Política

João Santana omitiu offshore mesmo depois de retificar declarações à Receita Federal

RTEmagicC_joaosantana_aero.jpgPreso na Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato, o marqueteiro João Santana, responsável pelas últimas três campanhas do PT à Presidência da República, retificou em 2015 suas declarações de Imposto de Renda de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Nas declarações retificadoras à Receita Federal, o publicitário acrescentou a seus bens quatro empresas no exterior, mas omitiu do fisco brasileiro a posse da empresa offshore Shellbill Finance S.A, por meio da qual recebeu 7,5 milhões de dólares no exterior de offshores da Odebrecht e do operador de propinas Zwi Skornicki.

Na retificação enviada à Receita no ano passado, João Santana adicionou a sua declaração de 2010 60% de participação societária na Polistepeque Comunicacion y Marketing S.A, aberta em junho de 2009 em El Salvador com capital de 2.000 dólares. Ainda na correção da declaração de 2010, Santana informou ao fisco ser um dos donos da Polis Caribe Comunicacion y Marketing, sediada na República Dominicana, onde o marqueteiro trabalhava na campanha do presidente Danilo Medina até o mandado de prisão emitido por Sergio Moro. Em El Salvador, João Santana trabalhou na campanha que elegeu o ex-presidente Mauricio Funes, em 2009.

O marqueteiro retificou à declaração de imposto de renda de 2013 ser dono de 60% da Polis America S.A, com capital declarado de 10.000 dólares. A empresa está sediada no Panamá, país onde, em 2014, pela primeira e única vez, um candidato conduzido por Santana sofreu uma derrota no plano presidencial. João Santana também declarou ser dono de 90% do capital de 80.000 dólares da Polis Propaganda na Argentina, constituída em abril de 2003.

Assim como o marido e sócio, Mônica Moura também retificou em 2015 suas declarações dos cinco anos anteriores. À declaração de 2011, ela adicionou uma fatia de 40% na Polistepeque e participação societária na Polis Caribe; na de 2013, a mudança feita pela mulher de João Santana foi a inclusão de 38% do capital da Polis America. Mônica Moura também declarou controlar 10% da filial argentina da Polis Propaganda.

“Em relação a offshore Shellbill Finance S/A citada na decisão judicial cujos beneficiários são João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura não está declarada em sua DIRPF”, relata a Receita Federal, segundo a qual o patrimônio do marqueteiro cresceu 5.758% entre os anos de 2004 e 2014. Os dados foram levantados a partir da quebra do sigilo do publicitário.

O fisco indica que, em 2004, Santana tinha patrimônio de cerca de 1 milhão de reais, patamar que saltou para expressivos 59,12 milhões de reais em 2014, declarados como resultado de “lucros e dividendos recebidos pelas suas empresas de publicidade”. A esposa dele, por sua vez, declarou patrimônio de aproximadamente 19,5 milhões de reais em 2014, diante de pouco mais de 56.000 reais em 2004.

Para os investigadores da Lava Jato, os vultosos valores nas contas de João Santana, majoritariamente resultado do trabalho em campanhas políticas do PT, levam à conclusão de que os recursos encontrados em contas secretas do marqueteiro no exterior também têm relação com os quadros petistas e com o escândalo do petrolão.

Opinião dos leitores

  1. Se você dividir 19,5 milhões por 120 meses (10 anos), teremos 162.000/ mês. Passar de 56.000 para 162.000 de um mês para outro já seria de se estranhar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

CANDEEIRO: PGJ quer investigar possível participação de Ricardo Motta

ricardo-motta-assembleiaA Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) solicitou ao Tribunal do Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) autorização para abertura de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em relação ao fato envolvendo o deputado estadual Ricardo Motta, que foi alegado no interrogatório de Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra na Ação Penal referente à Operação Candeeiro.

Durante depoimentos, Gutson afirmou que ficava com 20% dos recursos desviados do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), que operadores ficavam com outros 20% e que os outros 60% ficavam com políticos, porém Gutson só nominou o deputado estadual Ricardo Motta, a época presidente da Assembleia Legislativa, como beneficiário.

Nesse esquema de desvios, Gutson afirmou ter ficado com R$ 4,5 milhões. A ação, deflagrada pelo Ministério Público em setembro de 2015, apura desvios de mais de R$ 19 milhões no órgão.

Gutson disse que foi nomeado para o Idema no início de 2011. Segundo ele, ainda neste ano foi procurado por Ricardo Motta. “Ele me procurou e pediu dinheiro. Disse que estava com dívidas por causa das eleições de 2010, que precisava de mais dinheiro para as eleições de 2012 e que não tinha mais como tirar da Assembleia Legislativa. Diante disso, eu fiz a ponte entre esse agente político e as pessoas do Idema que sabiam como poderíamos desviar verba”, garantiu.

Opinião dos leitores

  1. Sem entrar no merito da Candeeiro, impressiona o poder que tem um presidente da Assembleia Legislativa. Robson quando presidente da AL, elegeu o filho Fabio para deputado federal. Ricardo Mota elegeu o filho deputado federal. Alvaro Dias, depois de exercer a presidencia da AL se elegeu deputado federal, hoje voltou a ser deputado estadual. Fica a pergunta, Ezequiel vai para deputado federal? Ja se comenta que quer ser Senador.

    1. Escritor, só uma historinha para descontrair.
      Lembra-se qual foi o grande feito do deputado Álvaro Dias quando ele presidiu a famigerada AL?
      Caso você pense que foi a reforma da sede do Palácio José Augusto, acertou em cheio.
      Na época, tive acesso a um dossiê técnico, elaborado por um engenheiro adversário de Dias, no qual ficava demonstrado por que a eleição do presidente da AL a deputado federal era tida como favas contadas.
      E sabe por que, Escritor? Porque a grana já ouvia a conversa.
      Anote aí: o preço do metro quadrado da reforma física AL custou mais caro que o mesmo metro quadrado da escandalosa construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, que resultou na prisão por fraude do juiz Nicolau dos Santos Neto, o famoso Lalau.
      Só que na terra de Poti o desfecho foi o mais tranquilo possível. Como de costume, o silêncio se abateu sobre o caso e Álvaro foi 'reformado' à condição de deputado federal.
      Só não renovou o mandato federal porque não teve chances de chegar à cadeira hoje ocupada por Eduardo Cunha.

  2. Pareceu muito fácil, pegar um filho desconhecido, sem nenhum tipo de projeção política,/social, e eleger como o Deputado Federal mais votado do RN. Agora pega o mesmo, retira um " ícone" da política do Estado da cabeça de um partido e ainda tem a intenção de colocá-lo para concorrer a Prefeito de Natal. Mesmo que chovesse dinheiro no quintal desse senhor, ele não investiria tanto com a possibilidade de perder. Só se " joga fora ", dinheiro que não é ganho com o próprio suor. Vamos ver se realmente investigarão o mesmo!!!

  3. Temos que extinguir imunidade parlamentar , pois estao utilizando para blidagem de verdadeiros parlamentares
    Deliquentes !

  4. Parece que ele tinha ligação no Idema… O cunhado do deputado, salvo engano, era Diretor geral do órgão, confere BG?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Nas redes, filho de Lula investigado na Zelotes ataca de Moro a Cunha

luiz claudio lula da silvaInvestigado pela Operação Zelotes por ter recebido R$ 2,4 milhões de um lobista acusado de participar de um esquema de compra de medidas provisórias, Luís Claudio Lula da Silva faz das redes sociais sua trincheira.

A participação do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Facebook é praticamente diária e, frequentemente, crítica. Entre seus alvos: o juiz federal Sergio Moro; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); o delegado da Polícia Federal responsável pela Zelotes, Marlon Cajado; além de adversários políticos do seu pai e a mídia.

Até o início da semana passada, um dos posts trazia uma montagem de Sergio Moro segurando um cartaz: “Contrata-se delatores, com ou sem experiência. Objetivo: acabar com o PT”.

Opinião dos leitores

  1. A papuda te espera não precisa se desesperar não, pois lá por enquanto não tem Elefante para você limpar as partes intimas delles.

  2. Tem filho de um senador do estado, dono exclusivo da distribuição de querosene de aviação do RN (alguém sabe como eu consigo isso para mim tb?), com fortuna declarada de 15 milhões de reais que nao vem ao caso para mídia saber como ele conseguiu tudo isso.
    E haja hipocrisia…..

  3. Esse ganhou dinheiro as nossas custas. Nao tem nenhum preparo minimo para ganhar o que ganhou ….

    1. Esse investigado que nada fez de positivo pelo Brasil a não ser se dar bem com seu "trabalho" tem que lavar a boca com sabão toda vez que falar ou citar o nome do Juiz Sérgio Moro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

[VÍDEO] LAVA JATO: A luxuria da república do Acarajé

iateNas buscas e apreensões da Operação Acarajé – 23ª fase da Lava Jato -, a Polícia Federal apreendeu uma lancha, uma coleção de carros antigos, dinheiro em espécie e obras de arte. O material, prova do luxo em que viviam os suspeitos, é suposto produtor de lavagem de dinheiro, do esquema de corrupção na Petrobrás que chegou ontem ao marqueteiro do PT João Santana.

A maior parte dos itens da vida de luxuria que tinham os alvos pertence ao operador de propinas Zwi Skornicki, que mora no Rio de Janeiro. Ele foi preso nesta segunda-feira, 22, alvo de cautelar preventiva decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que determinou o recolhimento dos bens.

O delegado da Lava Jato Igor Romário de Paula enfatizou, em entrevista coletiva, na manhã de hoje os itens apreendidos pela “Acarajé”. “A compra de bens como obras de artes e carros são clássicos mecanismos de lavagem de dinheiro.

Opinião dos leitores

  1. Verdade Francisco, estão tão preocupados em defender bandidos que "ESCORREGÃO" até no português.

  2. KKKKKKkkkk Estão tão empolgados em difamar e acusar as pessoas que escorregão até no Português. Pergunta, será que tudo que este cidadão tem é fruto da corrupção? Será que el nunca trabalhou? CUIDADO, não se aprece em levar flores ao túmulo do inimigo.

  3. BG
    Enquanto isto Crianças e Idosos morrendo nos hospitais sem atendimento Médico. Que BANDIDOS DESCARADOS.

    1. Acho que o B.G se refere a LUXÚRIA, no sentido do luxo dos bens, da riqueza em si, no qual o pecado capital mais apropriado seria a AVAREZA. Acredito eu.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Ministra do STJ revoga prisão de 11 suspeitos de fraudes no Ministério da Pesca

A ministra Laurita Vaz, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou hoje (18) a prisão preventiva de 11 pessoas detidas durante a Operação Enredados da Polícia Federal. A operação investiga a concessão ilegal de permissões no extinto Ministério da Pesca. No despacho, a ministra Laurita Vaz restabeleceu decisão de juiz de primeira instância que havia determinado a substituição da prisão dos suspeitos por medidas cautelares.

Os 11 beneficiados pela decisão da ministra são suspeitos de crimes ambientais e contra a administração pública. Entre eles estão Clemerson José Pinheiro, ex-secretário executivo do Ministério da Pesca, e Junior Audi Batista, ex-secretário executivo do Conselho Nacional da Pesca e Aquicultura (Conepe).

Na decisão inicial, atendendo pedido da defesa dos suspeitos, o juiz de primeira instância substituiu a prisão por medidas cautelares diversas. O Ministério Público interpôs recurso e impetrou mandado de segurança com pedido de liminar para suspender a decisão do juiz e renovar as prisões dos suspeitos.

O pedido do Ministério Público foi deferido pelo desembargador federal do Tribunal Regional da 4ª Região. Com o recurso da defesa ao STJ, incluindo pedido de liminar em habeas corpus, a vice-presidente da Corte deferiu o pedido de liminar restabelecendo a decisão do juiz de primeiro grau.

A Operação Enredados da Polícia Federal foi deflagrada em outubro passado e desarticulou uma organização que atuava na concessão de permissões ilegais para pesca industrial.

Em 15 de outubro, os policiais federais cumpriram 61 mandados de busca e apreensão, 19 mandados de prisão preventiva e 26 de condução coercitiva no Distrito Federal e em mais seis estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Pará.

Fonte: Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. É por isso, essas e outras que as polícias vem perdendo o poder e a bandidagem está assumindo, só que tá começando a mexer com riquinhos!!! A coisa tem que mudar, é hora de se ligar!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

PODE PEDIR MÚSICA DE NOVO? Duque é denunciado pela sexta vez na Lava Jato

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato pediu o indiciamento do ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque por evasão de divisas e manutenção de valores não declarados em contas no Principado de Mônaco entre os anos de 2009 e 2014.

Protocolado na Justiça Federal na sexta-feira (15), o pedido de indiciamento foi divulgado hoje (18) pelo Ministério Público Federal (MPF). Esta é a sexta vez que Duque é denunciado por envolvimento em um esquema que desviou recursos da Petrobras.

A denúncia será analisada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, a quem caberá decidir se o pedido será acatado.

Na peça, os procuradores também pedem o ressarcimento do montante de R$ 80 milhões à Petrobras. A quantia corresponde ao valor total dos recursos do réu bloqueados no exterior e, segundo a denúncia, são fruto de valores ilícitos “lavados” por Duque.

De acordo com os procuradores, Duque remeteu para o exterior US$ 3,8 milhões, entre maio e setembro de 2014, após o início da Operação Lava Jato,

O Ministério Público também diz que Duque ocultou a existência de contas em Mônaco para as quais transferiu recursos. Aos investigadores, o ex-diretor da Petrobras informou que não tem conta no exterior.

Com base em informações das autoridades de Mônaco, o MPF descobriu que Duque é o beneficiário econômico de duas offshores mantidas ocultas das autoridades brasileiras e que foram usadas para movimentar o dinheiro obtido no esquema criminoso investigado na Lava Jato. Offshores são empresas criadas fora do país de origem de seus dirigentes e com regime legal diferente.

Somente em uma das offshores, diz o MPF, Duque movimentou o total de €10.294.460,10. Em outra, ele ocultou a origem e propriedade de €10.274.194,02, “por intermédio da transferência e manutenção de depósitos ocultos das autoridades brasileiras no Banco Julius Bär, de modo consciente, voluntário e reiterado”, diz a denúncia.

O ex-diretor da Petrobras também é acusado dos crimes de corrupção, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro, tendo sido condenado em setembro do ano passado a mais de 20 anos de reclusão.

Opinião dos leitores

    1. Eu tenho a impressão que se chamarem Aécio para depor, todos os pecados do PT já estarão justificados . Não é possível que esse povo queira justificar toda essa bandalheira, dizendo que A ou B também agiram errados no passado, até quando vamos ouvir isso?… Roubam hoje, mas roubavam no passado. Poxa gente, o que estamos discutindo é o que ocorre no momento nesse país, a maior quadrilha da história, que só se defende falando do passado, culpando a imprensa e chamando que não apoia essa bandalheira de reacionário, chega é muita cara de pau!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

LAVA JATO: Baiano e Bumlai fazem acareação para esclarecer suposto repasse para nora de Lula

A Polícia Federal vai organizar na quinta-feira (14) uma acareação entre o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e o pecuarista José Carlos Bumlai. O objetivo é esclarecer um suposto repasse do lobista ao empresário, no valor de R$ 2 milhões. Segundo Baiano, o dinheiro seria para o pagamento de dívidas da nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Baiano fez a afirmação no acordo de delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal (MPF). Em troca dessa e de várias outras informações, ele pode deixar a cadeia, para cumprir prisão em regime domiciliar, no Rio de Janeiro, após um ano de cadeia. Ele foi detido na sétima fase da Operação Lava Jato e é apontado pelos procuradores como operador de propina do esquema de desvios da Petrobras para políticos ligados ao PMDB.

Bumlai também foi detido na Lava Jato, na 21ª fase da operação. Ele é acusado de ter ajudado uma empresa do Grupo Schain a fechar um negócio bilionário com a Petrobras, para o aluguel de navios-sonda. Em troca, o grupo emprestou R$ 12 milhões ao empresário, que nunca foram pagos, segundo o MPF. O valor da propina teria sido repassado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Bumlai reconheceu em depoimento a fraude em favor da Schain, mas negou que o ex-presidente tivesse conhecimento do caso. Antes da prisão, o pecuarista também negou, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” que tenha feito pedido de dinheiro a Baiano para entregar nora do ex-presidente.

Na delação, Baiano diz que os R$ 2 milhões eram referentes a uma comissão a que Bumlai teria direito por incluir Lula em uma negociação para um contrato. Fernando Baiano era representante da empresa OSX, que tinha interesse em entrar na licitação para a construção de navios sonda para explorar o pré-sal.

A Polícia Federal pretende esclarecer as circunstâncias do suposto repasse. Caso se comprove que Baiano possa ter mentido, o lobista fica sujeito a perder os benefícios do acordo de delação. Se os policiais entenderem que a denúncia tem fundamento, pode indiciar Bumlai por esse caso. Nesse caso, o MPF pode decidir posteriormente por apresentar uma denúncia contra o pecuarista pelos eventuais crimes.

Fonte: G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Corte de verba da PF pode afetar Lava-Jato, diz associação

SP - OPERA«√O LAVA JATO - GERAL - MovimentaÁ„o na SuperintendÍncia da PolÌcia Federal no bairro da Lapa, Zona Oeste de S„o Paulo, SP, nesta sexta-feira (14). A PolÌcia Federal (PF) deflagra a sÈtima fase da OperaÁ„o Lava Jato, cumprindo mandados de pris„o e busca e apreens„o no Paran·, em S„o Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no Distrito Federal. 14/11/2014 - Foto: MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTAD√O CONTE⁄DO
Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo

Depois de sofrer um corte de R$ 133 milhões no orçamento de 2016, entre a proposta enviada pelo governo e o que saiu do Congresso Nacional, a Polícia Federal passou a pressionar o Ministério da Justiça, órgão ao qual é ligado, por mais recursos. Segundo a Associação dos Delegados da PF (ADPF), a restrição de verbas poderá afetar até as operações hoje priorizadas, como a Lava-Jato e a Zelotes, devido à dificuldade de pagar diárias e passagens aos policiais.

Outras ações prejudicadas pela falta de recursos, de acordo com o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Miguel Sobral, estão relacionadas à vigilância das fronteiras e ao uso dos veículos aéreos não tripulados (Vants). Recém-empossado como dirigente da entidade, ele diz que deu publicidade à carta enviada por 36 delegados ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o descontentamento da categoria com os cortes para “fazer um alerta”.

A atitude foi repudiada pelo Ministério da Justiça, que, em ofício de resposta à ADPF também tornado público, ressaltou “o quanto é equivocado e perigoso abrir mão do diálogo para lançar mão de caminhos obscuros”. A pasta negou que o corte no orçamento atrapalhará os projetos estratégicos da PF e afirmou que o alvo da redução de verbas foi “gastos com passaporte e com a gestão administrativa do órgão”. Apesar das dificuldades econômicas, ainda segundo o documento do governo, o orçamento da PF este ano — R$ 5,5 bilhões — ficará acima do executado em 2015.

Sobral, presidente da ADPF, contesta as informações do Ministério da Justiça de que não haverá prejuízos nas ações de combate ao crime organizado:

— Como a maior parte do orçamento da PF é usado para pagar salários e pensões especiais, ficando livre dos cortes por esse motivo, as reduções na fatia que sobra vão impactar as operações, sim. Poderão alcançar as investigações que vínhamos priorizando, como a Lava-Jato, no contexto de dificuldades enfrentadas nos últimos anos — afirmou Sobral.

Segundo o Ministério da Justiça, uma “equipe técnica já está trabalhando com a equipe do Ministério do Planejamento para recompor os valores suprimidos” do orçamento da PF durante a tramitação da proposta no Congresso Nacional. O Planejamento, entretanto, desmentiu a informação. Em nota, a pasta afirmou que “não cabe qualquer pedido de ajuste ou recomposição” enquanto o orçamento de 2016 não for sancionado pela presidente Dilma Rousseff. “Assim, somente após a sanção presidencial, poderá ser avaliada, conjuntamente pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Justiça (se houver pedido por parte deste), a eventual recomposição de créditos”, encerra a nota.

Os cortes reacenderam uma reivindicação antiga da PF, de ter autonomia orçamentária e financeira, como prevê a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009. Sobral destaca que a corporação se sente cada vez mais engajada em defender a PEC diante da diminuição de recursos desde 2010, se analisado o aumento da demanda de serviços da PF e a inflação acumulada no período.

— Se há diminuição de recursos e o ministério ao qual somos vinculados não se opõe, defendemos a desvinculação, a autonomia para defendermos nossa instituição — diz o presidente da ADPF.

A entidade encomendou um estudo a uma fundação ligada à Universidade de São Paulo (USP) para identificar os gargalos da corporação, numa amostra de que os embates com o governo e as cobranças devem se intensificar. No ofício enviado à ADPF, o Ministério da Justiça destacou que, de 2011 a 2015, o valor total empenhado para gastos com a Polícia Federal cresceu mais de 25%. Sem considerar o gasto com pessoal, o aumento, chegou a 32%. Mais de 1.600 policiais ingressaram na instituição desde 2011, informou a pasta.

Fonte: O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Réus da Zelotes passam Natal na cadeia

Está n’O Antagonista: A juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, plantonista da 10ª Vara, negou habeas corpus a Alexandre Paes dos Santos, José Ricardo da Silva, Mauro Marcondes Machado, Francisco Florêncio da Silva e Halysson Carvalho.

Os cinco são investigados pela Operação Zelotes por venda de medidas provisórias que beneficiaram a indústria automotiva.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

CPRE registra redução de 60% em acidentes com vítimas fatais nas rodovias do Seridó

Ações preventivas do CPRE reduzem acidentes nas rodovias estaduais (4)O comandante do 3º Distrito do Comando de Polícia Rodoviária Estadual, (3ºDPRE), Major Silva Neto, apresentou no último sábado (19) o relatório final das ações desenvolvidas pelo distrito no ano de 2015. De acordo com os números apresentados houve uma redução de cerca de 60% nas ocorrências com vítimas fatais em acidentes registrados nas rodovias estaduais da região do Seridó.

“Os números são muito positivos e como não poderia ser diferente estou muito contente com o trabalho realizado por todo o efetivo”, disse o Major Silva Neto.

No ano de 2014 os policiais do 3º DPRE atenderam 829 acidentes, dos quais 400 tiveram vítimas, sendo 27 fatais. Já em 2015 foram registrados até aqui 596 acidentes, com 298 vítimas, 16 delas fatais, ou seja, uma redução significativa do número de acidentes, quanto do número de mortes.

“Isso mostra que as diversas operações realizadas pelo distrito no ano de 2015 surtiram efeito em toda a região. Para se ter uma ideia houve também um aumento nas autuações confeccionadas pelas guarnições do CPRE”, disse o oficial.

O relatório do 3º DPRE aponta que no ano passado, 3.623 motoristas foram autuados por infrações diversas, já esse ano o número já chega a 4.122, demonstrando um aumento na fiscalização.

Outro fator apontado pelo 3º DPRE para se alcançar esse resultado, foi a criação na área do 3º distrito do Grupo Tático Operacional Rodoviário (GTOR), com policiais qualificados e treinados para agir em diversas situações de risco nas estradas, e que vem apresentando um trabalho de destaque na fiscalização das nossas rodovias, inibindo a prática de crimes como a embriagues, uma das principais causas de acidentes graves no nosso país.

Para o major Silva Neto, que já está há 4 anos comandando a Polícia Rodoviária Estadual no Seridó, isso só eleva a estima de todos e mostra que o caminho percorrido está sendo certo, por isso ele parabeniza os seus policiais e conclama todos ao desafio de continuar zelando pela ordem e segurança das estradas seridoenses.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

DESMOB: Denúncia de “supersalários” foi ponto inicial da operação

DSC01717A denúncia da existência de “supersalários” no âmbito da Secretaria de Mobilidade Urbana de Mossoró (Semob) foi o ponto inicial para as investigações da Operação DESMOB, desencadeada nesta quarta-feira (16) e que resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão além de 14 conduções coercitivas.

Um dos promotores à frente dos trabalhos, Fábio de Weimar Thé disse que foram recebidos informes oficiais relatando esta prática dentro da pasta municipal. Em entrevista coletiva realizada na sede das Promotorias de Justiça, em Mossoró, ele ressaltou que a investigação está sob sigilo daí o fato de não se detalhar os trabalhos realizados.

Segundo o membro do MPRN, o cumprimento dos mandados, que aconteceram na sede da Semob; na casa do secretário Chalerjandro Rustayne Marcelino Pontes e na residência do vereador Soldado Jadson, e as conduções coercitivas representam uma fase da investigação.

O promotor informou que será realizada uma análise técnica dos pagamentos feitos na Secretaria. Com relação ao afastamento do secretário da Semob, ele explicou que “foi decisão técnica”. Documentos em papel e eletrônicos foram apreendidos durante a operação.

Além disso, também foram recolhidos para análise os telefones celulares de servidores e principais envolvidos na operação. Fábio Thé elogiou a atuação conjunta da Polícia Civil com o MPRN durante os trabalhos realizados em Mossoró.

Participaram da entrevista coletiva os promotores Carlos Henrique Harper Cox; Fábio Souza Carvalho Melo; Tatianne Sabrine de Lima Barbosa, todos da promotoria de Mossoró, e a promotora Patricia Antunes, que é coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), além de representantes da Polícia Civil.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Operação conjunta resulta na prisão de traficante na praia de Pipa

Uma operação conjunta entre as Policias Militar e Civil de Pipa/Tibau do Sul realizada no fim da tarde desta segunda-feira (7) resultou na prisão, em Pipa, de um homem identificado como Bruno Custódio da Silva, conhecido como “Bruno Mineiro”.

Em seu poder foi apreendida uma pistola calibre 9mm, municiada, de origem Israelense, da marca Gerichó, um colete balístico, 542 comprimidos de ecstasy, 13 papelotes de cocaína, um tablete de maconha, balança de precisão e dinheiro.

Também havia um mandado de prisão em aberto contra o suspeito. O infrator segue preso à disposição da Justiça na Delegacia de Polícia Civil de Pipa.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Em votação aberta, Senado dá aval à prisão de Delcídio decretada pelo STF

O Senado decidiu nesta quarta-feira (25), em votação aberta no plenário, manter a ordem de prisão expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo na Casa. Com isso, o parlamentar petista continuará preso por tempo indeterminado. A manutenção da prisão foi decidida por 59 votos favoráveis, 13 contra e 1 abstenção.

Delcídio foi detido nesta quarta, pela Polícia Federal (PF), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Em uma gravação, ele oferece R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Pela Constituição, prisões de parlamentares que estejam no exercício do mandato têm de ser submetidas à análise da casa legislativa a qual ele atua.

Com a decisão do Senado de manter a prisão, Delcídio Amaral ficará na carceragem da Polícia Federal em Brasília por tempo indeterminado. Ele só poderá ser solto quando o STF entender que ele não mais colocaria em risco para a investigação e não possa cometer crimes fora da prisão. Com a manutenção da prisão, a Procuradoria Geral da República terá 15 dias para apresentar ao STF uma denúncia, com acusações formais contra o senador.

A votação ocorreu de forma aberta, com a divulgação do voto de cada parlamentar, conforme decidiu a maioria dos senadores instantes antes.

Mais cedo, por 52 votos a 20, com uma abstenção, o plenário do Senado decidiu pela votação aberta. Momentos antes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia defendido que a sessão fosse secreta, mas decidiu submeter a palavra final ao plenário.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), também havia decidido enquanto os senadores discutiam no plenário, que o Senado realizasse uma votação aberta ao decidir pela manutenção ou revogação da prisão do líder do governo na Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS). O pedido para realização de votação aberta foi enviada ao Supremo Tribunal Federal por vários senadores de oposição.

Os autos do processo relativo a Delcídio Amaral chegaram ao Senado na tarde desta quarta. O líder do governo foi preso, em Brasília, pela Polícia Federal por decisão do ministro do STF Teori Zavascki sob acusação de tentar prejudicar as investigações do esquema de corrupção na Petrobras. Na manhã desta quarta, Zavascki submeteu a determinação aos ministros da Segunda Turma da Corte, que decidiram por unanimidade ratificar a decisão.

Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira. As prisões são preventivas, ou seja, não há data para serem r No pedido para que o líder do governo fosse preso, a Procuradoria-Geral da República afirmou que o petista ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró para que o ex-dirigente não o citasse em seu acordo de delação premiada.

Além disso, os procuradores da República alegam que Delcídio havia planejado uma rota de fuga para Cerveró, que passava pelo Paraguai e ia até a Espanha. Segundo a Procuradoria, Delcídio também prometeu a Cerveró influir em julgamentos no STF para ajudá-lo. O senador disse que falaria com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para influenciar a Corte.

A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação. Conforme a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, Delcídio é o primeiro senador em exercício preso desde a Constituição de 1988.

Fonte: G1

Opinião dos leitores

  1. Esses comissionados do pt ficam querendo justificar o injustificável ou querendo justificar o erro dos bandidos do seu partido falando de outros políticos. Só uma informação: essa tese já foi derrubada faz tempo e vcs servem como os palhaços do blog. kkkkkkkkkkkkkkk.

  2. Oh petistas, leiam:
    ;O BTG Pactual de André Esteves, pagou as passagens para Nova York do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e da ex-modelo Letícia Weber, logo após o casamento dos dois, em outubro de 2013, de acordo com notícias resgatadas pelo site Brasil 247 na época.
    Além do transporte, Esteves providenciou para os dois uma suíte no luxuoso hotel Waldorf Astoria.
    O BTG Pactual disse na época que as despesas custeavam uma palestra de Aécio num evento voltado para investidores estrangeiros e não eram pagamento da viagem de lua de mel do casal.
    Aécio não cobrou pela palestra e não procede que Esteves seja padrinho de Casamento do Tucano.

    E ai entenderam? Não? O site 247, pago com nossos impostoas que divulgou(?) essa noticia(?).. Ah, tá..
    CADEIA NELES! PT, PARTIDO DE OPORTUNISTAS, CORRUPTOS ASSUMIDOS, INUTEIS..

  3. Fátima viajou para o Nepal, eu acho, por isso não votou – ausente, mas se estivesse aqui ia votar a favor da corja dela.

  4. A Senadora Fátima Bezerra se encontra em viagem oficial no Nepal…..portanto fora do Brasil…..mas não tenha dúvidas votaria com o Partido q fechou contra a prisão do Delcídio apenas dois votaram a favor….

  5. A senadora se estivesse presente certamente seria não, votei em Aécio por falta de opção, hoje não votaria nele, que pena que FHC não tenha interesse mais em se candidatar, representaria muito melhor este País, estudou é culto, bebe civilizadamente, sempre em ótimas companhia, e com sobras de reserva moral.

  6. Jorge ficou com raiva em saber q o banqueiro é amigo íntimo de Aecim e pagou até a lua de mel do senador mas isso nao interessa a mídia divulgar.

  7. Como a gravação citava Tóffoli, Fachin, Teori e Gilmar, vocês acham que o STF ia soltar Delcídio??? Seria a confirmação de que haveria influência política na corte.

  8. Ele também falou que iria falar diretamente com Gilmar Mendes, Toffile e o Fancin! A reportagem também deveria destacar que o dono do banco BTG é amigo intimo de Aecio Neves e pagou sua lua de mel em NY além de ter distribuído dinheiro pra campanha de todos os grandes partidos! Ou seja, ta todo mundo sujo nessa Casa do C….!

    1. Pare de falar merda seu ptzinho,está com medo de perder seu cargo comissionado ???

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Policiamento é intensificado em Mossoró e mais de 130 pessoas são abordadas

Operação em Mossoró (2)Policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM) com o apoio da Guarda Civil e dos Agentes de Trânsito do município de Mossoró realizaram na tarde desta quarta-feira (11) mais uma intensa operação de saturação nos bairros Abolições 3,4 e 5, Integração, Resistência e Santa Delmira.

Na operação, foram abordadas 134 pessoas e 62 veículos, entre carros e motos. Não houve registro de prisão e apreensão. A ação contou com o comando do Tenente Muniz e fiscalização do sargento Roberto.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Juíza que autorizou busca na casa do filho de Lula deixa a Operação Zelotes

Uma semana após autorizar a deflagração de uma nova fase da Operação Zelotes, que incluiu prisões e busca e apreensão na firma de um filho do ex-presidente Lula, a juíza federal substituta da 10ª Vara Federal do DF, Célia Regina Ody Bernardes, não responde mais pelos processos e inquéritos relativos à investigação. A juíza deixou o caso porque o juiz titular da vara, Vallisney de Souza Oliveira, regressou nesta quarta-feira (4) do órgão em que atuava desde novembro de 2014, o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Durante um ano, Oliveira exerceu a função de juiz instrutor do ministro Napoleão Maia. Segundo o juiz, sua atividade no STJ tinha um prazo inicial previsto de seis meses e foi renovada por uma vez, até o início deste mês. Ele reconheceu que, pelas regras em vigor, poderia continuar no STJ até novembro de 2016, com mais duas renovações de seis meses, mas decidiu regressar à vara federal porque considerou que seu trabalho no tribunal “já estava feito”. “Foi pura coincidência, pura coincidência”, disse o juiz Vallisney Oliveira à reportagem nesta quarta-feira. Ele disse que a juíza Célia Regina fez “um bom trabalho” e que ela “deu esse impulso todo” à investigação.

“Eu sou o juiz natural do processo, esse inquérito sempre foi meu, atuei nele dez meses, dei um monte de quebras [de sigilo] e outras medidas. Esse inquérito já está há algum tempo aqui [na vara]. Agora ele vai ter que ir mais rápido por causa das prisões, tem réus presos. E vamos conduzir com tranquilidade o inquérito”, disse Oliveira. O juiz disse que tem “obrigação” de tocar o caso Zelotes. “Como ele fez parte do meu acervo, eu não posso [deixar de julgar]. Eu tenho o deve de aturar nele, dever de juiz”, disse o magistrado.

Oliveira é juiz federal há 20 anos. Começou atuando na Justiça Federal de Manaus (AM) e está há cinco anos no Distrito Federal. Em 2012, acolheu uma manifestação do Ministério Público e determinou o arquivamento de inquérito sobre a ex-ministra Erenice Guerra. No STJ, atuou em inquéritos sobre governadores, conselheiros de tribunais de contas e desembargadores. Investigadores da Zelotes temem um retrocesso na apuração, pois a juíza Célia Regina havia empreendido novo ritmo ao caso e autorizado medidas solicitadas pelo Ministério Público Federal sobre as quais o juiz que a antecedeu no caso, Ricardo Augusto Soares Leite, não havia concordado.

Fonte: Folhapress

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

OPERAÇÃO JUDAS: Justiça ouvirá desembargador Osvaldo Cruz amanhã

Foto: Emanuel Amaral / Tribuna do Norte
Foto: Emanuel Amaral / Tribuna do Norte

Está marcado para esta quinta-feira (29), na 8ª Vara Criminal, o depoimento do desembargador aposentado Osvaldo Cruz, acusado de ser um dos beneficiários do esquema que desviou cerca de R$ 14,195 milhões da Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), descoberto durante a Operação Judas.

Ex-presidente do Tribunal de Justiça, Osvaldo Cruz prestará o depoimento na Vara Criminal (dentro do Fórum Miguel Seabra Fagundes) porque perdeu o direito ao foro privilegiado por prerrogativa de função ao se aposentar compulsoriamente. Vale lembrar que o depoimento do outro ex-presidente, Rafael Godeiro, também aposentado compulsoriamente, está marcado para o dia 12 de novembro.

A aposentadoria compulsória de ambos foi por condenação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que entendeu que os dois não tomaram as medidas necessárias para combater o esquema de fraude nos precatórios enquanto ocuparam o cargo de presidente. Diante da condenação, o STJ entendeu que os dois desembargadores devem responder na Justiça comum.

Opinião dos leitores

  1. Coitada? lugar de ladrão é na cadeia.

    Mulher esnobe, não baixou a crista nem quando estava dando entrevista no fantástico " De precatório entendo eu"

  2. Coitada da servidora Carla, perdeu o emprego e os trocos que esnobava, enquanto os "hosnestos de toga" ganharam foi a aposentadoria e agora gastam a fortuna que acumularam.
    Esse é o Brasil, do auxílio-moradia e das regalias pra quem banca ser supremo!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *