão rápido e não se propagaria por todo o mundo.”

As críticas de Trump são as mais recentes de seu governo destinadas à maneira pela qual a China se portou no surto de coronavírus, que começou no fim do ano passado na cidade chinesa de Wuhan e cresceu, tornando-se uma pandemia global que até agora matou mais de 207 mil pessoas no mundo, 55 mil nos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da Reuters.

Na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos “acreditavam fortemente” que Pequim falhou em informar o surto do coronavírus em tempo razoável e acobertou o perigo da doença respiratória causada pelo vírus.

O Ministério das Relações Exteriores da China nega as acusações.

Agência Brasil, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. Só leriado P desviar a atenção p o fracasso do combate à pandemia nos EUA

  2. Vocês acreditam que mais de trinta pessoas beberam água sanitária e outros produtos de limpeza após Trump fazer a maluca sugestão como forma de combater a pandemia? Por aí vocês tiram.

    1. Pior aqui, um mega espertalhão ladrão, roubou e deixou roubar mais de um trilhão de reais, foi condenado. E ainda tem um bando de imbecis ignorantes acreditando que ele é inocente. Esse mundo tem que passar pelo que está passando.

    2. Aqui se o Bozo mandar, muitos beberão, não tenho dúvida.

  3. Com a palavra o embaixador chinês, quero ver ele ir pedir que Trump que se retrate com fez com o governo brasileiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Biden lidera intenções de voto para presidente nos EUA com 44%, ante 38% de Trump

Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

 

O ex-vice-presidente Joe Biden lidera as intenções de voto para a Presidência dos Estados Unidos, segundo pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira, 27, pelo USA Today e realizada em parceria com a Universidade de Suffolk.

Em âmbito nacional, Biden aparece com 44% das intenções de voto, contra 38% do atual presidente Donald Trump.

O USA Today destaca que, na pesquisa realizada em dezembro de 2019, quando Trump enfrentava o processo de impeachment, o atual presidente liderava as intenções de voto com 44%, ante 41% de Biden.

Exame, com Estadão

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

EUA tem 26 milhões de desempregados desde o início da crise com pandemia do novo coronavírus

Foto: Nick Oxford/Reuters

Um recorde de 26 milhões de norte-americanos procurou auxílio-desemprego nas últimas cinco semanas, confirmando que todos os postos de trabalho criados durante o mais longo boom do emprego na história dos Estados Unidos foram eliminados em cerca de um mês, à medida que o novo coronavírus abala a economia.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse nesta quinta-feira que mais 4,427 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego pela primeira vez na semana passada, abaixo dos 5,237 milhões em dado revisado da semana anterior.

A expectativa entre economistas em uma pesquisa da Reuters era de que as reivindicações recuariam para 4,2 milhões na semana passada, embora as estimativas tenham chegado a 5,5 milhões.

Os dados mais recentes elevam os pedidos de auxílio-desemprego acumulados para mais de 26 milhões desde a semana que terminou em 21 de março, representando cerca de 16% da força de trabalho. A economia criou 22 milhões de empregos durante o boom empregatício iniciado em setembro de 2010 e encerrado abruptamente em fevereiro deste ano.

Embora os registros semanais de auxílio-desemprego permaneçam muito altos, os dados da semana passada marcaram o terceiro declínio semanal seguido, aumentando as esperanças de que o pior já passou. As reivindicações semanais parecem ter atingido o pico de 6,867 milhões na semana encerrada em 28 de março.

No entanto, o relatório soma-se a uma pilha crescente de dados econômicos cada vez mais sombrios. Também ocorre em meio a protestos crescentes contra isolamentos em todo o país para controlar a propagação do Covid-19.

O presidente Donald Trump, que está buscando um segundo mandato na Casa Branca nas eleições gerais de novembro, está ansioso para retomar a economia paralisada. Na quarta-feira, Trump aplaudiu as medidas tomadas por uma série de Estados liderados pelos republicanos para começar a reabrir suas economias, apesar das advertências de especialistas em saúde sobre um possível novo surto de infecções.

“A economia dos EUA está sangrando empregos em um ritmo e escala nunca antes registrados”, disse Scott Anderson, economista-chefe do Bank of the West. “Ele se compara a um desastre natural em escala nacional.”

O relatório de pedidos de auxílio-desemprego da semana passada cobriu o período em que o governo pesquisou estabelecimentos comerciais para o componente de criação de vagas fora do setor agrícola do relatório de emprego de abril. Os economistas projetam que 25 milhões de empregos foram perdidos em abril, depois que a economia eliminou 701.000 posições em março, o maior declínio em 11 anos.

Exame, com Reuters

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Como processadora de carne se tornou maior foco de Covid nos EUA

Com 3,7 mil trabalhadores, Smithfield é a quarta maior empregadora de Big Sioux e também o local do maior surto de coronavírus nos Estados Unidos' (Foto: BBC)

Em uma fábrica de processamento de carne de porco em Dakota do Sul, o surto do coronavírus se espalhou na velocidade de um incêndio florestal, levantando dúvidas sobre o que a empresa fez para proteger os trabalhadores.

Mas como um foco de covid-19, em um dos Estados menos densamente povoados dos EUA, se tornou o maior da primeira economia do mundo?

Na tarde de 25 de março, Julia abriu seu laptop e acessou um perfil falso no Facebook.

Ela criou essa conta quando ainda estava na escola, com o objetivo de seguir secretamente os passos dos garotos por quem estava apaixonada.

Mas desta vez, depois de muitos anos, ela estava entrando na conta novamente para cumprir um propósito muito mais sério.

“Você pode investigar Smithfield?”, escreveu em um perfil chamado Argus911, o canal de denúncias no Facebook do jornal local, o Argus Leader.

“Eles têm um caso positivo (de covid-19) e planejam permanecer abertos”.

Por “Smithfield”, ela quis dizer a fábrica de processamento de carne de porco Smithfield, localizada na cidade de Sioux Falls, no Estado de Dakota do Sul. Ela pertence ao grupo Smithfield Foods, com sede em Smithfield, na Virgínia, tido como o maior produtor de carne de porco do mundo. Em 2013, ela foi comprada pelo grupo chinês WH Group, no que foi considerada – e ainda é – a maior aquisição de uma empresa americana por um grupo chinês.

A fábrica, uma enorme estrutura branca de oito andares, localizada nas margens do rio Big Sioux, é a nona maior processadora de carne de porco dos Estados Unidos.

Um dos maiores empregadores da cidade

Ao operar com capacidade total, a estrutura é capaz de processar até 19,5 mil porcos recém-abatidos por dia, cortando, moendo e transformando-os em milhões de quilos de bacon, salsichas de cachorro-quente e presuntos fatiados.

Com 3,7 mil trabalhadores, é também a quarta maiora empregadora da cidade, de 182 mil habitantes.

“Obrigado pela denúncia”, respondeu a conta Argus911, “qual era o emprego do funcionário que teve diagnóstico positivo?”

“Não temos muita certeza”, respondeu Julia.

“Tudo bem, obrigado”, disse Argus911. “Entraremos em contato”.

Às 7h35 da manhã seguinte, o Argus Leader publicou um artigo em seu site intitulado “Um funcionário da Smithfield Foods testa positivo para o coronavírus”.

O repórter confirmou com um porta-voz da empresa que um funcionário havia contraído o vírus e estava cumprindo uma quarentena de 14 dias em casa.

Sua área de trabalho e outros espaços comuns foram “completamente desinfetados”.

Mas a fábrica, considerada pelo governo Trump como parte da “indústria crítica” americana, continuaria totalmente operacional.

“A comida é uma parte essencial de nossas vidas, e nossos mais de 40 mil trabalhadores americanos, bem como milhares de pequenos agricultores e nossos muitos outros parceiros da cadeia de suprimentos são uma parte crucial da resposta de nossa nação a covid-19”, disse Kenneth Sullivan, diretor da Smithfield, em um vídeo postado em 19 de março justificando a decisão de manter a fábrica aberta.

“Estamos tomando as precauções máximas para garantir a saúde e o bem-estar de nossos funcionários e consumidores”, acrescentou.

No entanto, Julia ficou alarmada.

‘Meus pais não sabem inglês. Eles não podem se defender’

“Há rumores de que houve casos antes mesmo disso”, disse ela. “Ouvi falar de pessoas da Smithfield, especificamente, que foram hospitalizadas. Mas isso só é sabido pelo boca a boca.”

Julia não trabalha na fábrica. Ela é uma estudante na casa dos 20 anos, isolada em casa depois que sua universidade foi fechada devido à pandemia de covid-19.

Foram seus pais, funcionários da Smithfield, que lhe disseram o que estava acontecendo na fábrica naquele dia.

Julia faz parte do grupo chamado “Filhos de Smithfield”, descendentes de imigrantes de primeira geração e cujos pais são funcionários da fábrica, que denunciaram o surto.

“Meus pais não sabem inglês. Eles não podem se defender”, disse Julia. “Alguém tem que falar por eles.”

Sua família, como muitas em Sioux Falls, fez todo o possível para evitar o contágio. Os pais de Julia usaram todas as suas férias restantes para ficar em casa.

Depois do trabalho, deixavam os sapatos do lado de fora e tomavam banho imediatamente. Julia comprou bandanas de tecido para eles, para que eles cobrissem a boca e o nariz enquanto trabalhavam.

Para Julia, alertar a mídia era apenas um passo lógico na tentativa de mantê-los em boa saúde, criando pressão pública para fechar a fábrica e fazer com que seus pais ficassem em casa.

O primeiro foco nos Estados Unidos

Mas isso foi apenas o começo de quase três semanas de ansiedade, durante as quais seus pais continuaram a frequentar uma fábrica que sabiam que poderia estar contaminada pois não podiam perder seus empregos.

Não havia distanciamento social. Eles trabalhavam a menos de 30 centímetros de distância um do outro e de seus colegas. Entravam e saíam de vestiários lotados, corredores e cafés.

Durante esse período, o número de casos confirmados entre funcionários da Smithfield aumentou lentamente, de 80 para 190 e depois para 238.

Em 15 de abril, quando a Smithfield finalmente fechou sob pressão do governo de Dakota do Sul, a fábrica havia se tornado o foco número um nos Estados Unidos, com 644 casos confirmados entre funcionários e pessoas infectadas por eles.

Descobriu-se depois que as infecções oriundas da Smithfield foram responsáveis por 55% dos casos confirmados no Estado, que ultrapassou em muito os vizinhos mais populosos, se consideramos os números per capita.

De acordo com o jornal The New York Times, o número de casos originários da Smithfield Foods até excedeu os relatados no USS Theodore Roosevelt, o porta-aviões que teve mais de 600 membros da tripulação infectados, e na cadeia do condado de Cook, em Chicago, onde houve mais de 300 casos.

Esses números foram divulgados um dia após a morte do primeiro funcionário da Smithfield, em um hospital local.

“Ele pegou o vírus ali. Antes, era muito saudável”, disse sua mulher Angelita à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol.

“Meu marido não será o único a morrer”, acrescentou.

Microcosmo de disparidades

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Relato angustiante. Imaginem casos como este acontecendo aos milhões, em todo o mundo. Enquanto isso, os canalhas do Partido Comunista Chinês se divertem com a desgraça que desencadearam.

    1. Kkkkk
      Manda teu presidente cortar as relações com a China. Kkkkkk
      Uma mentira contada mil vezes nem sempre se torna verdade, gado!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Trump defende manifestantes que protestaram pelo fim do isolamento social nos EUA

Foto: ALYSON MCCLARAN / REUTERS

Um mês depois de vários estados decretarem isolamento social, deixando americanos em casa por causa do novo coronavírus, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu as manifestações que aconteceram no fim de semana contra as medidas de restrição para conter a propagação da Covid-19. Os protestos ocorreram no dia em que o país passou de 40 mil mortes.

— São ótimas pessoas. Elas estão claustrofóbicas, querem sair. Elas querem suas vidas de volta. As vidas que tinham foram tiradas dessas pessoas — disse Trump em uma entrevista coletiva no último domingo, depois de um dia marcado por protestos espalhados pelos EUA. — Essas pessoas amam nosso país. Elas querem voltar ao trabalho.

Várias cidades registraram protestos no sábado e no domingo, em geral reunindo algumas centenas de participantes pedindo o fim da quarentena e a reabertura de lojas e do comércio. Além do fim do confinamento, entre as pautas dos protestos houve reivindicações comuns à extrema direita, como a redução do controle de armas. Símbolos nazistas e cartazes comparando alguns governadores ao ditador nazista Adolf Hitler também aparecerem em meio aos manifestantes — o que foi minimizado por Trump na coletiva.

— Eu diria “de jeito nenhum” a isso, com certeza, mas não vi essas coisas. Tenho certeza que a imprensa exagerou — declarou Trump.

‘Desobediência civil’

A decretação do isolamento social pelos governadores abriu um embate com Trump, que alega que cabe a ele decidir sobre como e quando as atividades econômicas serão retomadas. Na quinta-feira passada, Trump anunciou um plano em três etapas para a retomada das atividades, flexibilizando as medidas de isolamento até o início do próximo mês. As medidas, no entanto, foram criticadas por cientistas que alertaram repetidamente que o afrouxamento da quarentena muito cedo pode ter consequências devastadoras. Na sexta, ele manifestou apoio aos protestos pedindo para “liberar Virgínia”.

O manifestante conservador Tom Zawistowski, que participou no domingo nos protestos em Ohio, afirmou que a “desobediência civil” será comum caso as atividades econômicas do país não sejam retomadas até o dia 1º de maio.

— Vamos dizer a eles: “Vá para o inferno, você não pode me dizer o que fazer.” O trabalho do nosso governo é nos representar, proteger nossos direitos e, em vez disso, eles se tornam tiranos, incluindo republicanos como Mike DeWine — disse ao jornal Financial Times, fazendo menção ao governador do estado, que defende que as pessoas devam ficar em casa.

Embora os protestos tenham reunido um número pequeno de pessoas em Minnesota, Kentucky, Pensilvânia, Flórida, Texas e Ohio, a fala de Trump em defesa das manifestações pode fazer com que mais gente saia às ruas contra o isolamento.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia da Covid-19. Segundo a Universidade Johns Hopkins, mais de 744 mil casos foram confirmados — o equivalente a um terço do registro de contaminados no mundo.

Com mais de 22 milhões de pessoas pedindo auxílio-desemprego nas últimas semanas, o presidente americano vem demonstrando ansiedade para uma retomada rápida das atividades econômicas no país, que, antes da crise causada pelo coronavírus, vivia uma bonança financeira — usada como base de sua campanha à reeleição em novembro deste ano.

Na imprensa americana, Trump foi comparado ao presidente Jair Bolsonaro, que no domingo ofereceu seu apoio a manifestantes que exigiram o fim das paralisações impostas pelos governadores em todo país.

Com O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

EUA investigam a possibilidade de o novo coronavírus ter vazado de laboratório chinês

Foto: Getty Images

A origem da pandemia de Covid-19 virou um motivo de disputa entre os Estados Unidos e a China. Donald Trump afirmou que o governo americano investiga rumores envolvendo um instituto de virologia da cidade de Wuhan.

Um estudo de autores da própria China, publicado em janeiro na revista científica The Lancet, já colocava em dúvida a explicação do governo chinês para a origem da infecção. De acordo com essa explicação, os primeiros pacientes teriam sido infectados em um mercado de Wuhan.

A linha de investigação dos americanos é que a transmissão em humanos tenha se iniciado no Instituto de Virologia de Wuhan (conhecido pela sigla WIV).

Nesse local, são estudados coronavírus que atingem morcegos. O que os americanos estão investigando é se foi nesse laboratório que um vírus de morcego infectou um humano pela primeira vez –seria esse o paciente que, sem querer, levou o Sars-Cov-2 para fora e o espalhou.

Esse foi o primeiro laboratório da China a receber a maior certificação de segurança, em 2015. No entanto, um texto publicado no “Washington Post” nesta semana afirma que diplomatas americanos visitaram o laboratório em 2018 e ficaram preocupados com as fragilidades.

Em janeiro daquele ano, diplomatas e cientistas dos EUA visitaram o WIV e depois enviaram dois telegramas diplomáticos (relatórios) ao governo em Washington. O laboratório não tinha condições de segurança adequadas, e que os estudos com coronavírus eram arriscados, afirmavam.

Esses relatos dos diplomatas pediam mais atenção ao tema e ajuda para lidar com problemas de segurança no laboratório WIV.

Na ocasião, os americanos que visitaram as instalações afirmaram que estavam preocupados com a falta de treinamento dos funcionários do laboratório, de acordo com um texto publicado pelo “Washington Post”.

O francês Luc Montagnier, vencedor do Nobel de Medicina de 2008, afirma que o coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, foi criado em um laboratório de Wuhan, na China

Investigações ainda são inconclusivas

Até agora, as investigações sobre isso são inconclusivas, disse o general Mark Milley, chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos EUA.

A origem do Sars-Cov-2 ainda é um mistério, mas “o peso das evidências” indica que o novo coronavírus é natural e não foi criado em um laboratório, afirmou ele na quarta-feira (16).

Uma pesquisa publicada na revista científica Nature concluiu que o Sars-Cov-2 não foi desenvolvido nem manipulado em laboratório.

Pesquisador nega rumores

O principal pesquisador do WIV, Shi Zhengli, nega que a transmissão em humanos tenha se iniciado no instituto.

A França também afirmou que não há evidência de nenhum elo entre o novo coronavírus e o laboratório com a maior certificação de segurança que existe.

Um representante do gabinete da presidência da França disse que não há evidência factual que corrobore a história.

G1

Opinião dos leitores

  1. Não é a primeira vez que a China causa grandes problema de saúde para populaçao mundial,quem nao lembra da gripe aviária,peste suina,h1n1,e agora esse vírus chines,,,,Canalhas têm que serem punidos!!!!

  2. Gostaria de entender pq esses galados manipulam virus mortais em laboratorio

    Esta faltando oq ainda p explicar q esses chineses criaram o virus p se beneficiarem agora superfaturando material hospitalar e provavelmente ja tenham a vacina tbm so estao esperando vender mais os produtos p finalmente vender a vacina.

    O que o dinheiro e o poder nao fizer so o satanas faz.

  3. E de onde os EUA tem credibilidade para investigar? Pais maia mentiroso do mundo. Alguém lembra das armas químicas só Iraque? Até hoje não acharam…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Em um mês, Estados Unidos perdem os 21,5 milhões de empregos criados no período de expansão econômica iniciado em 2009

Mulher busca informações sobre o pedido de seguro-desemprego no Escritório de Desenvolvimento da Força de Trabalho de Nova Orleans Foto: Carlos Barria / Reuters

A principal economia do mundo perdeu 22 milhões de empregos desde meados de março, em meio às medidas tomadas para frear a propagação da pandemia do novo coronavírus, que forçaram o fechamento de empresas, lojas e restaurantes. O número, divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, é superior aos 21,5 milhões de empregos criados no período de expansão econômica iniciado em 2009.

Na semana passada, segundo o órgão, mais 5,245 milhões de americanos deram entrada no pedido de seguro-desemprego, número abaixo dos 6,615 milhões (dado levemente revisado) da semana anterior, resultado que representou o segundo maior número de pedidos ao seguro-desemprego na História americana desde quando o Departamento do Trabalho começou a compilar estes dados, em 1967.

O recorde ficou com o número de três semanas atrás, quando 6,9 milhões de pessoas fizeram o pedido, de acordo com os dados revisados.

De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, esperava-se que os pedidos iniciais caíssem para 5,105 milhões na semana encerrada em 11 de abril. As estimativas da pesquisa chegaram a até 8 milhões.

Embora os pedidos apresentados tenham sido quase 1,4 milhão a menos que na semana anterior, as notícias ainda são sombrias. Na mesma semana do ano anterior, apenas 203 mil americanos preencheram o pedido de seguro-desemprego pela primeira vez, de acordo com o Departamento do Trabalho.

Economistas dizem que isso pode indicar que as demissões atingiram o pico, mas a taxa de desemprego nos Estados Unidos pode atingir dois dígitos em abril.

– Após um aumento sem precedentes, as reivindicações iniciais de seguro-desemprego parecem ter atingido um platô estonteante – disse Gregory Daco, da Oxford Economic, em uma análise.

Mas, segundo ele, os números “permanecerão extraordinariamente altos nas próximas semanas, à medida que a economia se afundar mais em uma recessão” e o mercado de trabalho entrar em um “período traumático”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Um camarada que trabalha como entregador me falou que um rapaz que conhece outro cara lá do Ceará, soube lá na barra que foi feito em laboratório esse tal de covid-19. Os chineses vender num sei quantos bilhões de mascaras e respiradores, luvas e vão ganhar uns trilhões dólares e depois vão ganhar mais dinheiro com a vacina.

  2. Esse vírus chinês está funcionando bem mais que uma bomba atômica, e nem atingiu o ápice, e ainda tem rescaldo. Catástrofico!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Religião

Pastor evangélico dos EUA que desafiou regras de distanciamento social morreu de Covid-19

Foto: Reprodução/New Deliverance Evangelistic Church

Um pastor evangélico dos Estados Unidos que havia contestado as orientações para manter distanciamento social durante a pandemia da Covid-19 e manteve os cultos na sua igreja morreu no último sábado (11). Gerald Glenn era o líder da igreja evangélica New Deliverance, na cidade de Chesterfield, no estado da Virgínia .

A congregação pentecostal divulgou a morte do líder religioso no domingo (12) em uma rede social.

Em uma fala aos membros de sua congregação no dia 22 de março, Glenn falou sobre o coronavírus. De acordo com a mídia local, ele afirmou: “Eu acredito firmemente que Deus é maior que esse vírus amedrontador. Os jornais da região também relataram que Glenn disse que seguiria pregando “a não ser que estivesse na cadeia ou no hospital”.

No dia 30 de março, por ordem do governo do estado, o líder religioso foi obrigado a ficar em casa, isolado.

A viúva de Glenn também foi infectada com o vírus. Em um texto em uma rede social, a filha do casal pediu para que as pessoas entendam a gravidade e severidade da doença. “Não é só sobre você, é sobre cada um ao redor de nós”, escreveu.

Nos EUA, um pastor pentecostal foi preso em março por seguir realizando cultos frequentados por centenas de pessoas.

Com Bem Estar – G1

Opinião dos leitores

  1. Quem for medianamente informado sobre politica e partidos, sabe que as agremiações esquerdistas fundamental seus "princípios" com base na ideologia de Karl Marx ATEU convicto, que desconhecia Deus e odiava as instituições religiosas (na época não havia os Edir Macedo da vida). Portanto, esperar caridade, espírito fraterno, misericórdia e respeito aos mortos de petista é querer demais. Todos são lobos em pele de cordeiro.

  2. Pelos comentários, a Torcida Organizada do Vírus (TOV) é muito forte!

    A petêzada quer sangue, morte, tudo para malhar o "bozo"!

    Vamos rezar, meu povo, por mais que seus líderes só entrem em Igreja de 4 em 4 anos.

    Deus tenha piedade de quem se compadece da desgraça alheia!

  3. Respeito nessa hora é fundamental . Que Deus receba esse cidadão na nova morada . Sua família está sentindo e nós não podemos tripudiar diante de um fato desse .

  4. Quem não teve (ainda) parente contaminado ou morto acredita nos números falsos do governo. Essa é a estratégia. Só que a realidade, uma hora, se impõe.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

EUA ultrapassam Espanha e são segundo país com mais mortes por coronavírus

Paramédico do corpo de bombeiros do Condado de Anne Arundel testa seu equipamento antes do início de seu turno em Glen Burnie, Maryland, na quinta-feira (9) — Foto: Alex Edelman//AFP

Os Estados Unidos são o segundo país com mais mortes causadas pelo coronavírus, com 15.774 óbitos registrados até a tarde desta quinta-feira (9), segundo a universidade Johns Hopkins.

Ao atingir a marca, ele ultrapassou a Espanha, que agora aparece em terceiro, com 15.238. O país com mais mortes provocadas pelo coronavírus continua sendo a Itália, com 18.279.

Os EUA são ainda o país com mais casos confirmados em todo o mundo, 363.851 nesta quinta, mais que o dobro do segundo mais afetado, a Espanha, que tem 152.446.

O estado com maior número de casos e mortes nos EUA é Nova York. De acordo com o “New York Times”, o estado tinha nesta quinta-feira 149.401 casos, e 6.268 pessoas já morreram. A cidade de Nova York concentra a maior parte dos casos – 81.803 – e mortes, 4.571.

Nos últimos dois dias, os Estados Unidos bateram recordes de mortes pela doença, com quase dois mil óbitos em períodos de 24 horas. Foram 1.939 na terça e 1.973 na quarta.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Os EUA percentualmente tá 6 vezes menos morte que a ITÁLIA . Ficaria um notícia mais verdadeira. População dos EUA 327 milhões, população da ITÁLIA 63 milhões, quantidade de infectados no Estados Unidos 3 vezes o da Itália. Era tão bom que as notícias fossem dadas com a realidade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Trump alerta norte-americanos sobre duas próximas semanas difíceis, e pede que todos sigam as orientações de distanciamento social

Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, alertou os norte-americanos de que as duas próximas semanas serão muito difíceis na luta contra o coronavírus. Ele também pediu que todos sigam as orientações federais de distanciamento social até o fim do mês de abril.

“É absolutamente crítico que o povo americano siga as orientações pelos próximos 30 dias. É uma questão de vida ou morte”, disse Trump em entrevista a jornalistas na Casa Branca.

Número de mortes

As mortes relacionadas ao novo coronavírus nos Estados Unidos chegaram a 3.393 nessa terça-feira (31), superando o número total de mortes registradas na China e atingindo o terceiro patamar mais alto do mundo, atrás da Itália e da Espanha, segundo contagem da Reuters.

Globalmente, existem agora mais de 800 mil casos da doença altamente contagiosa causada pelo vírus e mais de 39 mil mortes.

A Itália registrou 11.591 mortes, seguida pela Espanha, com 8.189.

Agência Brasil, com Agência britânica de notícias

Opinião dos leitores

  1. Ah… Quer dizer então que quando aqui no Brasil se diz "voltar a normalidade" em outras palavras, na vdd o significado disso é "manter o distanciamento social".

  2. Distanciamento Social # de Isolamento Social………Mas quando é para criticar o governo do Brasil, qualquer coisa serve.
    Distanciamento Social = distância mínima entre as pessoas
    Isolamento Social = FIQUE em CASA

    entendeu agora ou preciso desenhar ?

  3. Coerente e preciso . Será que Bozo , votei nele e me arrependo , poderia se basear nessa declaração ? Eu tenho esperança que ele evolua .

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *