Um motorista de aplicativo foi vítima de ataques e preconceito nesse final de semana em Natal, na orla de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, após pedir para um passageiro se retirar do veículo ao constatar que ele se encontrava agressivo.
Depois de entrar no veículo, sem máscara, um homem foi solicitado ao motorista do aplicativo para que ficasse no banco de trás, para busca de segurança na viagem e para que evitasse alguma irregularidade em uma eventual fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Pois bem. Segundo o motorista do aplicativo, o cidadão que estava acompanhado de uma mulher – que a identifica como a sua esposa, atendeu ao pedido de forma contrariada. Na sequência, o motorista alega que foi alvo de xingamentos depois de solicitar que o passageiro se retirasse do carro devido ao seu comportamento, e ainda sob a acusação que o homem estaria destratando a mulher. No vídeo, a acusação é negada pelo acusado.
Em desabafo nas redes sociais, o motorista de aplicativo diz que ao convidar o homem para se retirar do carro devido ao estado de alteração, o passageiro desferiu socos no banco, em momentos que achou que fosse ser atingido – o que não ocorreu. O trabalhador ainda conta que, contrariado, o homem acabou saindo do automóvel junto a com mulher que seria a sua esposa. A confusão, que poderia se encerrar, então ficou mais forte.
Conforme imagens, o motorista do aplicativo vira alvo de uma série de xingamentos e provocações com tom de preconceito, entre elas, sendo chamado de ‘liso’ e ‘gordo’. Durante o episódio, diversas pessoas testemunharam o desfecho. Em meio a confusão, os envolvidos solicitaram uma outra corrida por aplicativo, o que provocou a reação do motorista que vinha passando pelos ataques. Ele se dirigiu ao colega e comunicou o que vinha ocorrendo, inclusive, ainda informando que havia ligado para a polícia. Mais uma vez, a situação voltou a sair de controle.
O homem alvo de ofensas conta que o “passageiro”, revoltado, desceu do carro e teria dito que ele estava querendo ‘fod*r’ com a sua vida, e teria o peitado. Com a confusão generalizada, uma viatura da Companhia Independente de Policiamento de Turismo(CIPTUR) chegou ao local, e fez a condução dos envolvidos a delegacia. Posteriormente, o motorista registrou um boletim de ocorrência(BO). Para a sua surpresa, o trabalhador disse que o homem acusado de provocar a confusão pediu ao policial civil de plantão para que fizesse uma representação contra ele – registro que não se oficializou após ser comunicado de que ele não era a vítima.
“A gente faz de tudo para atender os nossos clientes, com o maior carinho e atenção, e acontece isso. O cara chegar, humilhar, e não sei nem o que fazer. Não dá nem vontade de trabalhar. Sem falar que mesmo reportando a plataforma, a vítima disse que recebeu uma formulário da empresa sobre comportamento agressivo dentro do veiculo, aonde em todo momento têm provas nos vídeos que eu me comportei de forma totalmente correta e paciente, sem falar em outras pessoas que estão de testemunha e que viram a forma que esse cidadão se comportou em todo momento”, desabafou o trabalhador em áudios que circulam em grupos de Whatsapp, pedindo Justiça sobre o caso.
Vídeos cedidos abaixo:
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