Economia

Taxa de desemprego dos Estados Unidos tem pior resultado desde a Grande Depressão

Foto: Johannes Eisele/AFP

A economia americana perdeu 20,5 milhões de empregos apenas em abril, a maior destruição de vagas desde a Grande Depressão e o mais consistente indicador do estrago causado pela pandemia do novo coronavírus sobre a economia.

A taxa de desemprego saltou para 14,7%, dos 4,4% registrados em março. Em fevereiro, antes do início da crise, ela era de 3,5%.

O único cenário comparável de desemprego é do período da Grande Depressão, quando não existiam estatísticas oficiais do governo. Em 1933, o desemprego americano teria atingido 25%.

Pela comparação oficial do departamento de Trabalho dos EUA, é o recorde para o período pós Segunda Guerra. O pior indicador por esse recorte era de 10,8% de desemprego, atingido em novembro de 1982.

Economistas consultados pela agência Reuters projetavam um quadro ainda pior: 22 milhões de desempregados e taxa de desemprego de 16%.

Os dados de março também foram revisados: naquele mês, 870 mil pessoas perderam o emprego, ante projeção de 701 mil.

A perda de postos de trabalho é reflexo direto das medidas adotadas por governos para conter a disseminação do novo coronavírus, como o fechamento de serviços considerados não essenciais a partir da segunda quinzena de março.

Essa estatística oficial não mostra, porém, as pessoas que tiveram jornada de trabalho e portanto também a renda reduzida.

Os números sombrios reforçam as projeções de analistas de que a retomada após a pandemia será lenta: o consumo das famílias é um dos motores da economia americana.

No Brasil, a taxa de desemprego mais recente conhecida é a de março e estava em 11,6%. A estatística oficial leva em consideração o trimestre móvel, suavizando o registro da alta do desemprego.

Além disso, o governo ainda não divulgou neste ano os dados do Caged, que mede os empregos com carteira assinada no país. Tampouco há a divulgação sistemática dos pedidos de seguro-desemprego, dificultando a leitura do estrago feito pela pandemia do novo coronavírus sobre o mercado de trabalho brasileiro.

Folha de SP com agências de notícias

Opinião dos leitores

  1. Me lembro de que a três meses atrás, o pai do Bolsonaro, o sr. Donald Trump disse que essa gripe não atingiria o país. E agora Trump? Será mesmo que é uma gripezinha, um resfriadinho?

    1. Não se esqueça que essa pandemia era algo novo, inclusive não tem nada conclusivo, apenas que é uma doença perigosíssima e que vai dá um baque enorme no planeta, entretanto você deve ser um dos que extirpou o complexo de viralatas tão propagado por luladrão, que priorizavam copa do mundo, olimpíadas e corrupção sistêmica, relevando a saúde a última das prioridades, com isso, potencializou a mortandade dos contaminados por covid, por falta de UTIs e respiradores. Cujos adoradores desse trastes se acham ungidos de intectualidade. O que é uma lástima.

    2. O tesão do gado por Lula é algo formidável. E olhe q o cara deixou a presidência com 88% de aprovação. Queria ter 10% desse tesão por minha esposa. Voltaria aos meus 17vanos!

    3. É, 80% de aprovação pela corrupção sistêmica, onde saquearam mais de trilhões de reais, eleitos através de fraudes com dinheiro sujo da corrupção, bilhões investido em copa do mundo, Olímpiadas e com grande parte do dinheiro desviado, enquanto hoje milhares de brasileiros irão morrer pela falta dessa fortuna roubada e mal aplicada, e que deveria ter sido investido na saúde e em outros setores de enormes nescessidades. Ainda tem a ignorância de chamar outros de gado. É cada uma!

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Saúde

Estudo relaciona consumo de selênio com taxa de recuperação da Covid-19

Foto: Creative commons

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, identificou uma ligação entre a taxa de recuperação do Covid-19 e o consumo regional de selênio na China. O estudo foi publicado no American Journal of Clinical Nutrition.

Essencial para a saúde humana, o elemento químico pode ser obtido através da dieta (pela ingestão de peixe, carne e cereais) e já demonstrou ser importante no combate ou progressão de várias doenças. Um exemplo claro disso pode ser observado em pacientes com HIV: a falta de selênio mostrou ser um fator importante na progressão do vírus e de sua doença.

Casos opostos

A China possui populações com os níveis mais baixos e mais altos de selênio do mundo. Isso porque as diferenças geográficas do solo afetam a quantidade do elemento que estará presente na dieta da população. Cientes disso, pesquisadores liderados por Margaret Rayman, professora de medicina da Universidade de Surrey, se propuseram a investigar a relação entre os níveis de selênio de uma população e o número de casos recuperados de Covid-19.

Examinando dados de províncias com mais de 200 casos e cidades com mais de 40 casos, os cientistas descobriram que áreas com altos níveis de selênio eram mais propensas a apresentarem mais pacientes que haviam melhorado seu quadro.

Na cidade de Enshi, pertencente à província de Hubei, onde é registrada a maior ingestão de selênio na China, a taxa de recuperação dos pacientes era quase três vezes maior do que a média para todas as outras cidades. Por outro lado, na província de Heilongjiang, onde a ingestão de selênio é uma das mais baixas do mundo, a taxa de mortalidade por Covid-19 foi quase cinco vezes mais alta que a média de todas as outras províncias.

Mais estudos são necessários

Ramy Saad, médico do Royal Sussex County Hospital, no Reino Unido, disse que a correlação é convincente, tendo em vista pesquisas anteriores sobre selênio e doenças infecciosas. “Uma avaliação cuidadosa e completa do papel que o selênio pode desempenhar na Covid-19 certamente é justificada e pode ajudar a orientar as decisões de saúde pública em andamento”, concluiu.

Ainda assim, a médica estatística Kate Bennett pondera: “Existe uma ligação significativa entre o status de selênio e a taxa de recuperação da Covid-19, no entanto, é importante não exagerar essa descoberta; não conseguimos trabalhar com dados de nível individual e não conseguimos levar em conta outros fatores possíveis, como como a idade [dos pacientes] e [a existência de] doenças subjacentes.”

Galileu

 

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Saúde

São Paulo inicia bloqueios de avenidas para elevar taxa de isolamento

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo realizou nesta segunda-feira (4) os primeiros quatro bloqueios de avenidas, programados como ação de enfrentamento à covid-19, para desestimular a população a sair de casa. A previsão era de que os fechamentos de vias ocorressem na faixa horária de 7h às 9h, mas, de acordo com o órgão, poderão ser ampliados nos próximos dias, caso haja melhora no índice de isolamento social no município. Neste sábado (2), o índice foi de apenas 52%, quando o ideal é de 60% a 70%.

Nesta segunda-feira, os locais bloqueados foram os seguintes: Av. Moreira Guimarães (B/C) x Av. Miruna, na zona sul; Av. Santos Dumont (B/C) x Av. do Estado, na zona norte; Av. Radial Leste (B/C) x Rua Pinhalzinho, na zona leste; Av. Francisco Morato (B/C) x Rua Sapetuba, na zona oeste. A regra é que em todos os pontos se mantenha uma faixa livre para a circulação dos veículos.

Os bloqueios estão sendo organizados em trabalho conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran). O monitoramento e a orientação do tráfego ficam a cargo da CET.

Também durante a manhã, das 7h às 9h, foram feitas duas blitzen educativas no cruzamento da Av. Dr. Vital Brasil (B/C) com a R. Camargo e na Av. João Paulo I (B/C) altura do n° 2.868, ambos os locais situados na zona oeste da capital. A ação contou com o apoio das secretarias municipais da Saúde (SMS), Mobilidade e Transportes (SMT) e Segurança Urbana (SMSU).

A prefeitura ainda divulgou recomendações para evitar a transmissão de covid-19. Confira:

– Se possível, fique em casa. O distanciamento social é ferramenta de prevenção e deve ser respeitado;
– Se precisar sair de casa, use máscara;
– Evite aglomerações ou locais pouco arejados;
– Cubra sempre a boca ao tossir (não utilizando as mãos, mas os braços);
– Utilize lenços descartáveis e jogue-os no lixo após o uso;
– Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca;
– Não compartilhe objetos de uso pessoal.

Agência Brasil

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Polícia

RN lidera com TO taxa de mortes de policiais no país, aponta levantamento

Com 1,3 morte a cada mil policiais, o Rio Grande do Norte lidera, junto com Tocantins, a taxa de mortalidade entre policiais militares e civis no país, de acordo com dados de 2019 levantados pelo Monitor da Violência, do G1.

Segundo o levantamento,iIsso ocorreu mesmo com a redução, em mais da metade, dos crimes fatais contra os agentes de segurança do estado em relação ao ano anterior – passando de 25 para 12 – queda de 52%.

Opinião dos leitores

  1. Fátima do PT foi a responsável pela diminuição no número de mortos de PM. LEIAM direito

    !Segundo o levantamento,iIsso ocorreu mesmo com a redução, em mais da metade, dos crimes fatais contra os agentes de segurança do estado em relação ao ano anterior – passando de 25 para 12 – queda de 52%.!

    1. Em Tocantins eu não sei quem é o governador. Aqui no Rio Grande do Norte a governadora é Fatima, do PT. Fatima, do PT. Do PT.

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Economia

Taxa de ocupação hoteleira das principais cidades do RN durante o Carnaval passa de 90%

Foto: Reprodução/Viagem e Turismo grupo ABRIL

A taxa de ocupação hoteleira das principais cidades do Rio Grande do Norte, durante o Carnaval, está com  média de 90%, se considerarmos a ocupação de 92% da capital potiguar. Pelo levantamento feito pela Secretaria de Turismo do RN, (Setur/RN), junto com as prefeituras municipais notou-se que até a sexta-feira (21), as cidades de Serra de São Bento, Martins, Portalegre, Tibau, Areia Branca e Maxaranguape já possuem 100% de taxa de ocupação. E os destinos de Galinhos, São Miguel do Gostoso, Apodi, Tibau do Sul/Pipa e Baía Formosa ficam entre 80% a 90%, somente na rede hoteleira. Surpreendentemente; as duas cidades com maior tradição no Carnaval: Caicó e Macau; obtiveram 70% de ocupação, ambas com perspectiva de aumento, segundo os gestores.

Para a sub-secretária de turismo do RN, Solange Portela, muitas pessoas planejam os dias de folga do carnaval e nem sempre os destinos tradicionais litorâneos são opção. “Sabemos que Natal é o principal mercado emissor para a maioria das cidades interioranas, durante esse período existe um importante fluxo no turismo regional, em algumas cidades a população quase duplica durante os dias do reinado de momo, uma vez que a hospedagem vai além da ocupação dos meios formais, pois há uma ocupação significativa em casa de amigos e familiares. Todo esse fluxo de pessoas movimenta a economia local, pois permite que o dinheiro circule além da capital”, pontuou Portela.

O que consente com os dados da Socicam – empresa responsável pela administração do terminal rodoviário de Natal – apontam que durante o período de 20 a 27 de fevereiro, foram disponibilizados 200 horários extras de ônibus saindo da capital potiguar. O que gerou no total um fluxo de 75 mil passeiros, entre embarques e desembarques. A maior demanda de saída era para as cidades de Caicó, Mossoró e Touros e a chegada de passageiros vindos principalmente da capital cearense, Fortaleza.

Opinião dos leitores

    1. 90 % DOS QUE RESTARAM (preste atenção)……….. Já vi questão de concurso com essa pegadinha, e muita gente ainda erra.

  1. Enquanto o povo sofrido e alienado gasta o que não tem a acha que está tudo perfeito, os políticos lá em brasília fazendo novos planos de roubar mais e ferrar o povo. Muita ignorância e o pior é que vai ficar ainda mais ruím. Acho é pouco…

  2. Vão embora enquanto pode. Assaltos de todos os lados, marginais fazendo a festa e os aproveitadores de plantão. Depois não diga que não foi avisado.

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Economia

Você vai pagar taxa do cheque especial mesmo sem usar; saiba o que fazer

Foto: Ilustrativa/via Serasa Consumidor

Muita gente viu a notícia de que o Banco Central limitou os juros do cheque especial a um teto de 8% ao mês. Mas muitos outros não perceberam uma outra regra criada junto: os bancos vão poder cobrar uma tarifa mesmo de quem não usa o cheque especial. A partir do dia 1º de junho, basta ter um limite de cheque especial acima de R$ 500 para ser obrigado a pagar essa tarifa.

Ou seja, mesmo que você não entre no cheque especial, o banco poderá cobrar uma taxa de você. Só não pagarão essa tarifa os clientes que tiverem até R$ 500 de limite. Acima disso, todos pagarão. O valor máximo dessa taxa será de 0,25% do limite por mês. O que você deve fazer com isso? Cancelar o seu limite? Reduzir para R$ 500? Esperar para ver o que o banco vai oferecer? Entenda a seguir.

Como funciona a nova taxa

Se você tiver um limite de até R$ 500,00, o banco não pode cobrar nenhuma tarifa. Apenas os juros sobre o que você utilizar. Mas se você tiver um limite além de R$ 500 no cheque especial, o banco poderá tarifar você. Por exemplo: se seu limite for de R$ 1.000,00, a instituição financeira poderá cobrar, todos os meses, R$ 1,25, ou seja, 0,25% sobre o valor que excedeu R$ 500.

Se você entrar no cheque especial, essa tarifa deverá ser descontada dos juros. Ou seja, se você passou um mês no cheque especial, com um crédito de R$ 1.000,00, sendo a taxa de juros de 8%, você vai pagar R$ 80 de juros, menos R$ 1,25 que havia sido pago de tarifa.

Banco tem que avisar antes

Na regra criada pelo Banco Central, está determinado que os clientes têm que ser avisados até um mês antes de começar a cobrança da tarifa. “O banco tem que entrar em contato com todos os clientes para avisar sobre a nova cobrança, caso resolva adotá-la. Assim, é o consumidor quem fará a escolha”, afirma Guilherme Farid, chefe de gabinete do ProconSP.

Segundo o Banco Central há 80 milhões de clientes de bancos que têm um limite acima de R$ 500. Outros 19 milhões de consumidores têm o limite de crédito no cheque especial abaixo dos R$ 500. Então, há um universo grande de consumidores que precisam ser avisados.

Devo reduzir meu limite para R$ 500?

Alguns consultores dizem que o melhor é antecipar-se e pedir ao banco a retirada do limite caso a instituição decida cobrar a tarifa sobre o cheque especial. Outros dizem que é bom negociar antes. Pode ser que o banco não cobre a tarifa no seu caso ou cobre menos. E um limite especial mais alto, que você já tenha, pode ser útil em alguma emergência.

Se o banco começar a cobrar a tarifa sem avisar, cabe até uma ação. Se o consumidor não contratou um serviço e foi cobrado sem sua clara solicitação, fica caracterizada prática abusiva, prevista no artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, diz o Procon-SP.

“Sem dúvida, o cliente tem que se antecipar e pedir o ajuste no limite do cheque especial para até R$ 500, ou negociar para que não haja a cobrança da tarifa. Afinal, existe o risco de o cliente começar a pagar sem sequer a perceber a cobrança da tarifa no meio dos juros”, afirma a educadora financeira da Dsop Educação Financeira, Ana Rosa Vilches.

Limite não pode virar parte do salário

A mesma consultora alerta que abrir mão do limite no cheque especial exige mais atenção com as contas. “Cheque especial é, como o nome diz, algo especial. Infelizmente muitos brasileiros consideram o cheque especial um complemento de renda. Acabam esquecendo de contabilizar os custos dos juros e, quando vão ver, entraram em uma dívida grande”, diz Ana Rosa.

“Se a pessoa não consegue nem sequer administrar as contas, como vai perceber a tarifa e os juros que o banco está cobrando?”, diz ela.

Melhor pagar multa por atraso ou juros do cheque?

Entre as dicas, está a de reduzir opões no débito automático. Assim, se aquela fatura mais pesada cair no dia em que sua conta estiver com pouco saldo, o boleto vai voltar. É melhor pagar a multa do que cair nos juros do cheque especial, dizem os consultores.

O que é mais barato: crédito pessoal ou cheque especial?

Se faltar dinheiro, é melhor pedir um crédito pessoal porque as taxas de juros são inferiores à metade das cobradas no cheque especial.

Para se ter uma ideia, a taxa média cobrada no cheque especial é de 12,4% ao mês. Vai cair para 8% a partir de janeiro do ano que vem, de acordo com a regra criada pelo Banco Central.

A taxa média no crédito pessoal é de 5,9% ao mês. Se for uma linha de crédito consignado, ou seja, vinculada a salário, esse custo cai para 2,5%, no caso do trabalhador do setor privado, e a 1,4%, para o funcionário público.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. kkkk. nota-se claramente que o titular do blog não ganhou nenhum abada ou camarote… outrora era um dos socios do camarote Donna Donna… kkk esse ano me diserram que apenas em uma tarde mandou 45 e mails pra roberto bezerra e 30 pra ricardo implorando abadas que foram negados… como diz flavinho rezende… que situação;;;

    1. “Homi tenha calma….. foram mais e-mails, o medo é o Intercept grampear e mostrar”.

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Finanças

Caixa corta taxa de administração dos recursos do FGTS pela metade para manter monopólio

Foto: ADRIANO MACHADO/ REUTERS

Para manter o monopólio na gestão dos recursos do FGTS , a Caixa Econômica Federal reduziu a taxa de administração de 1% pela metade, a partir de janeiro de 2020.

A medida foi negociada com o relator da medida provisória (MP) 889 que autoriza os saques das contas do FGTS, deputado Hugo Motta (Republicanos-SP), para destravar a tramitação da proposta na comissão mista do Congresso. Motta apresentou o relatório no colegiado na manhã desta quarta-feira.

A sessão foi suspensa e os trabalhos na comissão serão retomados no início da tarde. O presidente do colegiado, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), pretende votar o relatório ainda nesta quarta-feira e busca construir um acordo com a oposição.

Ele foi alertado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que o prazo para a apreciação da matéria na comissão se encerra nesta quarta-feira. O texto ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado.

Um dos pleitos da oposição e que está sendo avaliado pelo relator trata do dispositivo que dá prerrogativa ao ministro da Economia para exigir que os bancos devolvam ao Tesouro recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), em caso de déficit. A ideia é transferir a responsabilidade para o Conselho Deliberativo do FAT.

Outro ponto questionado pelo setor da construção civil diz respeito à limitação da concessão de subsídios do FGTS para a população de baixa renda. O relator sugere 40% do resultado. Hoje não limite.

Saque de até um salário mínimo

O relator fez várias modificações no texto enviado pelo Executivo. Para os trabalhadores que tinham até um salário mínimo (R$ 998) no fundo na data de publicação da MP, a novidade é que poderão sacar todo o valor, em vez de apenas R$ 500. Para quem tinha mais que um salário mínimo, o saque-imediato continuaria restrito a até R$ 500 por conta.

Como os saques já estão ocorrendo, caso a proposta seja aprovada, o trabalhador poderá retornar para retirar o restante. A medida vai injetar na economia mais R$ 3 bilhões, além dos R$ 40 bilhões projetados pela equipe econômica.

Para os empregadores, a novidade é o fim da contribuição de 10% sobre o saldo do FGTS nas demissões sem justa causa. A multa de 40% continua existindo.

O relator também alterou um dispositivo que trata divisão do lucro líquido anual do FGTS entre os cotistas, que passará a considerar o saldo médio da conta. Pela proposta original, o crédito somente seria feito de forma proporcional ao saldo existente no dia 31 de dezembro do ano anterior. A medida beneficia quem retirou os recursos para compra da casa própria, aposentadoria ou doença, por exemplo.

Motta incluiu nas possibilidades de saque do FGTS doença rara do cotista ou dependente. Ele permite também que os trabalhadores possam usar os recursos do Fundo para imóveis acima de R$ 1,5 milhão, fora do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Além do saque emergencial do FGTS, que vai até março de 2020, a MP cria o saque aniversário, que entrará em vigor no próximo ano.

Em 2018, a Caixa recebeu R$ 5,1 bilhões do FGTS só a título de taxa de administração. Segundo técnicos do banco, o corte do percentual para 0,5% vai gerar um prejuízo de R$ 2,5 bilhões por ano para a instituição.

Na primeira versão do parecer, o parlamentar previa o fim do monopólio da Caixa como gestora única dos recursos do FGTS, abrindo a possibilidade para bancos privados operarem livremente as linhas de financiamento habitacional e de projetos de saneamento básico.

Contudo, houve uma reação forte da Caixa, que recorreu diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, apesar do aval de técnicos da equipe econômico ao aumento da concorrência.

O Globo

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Economia

Taxa de energia solar entra na mira do Congresso

Foto: Jornal de Brasília

A consulta aberta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para taxar a energia solar está na mira de deputados e senadores. Pretendem realizar audiências públicas nas duas Casas para que diretores da Agência expliquem o objetivo da revisão das atuais regras.

A consulta que trata da chamada geração distribuída foi aberta recente e se encerra em 30 de novembro. A bancada de parlamentares crítica à medida cita, por exemplo, que muitos agricultores buscaram a energia solar como uma alternativa para baratear o custo da produção.

Coluna Esplanada

Opinião dos leitores

  1. Lixo de Anatel percebe q as pessoas começam produzir sua própria energia e já começa a colocar areia. É igual gás, prometem mundos e fundos aos proprietários de veículos, os otários acreditam e depois de gastar uma grana na conversão, o preço do gás dispara.

  2. Quem devia cobrar a taxa é o próprio SOL! Não faz sentido, o que aparecer querem taxar, não temos nada, não somos dono de nada, nem de carro nem de imóvel algum tudo é pertence o Governo, deixe de pagar os impostos para eles virem tomar posse e agora até o que o Sol fornece querem ser os donos. Em breve haverá plano de saúde só para os impostos se manterem bem.

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Economia

Prévia da inflação é de 0,09% na menor taxa para outubro desde 1998, aponta IBGE

Foto: Ilustrativa

A prévia da inflação de outubro é de 0,09%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado nesta terça-feira (22) e é o menor registrado para outubro desde 1998, quando foi de 0,01%. O IPCA-15 é a inflação oficial do país.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta acumulada este ano está em 2,69%. Nos últimos 12 meses, ficou em 2,72%.

Os grupos de saúde e cuidados pessoais, com 0,85%, e transportes, com 0,35%, foram os responsáveis por puxar o IPCA-15 para cima em outubro.

As principais quedas, que determinaram deflação, ficaram por conta de alimentação e bebidas (-0,25%), habitação (-0,23%) e artigos de residência (-0,21%).

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Quem lembra em quanto já estava a inflação no governo de querida??
    Kkkkkkk
    PT ladrão nunca mais.
    Tchau!
    Corruptos canalhas.

  2. Quando nós iremos ,de fato, constatar no bolso? O glp residencial entra no cálculo da inflação?

  3. O povo fica com a realidade, a esquerda com a mediocridade das narrativas mentirosas e contra o melhor para o Brasil.
    Quem apoia o foro de São Paulo não tem amor a pátria.

  4. GENTE PELO AMOR DE DEUS ESSE IBGE TA DE SACANAGEM NÃO ACREDITEM NESSA MENTIRA ESTAMOS SENDO ENGANADOS HA MUITO TEMPO ESSA INFLAÇÃO E MENTIROSA EU DISSE MENTIROSA ELES NÃO PODEM DIVULGAR A REAL DA INFLAÇÃO SE NÃO VAI SER UM DEUS NOS ACUDA BASTA VOÇE VER OS PREÇOS NOS SUPERMERCADOS EU FAÇO A FEIRA TODO MES E VEJO A DIFERENÇA DE PREÇO EU TO DE OLHO ACORDA BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. Acho que você está trocando os governos.
      O IBGE hoje tem liberdade de divulgar as informações o que não acontecia até pouco tempo atrás. Impressiona ver o quanto vocês se apoiam em mentiras e querem impor as narrativas contra os fatos.
      O 85% do povo está vacinado contra essa chuva de cretinisse jogada na mídia, com discurso oposto a realidade.

    1. É muito fácil governar assim. Se der certo é mérito deles, se der errado a culpa é do PT, do foro de São Paulo, da Venezuela ou de Cuba. 🙁

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Diversos

Nova carteira do estudante deverá dispensar taxa da UNE

(FG Trade/Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro alfinetou integrantes do PCdoB ao falar sobre a edição de uma medida provisória que criará a carteira digital de estudantes. Ele afirmou que não será mais preciso pagar a taxa para entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), tradicionalmente comanda pela Juventude do PCdoB.

“Vou facilitar a vida dos estudantes. Não vai ter mais que pagar para a UNE, que quem manda lá é o PCdoB”, afirmou Bolsonaro a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira, 3. “Vai faltar dinheiro para o PCdoB”, completou, rindo.

Na segunda-feira, 2, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, não soube informar se a ideia da MP é tirar expressamente da UNE, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) o poder de cobrar pela emissão do documento.

Bolsonaro confirmou nesta terça que a medida provisória será assinada na sexta-feira, 6, e que participará do evento. Ele cancelou viagem a Letícia, na Colômbia, que ocorreria no mesmo dia para discutir temas da Amazônia. Segundo o presidente, o encontro deve ser realizado por videoconferência.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Eita, até que enfim os eflúvios da "reforma trabalhista" começam a respingar na vida dos estudantes profissionais da UNE e congêneres.

  2. Coisas de menino sambudo e birrento !!!! E traços de inveja o que é normal dos que não conseguiram ingressar nas federais….! E sim dos que tem políticos de estimação….!!!

  3. QUERO VER OS IDIOTAS ÚTEIS RECLAMAR DE NÃO PAGAR TAXA….
    JÁ PENSOU?
    MANIFESTAÇÃO PARA PAGAR TAXA…
    KKKKKKK

    1. BG.
      Só falta agora os pré- jubilados irem pra BR fechar o trânsito.

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Economia

Taxa de emprego no turismo brasileiro cresce 5,8% de maio a julho deste ano

Foto: Montagem

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD-C, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que o turismo brasileiro segue em crescimento. Os números divulgados nesta sexta-feira (30) mostram que o setor teve alta de 5,8% no número de trabalhadores na categoria ‘alojamento e alimentação’, entre maio e julho de 2019. A comparação é com o mesmo período do ano passado.

Os resultados acompanham o crescimento do turismo que acontece desde abril deste ano, quando a pesquisa registrou também uma alta na taxa de emprego de 4,4% no segundo trimestre. Além disso, desde o segundo trimestre de 2012 até o mesmo período neste ano, o segmento que mais teve participação de trabalhadores no país foi o de alojamento e alimentação, item ligado ao turismo.

Outras categorias do setor, segundo classificação do IBGE, estão na categoria ‘Outros serviços’ que também apresentou alta no número de trabalhadores de 5,3%. Em agenda na cidade de Tiradentes (MG) para o 22º Festival Cultura e Gastronomia, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, comemorou os resultados divulgados hoje pelo IBGE e destacou que as conquistas são fruto de ações que vem sendo implementadas pelo MTur e pelo governo federal ao longo destes sete meses de gestão.

“Esses resultados demonstraram uma perspectiva otimista e crescente de que estamos no caminho certo. O turismo no centro da agenda estratégica do Brasil proporciona isso. Vivemos um momento único que oferece uma excelente oportunidade ao nosso país. Trabalhamos exatamente para gerar oportunidades à população, seja com empregos, renda ou inclusão social”, ressaltou o ministro.

DEMANDA DOMÉSTICA – Em junho deste ano, o Ministério do Turismo fechou uma parceria com o IBGE para incluir nos questionários aplicados pelos agentes da PNAD Contínua, a partir das próximas visitas domiciliares, perguntas sobre o turismo no país. O acordo vai permitir a inclusão de até 48 perguntas sobre o setor de Viagens nos questionários.

Para o ministro do Turismo, a cooperação trará ganhos imprescindíveis para mensurar o alcance e os resultados das políticas públicas implementadas pelo Ministério no âmbito nacional. “Precisamos monitorar o comportamento do setor turístico brasileiro e ver se as ações chegam na ponta”, afirmou Álvaro Antônio.

PNAD – Segundo o IBGE, a PNAD tem um universo de pesquisa de 200 mil domicílios e acompanha as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força de trabalho, além de outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País.

A pesquisa também produz indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes – como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres domésticos, e tecnologia da informação e da comunicação.

Opinião dos leitores

    1. Turismo aqui é tratado com total descaso. Natal é suja, escura, esburacada, orla feia, não tem parque, não tem praça, não tem segurança nem infraestrutura. Problema que o RN não tem outra alternativa econômica. Não temos comércio, indústria nem serviços
      O exemplo de Gramado, com eventos o ano inteiro e alta profissionalização, mostra como o turismo pode desenvolver uma cidade e uma região.

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Diversos

RN ocupa a terceira menor taxa de desemprego do Nordeste; CE e PB na frente, e BA amarga pior índice

Foto: Ilustrativa

O desemprego caiu em 10 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com o trimestre anterior, permanecendo estável nas demais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, a menor taxa no Nordeste foi registrada no estado do Ceará, com 10,9%, com Paraíba com mais baixa(11,9%) e o Rio Grande do Norte ocupando a terceira menor taxa, com 12,5%. Os estados da Bahia(17,3%) e Pernambuco(16¨%) ocupam os maiores registros negativos.

A taxa de desemprego média no país recuou para 12% no 2º trimestre, ante 12,7% no 1º trimestre, conforme já divulgado anteriormente pelo órgão, mas ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros.

RN – 12,5% (3ª)
CE – 10,9% (1ª)
PB – 11,9% (2ª)
PI – 12,8% (4ª)
AL – 14,6% (5ª)
MA – 14,6% (6ª)
SE – 15,3% (7ª)
PE – 16% (8ª)
BA – 17,3% (9ª)

Opinião dos leitores

  1. A ordem está equivocada. Se o critério é a taxa se desemprego, a ordem deve ser invertida.

  2. Alô Fátima Lula Bezerra, vai aí de GRAÇA a solução pro nosso semi árido sofrido, não vou COBRAR nada pela idéia, ja que seus aliados, boa parte são tapados, inclusive os quem tem mandatos. TOMARA QUE CHEGUE AO VOSSO CONHECIMENTO TÁ?? *** Olhe Vamos gastar um pedaço desse dinheiro do banco mondial com a plantação de MAMONA no Sertão, isso sem dúvidas nenhuma, vai trazer EMPREGOS E RENDA por esse sertão a fora do RN, não precisa de muita chuvas e produz em qualquer chão.
    A produção as usinas de bio Diesel e cosmético, sabão… etc etc, absolve toda produção.
    ROBSON estimulou o plantio de Palmas. A senhora vai de MAMONA. Pelo amor de Deus bote em prática, não deixe só na ideia, tá certo? Estamos combinados?
    Agora é com vc excelência.

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Diversos

Taxa de fecundidade no Brasil é baixa e está em queda acelerada

Foto: Pixabay

O Brasil figura entre os países que apresenta queda acentuada da taxa de fecundidade. A taxa do país de 1,7 está abaixo do nível de reposição populacional, de 2,2.

O dado, do relatório “Situação da população mundial”, realizado anualmente pela UNFPA (Fundo de Populações das Nações Unidas), agência da ONU para questões populacionais, foi divulgado nesta quarta-feira (17).

Essa diminuição do número de filhos foi observada em todas as regiões do país e extratos sociais, no entanto, a maior queda foi registrada na população mais pobre e menos escolarizada.

“A fecundidade no grupo populacional com menor renda, que corresponde aos 20% mais pobres, caiu 1 filho por mulher nos últimos 14 anos, entre 2001 e 2015”, afirma Vinícius Monteiro, oficial do Programas para População e Desenvolvimento do UNFPA no Brasil.

Na faixa mais pobre e com menos escolaridade (de zero a quatro anos de estudo), a taxa de fecundidade caiu de 3,45 para 2,9 filhos por mulher.

Na faixa com maior renda e maior escolaridade (a partir de 12 anos de estudo), a taxa de fecundidade também caiu, mas proporcionalmente menos – de 1,56 para 1,18.

Vale ressaltar que o número é quebrado, pois se trata de uma taxa. A taxa de fecundidade corresponde ao número total de filhos nascidos dividido pela população de mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) naquele ano. Essa taxa de fecundidade é relativa ao ano de 2015, ano das estatísticas mais recentes divulgadas nesta pesquisa.

“Observamos que o acesso a serviços de saúde e à informação, além do processo de urbanização, fizeram com que mulheres tivessem mais condições de aproximar o número de filhos que gostariam ter ao que realmente tem”, afirma Monteiro.

Razões da queda incluem acesso à informação

A principal razão da queda das taxas é o acesso à informação e serviços que vem aumentando desde a década de 1990 por meio de programas sociais, segundo ele. “Basta apenas informação e desenvolvimento para garantir o poder da escolha do número de filhos”.

O Brasil teve queda de fecundidade acentuada e ainda está caindo, mas há contrastes internos muito marcados, principalmente relacionados à educação e renda, de acordo como oficial da UNFPA no Brasil.

“Geralmente, mulheres com maior nível educacional e maior renda tendem a engravidar mais tardiamente e ter menos filhos, com taxa de fecundidade próxima a de países tidos como mais desenvolvidos. Já mulheres com menor nível de escolaridade e de renda também estão tendo cada vez menos filhos, mas elas ainda têm mais filhos e mais cedo do que gostariam”, completa.

O levantamento mostra que existe uma tendência de convergência entre as taxas de fecundidade das regiões do Brasil, mas as taxas da região Norte ainda são mais elevadas em relação às demais áreas. Mesmo assim, está bem próximo do nível de reposição populacional.

A região Norte apresenta taxa de 2,12. No Sudeste, é de 1,7. “São os extremos do Brasil”, diz o oficial da ONU. “No Norte e Nordeste, a taxa caiu mais aceleradamente. No Nordeste passou de 2,68 em 2001 para 1,96 em 2015. E no Norte caiu de 2,6 para 2,12”, explica Monteiro.

O relatório afirma que a fecundidade no meio rural tende a ser mais elevada por uma questão cultural. A tendência é que os países, de uma forma geral, alcancem um maior nível de urbanização e, por consequência, reduzam a sua fecundidade. No Brasil, o nível de urbanização é de 84%, de acordo com o estudo.

Gravidez em adolescentes ainda preocupa

A pesquisa releva que a taxa de fecundidade no país só não está diminuindo entre as adolescentes. “A gravidez na adolescência é um grande desafio no Brasil. Ela impacta de maneira muito decisiva a trajetória dessas meninas. Um filho em uma situação não-desejada e em idade precoce pode significar interrupção da trajetória escolar e dificuldade de ingresso no mercado de trabalho, gerando uma série de impactos que vão ter reflexo para sempre na vida dessas meninas”, afirma.

O Brasil dispõe da sétima maior taxa de gravidez em adolescentes da América do Sul, empatando com Peru e Suriname, com índice de 65 gestações para cada 1 mil meninas entre 15 e 19 anos. De acordo com a UNFPA no Brasil, um em cada cinco bebês que nascem no país é filho de mãe adolescente. Entre elas, de cada cinco, três não trabalham nem estudam; sete em cada dez são afrodescendentes e cerca de metade mora na região Nordeste.

“A gravidez entre as jovens ainda é alta, mas acima de tudo é importante não culpabilizar as adolescentes. É preciso ressaltar que a fecundidade das adolescentes está associada a questões de acesso à informação e a serviços. Oferecer isso e, principalmente, oportunidades de trajetória para a vida é importante para que fecundidade não aconteça de maneira não-desejada e para que elas tenham um projeto de vida que vá além de ser mãe e dona de casa”, afirma o oficial da UNFPA no Brasil.

Monteiro destaca que, mesmo na era da internet, existe falta de informação sobre essas questões. “Na internet, a informação está misturada com desinformação. Então, é preciso que o governo, junto à sociedade civil, trabalhe em gerar informações mais qualificadas, além de considerar quem não têm acesso à internet ou não procura por esse conteúdo na rede”, diz.

Queda da mortalidade leva à queda da fecundidade

A taxa de fecundidade no Brasil começou a cair por volta da década de 1960, quando a média eram seis filhos por mulher, mas o ritmo e os momentos desse declínio foram diferentes em cada região, tendo início no Sudeste e se estendendo posteriormente para Norte e Nordeste, de acordo como relatório.

Em 1960, a taxa de fecundidade na região Norte, então a maior do país, era de 8,33. Em 2015, de 2,12.

Essa chamada “transição da fecundidade” segue uma lógica, segundo Monteiro. “Primeiro ocorre queda na taxa de mortalidade, para em seguida ocorrer na de fecundidade”, explica.

A partir dos anos 1970, o Brasil passou por um declínio intenso da taxa de fecundidade, que seguiu caindo em ritmo constante até os anos 2000, segundo o levantamento.

Número de gestações desejadas x realizadas

Monteiro afirma que se observa que ainda existe uma distância muito grande entre o número de gestações desejadas e realizadas. “Mulheres com maior nível educacional têm 1 filho em média e muitas gostariam de ter tido mais. Já as que nunca estudaram ainda que quisessem ter três filhos, elas acabam tendo mais que quatro, por exemplo”, afirma.

Embora o Brasil tenha taxa abaixo da estabelecida para garantir a reposição populacional, isso não significa necessariamente que a população brasileira irá imediatamente parar de crescer.

“Existe um fenômeno chamado de inércia populacional. Como há ainda muitas mulheres entrando em idade reprodutiva, a população tende a crescer até um determinado ponto”, diz.

A expectativa é que população brasileira se estabilize a partir de 2045, se for mantida essa tendência de queda da fecundidade, abaixo do nível de reposição, explica Monteiro. “Essa ainda não é uma preocupação do Brasil, mas de alguns países asiáticos e do Norte da Europa”.

O país com a maior taxa de fecundidade é a Somália, com 6,1, e com a menor, Portugal, com 1,2.

R7

 

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Polícia

RN é o terceiro estado do Brasil no crescimento da taxa de homicídios

O RN é o terceiro estado do Brasil com maior taxa de crescimento de homicídios. É o que aponta um levantamento do Jornal O Estado de São Paulo, divulgado nesta segunda-feira, 21.

De accordo com a publicação, o RN só perde para Pernambuco e Ceará, que lideram as estatísticas. O comparativo é entre o primeiro semestre do ano passado e este ano.

No estado potiguar, o aumento na taxa ficou próximo do que é divulgado na imprensa local. O Estadão informa que a variação entre 2016 e 2017 é de 26,27%. O portalnoar.com, com base em números da Secretaria de Segurança e do OBVIO, projetou variação em torno de 30%.

Em números absolutos, o Rio Grande do Norte cravou 1.161 (2016) e 1.466 (2017) homicídios nos períodos considerados do levantamento.

O Brasil já ultrapassou a marca dos 28 mil assassinatos cometidos neste ano, número 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o país pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.

Em âmbito local, o aumento é puxado pelas elevações registradas em Estados nordestinos, como Pernambuco. Se o País teve 1,7 mil homicídios a mais neste semestre, boa parte, 913, se deve à derrocada do Pacto Pela Vida, programa pernambucano que vinha conseguindo reduzir os assassinatos na última década, enquanto a região mantinha a tendência de alta.

Com informações do Portal No Ar e do Estado de São Paulo

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Economia

Pela 5ª vez seguida, Copom mantém taxa de juros em 14,25% ao ano

2015-876471610-como-multiplicar-dinheiro.jpg_20151226Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje (2), por 6 votos a 2, a taxa Selic em 14,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano.

Votaram pela manutenção da taxa Selic o presidente do BC, Alexandre Tombini, e cinco diretores: Aldo Luiz Mendes (Política Monetária), Altamir Lopes (Administração), Anthero Meirelles (Fiscalização), Luiz Edson Feltrim (Relacionamento Institucional e Cidadania) e Otávio Damaso (Regulação). Os diretores Sidnei Marques (Organização do Sistema Financeiro) e Tony Volpon (Assuntos Internacionais) votaram pela elevação da Selic em 0,5 ponto percentual.

Em comunicado, o Copom informou que as incertezas em relação à economia brasileira e global justificou a manutenção da taxa. “Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos e considerando as incertezas domésticas e principalmente externas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, sem viés”, destacou o texto.

Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do banco para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro, a maior taxa desde outubro de 2003.

No Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado ontem (1º) pelo Ministério do Planejamento, a equipe econômica estimou que o IPCA encerre 2016 em 7,1%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,57%.

Fonte: Agência Brasil

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Geral

Sony cobrará taxa mensal por games on-line no PlayStation 4

A Sony planeja cobrar uma taxa mensal de US$ 9,99 nos Estados Unidos e de € 6,99 na Europa em jogos multiplayer on-line do novo PlayStation 4, cujo lançamento está previsto para este mês, publicou o diário de negócios “Nikkei” sem citar fontes.

Atualmente, jogos on-line não cobram taxa mensal e podem ser jogados gratuitamente no PlayStation 3.

A Sony planeja cobrar 500 ienes (US$ 5) por mês para games multiplayer no Japão quando o novo console estrear em fevereiro, segundo o “Nikkei”.

Esta opção mensal de US$ 9,99 foi anunciada pela empresa em junho deste ano, disse à Reuters uma porta-voz da Sony Computer Entertainment of America.

Além da opção mensal, a empresa continuará a oferecer seu serviço on-line de jogos sob uma cobrança anual de US$ 49,99, ou menos que US$ 5 ao mês, segundo a porta-voz.

A Sony planeja tornar o PS4 mais atraente com a inclusão de mais funções de rede social, como a capacidade de conversar com outros jogadores, segundo o “Nikkei”.

O Xbox One, da Microsoft, também será lançado neste mês.

Folha

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