Saúde

NÃO É ADEREÇO PARA O QUEIXO: Sesap reforça o uso de máscara para diminuir propagação e reduzir a gravidade da Covid-19 e alerta para o uso correto

Foto: Leo Martins / Extra

Em estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado pela New England Journal of Medicine, constatou que o uso de máscara de proteção contra o novo Coronavírus (Covid-19) pode gerar uma resposta imunológica e reduzir a gravidade da doença nas pessoas, garantido que a maioria das infecções sejam assintomáticas. Com base no estudo, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reforça e orienta a população para o uso essencial e correto da máscara de proteção.

Para ter uma ação eficaz e evitar a transmissão da Covid-19, a máscara deve ser usada cobrindo o nariz e a boca. “Mascara não é adereço para o queixo! O Estudo publicado recentemente mostrou que mesmo quando a pessoa é contaminada usando a máscara, ela se protege. E, caso desenvolva a doença, a pessoa terá um quadro mais leve ou assintomático”, esclarece o secretário estadual de saúde Cipriano Maia.

Conforme aponta o estudo, as máscaras não impedem a contaminação pelo vírus, porque é possível que gotículas ultrapassem a proteção, contudo em quantidade menor. O que gera uma carga viral também menor, o que está ligado a quadros leves da doença.

De acordo com o secretário Cipriano, isso está sendo constatado por meio do teste sorológico (de imunidade), que mostra que as pessoas que estão usando a máscara de forma contínua, mesmo havendo a contaminação por algum descuido, elas têm um quadro mais leve da doença.

Caso a hipótese seja confirmada, como aponta o estudo, o uso da máscara pode ser uma forma de “variolação”, separação que gera imunidade, diminuindo a disseminação do novo Coronavírus. Técnica utilizada há séculos, a variolação consiste em introduzir secreções de pessoas infectadas pela varíola em pessoas saudáveis.

Nesse sentido, a Sesap reforça e orienta quando deve ser feito o uso da máscara de proteção:
• Use a máscara sempre que sair de casa;

• Ao sair, leve uma máscara reserva para realizar a troca a cada 02 horas de uso;

• Leve uma sacola para guardar a máscara, caso seja preciso trocar;

• Evite tocar ou ajustar a máscara, enquanto estiver usando;

• Use a máscara quando estiver tossindo e espirrando, assim você evita transmitir o vírus para outras pessoas;

• Faça uso da máscara caso esteja cuidando de uma pessoa com doenças respiratórias;

• Além de usar a máscara, realize a limpeza frequente de suas mãos com água e sabão ou higienize com álcool em gel 70%;

• Após usar a máscara, descarte-a em local adequado e lave bem as mãos;

• Utilize a máscara do tipo cirúrgico ou de pano (com pelo menos duas camadas de pano, como algodão, tricoline ou TNT). A máscara N95 é de uso dos profissionais de saúde;

• E lembre-se: a máscara é de uso individual e deve cobrir totalmente o nariz e a boca, ficando bem ajustada ao rosto.

Opinião dos leitores

  1. As máscaras tem contribuído positivamente no controle da covid. Se não tivéssemos adotado esse item de proteção estaríamos numa situação mais alarmante.

  2. Os cabá e as cabritas, tudo com "bocapôdi" inventam essa história que o uso da máscara faz mal!!!!

  3. É bom usar a máscara SIM, no entanto, não devemos usar por um longo período pelo seguinte motivo:

    Através da ventilação inspiramos ar rico em oxigênio e expiramos o gás carbônico produzido em nossas células durante o processo de obtenção de energia.

    Com o uso constante da máscara, o gás carbônico que expiramos retorna para o nosso organismo.

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Segurança

CNJ aprova restrição para soltura de presos por covid-19

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (22) a resolução que restringiu os casos em que presos podem ser soltos em função da covid-19. Na semana passada, o presidente do conselho, ministro Luiz Fux, assinou a recomendação, mas a norma ainda dependia de aprovação pelo plenário. A votação foi unânime.

De acordo com a Recomendação nº 78, pessoas acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro, crimes hediondos e violência doméstica não poderão ser beneficiadas com a revisão da prisão provisória ou do regime de cumprimento de pena.

A decisão do ministro restringe a Recomendação nº 62, editada em março pelo ex-presidente Dias Toffoli. A norma anterior do CNJ abria a possibilidade de soltura a todos os presos.

Pelas duas resoluções do CNJ, juízes e tribunais devem reavaliar a necessidade das prisões efetuadas para evitar a propagação do novo coronavírus nas penitenciárias.

Devem ter prioridade os casos de gestantes, lactantes, mães ou pessoas responsáveis por criança de até 12 anos, idosos, indígenas, pessoas deficientes ou que se enquadrem no grupo de risco.

Na sessão desta tarde, o CNJ também aprovou uma resolução para estabelecer cotas raciais nas seleções de estagiários nos tribunais do país.

Agência Brasil

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Saúde

Rússia registrará segunda vacina contra covid-19 até 15 de outubro

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

A Rússia espera registrar uma segunda vacina em potencial contra a Covid-19 até o dia 15 de outubro, disse a agência de notícias TASS citando o órgão regulador russo de segurança do consumidor Rospotrebnadzor nesta terça-feira (22).

A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Vector, da Sibéria, que concluiu o estágio inicial de testes em humanos na semana passada.

A Rússia registrou sua primeira candidata a vacina, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, de Moscou, em agosto. Os testes em estágio avançado desta candidata com pelo menos 40 mil pessoas estão em andamento.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. A Rússia, apesar de governada com "mão-de-ferro" pelo eterno Putin (o "envenenador" de adversários), não é mais comunista. A China ainda é, ao menos politicamente, tendo adotado, para sua economia, o capitalismo em sua forma mais brutal. É triste ver essa turma da "geração Paulo Freire" divulgando asneiras por aí. Fazer o quê?

  2. Os minios enlouquecem quando vê um país comunista superar o Brasil capitalista em TODOS os aspectos.

    Melhor vcs ficarem calados.

    1. Desinformado!!!
      Desatualizado!!!
      A Rússia não é mais comunista…

    2. O muro de Berlim caiu em 1989 com ele foi junto o comunismo, hoje a Rússia é um país de economia capitalista com sistema político ditatorial, vai estudar você ainda é capaz de aprender alguma coisa.

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Saúde

Dengue pode fornecer imunidade contra a covid-19, diz estudo liderado por Miguel Nicolelis

Foto: Phil Noble/Reuters

A exposição à dengue pode fornecer algum nível de imunidade contra a covid-19, de acordo com um estudo liderado por Miguel Nicolelis, cientista brasileiro e professor da Duke Univerdity, nos Estados Unidos.

A pesquisa, publicada na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, comparou a distribuição geográfica dos casos de covid-19 com a disseminação da dengue em 2019 e 2020 no Brasil.

Locais com taxas mais baixas de infecção por coronavírus e crescimento mais lento de casos foram os mesmos que sofreram intensos surtos de dengue neste ano ou no último, descobriu Nicolelis.

“Esta descoberta surpreendente levanta a possibilidade intrigante de uma reatividade imunológica cruzada entre os sorotipos de Flavivirus da dengue e o SARS-CoV-2”, afirma o estudo, referindo-se aos anticorpos do vírus da dengue e ao novo coronavírus.

“Se comprovada como correta, essa hipótese pode significar que a infecção por dengue ou a imunização com uma vacina eficaz e segura contra a dengue poderia produzir algum nível de proteção imunológica” contra o coronavírus.

De acordo com Nicolelis, os resultados são particularmente interessantes porque estudos anteriores mostraram que pessoas com anticorpos da dengue no sangue podem apresentar resultados falsamente positivos para anticorpos de covid-19, mesmo que nunca tenham sido infectadas pelo coronavírus.

“Isso indica que há uma interação imunológica entre dois vírus que ninguém poderia esperar, porque os dois vírus são de famílias completamente diferentes”, disse Nicolelis, acrescentando que mais estudos são necessários para comprovar a conexão.

Ele destaca uma correlação significativa entre menor incidência, mortalidade e taxa de crescimento de covid-19 em populações no Brasil onde os níveis de anticorpos para dengue eram mais elevados.

O Brasil tem o terceiro maior número de infecções por coronavírus no mundo, com mais de 4,4 milhões de casos – atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia.

Em estados como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com alta incidência de dengue no ano passado e no início deste ano, o coronavírus demorou muito mais para atingir um nível de alta transmissão na comunidade em comparação com estados como Amapá, Maranhão e Pará, que tiveram menos casos de dengue.

Os pesquisadores também encontraram uma relação semelhante entre surtos de dengue e uma propagação mais lenta do vírus em outras partes da América Latina, na Ásia e nas ilhas dos oceanos Pacífico e Índico.

Nicolelis contou que sua equipe se deparou com essa descoberta por acidente, durante um estudo sobre a disseminação do coronavírus no Brasil, no qual constatou que as rodovias tiveram um papel importante na distribuição dos casos pelo país.

Depois de identificar alguns pontos sem casos no mapa, a equipe foi em busca de possíveis explicações. Um grande avanço ocorreu ao comparar a disseminação da dengue com a do coronavírus.

“Foi um choque. Foi um acidente total ”, disse Nicolelis. “Na ciência, isso acontece, você está atirando em uma coisa e acerta um alvo que nunca imaginou que acertaria.”

Reuters

Opinião dos leitores

  1. Se brinca a ivernequitina , matou a dengue e a Chico cunha, ninguém ñ ver falar mais nelas, kkkk

  2. Então pode abrir tudo. Quem não teve dengue nesse cabaré chamado Brasil? Fala sério!

  3. nicolelis, ai é que mora o perigo. Lembram da abertura da copa?? lembram que o TCU esta no rastro dele?

  4. Não é cientificamente comprovado, necessita de estudos rodomizados, duplo cego, com contraprova e publicação em revistas científicas sujeita a aprovação dos pares, em nível cinco, conforme o procedimento cobrado à hidroxocloroquina. Senao é coisa de fascista.

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Saúde

Hong Kong identifica possível surto em laboratório que estuda covid-19

Foto: Anthony Kwan/Pool via REUTERS

Um laboratório da Universidade de Hong Kong em que pesquisas sobre o coronavírus estão sendo realizadas pode ser a origem de um dos mais recentes surtos detectados na cidade semi-autônoma chinesa, informou a imprensa local nesta segunda-feira (21).

De acordo com a televisão pública RTHK, as autoridades confirmaram no sábado (19) um caso entre funcionários do laboratório, sendo que o coronavírus foi encontrado em 14 das 37 amostras ambientais coletadas nas instalações, localizadas na Escola de Saúde Pública.

Assim, mais de 40 colegas do trabalhador infectado foram colocados em quarentena, embora nenhum deles tenha testado positivo até agora.

As amostras do coronavírus analisadas em laboratório não eram contagiosas, e as autoridades sanitárias do município garantiram que não há evidências de que a infecção tenha ocorrido nas instalações.

Na verdade, o centro tem submetido todos os funcionários a exames semanais como medida de precaução.

Laboratório sob comando de renomado virologista

O jornal local South China Morning Post destacou hoje que o laboratório está sob o comando do renomado virologista Malik Peiris, um dos principais pesquisadores do vírus causador da pandemia do novo coronavírus em Hong Kong.

Suas realizações incluem ter sido o primeiro a confirmar a infecção em um cachorro em março e colaborar com o governo local em estudos sorológicos e de resposta imunológica.

Peiris não terá que ficar em quarentena porque não esteve na cidade recentemente e está atualmente no Sri Lanka, segundo fontes citadas por aquele jornal.

Situação na região

A situação em Hong Kong melhorou nas últimas semanas, após um verão turbulento devido a uma terceira onda de infecções, que começou no início de julho e quadruplicou o número de infectados após ter detectado apenas cerca de 1,2 mil até o final de junho.

No domingo, porém, a cidade registrou 23 infecções – quatro delas importadas de outros países -, o maior número em quase um mês, e contrasta com a situação do último dia 15, em que nenhum caso foi detectado pela primeira vez desde o início da terceira onda.

A ex-colônia britânica tem mais de 5 mil casos e 103 mortes por covid-19 até agora.

EFE

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Saúde

Sesap monitora Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), temporalmente associada à covid-19; veja casos no RN

Foto ILUSTRATIVA: Thinkstock

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou um informe epidemiológico em edição especial sobre a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (Sim-P), temporalmente associada à Covid-19 no contexto do RN. Até o dia 16 de setembro de 2020, foram notificados no estado 21 casos suspeitos para SIM-P, dos quais 11 foram confirmados.

Os casos confirmados são dos seguintes municípios: Mossoró (3), Natal (3), São Gonçalo do Amarante (2), Apodi (1), Nísia Floresta (1) e Touros (1). Desses apenas um permanece internado e dez receberam alta. Entre os casos suspeitos, um continua internado, oito receberam alta e um evoluiu para óbito, o qual está em investigação. Ressalta-se que cinco dos casos suspeitos tiveram testes de diagnóstico positivos para arboviroses, sendo um caso de Zika, três de Chikungunya e um que positivou para Zika e Dengue.

A investigação da SIM-P no RN vem sendo realizada de forma retroativa por parte dos hospitais, após solicitação da Sesap, em função da publicação da Nota Técnica nº 16 do Ministério da Saúde, que orienta sobra as notificações da SIM-P no país.

Até o momento, o público pediátrico (0-19 anos) não registra taxas de incidência elevadas, com a mortalidade e a internação geralmente associadas à presença de comorbidades. Entretanto, pediatras de países como Reino Unido e Itália apontaram para o surgimento da SIM-P, de forma associada à Covid-19, em crianças e adolescentes, levando a um estado crítico de saúde e à necessidade de cuidados intensivos.

No RN, a investigação realizada indicou uma maior incidência da SIM-P no sexo masculino – nove casos – e na faixa etária de 5 a 9 anos – com quatro casos. Quanto aos sinais e sintomas, os prevalentes foram: dores abdominais (9), dispneia (9), edema de mãos e pés e /ou edema de face e abdominal e/ou anasarca – inchaço pelo corpo (8), saturação de O2 < 95% (7), náuseas/vômitos (8), oligúria – diminuição do volume de urina (7), alterações na cor da pele (7) e diarreia (7). Outros sinais e sintomas foram relatados em menor frequência.

Em relação aos exames laboratoriais, os que apresentaram alterações mais frequentes foram: proteína C reativa e albumina (100%), VHS e leucócitos totais (90%), hematócrito (82%), plaquetas e hemoglobina (73%) e TGO (63%). Quanto aos exames de imagem (raio-x de tórax/tomografia), o achado mais frequente foi o derrame pleural observado em 7 casos. No que se refere aos achados de ecocardiograma, dos 8 pacientes que realizaram o exame, 7 casos apresentaram alterações, sendo as mais frequentes os sinais de disfunção miocárdica e derrame pericárdico.

Opinião dos leitores

  1. “Criança não pega Covid-19”
    É, mas pega uma doença bem pior.
    Vamos abrir as escolas. Quem morrer morreu.

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Saúde

Rússia aprova primeiro medicamento para Covid-19 para venda em farmácias

Foto: LOUAI BESHARA / AFP

A Rússia aprovou o tratamento Coronavir, da farmacêutica russa R-Pharm, para pacientes ambulatoriais com infecções leves a moderadas por Covid-19 e o medicamento antiviral pode começar a ser vendido em farmácias no país já na próxima semana, segundo informações da própria empresa nesta sexta-feira. Será necessário, apenas, uma receita médica.

A aprovação do Coronavir como medicamento prescrito segue o sinal verde para outro medicamento russo para Covid-19, o Avifavir, em maio, mas que ainda não está à venda em farmácias. Ambos são baseados na substância favipiravir, que foi desenvolvida no Japão e é amplamente utilizado como base para tratamentos virais.

O anúncio da R-Pharm é outro sinal de que a Rússia está se esforçando para assumir a liderança global na corrida contra o vírus. Ela já está exportando seus testes para detecção do Sars-CoV-2 e fechou parcerias internacionais para o fornecimento de sua vacina Sputnik-V.

A R-Pharm disse que recebeu aprovação para o Coronavir após os ensaios clínicos de Fase 3 envolvendo 168 pacientes com Covid-19. O grupo de teste é considerado pequeno pela comunidade científica. O regulador europeu de saúde na sexta-feira liberou o uso do esteróide dexametasona no tratamento de pacientes com a doença após um estudo realizado por pesquisadores do Reino Unido em milhares de pacientes.

O medicamento foi aprovado pela primeira vez para uso em hospitais em julho. A R-Pharm iniciou negociações com farmácias sobre pedidos, disse o porta-voz da empresa, com o fornecimento de Coronavir previsto para começar na próxima semana.

O Globo

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Saúde

Infecção pode ser séria mesmo entre saudáveis: estudo sul-coreano diz que 26% dos jovens com Covid-19 desenvolveram pneumonia

Foto: Reprodução/Pixabay

Mais de um quarto dos jovens adultos infectados com o novo coronavírus desenvolveram pneumonia, segundo um estudo desenvolvido por pesquisadores sul-coreanos.

O estudo analisou 315 pacientes, com idades entre 18 e 39 anos, em seis hospitais entre o período de fevereiro e março deste ano, e constatou que 26% deles desenvolveram pneumonia. Na Coreia do Sul, todos os pacientes com testes positivos para coronavírus, mesmo em casos assintomáticos, foram hospitalizados no início da pandemia.

“Pneumonia grave se apresentou em 2% dos casos, e um paciente sem nenhum outro histórico médico necessitou de ventilação mecânica. Os jovens também devem estar cientes do risco de pneumonia ou pneumonia grave devido à Covid-19”, escreveram os pesquisadores em um resumo de seu trabalho, que será apresentado na próxima semana, no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas Conferência sobre Doença do Coronavírus.

Dos pacientes com pneumonia, 23% tinham radiografias de tórax anormais em apenas 10 dias após o primeiro diagnóstico, disseram os pesquisadores. Um paciente que não apresentou sintomas do novo coronavírus também chegou a desenvolver pneumonia.

Embora os jovens adultos tenham menos probabilidade do que os mais velhos de desenvolver sintomas graves do novo coronavírus, os pesquisadores disseram que suas descobertas mostram que a infecção pode ser séria mesmo entre as pessoas saudáveis desta faixa etária.

CNN Brasil

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Judiciário

MAIS UM APÓS POSSE DE FUX: Augusto Aras está com Covid-19, informa Procuradoria-Geral da República

Foto: Reprodução/TV Justiça

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está com Covid-19, informou nesta quinta-feira (17) a assessoria da PGR.

O órgão também disse que o procurador-geral “passa bem e está em isolamento, despachando remotamente”.

Aras é mais uma autoridade da República que esteve na posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na semana passada, a contrair Covid-19. Antes dele, tiveram exames que confirmaram a infecção o próprio Fux, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha Palheiro.

Em nota divulgada mais cedo nesta quinta, a presidência do STF afirmou que tomou medidas de segurança durante a posse de Fux e seguiu todos os protocolos recomendados. Disse ainda que está “em contato com os convidados que estiveram presentes à solenidade para alertá-los sobre a importância de buscarem serviço médico, caso tenham se exposto de alguma forma também em outros eventos fora do STF”.

“A Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS) do Tribunal também está atenta e à disposição dos servidores para orientá-los sobre eventual realização de testes e procedimentos a serem adotados em casos positivos”, completou o STF na nota.

G1

Opinião dos leitores

  1. Será que vai tomar a hidroxicloroquina ou vai ficar em caso aguardando que chegue a falta de ar?

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Saúde

Taxa de ocupação de leitos críticos de 38% no RN nesta quinta é uma das mais baixas desde o início da pandemia

A taxa de ocupação dos leitos críticos de pacientes com a Covid-19 é de 38% na manhã desta quinta-feira (17) no Rio Grande do Norte, o índice é um dos mais baixos desde o início da pandemia no estado. Os dados são do Regula RN, o Sistema de Regulação do Acesso à Assistência em Saúde do estado do Rio Grande do Norte.

O sistema também apontava, até o meio-dia, que há dois pacientes na fila à espera de um leito crítico; cinco pessoas aguardam transferência para um leito clínico e oito estão aguardando transporte para serem removidas. Atualmente, 246 pessoas estão internadas em leitos críticos e clínicos, confirmados ou suspeitos com a doença.

Nas Regiões de Saúde, a ocupação está distribuída da seguinte maneira: a Metropolitana está com 34%, Oeste com 40%, Alto Oeste com 50%, Seridó possui 61%, Trairi/Potengi tem 18% de ocupação e as regiões do Mato Grande e do Agreste potiguar não possuem pacientes internados em leitos de UTI.

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Saúde

Covid-19: obesidade é fator de risco tão grave quanto ser idoso, descobrem cientistas brasileiros

Foto: Alissa Eckert, Dan Higgins/CDC

A obesidade é um fator de risco para o agravamento da Covid-19 e morte pela doença tão importante quanto ser idoso (entenda por quê). Cientistas brasileiros descobriram que os obesos correm perigo elevado, não importando idade, sexo, etnia ou comorbidades, como hipertensão, doença cardíaca, pulmonar ou diabetes.

Pessoas com sobrepeso também têm risco aumentado, pois este cresce junto com os quilos na balança. Indivíduos acima do peso, mas que não chegam a ser obesos, já têm algum grau de inflamação e podem apresentar deficiências imunológicas, afirma Silvia Sales-Peres, professora da Universidade de São Paulo (USP) em Bauru e coordenadora de uma revisão sistemática sobre o impacto da obesidade sobre a Covid-19.

— Vimos que mesmo em pessoas sem nenhuma outra doença além da própria obesidade, o risco de Covid-19 grave é significativamente maior, inclusive nos jovens. Isso é gravíssimo para o Brasil, no qual a maior parte da população está acima do peso — enfatiza Sales-Peres.

Em abril, médicos já haviam observado uma relação evidente entre a obesidade e a Covid-19 grave. Mas se pensava que isso ocorria porque a obesidade quase sempre está acompanhada de comorbidades. O que o estudo da USP mostra é que somente ser obeso já eleva muito o risco da Covid-19.

Pessoas obesas e aquelas com sobrepeso enfrentam o coronavírus em desvantagem a partir do momento em que são infectadas. E nelas a doença também progride mais depressa para um quadro grave, salienta Sales-Peres.

Apoiado pela Fapesp, o estudo do grupo dela foi publicado na revista Obesity Research & Clinical Practice e analisou dados de nove pesquisas com 6.577 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 em China, França, Espanha, Itália e Estados Unidos. O estudo mostrou que 9,4% dos obesos internados em UTI morreram.

Uma outra pesquisa internacional, publicada na Obesity Reviews com dados de 399.000 pacientes no mundo, mostrou que pessoas obesas com coronavirus têm 113% mais chance de precisar de internação do que aquelas com peso normal. O risco de internação em UTI é 74% maior e o de morte, 48% superior.

A notícia é particularmente preocupante para o combate da pandemia em países como o Brasil em que 55% da população têm sobrepeso e outros 19,2% são obesos, de acordo com a última pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, com dados de 2018.

Uma série de mecanismos de defesa e de inflamação são desregulados nos obesos e, em menor escala, nas pessoas com sobrepeso. Um dos mais importantes é que por terem mais receptores chamados ECA-2, usados pelo coronavírus para invadir as células, essas pessoas têm maior carga viral.

Além disso, o Sars-CoV-2 se multiplica no tecido adiposo e faz dele um reservatório. O coronavírus não apenas ataca com mais intensidade quanto permanece por mais tempo, explica Sales-Peres.

Tempestade perfeita

Especialista em obesidade, Lício Velloso, professor titular do Departamento de Clínica Médica da Unicamp, salienta que no obeso o corpo está em desequilíbrio permanente. Por isso, é muito mais vulnerável ao coronavírus.

O obeso tem menos defesas contra vírus porque sua imunidade é mais fraca. E também é mais propenso a quadros inflamatórios graves porque já sofre de inflamação crônica. Para piorar, o coronavírus se multiplica e se esconde na gordura. Como se não bastasse, o excesso de tecido adiposo prejudica o funcionamento dos pulmões. Ele é vítima de uma tempestade perfeita.

— A obesidade é por si só uma doença crônica e muito perigosa. Não se trata de falta de força de vontade. É uma doença e deve ser encarada como tal. Isso é fundamental inclusive para combater o estigma — ressalta.

A mesma opinião tem o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Rodrigo Moreira. Ele lembra que já se sabia que os obesos são mais vulneráveis a sofrer o agravamento de outras infecções virais, como a influenza. E acrescenta que há estudos mostrando que neles a vacina contra a gripe é menos eficiente.

Sales-Peres diz que ainda é cedo para saber se o mesmo ocorreria com as vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19.

Pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 25 são consideradas com sobrepeso, e com mais 30, obesas. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado.

Os especialistas são unânimes em destacar a necessidade de políticas públicas para o controle da obesidade, um problema grave antes da pandemia. E esta só piorou as coisas, pois reduziu a mobilidade e a atividade física, o que pode ter levado muita gente a engordar.

No Brasil não existem ainda avaliações disso. Mas na França houve um aumento médio de três quilos por habitante nos primeiros seis meses de pandemia

— A obesidade também é uma pandemia. É uma doença crônica e grave, associada não só a pandemia de coronavírus, mas às principais causas de morte no Brasil e no mundo, as doenças cardíacas e o câncer. Ninguém é obeso porque quer — salienta Moreira.

Ele espera que vá adiante a proposta de rotular alimentos que contém mais açúcar, gordura e sódio. Ela está em análise na Anvisa.

— A população deve ser claramente informada que está consumindo um alimento que vai engordá-la — diz Moreira.

Entenda porque pessoas acima do peso tem mais risco de desenvolver Covid-19 grave

1. A obesidade é por si só uma inflamação crônica de baixo grau, associada ao aumento excessivo das células adiposas. A tempestade de citocinas deflagrada pelo coronavírus, que agrava a Covid-19, seria intensificada nos obesos porque a resposta inflamatória deles já é desequilibrada.

2. Estudos mostraram que pessoas acima do peso, em especial as obesas, têm mais receptores de ECA2,a porta de entrada do Sars-CoV-2 nas células. Isso significa que entram mais vírus nos obesos. A carga viral deles é maior. Esse fator é considerado importantíssimo para o agravamento da Covid-19.

3. Os obesos costumam ser pré-diabéticos ou diabéticos. Eles têm glicose elevada e ela, quando em excesso, prejudica o sistema imunológico. Isso acontece porque a glicose alta afeta os macrófagos. Estes são células da primeira linha de defesa contra vírus, a chamada resposta inata. Os macrógafos fagocitam (engolem) e eliminam o vírus. Também são eles que “apresentam” pedaços do vírus aos linfócitos para que estes possam produzir anticorpos. O excesso de peso, assim, enfraquece as defesas inatas.

4. Os obesos produzem menos interferon. Estes são proteínas também importantes para a resposta inata do organismo ao ataque de vírus. Os interferons tentam bloquear a multiplicação de vírus.

5. O Sars-CoV-2 se multiplica nas células adiposas, de gordura. Se acredita que elas sejam um reservatório “secreto” do vírus.

6. Os obesos têm pior função respiratória. O tecido adiposo comprime o diafragma e não deixa os pulmões funcionarem direito.

O Globo

Opinião dos leitores

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Saúde

Secretário de saúde confirma estabilidade da covid-19 no RN e tendência de declínio

Foto: Sandro Menezes – ASSECOM/RN/ILUSTRATIVA

Em entrevista coletiva para apresentação dos dados epidemiológicos da Covid-19 nesta quarta-feira (16), o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, destacou que apesar da situação de estabilidade da doença no estado ainda é preciso seguir o distanciamento físico e, principalmente, o uso correto da máscara. “Mais uma vez repetimos que a pandemia não acabou. Há uma ameaça de um novo surto com o crescimento da transmissibilidade na Europa e nós não podemos relaxar”.

Os dados apresentados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), apontam um total de 65.933 casos confirmados, 30.807 suspeitos e 128.251 descartados. Foram registrados 2.330 óbitos, sendo dois nas últimas 24 horas e ainda 282 óbitos em investigação.

O número de novos casos nas últimas 24 horas foi de 286. Cipriano lembrou que no auge da pandemia o número de casos chegou a um pico de 1.000 novos registros em um dia. “A tendência é de declínio, mas a nossa meta é que não registremos nenhum óbito. A população, as autoridades e as instituições devem seguir a retomada com responsabilidade, respeito e cumprimento das normas de segurança”, frisou.

No RN, a taxa de ocupação de leitos está em 42,2%. Por região, a ocupação de leitos é a seguinte: Seridó – 67%, Oeste – 42%, Metropolitana de Natal – 34%, Alto Oeste – 80%, Potengi-Trairi – 18%, Mato Grande e Agreste 33% – todos os leitos Covid disponíveis. Até o final da manhã desta quarta (16) há 243 pessoas internadas em leitos críticos e clínicos nas unidades de saúde públicas e privadas.

O índice R(t) – que determina o potencial de propagação do vírus – segundo os dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – LAIS da UFRN, está em 0,87 para o RN como um todo. Porém, essa taxa de transmissibilidade continua acima de 1 nas regiões do Oeste (1,11), Alto Oeste (1,09) e Seridó (1,03). A taxa de isolamento da população está em 36,1%, de acordo com o secretário o número é compatível com o processo de retomada das atividades.

Opinião dos leitores

  1. Favor enumerar ao menos duas ações concretas e reais da governadora contra o Covid caríssimos petistas. 5 milhões desviados? Contra a invermectina? Falência das empresas do estado? Não criação de leitos e divulgação de Leitos fakes no interior do estado?
    Fez uma super mega ultra medida, mandou um secretário com cara de pinguço ficar no RN Tv falando em nome dela e quando saía da toca da Redinha: falava o mesmo discurso de Dilmalouca: Estamos trabalhando incansavelmente, repito, trabalhando incansavelmente, ‘’ripito’’. Só faltou falar em dobrar a meta ou ensacar vento das eólicas como a ídola dela. Por que será que o prefeito Foi o político que mais cresceu no Brasil?

  2. Se tivesse dependido de Bolsonaro, o nº de mortos teria pelo menos dobrado.
    Quem não se lembra dos "bons" exemplos que ele deu?
    Parabéns à governadora e seu secretário!
    OBS. Enviar recursos federais pro Estado não é bondade, é obrigação.

  3. Obrigado presidente Jair MESSIAS Bolsonaro por ter ajudado os municípios do Rio Grande do Norte no combate ao vírus Chinês. Se nós fôssemos depender dessa Desgovernadora ridícula, nós estaríamos fud…

  4. Dali , Fátima! Campeã do Brasil em diminuição da COVID 19. Isso se chama gestão em saúde. Rumo a mais um mandato. São mais 06 anos . Quem não aguentar , P …rsrsrs

    1. Parabéns! Kkkkk ficou escondida em um buraco durante a pandemia e os prefeitos administrando os recursos, EPIs e medicações repassadas pelo governo federal… Pior avaliação durante o covid…. As pesquisas, não sou eu kkkkkkkk

    2. Kkkk
      Dalhe ivermectina cloroquina.
      Vamos tocar o barco, por essa desgovernadora o povo tava em casa escondido igual a ela.
      Cadê o hospital de campanha?
      Cadê o dinheiro das ambulâncias?
      Cade os respiradores???
      Governo fraco, pífio e inoperante.
      Pede pra sair incompetente.
      Fora Fátima do PT.

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Saúde

Apneia do sono pode promover risco adicional à Covid-19, diz estudo

(Foto: Adi Goldstein/Unsplash)

Um estudo recente da Universidade de Warwick, na Inglaterra, aponta que pessoas diagnosticadas com apneia obstrutiva do sono podem ter maior risco às complicações da Covid-19. A pesquisa foi publicada no início de setembro na revista Sleep Medicine Reviews.

A apneia obstrutiva do sono é uma condição caracterizada pelo bloqueio completo ou parcial das vias aéreas durante o sono. Muitos dos fatores de risco associados a esse distúrbio, como diabetes, obesidade e hipertensão, são semelhantes àqueles associados aos sintomas mais graves da Covid-19. Por isso, os pesquisadores revisaram estudos e investigaram se o diagnóstico de apneia conferia um risco adicional além à infecção provocada pelo Sars-CoV-2.

Cientistas analisaram 18 estudos publicados até junho de 2020 que relacionavam apneia obstrutiva do sono e Covid-19, sendo que oito deles estavam relacionados ao risco de morte pela doença e dez estavam relacionados ao diagnóstico, tratamento e gestão da apneia do sono.

Com base na revisão dos artigos, evidências sugerem que muitos pacientes que precisaram de terapia intensiva tinham apneia obstrutiva do sono. Um dos estudos analisados, por exemplo, concluiu que pacientes hospitalizados por Covid-19 que tinham diabetes e estavam em tratamento para apneia obstrutiva do sono tinham risco 2,8 vezes maior de morrer no sétimo dia após a admissão hospitalar.

Com as taxas de obesidade e outros fatores de risco relacionados aumentando, os pesquisadores também acreditam que as taxas de apneia obstrutiva do sono também estejam crescendo. A revisão destaca que a pandemia também teve efeitos mundiais no diagnóstico, gerenciamento e tratamento em andamento de pacientes com esta e outras condições de sono. No futuro, pode ser necessário explorar novas vias de diagnóstico e tratamento para esses indivíduos.

Os pesquisadores defendem que é importante que as pessoas com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono estejam cientes do risco adicional e tomem as precauções adequadas para reduzir sua exposição ao vírus. Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses indivíduos precisam ser adicionados à lista de grupos vulneráveis ​​do coronavírus.

Galileu

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Diversos

Cartórios registram recorde de mortes em agosto, informa IBGE; número de óbitos por covid-19, no entanto, foi o menor desde maio

Foto: © Peter Ilicciev/Fiocruz

Um levantamento dos cartórios de registro civil brasileiros, divulgado nesta quarta-feira (16), revela que o mês de agosto deste ano foi o que mais registrou óbitos, desde o início da série histórica feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2002. Os dados catalogados pelo IBGE em base nos registros até 2018 (última divulgação), comparados aos dos anos de 2019 e 2020 disponíveis no Portal da Transparência dos Cartórios, mostram um total de 126.717 óbitos no mês, 17,1% a mais que os 108.178 de agosto do ano passado.

Apesar dos dados, quando considerados os registros de óbitos por covid-19, o mês de agosto teve o menor número desde maio, com 24.966 falecimentos, queda de 13,7% em relação a julho, quando foram registradas 28.916 mortes pela doença. Já com relação à soma dos óbitos por doenças respiratórias no Brasil, agosto teve 55.359 óbitos, com queda de 8,1% em comparação ao mês de julho, quando foram registrados 60.270 falecimentos, e o menor número de mortes por estas causas desde o mês de maio.

De todas as mortes registradas no mês passado, 24.966 são referentes a óbitos causados pela covid-19, o equivalente a 19,7% do total. Quando somadas a essas mortes as ocorridas pelas demais doenças respiratórias – insuficiência respiratória (6.334), pneumonia (11.047), septicemia (11.067), síndrome respiratória aguda grave (1.198) e causas respiratórias indeterminadas (747), totalizando 55.359 óbitos – o índice sobe para 43,7%. Os óbitos restantes foram causados por acidente vascular cerebral (8.114), Infarto (8.135), causas cardiovasculares inespecíficas (8.215) e demais causas naturais (37.631). Há ainda 9.263 ocorridas por razões não naturais, ou seja, decorrentes de causas externas violentas.

Para o vice-presidente da Arpen-Brasil, Luis Carlos Vendramin Júnior, os dados disponibilizados pelo Portal da Transparência do Registro Civil são uma importante ferramenta de combate à pandemia de covid-19 no país. “É importante que a população e o Poder Público possam ver esse alto número de mortes ocorridas durante o mês de agosto e, assim, utilizá-los em estudos sobre o impacto do novo coronavírus no país.”

Vendramin destacou que, hoje, os dados do portal são fonte de estudos acadêmicos, de órgãos oficiais do governo e base de dados dos índices de mortalidade no Brasil, com atualização dinâmica pelos cartórios de registro civil e grande detalhamento de dados.

IBGE

O recorde de óbitos em agosto deste ano também é confirmado na pesquisa histórica Estatísticas do Registro Civil, do IBGE, que também usa como fonte primária dados dos cartórios. Em comparação com agosto de 2018 (112.573 óbitos), 2020 registrou um acréscimo de 12,6% mortes, já com relação a 2017 (112.116) foram 13% a mais este ano, enquanto que na comparação com 2016 (108.070), o percentual de aumento em 2020 é de 17,3%.

O Portal da Transparência, administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), é atualizado diariamente por todos os cartórios do país desde 2019, e o IBGE cataloga e tabula os dados anuais do registro civil e os disponibiliza em seu site sempre no fim do ano seguinte.

Desde o início da pandemia, a Plataforma do Registro Civil passou a informar dados de óbitos por covid-19 (suspeita ou confirmada) e, ao longo dos meses, novos módulos sobre óbitos por doenças respiratórias e cardíacas foram adicionados ao portal, com filtros por estado e município com mais de 50 óbitos em 2020, cor da pele, local de falecimento e cidade de domicílio.

Prazos do registro

Mesmo com a plataforma fornecendo um retrato fiel de todos os óbitos registrados pelos cartórios, os prazos legais para o registro e posterior envio à Central de Informações do Registro Civil, podem fazer com que os números sejam ainda maiores.

Segundo a Arpen- Brasil, a justificativa está no fato de a Lei Federal 6.015/73 estabelecer prazo de até 24 horas para registro do falecimento, podendo ser expandido para até 15 dias em alguns casos. “Na pandemia, alguns estados abriram a possibilidade de se registrar em um prazo ainda maior, chegando a até 60 dias. A Lei 6.015/73 prevê prazo de até cinco dias para lavratura do registro de óbito, enquanto a norma do CNJ [Conselho Nacional de Justiça] prevê que os cartórios devam enviar seus registros à Central Nacional em até oito dias após a efetuação do óbito”, esclareceu a entidade.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Todas as mortes, independentemente do tipo de doenças são investigadas se tem alguma relação com o Vírus Chinês ou não.
    Hoje, existem cerca de 250 mortes ainda sob investigação, aguardando diagnóstico.

  2. Muitas dessas doenças respiratórias foi covid19, não tinha teste para fazer , e colocavam e colocam síndrome respiratória.

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Saúde

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, testa positivo para a Covid-19

Foto: CNN (22.jul.2020)

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), testou positivo para Covid-19.

Presidente da Câmara recebeu o laudo confirmando o diagnóstico nesta quarta-feira (16). O exame foi feito no laboratório Sabin, em Brasília.

Nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, também testou positivo para o novo coronavírus.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. fazia críticas ao JB por ele não usar máscara e pegou bebê, por que?
    Mais um hipócritas sendo desmascarado.

    1. Vai não. Vai esperar sentir falta ar para ficar alerta. Aí, se piorar, ele vai procurar um médico. Receitinha boa essa.

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Saúde

COVID-19: Taxa de ocupação de leitos no RN é de 42%; Alto Oeste e Seridó registram índices mais elevados

A Secretaria de Estado e Saúde Pública- Sesap atualizou os dados do coronavírus no Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (16). Conforme dados no fim desta manhã, a taxa de ocupação de leitos críticos está em 42% no Estado.

Veja alguns dados por região:

67% Seridó

80% Alto Oeste – Pau dos Ferros

34% Região metropolitana de Natal

33% Mato Grande

42% Mossoró

18% Santa Cruz e região de São Paulo do Potengi

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