Política

Comprador de avião era ‘entregador’ de propina de Eduardo Campos e de pai de ministro de Temer, diz relatório da PF

Ao indiciar 20 investigados na Operação Turbulência, a Polícia Federal apontou o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho como líder de suposto grupo criminoso e encarregado de entregar propina da empreiteira Camargo Corrêa ao ex-governador Eduardo Campos – morto em acidente aéreo em agosto de 2014 – e ao senador Fernando Coelho Bezerra (PSB-PE), pai do ministro das Minas e Energia do governo interino Michel Temer (PMDB), Fernando Filho.

Os valores entregues por João Carlos Lyra, segundo a PF, teriam origem nas obras da Refinaria Abreu e Lima, realizada pela Petrobrás no Estado de Pernambuco. A Abreu e Lima é alvo de outra Operação da PF, a Lava Jato.

De acordo com a PF, Lyra assinou o Termo de Intenção de Compra e se apresentou formalmente como o único comprador do avião Cessna Citation PR-AFA que caiu em Santos, há dois anos, matando Eduardo Campos, o então candidato à presidência pelo PSB.

A informação sobre a atuação de Lyra foi detalhada à delegada Andrea Pinto Albuquerque pelos ex-funcionários da Camargo Corrêa, Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa. De acordo com os ex-funcionários, para viabilizar o pagamento, a empreiteira realizou um contrato fictício com a Construtora Master. O objeto do contrato seria a terraplanagem na obra da refinaria de Abreu e Lima, mas o serviço nunca foi prestado.

Os valores arrecadados com os contratos fraudulentos, diz a PF, eram repassados para João Carlos Lyra por meio de entregas de dinheiro vivo e por meio de depósitos em contas de grupo de empresas de fachadas em nome de laranjas ligados ao líder do grupo criminoso.

“Conforme consta nas declarações gravadas de Wilson da Costa, a partir da realização dos saques na conta da Construtora Master por ‘Zé Gomes’, este entregava o numerário ao próprio Wilson, o qual, por sua vez, os remetia a João Carlos. As entregas (em torno de cinco ao todo) foram realizadas numa rua “por trás da loja Ferreira Cota”, no bairro da Imbiribeira, nesta capital(Recife)”, explica a delegada em seu relatório.

O inquérito da Turbulência investiga uma organização criminosa responsável pela criação e manutenção de uma série de empresas de fachadas utilizadas, segundo a PF, para fazer circular “recursos de origem espúria” de modo a ocultar os rementes e destinatários desses valores.

Embora a investigação tenha origem na queda do avião Cessna Citation, prefixo PR-AFA, que matou o então candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, a delegada Andrea Pinho compartilhou informações com a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e com o grupo de investigadores da Procuradoria-Geral da República.

Em busca dos verdadeiros proprietários do jatinho, os investigadores da Turbulência mapearam uma teia de empresas de fachada utilizadas para lavar e supostamente escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Estão na mira da PF repasses da Camargo Corrêa e da OAS que teria origem em desvios praticados em obras da Petrobras realizadas no Estado e na transposição do Rio de São Francisco.

Além de entregador de propina da Camargo Corrêa, segundo a PF, Lyra também teria utilizado as contas de empresas de fachada operadas por ele para escoar valores provenientes da OAS. De acordo com a PF, entre 2010 e 2014, foram registradas ao menos 90 transações entre a construtora as empresas ligadas a Lyra que somaram R$ 14 milhões.

“Inegável, ainda, que ele (Lyra) teria utilizado tais contas para aportar recursos provenientes de contratos superfaturados executados pela OAS, em troca da entrega de dinheiro em espécie que serviria de pagamento de propina a políticos e funcionários públicos devidos por aquela empreiteira, dissimulando a natureza criminosa dos valores recebidos”, sustenta a delegada da PF.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE JOÃO CARLOS LYRA:

“A defesa de João Lyra nega que ele tenha praticado qualquer irregularidade. Todos os esclarecimentos serão dados nos autos do processo.”

COM A PALAVRA, O PSB:

Questionado em nome do falecido ex-governador Eduardo Campos, o PSB afirmou que reitera a sua confiança na “conduta sempre íntegra do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e o apoio incondicional ao trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos”.

COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DE FERNANDO BEZERRA:

O senador Fernando Bezerra Coelho, por meio de sua assessoria, disse que “não é investigado na operação Turbulência” e informou, como ratificação, que nunca coordenou “nenhuma campanha de Eduardo Campos”

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Se puxar o "rabo da gata" enrola mais de 90 % desses políticos que estão aí fazendo graça com as nossas vidas .

  2. Com a palavra o defunto…
    Sou da terra do Lula; fui apadrinhado político dele; aprendi muito com ele; portanto não sei de nada, não vi nada, não ouvi nada, e pronto falei…

  3. E o defunto ainda foi enterrado com honras.
    Durante o percurso até o cemitério, as pessoas jogaram flores, aplaudiram, gritaram "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro" e cantaram o hino nacional.
    O brasileiro não larga de ser imbecil e otário.

    1. É também um povo frouxo e covarde que entrega tudo para Jesus resolver.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Ex-presidente da Andrade Gutierrez volta à prisão após 5 dias solto

otávio marquesO ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, solto na sexta-feira após fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, voltou a ser preso nesta quarta-feira em São Paulo por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, que conduz os processos referentes a propinas na estatal Eletronuclear.
Nesta quinta-feira, a defesa de Azevedo deve entrar com uma petição na Justiça Federal do Rio de Janeiro para esclarecer a Bretas as condições do acordo de delação premiada que permitiram a soltura do empresário na sexta-feira. Ele voltou à prisão preventivamente porque tinha contra si um segundo mandado de prisão, decretado pelo juiz federal fluminense. Azevedo foi encaminhado à carceragem da Polícia Federal em São Paulo e, caso a petição de seus advogados não seja atendida, será transferido ao Rio de Janeiro. Elton Negrão, o outro executivo da Andrade libertado há cinco dias, continua em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Fonte: Veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

NO VENTILADOR: Cerveró cita US$ 100 milhões de propina ao governo de FHC

16/04/2014. Credito: Bruno Peres/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Ex-diretor financeiro da Petrobras Nestor Ceveró, durante audiência da Comisão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional.
Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes de fechar o acordo de delação premiada, que a venda da petrolífera Pérez Companc envolveu pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões ao governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O documento em que consta a informação foi obtido pela RPC. Cerveró está preso pela Lava Jato desde janeiro do ano passado.

A compra da empresa argentina pela Petrobras ocorreu em 2002. Ainda de acordo com o depoimento, Cerveró disse que quem repassou essa informação a ele foram os diretores da Pérez Companc e Oscar Vicente, ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que afirmações vagas, sem especificar pessoas envolvidas, e servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação.

“Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico partidária. Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.

Fonte: G1

Opinião dos leitores

  1. Maracujina e Brasil meu país vocês são ótimos. Qualquer nova notícia serve para justificar a PaTifaria e corrupção dos que hoje estão no poder. Façamos um trato, nós da sociedade civil organizada, vamos acabar com essa corrupção desmantelada que nos assola.

  2. Sim, não e da classe não né moço??? E acredita-se em bicho papão, papai noel e etc…..!!!

  3. Bilú, bilú , bilú .. Bilú tetéia … Agora está tudo dominado :
    FHC O INTELECTUAL TAMPA DE CRUSH , está na sacanagem .
    O DEPUTADO COPA DO MUNDO , OLIMPÍADAS E COISAS AFINS , TÁ QUE NÃO PASSA NEM UM ABACAXI .
    AECINHO , O NETINHO DE TANCREDO TÁ TODO ENROLADO
    JOSÉ AGRIPINO "o probo "" , caladinho , caladinho .
    O danado é :
    Não existe nada contra Dilma e essas autarquias querem derrubá-la .
    Derruba não menino .

    1. A Você deve receber alguma propina pra defender aquela escoria humana

  4. Alguém se lembra do Brindeiro, engavetador geral da República? E a PF da era Tucana, existia?
    Quem bom q a podridão dessa época tb está aparecendo, pena q muito se perderá na história pois o judiciário era aparelhado e a PF era desmantelada.
    Com a palavra os hipócritas coxinhas.

  5. E agora ? Vai ser coxinha estragada por todo canto . Vamos logo marcar uma passeata lá no midway .

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Agripino é rápido e já solta nota de esclarecimento sobre acusações de receber propina da obra da Arena das Dunas

O senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, que pode ser alvo de investigação por supostamente ter recebido propina da OAS para construção da Arena das Dunas foi rápido no gatilho. Ele já emitiu uma se defendendo, alegando que a acusação é “absurda, inverídica e descabida” e que estará pronto para prestar esclarecimentos.

Confira nota na íntegra:

“NOTA

Apesar de considerar a acusação absurda, inverídica e descabida, me colocarei à disposição do Judiciário para os esclarecimentos que se vierem a fazer necessários.

Senador José Agripino Maia”

Opinião dos leitores

  1. Será que ele vai adotar o discurso de Eduardo Cunha e dizer que sua acusação é uma "trama palaciana" para lhe derrubar? Fiquei curioso em saber de quanto foi a propina…

  2. Em alguns momentos discordo com o nobre blogueiro, porém nesse caso do Zé ele está sendo imparcial, tenho que se justo, mais justo ainda seria ver Zé na cadeia…

  3. Previsível que ele negasse. A pergunta é: o blog vai dispensar ao senador do DEM o mesmo tratamento que dá, por exemplo, aos petistas acusado de algum ato de corrupção? Porque, quando se trata de gente do PT, a simples acusação já se transforma em sentença de culpa.

  4. A nota é padrão e a desculpa é a mesma de sempre.

    Até tu Zé!!!

    O Rabo de palha vai pegar fogo…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Finanças

Eduardo Cunha foi ‘destinatário final’ de propina, diz Youssef

cunhaDelator da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef declarou à Justiça Federal nesta quarta-feira (13) que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atual presidente da Câmara dos Deputados, foi o “destinatário final” da propina paga pelo aluguel de navios-sonda para a Petrobras, em 2006.

O assunto é alvo de uma ação penal a que respondem Youssef e outras três pessoas, por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também são réus o operador Fernando Soares, o Baiano, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o empresário Júlio Camargo, que intermediou o contrato.

De acordo com Youssef, que depôs na condição de réu, Cunha e Baiano eram os “destinatários finais” da propina originada no contrato. Baiano, ele diz, era um dos operadores do PMDB na Petrobras.

O doleiro disse que Camargo citou “exatamente” o nome de Cunha a ele, em conversas sobre o pagamento da propina, em 2011.

“Expressou exatamente o nome do deputado”, disse. Depois, complementou que o empresário “deixou transparecer que o Fernando Soares representava o Eduardo Cunha nesse assunto [das sondas].” Por fim, ao responder a pergunta de seu advogado se Cunha era o destinatário final da propina, disse que sim.

Em depoimento prestado poucos minutos depois à Justiça, Camargo negou que tenha mencionado o nome de Cunha ou mesmo atribuído qualquer participação ao deputado nesse episódio.

O atual presidente da Câmara nega ter sido beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras.

REQUERIMENTOS

Segundo Youssef, Camargo estava “realmente bastante perturbado” quando foi procurá-lo para que o ajudasse no pagamento da propina, que estava atrasado.

A preocupação era com os requerimentos feitos pela Câmara dos Deputados ao TCU (Tribunal de Contas da União), que pediam informações sobre contratos da Mitsui, uma empresa que Camargo representava.

Youssef voltou a afirmar, como já havia feito em sua delação premiada, que os pedidos eram um meio de forçar Camargo a pagar a propina, e foram solicitados por Cunha, ainda que o deputado não tenha assinado o documento. “Foi através de outros deputados”, disse.

O doleiro reafirmou que fez o pagamento de cerca de R$ 4 milhões em espécie a Baiano, e entregou outros R$ 2 milhões a Camargo em seu escritório, para completar o que o empresário devia ao operador.

Camargo negou, também em depoimento nesta quarta (13), que tenha atribuído a autoria dos requerimentos a Cunha.

Folha Press

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Diretor da Alstom diz que propina em SP foi de 15%; confira rota do suborno

 A direção da Alstom na França autorizou o pagamento de propina de 15% sobre um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões à época) para fechar um negócio com uma estatal paulista em 1998, segundo depoimento à Justiça do ex-diretor comercial da multinacional, o engenheiro francês André Botto.

O conteúdo do depoimento sigiloso, obtido pela Folha, traz pela primeira vez o reconhecimento de um diretor da Alstom de que houve suborno para conquistar o contrato com a estatal. Na época, o Estado era governado por Mário Covas (PSDB).

Botto, que era responsável na França pela parte comercial do contrato brasileiro, contradiz o que a filial brasileira da Alstom repete desde 2008: que a empresa nunca pagou suborno e que colabora com a apuração.

“O negócio era muito importante para a Alstom. Era importante ganhá-lo por meio de acordo e evitar uma licitação. Tivemos de pagar comissões elevadas, da ordem de 15% do contrato”, contou Botto ao juiz Renaud Van Ruymbeke, em 2008.

A estratégia da Alstom deu certo. Em 1998, a empresa assinou com a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) e a Eletropaulo um aditivo para a venda de equipamentos para três subestações de energia.

CONTRATO CADUCO

O contrato original do aditivo era de 1983 e em 1998 não tinha mais validade, segundo especialistas, porque a lei de licitações estabelece um limite de cinco anos para esse tipo de negócio. Uma licitação, com vários concorrentes, poderia em tese derrubar o preço dos equipamentos e diminuir o lucro da Alstom.

A propina, segundo essa lógica, serviria para que as diretorias da EPTE e da Eletropaulo não criassem problemas para ressuscitar um contrato que já caducara.

A Folha revelou anteontem que um documento interno da Alstom menciona pagamento de suborno à Secretaria de Energia e às diretorias administrativa, financeira e técnica da EPTE. À época, o secretário era Andrea Matarazzo —hoje vereador em São Paulo pelo PSDB. Ele nega envolvimento na negociação do aditivo.

Se os 15% tiverem sido pagos, o suborno alcançou R$ 7,8 milhões. O valor, segundo o diretor francês, foi dividido entre a Alstom e a Cegelec, que havia sido comprada pela companhia francesa. Botto era originalmente diretor comercial da Cegelec.

Metade dos 15% foi repassada para a empresa MCA, comandada pelo lobista Romeu Pinto Jr., que admitiu às autoridades brasileiras que recebeu o dinheiro da Alstom para pagar propinas. Ele, porém, não revelou os destinatários do suborno.

Botto explicou ao juiz que, para pagar a outra metade, a Alstom teve de usar contas secretas na Suíça. Isso ocorreu porque até 2000 a lei francesa autorizava empresas a pagar comissões de até 7,5% sobre o valor do contrato para obter negócios no exterior.

“Era preciso fazer o excedente [dos 15%] passar por outros circuitos”, afirmou.

A propina então foi paga por meio de duas empresas offshore abertas por um banqueiro suíço a pedido da Alstom, segundo o executivo.

O banqueiro, Oskar Hollenweger, abriu a Janus Inc. nas Bahamas e a Asesores S.A. no Panamá, e cuidou da distribuição da parte ilegal das comissões. Após 2000, a França proibiu pagamento de comissão a funcionário público.
140222
 OUTRO LADO

A Alstom nega o pagamento de propinas para obtenção do contrato com a estatal paulista EPTE em 1998.

Em nota, a multinacional diz que “manifesta seu veemente repúdio quanto às insinuações de que possui política institucionalizada de pagamentos irregulares para obtenção de contratos”.

Segue a nota: “A empresa nunca se negou a prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades quando tem prévio acesso aos documentos, mas lamenta que o alegado conteúdo de investigações sobre supostas condutas ocorridas há quase 20 anos, que por obrigação legal deveriam ser tratadas de forma sigilosa, venham a ser utilizadas de forma reiterada e desproporcional nos dias de hoje com o claro intuito de denegrir a imagem de uma empresa que cumpre absolutamente com todas as suas obrigações legais”.

O vereador Andrea Matarazzo disse que nunca participou de discussões sobre o negócio com a Alstom. Ele foi secretário de Energia durante sete meses em 1998, do final de janeiro a agosto.

Segundo nota do vereador, o contrato que gerou o aditivo, de 1983, foi assinado por “governos anteriores”.

“A atuação de Andrea Matarazzo durante seus 20 anos de vida pública sempre se pautou pela absoluta correção e transparência”, afirma.

Folha

Opinião dos leitores

  1. Será que vai aparecer algum grito de indignação aqui?
    Ou será que a corrupção só não é tolerada quando envolve PETRALHAS?
    Pobres indignados seletivos, não sabem que só colaboram para a impunidade e corrupção.
    E viva ao PSDB e DEM que tem um exercito de tolerantes blindando sua corrupção.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Oferta de propina em blitz de trânsito em Natal gera condenação por corrupção ativa

O juiz Ivanaldo Bezerra Ferreira dos Santos, da 8ª Vara Criminal de Natal, condenou um motorista a uma pena provisória de dois anos de reclusão e 25 dias-multa, por corrupção ativa, ao oferecer R$ 40 de propina para ser liberado por um policial militar após ser apanhado em uma blitz na Zona Norte de Natal sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Conforme a denúncia, no dia 29 de julho de 2012, por volta das 23h, na Barreira Policial da CPRE, próximo ao Posto da Ponte de Igapó, em Natal, o denunciado foi preso em flagrante após oferecer vantagem indevida, consistente em R$ 40 a um tenente da policial militar, objetivando a não aplicação das sanções administrativas decorrentes da condução de veículo automotor sem Carteira Nacional de Habilitação.

Para o magistrado, mostra-se evidente que o acusado da maneira como agiu, seja verbal ou gestual, ofereceu vantagem em dinheiro para funcionário público e agiu de forma dolosa, praticando o delito de corrupção ativa, previsto no artigo 333, caput, do Código Penal

“Nesse contexto, verifica-se que a prova documental e testemunhal deixam cristalina a autoria e materialidade, de forma que dúvida não há quanto a prática do crime de corrupção ativa praticado pelo acusado”, concluiu Ivanaldo Bezerra.

Fixação da pena

O magistrado levou em consideração que o acusado permaneceu preso provisoriamente por 3 dias, esse tempo deverá ser abatido da pena fixada, devendo o acusado, então, cumprir a pena de um ano, 11 meses e 27 dias de reclusão e 25 dias-multa.

O juiz determinou que a pena privativa de liberdade será cumprida inicialmente no regime aberto. Substituiu a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direito, na modalidade de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, na forma como determinar o juízo das Execuções Penais.

(Processo nº 0128036-11.2012.8.20.0001)

TJRN

Opinião dos leitores

  1. Pelo menos no caso do Mensalão, os envolvidos foram condenados de forma exemplar. Tanto que Genoino, Zé Dirceu e Delúbio já tiveram a prisão decretada.

    Os próximos alvos são o PSDB e o DEM paulista, que fazem parte do escândalo do cartel de licitações de metrôs e trens de São Paulo. O esquema, denunciado pela Siemens, aconteceu durante os governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra e atingiu a cifra de cerca de R$ 2 bilhões.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Ex-diretor da Siemens confirma propina no cartel do Metrô

logo-fachada-siemens-20121009-41-size-598Um ex-executivo da Siemens afirmou em depoimento ao Ministério Público que houve pagamento de propina para beneficiar a empresa alemã e outras suspeitas de formação de cartel em licitações do sistema metroferroviário paulista. Até então, havia só a admissão de um esquema de cartel para obter contratos durante os anos de 1998 e 2008, sem a participação de agentes públicos dos governos tucanos que se sucederam no comando do estado.

O depoimento foi prestado na quinta-feira por um dos seis executivos que subscrevem o acordo de leniência firmado em maio com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no qual a Siemens delatou o cartel em troca de imunidade administrativa e criminal. A testemunha citou dados que podem mudar o cenário da apuração, inicialmente restrita aos acertos prévios entre as multinacionais. Segundo um dos integrantes da força-tarefa montada pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, o depoimento “indicou coisas importantes”.

O conteúdo das declarações está em análise pelas autoridades. As informações obtidas começaram a ser cruzadas com um inquérito policial que contém dados de quebra de sigilo bancário de suspeitos.

Os promotores têm ressaltado que não pretendem conduzir a investigação exclusivamente direcionada para a composição de empresas e preços ajustados à margem da Lei de Licitações. Eles suspeitam que o cartel não teria obtido contratos vantajosos sem pagamento de propinas. Por isso, insistem junto a testemunhas para que revelem pistas sobre a corrupção. O depoimento da semana passada animou os investigadores.

O acordo de leniência, firmado em 22 de maio, prevê a revelação de detalhes do cartel. Seis ex-diretores da Siemens se dispuseram a contar o que sabem: Daniel Mischa Leibold, Everton Rheinheimer, Jan-Malte Hans Jochen Orthmann, Nelson Branco Marchetti, Newton José Leme Duarte e Peter Andreas Gölitz. A própria Siemens no Brasil e a matriz na Alemanha subscrevem o acordo de leniência com o Cade.

No âmbito do Ministério Público foram instaurados 45 inquéritos, relativos a contratos da Siemens e outras dezoito empresas que integrariam o cartel.

A Polícia Federal também abriu inquérito criminal, mas estava encontrando dificuldades para obter informações porque os lenientes queriam restringir a colaboração à ação do cartel – nos termos do acordo firmado com o Cade. A pedido da PF, a Justiça Federal autorizou o questionamento dos lenientes sobre corrupção. A Justiça decidiu pela inexistência de sigilo para fins de apuração de crimes. Na prática, os lenientes são obrigados a falar o que sabem, não podem alegar sigilo.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. O Propinoduto Tucano (PSDB) vai deixar os desvios do mensalão parecendo esmola e envolve a cúpula do PSDB, o falecido Mario Covas, Serra, Alckim e diversos secretários e figurinhas carimbadas no ninho tucano, inclusive pessoas bem próximas do FHC .

    Agora quem sabe a Folha de São Paulo consiga explicar como registrou em cartório SEIS MESES ANTES OS NOMES DOS VENCEDORES da licitação para trechos do metrô de SP.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/820054-resultado-de-licitacao-do-metro-de-sao-paulo-ja-era-conhecido-seis-meses-antes.shtml

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

PF indicia vereador tucano de SP por ter recebido propina

8w5pecepasuvx82zyunt4hl7A Polícia Federal indiciou o vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) por considerar que ele recebeu propina do grupo francês Alstom quando foi secretário estadual de Energia, em 1998.

A PF investigou negócios da Alstom com o governo de São Paulo entre 1995 e 2003, período em que o Estado foi governado por sucessivas administrações do PSDB.

O trabalho da polícia se baseou em informações obtidas primeiro pelo Ministério Público da Suíça. O inquérito foi concluído em agosto do ano passado e está desde então à espera de um parecer do Ministério Público Federal.

No relatório final do inquérito, o delegado Milton Fornazari Junior cita como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas.

Embora seu nome não seja mencionado como destinatário de pagamentos, a polícia concluiu que ele foi um dos beneficiados por causa da posição que ocupava na época de um dos contratos da Alstom. Matarazzo foi secretário por oito meses em 1998.

A PF indiciou Matarazzo por suspeita de corrupção passiva. O procurador Rodrigo de Grandis, que está com o inquérito há um ano, disse à Folha que não poderia se pronunciar sobre o processo porque ele corre sob sigilo.

Segundo Fornazari, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada.

Além de Andrea Matarazzo, a Polícia Federal também indiciou dois executivos da Alstom no Brasil e dois ex-dirigentes da EPTE que participaram das negociações do contrato, Eduardo José Bernini e Henrique Fingermann.

“Ainda que não haja provas de eles terem recebido valores em espécie, está devidamente comprovado nos autos que foram eles, em última instância, que possibilitaram o sucesso da implementação [do contrato]”, afirma o relatório do delegado Fornazari.

OUTRO LADO

O vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) negou ter recebido propina do grupo Alstom e disse que não participou das negociações do contrato da empresa francesa com a EPTE, sob investigação da Polícia Federal.

Por meio de nota, Matarazzo afirmou que nunca teve “conhecimento nem houve qualquer discussão” sobre o contrato no período em que foi secretário de Energia, entre janeiro e agosto de 1998.

Ele disse também que o assunto não era da alçada do conselho de administração das estatais do setor, do qual ele participava, “mas dos diretores que lá já estavam quando tornei-me secretário”.

O vereador disse que seus advogados já pediram o arquivamento da investigação.

A advogada Carla Domenico disse que os ex-dirigentes da EPTE Eduardo José Bernini e Henrique Fingermann não cometeram irregularidades e foram acusados em razão das funções que tinham.

O advogado da Alstom do Brasil Roberto Lopes Telhada afirmou que os executivos da empresa no país não cometeram ilegalidades.

Foto: Agência Estado

Folha

Opinião dos leitores

  1. Segundo denúncias da revista IstoÉ, o desvio de dinheiro no metrô de SP nos governos do PSDB de Mário Covas, Alckmim e José Serra somam mais de R$ 400 milhões.

    Engraçado nisso tudo que foi preciso ALSTON e a SIEMENS confessarem em depoimento em uma investigação na Europa que pagavam propina no Brasil ao PSDB nas licitações do metrô para poder a história se tornar pública dos brasileiros.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Ricardo Teixeira e João Havelange receberam milhões em propina

A Fifa divulgou nesta quarta-feira (11) documentos que confirmam que o ex-presidente da entidade João Havelange e o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira receberam subornos milionários da ISL, empresa suíça que comercializou os direitos audiovisuais das competições do organismo até falir, em 2001.

A entidade divulgou documentos do processo contra a empresa em tribunal na Suíça. Os documentos revelam que que Teixeira recebeu da ISL pelo menos 12,74 milhões de francos suíços (R$ 26,4 milhões na cotação atual) entre 1992 e 1997, e Havelange, 1,5 milhão de francos suíços (R$ 3,1 milhões) em 1997. Os diferentes pagamentos contabilizados pela investigação e descobertos em contas pessoais dos dois ex-dirigentes ou de empresas vinculadas a eles chegaram a 21,9 milhões de francos suíços (R$ 45,4 milhões) entre 1992 e 2000.

A Fifa divulgou o documento horas depois que a Corte Suprema suíça sentenciou que a imprensa tem direito a acessar detalhes do caso ISL. O material não podia ser divulgado desde junho de 2010, quando o Tribunal, a Fifa e dois dos homens mais poderosos do futebol mundial chegaram a um acordo para arquivar a investigação.

Correndo o risco de ser expulso devido ao caso, Havelange, de 95 anos, renunciou ao posto de integrante do Comitê Olímpico Internacional em dezembro do ano passado. Por sua vez, Teixeira deixou a presidência da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL) em 12 de março deste ano. Três dias depois, deixou o Comitê Executivo da Fifa.

Nenhum dos dois, de acordo com os documentos, informou à Fifa as comissões que receberam relacionadas às atividades dentro da entidade, o que configura infração, já que houve dano ao organismo e enriquecimento dos subornados.

Em comunicado, a Fifa demonstrou satisfação pela sentença da Corte Suprema suíça. Para a entidade, a decisão confirma que seu atual presidente, Joseph Blatter, “não está envolvido no caso”. O organismo disse que a divulgação vai ao encontro da postura adotada por Blatter e por seu Comitê Executivo, que vinham, segundo a nota, pedindo a publicação desde o ano passado.

O dirigente suíço disse em 6 de dezembro de 2011 que tornaria públicos detalhes do caso, mas Havelange e Teixeira apelaram junto ao tribunal federal para evitar a publicação dos documentos.

Fundada em 1982, a ISL quebrou em maio de 2001. A empresa de marketing esportivo chegou a ter um número de negócios com a Fifa de 2,2 bilhões de francos suíços (R$ 4,5 bilhões na cotação atual). A falência causou o cancelamento de um Mundial de Clubes e criou uma crise interna na Fifa, colocando em risco a realização da Copa de 2002.

O caso voltou à tona em novembro de 2010, quando a rede de televisão britânica “BBC” divulgou detalhes de um documento confidencial da ISL que incluía uma lista de 175 pagamentos recebidos por funcionários de altos cargos da Fifa em troca da concessão de contratos de televisão e direitos de patrocínios durante os Mundiais disputados na década de 90.

Fonte: Época

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Sinal Fechado: Para deputado, acusação leva marca da fantasia e da mais completa improcedência

Por interino

O deputado estadual Ezequiel Ferreira se defendeu, através de nota, das acusações do empresário Alcides Fernandes feitas em depoimento.  O palarmentar, segundo Alcides, teria sido beneficiado com uma parcela de R$ 300 mil para defender e articular a aprovação do projeto de lei que autorizou a inspeção veicular no RN.

Segue nota na íntegra:

A respeito da acusação de que eu teria recebido R$ 300.000,00 para possibilitar a aprovação pela Assembleia Legislativa da lei de inspeção veicular no Estado, acusação que nasce com a suspeição de uma delação (sem prova) premiada (feita por alguém com o explícito propósito de sair da prisão), esta mesma origem deixa na acusação a marca da fantasia e da mais completa improcedência.

A fantasia soa absurda, por não ter eu liderança e força suficientes na Casa para influir, isoladamente, na decisão de vinte e três outros Deputados, nem poder para leva-los a votar dessa ou daquela maneira. É mesmo ridículo supor que alguém vá desembolsar tão vultosa quantia para seduzir um só Deputado, entre vinte e quatro, quando esse único Deputado sabidamente não tinha meios e força para atender ao pretendido.

A lei foi ela aprovada pelos vinte e dois Deputados presentes à sessão de votação, sendo apreciada da mesma forma como tem sido de rotina a apreciação das matérias enviadas pelo Governo do Estado.

Com esses esclarecimentos, espero ter cumprido meu dever de dar satisfação à opinião pública do Estado, e, reafirmando o despropósito da acusação, não pretendo voltar a tratar de fantasias engendradas em delações, que, por definição, sempre chegam aos limites do extremo desespero.

 

Natal, 10 de maio de 2012.

 

Deputado Ezequiel Ferreira

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Sinal Fechado: Com delação, empresário diz que propina para financiar campanha do DEM foi paga a José Agripino

Desde o dia 5 de abril que o Blog do BG já havia falado do acordo de delação premiada firmado entre o Ministério Público e o empresário Alcides Fernandes Barbosa. Pra que não se lembra ele é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado.

E como mais uma vez o blog havia adiantado no dia 13 de abril, o conteúdo do depoimento de mais de 11 horas conseguido através da delação é nitroglicerina pura.

De acordo com o depoimento de Alcides, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, teria sido um dos beneficiários do esquema. Ele disse que foi convidado pelo suplente de senador  João Faustino Neto, no final de 2010, para um coquetel na casa de Agripino. O principal motivo do encontro era exatamente pra conhecer o político pessoalmente.

A partir desse suposto encontro, ele afirma ter estreitado as relações com o senador, chegando a presenciar um suposto encontro entre o advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário do esquema) com ele e que nesse encontro, Olímpio prometeu R$ 1 milhão para a campanha de 2010, pagos em quatro cheques do Banco do Brasil a partir de janeiro de 2012, já com a propina do esquema. Nesse encontro, inclusive, na versão de Alcides Fernandes, Agripino ainda botou banca, dizendo que queria tudo em parcela única e na hora.

Esse valor sustenta a versão ou pelo menos aponta indícios da origem do suposto pagamento de R$ 1 milhão feito pelo empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, o “Gilmar da Montana”, para o advogado George Olímpio que seriam destinados ao senador Agripino Maia. Durante o depoimento, Gilmar chegou a revelar que o pagamento foi feito de forma parcelada e que seria destinado ao ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, e para o parlamentar, para financiar a campanha do DEM em 2010. Esse dinheiro seria fruto do desvio de recursos públicos do próprio Detran. Histórias parecidas.

O senador José Agripino foi procurado pelo blog para dar sua versão sobre os fatos, mas os telefones só deram sinal de desligado. Procurado pela reportagem da revista Carta Capital, Agripino negou todas as acusações, disse que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. O senador afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.

Essa foi apenas a primeira das explosões que o depoimento de Alcides Fernandes está provocando. A nitroglicerina está apenas começando.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

PF prende funcionário do aeroporto Augusto Severo no instante em que ele recebia propina de estrangeiro

A Polícia Federal prendeu na tarde desta quinta-feira, 15 de março, em um Shopping desta capital, um funcionário terceirizado, 33 anos, lotado na área de imigração do Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim, no exato momento em que este recebia propina em dinheiro de um cidadão norueguês, sob pretexto de que o estrangeiro havia ingressado no país em desacordo com a lei brasileira.

As investigações do Núcleo de Inteligência da PF tiveram início imediatamente após a mulher do estrangeiro  procurar a sede da Superintendência do órgão em Natal para relatar que no último dia 03 deste mês, enquanto aguardava a chegada do marido que vinha do exterior, um prestador de serviços da PF que trabalha no atendimento a passageiros lhe procurou, no saguão daquele aeroporto, orientando-a a acompanhá-lo até o Setor de Imigração, alegando que havia um “impeditivo legal” para que aquele passageiro ingressasse no país.

Na presença da esposa, que é brasileira, o funcionário contratado liberou o ingresso do estrangeiro, orientando-os a aguardarem um contato posterior, quando então “resolveriam a pendência”, até porque o norueguês retornaria para o seu país ainda este mês.

Desde então, aquele atendente passou a manter contatos telefônicos com o casal, exigindo que lhe pagassem vantagem financeira indevida. Na data de hoje, o suspeito determinou local, horário e a forma do recebimento da propina.

Com base nestas informações e com a colaboração das vítimas, os policiais se dirigiram até o estabelecimento comercial indicado e aguardaram a chegada do acusado, o qual recebeu voz de prisão em flagrante, logo após ter aceito a importância indevidamente solicitada no valor de R$ 200,00 (duzentos reais) visando permitir que o norueguês retornasse para o seu país de origem, sem qualquer tipo de embargo.

Por ser considerando servidor público, o funcionário terceirizado foi preso pela prática do crime de corrupção passiva, uma vez que as provas indicam que solicitou o dinheiro e infringiu dever funcional. Em caso de condenação, o suspeito poderá pegar até  12 (doze) anos de reclusão. É Importante ressaltar que o envolvido,  mesmo se tratando de um trabalhador terceirizado, responde como se funcionário público fosse, conforme previsto no Código Penal.

Após ser submetido a exame de corpo de delito, o acusado encontra-se custodiado na Superintendência da PF e deverá ser transferido nas próximas horas para o sistema prisional do Estado, onde permanecerá à disposição da justiça.

O nome da operação é uma referência ao processo de afastamento e limpeza de algo nocivo e prejudicial. Com a prisão do funcionário terceirizado, a Polícia Federal remove e extirpa dos quadros de prestadores de serviço, um componente que feriu e contrariou a principal regra do serviço público que é a honestidade e probidade.

Enquadramentos na lei

Art. 327 do CPB – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.§ 1º – Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

Art. 317 do CPB – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763 , de 12.11.2003)

§ 1º – A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

Opinião dos leitores

  1. Caro blogueiro, existe algo terrível, impactante, por trás desta notícia: a chaga da TERCEIRIZAÇÃO !!. Vc imagina um policial federal, com o salário que recebe, se vendendo por míseros R$ 200,00 ? Aliás, pelo que conheço – e muito – da Polícia Federal, um agente desta valorosa Instituição não se venderia nem por R$ 20.000.000,00 ou mais !!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Propina na Casa da Moeda era em Cash

Relatório de uma operadora financeira de Londres diz que o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci recebeu, em dinheiro vivo, US$ 6,15 milhões de “comissão” de fornecedoras da estatal, informa reportagem de José Ernerto Credencio e Andreza Matais, publicada naFolha deste sábado.

A entrega, segundo relato da corretora, seria feita num apartamento de Denucci no Rio de Janeiro.

O ex-presidente da Casa da Moeda, afirma não ter “consistência” a informação de que recebeu dinheiro de comissão de fornecedoras da estatal.

Conforme revelou a Folhaa demissão de Denucci aconteceu após o governo descobrir que o jornal preparava reportagem sobre “offshores” que Denucci e integrantes de sua família mantinham no exterior.

Outra reportagem mostrou que o ministro da Guido Mantega (Fazenda) foi informado sobre as suspeitas de irregularidades há alguns meses.

A indicação de Denucci para o cargo também é controversa. Mantega diz que os padrinhos do ex-titular da Casa da Moeda são deputados do PTB.

Já o presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, diz que o partido apenas chancelou a indicação feita pelo ministro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Processo da Operação Impacto chega ao fim

A Operação Impacto, que investigou a compra e venda de votos de vereadores da Câmara Municipal de Natal durante o processo legislativo de elaboração do novo Plano Diretor em 2008, foi encerrada hoje com a entrega da alegação final da defesa do ex-vereador Renato Dantas.

O processo da Operação Impacto já contabiliza 21 de pessoas acusadas, entre  políticos, advogados e empresários. Com a entrega da última documentação, o documento judicial foi concluído com 83 volumes e agora passa pela análise do juiz Raimundo Carlyle, titular da 4ª Vara Criminal. O processo chega ao fim cinco anos depois de deflagrada a operação e depois de várias mudanças de foro comum para especial.

A Operação foi deflagrada no dia 11 de julho de 2007 e tem denúncias contra os vereadores Francisco de Assis Jorge Sousa, Dickson Ricardo Nasser dos Santos, Adão Eridan de Andrade, Júlio Henrique Nunes Protásio da Silva e Edivan Martins Teixeira; contra os ex-integrantes do Legislativo Emilson Medeiros dos Santos, Tirso Renato Dantas, Adenúbio de Melo Gonzaga, Francisco Sales de Aquino Neto, Aluísio Machado Cunha, Edson Siqueira de Lima e Salatiel Maciel de Souza; além ds empresários Geraldo Ramos dos Santos Neto, Antônio Carlos Jesus dos Santos, Klaus Charlie Nogueira Serafim de Melo, Hermes Soares Fonseca,  Sid Marques Fonseca, Ricardo Cabral Abreu, José Cabral Pereira Fagundes,  João Francisco Garcia Hernandes e Joseilton Fonseca da Silva.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Iberê e Wilma receberiam 15% na participação de empresa; João Faustino, 10%, diz empresário

Foto Dinarte Assunção

“Gilmar da Montana”, investigado da Operação Sinal Fechado, disse  ao Ministério Público Estadual que os ex-governador Iberê Ferreira de Souza foi beneficiado com recebimento de propina de R$ 1 milhão e promessa de 15% dos lucros da G. O. Empreendimentos, empresa de George Olímpio.

Segundo o MP, a mesmíssima cota foi prometida, há três anos, à ex-governadora Wilma de Faria. Outros 10% teriam sido empenhados em favor de João Faustino.

João e Lauro recebiam, conforme o depoimento do empresário, uma espécie de mensalão de R$ 10 mil mensais. Era para que o grupo mantivesse os contratos com o Governo do Estado principalmente.

Tudo pago por George Olímpio, cujo patrimônio de R$ 81 mil, em 2008, foi a R$ 989 mil em 2009; R$ 4 milhões em 2010 e quase R$ 11 milhões este ano.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *