Jornalismo

Depoimento: Demóstenes nega lobby e favorecimento a negócios de Cachoeira

O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) rebateu nesta terça-feira (29), em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, todas as acusações de que teria atuado em favor do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ou que teria participação em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário.

No depoimento, que começou por volta das 10h, o senador disse que não foi alvo das investigações da Polícia Federal e não teve qualquer envolvimento com os crimes cometidos pela organização criminosa que teria Cachoeira em seu comando. Com páginas do inquérito em mãos, disse que não tem qualquer participação no esquema de jogos ilegais.

Disposto a falar sobre todas as acusações da Polícia Federal, e não apenas sobre o processo que tramita no conselho, o senador negou ter recebido R$ 3 milhões de Cachoeira, como confirma um dos diálogos da operação.

“Estou entregando cópia de minha duas contas, provando que no período em nenhum momento foi depositado R$ 1 milhão em minha conta. Nem R$ 1 milhão, nem R$ 1 mil, nem R$ 3 milhões, em nenhum momento isso entrou na minha conta ou me foi dado de qualquer outra maneira.”

Sobre os R$ 20 mil que teriam sido entregues a ele pela organização de Cachoeira, Demóstenes disse que os áudios captaram um diálogo truncado –uma vez que nunca recebeu os recursos. O operador de Cachoeira, Gleyb Ferreira, teria ido à sua casa na véspera de seu segundo casamento para lhe entregar um presente, mas não o dinheiro, como o áudio dá a entender.

Demóstenes admitiu ter recebido um rádio Nextel de presente de Cachoeira, mas negou que falava exclusivamente com o empresário. Ele considerou um “erro” ter recebido o presente. “Hoje é fácil verificar que foi um erro. Eu não imaginava a dimensão que isso teria, mas não tinha a lanterna na popa e não tinha como adivinhar que isso seria utilizado com outras finalidades. Mas não é crime receber o rádio Nextel e eu não sabia que outras pessoas tinham recebido.”

O senador confirmou que recebeu inúmeros pedidos de Cachoeira, inclusive para fazer lobby em favor do empresário no Congresso e no governo. Demóstenes confirmou que foi à Anvisa pedir em favor da empresa farmacêutica do empresário, mas disse que repetia essa conduta para várias empresas do Estado de Goiás. “Nem tudo que se diz, se faz. Às vezes, para se livrar de um interlocutor, de uma conversa. Muita coisa não aconteceu porque eu não fui atrás. Eu fazia isso por gentileza, como fazia com muitos outros.”

Lobby

Sobre o grampo em que foi flagrado avisando Cachoeira de uma operação da Polícia Federal que seria realizada contra jogos de azar, Demóstenes disse que fazia “testes” com o empresário para confirmar se ele, como argumentava, havia deixado a ilegalidade.

“Num dos momentos, eu joguei verde em cima dele. Eu disse que tem operação conjunta da PF com o Ministério Público que nunca se realizou e nunca foi cogitada. Ainda assim eu fazia esses testes com ele. Eu pergunto: que lobista sou eu que nunca procurei nenhum colega senador para provar jogo, para discutir sobre legalização de jogos? Eu peço que eu seja julgado pelo que eu fiz, não pelo que eu falei que iria fazer.”

Fonte: Folha

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Jornalismo

Demóstenes confirma que Cachoeira pagava sua conta de rádio Nextel

Em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) confirmou nesta terça-feira que o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pagava as contas do rádio Nextel que o parlamentar recebeu de presente do empresário.

Ao ser questionado pelo relator Humberto Costa (PT-PE) sobre o presente, Demóstenes disse que as contas não ultrapassavam R$ 50.

Ele também admitiu que Cachoeira pagou os fogos de artifício usados na formatura de sua mulher, Flavia, assim como comprou um som para o senador no valor de R$ 27 mil.

“Ele comprou, mas não entregou. Entregou parte do som. Eu encomendei porque ele ia sistematicamente aos Estados Unidos, mas vou pagar.”

O senador também admitiu ter encomendado uma mesa a Cachoeira, vinda da Argentina, que não chegou ao país por “problemas alfandegários”.

O senador confirmou ser sócio da empresa Instituto Nova Educação Ltda, da qual também é sócio o empresário Marcelo Limírio –com quem Cachoeira também mantém sociedade em outra empresa. Mas negou ter qualquer relação empresarial com Cachoeira.

“Eu tenho conhecimento que o Marcelo é milionário, uma figura das mais respeitadas em Goiás, é empregador, homem de bem e honrado, decente. E isso prova que o senhor Cachoeira era tido em Goiás como um empresário, um homem comum.”

Fonte: Folha

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Social

Em depoimento ao Conselho de Ética, Demóstenes se diz vítima da PF e do MP

Durante o depoimento ao Conselho de Ética do Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse ser vítima de um “conluio” entre o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Depois de falar por cerca de duas horas, Demóstenes passou a responder perguntas dos integrantes do colegiado. O parlamentar alega que as gravações que mostraram sua relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira são ilegais. “Há um conluio entre Ministério Público e a Polícia Federal para se fazer investigação em cima de um parlamentar”, afirmou. “A investigação deve ser feita pelo STF. As provas são totalmente ilegais. O processo foi todo montado”.

Ao responder as perguntas do relator do processo de cassação, o senador Humberto Costa (PT-PE), Demóstenes disse que não estranhou quando recebeu de Cachoeira um aparelho radiocomunicador Nextel. “Hoje, voltando no passado, é óbvio que eu jamais faria isso novamente”, declarou. Demóstenes admitiu que a conta do aparelho era paga pelo próprio Cachoeira: “Uns 50 ou 60 reais por mês”.

Dada a gigantesca quantidade de conversas indicando que Demóstenes colocou o mandato a serviço da quadrilha, o senador baseia sua defesa na tese de que não atendeu todos os pedidos feitos pelo contraventor. “Nem tudo o que se diz se faz”, justificou. “Fiz tudo o que achei que era republicano. O resto não fiz”. O senador também disse que se sente traído por Cachoeira. “Todo mundo que se relacionou com ele não tinha conhecimento (das atividades criminosas)”.

Demóstenes afirmou que se aproximou de Cachoeira quando foi secretário de Segurança de Goiás, entre 1998 e 2002, e lembrou que, na ocasião, o grupo do contraventor tinha o monopólio legal dos jogos de azar no estado. “Ele cobrava de mim e de outras autoridades a atuação contra outros exploradores que eram, naquele contexto, considerados ilegais”.

Orquestração

Mais cedo, Demóstenes falou seguidamente por quase duas horas e apresentou sua versão às principais acusações que sofre. Demóstenes começou a falar às 10h20. Com a fisionomia abatida, ele apelou para o sentimentalismo, disse passar por uma crise pessoal e citou a família. “Devo dizer a vossas excelências que vivo o pior momento da minha vida, um momento que jamais imaginaria passar”, afirmou. “A partir de 29 de fevereiro deste ano, hoje estamos inteirando três meses do episódio, passei a enfrentar algo que nunca tinha enfrentado na minha vida: depressão, remédios para dormir e que não fazem efeito, fuga dos amigos e talvez a campanha sistemática mais orquestrada da história do Brasil”.

Fonte: Veja

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Jornalismo

No melhor estilo entra mudo e sai calado, Carlinhos Cachoeira sai vencedor na CPI

Como já era previsto, o contraventor Carlos Augusto Ramos, internacionalmente conhecido como “Carlinhos Cachoeira”, ficou calado durante todo o depoimento prestado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). O depoimento terminou agora há pouco sem nada, absolutamente nada de relevante a ser acrescido aos trabalhos da comissão.

Mas, o mais interessante mesmo foi o tom de deboche e cinismo que ele olhava para todos os parlamentares presentes ao responder que iria permanecer em calado. As respostas eram sempre as mesmas. “Eu me reservo ao direito constitucional de ficar calado”, “Ficarei calado”, “Invoco o direito de ficar calado” e suas variantes.

Impressionante foi a forma como o silêncio dele irritou os parlamentares presentes que variaram suas perguntas de rebuscadas a diretas, com apelo a defesa e sem apelo. As formas foram as mais variadas, mas apenas imperou todo o silêncio, que já havia sido prometido por ele mesmo até a audiência na Justiça.

Esse silêncio foi uma vitória do bicheiro, já que a defesa tentava remarcar seu depoimento na CPMI para após a instrução junto ao Judiciário, como os integrantes da Comissão aprovaram a vinda antes escutaram apenas as suas próprias perguntas.

O blog acompanhou todo o depoimento com o contraventor e pode somente se espantar com a forma com que ele respondia e a sua fisionomia. Cachoeira se encontra velho, com aspecto de cansado e abatido.

Perguntas a Cachoeira

Os parlamentares questionaram qual era a relação de Cachoeira com políticos de Goiás, do Distrito Federal e de outros Estados. Perguntaram sobre as relações do bicheiro com os governadores Marconi Perillo (PSDB) e Agnelo Queiroz (PT), especificamente.

Queriam saber também sobre as relações dele com a empresa Delta, sobre os imóveis e as principais personagens do grupo do contraventor.

Perguntaram se ele aceitaria uma delação premiada, sobre as empresas de fachada do grupo criminoso e de contas hospedadas no exterior. Os deputados e senadores buscavam apurar sobre os imóveis de posse do bicheiro fora do Brasil.

As relações com os políticos apontados nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal, como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), também integraram a lista de perguntas.

Alguns parlamentares questionaram ainda sobre o tratamento que o bicheiro está tendo na prisão e de onde ele tirou dinheiro para pagar o advogado, o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que receberá R$ 15 milhões para defender o bicheiro.

Opinião dos leitores

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Jornalismo

Carlinhos Cachoeira tira onda e fica calado em depoimento à CPI

O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, anunciou há pouco que não irá responder às perguntas dos parlamentares que participam da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga suas relações com agentes públicos e privados.

Ele declarou que, por orientação dos advogados, só irá dar sua versão das acusações levantadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, depois de sua audiência na Justiça. “Depois, podem me chamar que eu irei falar”, disse.

Neste momento, o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), faz uma série de perguntas, não respondidas por Cachoeira.

Até agora as respostas foram um belo e sonoro: “Eu me reservo ao direito constitucional de ficar calado”. Com o detalhe do tom bastante irônico. Mas tenham calma, que as vezes ele muda a resposta para “Permanecerei calado” ou “Ficarei calado” . Deboche total!

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Jornalismo

Decisão sobre depoimento de Cachoeira fica para a semana que vem

Ficou para a semana que vem a definição sobre a data do depoimento do empresário envolvido com a exploração de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que leva seu nome. O gabinete do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por decidir a questão, informou que não haverá qualquer posicionamento até a próxima segunda-feira (21).

Mello suspendeu esta semana o depoimento de Cachoeira na CPMI, marcado para a próxima terça-feira (22). Na decisão, o ministro alegou que a defesa do empresário estava sendo prejudicada porque os advogados do empresário não tiveram acesso aos dados que serviriam de base para o interrogatório.

Um dia depois da decisão, a comissão parlamentar liberou os dados para os advogados de Cachoeira. Como consequência, Mello sinalizou que poderia rever sua decisão assim que recebesse o comunicado oficial da CPMI, o que ocorreu ontem (17).

Enquanto a CPMI acionava o STF cobrando a liberação do depoimento, a defesa de Cachoeira entrava com um novo pedido na Corte solicitando um prazo mínimo de três semanas para analisar todos os documentos disponibilizado pela CPMI.

Mello deve decidir sobre essas questões no início da próxima semana. Até lá, o depoimento de Cachoeira na comissão parlamentar permanece suspenso.

Fonte: Agência Brasil

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Polêmica

Cobertura de depoimento de Cachoeira terá esquema especial

 

depoimento do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na próxima terça-feira (15), às 14h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga suas conexões com agentes públicos e privados, será cercado de cuidados pelo Senado Federal.

Cachoeira está preso na Papuda, em Brasília, em conseqüência da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que apontou uma extensa rede de influência do bicheiro junto a políticos, servidores públicos e empresários. A PF apontou a ligação dele com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que em decorrência enfrenta um processo disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

O Senado preparou um esquema especial de segurança e de acesso dos órgãos de imprensa à Casa, dado o grande interesse na cobertura. Os jornalistas credenciados para cobrir o depoimento deverão obter o adesivo especial distribuído pela Polícia Legislativa. O acesso à sala do depoimento só será feito com o adesivo, inclusive para assessores, um para cada bancada partidária da Câmara e do Senado.

Os que não conseguirem acesso à Sala 2, onde se dará o depoimento à CPI, poderão acompanhá-lo por meio de um telão instalado na Sala 3, da Ala Nilo Coelho, que também terá um sistema de áudio direto.

Os veículos de comunicação do Senado – TV, rádio, agência e jornal – terão o total de 11 credenciais para cobrir o depoimento de Cachoeira. Os jornalistas do Senado que participarão da cobertura também devem se dirigir à Polícia Legislativa, apresentar o crachá de identificação e obter o adesivo especial.

Agência Senado

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[VÍDEO] Sinal Fechado: Terceira parte do depoimento de Alcides Fernandes

O portal Nominuto trouxe na tarde desta sexta-feira (11), a terceira parte dos depoimentos do empresário Alcides Fernandes Barbosa, delator do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), desbaratado pelo Ministério Público no dia 24 de novembro de 2011 através da Operação Sinal Fechado.

O Blog do BG teve acesso aos vídeos, mas não teve como publicá-los. então segue o link do vídeo do Nominuto.com

 

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Sinal Fechado: George Olímpio nega pagamento de propina a José Agripino

Em nota divulgada agora há pouco, o advogado George Olímpio negou qualquer tipo de pagamento de propina ao senador José Agripino, presidente nacional do DEM e foi enfático ao dizer que tudo é mentira.

Pra quem não se lembra, Olímpio é réu no processo acusado de ser o mentor e principal articulador do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), desbaratado pelo Ministério Público no dia 24 de novembro de 2011 através da Operação Sinal Fechado.

Ontem, o BG havia antecipado a informação do suposto pagamento de propina, que surgiu durante a análise do depoimento do empresário Alcides Fernandes, suposto lobista do esquema, após um acordo de delação premiada.

Segue a nota na íntegra

“Acerca das matérias veiculadas sobre o “Acordo de Delação Premiada” entre 0 Sr. Alcides Barbosa e 0 Ministerio Público do Rio Grande do Norte, me posiciono da seguinte maneira: 

1. Todas as declarações, inclusive as que imputa prátieas de corrupção a mim, ao Senador José Agripino Maia e outras pessoas, repito que são MENTIROSAS, desprovidas de provas concretas (justamente por serem devaneios de um Senhor em desespero) e se deram, única e exclusivamente para que 0 Sr. Alcides, conseguisse a liberdade de sua prisäo preventiva, ou ainda, pela quantidade de agentes políticos que aponta (sem uma única prova), talvez por cunho de perseguiçäo política, 0 que ja me foge à razäo. 

2. NÃO houve pagamento de propina ou mesmo promessa ao Senador José Agripino Maia ou qualquer outras pessoas, com ou sem a emissäo de cheques do Banco do Brasil ou de outra instituiçäo 
bancaria. 

3. É fato público que fui investigado por mais de 9 (nove) meses tendo meu sigilo bancário devassado pelo Ministério Público 0 qual continua a ter acesso aos meus dados e informaçöes de movimentaçâo bancária e nesse sentido, desafio 0 Ministério Público Estadual ou qualquer pessoa (inclusive 0 Sr. Alcides) a comprovar a emissäo de cheques, sua compensacäo ou sua entrega nara fins ilícitos ou mesmo lícito a qualquer político ou agente público, 0 que repito, näo passam de palavras de uma pessoa desesperada pela sua liberdade! 

4. Aqui no Estado do Rio Grande do Norté, no processo contendo denúncia  me acusa de fatos ilícitos, instalou-se um ESTADO TOTALITARIO, onde palavras jogadas ao vento säo tidas como verdadeiras, por si só, sem provas concretas, perigo e doença social ao que deveria ser um Estado Democrático de Direito, onde prevalecem, ou deveriam prevalecer, 0 devido processo legal e não o pré-julgamento sem base probatória, ou mesmo a condenaçäo  prévia! Nossa Constituiçäo condena tais práticas, faltam aos operadores do direito local a obediência à Lei maior e cabe à sociedade e à impressa a busca pela verdade e pelas provas que näo Vieram acompanhadas das declaraçöes do Sr. Alcides. 

5. Sou um jovem advogado e empresário próximo a completar 10 (DEZ) anos de carreira, que gerei emprego, renda e sempre paguei os impostos advindos das minhas atividades lícitas.

6. NUNCA recebi urn só centavo de dinheiro público, pois como já disse em minha entrevista, quem pagavam os registros de contratos eram os bancos e não 0 Detran – Desafio 0 Ministerio Público a dizer qual a rúbrica da dotação orçarnentária de dinheiro público entrararn em minhas contas-  Está documentalmente cornprovado que recebi dinheiro de entes privados) e quanto a Inspeçäo Veicular, esta näo ehegou a funcionar, portante näo houve faturamento! 

7. Rechaço, abismado, com a ingenuidade do Ministério Público Estadual, que foi enganado pelo Sr. Alcides Barbosa, através de declarações fantasiosas e sem provas quaisquer, com o único fim de conseguir, como “DELATOR”, a sua liberdade, conquistada em bases mentirosas e sem apresentaçäo de provas. 

8. Por fim, gostaria de declarar que permaneço  na justiça e afirmo que todas as medidas judiciais cabíveis seräo tomadas contra quem me acusar sem provas, seja quem  Reañrmando que 0 Sr. Alcides MENTIU em afirmar 0 pagamento ou promessa de propina seja la a que quem for! 

Natal/RN, 10 de maio de 2012.”

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Sinal Fechado: Juíza pede transcrição, mas vai receber cópia do vídeo com depoimento de empresário

O vídeo com o depoimento do empresário Alcides Fernandes Barbosa vai ser entregue a juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal, nos próximos dias.

O motivo? Simples. A juíza solicitou ao Ministério Público que enviasse a transcrição das mais de 10 horas de depoimento de Alcides em um prazo de 15 dias. Ciente de que o prazo não tinha condições de ser cumprido, o Ministério Público optou por enviar uma cópia para a magistrada. Detalhe: o depoimento é tão longo que a transcrição já vem sendo feita há mais de duas semanas.

Emanuella Cristina quer analisar o conteúdo do depoimento e as novas acusações que nele são feitas. Isso, porque, tem muita gente, por ele apontada, que não consta no rol de réus do processo. Entre eles, o senador José Agripino Maia, que tem foro privilegiado por prerrogativa de função, que faz com que o processo seja remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), fora da jurisdição da magistrada.

Alcides Fernandes é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado. Ele deu o depoimento após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

São réus do processo da Operação Sinal Fechado:

George Anderson Olímpio
João Faustino Neto
Wilma de Faria
Iberê Ferreira de Souza
Lauro Maia
Alcides Fernandes Barbosa
Marcus Vinícius Furtado
Carlos Theodorico
Marcos Vinícius Saldanha
Eduardo Oliveira Patrício
Marco Aurélio Doninelli
José Gilmar Lopes (Gilmar da Montana)
Edson Cesar Cavalcante (Mou)
Carlos Alberto Marcelino
Jailson Herikson
Caio Biaggio
Fabian LIndenberg
César Augusto Carvalho
Newton José de Meira
Flávio Ganen
Marluce Olímpio
Jean Queiroz
Luiz Cláudio Correia
Bevenuto Pereira
Érico Valério Ferreira
Cintya Kelly Nunes
Maria Selma Maia de Medeiros Pinheiro

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Sinal Fechado: Dois desembargadores podem estar na lista de favorecidos do esquema do Detran

O BG ainda não teve acesso a esse trecho do depoimento do empresário Alcides Fernandes Barbosa, mas a informação já está circulando na internet.

O lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), teria acusado os desembargadores Expedito Ferreira de Souza e Saraiva Sobrinho de também terem se beneficiado. Isso, com direito ao advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário) pagar a festa da posse desse na presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Confira a notícia que está publicada no Blog do Daniel Dantas:

Alcides Barbosa também relata que foi feito um acerto, já em 2011, com Érico Ferreira [então diretor do Detran] e seu pai, o desembargador Expedito Ferreira: cada um receberia, mensalmente, R$ 50 mil em dinheiro vivo, a partir do momento em que Érico assumiu a diretoria-geral do Detran até o dia da Operação Sinal Fechado.

Para garantir o cartório, que rendia R$ 700 mil, a organização repassou R$ 1 milhão de Mou [Édson César da Silva, da Inspetrans] para o ex-governador Iberê Ferreira.  Uma parte desse dinheiro ficou com Luiz Carlos Chop.  Além de Iberê, seu filho Joca também tinha uma participação nos cartórios e na inspeção.
Segundo Alcides Barbosa, já no governo Rosalba, Paulo de Tarso Fernandes trabalhava pela manutenção da inspeção, mas substituindo Marcus Vinícius por Rosseaux Rocha, identificado como testa-de-ferro de Iberê Ferreira e seu filho Joca.  Alcides dá a entender que Paulo de Tarso sabia perfeitamente as cirscuntâncias, criminosas até, do Consório.  Citar Paulo de Tarso seria o mesmo que citar Robinson Farias?
O depoimento de Alcides Barbosa também envolve outros desembargadores, além de Expedito Ferreira.  Segundo ele, o que João Faustino mandava, Saraiva Sobrinho fazia – o filho de João, e também réu, Edson Faustino, era assessor de Saraiva. O grupo também foi conversar com o desembargador Osvaldo Cruz na casa dele – a quem George Olímpio já havia dado R$ 100 mil em favor dos negócios dos cartórios.   Além disso, George pagou a festa da posse de Saraiva na presidência do TRE.
Meses atrás, publiquei que o desembargador Saraiva Sobrinho teria recebido vantagem indevida para transportar o processo da Inspeção Veicular para a Justiça Federal.  Alcides confirma que houve uma decisão favorável a isso no âmbito do Tribunal de Justiça.  Não sabia no entanto que fora pronunciada por Saraiva Sobrinho – em 19 de abril de 2011, Saraiva remeteu o instrumento recursal ao TRF da 5a Região.

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Sinal Fechado: Com delação, empresário diz que propina para financiar campanha do DEM foi paga a José Agripino

Desde o dia 5 de abril que o Blog do BG já havia falado do acordo de delação premiada firmado entre o Ministério Público e o empresário Alcides Fernandes Barbosa. Pra que não se lembra ele é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado.

E como mais uma vez o blog havia adiantado no dia 13 de abril, o conteúdo do depoimento de mais de 11 horas conseguido através da delação é nitroglicerina pura.

De acordo com o depoimento de Alcides, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, teria sido um dos beneficiários do esquema. Ele disse que foi convidado pelo suplente de senador  João Faustino Neto, no final de 2010, para um coquetel na casa de Agripino. O principal motivo do encontro era exatamente pra conhecer o político pessoalmente.

A partir desse suposto encontro, ele afirma ter estreitado as relações com o senador, chegando a presenciar um suposto encontro entre o advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário do esquema) com ele e que nesse encontro, Olímpio prometeu R$ 1 milhão para a campanha de 2010, pagos em quatro cheques do Banco do Brasil a partir de janeiro de 2012, já com a propina do esquema. Nesse encontro, inclusive, na versão de Alcides Fernandes, Agripino ainda botou banca, dizendo que queria tudo em parcela única e na hora.

Esse valor sustenta a versão ou pelo menos aponta indícios da origem do suposto pagamento de R$ 1 milhão feito pelo empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, o “Gilmar da Montana”, para o advogado George Olímpio que seriam destinados ao senador Agripino Maia. Durante o depoimento, Gilmar chegou a revelar que o pagamento foi feito de forma parcelada e que seria destinado ao ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, e para o parlamentar, para financiar a campanha do DEM em 2010. Esse dinheiro seria fruto do desvio de recursos públicos do próprio Detran. Histórias parecidas.

O senador José Agripino foi procurado pelo blog para dar sua versão sobre os fatos, mas os telefones só deram sinal de desligado. Procurado pela reportagem da revista Carta Capital, Agripino negou todas as acusações, disse que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. O senador afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.

Essa foi apenas a primeira das explosões que o depoimento de Alcides Fernandes está provocando. A nitroglicerina está apenas começando.

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Precatórios: Carla Ubarana estima que esquema tenha movimentado R$ 19 milhões

“Dezoito, Dezenove milhões”. Essa é a estimativa total de quanto foi desviado de 2007 a 2011 de dentro do setor de precatórios do Tribunal de Justiça. A estimativa, entretanto, não é do Tribunal de Contas, do Ministério Público, do próprio TJ ou de alguma fonte que não quis se identii car. Esse valor aproximado é quanto a exchefe do setor de precatórios do Judiciário, Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal, avalia que foi desviado.

A informação está num depoimento complementar dado aos promotores do Ministério Público em 23 de março recente, três dias depois do depoimento referente à delação premiada cuja gravação em vídeo vazou na internet. É neste depoimento complementar — enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) — que Carla Ubarana detalha quanto cada desembargador teria levado no esquema. As informações foram colhidas na residência de Ubarana; e – a exemplo do primeiro depoimento – contou com a presença de seus advogados.

No primeiro depoimento, dia 20 de março, os promotores pergurantam à ex-chefe do setor de precatórios se ela tinha como estimar quanto tinha recebido. Na ocasião, Carla Ubarana disse que não. Ao i nal do termo, i cou acertado que ela poderia acrescentar algo ao primeiro depoimento, caso lembrasse. Não i ca claro se o segundo depoimento foi provocado por ela ou porque o Ministério Público queria esclarecer algo mais. Mas, ao i nal dessa segunda conversa, Carla Ubarana é novamente questionada sobre os valores que teria recebido e também quanto teria sido repassado aos desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro. Dessa vez, ela lembra.

Logo após Carla Ubarana detalhar todos os bens que possui e explicar que alguns haviam sido adquiridos como forma de ter algum dinheiro para um caso de necessidade (os carros, por exemplo), um dos interlocutores pergunta: “Verii cando os gastos gerais chegaram a um valor de quanto teria sido desviado”. Carla responde, referindo-se apenas a ela e o marido, George Luís de Araújo Leal: “Eu acredito que a gente recebeu em torno de uns seis milhões, se um pouquinho menos ou um pouquinho mais”. “Mas seis milhões só em bens” – diz um dos interrogadores. E outro complementa: “Considerando isso e a proporção narrada… Os desembargadores…”. Carla então explica que não teria como precisar exatamente, mesmo levando em consideração quanto ela e o marido receberam. Uns dos promotores insiste: Mas pode estimar”.

Nesse ponto, a ex-chefe do setor de precatórios trata de orientar os interrogadores: “Mas eu acho que se você dissesse assim: Carla, quanto você estima de um total geral? Eu acho que chega em torno de uns dezoito, dezenove milhões”. “De reais?”, perguntam. “Em reais. Total”, responde ela. A acusada então é sondada sobre a quantidade de dinheiro que teria i cado com os desembargadores. E explica que os valores apontados são uma estimativa e que poderia saber com mais exatidão caso tivesse acesso a todos os ofícios. “Era só somar”, resume. Os promotores então questionam diretamente – com base nas informações dadas – que os desembargadores acusados teriam recebido em torno de R$ 12 milhões. Carla responde. “É. Até pela divisão que i z em tese. Ah, eu sabia que recebi um milhão no primeiro ano. Aí, como só foram dois milhões, eu sei que é um milhão de Osvaldo e um milhão meu. Ou era um milhão e trezentos. Não. Eram três milhões: um milhão e setecentos e um milhão e trezentos. Eu fui fazendo assim essa proporção. Dava em torno de sete milhões – eu estava fazendo até as contas. Só não tenho um norte, porque não tenho como fazer. Olhe o riscar do papel para tentar chegar em alguma coisa. Eu cheguei avalores do tipo seis milhões, seis milhões e pouco; em torno de sete milhões – cadê, eu tinha anotado aqui. Eu sei que Osvaldo recebeu mais que Rafael”.

Nesse momento do depoimento, os promotores presentes se interessam em detalhar a proporção que – segundo Carla Ubarana – teria sido obedecida na distribuição de dinheiro aos desembargadores. Eles questionam: “Dos doze milhões, a proporção seria de uns oito para Osvaldo e quatro para Rafael?” Ela responde: “Não. Rafael também não recebeu tão pouco também não”. Nesse momento do depoimento, os promotores presentes se interessam em detalhar a proporção que – segundo Carla Ubarana – teria sido obedecida na distribuição de dinheiro aos desembargadores. Eles questionam: “Dos doze milhões, a proporção seria de uns oito para Osvaldo e quatro para Rafael?” Ela responde: “Não. Rafael também não recebeu tão pouco também não”. A reportagem tentou contato com os dois desembargadores, mas eles não atenderam às ligações feitas.

Fonte: Novo Jornal

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Relator propõe que Cachoeira fale à CPI no dia 17 de maio

O deputado federal Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar o envolvimento de políticos e empresários com o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, apresentou nesta quarta-feira (2) o plano de trabalho da investigação.

Pelo cronograma proposto, a comissão poderá ouvir o depoimento do bicheiro Carlos Augusto dos Ramos no dia 17 de maio. A data, porém, ainda não está fechada e pode ser alterada pelos parlamentares da comissão durante a votação do plano de trabalho.

As datas propostas ainda serão analisadas pela comissão. Ao pedir a oitiva, Odair Cunha argumentou que a influência de Carlinhos Cachoeira “se estende por setores do poder público e privado” e que as ações do contraventor configuram “o que se chama de crime organizado”.

Já o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde no Conselho de Ética do Senado por suposta quebra de decoro parlamentar, por envolvimento com Carlinhos Cachoeira, seria ouvido no dia 31 de maio no CPI, segundo cronograma apresentado pelo relator.

Plano de trabalho
Odair Cunha apresentou o cronograma de trabalho da CPI, que terá prazo de 180 dias, tendo previsão de encerramento para o dia 4 de dezembro. “Esta comissão se debruçar-se-á sobre as questões mais relevantes. A primeira etapa será destinada a oitiva das investigações, com o depoimentos dos delegados, depois a vez da defesa, com a presença do senhor Carlos Augusto dos Ramos e demais pessoas citadas. Após vai concluir o relatório”, disse o relator.

Nos dias 22 e 24 de maio, o relator propôs que a CPI ouça supostos integrantes da quadrilha: José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz, Geovani Pereira da Silva, Wladimir Henrique Garcez, Lenine Araújo de Souza, Idalberto Matias de Araújo, Jairo Martins e outros.

O relator reafirmou que a CPI será baseada nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas operações Vegas e Monte Carlo, que investigou esquema de jogo ilegal supostamente chefiado por Cachoeira.

De acordo com Odair Cunha, a partir das investigações já feitas, será possível “apurar as extensões das atividades ilícitas da organização e ficar as responsabilidades de agentes públicos e privados”.

Além da data proposta para ouvir Carlinhos Cachoeira, o relator da CPI também propôs que no dia 8 de maio seja ouvido o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas. As datas destas oitivas também precisam ser aprovadas pelos membros da CPI

Já no dia 10 de maio, o relator propôs que CPI ouvir os depoimentos do delegado Matheus Mella Rodrigues e os procuradores da República Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da operação Monte Carlo.

Fonte: G1

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Para Rogério Marinho, depoimento de Cachoeira é “fundamental” para CPI

Integrante da CPI do Cachoeira, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) afirmou que os parlamentares devem buscar esclarecer todas as denúncias de irregularidades entre o bicheiro, políticos e empresas. Para isso, Rogério acredita que o depoimento do bicheiro é “fundamental” para os trabalhos da Comissão.

“O principal neste momento é ouvirmos o próprio Cachoeira. A partir daí os demais seriam convidados. O PSDB apresentou um número de requerimentos para estabelecer um rito de procedimentos e definir de forma cronológica quem serão os ouvidos”, disse o deputado.

Até agora, o PSDB já apresentou 43 requerimentos, em que pede a convocação de dezenas de personagens envolvidos em denúncias no esquema de Cachoeira, preso sob a acusação de comandar uma rede de jogos de azar no país.

O partido pediu a convocação de diretores e gerentes da Delta, além dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os parlamentares solicitaram também os autos das operações Vegas, Monte Carlo e Apate, da Polícia Federal, entre outros documentos endereçados a vários órgãos.

Rogério Marinho também criticou a estratégia do PT e de aliados de tentar poupar a construtora Delta nas investigações. O objetivo do Planalto seria evitar que a Delta – a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal – se transforme em alvo principal do colegiado, segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”.

“Eu não acredito que diante do clamor popular vá se tentar estabelecer limites no processo de investigação e, principalmente, de elucidação dos fatos que estão sendo denunciados. Ninguém, em sã consciência, como agente público, vai fazer papel de zagueiro na CPI”, afirmou Rogério. “Eu acredito que todos estamos com um ânimo de serenidade e de buscar a verdade”, completou.

A comissão de inquérito se reúne nesta quarta-feira (2) para definir o plano de trabalho, votar requerimentos e eleger o vice-presidente. A reunião acontece a partir das 14h30 no Senado.

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Após receber alta, desembargador Osvaldo Cruz requisita nova data para depoimento no STJ

O desembargador Osvaldo Cruz teve alta e requisitou, através de sua defesa, representada pelo advogado Armando Holanda, uma nova data para prestar depoimento junto ao Superior Tribunal de Justiça. O pedido da defesa para se fixar uma nova data foi protocolado ontem e não obteve ainda resposta do Superior Tribunal de Justiça. Cabe ao ministro relator do caso, César Asfor Rocha, deliberar acerca do dia a ser escolhido. Osvaldo Cruz não compareceu ao depoimento marcado na última semana por conta de problemas de saúde.

No último dia 17, pela primeira vez, dois desembargadores do Tribunal de Justiça do RN foram afastados por suspeita de terem cometido crime. Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro foram afastados de suas funções pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, em virtude da investigação que apura a prática de crime na divisão de precatórios do TJ. Além de terem sido citados por Carla Ubarana como co-autores das fraudes nos precatórios, Osvaldo e Rafael foram responsabilizados pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público Estadual pelos desvios. A Corte Especial do STJ ratificou por unanimidade o afastamento por tempo indeterminado dos dois. A fase atual do processo é de inquérito judicial, onde se apura responsabilidades. Não há ação penal formalizada contra os dois.

Depoimento

Rafael Godeiro prestou depoimento na última quinta-feira, mas os detalhes não foram divulgados. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contato com o advogado do desembargador, Boris Trindade, mas ele não estava disponível para prestar informações.

Ainda não será esta semana que o plenário do Tribunal de Contas do Estado irá votar a suspensão do pagamento da Henasa, medida cautelar requerida pelo procurador Luciano Ramos. O pagamento já está suspenso pela Prefeitura de Natal, mas essa medida pode ser revista pela própria administração.

De acordo com informações do Tribunal, o relatório parcial deve ir ao plenário na terça-feira da próxima semana. Após a votação da medida cautelar, o processo continua, com a produção de provas e apresentação de defesa.

Fonte: Tribuna do Norte

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