Política

Trump cita dificuldades do Brasil no combate ao coronavírus e alerta país por seguir exemplo da Suécia: “se tivéssemos feito isso, teríamos perdido talvez até 2 milhões ou mais de vidas”

 Foto: Reuters/Kevin Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou nesta sexta-feira (5) o Brasil como exemplo de país com dificuldades para lidar com a pandemia do novo coronavírus, ao defender a estratégia adotada por seu governo contra a doença e dizer que agora os EUA devem mudar o foco para se concentrar em proteger grupos de risco e permitir uma maior reabertura da economia.

Trump disse que o Brasil está seguindo o mesmo caminho da Suécia, país que não impôs quarentenas e decidiu se basear principalmente em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo a maioria das escolas, restaurantes e empresas abertas. Como resultado, a Suécia tem um número muito maior de casos de Covid-19 do que seus vizinhos nórdicos.

“Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido 1 milhão, 1 milhão e meio, talvez até 2 milhões ou mais de vidas”, disse Trump na Casa Branca, acrescentando que agora é hora de acelerar a reabertura.

Os Estados Unidos são o país do mundo com o maior número de casos do novo coronavírus, com 1,9 milhão de infecções e mais de 108 mil mortos.

O Brasil é o segundo do mundo em número de casos, com quase 615 mil infecções confirmadas pelo Ministério da Saúde e 34.021 mortes, mas tem neste momento a maior taxa de aceleração da doença no mundo, uma vez que quase diariamente registra mais casos e mortes do que os EUA.

Diversos governos municipais e estaduais têm anunciado planos para afrouxar as medidas de distanciamento social no Brasil. Especialistas alertarem para o risco de um agravamento da situação.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Eu sempre desconfiei deste Trump : não passa de um comunista disfarçado, kkkkk

  2. Não sou fã de Bolsonaro, mas parece que vocês que criticaram não sabem onde é a Suécia e o que houve lá. Que tal ler um pouquinho?

  3. Pra o “MITO” presidente daqui é só uma gripezinha, e não tem nada demais se aglomerar e ir para as ruas , inclusive ele vive se aglomerando e andando sem máscara. E a verdade é que nós estamos lascados e tomamos no ……..

  4. Sei não, esse Trump nunca me enganou… sempre com aquela gravata vermelha…
    Comunista todo

    1. Kkkkk vai presidente demite ele Kkk Kkk Bolsonaro baba ovo de trump e só leva chincada.kkkk

  5. SINTO MUITO MAS TRUMP ESTÁ TOTALMENTE DESINFORMADO SOBRE O BRASIL. TIVERMOS AQUI UM DOS MAIORES PERIODOS DE QUARENTENA DO MUNDO, AGORA, SE NÃO FUNCIONOU É OUTRA HISTORIA. ESSE TIPO DE MANCHETE CAUSA INDIGNAÇÃO.

  6. Aqui não tá seguindo exemplo da Suécia, só que mais da metade das pessoas está tocando o zaralho, então não tem muito o que fazer. Não tem polícia que dê jeito.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Trump anuncia fim de relações com a OMS e culpa a China

Foto: JONATHAN ERNST / REUTERS

O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira o fim das relações entre o governo dos EUA e a Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma ação relacionada diretamente às constantes críticas do governo americano à atuação da instituição durante a pandemia do novo coronavírus e à China, que também foi atacada pelas recentes ações ligadas à autonomia de Hong Kong.

Em um rápido pronunciamento na Casa Branca, Trump acusou o governo chinês de ser o principal responsável pela pandemia, que já matou mais de 100 mil americanos. Se referindo à Covid-19 como o “vírus de Wuhan”, uma expressão considerada racista pelo governo chinês, acusou Pequim de esconder informações do mundo, e de “controlar” a Organização Mundial da Saúde. Wuhan é a cidade onde o vírus foi identificado pela primeira vez.

— O governo chinês violou promessas, os fatos não podem ser negados. O mundo está sofrendo o impacto das ações da China, do “vírus de Wuhan”, que levou cerca de 100 mil vidas americanas. A China ignorou seus compromissos junto à OMS, pressionando a organização a ignorar o vírus. Eles recomendaram fortemente para que eu não suspendesse as viagens vindas da China — afirmou Trump, se referindo à decisão de barrrar viajantes provenientes de cidades chinesas, em janeiro, quando a OMS ainda não recomendava tal medida.

Trump não apresentou detalhes, mas disse que as contribuições destinadas à OMS, suspensas em abril, serão realocadas.

— Nós detalhamos as reformas que eles precisam fazer para que mantenhamos o contato, mas vamos colocar fim à nossa relação com a OMS e redirecionar os fundos — disse Trump. — O mundo precisa de transparência da China, eles permitiram que ele (o vírus) viajasse livremente pelo mundo. A morte e a destruição são incalculáveis.

A decisão inicial de suspender as contribuições levou a uma onda de críticas ao redor do mundo, em um momento em que a OMS fazia um apelo por US$ 1 bilhão para financiar as ações de saúde, especialmente contra a Covid-19. Até 2019, os EUA eram o maior contribuinte da instituição, com cerca de US$ 400 milhões por ano, 22% do orçamento total. Em 2020, US$ 58 milhões haviam sido pagos.

‘Um país, um sistema’

Inicialmente convocada como uma coletiva de imprensa sobre a China, o pronunciamento de Donald Trump elevou o discurso contra Pequim, não apenas sobre o coronavírus, mas também sobre as tensas relações políticas e comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Além de questionar o status de empresas chinesas que operam nos EUA, o presidente focou em Hong Kong, uma cidade que nominalmente possui autonomia política, financeira e legislativa em relação à China continental, mas que vem sendo alvo de medidas vistas com preocupação pela Casa Branca.

Desde os protestos de outubro do ano passado contra o governo de Hong Kong, Pequim não esconde seu descontentamento com os atos nas ruas da cidade e os questionamentos sobre até onde iria a autoridade chinesa na região.

Na semana passada, o Congresso Nacional do Povo, o parlamento chinês, anunciou um projeto para uma nova lei de segurança nacional para o território — o plano prevê que a nova legislação deverá “impedir, deter e reprimir qualquer ação que ameace de maneira grave a segurança nacional, como o separatismo, a subversão, a preparação, ou a execução de atividades terroristas, assim como as atividades de forças estrangeiras que constituam uma interferência nos assuntos de Hong Kong”.

Segundo analistas, essa medida, que poderia entrar em vigor antes de setembro, minaria a autonomia garantida pelo acordo que viabilizou o retorno do antigo território britânico à China, em 1997.

Ampliando uma série de críticas feitas nos últimos dias, Trump disse que “Hong Kong não é suficientemente autônomo”, e que iria ordenar uma revisão de todas as regras que balizam o status especial do território, como isenções de impostos e tarifas.

— Isso (a revisão) vai afetar todos os acordos, desde o nosso tratado de extradição até controles de exportação de tecnologia de uso duplo e além, com algumas exceções — afirmou Trump, dizendo ainda que o Departamento de Estado vai revisar as recomendações a viajantes para Hong Kong.

O presidente completou dizendo que a China substituiu a regra do “um país, dois sistemas”, usada para legitimar a autonomia de Hong Kong, para “um país, um sistema”. E anunciou o veto à entrada de cidadãos chineses acusados de serem “riscos à segurança” e “erodirem a autonomia de Hong Kong”.

Outras opções

Trump deixou em aberto a possibilidade de adotar medidas adicionais contra a China, mesmo sabendo que há mais de 1,3 mil empresas americanas com escritórios em Hong Kong, responsáveis por cerca de 100 mil empregos. Ou seja, uma “opção nuclear”, como analistas chegaram a ventilar, parece pouco provável.

Segundo duas fontes consultadas pela agência Reuters, um dos alvos poderiam ser alguns dos milhares de estudantes chineses hoje matriculados em universidades nos EUA. Funcionários do governo chinês e pessoas ligadas à administração de Hong Kong também podem ser incluidos na lista de sanções, sendo impedidos de entrar nos EUA e, em último caso, sofrendo o bloqueio de bens em solo americano.

Uma última opção, essa com objetivo político, seria assinar uma lei aprovada na quarta-feira pela Câmara dos Deputados que pede ações contra integrantes do governo chinês acusados de perseguição contra a minoria uigur, muçulmana, que poderia atingir os altos escalões em Pequim.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Trump querendo fugir do fracasso do combate ao Covid nos eua.
    Louco p achar um bode expiatório

  2. Pronto o outro louco daqui chamado Bozo, vai fazer a mesma coisa ele é uma espécie de papagaio falar e faz que o maluco tô trump faz e mandar, meu Deus entregaram nosso país um lunático e corrupto até a alma.

  3. É só botar culpa nos outros que tem um bocado de idiota, iguais aos eleitores do Bozo, que acreditam.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Trump edita decreto que regula redes sociais nos Estados Unidos


Foto: Jonathan Ernst/Reuters

O presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (28) um decreto que regula as redes sociais no país. O documento implica em uma revisão da lei que protege empresas como o Twitter, Facebook e o Google de serem responsáveis pelo conteúdo publicado por usuários, o que abre espaço para que essas empresas se tornem alvo de novas ações judiciais. O texto também pretende aumentar a visibilidade e permitir interferência no processo interno de bloqueio de publicações e usuários, que é regido pela política interna dessas plataformas.

Trump é um usuário ativo do Twitter, com mais de 80 milhões de seguidores. Ele já esteve envolvido em outras polêmicas com grandes empresas americanas de tecnologia e foi criticado seguidas vezes por fazer uso controverso da plataforma, como o compartilhamento de informações não verificadas.

Essa semana, pela primeira vez, a rede social sinalizou duas publicações do presidente americano como “potencialmente enganosas”, em resposta às declarações de Trump sobre fraude no voto pelo correio nos Estados Unidos. O novo selo de verificação de informações do Twitter fez o presidente americano ameaçar regular ou mesmo fechar a rede social.

O chefe de Estado usou seu perfil no Twitter para afirmar que “os republicanos sentem que as redes sociais censuram totalmente as vozes conservadoras”. Trump acusou o Twitter de estar interferindo nas eleições presidenciais do país, que acontecem em novembro.

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, criticou a ação do Twitter de rotular publicações como enganosas. Ele defendeu que não é o papel das empresas fazer a verificação de informação das publicações, em especial quando se trata de conteúdo político. O Twitter preferiu não comentar o ocorrido até o momento.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Uau! Vocês sabem tudo das entranhas dos embates que são travados lá só com a leitura deste blog!

  2. Pronto, diziam q o PT queria regular os meios de comunicação do Brasil e quem fez foi o governo do Tio Sam por lá.
    Esse mundo não gira, capota.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Trump ameaça “fechar” redes sociais após questionamento de seus tuítes

Foto: JIM WATSON / AFP

O presidente americano Donald Trump ameaçou, nesta quarta-feira (27), “regulamentar fortemente” ou “fechar” as redes sociais, depois que o Twitter classificou dois de seus tuítes como “enganosos” e os tratou como disseminadores de informações não verificadas.

“Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam completamente as vozes conservadoras. Vamos regulá-las fortemente ou vamos fechá-las, em vez de permitir que algo assim aconteça”, tuitou o presidente.

Estado de Minas

Opinião dos leitores

  1. A censura petralha é camuflada, travestida de "controle social da mídia". Já a pretensa censura bolsotralha, capacho fiel do histrionismo trumpalha, é esculachada, debochada, afuleirada.

  2. Quando li o titulo dessa materia, pensei: aqui seria o mesmo, SE o Bozopata tivesse dinheiro!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Trump diz que ‘incompetência da China’ causou ‘massacre’ no mundo

Foto: Doug Mills/EFE

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a culpar a China pela pandemia de Covid-19. Nessa quarta-feira (20), em sua conta no twitter, o líder norte-americano afirmou que “foi a incompetência da China, e nada mais, que causou esse massacre em todo o mundo”.

O republicano e membros de seu governo vêm elevando o tom contra o país asiático quando o assunto é o novo coronavírus. Analistas já temem que as tensões transbordem com firmeza para a seara comercial, apesar do acordo tarifário assinado entre as partes no início do ano.

Na terça-feira (19), o assessor de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou em entrevista à rede CNN que a China “basicamente desencadeou a pandemia pelo mundo”.

‘Mentiras’ dos EUA

Depois de ambos os países acordarem uma trégua após quase dois anos de guerra comercial, a rivalidade voltou às relações diplomáticas bilaterais.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, provocou indignação em Washington no passado, citando uma teoria da conspiração de que o vírus foi trazido para a China dos Estados Unidos.

“Parece que os Estados Unidos esqueceram que seus líderes elogiaram publicamente a China pelo trabalho contra a epidemia”, disse Zhao na quarta-feira, denunciando que existem “muitos erros e brechas no lado americano, com suas mentiras e rumores”.

Durante um telefonema com o primeiro-ministro do Bangladesh, Sheikh Hasina, o presidente chinês, Xi Jinping, parecia se voltar para os Estados Unidos.

Conforme relatado pela agência chinesa Xinhua, Xi disse que seu país se opõe a ações que interferem na cooperação internacional contra a pandemia e prejudicam o mundo, especialmente os países em desenvolvimento.

“A China está pronta para continuar trabalhando com a comunidade internacional, incluindo Bangladesh, para apoiar a liderança da OMS”, disse Xi.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, disse a jornalistas nesta quarta-feira que a crise do coronavírus terminou com as ilusões de ter um vínculo mais próximo com a China.

“Subestimamos muito o grau em que Pequim é politicamente e ideologicamente hostil às nações livres”, disse o secretário de Estado. Para concluir, Pompeo disse que a China é governada por um “regime brutal e autoritário”. /AFP

Jovem Pan, com informações do Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Sabe o que os EUA sempre fazem para sair do buraco? Criar conflitos, assim o dólar se valoriza e a economia deles é aquecida. No momento atual, são muito dependentes dos produtos chineses e isso não é uma opção, é exigência do capital. O capital se desloca em busca de maior margem de lucro. Mão de obra numerosa e barata em um espaço que concilia socialismo e capitalismo vigiado é um paraíso, não? Politicamente falando, o socialismo sobrevive e o capitalismo se reproduz de forma vigiada atrás das muralhas. Trump vai passar, assim como outros, mas a história não o perdoará. Tenta sobreviver às vésperas das eleições atirando pra todos os lados com o bjetivo de confundir a opinião pública.

  2. A China não é apenas governada por um regime "brutal e autoritário". A China é governada por um bando de psicopatas genocidas, que querem dominar o mundo em cima de uma pilha de bilhões de mortos. Só os escravos do Comunismo não conseguem ver isso.

  3. A verdade dói, principalmente, nos ideologicamente idiotizados. O Partido Comunista Chinês é o grande responsável pela disseminação do Covid-19 no mundo. É uma verdade que nenhuma narrativa progressista vai ser capaz de apagar. É um fato.

  4. Esse debilóide louco é uma ameaça para o mundo! Os EUA estão numa situação sanitária horrível por conta desse monstro. E aqui, os insanos do planalto estão no mesmo caminho! E o gado mugindo.

  5. Sabe aquela criancinha com índole ruim que diz pra mãe que a foi culpa do irmão. A criancinha não cresceu!

  6. Tem toda a razão o Presidente Trump. Para a China tanto faz morrer 100 mil como 1 milhão, eles tem uma população de mais de 1 bilhão de habitantes. O que eles querem mesmo é ganhar dinheiro, não importa como. Espalharam o vírus pelo mundo e hoje estão vendendo produtos para combater esse mesmo vírus.

  7. E a incompetência de Trump aumentou a quantidade de americanos mortos pro Covid.
    Semelhante ao incompetente do Bolsonaro.
    É só comparar c a Argentina.

  8. É cara de pau. O sujeito ignorou a letalidade da pandemia, tomou medidas tardias mesmo depois dos avisos da OMS, fez pouco caso da doença. Nos EUA chegaram a morrer 4.000 em um único dia, enquanto a China aplicava um plano de contenção que controlou a pandemia. Esses populistas de extrema direita, como Bolsonaro e Trumpu, sempre tentam transferir sua incompetência para terceiros. Mas Trump está lidando com a China, que caminha a passos largos para ser a próxima potência econômica do mundo e é uma superpotência militar, não está lidando com o serviçal Bolsonaro. Não vai colar.

    1. e ele tá mentindo ? , não sou nem um pouco a favor dele , mas taí uma verdade que ele falou.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polêmica

Filhos de Trump insinuam que Biden é pedófilo e que coronavírus é farsa política

Foto: Ethan Miller/Getty Images – 23.fev.16/AFP

Os dois filhos mais velhos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizeram sérias acusações ao principais adversários políticos do pai, que concorre, em novembro, à reeleição no país.

Donald Trump Jr., 42, publicou, no sábado (16), uma montagem com um trocadilho em inglês em que insinua que Joe Biden, pré-candidato à presidência pelo Partido Democrata, de oposição a Trump, é pedófilo.

Eric Trump, 36, disse, em entrevista à Fox News no mesmo dia, que os democratas estão usando a pandemia de coronavírus como uma farsa política para prejudicar a campanha de reeleição do pai.

A estratégia de atacar os adversários não é uma exclusividade dos filhos de Trump, mas vem em um momento em que os EUA se tornaram o novo epicentro da pandemia de coronavírus. As medidas de contenção também devastaram o principal trunfo político de Trump, que era o o bom momento da economia americana.

Na TV americana, Eric defendeu a reabertura do país, motivo de conflito entre o presidente e os governadores. Segundo ele, os democratas acham que o confinamento está tirando a “maior ferramenta” do líder republicano, que é “entrar em uma arena e preenchê-la com 50 mil pessoas todas as vezes”.

Ele também apostou em um “desaparecimento mágico” do coronavírus após as eleições americanas.

“Vocês vão ver. Eles [democratas] insistem nisso [isolamento] todos os dias, de hoje até 3 de novembro [dia da eleição]. E adivinhe, depois de 3 de novembro, o coronavírus magicamente, de repente, vai embora, vai desaparecer e todos poderão reabrir.”

Eric também afirmou que, como presidente, seu pai tem que tomar “uma das decisões mais difíceis que qualquer presidente da história já teve”.

“Você precisa por na balança a segurança do povo versus nossa economia, mas os EUA precisam voltar ao trabalho, e os americanos também querem voltar ao trabalho”.

Em comunicado, a diretora de comunicação da campanha de Biden, Kate Bedingfield, disse que os comentários de Eric foram “inacreditavelmente imprudentes”.

“Estamos no meio da maior emergência de saúde pública do século, com quase 90 mil americanos mortos, 1,5 milhão de infectados e 36 milhões de trabalhadores recém-desempregados. Portanto, Eric Trump afirmar que o coronavírus é uma farsa política que desaparecerá ‘magicamente’ é absolutamente impressionante e inacreditavelmente imprudente”.

 

Ver essa foto no Instagram

 

??? that said, there’s definitely way too many Creepy Joe videos out there!

Uma publicação compartilhada por Donald Trump Jr. (@donaldjtrumpjr) em

Enquanto Eric criticou os democratas como um todo, Trump Jr. mirou seu ataque diretamente na reputação de Joe Biden. A montagem no Instagram, insinuando que o candidado democrata é pedófilo, foi feita após a publicação de uma sequência de trechos de vídeos nos quais Biden aparece em contato com crianças durante um evento quando ainda era vice-presidente no governo de Barack Obama.

“Há muitos clipes diferentes de Joe Biden, bizarra e inapropriadamente, cheirando cabelos e tocando meninas. Alguém realmente acha que esse é um comportamento normal de Joe?”, escreveu Trump Jr., em uma das publicações no Twitter.

Criticado, ele fez uma nova publicação com fotos de Biden tocando crianças em eventos, e disse que os emojis de risadas que usou no Instagram são suficientes para “indicar a qualquer pessoa com bom senso” que ele estava brincando ao acusar Biden de pedofilia.

“Se a mídia não quer que as pessoas zombem e façam piadas sobre o quão assustador Joe é, então talvez ele deva parar o toque indesejado e manter as mãos para si.”

Em um comunicado, o porta-voz de Biden, Andrew Bates, disse: “Nenhuma tática repulsiva e manipuladora mudará de assunto de como quase 90 mil americanos pagaram com suas vidas pela negligência de Donald Trump em relação ao coronavírus, e de como como a economia em expansão que ele herdou do governo Obama-Biden agora está sofrendo com a perda de empregos no nível da Depressão [de 1929].”

No começo do mês, Biden negou pela primeira vez, após semanas de silêncio, as acusações de assédio sexual feitas por sua ex-assessora no Senado Tara Reade.

Segundo ela, em 1993, Biden a encostou contra uma parede em um prédio do Senado, enfiou a mão sob suas roupas e a penetrou com os dedos.

“Reconheço minha responsabilidade de ser uma voz, um defensor e um líder da mudança na cultura que começou, mas que está longe de terminar. Então, quero abordar as acusações de uma ex-funcionária de que tive uma má conduta há 27 anos. Elas não são verdadeiras. Isso nunca aconteceu”, escreveu Biden em um artigo publicado em 1º de maio na plataforma Medium.

O presidente Trump também já foi acusado de agressão sexual e erro de conduta sexual por mais de uma dúzia de mulheres, que descreveram um padrão de comportamento que ultrapassa em muito as acusações feitas a Biden. ​

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Se Trump não se reeleger. Bolsonaro ficará completamente isolado do resto do mundo!
    Mais fumo no Brasil consequentemente.

  2. Edilson, infelizmente, sob a minha ótica, continua sendo falta de PAI. Não me refiro a quem levou mais ou é mais perseguido, certamente os filhos de nove dedos levaram muito mais, inclusive pelo fato de precisarem mais. E essa busca dos órgãos de controle, tipo COAF, sabemos bem a razão, ou seja, o anterior era mais mala.

  3. Essa procedência é muito parecida com as daqui. Os filhos do Trump devem estar querendo desviar o foco de algo maior.

  4. Parece que esse problema de família não é só aqui, antes eram os filhotes de Lula, agora os filhotes do Messias, nos EUA os filhos de Trump, devia ter algo que impedisse esse tipo de intromissão, acho que isso é falta de pai.

    1. Só que o coaf e imprensa não fez com os de lula como esta fazendo com bolsonaro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

PARA COMPLETAR: Rússia ameaça EUA com ataque nuclear por causa de nova arma de Trump

Foto: Ronald Gutridge – 5.abr.2018/Marinha dos EUA/Reuters

A Rússia ameaçou diretamente os Estados Unidos com um ataque nuclear maciço caso algum submarino americano faça um lançamento de míssil, independentemente de ele carregar ou não ogivas atômicas.

O recado inusual foi dado pelo Ministério das Relações Exteriores e, se pode ser lido como uma afirmação de força em meio à pandemia do novo coronavírus, é resposta a uma escalada promovida pelo governo de Donald Trump.

No começo do ano, os EUA anunciaram ter equipado um primeiro submarino lançador de mísseis balísticos Trident com uma nova ogiva de potência reduzida —5 kilotons, ou 1/3 da força da bomba que arrasou Hiroshima em 1945.

Segundo a nova doutrina nuclear americana, implantada por Trump em 2018, o uso dessas armas táticas, que visam anular alvos militares restritos, seria aceitável em algumas circunstâncias. A alegação é que os russos já tinham tal arma, embora não admitissem.

A porta-voz do ministério russo, Maria Zakharova, disse que o movimento “aumenta o risco de um conflito nuclear”. “Eu gostaria de enfatizar que qualquer ataque de um submarino americano de mísseis balísticos, independentemente de suas caracaterísticas, será percebido como um ataque com armas nucleares.”

“De acordo com a nossa doutrina militar, uma ação dessas será considerada motivo para o uso retaliatório de armas nucleares pela Rússia”, completou, em entrevista na quarta (29).

A decisão de Trump de colocar em uso a ogiva W76-2 no submarino USS Tennessee já havia provocado críticas de parlamentares russos, mas agora a discussão subiu um degrau importante.

O presidente Vladimir Putin tem criticado sistematicamente os movimentos de Trump, dizendo que ele aumenta o risco de uma guerra nuclear.

Por outro lado, o russo está na vanguarda do desenvolvimento de novas armas estratégicas, como mísseis hipersônicos e novos ICBMs (mísseis intercontinentais pesados).

Os dois países são as potências indiscutíveis no campo, herança da Guerra Fria: têm 92% das ogivas no mundo, mais do que suficiente para inviabilizar a civilização.

Moscou tem, segundo a Federação dos Cientistas Americanos, 1.600 dessas armas prontas para uso. Washington, 1.750. As lançadas por submarinos americanos usualmente têm 455 kilotons, enquanto mísseis intercontinentais disparados de silos ou lançadores podem chegar a mais de 1 megaton.

Como lembram observadores dessa realidade, como o diplomata brasileiro Sérgio Duarte, se o mundo está sofrendo com a Covid-19 e suas até aqui mais de 200 mil mortes, um embate nuclear seria impossível de lidar com eficácia.

Obviamente ninguém espera que as duas potências entrem em conflito, mas especialistas alertam que as ações americanas de fato tornam o risco de algum acidente acontecer maior.

Isso porque há certo consenso de que Trump considera, de fato, o uso de armas de baixa potência no caso de conflito com outros adversários: a Coreia do Norte e o Irã. Mas a fala de Zakharova sugere que qualquer ataque poderia merecer uma reação, e os dois países rivais dos EUA têm laços com a Rússia.

Em fevereiro, o Pentágono inclusive fez uma rara divulgação de um exercício de guerra nuclear no qual os russos atacavam primeiro, com uma bomba de baixa potência, um alvo da Otan (aliança militar ocidental) na Europa.

A crise da Covid-19 também aumentou a tensão entre americanos e seus rivais. Norte-coreanos testaram mísseis de cruzeiro, e a China tem feito exercícios navais no momento em que os EUA estão com os dois porta-aviões na região do Pacífico desabilitados devido a infecções entre as tripulações.

Na semana passada, num movimento ainda não explicado, os EUA retiraram a sua força de bombardeiros estratégicos de Guam, território que possuem no Pacífico e que é central para quaisquer operações na região.

Lá se alternavam modelos B-52, B-1B e eventualmente os furtivos B-2. Todos voltaram para bases nos EUA, levando à especulação de que Washington já não considera a região segura ante eventuais ataques balísticos de chineses ou até norte-coreanos.

Além de carregar eventualmente armas nucleares, esses aviões seriam a linha de frente a qualquer ataque contra Pyongyang, por exemplo. O Pentágono afirma que a mudança visa dar flexibilidade a seu uso, uma explicação pouco convincente.

A questão que fica é: os EUA irão desguarnecer Guam? Além da base aérea de Anderson, na ilha, há uma grande base naval —onde, aliás, está o porta-aviões USS Theodore Roosevelt, evacuado devido à Covid-19.

Há questões subsidiárias. Se Guam está vulnerável, o que dizer do Japão, ao lado da China e da Coreia do Norte, onde está o maior contigente de forças americanas no exterior, 55,6 mil militares?

A Rússia, por sua vez, segue com a rotina inalterada de exercícios militares, com ações semanais em diversas regiões. Patrulhas aéreas também continuam sendo feitas.

Caças de Finlândia, Suécia, Polônia e Dinamarca tiveram de interceptar dois bombardeiros com capacidade de ataque nuclear Tu-160 que fizeram uma patrulha nesta semana sobre o mar Báltico.

Cada um desses enormes aviões pode levar até 12 mísseis de curto alcance com armas nucleares ou 6 versões de cruzeiro.

Folha de São Paulo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Trump cita ‘grande surto’ de coronavírus no Brasil e sugere restrição de voos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 28, que existe um “grande surto” de coronavírus no Brasil e sugeriu que pode haver restrições de voos com a América Latina, o que consequentemente incluiria o País. As declarações foram dadas a repórteres durante encontro com o governador da Flórida, Ron DeSantis, na Casa Branca.

DeSantis falou sobre o combate à pandemia de coronavírus no seu Estado e comentou que há uma expectativa de aumento no número de casos em algumas nações no exterior, citando como exemplo o Brasil. O próprio Trump então questionou DeSantis sobre se ele pensa em “cortar voos” do País. “Não necessariamente”, respondeu o governador, sugerindo que pode ser pensada uma tecnologia, com testes para monitorar potenciais casos de passageiros contaminados para evitar essa circulação do vírus.

Trump disse que seu governo tem monitorado o quadro dos contágios em outros países. Ele citou a situação na América do Sul e sugeriu que pode haver restrições para voos dessa região. O presidente americano lembrou que recebeu críticas por ter restringido voos com a China, mas argumentou que a decisão se mostrou posteriormente correta, para conter a disseminação do coronavírus.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Até Trump sabe das sub notificações de casos e óbitos do covid-19 no Brasil, já tomou até medidas restritivas, só alguns ainda não abriram os olhos……

  2. O "agropecuarista" e seu "gado" ainda defendem uma praga dessas! Ele quer que o Brasil e seu povo se exploda!

    1. Acho que vc não sabe ler e tão pouco entender, eles estão mais q certo fechar o país deles fazia do mesmo jeito ou pior. ou vc acha q esse virus e brincadeira de crianças? vamos chegar a 20 mil mortes já já.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Trump culpa China por coronavírus e diz que EUA estão investigando

Foto: © Isac Nóbrega/PR

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa segunda-feira (26) que a China poderia ter contido o coronavírus antes que ele se espalhasse pelo mundo e que seu governo está conduzindo “investigações sérias” sobre o que aconteceu.

“Estamos fazendo investigações muito sérias. Não estamos felizes com a China”, disse Trump em entrevista na Casa Branca. “Há muitas coisas pelas quais ela pode ser responsabilizada.”

“Acreditamos que poderíamos ter impedido isso na fonte. Poderíamos ter impedido que se espalhasse tão rápido e não se propagaria por todo o mundo.”

As críticas de Trump são as mais recentes de seu governo destinadas à maneira pela qual a China se portou no surto de coronavírus, que começou no fim do ano passado na cidade chinesa de Wuhan e cresceu, tornando-se uma pandemia global que até agora matou mais de 207 mil pessoas no mundo, 55 mil nos Estados Unidos, de acordo com uma contagem da Reuters.

Na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos “acreditavam fortemente” que Pequim falhou em informar o surto do coronavírus em tempo razoável e acobertou o perigo da doença respiratória causada pelo vírus.

O Ministério das Relações Exteriores da China nega as acusações.

Agência Brasil, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. Só leriado P desviar a atenção p o fracasso do combate à pandemia nos EUA

  2. Vocês acreditam que mais de trinta pessoas beberam água sanitária e outros produtos de limpeza após Trump fazer a maluca sugestão como forma de combater a pandemia? Por aí vocês tiram.

    1. Pior aqui, um mega espertalhão ladrão, roubou e deixou roubar mais de um trilhão de reais, foi condenado. E ainda tem um bando de imbecis ignorantes acreditando que ele é inocente. Esse mundo tem que passar pelo que está passando.

    2. Aqui se o Bozo mandar, muitos beberão, não tenho dúvida.

  3. Com a palavra o embaixador chinês, quero ver ele ir pedir que Trump que se retrate com fez com o governo brasileiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Biden lidera intenções de voto para presidente nos EUA com 44%, ante 38% de Trump

Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

 

O ex-vice-presidente Joe Biden lidera as intenções de voto para a Presidência dos Estados Unidos, segundo pesquisa eleitoral divulgada nesta segunda-feira, 27, pelo USA Today e realizada em parceria com a Universidade de Suffolk.

Em âmbito nacional, Biden aparece com 44% das intenções de voto, contra 38% do atual presidente Donald Trump.

O USA Today destaca que, na pesquisa realizada em dezembro de 2019, quando Trump enfrentava o processo de impeachment, o atual presidente liderava as intenções de voto com 44%, ante 41% de Biden.

Exame, com Estadão

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Trump assina decreto que suspende imigração nos Estados Unidos durante a pandemia de Covid-19

Foto: Agência Reuters

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assinou nessa quarta-feira (22) decreto que suspende temporariamente a imigração para o país durante a pandemia do novo coronavírus.

“Isso garantirá que norte-americanos desempregados sejam os primeiros na fila para empregos conforme nossa economia abrir”, afirmou Trump na entrevista diária sobre o coronavírus.

Ele disse que assinou o decreto pouco antes da entrevista.

Isolamento

O presidente norte-americano afirmou que o país está começando uma reabertura segura dos negócios, mesmo que algumas autoridades de saúde tenham alertado que afrouxar as medidas de isolamento muito rapidamente poderia desencadear uma nova onda de casos de covid-19.

Um tuíte de Trump, no início da manhã, demonstrou apoio aos governadores de vários estados do Sul, que estão flexibilizando as diretrizes de distanciamento social, que fecharam negócios e confinaram os moradores em suas casas.

“Os estados estão voltando com segurança. Nosso país está começando a abrir para negócios novamente. Cuidados especiais são e sempre serão dados aos nossos amados idosos (exceto eu!)”, escreveu Trump, de 73 anos.

Um desses Estados é a Georgia, que deu sinal verde para a reabertura de academias, salões de beleza, boliches e estúdios de tatuagem a partir de amanhã (24), seguidos de cinemas e restaurantes na próxima semana.

Pesquisa de opinião realizada pela Reuters/Ipsos mostrou que a maioria dos norte-americanos acredita que as ordens de confinamento devem permanecer em vigor até que as autoridades de saúde pública determinem ser seguro suspendê-las, apesar dos danos à economia.

Balanço

As mortes por coronavírus nos Estados Unidos superaram ontem 47 mil, depois de subir em número quase recorde para um único dia na terça, segundo contagem da Reuters.

Um modelo da Universidade de Washington, frequentemente citado pela Casa Branca, projetou um total de quase 66 mil mortes por coronavírus nos EUA até 4 de agosto, uma revisão para cima de sua estimativa anterior, de 60 mil Nas previsões atuais, as mortes no país podem chegar a 50 mil no fim desta semana.

O estado de Nova York, epicentro do surto nos EUA, registrou 474 novas mortes nessa quarta-feira, o menor aumento desde 1º de abril. Alguns estados próximos, como Pensilvânia e New Jersey, tiveram número recorde de mortes em um dia na terça-feira.

Agência Brasil,com Reuters

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Trump defende manifestantes que protestaram pelo fim do isolamento social nos EUA

Foto: ALYSON MCCLARAN / REUTERS

Um mês depois de vários estados decretarem isolamento social, deixando americanos em casa por causa do novo coronavírus, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu as manifestações que aconteceram no fim de semana contra as medidas de restrição para conter a propagação da Covid-19. Os protestos ocorreram no dia em que o país passou de 40 mil mortes.

— São ótimas pessoas. Elas estão claustrofóbicas, querem sair. Elas querem suas vidas de volta. As vidas que tinham foram tiradas dessas pessoas — disse Trump em uma entrevista coletiva no último domingo, depois de um dia marcado por protestos espalhados pelos EUA. — Essas pessoas amam nosso país. Elas querem voltar ao trabalho.

Várias cidades registraram protestos no sábado e no domingo, em geral reunindo algumas centenas de participantes pedindo o fim da quarentena e a reabertura de lojas e do comércio. Além do fim do confinamento, entre as pautas dos protestos houve reivindicações comuns à extrema direita, como a redução do controle de armas. Símbolos nazistas e cartazes comparando alguns governadores ao ditador nazista Adolf Hitler também aparecerem em meio aos manifestantes — o que foi minimizado por Trump na coletiva.

— Eu diria “de jeito nenhum” a isso, com certeza, mas não vi essas coisas. Tenho certeza que a imprensa exagerou — declarou Trump.

‘Desobediência civil’

A decretação do isolamento social pelos governadores abriu um embate com Trump, que alega que cabe a ele decidir sobre como e quando as atividades econômicas serão retomadas. Na quinta-feira passada, Trump anunciou um plano em três etapas para a retomada das atividades, flexibilizando as medidas de isolamento até o início do próximo mês. As medidas, no entanto, foram criticadas por cientistas que alertaram repetidamente que o afrouxamento da quarentena muito cedo pode ter consequências devastadoras. Na sexta, ele manifestou apoio aos protestos pedindo para “liberar Virgínia”.

O manifestante conservador Tom Zawistowski, que participou no domingo nos protestos em Ohio, afirmou que a “desobediência civil” será comum caso as atividades econômicas do país não sejam retomadas até o dia 1º de maio.

— Vamos dizer a eles: “Vá para o inferno, você não pode me dizer o que fazer.” O trabalho do nosso governo é nos representar, proteger nossos direitos e, em vez disso, eles se tornam tiranos, incluindo republicanos como Mike DeWine — disse ao jornal Financial Times, fazendo menção ao governador do estado, que defende que as pessoas devam ficar em casa.

Embora os protestos tenham reunido um número pequeno de pessoas em Minnesota, Kentucky, Pensilvânia, Flórida, Texas e Ohio, a fala de Trump em defesa das manifestações pode fazer com que mais gente saia às ruas contra o isolamento.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia da Covid-19. Segundo a Universidade Johns Hopkins, mais de 744 mil casos foram confirmados — o equivalente a um terço do registro de contaminados no mundo.

Com mais de 22 milhões de pessoas pedindo auxílio-desemprego nas últimas semanas, o presidente americano vem demonstrando ansiedade para uma retomada rápida das atividades econômicas no país, que, antes da crise causada pelo coronavírus, vivia uma bonança financeira — usada como base de sua campanha à reeleição em novembro deste ano.

Na imprensa americana, Trump foi comparado ao presidente Jair Bolsonaro, que no domingo ofereceu seu apoio a manifestantes que exigiram o fim das paralisações impostas pelos governadores em todo país.

Com O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Trump diz que plano para reabrir economia será concluído em breve

Foto: © Eva Marie Uzcategui/Reuters/Direitos Reservados

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa segunda-feira (13) que o governo está próximo de completar um plano para reabrir a economia do país, que foi amplamente paralisada para desacelerar a propagação do novo coronavírus.

No briefing diário à imprensa, Trump afirmou que o número de mortes pelo vírus no país começou a diminuir, indicando que as iniciativas de distanciamento social haviam sido bem-sucedidas.

Os governadores estaduais, enquanto isso, parecem discutir planos para retomar a atividade econômica sem buscar informações do governo Trump.

Nove estados nas costas Leste e Oeste dos EUA disseram ontem que haviam começado o planejamento para a reabertura gradual de suas economias e a suspensão dos decretos para ficar em casa.

O vírus matou mais de 22 mil pessoas nos Estados Unidos e paralisou todos os deslocamentos e setores não essenciais.

À pergunta se os governadores ou o governo federal tomariam a decisão de reabrir escolas e empresas fechadas, o presidente respondeu que tem a autoridade final.

“O presidente dos Estados Unidos toma as decisões”, disse. “Dito isso, vamos trabalhar com os estados.”

Agência Brasil, com Reuters

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Stanley Chera, magnata amigo de Trump, morre de complicações por coronavírus

Foto: Reprodução / Internet

O bilionário Stanley Chera, amigo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, morreu por complicações causadas pelo coronavírus, segundo o canal de TV “CNN” e o jornal “New York Post”. Magnata do mercado imobiliário de Nova York, ele tinha 77 anos. Conforme o diário, Chera foi hospitalizado com a Covid-19 no dia 24 de março.

No mês passado, Trump chegou a citar que um amigo estava lutando contra a “crueldade” do coronavírus e entrando em coma, mas não havia citado o nome. Agora, acredita-se agora que Chera era a pessoa em questão. Os fatos da doença do magnata correspondem ao que o presidente dos EUA descreveu.

“Nós pensamos que eles estavam indo para uma estadia suave e, em um caso, ele está inconsciente, em coma. E você diz, como isso aconteceu?”, comentou Trump.

A Casa Branca não comentou sobre a descrição de Trump do amigo, sua amizade com Chera ou a morte do magnata. A família do bilionário não discutiu publicamente a amizade com o presidente ou sua morte.

Embora Chera fosse conhecido em Nova York como um titã imobiliário e comercial, ele também era um filantropo. Sua maior paixão era a ajuda a crianças com necessidades especiais, disse uma fonte do diário.

Chera foi co-fundadora do Sephardic Community Center, uma instituição sem fins lucrativos, no Brooklyn. Ele “era um homem muito especial, amado por todos”, afirmou o centro comunitário em comunicado. “Sua devoção a muitas de nossas instituições comunitárias é incomparável”.

Doador republicano, Chera era co-fundador da Crown Acquisitions, cujas propriedades incluem o St. Regis New York e a Cartier Mansion, endereços icônicos de Nova York. Segundo a rede de TV americana CNN, de 2016 a 2019, ele doou um total de US$ 402.800 (cerca de R$ 2 milhões) para organizações dedicadas a apoiar a presidência de Trump.

Extra – O Globo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Trump diz que suspenderá contribuição financeira dos EUA à OMS


Foto: Mandel Ngan/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (7) que vai suspender a contribuição de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a instituição de mal desempenho na pandemia do novo coronavírus.

“Vamos suspender (o repasse) das quantias destinadas à OMS”, disse Trump, sem dar mais detalhes, durante entrevista coletiva, após escrever no Twitter uma mensagem contra a agência.

“A OMS estava realmente errada”, escreveu. “Por alguma razão, é amplamente financiada pelos Estados Unidos, mas muito focada na China. Vamos dar uma olhada mais de perto….Felizmente, rejeitei o conselho de manter nossas fronteiras abertas para a China desde o início. Por que nos deram uma recomendação tão errada?”, acrescentou.

Na coletiva, ele voltou a acusar a OMS de ter errado na forma de lidar com a pandemia. Segundo Trump, eles “perderam a oportunidade. Eles poderiam ter alertado meses antes”.

Logo após a entrevista, porém, o presidente baixou o tom, e negou que tivesse dito que vai retirar a ajuda financeira – apesar de ter feito a declaração na presença de jornalistas minutos antes. “Eu disse que vou dar uma olhada nisso”, desconversou.

Respiradores

Ainda durante a coletiva desta terça, Trump disse que os Estados Unidos podem estar chegando ao topo da curva de contaminações, o que significaria que o número de casos começaria a diminuir em breve.

Atualmente, os EUA são o país com mais casos no mundo – 386.800, segundo a universidade Johns Hopkins – muito à frente do segundo, a Espanha, que tem 140.511. Em número de mortes, porém, o país ocupa o terceiro lugar na lista (atrás de Itália e Espanha), com 12.291.

O presidente norte-americano disse ainda que o governo federal tem 8.675 respiradores artificiais em estoque para distribuir a estados que precisem, e que outros 110 mil serão entregues por fabricantes nas próximas semanas.

G1

Opinião dos leitores

  1. Reportagem 6/4/20 no Daily Mail: políticos americanos querem renúncia de diretor da OMS por ajudar a China a acobertar o vírus. Senadores desceram o pau na China. O embaixador chinês lá ficou quietinho.. O daqui também. O presidente do senado não pediu desculpa à China. Não teve leitor metido a analista dizendo "oh, é grande parceiro comercial, vai ter retaliação". Será que o embaixador aqui esperneia porque percebeu um povo ignorante ou que é submisso?

  2. Essa é a melhor notícia do mundo. Parabéns, que os parasitas da OMS trabalhem e resistentem com os próprios recursos. Quero ver agora as recomendações se não vão mudar.

  3. Quem estava subestimando hj os efeitos do virus hj reconhece a sua agressividade. Como é que tem pessoas que observam isso ocorrendo em outros países e ignoram?

  4. Suspende é pouco. Tem que cancelar mesmo qualquer contribuição a está organização marxista.

  5. Como faço para corrigir um erro no cadastro pq meu irmão ele recebia 400,00 mais eu coloquei no cadastro 600,00 isso pode impedi ele ser a provado no cadastro mim responde pq ele esta muito preucupado

    1. De acordo com a reportagem acima, a sua pergunta é muito pertinente, tem que ser ao Presidente Trump .

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Trump faz acordo e 3M poderá exportar máscaras ao Brasil

Profissional da saúde participa de protesto por equipamentos de proteção adequados Foto: BRYAN R. SMITH / AFP

O governo dos Estados Unidos chegou, na segunda-feira, a um acordo com a 3M, uma das maiores produtoras de artigos hospitalares do mundo, permitindo que a empresa continue a exportar máscaras para a América Latina e o Canadá, algo que um decreto do presidente Donald Trump buscou suspender. Aliviando as tensões entre a companhia e a Casa Branca, o pacto prevê a importação de 166,5 milhões de máscaras nos próximos meses.

Anunciado durante a entrevista coletiva diária da força-tarefa do governo americano, o acordo estabelece que a 3M importará 55 milhões de máscaras ao mês por três meses, vindas majoritariamente de sua fábrica na China. As remessas serão somadas à produção doméstica da empresa nos EUA, que foi aumentada para 35 milhões ao mês e deverá crescer ainda mais. A multinacional, por sua vez, ficará livre para continuar a vender os equipamentos produzidos nos EUA para outros mercados, entre eles o canadense e o latino-americano.

— Posso anunciar que hoje chegamos a um acordo amigável com a 3M para a entrega de 55 milhões de máscaras adicionais, a cada mês, de alta qualidade — disse Trump, afirmando que “a saga 3M” terminará de maneira “muito feliz”.

Os detalhes foram confirmados horas depois pela 3M, que disse compartilhar “os mesmos objetivos” da Casa Branca de fornecer máscaras para os americanos “e combater criminosos que buscam tirar vantagem da crise atual”. O executivo-chefe da empresa, Mike Roman, disse ainda que sua companhia “continuará a trabalhar com governos para direcionar máscaras e outros utensílios para as áreas mais necessitadas”.

Um dos carros-chefe da multinacional, as máscaras N95 são essenciais para aqueles que estão na linha de frente do combate ao vírus, sendo capazes de filtrar 95% das partículas transportadas pelo ar. Muitos países, no entanto — entre eles os EUA — descobriram tardiamente que não tinham estoque suficiente do produto para lidar com a pandemia.

Lei de guerra

Apesar de uma relação inicialmente amistosa entre a 3M e a Casa Branca — o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, chegou a visitar a sede da empresa no início da crise — os impasses se acentuaram no último dia 2. Na ocasião, Trump invocou a Lei de Produção de Defesa, uma legislação de guerra criada em 1950, para acelerar o ritmo de fabricação de máscaras, respiradores e equipamentos hospitalares.

Uma segunda parte do decreto, no entanto, obrigava a 3M a suspender as exportações dos produtos, hoje destinados majoritariamente para os mercados da América Latina e do Canadá. A empresa questionou a decisão, apontando para “implicações humanitárias significativas decorrentes da suspensão do fornecimento” para estes países, dos quais “são fornecedores críticos”.

“Ao se suspenderem as exportações de máscaras produzidas nos EUA, outros países poderão retaliar e fazer o mesmo, como já fizeram. Se isso ocorrer, o número de máscaras disponíveis para os EUA diminuiria na prática. É o oposto do que nós e o governo, em nome do povo americano, queremos”, disse na ocasião.

Conforme se tornaram epicentro da Covid-19, os EUA assumiram protagonismo na disputa global por equipamentos médicos. Após uma pausa nas disputas comerciais com a China, os americanos fecharam um acordo para a compra de luvas, máscaras e roupas de proteção que serão transportadas em ao menos 20 voos fretados. Países como Brasil, França e Canadá, no entanto, viram suas encomendas canceladas. No caso do país europeu, os americanos chegaram a oferecer três vezes mais pelos utensílios.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Vai vir um lote da Venezuela também ao que tudo indica.
    Só para petralhas, vem sob medida, o elástico tem que ser grande, que é pra poder passar por detrás das orelhas.
    Kkkkkkkkk
    Da lhe MITO.

  2. Três remédios contra a Covid : fucar em casa , se possível , higiene geral e permanente e obuso de máscara até dentro de casa.
    É bom também , gargarejar tudo morno ou quente várias x ao dia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *