Educação

MEC prorroga por mais 30 dias autorização para instituições de ensino superior substituam aulas presenciais por meios digitais

(Foto: Reprodução/Diário Oficial da União)

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou por mais 30 dias a autorização para que instituições de educação superior de todo o país substituam suas disciplinas presenciais em andamento por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação, devido à situação causada pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) .

A autorização foi publicada nesta quinta-feira (16/04) por meio da Portaria MEC nº 395, de 15 de abril de 2020, que altera a Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020. A medida atende a pedido feito pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior, em ofício enviado ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, no último dia 07 de abril.

Opinião dos leitores

  1. Mas a aula online em ensino superior, tem q ser horário integral? Ou só meia hora como meu curso está fazendo?

  2. Minha filha , está no ensino fundamental em escola privada, e a mesma não baixou a mensalidade, nem se quer cogitou essa hipótese! O mesmo, com o transporte escolar, ao qual assinamos contrato e o transportador alega, que necessita desta renda para sobreviver! As faculdades Ead's seguem tocando disciplinas e disciplinas, cobrando mensalidades integrais, mas sem previsão de avaliação, porque não há como fazer prova em casa! Enfim, ta tudo um CAOS!!! ??

  3. Sim as aulas online, precisam ter descontos. Mas não é o que está acontecendo. Querem parcelar, mais eles tem q ter consciência q estão errados.

  4. Essa autorização do MEC para aulas Online é apenas para nível superior?
    O que o MEC diz sobre as demais instituições de ensino, como as que ministram aulas de ensino fundamental 1° fase, e ensino fundamental 2° fase e ensino médio? Já tentei ver isso é não encontro uma resposta, as instituições estão ministrando online mas é catastrófico o que está acontecendo com a educação.

  5. Ficar sem as aulas presenciais, é uma coisa,mas pagar o valor pelo ensino a distância como presenciais e extorquir pais de alunos, que não tem emprego e nenhuma forma de subsídio para ajudar os pais ou responsável a pagarem as mensalidades sem nenhum abatimento nas mesmas.

  6. O mec deveria também impor as faculdades desconto nas mensalidades, já que a qualidade de ensino não é o mesmo.

  7. As escolas privadas foram Obrigadas a baixarem os valores das mensalidades, as universidades também irão baixar? Acredito que de forma analóga, todas que estão usando essa ferramenta, deveriam reduzir as mensalidades.

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Economia

Em um mês, Estados Unidos perdem os 21,5 milhões de empregos criados no período de expansão econômica iniciado em 2009

Mulher busca informações sobre o pedido de seguro-desemprego no Escritório de Desenvolvimento da Força de Trabalho de Nova Orleans Foto: Carlos Barria / Reuters

A principal economia do mundo perdeu 22 milhões de empregos desde meados de março, em meio às medidas tomadas para frear a propagação da pandemia do novo coronavírus, que forçaram o fechamento de empresas, lojas e restaurantes. O número, divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, é superior aos 21,5 milhões de empregos criados no período de expansão econômica iniciado em 2009.

Na semana passada, segundo o órgão, mais 5,245 milhões de americanos deram entrada no pedido de seguro-desemprego, número abaixo dos 6,615 milhões (dado levemente revisado) da semana anterior, resultado que representou o segundo maior número de pedidos ao seguro-desemprego na História americana desde quando o Departamento do Trabalho começou a compilar estes dados, em 1967.

O recorde ficou com o número de três semanas atrás, quando 6,9 milhões de pessoas fizeram o pedido, de acordo com os dados revisados.

De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, esperava-se que os pedidos iniciais caíssem para 5,105 milhões na semana encerrada em 11 de abril. As estimativas da pesquisa chegaram a até 8 milhões.

Embora os pedidos apresentados tenham sido quase 1,4 milhão a menos que na semana anterior, as notícias ainda são sombrias. Na mesma semana do ano anterior, apenas 203 mil americanos preencheram o pedido de seguro-desemprego pela primeira vez, de acordo com o Departamento do Trabalho.

Economistas dizem que isso pode indicar que as demissões atingiram o pico, mas a taxa de desemprego nos Estados Unidos pode atingir dois dígitos em abril.

– Após um aumento sem precedentes, as reivindicações iniciais de seguro-desemprego parecem ter atingido um platô estonteante – disse Gregory Daco, da Oxford Economic, em uma análise.

Mas, segundo ele, os números “permanecerão extraordinariamente altos nas próximas semanas, à medida que a economia se afundar mais em uma recessão” e o mercado de trabalho entrar em um “período traumático”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Um camarada que trabalha como entregador me falou que um rapaz que conhece outro cara lá do Ceará, soube lá na barra que foi feito em laboratório esse tal de covid-19. Os chineses vender num sei quantos bilhões de mascaras e respiradores, luvas e vão ganhar uns trilhões dólares e depois vão ganhar mais dinheiro com a vacina.

  2. Esse vírus chinês está funcionando bem mais que uma bomba atômica, e nem atingiu o ápice, e ainda tem rescaldo. Catástrofico!

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Saúde

Bolsonaro sanciona lei que autoriza telemedicina durante pandemia do coronavírus

Paciente passa por consulta oftalmológica em Porto Alegre em programa de medicina a distância Foto: Marcos Nagelstein / Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que autoriza o uso da telemedicina enquanto durar a crise do novo coronavírus (Sars-Cov-2). O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (16) e já está em vigor.

A lei estabelece que por telemedicina deve ser considerado “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”.

Segundo a lei, que já está em vigor, os médicos que optarem pelas consultas à distância devem informar os pacientes sobre todas as limitações da prática.

A lei também estabelece que a prestação desse tipo de serviço deve seguir os padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, “inclusive em relação à contraprestação financeira, [….] não cabendo ao poder público custear ou pagar por tais atividades quando não for exclusivamente serviço prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Dois trechos vetados

O presidente vetou do texto original, que havia sido aprovado pelo Congresso, o trecho que previa que, após o período da pandemia, o Conselho Federal de Medicina regulamentaria a telemedicina. A justificativa é que a atividade deve ser regulada por meio de lei, ou seja, por proposta que passe por aprovação do Congresso Nacional.

Também foi vetado artigo que determinava que seriam seriam válidas as receitas médicas apresentadas em suporte digital.

O motivo apresentado pela Presidência da República para o segundo veto é o fato de que, para a Presidência, ela “ofende o interesse público e gera risco sanitário à população, por equiparar a validade e autenticidade de um mero documento digitalizado, e de fácil adulteração, ao documento eletrônico com assinatura digital com certificados ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira)”.

“Poderia gerar o colapso no sistema atual de controle de venda de medicamentos controlados, abrindo espaço para uma disparada no consumo de opioides e outras drogas do gênero”, diz a justificativa do veto.

G1

Opinião dos leitores

  1. Acho que o lado politiqueiro do DAVID falou mais alto… Dizer que o Mandetta não ta trabalhando! A prova disso é só olhar pros chiliques do presidente. ahahahah

  2. Quando é para elogiar , devemos elogiar . Parabéns ao ainda ministro Mandetta pelo projeto . E parabéns ao presidente por ter avalizado .

    1. Mandetta não acessa nem o computador, nem a cadeira do ministério faz tempo. Rsrsrs

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Diversos

Prefeitura de Tibau do Sul intensifica fiscalização para reduzir propagação da Pandemia Coronavírus

Foto: Divulgação

O Governo Municipal de Tibau do Sul, por meio do Gabinete de Crise, está trabalhando para reduzir efeitos da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) no município. Nesse contexto, foram realizadas ações para o enfrentamento da emergência seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. A atuação começou em 11 de março, mas teve um foco principal de atuação entre 8 e 12 de abril considerando o feriadão da Semana Santa. Como resultado, cerca de 60 averiguações e 6 autuações com estabelecimentos abertos e anúncios em aplicativos mas sem hóspedes. Nesses casos foram aplicadas multas individualizadas.

A Prefeitura de Tibau do Sul planejou ações para execução na Unidade Mista de Saúde, nas Unidades Básicas de Saúde, na rodovia RN 003, vias municipais, praias, balsas e estabelecimentos localizados em todo o município. Além disso, foi implantada uma Barreira educativa e sanitária na entrada do município, que contou com escalas de diversos profissionais envolvidos (fiscais de trânsito, profissionais da saúde, e auxiliares administrativos etc), e operações de fiscalização nas ruas do município de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade Urbana – SEMURBMO, com o planejamento estratégico das operações feito a partir do recebimento das denúncias por e-mail e WhatsApp, que instantaneamente eram repassadas à equipe de fiscalização (fiscais ambientais e de obras pertencentes ao quadro municipal).

Como resultado dessas fiscalizações, somente entre os dias 8 e 12 de abril, a operação de Fiscalização de Combate ao Coronavírus realizou cerca de 60 averiguações; 6 autuações com estabelecimentos abertos e anúncios em aplicativos mas sem hóspedes. Aplicando multas individualizadas; 02 estabelecimentos fiscalizados, um autuado, por estarem abertos após às 20hs; e cerca de quase 100 anúncios no Booking, registrados para a semana santa, quando da publicação do Ofício Circular do Comitê Gestor em 07/04, hoje, 11/04, restam apenas 11 anúncios, sobre os quais serão tomadas as medidas fiscalizatórias cabíveis ainda hoje.

Confira as principais ações:

Resultados das Operações de Fiscalização pela SEMURBMO

DENÚNCIAS REFERENTES A LOCAIS DE HOSPEDAGEM (CELULAR E OUTROS) – 50

APURADAS E ESTAVAM FECHADOS E SEM HÓSPEDES: 32

APURADAS E COM HÓSPEDES EM QUARENTENA: 03

REPASSADO PARA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE VEZ QUE SE TRATAVA DE ORIENTAÇÃO SOBRE SINTOMAS E QUARENTENA: 09

AUTUADOS: 06

ANÚNCIOS EM APLICATIVOS: No dia 07/04/2020, quando da publicação do Ofício Circular do Comitê Gestor, havia nos aplicativos de hospedagem (BOOKING, AIRBNB etc) cerca de quase 100 anúncios de locais a disposição dos interessados. O Município fez circular rapidamente a Notificação Administrativa para que, de forma orientativa e espontânea, os proprietários desses locais pudessem retirar seus anúncios, pois o objetivo não era punir mas sim resguardar o município de eventual contaminação dos seus munícipes, uma vez que este momento não foi confirmado nenhum caso, apesar de terem sido identificados 08 suspeitos.

Com a divulgação do Ofício Circular e a intensificação da fiscalização municipal, resultados em 12/04/2020 como apenas 11 anúncios, possivelmente de estabelecimentos cujos proprietários não tiveram acesso às suspensões mencionadas.

OUTRAS DENÚNCIAS (Depósito de bebidas, academia e mercados sem EPI): 10

TOTAL APURAÇÕES – 60

TOTAL AUTUAÇÕES – 06

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Política

FMI elogia medidas econômicas adotadas pelo governo brasileiro no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus

Foto: Reprodução

As medidas econômicas adotadas pelo governo brasileiro no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus foram elogiadas nesta quarta-feira pelo FMI.

Durante uma entrevista coletiva em Washington, o diretor do Departamento de Assuntos Fiscais do FMI, Vitor Gaspar, citou a declaração de estado de calamidade pública pelas autoridades brasileiras.

“O governo brasileiro corretamente declarou estado de calamidade pública, o que permitiu ao próprio governo suspender as metas fiscais. Nesse contexto, foi criado um espaço para apoiar o sistema de saúde, as famílias e as empresas”, elogiou o dirigente do FMI.

Segundo estimativas divulgadas pelo fundo, a dívida bruta do Brasil deverá subir de 89,5% do PIB em 2019 para 98,2% em 2020. “Mas isso vai se estabilizar. É um crescimento, sem dúvida, mas não uma tendência”, afirmou Gaspar.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Se tivéssemos nas mãos da esquerda talvez o país não tivesse esse fôlego todo pra atuar como o atual governo

  2. QUERO VER A GLOBO DIVULGAR, parabéns para o PRESIDENTE que está salvando o país, enquanto os governadores ficam esperando o socorro.

  3. Só um retardado e alienados com ladrões condenados, pra torcer pela instalação do caos no Brasil, e não perceber as ações do governo pra o país ficar, pelo menos, com a economia respirando minimamente sob a égide dessa pandemia.

  4. Enquanto isso o servidor público do RN, tem no apagar do dia 14 para o dia 15 as taxas de juros empréstimo consignado BB reajustado de 1.35% a.m para 2.75% a.m. alguém me explica elevação em 1.45%

    1. Tem que ser feito uma denúncia ao Banco Central, haja vista a Decisão proferida pelo Juiz Federal do DF, bem como isso ser quase prática de agiotagem. Fujam desse infeliz chamado banco do Brasil; não adquiram pacote nenhum dessa instituição.

  5. Elogio do FMI ? Vou resumir: o governo está fazendo um bom trabalho protegendo o dinheiro e interesses do mercado financeiro. Só. O pobre que tome lá no meio…

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Judiciário

Covid-19: TJRN destina quase R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e ações de combate à pandemia

Imagem: reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte faz nova ação para reforçar o enfrentamento aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Hoje (13), estão sendo repassados aos cofres do Estado, da Prefeitura de Natal e dos municípios do interior R$ 2,8 milhões, valores advindos da aplicação de penas pecuniárias que serão utilizados no combate à doença, para que órgãos envolvidos em tratamento de pacientes tenham recursos para oferecer melhores condições de atendimento à população.

Leia a matéria completa no site Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

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Diversos

Veja setores que ainda estão contratando em meio à pandemia

Foto: Divulgação/ Reprodução

A pandemia de covid-19 deve desencadear a maior crise no mercado de trabalho desde a Segunda Guerra Mundial.

Quase 38% da força de trabalho no planeta, o equivalente a 1,25 bilhão de pessoas, está empregada em setores duramente afetados pela paralisação das atividades em diversos setores, segundo a estimativa mais recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e correm o risco de ficar sem trabalho nos próximos meses.

São funcionários de setores como turismo e hotelaria, varejo e indústria.

No Brasil, a economia já começa a sentir os efeitos colaterais das medidas de isolamento social — consideradas necessárias, entretanto, para evitar que o sistema de saúde entre em colapso e não consiga atender todos aqueles que serão infectados pelo novo coronavírus.

Mesmo no meio da crise, contudo, alguns setores seguem contratando — e não apenas o de saúde.

A BBC News Brasil conversou com recrutadores de vagas de diferentes perfis para entender onde há oportunidades.

Além do setor de saúde

Com tanta gente cozinhando em casa, o setor de supermercados tem assistido a um aumento significativo da demanda.

Há alguns dias, a rede Carrefour anunciou a abertura de 5 mil novas vagas para reforçar todas as operações: são operadores de loja, auxiliares de perecíveis, agentes de prevenção, recepcionistas de caixa, padeiros, peixeiros, técnicos em manutenção, açougueiros, operadores de centro de distribuição e vendedores de eletrodomésticos.

A maioria das vagas se distribui entre cidades de 8 Estados, entre elas Manaus, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo.

Eduardo Migliano, cofundador da 99jobs, plataforma em que esse recrutamento (totalmente online) está sendo realizado, conta que recebeu cerca de 150 mil currículos, uma concorrência de 30 candidatos por vaga.

Apesar de ter muita gente procurando emprego no momento, Augusto Schaffer, fundador do site RioVagas, aconselha os trabalhadores a continuarem buscando, já que o varejo de alimentos segue aquecido e, nos últimos dias, tem havido uma oferta consistente de novos postos.

No ar há mais de uma década, o site recebe cerca de 4 milhões de visitas por mês e anuncia principalmente vagas operacionais em pequenas e médias empresas no Estado. Recentemente, lançou uma plataforma batizada de Classirio para aqueles que estão buscando uma fonte alternativa de renda possam oferecer seus produtos e serviços.

Dentro da oferta de vagas tradicionais, Schaffer diz ter se surpreendido com o segmento de farmácias, que tem contratado tanto farmacêuticos quanto atendentes, e destaca ainda a área de logística — motoristas de caminhão e outras funções ligadas à movimentação de carga —, e as empresas de contabilidade e do setor financeiro, que podem atuar junto às empresas em um contexto de recessão.

A ‘indústria da pandemia’

O aumento da demanda no setor de saúde, ele acrescenta, tem gerado ainda postos em áreas indiretamente ligadas à operação de clínicas e hospitais: manutenção predial, instalação de ar condicionado, vagas para cozinheiros e nutricionistas.

Há ainda parte da indústria que está produzindo mais durante a pandemia, como os fabricantes de materiais hospitalares e de produtos de higiene.

A Aeroflex, de Curitiba, que há 14 anos fabrica produtos em aerossol, resolveu em janeiro adaptar a linha de produção para lançar álcool em aerossol.

A decisão foi uma tentativa de driblar a falta de matéria-prima para produção de álcool gel, que a empresa importava de países como EUA, Índia e China.

Desde o lançamento do produto, há duas semanas, são fabricadas cerca de 150 mil unidades todos os dias. Márcio Miksza, diretor comercial da empresa, diz que a produção “dos próximos três ou quatro meses” já está vendida.

Como reflexo, a empresa aumentou em 30% o número de funcionários. Foram 60 contratações, elevando o total de empregados a 240.

As medidas de distanciamento social, por sua vez, alimentaram o mercado de delivery e acabam gerando uma demanda também na área de tecnologia, de programadores e designers de aplicativos, destaca Migliano.

Ele lembra, por outro lado, que muitos desses profissionais têm sido demitidos nas últimas semanas de startups de tecnologia. São empresas que normalmente dependem de captação de recursos de fundos para sobreviver, que não trabalham com muita folga de caixa e que, por isso, estão cortando onde podem para fazer frente à queda no faturamento.

Vendedores ‘virtuais’

O empreendedor conta ainda que tem visto ainda uma busca por parte de empresas com pouca ou nenhuma presença na internet por vendedores que possam anunciar seus produtos nos chamados “market places”, sites como Mercado Livre, que têm se mostrado uma alternativa àquelas que não estão conseguindo operar no “mundo físico”.

Essa percepção aparece nos números levantados pelo site Infojobs para a BBC News Brasil.

As funções de consultor de vendas, vendedor e representante comercial estão entre as principais ofertas de vagas para home office — que, aliás, cresceram de forma geral 387% na comparação de março com janeiro.

São 2.517 posições para se trabalhar de casa, distribuídas, além do setor de vendas, nas áreas jurídica (conciliador extrajudicial), de telecomunicações (desenvolvedor java, programador), de marketing (analista, designer gráfico e divulgador) e de telemarketing.

Neste momento, a plataforma tem 287.695 vagas, sendo 74.421 novas.

A área com maior número é a de informática/TI, com 6.577 postos, seguida por saúde (5.114), logística (3.845), segurança (3.636), indústria (3.122) e transportes (1.453).

Os setores com maior crescimento proporcional de vagas na plataforma, na comparação entre março e janeiro, foram o de saúde (145%) e segurança (85%).

Entre os Estados, as maiores altas em termos percentuais foram observadas no Piauí (1.050%), Ceará (321%), Paraná (166%), Minas Gerais (136%), Goiás (110%) e Rio de Janeiro (102%).

Vagas operacionais x administrativas

Schaffer, da RioVagas, conta que, se de um lado ainda há uma oferta de vagas operacionais, ele tem observado um volume grande de demissões em áreas administrativas — em muitos casos, diante de uma queda forte de receitas, as empresas estão mantendo apenas o essencial para se manterem vivas.

De fato, a empresa de recrutamento Robert Half, concentrada no mercado de vagas com remuneração média entre R$ 5 mil e R$ 30 mil, observou uma queda no volume de processos seletivos.

Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria, destaca, contudo, que após um primeiro momento em que a maioria das empresas decidiu congelar as contratações — o que aconteceu por volta da semana do dia 20 de março —, algumas têm retomado os processos.

Nesta semana, o volume de vagas já se aproxima de 60% da média observada pela empresa antes do início da pandemia.

Os setores, segundo ele, são bastante pulverizados, vão de comércio eletrônico e agronegócio a indústria e serviços.

As contratações estão sendo feitas, em sua grande maioria, de forma totalmente remota.

“Tem gente que foi contratado, mandou os documentos digitalizados, recebeu o material pelo correio e já começou a trabalhar — sem nunca ter apertado a mão de ninguém na empresa.”

A empresa tem um banco de cerca de 500 mil currículos no Brasil, e novas inscrições podem ser feitas no próprio site.

Em outras plataformas também há oportunidades para os jovens, grupo no qual a taxa de desemprego é estruturalmente mais elevada.

A startup Eureca, focada especificamente em vagas de estágio e trainee, tem processos abertos para a Klabin, empresa de papel e celulose, com 8 vagas para as áreas administrativa, financeira, produção industrial e manutenção em quatro Estados (São Paulo, Ceará, Paraná e Amazonas).

Já a Givaudan, de aromas e fragrâncias, tem outras 15 vagas abertas em São Paulo para universitários nas áreas administrativa, de vendas, jurídico, criação e avaliação de fragrâncias, produção, inovação e tecnologia.

Os processos também são todos feitos de maneira remota, conta Carolina Utimura, COO da plataforma.

Além dos sites geridos pela iniciativa privada, também há vagas anunciadas no Sistema Nacional de Emprego (Sine), que passou por reformulação recentemente e hoje funciona por meio de um aplicativo.

Em São Paulo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico informou que, entre fevereiro e março, 20.247 vagas foram fornecidas no Estado através da plataforma, já que os Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs) não estão funcionando com atendimento presencial.

O choque no mercado de trabalho

Apesar de ainda haver setores contratando, a provável recessão decorrente da pandemia deve elevar o desemprego no Brasil, com impacto particularmente duro sobre os trabalhadores informais, que não estão assistidos pelo sistema de proteção social.

O último Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), do fim de março, chama atenção para isso.

“Paralelamente, a crise afetará de forma desproporcional as micro, pequenas e médias empresas, que terão maior dificuldade de lidar com a dramática queda esperada de receitas. Essas são também as empresas que mais empregam, inclusive muitos trabalhadores sem carteira. Muitos trabalhadores terão uma brutal redução de sua renda mensal. E muitos serão demitidos”, diz o relatório.

A equipe de economistas destaca ainda que, por isso, seriam necessárias medidas emergenciais para evitar que o desemprego subisse forte e rapidamente e que a crise tivesse um grande impacto sobre a população mais vulnerável.

O auxílio emergencial de R$ 600 que o governo pagará por três meses às famílias de baixa renda é uma iniciativa nesse sentido.

O mais recente boletim da OIT sobre o impacto da crise sobre o mercado de trabalho, de 7 de abril, também destaca a importância de medidas para proteger os informais, que correspondem a um percentual relevante da força de trabalho em países pobres e emergentes.

A organização propõe uma resposta em quatro pilares: estímulos à economia e ao emprego, apoio às empresas e à manutenção da renda, proteção dos trabalhadores nos locais de trabalho e a prática constante de diálogo com os diversos setores da sociedade para a busca e implementação de soluções.

G1, com BBC

 

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Saúde

Liga e Unimed Natal apresentam soluções inovadoras em saúde durante a pandemia de coronavírus

Foto: Divulgação

Um projeto lançado, ainda em 2019, pela Liga Norte Riograndense Contra o Câncer e Unimed Natal, o CONEXÃO STARTUP SAÚDE , resultou em 3 projetos com soluções tecnológicas para otimizar os processos e aumentar a segurança das equipes de saúde no enfrentamento do COVID – 19.

Com a preocupação de acompanhar a evolução do Coronavírus na carteira de clientes da Unimed Natal, a Corps desenvolveu um sistema que permite identificar desde o momento do contato dos clientes com a Central de Atendimento até o desdobramento de seu percurso assistencial, incluindo a internação nos hospitais da rede. O diretor técnico da Unimed Natal, dr. Fábio Macedo, destaca que “isso possibilita uma gestão minuciosa dos casos mais críticos, propiciando a adoção de medidas ágeis e proativas no cuidado com os clientes, auxiliando para que a rede funcione de forma resolutiva.”

O produto desenvolvido pela startup NUT para a UTI da Liga está sendo denominado PAR (Plataforma de Assistência Remota). Consiste em uma solução computacional baseada na infraestrutura de Internet das Coisas que tem como objetivo promover, através do uso de aplicações web e móvel, o monitoramento inteligente, remoto (à distância) e em tempo real, dos sinais vitais e de ambiente de pacientes em situações críticas – explica o CEO Thiago Paulmier. O Chefe da UTI da Liga, dr. Domingos Sávio, ressalta que “essa nova ferramenta vem otimizar o trabalho nas UTIs, já que além do monitoramento remoto, os sinais vitais dos pacientes são também armazenados de forma automática no sistema e sem a necessidade de exposição frequente da equipe às doenças infectocontagiosas como a COVID-19.!”

A outra startup, denominada EasyScale, lança um produto voltado para otimizar e agilizar o processo de elaboração de escalas de plantões de enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos. O software permite a troca de plantões, comunicação com o RH e conversas entre os participantes da escala por um chat próprio, respeitando as determinações trabalhistas. “O EasyScale vem para abolir uma tarefa bem trabalhosa que consome nosso tempo no dia-a-dia”- relata Ana Paula, Chefe de Enfermagem do Hospital Luís Antônio. A CEO da startup, Vanessa da Escóssia, destaca que “com esse sistema os profissionais podem se dedicar mais ao paciente”. O lançamento do produto para todo o Brasil já está sendo preparado. “Diferentemente das demais ferramentas do mercado, esse é totalmente parametrizado podendo se adequar a qualquer instituição, seja ela pública ou privada”, diz dr. Francisco Irochima, Gerente de Inovação da Liga e coordenador do projeto.

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Saúde

Governo do RN disponibiliza serviço telefônico de acolhimento psicológico durante pandemia

Muitas pessoas têm enfrentado dificuldades para lidar com a instabilidade causada pela pandemia do novo coronavírus, o isolamento social e o medo de pegar a doença. Como forma de ajudá-las, o Governo do Rio Grande do Norte oferece um serviço telefônico de acolhimento psicológico, com o intuito de ouvir quem precisa de um apoio emocional nesse momento.

O serviço está disponível por meio da Central “Disque Prevenção ao Coronavírus”, cujo número é o (84) 3190-0700. O acolhimento psicológico acontece diariamente, inclusive aos finais de semana, das 8h às 23h, e pode ser usufruído por qualquer pessoa em território norte-rio-grandense.

A equipe de atendimento é composta por dezenas de psicólogos e psicanalistas voluntários do estado, entre professores, profissionais autônomos e aposentados, que se revezam em sistema de plantões e ficam à disposição para ouvir as pessoas. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e conta com o apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do Instituto Bem-Te-Vi e da Escola Brasileira de Psicanálise.

Cada atendimento é diferente um do outro e, por conseguinte, o tempo de duração das conversas também varia para cada um. O processo do acolhimento, porém, é similar: cada  profissional escuta os anseios da pessoa que liga para a Central, buscando fazer com que ela compreenda seus sentimentos e tenha ferramentas para lidar com esse período de incertezas.

De acordo com a psicóloga e coordenadora de Saúde Mental da Sesap, Ana Eloá, o serviço de acolhimento psicológico está sendo realizado com bastante cuidado por profissionais experientes. Ela lembra que o acolhimento é diferente de uma terapia, mas todos os voluntários têm capacidade técnica para prestar o melhor atendimento possível, proporcionando o conforto emocional mais adequado para as pessoas. “Tem muita gente que precisa de ajuda, porque esse confinamento faz com que as pessoas se sintam muito sozinhas e ansiosas. Não fazemos uma terapia de fato, é uma ação de acolhimento”, ressalta.

Nessa época de distanciamento social vigente, as pessoas tiveram suas rotinas alteradas repentinamente, de uma hora para a outra. O trabalho, a escola, as visitas e confraternizações eram comuns até pouco tempo atrás. Agora, é preciso desacelerar e cuidar da saúde mental. “O objetivo do acolhimento psicológico é dar esse apoio, escutar o outro, ajudar numa situação de ansiedade, pânico, entre outros problemas que possam vir a acontecer devido ao isolamento e o medo do vírus”, reitera Ana Eloá.

Outros serviços

Além do acolhimento psicológico, a Central de Atendimento “Disque Prevenção ao Coronavírus” também disponibiliza à população outros dois serviços, sendo um em que presta orientações e esclarecimentos sobre o novo coronavírus (7h às 23h) e o outro que trata sobre doações para a população mais necessitada (8h às 23h).

O teleatendimento é uma iniciativa integrada das Secretarias de Estado da Saúde Pública (Sesap); da Administração (Sead); do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas); e das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semjidh), em uma parceria com a Interjato Soluções e apoio da UFRN e outras instituições de ensino, do Instituto Bem-Te-Vi e  da Escola Brasileira de Psicanálise – Seccional do RN.

Opinião dos leitores

  1. Me engana que eu sou trouxa: governo do RN não resolve nada nem presencialmente, quanto mais de forma remota.

  2. O melhor atendimento psicológico no momento é mandar esses idiotas pararem de fazer terrorismo

  3. E ao mesmo tempo dissemina terror com post como o que foi veiculado pela Sesap com estimativa de 10 mil mortes aqui no RN em menos de um mês… Vai entender!!!

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Comportamento

Evento que pede Carnaval pós-pandemia tem 78 mil interessados

Foto: Marcelo Fonseca

Um evento no Facebook chamado ‘Carnaval de Novo Quando Tudo Isso Passar’, organizado pelo carioca Omar Monteiro Junior, contava, até a noite desta terça-feira, 7, com 78 mil interessados e 23 mil confirmações.

A página tem um texto que diz o seguinte: “A GENTE NÃO QUER SABER! Quando tudo isso passar nós vamos fazer um novo carnaval. Chama os Amores Líquidos, chama o Boi Tolo, o Fanfarra Black, chama geral! Chama o Bola Preta, os Amigos da Onça! Vamos fazer um carnaval. Não um carnaval fora de época, mas um carnaval EM ÉPOCA, em época de celebrar a vida, a superação, a esperança e homenagear todos os profissionais da saúde que dedicaram suas vidas pelo seu povo, pelo nosso povo. Vai ser uma grande festa.” Ao final, no entanto, deixa uma mensagem incisiva: “Enquanto isso, evitem aglomerações, quem puder ficar em casa FICA EM CASA, P….!”

Procurado pelo Estado, Omar diz que o evento surgiu como uma brincadeira. “Eu criei brincando. Uma brincadeira que acabou tomando uma proporção enorme.” Ele diz que, com as pessoas que conhece no Rio, não seria difícil fazer um carnaval fora de época caso a pandemia não demorasse a acabar. “Mas sabemos que não será assim. Ainda, no final da quarentena, a diminuição do isolamento social vai ser gradual, até pra não gerar novos surtos. O cenário que nos espera não é dos melhores.”

Ele diz que a prática de um Carnaval fora de época só será factível quando se tornar um desejo da população . “Acredito que muitos não terão sanidade mental, pois passaremos por muitas perdas e tudo mais, mas assim como em outras pandemias ou momentos difíceis da nossa história, a arte, a festa, o iluminismo vieram para nos salvar da tristeza, do obscurantismo e da melancolia.” O que seria preciso para que seu sonho, hoje impensável, desse certo? “A única forma desse evento acontecer ainda nesse ano seria com a descoberta de uma vacina, com a população imunizada.”

Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Procurar agradecer a Deus ninguém fala, buscai primeiro o reino de Deus !
    Temos todos que agradecer a Deus para daí dar continuidade a vida.

  2. Tomara que seja um fracasso total. Já tivemos o carnaval em plena pandemia, agora precisamos é trabalhar!!

  3. PÓS-PANDEMIA
    INICIAR UM TRABALHO DE MELHORAMENTO DOS NOSSOS HOSPITAIS:
    MAIS LEITOS;
    MAIS MEDICAMENTOS;
    MAIS EQUIPAMENTOS;
    ISTO É O QUE SEMPRE DEVERIAMOS DESEJAR.
    SAÚDE MEU POVO!
    "SETE ANOS DE VACAS MAGRAS – SETE ANOS DE VACAS GORDAS" BIBLICO.

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Mundo

Com Covid há 10 dias e sintomas persistentes, Boris Johnson é hospitalizado para realizar exames


Foto: Hannah Mckay/London

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi internado neste domingo para realizar exames com sintomas persistentes do novo coronavírus, dez dias depois de ter sido diagnosticado com a doença. Mais cedo, o governo britânico ameaçou endurecer o confinamento, se a medida for desrespeitada pela população. Segundo o último balanço, 4.934 pessoas morreram nos hospitais britânicos, do total de 47.806 casos registrados oficialmente.

“A conselho de seu médico, o primeiro-ministro foi internado hoje à noite para exames”, disse Downing Street, em nota. “Esta é uma medida de precaução, já que o primeiro-ministro continua apresentando sintomas persistentes de coronavírus dez dias após o teste positivo para o vírus”.

No dia 27 de março, Boris foi o primeiro chefe de governo ou de Estado a anunciar que havia contraído a Covid-19. “Nas últimas 24 horas, eu tive sintomas leves e meu teste para o coronavírus deu positivo. Estou em autoisolamento, mas vou continuar na coordenação das políticas de combate ao coronavírus por vídeo. Juntos venceremos isso”, escreveu no Twitter.

Desde o início da crise, o premier vem recebendo críticas. Foi visto com desconfiança pela classe política e pela própria população depois de ter postergado no limite do razoável, segundo cientistas, medidas mais drásticas de distanciamento físico e social.

Johnson só reviu sua estratégia depois da publicação de um estudo da Imperial College que mostrava que, sem o distanciamento, o país iria perder 500 mil vidas. A ideia era garantir um pouco mais de fôlego a uma economia que já apontava para a redução do ritmo em função do Brexit antes de puxar o freio de uma vez por todas.

O Globo

Opinião dos leitores

    1. E ta se tornando isso mesmo, vários personagens governamentais e públicos, em Natal, Brasil e no mundo se contaminaram e até já se recuperaram, a não ser que seja fake

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Saúde

Itália registra 525 mortes nas últimas 24 horas, o número mais baixo em duas semanas

Foto: reprodução

O número de mortos pelo novo coronavírus na Itália nas últimas 24 horas é de 525, o mais baixo em duas semanas, anunciou neste domingo a Defesa Civil. O balanço representa uma redução de 25% em relação às mortes anunciadas ontem, quando 681 foram registradas.

Até o momento, 15.887 pessoas morreram devido ao coronavírus na Itália, país mais castigado do mundo pela pandemia, segundo as cifras oficiais.

“São boas notícias, mas não deveríamos baixar a guarda”, disse o chefe da Defesa Civil, Angelo Borrelli. “A curva começou sua queda”, comemorou o chefe do Instituto Superior de Saúde, Silvio Brusaferro. A redução do número de mortos “é um dado muito importante”, assinalou.

“Se estes dados se confirmarem, teremos que pensar na fase 2”, ou seja, no plano para reativar a Itália, que contempla a retomada de parte da atividade produtiva da terceira maior economia europeia.

Para as autoridades, a fase 2 é um período de “convívio” com o vírus, motivo pelo qual “é importante manter as medidas que fizeram a curva cair”, alertou Brusaferro.

Há quatro semanas, os 60 milhões de italianos estão submetidos a medidas drásticas de confinamento. Um sinal de que a batalha não foi vencida é que os serviços de saúde do país contabilizaram cerca de 3 mil novos casos nas últimas 24 horas.

G1

Opinião dos leitores

  1. É mesmo, François os Minions não entendeu de números. Já a cambada petista em matéria de números, eles dão show, é lembrarmos de lula nove dedos o mão leve!

    1. Percebe-se a falta de consciência desse que estão vivendo a abstinência de dinheiro público roubado, não conseguem fazer simplesmente nada, a não ser taxar alguém do que realmente é. Chega a ser patético

  2. passou o pico, o que não pode ocorrer é o povo achar q foi resolvido e voltar à vida normal

  3. O menor dia de morte na Itália e maior de que todas as mortes ou incluindo supostas mortas de coronas vírus no meio de 436 no Brasil já com quase 40 dias.

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Saúde

Governo do Estado envia comunicado esclarecendo: “Porque um hospital de campanha no RN?”

Imagem: reprodução/Arena das Dunas

Confira abaixo a nota de esclarecimento do Governo do RN sobre a contratação a gestão do hospital de campanha que será erguido na Arena das Dunas. Ação que é alvo de investigação do Ministério Público por suspeita de favorecimento.

O Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e do seu titular, Cipriano Maia, vem a público mais uma vez esclarecer sobre a contratação em caráter emergencial de uma Instituição Filantrópica ou Organização Social para gestão do Hospital de Campanha. O complexo deverá ser erguido no estádio Arena das Dunas e terá a oferta de 100 leitos (sendo 53 de UTI adulto, 45 leitos de retaguarda clínica e 2 de isolamento) a serem utilizados exclusivamente para fins de tratamento de pacientes contaminados com o novo coronavírus.

O Hospital foi pensado inicialmente utilizando a área já coberta, interna do Arena das Dunas, tendo em vista que os custos e o tempo seriam otimizados. Dada a projeção dos casos e a oferta insuficiente de leitos na rede pública do Estado, a Secretaria de Estado optou por ampliar sua capacidade de atendimento hospitalar por meio de um Hospital de Campanha durante a pandemia. Ressalta-se que além do Hospital, também está em curso à ampliação de mais de 100 leitos de UTI nos Hospitais Regionais da Rede Pública, incluindo os leitos do Hospital Pedro Germano e os Hospitais Regionais. Para tanto, foram adquiridos equipamentos e a contratação (chamamento do concurso público e seleção temporária), reformas para adequação física dos hospitais, entretanto, essas medidas ainda são insuficientes dada a previsão inicial da necessidade estimada.

Essa estimativa de leito, foi realizado por profissionais da SESAP com expertise técnica na área e tomou como base aspectos relacionados ao:

* • Tempo de permanência do paciente no hospital, tempo de duração da crise;
* • Taxa de infecção;
* • Capacidade instalada da rede própria, incluindo leitos de UTI existentes;
* • Taxa de complicação dos casos;
* • Medidas de controle domiciliar
* • Equipamentos serão necessários para atendimento;
* • Número de pessoas que serão internadas;
* • Necessidade de recursos humanos;
* • Número de pessoas com complicações clínicas;
* • Hospitais aptos para receber os pacientes;
* • Itens serão necessários (materiais e medicamentos)
* • Número de leitos necessários
* • Pacientes com planos de saúde (saúde suplementar);
* • Taxa de internação esperada;
* • Capacidade dos hospitais privados;
* • Fontes extras de recurso;
* • Medidas de bloqueio da transmissão (propagação);
* • Complicações esperadas.
* • Além disso, essa estimativa se deu com base na análise do cenário internacional dos países já cometidos pela pandemia.
Há que se considerar a escassez de profissionais no Estado e as dificuldades estruturantes existentes no Sistema Único de Saúde, as quais não acontecem apenas em nível do Estado do RN. É notória a dificuldade mundial em prestar assistência adequada a população devido a escassez de equipamentos, EPIs, insumos e profissionais de saúde para atuar nesse contexto extremo.
Importante ressaltar que foram realizadas várias ações no sentido de buscar soluções e parcerias para a ampliação dos serviços, tais como parceria com o Exército e Hospital Universitário, contudo todos sofrem com as mesmas dificuldades para o enfrentamento dos casos. Além, disso essas Instituições já estão sobrecarregadas com as demandas cotidianas existentes. Segundo as informações obtidas junto ao Comando da 7ª. Brigada, a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Militar se encontra em obras e o Hospital Universitário Onofre Lopes já está fazendo adequações, porém ainda não são suficientes para o número de casos esperados.

Vale ressaltar que esforços administrativos estão sendo feitos para se abrir leitos de UTI dentro dos hospitais da SESAP, entretanto, ainda levarão um razoável espaço de tempo (apesar do esforço conjunto entre as diversas Secretarias do Estado).
Já em operação novos leitos em Caicó, Pau dos Ferros, Currais Novos e em fase de finalização as obras em Mossoró, hospital Tarcísio Maia e em Natal, anexo clínico do hospital João Machado e Macaíba, com 20 leitos os dois primeiros serviços. Mossoró já possui equipamentos e RH. João Machado e Macaíba ainda não.

Em reunião no mês anterior com o Hospital da Polícia Militar, a SESAP assumiu o compromisso de colocá-lo em funcionamento, habilitando inclusive essa unidade para receber repasses do governo federal. Nessa unidade, pelo plano de leitos COVID, serão abertos 10 leitos de UTI e 30 leitos de enfermaria. Os equipamentos serão locados para 8 leitos com equipe de enfermagem.

No Hospital Giselda Trigueiro, ainda em fase de abertura de 25 leitos de internação. Recentemente foram nomeados por meio do chamamento do concurso público vários profissionais de saúde, entretanto, a abertura de novos leitos uma quantidade significativa de profissionais.

Conforme o Plano Estadual de Contingência para o enfrentamento ao COVID também serão abertos novos leitos em vários hospitais da rede pública, onde serão também abertos serviços de UCI, que exigem menos pessoal e menor número de equipamentos em relação a uma UTI.

Por que a contratação escolhida foi o de Organização Social

A opção do chamamento não se restringe ao modelo de Organização Social, visto que poderão concorrer também prestadores filantrópicos. Considerando o fato de que o contexto da pandemia exacerbou a demanda por serviços hospitalares entende-se que não é oportuna restringir a participação de outros modelos de gestão no certame, cujo objeto é de extrema relevância social e de caráter emergencial. Além disso, em contato com os outros Estados identificou-se que esse modelo já foi adota nos Estados do Ceará, Goiás, São Paulo, entre outros. É preciso considerar a dificuldade operacional (equipamentos, recursos humanos, insumos) do Estado em gerir uma estrutura desse porte, em curto espaço de tempo, dada a necessidade de resposta rápida que a situação exige, no sentido de preservar vidas.

Considerando o fato de que o contexto da pandemia exacerbou a demanda por serviços hospitalares entende-se que não é oportuna restringir a participação de outros modelos de gestão no certame, cujo objeto é de extrema relevância social e de caráter emergencial. Além disso, em contato com os outros Estados identificou-se que esse modelo já foi adota nos Estados do Ceará, Goiás, São Paulo, entre outros. É preciso considerar a dificuldade operacional (equipamentos, recursos humanos, insumos) do Estado em gerir uma estrutura desse porte, em curto espaço de tempo, dada a necessidade de resposta rápida que a situação exige, no sentido de preservar vidas. Nesse sentido, o Hospital deverá integrar, de forma provisória, como uma retaguarda a mais aos serviços já existentes.

Como foram estimados os preços

Em relação aos valores os preços foram estimados com base na média dos preços praticados em outros estados, nas propostas de valores recebidos por alguns Hospitais privados aqui no Estado e na estimativa dos valores dos leitos privados já contratados pelo Estado. Foi estimado um valor médio da diária global para leitos de UTI de R$2.560,00 e de leitos de clínica e isolamento de R$ 1.500,00.

Segue abaixo a memória de cálculo:

Estimativa Mensal

– Valor Mensal Leito UTI: R$ 2.560,00 (diária) x 30 dias x 53 leitos

– Valor Total Mensal dos Leitos de UTI: R$ 4.070.400,00 (quatro milhões e setenta mil
e quatrocentos reais)

-Valor Mensal Leitos Clínica+Isolamento = R$ 1.500,00 (diária) x 30dias x 47 leitos

– Valor Total Mensal Leitos Clínica+Isolamento = R$ 2.115.000,00 (dois milhões
cento e quinze mil reais)

Estimativa de Valores dos Leitos por 6 meses

– Valor Leitos de UTI por 6 meses = R$ 4.070.400,00 (30 dias) x 6 meses=
R$24.422.400,00 (vinte e quatro milhões, quatrocentos e vinte e dois mil e quatrocentos
reais)

– Valor Leitos Clínica +Isolamento por 6 meses: R$2.115.000,00(30 dias) x 6 meses =
R$12.690.000,00 (Doze milhões, seiscentos e noventa mil reais)

– VALOR GLOBAL DE TODO CONTRATO POR 6 MESES (LEITOS DE
UTI+CLÍNICA+ISOLAMENTO): R$37.112.400,00 (trinta e sete milhões, cento e
doze mil e quatrocentos reais)

– VALOR GLOBAL DE TODO CONTRATO MENSAL (LEITOS DE UTI+CLÍNICA+ISOLAMENTO): R$ 6.185.400,00 (seis milhões, cento e oitenta ecinco mil e quatrocentos reais)

A Sesap esclarece ainda que tem atuado em Natal, região metropolitana, Mossoró e demais cidades do interior para ampliar a assistência aos potiguares acometidos pela pandemia. Todos, absolutamente todos os leitos possíveis na rede própria serão reaproveitados, mas como explicado acima, são insuficientes para atender a demanda.

Por fim, o Governo do Estado reafirma o compromisso de seriedade, honestidade e transparência, marcas desta gestão, e reforça o convite aos órgãos de controle – Ministérios Públicos Estadual e Federal e Tribunal de Contas do Estado – por entender a importância dessas instituições participarem e acompanharem as ações que visam o atendimento à população em tempos de pandemia.

Opinião dos leitores

  1. Tá bom. Se é assim, cadê a parte de sacrifício dessa ONG/entidade filantrópica em abrir mão de algum milhão para colaborar no "esforço de guerra".?

  2. Não precisa explicar, pra fazer caixa pra campanha. Um estado que fecha hospitais e agora que criar hospitais provisórios.

  3. Muito estranho, 2000 ( dois mil ) leitos distribuídos em dois hospitais de campanha em SP custar R$ 35.000.000,00 e 200 ( duzentos) leitos no RN para um hospital de campanha, custar R$ 37.000.000,00… Precisa muito esclarecimento, mesmo considerando que aqui são leitos de UTI, a conta não fecha, ou a informação não está correta.

  4. Muito esclarecedor o comunicado . Agora pode ser que ainda um ou outro não entenda , nesse caso só desenhando . Não votei na governadora Fátima , mas acho que ela está gerindo bem a crise junto com o prefeito . O maior problema tem sido o BANANA , votei nele e me arrependo , esse não tem jeito e vai se complicar maus se perder Mandetta .

  5. Esse pessoal do PT não se cria, se for fazer um filme não vai ter um bandido, só mocinho! Ah, ladrão!

  6. Que ótimo que já apresentaram justificativas… Vamos ver se convence o ministério público e a justiça…

    1. Vão usar o corona vírus pra roubar dinheiro público mais uma vez,assim fizeram com a copa,por que não investir nos hospitais já existentes,pelo menos no passar desta pandemia ficaria um legado para a população,pt sendo pt.

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Diversos

“Nem tudo pode parar. Se for assim, nem álcool em gel será produzido”, diz empresário Rubens Ometto

A discussão sobre como enfrentar o caos econômico criado pela crise do novo coronavírus (Covid-19) tornou-se um tema polêmico entre os grandes representantes do PIB nacional. Para alguns empresários, evitar as mortes decorrentes da disseminação da doença deve ser a prioridade máxima, pois seria possível resgatar a economia num segundo momento. Para outros, é fundamental para o país um ponto de equilíbrio entre o confinamento e a manutenção da atividade econômica. Em meio a essa discussão, VEJA entrevistou por videoconferência o empresário Rubens Ometto, acionista das empresas Raízen, Comgás, Cosan e Rumo, que atuam no ramo de combustíveis, açúcar e logística e, juntas, faturam 80,1 bilhões de reais ao ano. Consciente da necessidade de priorizar a saúde, Ometto, contudo, está bastante preocupado com uma severa recessão e faz um alerta: “Sem ajuda, as pequenas companhias dificilmente voltarão a ser sustentáveis”.

Em sua visão, por que a crise chegou aonde chegou? O que explica esse tombo tão grande da economia? De fato, isso tudo nos pegou de surpresa. Toda essa crise econômica foi acelerada pela discussão entre a Arábia Saudita e a Rússia em torno do preço do petróleo. Quando começou o problema do novo coronavírus, ficou claro que iria sobrar petróleo no mundo. Os dois países devem ter chegado à conclusão de que, se baixassem os preços, outros produtores que têm custo mais alto de extração, como é o caso dos Estados Unidos com o óleo de xisto e até o do Brasil com o pré-sal, conseguiriam barrar o avanço dos concorrentes. Isso vai gerar um prejuízo enorme à Petrobras e a toda a cadeia do etanol brasileiro.

Esse valor de 20 dólares o barril é sustentável? Não acredito que ele se mantenha a longo prazo. A indústria de óleo de xisto está altamente endividada, por isso os investimentos devem cair rapidamente. Quando a produção diminuir, os preços provavelmente voltarão ao equilíbrio, próximo a 40 dólares o barril — o suficiente para viabilizar o etanol brasileiro.

Quais os impactos disso para o Brasil? A Petrobras refina 75% de toda a gasolina que o país consome. O resto é importado. Com a crise, porém, o consumo de combustível despencou 40%. Isso vai forçar a Petrobras a reduzir o preço da gasolina e do diesel a um nível tão baixo, para competir com a importação desses derivados, que poderá inviabilizar todo o plano de privatização das refinarias, em que eu até estava de olho.

Isso é bom para o consumidor, não é? O país viveu por anos uma política energética catastrófica sob o comando da ex-presidente Dilma Rousseff. O setor estava voltando a se equilibrar em meio a preços internacionais e a uma demanda maior por combustíveis limpos. Sou liberal na economia, seguidor das doutrinas da Escola de Chicago, mas o que estamos vivendo é uma guerra. Toda uma cadeia, a do etanol, que emprega 1 milhão de pessoas, está em risco.

Qual a saída para enfrentar esse problema atual? Uma solução temporária, que dure ao menos até o fim da pandemia, é o aumento da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre os combustíveis. Não pode ser por muito tempo, só até essa guerra acabar, mas que possa garantir a estabilidade do preço da gasolina e do diesel.

“O que acontecerá se as indústrias química, do plástico e do açúcar interromperem suas atividades? Nem tudo pode parar. Assim, nem álcool em gel será produzido”

Como vê o enfrentamento da crise pelo governo? O foco está no problema médico, o que está certo. Temos de entender a doença, arrumar as vacinas e os remédios para diminuir a velocidade do contágio. Mas as medidas econômicas, que são importantes para preservar as engrenagens do crescimento, estão sendo deixadas de lado. As soluções que vinham sendo implementadas e sugeridas visam ao longo prazo, enquanto precisamos de algo imediato. Começo a perceber que nosso sistema inteiro está parando, e isso pode ser desastroso. Por exemplo, os transportadores da nossa empresa de logística não têm mais local onde comer durante as viagens, então passamos a entregar comida a eles. É dessa engrenagem que estou falando: um caminhoneiro não poderá fazer um frete se não houver restaurantes para se alimentar no caminho. Mais do que isso: o que acontecerá se as indústrias química, do plástico e do açúcar interromperem suas atividades? Entende? Nem tudo pode parar. Assim, nem álcool em gel será produzido.

Então o senhor concorda com os posicionamentos do presidente, que sugerem que o confinamento deve ser parcial, restrito aos grupos de risco, e não total, como acontece em algumas cidades brasileiras? Cada um tem seu ponto de vista, mas eu particularmente gosto da opção por um confinamento seletivo. Vejo que há várias opiniões diversas a esse respeito, e considero todas válidas. O que acho é que os atores políticos precisam se entender. O presidente, os governadores e os poderes Legislativo e Judiciário. Toda conversa entre eles desanda. Não querem o melhor para o país? Então, precisam se entrosar e deixar as ambições políticas de lado. Depois que esse problema passar, aí sim, todo mundo poderá ir para o octógono em 2022.

Acredita que haja oportunismo de algumas lideranças na forma como está sendo conduzido o combate à crise, do lado sanitário e do lado econômico também? Com certeza há oportunismo no enfrentamento. Veja os partidos de esquerda, que entraram com uma queixa-crime contra o presidente. Isso interessa a quem neste momento? Está cada vez mais claro que há alguns interesses particulares sendo colocados à frente dos interesses do povo. Eles não estão preocupados em esclarecer a população, mas em deixar Bolsonaro em uma posição desfavorável. Vejo isso não só em políticos de esquerda, que vivem a política 100% em sua vida, mas até em alguns veículos de imprensa. Está na hora de o país se unir, de trabalhar melhor para o povo. Este é o momento ideal para que isso aconteça.

Nas últimas semanas, aumentou o coro daqueles que pedem o impeachment de Bolsonaro. Não só os partidos de esquerda, mas os panelaços também voltaram. Há oportunismo? É um absurdo qualquer brasileiro ir nessa direção. Vamos vencer a batalha primeiro. Não sei a intensidade dos panelaços, quanto são significativos, mas é uma falta de patriotismo daqueles que pedem o impeachment neste momento. Não pensam no mal que estão fazendo ao país.

O senhor foi o maior doador nas últimas eleições. Entre os candidatos que receberam dinheiro estão o governador João Doria, de São Paulo, e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. De alguma forma, está decepcionado com a gestão deles? Não tenho nenhuma grande decepção com eles. Sempre apoio pessoas que podem fazer um bom trabalho para o Brasil. E deixo claro que em nenhum momento fiz as doações com algum interesse pessoal — apesar de achar pretensioso pensar que tudo o que sugiro está certo, todos os meus pedidos vão no sentido do que considero ser melhor para o país. Gosto, no entanto, de estar perto de quem pode fazer a diferença.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem confrontado os posicionamentos do Palácio do Planalto. Acha que isso pode ser produtivo? Acho que no Congresso estão grandes líderes. Tanto o Maia, na Câmara, quanto o Davi Alcolumbre, no Senado. O fato de ele não pensar igual a Bolsonaro é ótimo, afinal, se os dois mancarem para o mesmo lado, cairão juntos. Maia é uma pessoa equilibrada, de centro, que não deixaria de ajudar em uma discussão tão importante quanto a de agora. O Congresso tem aprovado rapidamente as demandas do Executivo no combate à pandemia, principalmente no aspecto econômico. Obviamente, é necessário maior entrosamento entre o Legislativo e o Executivo.

As reformas econômicas acabaram sendo deixadas de lado em meio à crise. Isso pode prejudicar o país na retomada? Com a crise atual, ninguém conseguiria se concentrar na discussão das reformas — e é necessário muito debate. Assim, é preferível que se deixe isso para o futuro, para que todos continuem com a cabeça focada no que é urgente. Projetos aprovados de afogadilho podem prejudicar o país em vez de ajudá-lo. Então, é melhor esperar a crise passar.

O senhor tem contribuído com o governo para o enfrentamento do problema? Tenho participado de alguns grupos de trabalho com o ministro Paulo Guedes (da Economia) e o presidente Jair Bolsonaro. Minha sugestão primordial é a flexibilização da cobrança de impostos, uma forma a mais de dar fôlego às companhias.

“Como produzimos boa parte das matérias-primas do mundo, entre itens agrícolas e minerais, a tendência é que o país se beneficie na retomada econômica”

Esta crise é diferente da que o mundo viveu em 2008? A crise anterior era financeira e foi resolvida com medidas implementadas pelos bancos centrais mundo afora. Nesta há um inimigo oculto. Esses remédios que o Banco Central está dando — baixar juros e oferecer capital de giro — chegarão muito tarde às empresas para que consigam manter os empregos. A ajuda precisa chegar antes. As pequenas companhias até conseguem segurar-se por trinta ou sessenta dias com capital de giro, mas depois dificilmente voltarão a ser sustentáveis. Para que essas medidas do BC surtam efeito, o estímulo precisa ser tão grande que poderá prejudicar a economia no futuro.

Qual o papel dos grandes empresários neste momento? Às vezes, veem-me como um sujeito frio. Mas é preciso guardar um distanciamento para poder tomar decisões corretas. Cuidamos primeiramente dos nossos. Demos uma declaração a nossos funcionários de que não vamos demitir ninguém nesta crise — vamos manter todos os empregos. Eles precisam ter tranquilidade para trabalhar. Caso contrário, ficarão preocupados com a doença e também com a vida — não é possível trabalhar assim. Além disso, mantivemos todos os nossos investimentos na construção de ferrovias e na expansão do setor de gás. Acredito que o papel do empresário, hoje, é garantir que a roda continue funcionando, sem querer levar vantagens nisso — como tenho visto às vezes no meu setor. Se destruirmos as engrenagens, a economia não será capaz de se regenerar.

Em sua visão, como estará o Brasil no fim desta crise ? O Brasil vai apresentar um crescimento forte, assim como o resto do mundo. Uma vez passada a crise, nossas projeções mostram um aumento do produto interno bruto ao ritmo de 5% ao ano. A demanda que ficou reprimida vai exigir a entrega de um alto volume de produtos básicos. Como produzimos boa parte das matérias-primas do mundo, entre itens agrícolas e minerais, a tendência é que o país se beneficie na retomada econômica.

Páginas Amarelas – Veja

 

Opinião dos leitores

  1. Mais um brasileiro consciente ,preocupado com o futuro da nação, falar para ficar em casa é fácil pagar a conta é o grande desafio, dinheiro não se colhe em árvores.

  2. Os governos dos Estados e prefeituras estão brincando com a paciência do povo. Quando o povo bater o pé e decidir sô voltar a pagar imposto depois que descobrirem a vacina da cura do Coronavírus a chradeira vai ser geral, pois nenhuma obrigação de pagar tributo se sobrepõe ao direito de se alimentar e o direito à manutenção da vida.

  3. Comentário desnecessário e desprovido de análise Sr Romero, de fato, muita coisa não pode e deve parar, infelizmente como alguns, de forma insana querem, principalmente os imbeciloides da esquerda e parte da mídia que torce pelo pior.

    1. Minion detectado. Esse deve ter acreditado no vídeo fake de desabastecimento postado pelo presidente.

  4. E esse gênio ouvirem algum canto que tudo iria ou irá parar? Saúde; segurança; transporte de cargas e vários outros não pararam e nem pode. Comentário sem nexo.

    1. Já ouviu falar em cadeias produtivas ou interdependência?
      Aposto que sim. Só para refrescar a refletir.

    2. Encher linguiça é publicar um besteirol desse. Falta de assunto.

    3. Meu dedo cansou em rolar uma notícia nova como esta, notícia assim ruim só segue pq tem quem publique, Menos BG.

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Economia

‘É hora das marcas informarem, e não de venderem’, diz publicitário Washington Olivetto

O publicitário Washington Olivetto (Foto: Robson Fernandjes/Estadão)

Vivendo em Londres desde que deixou o dia a dia da WMcCann, em 2017, o publicitário não deixou de acompanhar de perto o comportamento das marcas. Nesse cenário de coronavírus, ele lembra que algumas companhias conseguiram agir rapidamente. Ele destaca o caso da Coca-Cola, que suspendeu rapidamente as campanhas relacionadas a produtos em todo o mundo. No Brasil, ele lembra ações de O Boticário, Ambev e Alpargatas, que agiram para tentar dar sua contribuição em um momento em que o mundo todo deve se unir para combater uma pandemia.

O publicitário também fez uma analogia entre a quarentena que estamos vivendo e os quase dois meses em que ficou confinado ao ser sequestrado, entre o fim de 2001 e o início de 2002, no Brasil. “Eu tenho me comportamento de maneira semelhante à que me comportei naqueles 53 dias. Estou me preocupando e tomando todas as precauções, mas sem medo. Porque o medo baixa a imunidade.”

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Olivetto ao Estadão:

Confinamento

“Tenho certa experiência em ficar confinado. Tenho me comportado de um jeito parecido com o que eu me comportei nos 53 dias do meu sequestro, entre 11 de dezembro de 2001 e 2 de fevereiro de 2002. Estou me preocupando e tomando todas as precauções, mas sem medo. Porque o medo baixa a imunidade.”

Posicionamento de marcas

“A Coca-Cola, por exemplo, já tomou a atitude de cancelar todas as campanhas de produtos. Vai investir todos os recursos em informação ou até em doação das verbas de publicidade para causas. Esse é o momento em que as empresas devem investir em informação e não em persuasão. É hora de informar, não de persuadir. Não é hora de vender.”

Solidariedade

“Eu vejo que essa onda de solidariedade chegou ao Brasil, com ações de empresas como Alpargatas, Ambev e Boticário. As empresas de telefonia vêm investindo em informação. E, com todas as críticas que temos às escravidões tecnológicas, não dá para imaginar hoje um mundo em que a gente não possa conversar com parentes ou amigos pelo WhatsApp.”

Ano perdido

“Sob o ponto de vista de negócio não há como esconder 2020 que será um ano perdido. Curiosamente, eu leio algumas coisas no sentido contrário – mas isso é tapar o sol com a falta de peneira, ou é gente se fazendo de Poliana. A verdade é a seguinte: a publicidade mundial que já ia mal. E no Brasil ia pior ainda, porque precisava se reinventar. Agora, ficou claro que vai ter de se ‘re-reinventar’.”

Ineditismo

“Comecei a trabalhar muito cedo, e essa crise é totalmente diferente do que eu já vivi. E eu já vivi todas as circunstâncias de euforia e crises que minha atividade ofereceu. Nunca tinha visto algo igual. Nem no trabalho nem na vida.”

Saúde x economia

“À distância, no Brasil, o que me assusta é que a saúde não pode ser transformada em um problema político. Não se pode culpar a saúde pelos problemas econômicos já existentes. Poucas vezes houve um momento em que se precisasse tanto de bom senso. De saber equalizar as coisas bem. Precisamos ter a formulação correta para resolver o problema.”

Algo de bom?

“Meus filhos têm me mostrado exemplos de renascimento da natureza, como em Veneza, na Itália. Os veículos de comunicação e os artistas estão se mostrando unidos e generosos. Na Itália, em meio à peste, as pessoas cantaram nas janelas. Acho que, de vez em quando, a natureza precisa nos dar uns sustos.”

Estadão

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Diversos

RN abre 888 vagas temporárias para profissionais de saúde para reforço de combate à pandemia do novo coronavírus

O Governo do Estado vai contratar 888 profissionais para reforçar o sistema de saúde pública do Rio Grande do Norte durante o período de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A medida envolve a contratação de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, biomédicos, técnicos de enfermagem e de radiologia, higienista hospitalar e maqueiros. Eles serão contratados pelo período de seis meses e atuarão em quatro regiões de saúde do Estado, ampliando a assistência hospitalar e o processo de abertura de leitos de UCI e UTI planejados para atender pacientes com a Covid-19.

A seleção dos profissionais será feita por meio de processo seletivo simplificado, em etapa única, de caráter classificatório e eliminatório, por meio da avaliação curricular. Será dada prioridade para os candidatos aprovados e que se encontram em quadro de reserva do concurso público deflagrado pelo Edital nº 001/2018-SEARH-SESAP. Caso as vagas não sejam preenchidas por quem estiver no cadastro de reserva do concurso, serão selecionados de acordo com o tempo de experiência do candidato na função para a qual se inscreveu. Além disso, devido ao estado de emergência de saúde pública decorrente da Covid-19, não serão permitidas inscrições de candidatos que estejam no grupo de risco de contágio da doença.

O edital do processo seletivo foi lançado na quarta-feira (1º) e as inscrições já estão abertas e podem ser realizadas até o próximo dia 6 de abril por meio do endereço eletrônico: https://selecao.saude.rn.gov.br/selecao/.  Todo o processo de seleção será online, com exceção da apresentação dos documentos originais e assinatura do contrato, caso o candidato seja convocado.

A contratação temporária é amparada no Decreto n º 29.581, publicado na edição de 1º de abril do Diário Oficial do Estado, e no estado de calamidade pública instaurada por conta da pandemia. A medida também é prevista na lei estadual nº10.229/2017. O Governo do Estado separou, por meio do Decreto nº 29.577, um valor de R$ 19 milhões para garantir as contratações e o reforço na saúde do estado. O sistema de recrutamento a ser utilizado foi desenvolvido especificamente para este edital pelo IMD/UFRN – Instituto Metrópole Digital, parceria muito importante para o Governo do Estado.

Também no dia 1º de abril o Governo convocou mais 119 profissionais de saúde, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, daquele concurso público para atuar nos hospitais regionais Tarcísio Maia, em Mossoró, e Dr. Mariano Coelho, em Currais Novos.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia, o Plano de Contingência tem sido atualizado em função das expectativas de crescimento da epidemia e das tratativas de ampliação da oferta de leitos. “Na região de Mossoró, por exemplo, incorporamos a oferta de leitos por unidades filantrópicas e contratação de leitos privados. E já com previsão de ativação de leitos no Tarcísio Maia e no Hospital Rafael Fernandes. Em Natal, além do Hospital de Campanha no Arena das Dunas, teremos a ativação de leitos no Hospital da Polícia Militar e no João Machado que deverá disponibilizar 48 leitos de enfermaria e 20 UTI’s”, explicou.

Maia lembrou ainda que dos aprovados no último concurso da Sesap, convocados recentemente, cerca de 476 trabalhadores já se apresentaram e estão sendo lotados para suas atividades.

Os candidatos podem tirar dúvidas pelo e-mail [email protected].  E o edital está disponível no link:  http://diariooficial.rn.gov.br/dei/dorn3/docview.aspx?id_jor=00000001&data=20200402&id_doc=678985

 

Opinião dos leitores

  1. R$ 1.463 não paga o velorio de quem eventualmente se contagiar com essa doença e morrer, o salario não e nem de longe compatível com o risco, boa sorte pra quem embarcar nessa.

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