Educação

Entenda como será o ‘rodízio nas escolas de SP, com retomada presencial prevista a partir de 08 de setembro

Foto: Divulgação/Governo de SP

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (24) a retomada das aulas presenciais a partir do dia 8 de setembro em toda a rede de ensino do estado. A medida vale tanto para a rede pública quanto a privada, da educação infantil até o ensino superior.

O plano prevê um retorno geral em três fases, em conjunto para todas as cidades, e considera que na data estimada o estado estará na fase amarela de flexibilização da economia há pelo menos 28 dias. A proposta ainda estabelece uma série de protocolos de higiene e distanciamento que devem ser cumpridos pelas instituições.

Quem deve voltar às aulas?

Creches

Educação infantil

Educação básica

Ensino superior

Cursos técnicos e profissionalizantes

Quando Voltam

Plano de retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo — Foto: Divulgação/Governo de SP

A previsão do governo é de que todo o estado volte a ter aulas presenciais no dia 8 de setembro. No entanto, os seguintes critérios precisam ser cumpridos para que ela se mantenha:

Permanência de todas as regiões do estado por 28 dias seguidos na fase amarela (ou superior) do Plano São Paulo de flexibilização da quarentena.

Que no anúncio de atualização do plano pelo governo no dia 4 de setembro se confirme a estabilização das áreas na fase amarela (ou superior).

Que a rede pública e privada apresentem protocolos de planejamento para o retorno.

Todos os alunos voltam de uma vez?

Não. A volta será feita em esquema de rodízio de alunos definido pelas próprias escolas e dividida em três fases de retomada:

Primeira fase: somente 35% dos alunos de cada classe poderão frequentar as escolas a cada dia. Ou seja, em um dia vai um grupo, em outro dia, vai outro. Mas a Secretaria não informou qual modelo de rodízio as escolas devem se inspirar.

Objetivo é garantir um distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes. O distanciamento tem exceções, como no caso da educação infantil e creches, em que não há como manter essa distância entre bebês e cuidadores.

Segunda fase: até 70% dos alunos poderão frequentar as escolas a cada dia.

Terceira fase: 100% dos alunos podem voltar às salas de aula.

O que define cada fase escolar?

Primeira fase: todas as regiões do estado deverão estar na fase amarela do Plano São Paulo por pelo menos 28 dias seguidos.

Segunda fase: 60% das regiões do estado deverão estar na fase verde do Plano São Paulo por pelo menos 14 dias seguidos.

Terceira fase: 80% das regiões deverão estar na fase verde do Plano São Paulo por pelo menos 14 dias.

Como deve ser o distanciamento?

Estudantes, professores e funcionários devem manter distanciamento de 1,5 metro entre si.

Horários de entradas e saídas serão organizados para evitar aglomeração, e serão preferencialmente fora dos horários de pico do transporte público.

Continuam proibidos: feiras, palestras, seminários, competições e campeonatos esportivos, comemorações e assembleias.

Intervalos e recreios devem ser feitos sempre em revezamento de turmas com horários alternados.

As atividades de educação física estão permitidas desde que se cumpra o distanciamento de 1,5 metro. Preferencialmente devem ser realizadas ao ar livre e com cuidando da higienização dos equipamentos.

Recomendado que o ensino remoto continue em combinação com a volta gradual presencial.

Como deve ser a higiene?

O uso de máscara é obrigatório para todos dentro da instituição e no transporte escolar.

Instituição deve fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) para os funcionários.

Bebedouro será proibido. Água potável deve ser fornecida de maneira individualizada. Cada um deverá ter seu copo ou caneca.

Banheiros, lavatórios e vestiários devem ser higienizados antes da abertura, depois do fechamento e a cada três horas.

Lixo deve ser removido no mínimo três vezes ao dia.

Superfícies que são tocadas por muitas pessoas devem ser higienizadas a cada turno.

Ambientes devem ser mantidos ventilados com janelas e portas abertas, evitando toque em maçanetas e fechaduras.

Como monitorar a saúde?

Profissionais e estudantes que pertencem a grupos de risco para Covid-19 devem permanecer em casa e realizar atividade remotamente.

Recomendação para os pais medirem a temperatura de seus filhos antes de mandá-los para a escola. Caso esteja acima de 37,5°, deve ficar em casa.

Recomendação para que as instituições meçam a temperatura das pessoas a cada entrada.

Uma sala ou área deve ser separada na instituição para isolar pessoas que apresentem sintomas até que possam voltar para casa.

Plano de retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo — Foto: Divulgação/Governo de SP

Como recuperar o aprendizado?

O governo de São Paulo afirma que será feita uma avaliação individual dos estudantes para a recuperação do conteúdo que não foi aprendido durante o período de ensino à distância.

Escolas também deverão investir em acolhimento socioemocional e em programas de recuperação para alunos com dificuldades nas matérias.

Segundo o governo, o programa de recuperação terá material didático, “apoiado pelo ensino híbrido e com foco em habilidades essenciais”.

Será oferecido em 2021 o 4º ano do Ensino Médio optativo para os estudantes que quiserem se preparar antes do ingresso no ensino superior.

Até quando vai o ano letivo?

Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, ainda não há definição se o ano letivo será estendido. A previsão do governo é de que na rede estadual as aulas sigam até fim de dezembro, sem prorrogação.

Para encerrar o calendário, as escolas precisam cumprir 800 horas de atividades obrigatórias no total, e o Ministério da Educação autorizou que as aulas remotas sejam incluídas na conta.

“Não precisa cumprir 200 dias desde que cumpra as 800 horas de ensino e permite a educação à distância [nessas horas]. O que precisamos ver é a contabilização do número de horas e o presencial vai fazer diferença se começar em setembro ou não. Todas as redes vão ter que comprovar isso, inclusive as particulares. Nós da rede estadual estamos trabalhando para fazer o maior esforço possível para garantir que a gente termine em dezembro. Mas essa análise só poderá ser feita quando a gente concretizar que retornamos em setembro”, disse o secretário em entrevista à GloboNews.

Rossieli reforçou ainda a necessidade de férias para profissionais e alunos.

“A recuperação não se dará neste ano. Não adianta só estender mais um mês, mais dois meses. Nós vamos fazer uma recuperação de dois anos, até o final de 2022. Para recuperar prejuízos de aprendizagem pós pandemia. Não tem mágica para curto prazo. É importante que nossos profissionais tenham 15 dias de férias de verdade, porque eles também estão atravessando momento de estresse. O aluno também está vivendo um momento diferente”, disse.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Voltar às aulas é loucura total no momento ! Vcs mandariam seus filhos e netos ? Sabendo que as crianças não vão conseguir manter a distância, sabendo que as mesmas vão ter contato com professores que poderiam estar infectados, e assim transmitir para os pais e avós , sabendo que seriam em dias alternados apenas ou seja , péssimo aprendizado para justificar somente o lado financeiro das escolas ? Os pais e mães são contra essa ideia que vem das escolas particulares , em conluio com parte do MEC. Jogada financeira !

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Saúde

Entenda nova proposta do Butantan para tratamento com anticorpos de pacientes curados por Covid-19

Foto: Diórgenes Pandini/NSC

Uma equipe de cientistas do Instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve em laboratório anticorpos para um novo tratamento de pacientes com a Covid-19. Assim como na terapia de plasma, a técnica executada pelo centro de pesquisa tem como base amostras de sangue cedidas por pacientes curados.

A técnica em execução no Butantan tem o nome de “anticorpos monoclonais neutralizantes”. Entenda a seguir a diferença entre as duas:

Plasma x anticorpos monoclonais

Plasma: O plasma é a parte líquida do sangue, onde ficam os anticorpos produzidos pelo organismo para combater as doenças. Essa substância, retirada de pacientes recuperados, pode ser aplicada em alguém que tenha um quadro grave da Covid-19. No entanto, cada amostra terá uma quantidade e uma composição diferente de anticorpos, pois depende do organismo do doador.

Anticorpos monoclonais neutralizantes: Os cientistas isolam apenas o anticorpo que consegue neutralizar o coronavírus, especificamente. Assim, com o uso do gene, células são criadas em laboratório. O produto será um frasquinho apenas com o anticorpo contra a doença específica, enquanto o plasma contém todos os anticorpos, variando em composição de pessoa para pessoa.

Solução que exige tempo

De acordo com a pesquisadora Ana Maria Moro, coordenadora do projeto, o plasma é uma solução que deve ser usada em um momento de emergência como o que vivemos com a pandemia, quando pessoas precisam de um tratamento urgente. O projeto de anticorpos monoclonais é uma versão mais precisa e direcionada, mas que demanda mais tempo.

“Nós isolamos as células B (linfócitos) que estão produzindo os anticorpos contra o vírus. Isolamos os genes e a partir deles criamos os anticorpos em laboratório. Não compete com o plasma, porque precisa de mais estudos e o plasma pode ser utilizado agora”, explicou a cientista.

O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com diferentes instituições, como a Universidade de São Paulo (USP). O desenvolvimento da plataforma começou em 2012, quando o grupo identificou uma composição de três anticorpos que neutralizam a toxina do tétano.

Mais tarde, em um acordo com a Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, a pesquisa seguiu para gerar linhagens celulares contra o vírus da zika durante a epidemia da doença, em 2015.

Ana Maria explica que existem diversos produtos monoclonais aprovados para uso clínico, usados em tratamentos para doenças autoimunes, alguns casos de câncer e até contra o ebola. A primeira parte do projeto contra o coronavírus deverá recrutar voluntários curados para coleta de sangue e, assim, começar a pesquisa em busca de uma nova forma de tratamento contra o Sars-CoV-2.

G1

 

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Saúde

CORONAVÍRUS: Entenda o que é uma pandemia e por que a OMS declarou neste caso

Foto: Fabrice Coffrini/AFP

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o Covid-19, infecção causada pelo novo coronavírus, nesta quarta-feira (11). Casos, mortes e números de países atingidos devem aumentar, disse a organização.

Segundo a OMS, uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença. É um termo usado com mais frequência em referência à gripe e geralmente indica que uma epidemia se espalhou para dois ou mais continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

A questão da gravidade da doença não entra na definição estrita da OMS de uma pandemia — apenas a disseminação –, embora a organização possa levar em consideração o ônus geral da doença para a população antes de declarar uma pandemia.

Como a principal agência de saúde mundial, a OMS é o órgão que primeiro declara uma pandemia.

“Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS sobre a ameaça representada por esse coronavírus. Não altera o que a OMS está fazendo e nem o que os países devem fazer”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Número de casos deve aumentar

Ao declarar a pandemia, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, ressaltou que em duas semanas o número de países afetados pelo novo coronavírus triplicou. E que nos próximos dias e semanas ele espera que os números de casos, de mortos e de países afetados aumentem ainda mais.

Segundo ele, a OMS está profundamente preocupada pelos níveis alarmantes que o novo coronavírus está atingindo. É a primeira vez que o mundo vê uma pandemia causada por um coronavírus.

“Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários”, afirmou.

Também o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, ressaltou que a declaração não significa que a OMS vá adotar novas recomendações no combate ao vírus.

“A declaração de uma pandemia não é como a de uma emergência internacional – é uma caracterização ou descrição de uma situação, não é uma mudança na situação. (…). Não é hora para os países seguirem apenas para a mitigação”, afirmou o diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan.

Mitigação é a estratégia de saúde pública que busca sobretudo cuidar dos doentes e públicos prioritários. Como afirmaram os diretores, a OMS ainda acredita que a contenção da circulação do vírus precisa ser buscada por todos os países.

Outras pandemias

A última vez que a OMS declarou uma pandemia foi em 2009, para uma nova cepa de influenza H1N1, que alguns pesquisadores estimam ter infectado 1 bilhão de pessoas nos primeiros seis meses e matado centenas de milhares no primeiro ano de detecção. Os números do Covid-19 estão muito aquém disso até o momento.

A gripe espanhola de 1918 é a pior pandemia da memória recente: tirou a vida de pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de 1918 a 1919.

Bem Estar – O Globo

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Saúde

Entenda o que é o dietilenoglicol, que teria contaminado nove pessoas em Minas Gerais

Foto: Reprodução / Cervejaria Backer

Um laudo preliminar da Polícia Civil de Minas Gerais indica que as oito pessoas que apresentaram sintomas de uma doença misteriosa em Belo Horizonte foram contaminadas com a substância dietilenoglicol, que, em um intervalo de 72 horas, provocou insuficiência renal grave e alterações neurológicas. A substância, de cor clara e aparência viscosa, é inodora e é usada na indústria como um anticongelante.

Conforme reportado pelo GLOBO, a substância, segundo laudo preliminar divulgado na noite da última quinta-feira pela Polícia Civil, estaria em dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela cervejaria Backer. A Polícia Civil mineira pondera, no entanto, que ainda não é possível cravar a responsabilidade da cervejaria.

A Backer, responsável pela Belorizontina, afirmou em nota que o dietilenoglicol, também conhecido como éter de glicol, não faz parte do seu processo de produção e negou que o produto guarde relação com os sintomas apresentados pelas vítimas.

Leia mais: Cervejaria produziu 66 mil garrafas nos lotes em que amostras contaminadas foram encontradas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o dietilenoglicol como um “solvente orgânico altamente tóxico” que oferece risco de morte em caso de ingestão e é capaz de levar à falência dos rins e do fígado. Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, morreu em Juiz de Fora (MG) na última terça-feira em decorrência da contaminação.

Segundo o “G1”, o dietilenoglicol, de fórmula CH4H10O3, é largamente utilizado como solvente em produtos químicos e remédios que não dissolvem em água, em especial na indústria farmacêutica, e também faz parte da produção de cosméticos, lubrificantes, combustíveis para aquecimento e plastificantes.

O Globo

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Judiciário

Pacote anticrime aprovado na Câmara une ideias de Moro e Alexandre de Moraes; entenda

O pacote anticrime aprovado nessa quarta-feira (4) na Câmara dos Deputados deixou de fora alguns pontos do texto original, apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, em fevereiro deste ano. O projeto foi costurado pelos deputados com trechos de outra proposta, elaborada por comissão de juristas coordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018.

A proposta altera o Código Penal e outras leis de segurança pública, como a que trata do registro, posse e comercialização de armas de fogo. Foram retirados do texto aprovado, por exemplo, trechos que Moro considerava essenciais, como o item sobre a prisão após condenação em segunda instância e o excludente de ilicitude.

Veja o que foi mantido ou retirado das duas propostas, por temas:

(mais…)

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Educação

Chamar de imbecil, como Faustão, é assédio ou dano moral? Entenda

Foto Ilustrativa: Pxhere

No programa Domingão do Faustão, do último domingo (17), o apresentador ofendeu um funcionário da equipe, xingando-o de imbecil. Fausto Silva teria se irritado com uma falha técnica quando as notas do quadro Dança dos Famosos sumiram do telão. No momento, ele teria dito que “o imbecil tirou de lá, para variar, de novo”.

O caso logo repercutiu nas redes sociais e usuários pediam processo para o apresentador por assédio moral. De acordo com especialistas da área jurídica consultados pelo R7, o caso só pode ser considerado assédio moral se a ofensa tiver ocorrido em repetidas vezes. “Uma ofensa pontual, embora grave, analisada de forma isolada, não pode ser considerada como assédio moral”, explica o advogado Marcos Lemos, especializado em direito trabalhista.

Além da necessidade de ser um comportamento contínuo, Lemos ressalta que o assédio moral constitui uma conduta que atente contra a dignidade psíquica do indivíduo. No caso de uma ação isolada, podendo ser manifestada por palavras ou atos, a situação é entendida por dano moral. Especialista em Direito Trabalhista, Decio Daidone Júnior reitera que a semelhança entre o assédio moral e o dano moral é a ofensa através de “toda e qualquer conduta abusiva que coloca a pessoa em situação constrangedora”, explica.

Para o especialista, o ideal para que o funcionário possa lidar com essa situação é existir um canal de denúncia na empresa para que a vítima possa ter onde recorrer e se sentir confortável para isso. “Nunca é fácil para o empregado reportar, ainda mais se o assediador for o chefe.”

Tipos de assédio

Existem quatro tipos de assédio moral em local de trabalho. Mônica Martins, especialista em Direito do Trabalho, explica cada um deles:

– Assédio Vertical Descendente: humilhações praticadas por trabalhador hierarquicamente superior ao empregado assediado;

– Assédio Horizontal: competição assídua com funcionários do mesmo cargo. Nesse caso, a situação pode gerar práticas de bullying;

– Assédio Organizacional: a empresa pressiona demais o funcionário para que produza mais que seus próprios colegas (competição assídua no ambiente de trabalho);

– Assédio Moral Vertical Ascendente: difícil de ser configurado, mas ocorre em situações em que um funcionário sabe alguma informação sigilosa da empresa ou do seu superior hierárquico e a utiliza como meio de chantagem para benefício próprio.

Como proceder?

Para a analista de departamento pessoal Jennifer Félix, treinamentos para prevenir situações como essa são fundamentais. “Acredito que a prevenção funciona de dentro para fora. Outra forma de prevenção que considero muito válida e aplicamos no dia a dia é o contato direto com cada funcionário”, diz.

O funcionário que sofre assédio ou dano moral pode recorrer ao Judiciário para reivindicar indenização. Procurar um profissional da área trabalhista e o departamento de recursos humanos do local em que trabalha é de extrema importância e trará o suporte necessário para essas situações.

R7

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Diversos

VÍDEO – Viagens, mesada e sexo: entenda o mundo das ‘sugar baby’

VÍDEO COM REPORTAGEM AQUI

“É, ficou moda, né? Eu sou uma sugar baby. Qual é o problema?”, questiona Fernanda Rizzi, assistente executiva e sugar baby.

Em inglês, “sugar baby” significa “bebê de açúcar”. A expressão é antiga e foi criada nos Estados Unidos no início do século passado para definir um relacionamento entre um homem mais velho e com dinheiro – o “daddy”, “papai” – e uma jovem – a sugar baby.

Mas é tão atual que foi parar na novela “A Dona do Pedaço”. A Sabrina era garota de programa. Fisgou o milionário Otávio e passou a chamá-lo de: sugar daddy. “A Sabrina veio com essa história de sugar, eu acho que uma tentativa do personagem dela, né, de dar um glamour a uma relação antiga, ué, de estar com um homem casado”, comenta o ator José de Abreu.

“Ninguém enganou ninguém. Eles desde o início têm esse acordo muito claro”, comenta a atriz Carol Garcia. Chegou ao ponto de a baby Sabrina ganhar um apartamento do daddy Otávio.

Nos Estados Unidos, faz mais de dez anos que sugar babies e daddies usam as redes sociais e sites especializados nesse tipo de relacionamento. A americana Jennifer Lobo, filha de brasileiros, é dona de um dos primeiros sites sugar do Brasil. “Agora tem mais de 2 milhões de pessoas”, conta.

Babies também procuram daddies em aplicativos de paquera. Um daddy, que não quer ser identificado, diz que é uma troca de favores entre quem quer dinheiro e quem tem dinheiro. “Elas querem uma segurança, querem uma coisa diferente que os meninos ou homens da idade delas não pode fornecer”, diz.

Fernanda conta que tem um daddy francês há três anos. Ela trabalha, e ele só banca mimos de luxo: viagens, jantares, presentes.

“Qual a mulher que não gosta de ganhar uma bolsa? Hipócrita seria a mulher que ‘ah não, eu não gosto de ganhar presente. Eu não gosto de ganhar um sapato que eu vi na loja que custa um valor que seria o meu salário do mês’”, diz a sugar baby.

Mas muitas vezes quem paga se sente dono da relação. Como a empresária Marisa Araújo, que depois de três casamentos se considera uma “sugar mommy” bem resolvida. “Eu gosto de estar no domínio porque eu acho que quando você paga uma conta, você fica numa posição de mais poder. Eu sempre fui assim meio mandona, meio decidida, meio dona da situação. Já dei um celular pra ele, já dei roupa, já dei tênis que ele gosta, daqueles de passear”, conta.

“Assim que eu penso que é um relacionamento sugar. Na hora que ela precisa, ‘nossa, eu tô com a minha conta de luz que vai vencer, não tenho dinheiro esse mês’, você vai lá e paga pra ela”. O daddy de uma baby arrumou um emprego pra ela numa loja de material de construção – o mundo sugar não é necessariamente luxo e riqueza.

“Ele me ajudou a pagar alguns boletos de cartão de crédito, me ajudou com o meu primeiro emprego… Como eu fiquei desempregada recentemente, ele passou a me ajudar com boletos da faculdade. Roupa, joias… Os meus olhos não crescem em relação a isso”, conta a sugar que não quis ser identificada.

E nem todo relacionamento sugar é de exclusividade. “Não falo para ele de outras pessoas, ele não fala pra mim de outras pessoas, e a gente decidiu manter assim”.

“Ele sabe que eu tenho o meu perfil em uma rede social e que eu converso com outras pessoas e que se aparecer alguém… Eu falo: ‘é leilão, né?’. Se aparecer quem dá mais, leva! E é verdade isso!”, diz Fernanda.

Sites sugar pedem a garotas de programa que não se cadastrem neles. Mas críticos desse estilo de vida acham que, na verdade, o que o mundo sugar faz é glamourizar a prostituição, que não é crime no Brasil. O crime é explorar a prostituição.

“Os encontros do tipo sugar são uma forma de prostituição. Tem outros aspectos nessa relação, mas no fim das contas há uma expectativa de que favores sexuais vão ser prestados”, afirma Haley Halverson, vice-presidente do Centro Nacional sobre exploração sexual.

Repórter: “É prostituição ou não é prostituição?”

Jennifer: “Tem nada a ver prostituição. Você não tem que julgar uma mulher como prostituição porque ela quer ser tratada como… Tratada bem, como princesa, alguém que quer fazer isso pra ela. Não tem nada errado em isso”.

“Acho que qualquer um que esteja num relacionamento sugar fica vulnerável em termos de violência sexual, e também extorsão sexual ou chantagem, porque a pessoa pode ficar dependente do dinheiro que está recebendo”, explica Haley Halverson.

E, segundo uma baby que não quer aparecer, sites, redes e aplicativos, especializados ou não, podem atrair golpistas. “Os caras só tão querendo nudes. É muito cara prometendo muita coisa. Que não tem condições de cumprir”, diz uma sugar baby.

“A baby não pode ver o daddy como um caixa eletrônico que a hora que ela quer ela vai lá e saca. Como o daddy não pode ver a baby como um produto que ele vai lá e usa a hora que ele quer”, explica o sugar daddy.

O professor de Direito Civil Gustavo Tepedino faz outro alerta: “Se nessa relação for constituída uma união estável, ou seja, um projeto de vida em comum, há uma participação do sugar na metade dos bens construídos durante a vida. Para se evitar a participação de bens, é possível um contrato que separe os bens”.

A sugar mommy Marisa não fez contrato, nem está preocupada com isso.

Repórter: “E se se cansar…”.

Marisa: “Troca. É como um aluguel de casa: cansou, é muito melhor alugar do que vender porque, cansou do ambiente, você troca”.

Fernanda, sugar baby: “Só que isso tem um preço”.

Repórter: Qual é o preço?

Fernanda: Ou você é feliz ou você gosta de coisas sofisticadas.

Repórter: E você?

Fernanda: Eu falo que eu vivo em picos. Porque tem vezes que a gente está junto e eu estou nos melhores restaurantes seja no Brasil, seja em Paris, e eu não estou feliz. Mas eu quero estar ali. Aquilo de uma certa forma me faz bem, me traz uma felicidade instantânea.

“Existe um desequilíbrio de poder entre sugar babies e sugar daddies. Uma pessoa está entrando com todo o dinheiro, são os homens que estão definindo como a relação funciona”, explica Haley Halverson.

Fantástico – Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Relacionamento sugar preza o cavalheirismo, carinho e cumplicidade entre ambas as partes. Essa é a verdadeira essência do sugar dating. Pena que as pessoas deturpam tudo e levam para a maldade. Uma mulher que saí com um cara em troca de uma joia, não é uma sugar baby, é uma prostituta. A Baby ganha mimos, mas está ali ao lado do Daddy para apoiá-lo, escutá-lo, ser uma companheira. Uma prostituta só está interessada nos ganhos financeiros, não desenvolve afeto. Se a mulher quiser ser uma sugar baby, pensando em apenas em presentes ou dinheiro é melhor ser prostituta. Sugar dating é relacionamento amoroso, com a diferença que ganha mais presentes que um relacionamento amoroso comum.

  2. Querem problematizar a profissão mais antiga do mundo! Podem chamar do nome que quiserem, mas alguém (homem ou mulher) que oferece os prazeres da carna em troca de vantagens financeiras, é prostituta (ou prostituto rsrs). Nenhum preconceito, pelo contrário. Todo meu respeito a esses profissionais liberais que sabem aproveitar as oportunidades e não se prendem às imposições dessa sociedade moralista, opressora e falocêntrica.

  3. Pobre, come rapariga, pagando.
    Rico, come suggar babyes, numa troca onde alguém tem dinheiro e alguém quer dinheiro !!!
    Mas, no fundo (literalmente…) é tudo P.U.T.A.A.A.A. !!!!!!!!!!
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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Tecnologia

Pesquisadores querem ‘fim’ da placa-mãe nos PCs; entenda

Ideia é criar sistemas mais compactos, eficientes e poderosos sem o uso de placas convencionais — Foto: Divulgação/CVN

Acabar com a placa-mãe dos pode ser uma solução para permitir que os computadores se tornem mais rápidos e compactos no futuro. Essa é a aposta dos pesquisadores Puneet Gupta e Subramanian Iyer/ Autores de um estudo divulgado pela IEEE, organização internacional que congrega engenheiros elétricos e eletrônicos, os especialistas acreditam que uma mudança grande no design convencional das placas usadas atualmente poderia garantir meios de desenvolvimento de computadores com componentes integrados com conectores de alta velocidade, por exemplo. Esta nova característica do aparelho poderia reduzir o tamanho da máquina, além de aumentar a eficiência e a performance dos computadores.

A ideia dos pesquisadores é criar sistemas com mais módulos. Esta estrutura substituiria os processadores, que possuem alto nível de complexidade. Com esta mudança, as fabricantes poderiam criar chips modulares especializados. Estes itens, que seriam interligados em conexões de alta velocidade, seriam capazes de evitar gaps na transferência de dados e, desta forma, ofereceriam maior eficiência durante o uso do PC. Além disso, com o uso de chips menores e mais específicos, a máquina deixaria de esquentar, diminuindo, assim, o calor emitido durante o funcionamento do computador.

Outra vantagem da nova abordagem, segundo o estudo, seria a possibilidade de dispositivos menores. Computadores poderosos poderiam ser mais compactos, assim como seus servidores. Em dispositivos ainda menores, como relógios inteligentes e celulares, a ideia de evitar a placa-mãe poderia abrir mais espaço para bateria ou outros componentes.

A dupla de especialistas descreve um computador sem placa-mãe como algo que teria seus componentes montados sobre um único substrato de silício – o mesmo material usado no interior dos chips. Nesse substrato, núcleos de processamento, componentes elétricos de controle de corrente e memória seriam impressos no material, por um processo parecido com aquele aplicado na fabricação de microchips.

AMD e Intel já produzem processadores que aplicam o conceito modular: componentes individuais são unidos por vias de alta velocidade nos AMD Epyc e Ryzen de terceira geração — Foto: Divulgação/AMD

Segundo os pesquisadores, cada item do sistema seria ligado entre si por conectores de alta velocidade que, ao evitar as soldas usadas nas placas atuais, teriam melhor performance, menor propensão a defeitos com o tempo e consumiriam menor quantidade de material. Além disso, o conjunto todo dissiparia melhor o calor, o que tornaria o computador todo mais eficiente do ponto de vista energético.

Embora a ideia de acabar com a placa-mãe seja radical, já existe algo parecido com o que os pesquisadores sugerem. Tanto Intel, como AMD já desenvolvem processadores no chamado design chiplet, em que componentes centrais da CPU são isolados entre si e apenas interconectados por vias de alta velocidade.

Globo, via Techtudo, IEEE Spectrum, Tom’s Hardware, Extreme Tech

 

Opinião dos leitores

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Diversos

Que cor o X-Men Ciclope enxerga? Entenda meme que é sucesso nas redes sociais

Meme do Ciclope brinca com a cor que o personagem enxerga e viraliza nas redes sociais — Foto: Reprodução/Twitter

O personagem Ciclope, integrante do grupo de mutantes X-Men, virou protagonista de uma série de memes nas redes sociais. Como o herói da Marvel tem o poder de disparar raios vermelhos pelos olhos, a brincadeira é fazer piada com que cor o Ciclope enxerga. Tamanho foi o sucesso que o meme do Ciclope ganhou páginas e perfis próprios no Facebook e Twitter.

Segundo o Google Trends, ferramenta de monitoramento de buscas na Internet, o nome do personagem teve um pico de procura no domingo (15), quando usuários começaram a tentar entender por que o Ciclope virou meme.

Acontece que, até o momento, não há explicação para a origem da brincadeira, que se popularizou rapidamente nas redes sociais. No Twitter, os perfis @drogaciclope e @ciclopememes acumulam juntos mais de 28 mil seguidores – até a data de publicação desta matéria. O Facebook também ganhou uma página dedicada aos memes do Ciclope. Batizada de “Ciclope Mito”, a fanpage está prestes a chegar aos 90 mil likes.

Os posts trazem zoações sobre os mais diversos assuntos, sempre usando como mote da piada o fato de que o Ciclope enxerga em vermelho. Em uma publicação no Twitter, por exemplo, o personagem olha para uma cesta de limões e diz: “droga, só tem tomate”. Já em outro meme, o herói está em um jogo de futebol e, ao ver o juiz levantar o cartão amarelo, reclama que foi expulso.

Ciclope enxerga em amarelo ou vermelho?

Embora a piada divirta os internautas, os quadrinhos dos X-Men mostram que, na verdade, o Ciclope vê em amarelo. Em uma edição da história, foi revelado que o visor de quartzo ruby, responsável por impedir que o personagem dispare raios pelos olhos, faz com que o herói enxergue em amarelo, e não em vermelho, como muitos pensam.

A seguir, confira alguns memes sobre como o Ciclope enxerga.

Techtudo, via Medium

Opinião dos leitores

  1. Caramba, quando eu achei que já tinha lido besteira suficiente nestes chamados veículos de comunicação, vem a gota d'água.

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Economia

Ataques fazem disparar preço do petróleo: entenda possíveis impactos no cenário global e no Brasil

Os ataques feitos supostamente por drones a instalações da petroleira estatal Aramco na Arábia Saudita no último sábado (14) provocaram uma disparada nos preços do petróleo, com o barril de Brent registrando a maior alta durante uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991, em meio às preocupações com a redução da oferta global da principal fonte de combustível do planeta e da elevação da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã.

Os danos provocados pelos ataques cortaram pela metade a produção do maior exportador mundial de petróleo, provocando uma redução de cerca de 5,7 milhões de barris por dia, o que representa mais de 5% do suprimento global atual.

As autoridades sauditas ainda não informaram quanto tempo será necessário para restabelecer plenamente a produção nas instalações destruídas. Analistas acreditam que podem ser necessárias várias semanas ou até meses para o país voltar à normalidade.

As incertezas geopolíticas e o risco de queda na oferta tende a manter os preços do barril de petróleo e dos combustíveis com viés de alta nos próximos meses, com impactos também nas bolsas e no comércio global.

No Brasil, as ações da Petrobras tendem a ter uma valorização, mas os analistas lembram também que o preço da gasolina e do diesel podem ser elevados pela estatal, que mantém um política de preços alinhados aos do mercado internacional. Por outro lado, a alta do preço do barril também pode aumentar a arrecadação do governo federal e estados produtores com royalties e participações especiais, além de contribuir para aumentar o interesse das grandes petroleiras internacionais nos próximos leilões bilionários de áreas de exploração de óleo e gás no Brasil.

Como foi o ataque e quem assumiu

No sábado (14), ataques por supostos drones provocaram incêndios na unidade saudita de Abqaiq, a maior do mundo dedicada ao processamento de petróleo, e na instalação de Khurais. Não houve relatos de feridos, mas a fumaça foi vista do espaço.

Após o ataque, rebeldes iemenitas houthis, que são apoiados pelo Irã no conflito que acontece no Iêmen, disseram ter enviado dez drones para atacar as instalações da Aramco.

Desde 2015, a Arábia Saudita lidera uma coalização internacional que apoia o governo local e ataca os houthis no Iêmen. Em retaliação, os rebeldes têm feito vários bombardeios fronteiriços com mísseis e drones contra bases aéreas sauditas e outras instalações no país.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e países ocidentais acusam Teerã de fornecer armas ao grupo, algo que o governo iraniano nega.

Disparada de preços do petróleo

Na abertura dos mercados nesta segunda (16), a cotação do barril do tipo Brent disparou 19,5% em Londres, para US$ 71,95, a maior alta intradia desde 14 de janeiro de 1991, durante a guerra do Golfo.

Segundo informou a petroleira Aramco, os ataques provocaram uma redução de cerca de 5,7 milhões de barris por dia na produção, o que representa mais de 5% do suprimento global atual. A Arábia Saudita é o maior exportador global de petróleo, além de ter uma grande capacidade ociosa.

“Retirar mais de 5% da oferta global de uma única tacada – um volume que é maior que o crescimento da oferta acumulado em países de fora da Opep entre 2014 e 2018 – é altamente preocupante”, escreveram, em nota, analistas do UBS.

Os preços do petróleo reduziram o ritmo de alta nesta segunda, depois que o presidente norte-americano Donald Trump autorizou o uso de estoques de emergência de seu país para assegurar a estabilidade do suprimento.

Os preços médios estavam relativamente reduzidos nos últimos meses, uma consequência das reservas abundantes e dos temores de desaceleração da economia mundial, fatores que afetavam a demanda. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegou a estabelecer limites de produção para tentar manter a faixa de preço e evitar uma viés de baixa.

Estados Unidos acusam Irã; Teerã rebate

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse que não havia “evidências de que os ataques tenham partido do Iêmen” e acusou o Irã de estar por trás da ação.

Em princípio, o presidente Donald Trump não citou diretamente o Irã, mas deixou claro que os Estados Unidos estão prontos para atacar, “dependendo da verificação”, pois esperam conhecer a versão saudita para determinar como proceder. Mais tarde, ele deu entender que o Irã pode estar envolvido.

Para o governo iraniano, os Estados Unidos buscam um pretexto para retaliar o país.

A Rússia considerou “inaceitável e contraproducente” discutir uma possível resposta aos ataques e que usar o incidente para aumentar as tensões é contraproducente. “Propostas de ações retaliatórias difíceis, que parecem ter sido discutidas em Washington, são ainda mais inaceitáveis”, afirmou o ministério de Relações Exteriores russo em um comunicado.

Já a China e a União Europeia (UE) pediram “moderação”.

Aumento da tensão entre EUA e Irã

A relação entre os Estados Unidos e o Irã vem se deteriorando desde a eleição de Donald Trump. Em 2018, Trump cumpriu sua promessa de campanha e retirou seu país do acordo nuclear assinado em 2015.

Na época, os Estados Unidos alegraram que o Irã financiava grupos terroristas e não cumpria os termos do tratado – o que não foi confirmado por organizações independentes. Desde então, os americanos adotaram sanções que prejudicam a economia iraniana.

Em julho de 2019, o Irã ultrapassou o limite de 300 kg de urânio de baixo enriquecimento que foi previsto no acordo nuclear em retaliação contra as sanções americanas.

O urânio de baixo enriquecimento é usado para produzir combustível para reatores nucleares, mas, potencialmente, pode servir para a produção de armas nucleares. A violação dos termos abre espaço para a volta de sanções multilaterais que foram suspensas em troca de o Irã limitar suas atividades nucleares.

Perspectivas para o petróleo e mercados

Por enquanto, os investidores estão no aguardo de mais detalhes sobre o ataque e danos às instalações da Aramco e a atentos a qualquer reação política aos acontecimentos.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou que está avaliando o impacto dos ataques a instalações da Arábia Saudita, e considera ainda muito cedo para os membros da entidade tomarem medidas para aumentar a produção ou convocarem uma reunião para discutir outras medidas.

Embora países como Arábia Saudita, Estados Unidos e China possuam centenas de milhões de barris de petróleo em armazenamento estratégico, o ataque aumentou também a preocupação em relação à vulnerabilidade das infraestruturas das petroleiras a ataques com drones e a uma piora ainda maior nas relações entre EUA e Irã, que voltaram a trocar acusações.

Analistas avaliam que a tendência é de muita volatilidade nos preços nas próximas semanas, em meio à maior aversão ao risco e dúvidas sobre o real impacto dos ataques na oferta global.

“Se a tecnologia de drones alterar o jogo de força no Oriente, isto [tendência de alta] pode se tornar mais grave”, afirmou o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

Aneeka Gupta, estrategista de commodities da Wisdom Tree, avaliou que os preços poderão atingir chegar a até US$ 75 por barril se se a interrupção na produção da Arábia Saudita durar mais de seis semanas, segundo a BBC.

Para o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, o preço do barril tende a se manter com viés de alta ao longo dos próximos 3 meses pelo menos. “Ainda não sabemos se o preço do barril pode ir a US$ 70, US$ 80 ou para US$ 100. Ainda é muito cedo. O que ficou claro é que lá no Oriente Médio essas estruturas gigantes de petróleo são mais frágeis do que se imaginava, e isso influencia o preço”, afirma.

Para a agência de classificação de risco Moody’s, os preços tendem a se manter pressionados mesmo após a retomada da produção saudita. “Preços mais elevados ajudarão os produtores e prejudicarão as refinarias no curto prazo, mas efeitos de mais mais longo prazo sobre as companhia de energia dependerão do tempo e da magnitude da menor produção da Aramco”, disse o diretor-gerente Steve Wood.

Analistas também avaliam que, caso a situação não se normalize rapidamente, o episódio deverá impor maior cautela nas próximas decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e no mundo, uma vez que aumentam as chances de um cenário de maior desaceleração de crescimento global.

Reajuste dos preços do diesel e da gasolina no Brasil

Se os preços do petróleo se mantiverem em alta, em algum momento o aumento também chegará nas bombas dos postos de combustíveis, avaliam os especialistas da área.

“Mantida a política de alinhamento de preços dos combustíveis à flutuação do petróleo e dos derivados lá fora, a tendência é que haja aqui internamente um aumento do preço da gasolina e do diesel, e isso pode gerar algum tipo de tensão interma como a gente já viu no passado, além de um impacto inflacionário”, afirma Helder Queiroz, ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Para analistas, a disparada dos preços do petróleo será um “teste” para a política de preços da Petrobras para o diesel e a gasolina. A estatal leva em conta os preços internacionais do petróleo e a variação cambial para definir os preços nas refinarias, embora a companhia não trabalhe mais com uma periodicidade definida para os reajustes.

“Ao longo dos últimos anos, nós temos visto diversos exemplos em que a companhia não foi capaz de seguir os preços internacionais, levando a perdas significativas no negócio de refino. A atual gestão tem conseguido implementar uma estratégia de sucesso até o momento, e esse evento pode ser um importante teste sobre quão sólida é a política (de preços)”, escreveram os analistas do banco UBS em nota citada pela agência Reuters.

“Se o preço realmente subir e permanecer alto, e se a Petrobras demorar muito a repassar esse preço para a bomba, vai ficar claro outra vez uma intervenção entre aspas na Petrobras”, afirmou ao G1 Adriano Pires, citando ainda os possíveis reflexos no programa de venda de ativos da estatal.

A Petrobras iniciou na semana passada processo para venda de quatro refinarias, enquanto outras quatro unidades de refino já haviam sido colocadas no mercado anteriormente.

“Desde a greve dos caminhoneiros temos falado da necessidade do Brasil criar um fundo de estabilização de preços para absorver essas grandes variações de preços sem que a Petrobras seja afetada. Quem conhece o mercado de petróleo sabe que o petróleo tem uma variável geopolítica muito forte”, destacou o diretor do CBIE.

Impacto em royalties e nos megaleilões do pré-sal

Para o Brasil, preços internacionais de petróleo mais altos tendem a favorecer não só a balança comercial, como também a arrecadação da União e governos estaduais e municipais com royalties e participações especiais pagas pelas petroleiras que atuam no país. “Aumenta a arrecadação como um um todo mundo. Um dinheirinho a mais é sempre bem-vindo”, destaca Pires.

Os analistas avaliam que a crise aberta pelos ataques na Arábia Saudita pode também aumentar a atratividade dos megaleilões de áreas do pré-sal que o governo brasileiro pretende realizar até o final do ano.

“Apesar de ter um custo de produção relativamente mais caro, o pré-sal está situado em uma região que não enfrenta nenhum tipo de problema geopolítico, de tensão, que tem no Oriente médio. De certa maneira, algumas empresas podem reorientar suas decisões de investimento para tentar concentrar e disputar aqui as novas áreas que vão ser ofertadas”, avalia Helder, ex-diretor da ANP.

G1

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Comportamento

Lésbicas e DSTs: a saúde sexual das mulheres que transam com mulheres; entenda os riscos e conheça os métodos de proteção

Imagine a cena: duas mulheres estão no quarto, trocando carícias, cheias de tesão, tiram a roupa e então… Uma delas vai até a cozinha pegar o rolo de plástico filme para colocar sobre a vulva da parceira e garantir que elas façam sexo seguro.

Pois é, uma cena que não parece nada sexy, nem prática. Mas que tem sido a principal orientação que mulheres lésbicas encontram sobre prevenção de doenças que podem ser transmitidas no sexo. Isso, quando encontram alguma orientação. Porque existe também uma ideia geral de que em uma transa com duas vaginas, não há risco de transmissão.

“É mito que as mulheres lésbicas estão protegidas contra as ISTs [infecções sexualmente transmissíveis], e é muito importante falar sobre isso”. As palavras da ginecologista Bruna Wunderlich lembram que sexo entre mulheres pode, sim, transmitir doenças e que a falta de informação sobre isso só aumenta a exposição a riscos.

Um estudo do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, de 2012, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostrou que só 2% das lésbicas se previnem contra as ISTs. Algo que passa pela desinformação, mas também pela ausência de métodos de proteção desenvolvidos especificamente para elas.

E, apesar da prevenção dificilmente acontecer, os riscos são reais: uma pesquisa realizada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) em 2017 com 150 mulheres que se relacionam mulheres mostrou que 47,3% delas tinham algum tipo de IST.

Os motivos para esse assunto ainda ser tabu passam pela invisibilidade e preconceito em relação às relações lésbicas e também à sexualidade feminina. E para combater isso, reunimos aqui as principais informações sobre as doenças, prevenção e também acompanhamento ginecológico.

As doenças e o sexo

Antes de começar, é preciso explicar que hoje em dia se usa a expressão Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) ao invés de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), porque às vezes a pessoa pode ser infectada, mas não manifestar a doença. Mas como popularmente é muito mais comum se ouvir falar de DSTs, vamos usar esse termo, para facilitar a compreensão.

Existe um imaginário de que a transmissão de doenças está ligada à penetração durante o sexo. No entanto, essa é só uma das formas possíveis de passar uma doença. Sexo oral, contato entre mucosas e com o sangue são outras.

“Sífilis, herpes genital e verrugas genitais têm a ver com contato de mucosa. E todas as vezes que eu tenho contato de mucosas, seja entre dois órgãos sexuais ou da boca com um órgão sexual, isso transmite”, explica Thais Machado Dias, médica de família e comunidade do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e do Instituto Iris.

Então, para não reforçar preconceitos, é importante destacar que falar em transmissão de DSTs não tem a ver com a orientação sexual das pessoas (heterossexual, bissexual, homossexual, entre outras) e sim com as práticas sexuais. O que isso quer dizer?

Quer dizer que existem infecções que são transmitidas pela prática da penetração, outras pela prática do sexo oral e outras pelo contato da mucosa, ou por mais de uma dessas formas juntas. E tanto pessoas heterossexuais quanto homossexuais podem ter qualquer uma dessas práticas, afinal a sexualidade humana é complexa e pode envolver um monte de práticas.

Mulheres lésbicas podem usar acessórios ou os dedos para penetração, assim como um casal heterossexual pode praticar o sexo oral. Além disso, podem se envolver com mulheres bissexuais, que se relacionam ou relacionaram com homens. E existem ainda mulheres lésbicas e bis trans que não passaram por redesignação sexual e têm um pênis.

Por isso, para analisar os riscos de contágio de doenças, é importante pensar em como elas são transmitidas, não na orientação sexual das pessoas. É importante destacar essa diferença para não se reforçar estereótipos e preconceitos como os homens gays sofreram na década de 1980 com a descoberta da aids, por exemplo.

Na tabela abaixo, mostramos as principais formas de transmissão das DSTs mais comuns.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. "E existem ainda mulheres lésbicas e bis trans que não passaram por redesignação sexual e têm um pênis."
    Homi , explica isso direito…

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Diversos

Cuidado com as “fake news” e textos mal interpretados: entenda, de fato, o que pode mudar com a MP da liberdade econômica

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira (13) o texto-base da medida provisória (MP) da liberdade econômica. O objetivo do texto é reduzir a burocracia sobre atividades da economia e facilitar empreendimentos.

A proposta altera regras trabalhistas e traz, por exemplo, normas para trabalho aos domingos, além de prever critérios para a adoção do registro de ponto de funcionários.

Nesta quarta-feira, deputados devem analisar destaques, propostas que podem alterar trechos do texto-base aprovado. Só depois disso que a MP será encaminhada para votação no Senado.

Por se tratar de medida provisória, o texto já está em vigor, mas precisa ter a aprovação concluída no Congresso até o próximo dia 27 para não perder a validade.

Saiba ponto a ponto da medida provisória:

Trabalho aos domingos

A MP permite o trabalho aos domingos e feriados, mas muda a norma sobre o descanso semanal de 24 horas. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê que o descanso “deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”. Agora, a redação da MP prevê que o descanso será “preferencialmente aos domingos”, abrindo espaço para a concessão do benefício em outros dias da semana.

Nos casos em que o empregado trabalhar no domingo ou no feriado, o pagamento em dobro do tempo trabalhado pode ser dispensado se a folga for determinada para outro dia da semana. O empregado também precisará ter uma folga em um domingo no intervalo máximo de quatro semanas.

Hoje a CLT proíbe o trabalho aos domingos, exceto em casos de “conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço”, mediante permissão do governo, que precisa especificar tais atividades. Também há casos de autorização dada de forma provisória.

Carteira de trabalho eletrônica

A MP prevê que as carteiras de trabalho serão emitidas pelo Ministério da Economia “preferencialmente em meio eletrônico” — a impressão em papel será exceção. O documento terá como identificação única do empregado o número do CPF.

Os empregadores terão cinco dias úteis, a partir da admissão do trabalhador, para fazer as anotações. O trabalhador deverá ter acesso às informações em até 48 horas, contadas a partir da inscrição das informações.

Registro de ponto

A proposta determina que serão obrigatórios os registros de entrada e de saída no trabalho somente em empresas com mais de 20 funcionários. Atualmente, a anotação é obrigatória para empresas com mais de 10 trabalhadores.

Fim de alvará para atividades de baixo risco

A MP prevê o fim do alvará para quem exerce atividade de baixo risco (costureiras e sapateiros, por exemplo). A definição das atividades de baixo risco será estabelecida em um ato do Poder Executivo, caso não haja regras estaduais, distritais ou municipais sobre o tema.

Substituição do e-Social

O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, que unifica o envio de dados sobre trabalhadores, será substituído por um sistema de informações digitais de obrigações previdenciárias e trabalhistas.

‘Abuso regulatório’

A proposta cria a figura do “abuso regulatório”, infração cometida pela administração pública quando editar norma que “afete ou possa afetar a exploração da atividade econômica”. O texto estabelece as situações que poderão ser enquadradas como “abuso regulatório” e determina que normas ou atos administrativos como os descritos abaixo estarão inválidos:

criar reservas de mercado para favorecer um grupo econômico em prejuízo de concorrentes;

redigir normas que impeçam a entrada de novos competidores nacionais ou estrangeiros no mercado;

exigir especificação técnica desnecessária para o objetivo da atividade econômica;

criar demanda artificial ou compulsória de produto, serviço ou atividade profissional, “inclusive de uso de cartórios, registros ou cadastros”;

colocar limites à livre formação de sociedades empresariais ou atividades econômicas não proibidas em lei federal.

Desconsideração da personalidade jurídica

A desconsideração da personalidade jurídica é um mecanismo estabelecido no Código Civil de 2002 que permite que sócios e proprietários de um negócio sejam responsabilizados pelas dívidas da empresa. A desconsideração é aplicada em processo judicial, por um juiz, a pedido de um credor ou do Ministério Público. A proposta altera as regras para a desconsideração da personalidade jurídica, detalhando o que é desvio de finalidade e confusão patrimonial.

Negócios jurídicos

O texto também muda o trecho do Código Civil que trata dos negócios jurídicos — acordos celebrados entre partes, com um objetivo determinado, com consequências jurídicas. A proposta inclui um dispositivo no Código Civil que prevê que as partes de um negócio poderão pactuar regras de interpretação das regras oficializadas no acordo, mesmo que diferentes das previstas em lei.

Documentos públicos digitais

A proposta altera a lei sobre a digitalização de documentos, autorizando a digitalização a alcançar também documentos públicos. Segundo a proposta, os documentos digitais terão o mesmo valor probatório do documento original.

Registros públicos em meio eletrônico

A MP prevê que registros públicos, realizados em cartório, podem ser escriturados, publicados e conservados em meio eletrônico. Entre os registros que podem atender às novas regras estão o registro civil de pessoas naturais, o de constituição de pessoas jurídicas; e o registro de imóveis.

Comitê para súmulas tributárias

A MP cria um comitê formado por integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, da Receita Federal, do Ministério da Economia e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O grupo poderá editar súmulas da Administração Tributária Federal, que passarão a vincular os atos normativos praticados pelas entidades.

Fundos de investimento

A proposta cria uma série de regras para os fundos de investimento, definidos como “comunhão de recursos” destinados à aplicação em ativos financeiros e bens. A proposta estabelece as regras de registro do fundos na Comissão de Valores Imobiliários, as informações que deverão constar nos regulamentos dos fundos e as regras para solicitar a insolvência.

Fim do Fundo Soberano

O texto determina que será extinto o Fundo Soberano, vinculado ao Ministério da Economia.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro se elegeu DIZENDO que sua prioridade eram os patrões e não os operários, espanto 0 com o atual desmonte das relações de trabalho, espanto mesmo me causou um operário votando em alguém que dizia na campanha: "O trabalhador vai ter que escolher, ou direitos ou trabalho." NEM UM NEM OUTRO!

    1. Sugiro que você procure ver o índice de desemprego advindo do governo do PT. Depois da breve pesquisa, veja que os mais de 12 milhões de desempregados já foram herdados do governo de Dilma/Temer. Pesquisando mais um pouco, você talvez consiga ver que nos meses do governo Bolsonaro houve um aumento das contratações : mês passado (julho), foram criados, para o mês, mais empregos do que nos últimos 6 anos (https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2019/07/25/caged-vagas-com-carteira-emprego.htm). Pesquise mais um pouco e talvez veja que as relações de trabalho mudaram e mudam a cada ano, a evolução tecnológica está retirando a mão de obra desqualificada que foi colocada no mercado nos últimos anos… O SINE tem vagas sobrando pq não tem candidato qualificado para os empregos, muitos são analfabetos funcionais!

    2. Cara, o que que eu tenho a ver com o PT? PT tá f* e mal pago. Quero saber de agora.

    3. Vc é TODOS nós temos TUDO a ver com o PT. Foi essa ORCRIM que nos deixou como estamos. Nos roubaram, deixaram seus comparsas roubarem e destruíram nosso país. A propósito, dá uma lida nas notícias sobre a delação do Palocci que estão sendo divulgadas hoje. Estarrecedoras.

  2. Alguém pode desenhar isso, pois a esquerda leu e interpretou tudo distorcido, como sempre!
    Para um país crescer e se desenvolver, só existe um caminho: Trabalho, renda, legislação, ordem e progresso. De resto ficam os exemplos de Cuba, Venezuela, Coréia do Norte e demais país socialistas onde o Estado manda em tudo e falta meios dignos para o povo que fica sem alimentos, produtos básicos, sem emprego, sem renda, todos iguais, na miséria.

    1. Tá certo, Verdade (rsrsrs). Temos que agradecer mesmo. Aguardando uma mp que preveja chicotadas dia sim e dia não também. Como trabalhador eu tenho que me lascar todinho só pro ladrão do Lula não voltar. Blz.

    2. Não Rivanaldo, mas vale a pena lembrar que a Venezuela e Cuba estão de portas abertas aos brasileiros. Vá viver em países que tem a democracia que vocês desejam, tenha o mínimo de coerência com você, vá ser feliz, aqui está cada vez pior, não é mesmo?

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Diversos

Músico está internado há 2 semanas devido ereção; entenda o priapismo

Foto: Reprodução/Instagram

O músico inglês Danny Polaris vem contando em seu Instagram o problema que o levou a ser internado. Desde o dia 26 de julho, Polaris está sofrendo com um priapismo — uma ereção constante — e não consegue revertê-la, sentindo muitas dores. O músico, que já teve o problema, utilizou um antirretroviral e dois estimulantes sexuais, o Viagra e o Alprostadil (injeção estimulante aplicada no pênis).

De acordo com o urologista Roberto Vaz, da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), o priapismo é uma ereção constante por mais de três horas e ocorre independentemente do estímulo sexual, sendo conseiderada uma situação de emergência.

O médico explica que existem dois tipos de priapismo, o isquêmico e o não-isquêmico. O priapismo isquêmico ocorre porque os vasos sanguíneos penianos ficam cheios de sangue, mas não há circulação.

“O sangue entra ali e não retorna, deixando a área tão cheia que comprime as artérias e não permite a entrada de sangue novo no local”, afirma o urologista. A falta de sangue novo pode necrosar os tecidos, ocasionando dor no local e, se o priapismo for prolongado, pode causar dificuldade de ereção no futuro.

Esse tipo de priapismo está relacionado ao uso de medicamentos para estimular a ereção, sendo a causa mais comum, uso de álcool, cocaína, anemia falciforme, leucemia, doenças neurológicas, doenças penianas e até mesmo o câncer de próstata.

Já o priapismo não-isquêmico ocorre devido ao alto fluxo sanguíneo no pênis, ou seja, com a entrada frequente de sangue na região. Esse tipo de priapismo não ocasiona dores como o outro tipo, não necrosa e dificilmente ocasiona disfunção erétil. Esse tipo de ereção está associado a traumas, como a fratura do pênis ao ter uma ereção noturna e se movimentar no colchão, na masturbação ou durante a relação sexual.

“Nos casos em que haja a associação de medicamentos estimulantes pode ocorrer uma potencialização do problema. Entretanto, não existe qualquer associação entre o priapismo e o uso de medicamentos para o HIV”, explica o médico.

Para reverter o priapismo em casos de uso de medicamentos, é possível realizar uma punção do pênis, fazendo com que o medicamento saia por ali. Caso não resolva, é possível utilizar a adrenalina para tentar resolver a ereção. Se o problema ainda persistir, o urologista afirma que podem recorrer a uma injeção de soro fisiológico para “limpar” os remédios que ficaram lá dentro.

A alternativa seguinte é a realização de uma cirurgia para drenar o sangue dentro da estrutura peniana. “Quando nada disso resolve, é preciso colocar uma prótese peniana no paciente. Essa medida é adotada em último caso. O priapismo de longa duração mata o tecido e a pessoa não terá mais ereção, então para resolver é destruído o tecido morto e é colocada a prótese para ainda ter uma vida sexual ativa”, explica Vaz.

O urologista explica que casos como o de Polaris são considerados priapismo recorrente, que podem ocorrer por falta de controle de uma doença de base, como a anemia falciforme, ou por criar estímulos com frequência, como o uso de medicamentos. Ele afirma ainda que alguns casos de priapismo ocorrem por alta quantidade de hormônios sexuais e o bloqueio medicamentoso da testosterona pode resolver o problema.

R7

 

Opinião dos leitores

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Finanças

Criptomoedas: entenda o que são e como elas têm mudado o mundo e ainda devem revolucionar a economia e os mercados

Até o século VII antes de Cristo, não havia dinheiro e a sociedade vivia a base de trocas. Foi aí que surgiu, por exemplo, a palavra salário: um pagamento feito com sal. De lá para cá, entretanto, as moedas evoluíram. Há algumas décadas, elas passaram a ser usadas em formato de plástico, após a criação e a popularização de cartões de crédito e débito.

Com o avanço da tecnologia, a ideia de armazenar dinheiro em formato virtual ganhou consistência. Diferentes soluções foram desenvolvidas, até que se chegou às criptomoedas — moedas digitais que não são reguladas por nenhuma entidade (bancos ou governos).

Isso significa que quem as usa pode fazer transações com total liberdade e privacidade: ou seja, sem a intervenção de mecanismos reguladores, já não há cédulas e as transações são feitas sem intermediários. O que garante o sigilo é a criptografia. Aliás, é daí que vem o nome desse dinheiro digital.

A valorização das criptomoedas começou em 2013. Isso porque as poupanças dos contribuintes da República do Chipre foram confiscadas e os bancos locais caíram em descrédito. Com isso, a população passou a buscar alternativas e chegou às moedas digitais.

O sucesso veio, justamente, porque elas não são controladas por bancos ou governos — o que as livra do risco de serem confiscadas. Por outro lado, suas oscilações constantes fizeram muitos a encararem como uma bolha.

Isso durou até 2016, quando a crise institucional e econômica global fez as atenções se voltarem novamente para elas. Desde então, sua valorização tem sido constante. Em 2016, uma bitcoin, por exemplo, valia US$ 443,57 e, em 2017, seu preço chegou a US$ 17.549,67.

O que é, de fato, uma criptomoeda?

De forma simples, as criptomoedas são dinheiro virtual — ou seja, códigos extremamente protegidos que podem ser convertidos em valores reais e usados em pagamentos. Em relação ao dinheiro físico, como o real ou o dólar, três características as diferenciam: a descentralização (já que independem de regulação), o anonimato e o custo zero da transação.

A primeira tentativa de criptomoeda chamava-se “b-money”. Criada pelo engenheiro de software Wei Dai, já tinha, entre suas características, a descentralização e o anonimato. Ela nunca foi amplamente utilizada, mas inspirou o surgimento do “bitgold”.

Ele também não teve muito sucesso, mas levou ao desenvolvimento da bitcoin. E foi aí que entrou em cena a tecnologia blockchain. Ela é o elemento central do processo: uma comunidade de usuários espalhados pelo mundo registra as transações. Assim, o banco de dados pode ser verificado pública e rapidamente, e a ação de hackers é dificultada.

Assim como o dinheiro físico, que tem número de série, marca d’água e outros itens de certificação, as criptomoedas usam criptografia para se manterem seguras. Em outras palavras, cada criptomoeda é única e tem seu próprio número de identificação. Por isso, somente quem tem essa informação consegue transferi-la.

Transações com criptomoedas garantem privacidade ao usuário, pois, em geral, não requerem informações pessoais. Há que argumente, entretanto, que, por essa característica, seu uso facilita atividades ilegais, como tráfico de drogas e armas.

Outro diferencial importante das criptomoedas é o custo zero de transação. Como não há interferência de órgãos reguladores, não há adição de taxas — diferentemente do que ocorre com o dinheiro convencional, que está vinculado a encargos definidos pelas instituições que o controlam.

Isso faz das moedas digitais uma ótima alternativa para transações internacionais, que normalmente são acrescidas de tarifas altas. Além disso, como elas não são reguladas, suas oscilações de preço são influenciadas apenas pela economia que as envolve. A visão dos desenvolvedores das criptomoedas é anarcocapitalista: ou seja, a economia é suficiente para organizar a sociedade.

O fato de não haver controle institucional sobre elas fez muitos as verem como um investimento arriscado. No início, eram tidas como investimento pouco atraente, mas sua alta eficiência fez que elas se destacassem em pouco tempo: a preservação dos dados e os registros criptografados fez até os bancos de interessarem por elas.

Como elas funcionam?

Tanto a cotação quanto a compra e a venda de moedas digitais acontecem anonimamente pela internet. Isso porque, como são digitais, elas são guardadas de forma diferente do dinheiro comum.

Para começar, elas são protegidas por uma chave de criptografia privada — o código necessário para efetuar as transações. Então, essas moedas são armazenadas em uma carteira virtual e administradas a partir de um computador pessoal ou de um dispositivo móvel.

Em outras palavras, não é possível ir ao banco e fazer uma retirada de criptomoedas. Todos os trâmites são totalmente digitais. E é a blockchain que garante sua segurança. De tão confiáveis, as criptomoedas passaram a chamar a atenção de grandes empresas, bancos e governos.

(mais…)

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Diversos

Entenda por que a maconha foi proibida ao redor do mundo

(FOTO: PIXABAY)

Nos últimos anos, países comoEstados Unidos, Uruguai e Holanda mudaram suas legislações e passaram a autorizar o consumo de maconha tanto para fins recreativos quanto medicinais. Essas nações, entretanto, são absolutamente minoritárias em relação às leis adotadas pela maior parte do planeta.

No Brasil, por exemplo, o uso de Cannabis é crime, mas desde 2006 não há pena de prisão para uso pessoal — ainda que caiba ao juiz avaliar a quantidade que corresponda ao “consumo pessoal”. Atualmente, algumas famílias também têm conseguido na Justiça o direito de importar remédios com canabidiol, uma das substâncias derivadas da planta.

Mas afinal, por que a maconha foi proibida? A história vai além do clichê de que ela faz mal à saúde. Até porque, se esse fosse o caso, a lista de proibições seria longa. Na verdade, os motivos misturam preconceito com minorias, interesses de indústrias e moralismos religiosos que condenam a noção de prazer sem merecimento.

Tudo começou nos Estados Unidos. Nos anos 1920, com a famosa Lei Seca que proibia a produção e comercialização de bebidas alcoólicas, a maconha, que até então era restrita a minorias mexicanas, entrou na vida de muita gente. O problema é que o chefe da Divisão de Controle Estrangeiro do Comitê de Proibição, Henry Aslinger, tornou a guerra contra as drogas quase uma missão pessoal. E se aproveitou de boatos de que a maconha induzia à promiscuidade e ao crime para dar início à perseguição da erva.

HENRY ASLENGER, QUE PROMOVEU A CRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA NOS EUA (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)

Depois que o álcool voltou a ser permitido, em 1930, o governo criou o Federal Bureau of Narcóticos (Departamento Federal de Narcóticos), para combater o uso de cocaína e ópio. Aslinger se tornou chefe do FBN e incluiu a maconha na lista de substâncias proibidas.

Há desconfianças, porém, de que Aslinger tinha mais do que sede de poder e ódio às drogas, e teria sido motivado por outros interesses. Um deles era o de servir a indústrias que lucrariam com a destruição de indústrias do cânhamo, fibra obtida da Cannabis que pode ser usada na fabricação de tecidos, papel, cordas, resinas e combustíveis. É claro que petrolíferas e fabricantes de fibras sintéticas não gostavam nada da ideia de disputar mercado com produtores da fibra vegetal.

A erva, aliás, está no cerne da história moderna do Brasil. É que as caravelas portuguesas que chegaram ao país em 1500 eram feitas de fibra de cânhamo — a palavra maconha em português, por sinal, seria um anagrama da palavra cânhamo.

No início da colonização, o cultivo da planta era inclusive incentivado pela Coroa Portuguesa. Com o passar dos anos, o consumo da maconha como substância psicoativa passou a se disseminar entre escravos e índios. Mas ninguém parecia se preocupar muito com isso. No fim do século 19, seu uso passou a ser recomendado por médicos no tratamento de bronquite, asma e insônia.

Não durou muito. A partir de 1930, muito influenciado pelos Estados Unidos, o Brasil começou a reprimir o uso de maconha, e a associá-la ao preconceito racial — o consumo de Cannabis se tornou uma forma de criminalizar a população negra, historicamente marginalizada.

O tema voltou à pauta recentemente, pois o Supremo Tribunal Federal deveria julgar no dia 5 de junho um caso que poderia descriminalizar o porte de maconha para consumo pessoal. A votação, entretanto, foi adiada para data incerta.

Galileu

 

Opinião dos leitores

  1. Pronto! Nem maconha pode mais se fumar em paz, sem correr o risco de ser acusado de apropriação cultural, rsrsrsrs

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Esporte

PAPELÃO: Entenda por que o futebol do Brasil está fora dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru

Foto: CLAUDIO REYES / AFP

Quem procurar uma partida das seleções brasileiras masculina e feminina de futebol nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, não vai encontrar. E os motivos por trás das ausências de ambas as equipes, um cenário que se via desde os Jogos de Winnipeg, em 1999, ano que marca a estreia do torneio feminino no evento, são completamente distintos.

O caso mais alarmante é o da seleção masculina, que não está no Peru devido a uma péssima campanha no Campeonato Sul-Americano sub-20. Na primeira fase do torneio, o Brasil avançou com o segundo lugar no grupo A, atrás da Venezuela.

Na fase final, porém, a equipe brasileira terminou apenas na quiinta posição entre as seis equipes que disputaram a fase final, atrás de Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia. Em cinco jogos, o Brasil venceu apenas um jogo contra a Argentina na últoima rodada, empatou com Colômbia e Equador e perdeu para Uruguai e Venezuela.

A má campanha na reta decisiva também ficou marcada pelo mau desempenho do ataque: foram apenas 3 gols marcados em 5 jogos. Além de não conquistar uma das três vagas para o Pan (a quarta foi preenchida pelo Peru, país-sede do evento). O quinto lugar também tirou o Brasil da Copa do Mundol sub-20, uma vez que apenas os quatro primeiros colocados se classificavam para o torneio.

No caso da seleção feminina do Brasil, a ausência é motivo de comemoração. A equipe venceu a Copa América 2018 e, com o título, garantiu vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio, assim como a seleção chilena, vice-campeã.

No caso do torneio feminino, a participação no Pan foi uma espécie de prêmio de consolo para equipes que terminaram entre as 3ª e 5ª posições (Argentina, Colômbia e Paraguai), com o Peru preenchendo a quarta vaga por ser o país-sede do evento.

Durante a Copa América, a seleção brasileira não tomou conhecimento das adversárias e terminou o torneio com uma campanha de 7 vitórias em 7 jogos, quatro na primeira fase e outras três na fase final, com 31 gols marcados e apenas 2 sofridos.

O Globo

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