Saúde

Apneia do sono pode promover risco adicional à Covid-19, diz estudo

(Foto: Adi Goldstein/Unsplash)

Um estudo recente da Universidade de Warwick, na Inglaterra, aponta que pessoas diagnosticadas com apneia obstrutiva do sono podem ter maior risco às complicações da Covid-19. A pesquisa foi publicada no início de setembro na revista Sleep Medicine Reviews.

A apneia obstrutiva do sono é uma condição caracterizada pelo bloqueio completo ou parcial das vias aéreas durante o sono. Muitos dos fatores de risco associados a esse distúrbio, como diabetes, obesidade e hipertensão, são semelhantes àqueles associados aos sintomas mais graves da Covid-19. Por isso, os pesquisadores revisaram estudos e investigaram se o diagnóstico de apneia conferia um risco adicional além à infecção provocada pelo Sars-CoV-2.

Cientistas analisaram 18 estudos publicados até junho de 2020 que relacionavam apneia obstrutiva do sono e Covid-19, sendo que oito deles estavam relacionados ao risco de morte pela doença e dez estavam relacionados ao diagnóstico, tratamento e gestão da apneia do sono.

Com base na revisão dos artigos, evidências sugerem que muitos pacientes que precisaram de terapia intensiva tinham apneia obstrutiva do sono. Um dos estudos analisados, por exemplo, concluiu que pacientes hospitalizados por Covid-19 que tinham diabetes e estavam em tratamento para apneia obstrutiva do sono tinham risco 2,8 vezes maior de morrer no sétimo dia após a admissão hospitalar.

Com as taxas de obesidade e outros fatores de risco relacionados aumentando, os pesquisadores também acreditam que as taxas de apneia obstrutiva do sono também estejam crescendo. A revisão destaca que a pandemia também teve efeitos mundiais no diagnóstico, gerenciamento e tratamento em andamento de pacientes com esta e outras condições de sono. No futuro, pode ser necessário explorar novas vias de diagnóstico e tratamento para esses indivíduos.

Os pesquisadores defendem que é importante que as pessoas com diagnóstico de apneia obstrutiva do sono estejam cientes do risco adicional e tomem as precauções adequadas para reduzir sua exposição ao vírus. Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses indivíduos precisam ser adicionados à lista de grupos vulneráveis ​​do coronavírus.

Galileu

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Judiciário

PGR diz ao Supremo que Bolsonaro pode bloquear seguidores em rede social

Foto: Marcos Corrêa/PR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou nesta sexta-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação na qual afirmou que o presidente Jair Bolsonaro pode bloquear seguidores em rede social.

O tema chegou ao Supremo porque um advogado bloqueado por Bolsonaro entrou com uma ação.

No processo, o advogado relatou ter comentado uma postagem do presidente na qual havia uma foto de um diálogo entre a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O advogado informou ter comentado que Bolsonaro “queria e quer, sim, intervir na Polícia judiciária Federal para interesse próprio e de seus filhos, o que por si só é um absurdo”.

Ao se manifestar sobre a ação apresentada pelo advogado, Augusto Aras afirmou ao STF:

“Por ser destituído de caráter oficial e não constituir direitos ou obrigações da Administração Pública, as publicações efetuadas pelo Presidente da República em rede social não são submetidas ao regramento dos atos administrativos em relação à aplicação do princípio constitucional da publicidade.”

Afirmou ainda que, apesar de Bolsonaro divulgar nas redes sociais uma série de atos relacionados ao governo, as publicações “têm caráter nitidamente informativo, despido de quaisquer efeitos oficiais, o que realça o caráter privado da conta”.

‘Apaziguar ânimos’

O procurador-geral afirmou também que forçar o dono de um perfil a admitir “pessoas indesejadas” como seguidoras poderia “anular o direito subjetivo do interessado de utilizar sua conta pessoal de acordo com os seus interesses e conveniências”.

“Essa possibilidade de bloqueio contribui inclusive para apaziguar ânimos mais acirrados, evitando a propagação de comentários desqualificadores e de discurso de ódio e a nociva polarização que atenta contra a democracia, especialmente nos ambientes político e religioso”, completou.

Instrumento utilizado no processo

Ainda no documento enviado ao STF, Augusto Aras afirmou que a ação usada pelo advogado, um mandado de segurança, não é o instrumento adequado para tratar do tema.

Isso porque, no entendimento de Aras, somente as ações do presidente no exercício da função podem ser analisadas pelo Poder Judiciário por meio de mandado de segurança.

“Apenas as manifestações comissivas ou omissivas praticadas no exercício da função pública ou a pretexto de exercê-las são, em tese, passíveis de controle jurisdicional no âmbito do mandado de segurança”, afirmou.

G1

Opinião dos leitores

  1. Desta vez Bolsonaro tem razão, embora que na maioria não, sua rede social, faz o que quiser.

  2. Oxe ele já me bloqueou faz tempo ?queria até pedir pra vcs que não são bloqueados pedir a ele : #sancionapl1095 #cadeiapramaustratos

    1. Aproveita e pergunta porque Queiroz depositou $$$ na conta de Michelle.

  3. Funcionários fantasmas do clã Bolsonaro receberam quase R$ 29 milhões em salários
    Pelo menos 39 funcionários que já passaram por gabinetes da família Bolsonaro têm indícios de que não trabalharam nos cargos. Juntos, eles receberam 16,7 milhões em salários brutos, o que equivale a R$ 29,5 milhõ.es em valores corrigidos pela inflação

  4. se ele usa para divulgação de açoe do governo tem que ser publico, nao podendo bloquear, tipo a pesquisa de opinião sobre matérias aprovadas pelo congresso .

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Comportamento

Dependendo do parceiro, sexo “pode desalinhar chacras”, diz astróloga

Foto: shoo_arts/Getty Images/iStockphoto

“Nunca transe com alguém que você não seria”, essa é frase mais simples, mas talvez a mais dura e chocante que Sara Koimbra, taróloga e astróloga, joga na lata quando o assunto é sexo. Parece simples de imaginar porque não nos envolveríamos sexualmente com alguém que não seríamos, certo? Falta de atração, falta de afinidade e até mesmo dificuldade de aproximação. Mas não para por aí.

Entenda os riscos de transar sem a “proteção energética”.

Sexo é troca de energia?.

Os riscos de transar com aquela pessoa que você não admira passam por desequilibrar os chakras, sujar seu campo áurico, prejudicar a qualidade do sono e assim vai, diz ela. “O ser humano é composto de espírito, alma e corpo. Portanto, nossas frequências energéticas devem ser levadas em consideração o tempo inteiro. Se todos nós temos uma antena de vibração, ao nos envolvermos com outras pessoas, principalmente sexualmente, misturamos a nossa frequência com a delas”.

Isso não quer dizer que devemos parar de transar agora para cuidar da nossa energia. Pelo contrário. A astróloga realça que a energia sexual é vital e extremamente poderosa. “Transar é vida, sexo é divino. Mas quando feito com irresponsabilidades, tem consequências.” Elas podem ser tanto a nível físico, como a nível sutil. Inclusive, alguns descompassos da nossa vida podem ter a ver com cordões energéticos de relações sexuais de anos atrás.

“Muita gente tem problemas de ordem energética por causa disso. Já atendi várias pessoas que se sentem drenadas, depressivas e que tentam mudar isso a vida inteira sem sucesso. Entrando nesse contexto de maneira mais profunda, é possível perceber que tem alguma desordem fruto de relações não tão legais. O sexo pode nos levar a um estado profundo de bem-estar e relaxamento, mas também a um poço de ansiedade e depressão, além de doenças físicas — não só sexualmente transmissíveis, mas somatizadas”, conta Sara.

Chakra com chakra

Isso acontece porque quando existe o contato sexual, seja pontual, seja em um relacionamento duradouro, as pessoas estão unindo mente, corpo, espírito e alma. O fenômeno acontece principalmente pelos chakras, que permitem esse entrelaçamento de energias durante a transa. É o que cria o chamado cordão energético, que pode criar laços duradouros nas pessoas que trocaram vibração.

Sara enfatiza que a energia sexual pode ficar impregnada em nós, graças a esses cordões, por pelo menos seis meses. “No mínimo, depende da complexidade da situação ou das energias envolvidas no ato. Pode levar anos ou uma vida inteira, inclusive em contextos de relações abusivas e outras mais duradouras. Um abuso de adolescência, por exemplo, pode reverberar na vida adulta como resultado desse cordão ainda existir.”

Só essa informação já pode ser suficiente para a gente escolher a dedo com quem vamos transar, certo? Mas às vezes acontece de ter um encontro casual, uma relação depois de beber em uma festa ou uma recaída com o ex. E tudo bem. O importante é saber como limpar essa energia sexual antes e principalmente depois das relações. Até porque, se a energia estiver suja, é fácil nos grudarmos a cordões de vibração densa.

(mais…)

Opinião dos leitores

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Diversos

ARTIGO: 2020 pode não ser tão ruim

Você se vê durante toda a vida enfrentando inúmeros desafios. Em determinado momento pode se perguntar: As coisas não podiam ser mais fáceis?

Não é a toa que já nascemos chorando. Ora, nos tiram à força do paraíso que estávamos. Não faltava nada e o melhor, bem juntinho da mamãe. Daí pra frente as palmadas no bumbum não param mais. Tem que cair para aprender a andar, tem que chorar quando conhece a quina da parede, ficar fraquinho com a virose, ir para a aula longe da mamãe, tomar vacina e ainda comer brócolis.

Os desafios não param jamais. Tem bullying na escola, prova de matemática, vencer a timidez na prova oral, enfrentar a caxumba e os foras recebidos nas primeiras festas.

Você vai crescendo e os problemas também. Tem que escolher a profissão, enfrentar o mercado de trabalho – falta dinheiro e sobram sonhos. Decepções com amizades de bar, relacionamentos difíceis, filhos fora do casamento, traições no trabalho e instabilidade é a palavra de ordem.

Você se vê numa selva – tentando escapar do leão. Não pode parar nunca de lutar. Se ele te pegar, depois vão chegar as hienas. Na sequência, virão os urubus. Nada fácil, hein? Ainda tem os vermes e o capeta que vai lutar pela sua alma.

Você pensa que seria rei, mas a única coroa que chega é a do coronavírus (corona = coroa).

As coisas podiam ser mais fáceis? Podiam mas ainda bem que não são. É a luta que te deixa mais forte. Poderia chegar um vírus que deixasse seu pulmão mais forte. Por que não? Seria até mais explicável à nível de evolucionismo, pois sem matar o hospedeiro todos viveriam mais – inclusive o parasita.

Como não se pode mudar a lógica da vida, não podemos mudar o que não tem lógica também. Nossa opção é se adaptar – lutar sem parar, pois é a única coisa que a vida nos ensinou: a lutar. E lutando seremos melhores a cada dia.

É o vento soprando contra a vela que impulsiona o barco a ir para frente;

É a pressão que faz o carvão virar diamante;

É através da microrruptura que o músculo cresce;

É essa luta diária, amigo leitor, que fará você mais forte. Enfrente as provações com fé e determinação, pois existem chances reais de você sair fortalecido dessa situação e assim poderemos entender o porquê de um ano tão desafiador. Sua melhor versão esta sendo preparada. Acredite.

Marcus Aragão
Publicitário
Instagram @aragao01

Opinião dos leitores

  1. Muito verdade! Tentemos tirar coisas boas ate das situações mais desafiadoras. No mínimo sairemos fortalecidos e com um grande aprendizado. Excelente texto!

  2. Marcus Aragão você sempre nos surpreendendo com os seus artigos que passeiam de maneira leve por diversas dimensões de nossas vidas. Realmente, durante toda a vida somos submetidos aos desafios que nos são impostos e exigem as escolhas nem sempre sensatas. Mas, só o tempo nos mostrará os resultados. Eu, também, acredito que 2020 pode não ser tão ruim assim, a medida que tem nos feito rever os nossos hábitos , as atitudes e , principalmente, as mudanças de comportamentos. Valeu!

  3. Sempre bom olhar a vida de maneira positiva . Tenho certeza que sairemos mais forte dessa. Obrigada por mais um texto. ?

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Diversos

Após cirurgia de dissecção da aorta, vocalista de Renato e Seus Blue Caps piora e pode ser entubado

Foto: Reprodução

Internado no CTI desde a última sexta-feira, dia 17, Renato Barros, vocalista da banda Renato e Seus Blue Caps, teve uma piora em seu estado de saúde. De acordo com informações divulgadas na página oficial da banda, o cantor, embora lúcido, está se sentindo cansado e “não está descartada a possibilidade de ser entubado novamente”.

“Recebemos a mensagem enviada pela Erika Barros (filha do cantor) dizendo que hoje se alterou um pouco, houve uma leve piora, pois ele está muito cansado, embora esteja bem lúcido, mas hoje o problema dele está sendo o pulmão. Tudo que foi feito na cirurgia está tudo certo, mas não está descartada a possibilidade de ser entubado novamente, está tomando oxigênio, está bem na medida do possível, mas muito cansado. Vamos ver se ele sai deste estado de cansaço pulmonar”, diz o texto.

O cantor, de 76 anos, foi submetido a uma cirurgia de dissecção da aorta de mais de 7 horas. O carioca foi internado após sentir fortes dores no rosto.

Extra – O Globo

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Saúde

Canabidiol pode ajudar a evitar danos pulmonares causados pela Covid-19

(Foto: Flickr/Martijn/Creative Commons)

Cientistas da Universidade de Geórgia, nos Estados Unidos, descobriram evidências de que o canabidiol (CBD) pode atenuar danos provocados pela Covid-19. Em um artigo publicado em julho no Cannabis and Cannabinoid Research, a equipe explica que a substância, conhecida por estar presente na maconha, tem potencial de ajudar no controle de respostas exageradas do sistema imunológico, como a tempestade de citocinas e a inflamação pulmonar, consequências graves e comuns da infecção por Sars-CoV-2.

“Nossos estudos de laboratório [realizados em ratos] indicam que o CBD puro pode ajudar os pulmões a se recuperarem da inflamação avassaladora (ou tempestade de citocinas) causada pelo novo coronavírus e a restaurar níveis saudáveis ​​de oxigênio no corpo”, afirmou Jack Yu, membro do Medical College of Georgia e coautor do artigo, em comunicado.

Suas descobertas foram possibilitadas pela descoberta adicional de um modelo seguro e relativamente barato que permite aos cientistas simular em modelos laboratoriais os danos pulmonares causados ​​pela síndrome respiratória aguda grave. Nas análises conduzidas pelo grupo, o CBD se mostrou eficaz, pois melhorou índices sanguíneos de oxigênio e ajudou na recuperação dos pulmões.

Além disso, uma análise mais detalhada dos pulmões testados reforçou a redução de indicadores-chave da resposta exagerada do sistema imunológico, como a interleucina-6 (IL-6) e os neutrófilos.

O modelo

O nova modelagem foi criada com base no material genético viral: é uma versão sintética do RNA de fita dupla do Sars-CoV-2 — responsável por sequestrar nossas células para se replicar — chamada de POLY (I:C).

Nossos corpos não estão acostumados a esse RNA de fita dupla, então, como acontece quando somos contaminados pelo vírus, o POLY (I: C) recebe atenção imediata do receptor toll-like 3, uma família de receptores que ajudam o organismo a reconhecer invasores e a ativar nossa resposta imune inata. Como os coronavírus são enormes (têm o maior RNA vital conhecido), as células humanas “enlouquecem” e levam a uma resposta imune exagerada.

No teste, ratos receberam doses diárias de POLY (I: C) por três dias e, depois, tiveram CBD injetado também diariamente. De acordo com os cientistas, os animais que receberam o CBD primeiro tiveram uma resposta imunológica mais adequada ao RNA injetado.

Acredita-se que o CBD se parece com alguns endocanabinoides, que são um sistema natural de sinalização celular envolvidos com várias funções, do sono à reprodução, ou à resposta imune. CB1 e CB2, os principais receptores desse sistema, são encontrados extensivamente em todo o corpo, incluindo o cérebro e o sistema respiratório.

Os cientistas sabem que mais estudos precisam ser realizados com o CBD, inclusive testes clínicos em humanos, antes da substância ser indicada como tratamento para a Covid-19. Ainda assim, eles estão animados com os resultados obtidos no novo estudo.

“A síndrome respiratória aguda grave é a principal causa de morte em casos graves de algumas infecções virais respiratórias, incluindo o Sars-CoV-2”, ponderou Babak Baban, coautor do estudo. “Precisamos urgentemente de melhores estratégias de intervenção e tratamento.”

Galileu

 

Opinião dos leitores

  1. Este é o tipo de pesquisa que devia ter patente creditada à Uferrenê. Ali sim tem know How em matéria de cannabis.

  2. PARABÉNS DR..ALBERT DICKSON…O RN É O NUMERO UM EM REDUÇÃO AO COVID…GRACAS AO SEU TRABALHO E DEDICACAO COM O IVERMECTINA….PARABENSSSSSSSS

  3. Esse aí "já tem comprovação científica ".
    Daqui a pouco deputados de esquerda vão ao STF para obrigar toda a população a tomar…
    Cloroquina faz mal e esse não…

  4. Maconha pode resolver e curar absolutamente tudo.
    De epilepsia, a calvície. De fimose a COVID19. De hemorroidas a dor de ouvido, tudo pode ser tratado com maconha ou algum de seus componentes.
    Fora uma disfarçada campanha por sua liberação, apresentando-a como inofensiva e até mesmo curadora universal, o que há de verdade nisso tudo?

  5. Pia mesmo!!!
    Maconha é bom pro covid e cloroquina não.
    Vá entender.
    Chega dr. Albert Dickson, socorra nossas mentes.

  6. Quem é esse repórter? Galileu? Com esse nome deve ser algum comunista. Lula tá preso, babaca!

    1. Teu PRESIDENTE de BOSTA E LADRAO BABACA …..CADA MULHER ELE LAVA DINHEIRO PUBLICO CO. IMÓVEIS…AH LADRAO..FORA BOLSOTRALHAS E SEUS BAJULADORES CABEÇA DE MINHOCA PODRE

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Saúde

Covid-19 pode desencadear desorientação e até alucinações

Foto: Pixabay

Alguns pacientes de covid-19 estão apresentando quadros confusionais agudos ou delirium. O psiquiatra Mario Louzã, do IPq (Instituto de Psiquiatria da USP), explica que esse tipo de quadro tem inúmeras causas e que outras infecções também podem desencadear o quadro.

Louzã explica que o quadro é diferente do que é chamado de delírio na psiquiatria, que é um uma alteração do juízo da realidade em que o paciente acredita em uma ideia incompatível com a realidade e não adianta falar o contrário. “Ele tem convicção absoluta que está sendo perseguido, por exemplo.”

O delírio é um sintoma de uma outra doença, normalmente a esquizofrenia, acontece com a pessoa em nível de consciência normal e é um quadro prolongado que só costuma parar mediante tratamento psiquiátrico.

Já no quadro confusional, também chamado de delirium, existe uma diminuição no nível de consciência e ele pode durar de algumas horas até alguns dias, passando de uma semana em casos muito extremos. “Vai depender do que está causando o episódio e de quais são as possibilidades de tratamento.”

Segundo o psiquiatra, a pessoa fica confusa, pode ficar agitada e ter alucinações. “A gente percebe uma desorientação espacial e temporal, a pessoa não sabe onde está, que horas são, o que ela está fazendo.”

O médico explica que é um fenômeno relativamente comum em infecções que causam um desequilíbrio hidroeletrolítico. “O corpo tem uma série de substâncias que precisam estar equilibradas para as células funcionarem bem, o sódio, o potássio. Quando você tem um desequilíbrio desses eletrólitos, isso pode afetar as células cerebrais.”

Quadros como diarreia, desidratação e insuficiência renal podem levar a esse desequilíbrio. O delirium também pode ser sinal de uma crise de abstinência de álcool, intoxicação por drogas e excesso de remédios.

Ele também pode ser causado indiretamente pelo quadro respiratório, pela febre muito elevada ou até pela presença do vírus no organismo.

O quadro respiratório pode desequilibrar o equilíbrio entre oxigênio e gás carbônico no sangue, essencial para o funcionamento das células. Se esse desequilíbrio afetar as células do cérebro e os neurotransmissores, também pode levar a um quadro confusional.

Além disso, o vírus pode liberar substâncias tóxicas quando é destruído pelo sistema imunológico do corpo e, dependendo do vírus, ele pode atacar diretamente as células do cérebro. Já foi observado que o coronavírus pode afetar o sistema neurológico, mas as pesquisas sobre o assunto ainda não são conclusivas.

O médico explica que o quadro normalmente é multifatorial. “São várias situações acontecendo ao mesmo tempo no corpo, é muito difícil você separar exatamente qual substância está causando o delirium. O conjunto dessas coisas que acaba sendo o causador.”

O delirium acontece em pessoas que já possuem a predisposição para ter um quadro como esse e é mais comum em crianças e idosos, pois o sistema nervoso desses grupos é mais frágil. “Não é uma coisa de fácil rastreamento, algumas pessoas vão ter e outras não.”

“Não surpreende que esse quadro aconteça em pessoas com covid-19. É uma doença que tem um impacto grande no corpo todo.”

Louzã afirma que em quadros confusionais muito agitados, em que a pessoa pode, por exemplo, arrancar o cateter de soro ou colocar os profissionais de saúde em risco, são utilizados remédios sedativos para acalmar o paciente.

Em outros casos, os médicos investigam quais as possíveis causas para o quadro para dirigir o tratamento. “Esse paciente já está internado, então você sabe, se está com potássio alto, sódio muito baixo, falta de oxigênio, cercamos as possibilidades e vamos agindo nelas, colocando a substância que está em falta, por exemplo.”

R7

Opinião dos leitores

  1. No caso do Presidente da República, depois que contraiu COVID-19, ocorreu justamente o oposto! Ele ficou bem mais orientado, sereno e calado. É um caso a ser estudado pela ciência!!

    1. Vc que pensa.
      Procure vê as imagens de televisão de ontem.
      Kkkkk
      O véi é duro, o véi é duro.

    2. Caso a ser estudado pela ciência é o de uns jumentos que tem bandido de estimação.

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Saúde

Levantamento UFRN: Concentração bancária no Seridó pode estar ligada à pandemia; Caicó e Currais Novos apresentam um dos menores níveis de distanciamento social do estado

A região do Seridó e suas principais cidades, Caicó e Currais Novos, apresentam desde o início da pandemia um dos menores níveis de distanciamento social do estado, segundo novo levantamento do Observatório do Nordeste para Análise Sociodemográfica da Covid-19 (Onas-Covid19), da UFRN. E isso pode estar relacionado à baixa infraestrutura bancária na região e à dependência dos demais municípios seridoenses aos serviços prestados por essas duas cidades polo. Segundo dados do Banco Central do Brasil, 27% dos municípios potiguares não possuem agências ou postos bancários.

Em maio de 2020, apenas Currais Novos e Caicó apresentavam agências ou postos de atendimento da Caixa Econômica Federal (uma agência e um posto de atendimento em cada um deles). Considerando que Caicó se localiza a cerca de 86 km do município currais-novense, possivelmente, o recebimento do auxílio emergencial durante a pandemia por covid-19 agiu como um fator potencializador da sobrecarga na rede bancária de Currais Novos, e consequentemente, da circulação de pessoas neste município.

Desde o início da pandemia, cidades importantes da Região do Seridó têm apresentado um dos menores níveis de adesão ao distanciamento social do estado. Seguindo a tendência dos demais municípios potiguares, Caicó e Currais Novos atingiram o maior nível de distanciamento social no início da pandemia, mas que não se sustentou no tempo e decresceu para patamares abaixo de 40% no decorrer do tempo. Em Currais Novos, a tendência do indicador de isolamento social foi de crescimento ao final do período analisado, enquanto em Caicó a tendência foi de queda na adesão ao distanciamento em fins de junho.

Os municípios próximos ou vizinhos à Caicó apresentam os maiores coeficientes de incidência da doença. Em Currais Novos, a incidência de Covid-19 para cada grupo de 100 mil habitantes é crescente, sendo o quinto maior da região.  Apesar dos municípios do entorno de Currais Novos não se encontrarem no grupo das dez cidades com maiores coeficientes de incidência do Seridó, eles apresentam risco potencial de avanço da doença, tendo em vista a estreita relação que elas estabelecem com Currais Novos em termos de prestação de serviços bancários.

Os seis municípios limítrofes a Currais Novos não possuem agências bancárias, o que estimula a circulação de pessoas em busca de atendimento (dados de maio de 2020)

A concentração da rede bancária em Currais Novos, que representa uma espécie de “ilha bancária” (figura acima) na Região do Seridó, sentiu um aumento da sobrecarga da infraestrutura bancária do município currais-novense com os pagamentos do auxílio emergencial à população de baixa renda durante a pandemia. Segundo dados do Banco Central do Brasil, em maio de 2020 Currais Novos apresentava oito instituições financeiras entre agências bancárias e postos de atendimento, o que em face do apagão bancário no estado, representa um local de alta demanda não apenas por parte de seus residentes como também pelas populações de municípios vizinhos.

Tendência do indicador de isolamento social em municípios selecionados do Rio Grande do Norte

Todas as informações epidemiológicas utilizadas neste texto estão disponíveis no site da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) e se encontram disponíveis para acesso público. A matéria utilizou análises e dados do estudo divulgado pelo Observatório do Nordeste para Análise Sociodemográfica da Covid-19 (ONAS) pelos professores da UFRN Ivanovitch Silva e Luciana Lima e pelos pesquisadores Ivenio Hermes Junior, Patricia Takako Endo, Marcel Ribeiro Dantas e Gisliany Alves, e pode ser acessado na íntegra neste link.

UFRN

Opinião dos leitores

  1. Estado póbi é uma merda, vão terminar pedindo ao deputado da região – se é que há esse dito cujo – para pleitear a instalação de (mais uma) agência bancária estatal. Afinal, prejuízo bom é aquele que vai para os cofres públicos.

    1. O cabra apoiando um projeto que vai dar ao Estado o poder de supervisão sobre tudo o que diz e compartilha em redes sociais. Só um mói de capim, como diz o matuto. Acorda pra vida! Contra calúnia e difamação já existem leis.

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Política

Como Putin alcançou 20 anos de poder na Rússia e pode permanecer no cargo até 2036

Foto: AFP

A Constituição russa só permite dois mandatos presidenciais, mas Vladimir Putin já está no quarto.

Quando o polêmico líder, hoje com 67 anos, chegou ao Kremlin, em 1999, não se imaginava que ele permaneceria tanto tempo no poder. Mas, contrariando prognósticos, em 31 de dezembro do ano passado, ele completou duas décadas governando a Rússia — direta ou indiretamente (ele teve de deixar a presidência para ser primeiro-ministro por um período, mas, na prática, continuou a comandar o país), apontam especialistas.

Com mão de ferro, relativo carisma, sob denúncias de coibir a imprensa e seus adversários e um discurso que causa incômodo no resto do mundo, Putin alçou altos níveis de popularidade internamente.

Mas há grupos que há anos pedem mudanças na Rússia.

“Os russos mais jovens, com mais educação e que vivem em grandes cidades como Moscou e São Petersburgo certamente se opõem a que ele siga governando”, diz à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) Vladimir Gel’man, expatriado russo que ensina política russa na Universidade de Helsinque (Finlândia).

“Mas, por outro lado, Putin conta com o apoio da população mais velha, menos educada e de áreas periféricas”, agrega.

Resultados preliminares de um plebiscito concluído na quarta-feira (1/07) sobre reformas constitucionais indicam apoio da maioria da população a mudanças que permitiriam a Putin se manter no poder até 2036, o que significa que ele pode superar o tempo de permanência no poder do ditador comunista Joseph Stálin.

As reformas, se aprovadas, permitirão que Putin se candidate a mais dois mandatos presidenciais a partir de 2024 — que é quando acaba o mandato atual. Até a noite de quarta, com 85% das urnas contabilizadas, cerca de 78% dos russos apoiavam a medida, segundo dados do tribunal eleitoral russo citados pela France Presse.

A oposição, por sua vez, acusa o mandatário de tentar ser “presidente vitalício” do país.

Para além da popularidade, a BBC resume os cinco pontos-chave da longevidade de Putin no poder:

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Esse ditador Vladimir Putin hoje é o homem mais perigoso deste planeta terra,uma ordem de ataque militar deste cidadão toda a humanidade,os animais terrestres,aquáticos e do ares,enquanto este Vladimir Putin estiver com o poder na Rússia,nós estaremos sempre correndo um imensurável risco da extinção de toda a vida biológica deste mundo.
    Este Vladimir Putin tem ódio no coração ex agente da extinta kgp que era o antigo órgão estatal russo de espionagem,ele não aceita a queda da extinta União soviética,pelo qual esse cidadão quer controlar toda antiga área de influência soviética e criar a grande Rússia ou nova União soviética,e quer reeditar uma nova guerra fria militar e política com os EUA,só que a antiga União soviética e agora a nossa Russia não tinha e não tem a mínima condição de subsistência social e econômica para ela mesma enquanto mais impor um estilo de vida socialista e comunista totalmente inviável como se demonstrou no passado recente com a extinção da União soviética.
    Só porque tem o poder belico nuclear;atômico e de hidrogênio muito mais destruidor do que a bomba atômica,esse país não passaria de um paiseco pouco relevante no cenário geopolítico internacional com uma economia obsoleta e atrasada com empresas com pouca importância na indústria tecnológica,científica e informacional no cenário global,por exemplo no Brasil ninguém sabe ou ouviu falar do nome de uma empresa,indústria oriunda da Rússia.

  2. Engraçado q o império do norte nem o lambe botas da América do Sul dao um pio sobre essa ditadura….pq será?
    Enquanto isso a Maduro é trucidado….

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Saúde

Imunidade ao coronavírus pode ser maior na população do que dizem os testes, indica estudo

FOTO: SCIENCE PHOTO LIBRARY

Pessoas que apresentam resultados negativos em testes de anticorpos contra o coronavírus podem, ainda assim, ter alguma imunidade ao vírus, indica um estudo do Instituto Karolinksa, na Suécia.

Na pesquisa, feita com 200 pessoas, os cientistas verificaram que para cada pessoa que teve resultado positivo em testes para anticorpos contra o Sars-Cov-2 (vírus que causa a covid-19), duas tinham células T específicas capazes de identificar e destruir células infectadas.

As células T são um tipo de linfócito, células de defesa do sistema imunológico presentes no sangue.

Essa presença das células T capazes de identificar e destruir células infectadas com o coronavírus mesmo em pessoas que não têm anticorpos específicos para o vírus foi observada também em pessoas que tiveram casos leves ou sem sintomas de covid-19.

Mas ainda não está claro se isso apenas protege esse indivíduo ou se também pode impedi-lo de transmitir a infecção a outras pessoas.

A pesquisa já foi submetida para uma publicação científica, mas ainda não foi publicada nem passou oficialmente por peer review (avaliação de outros cientistas).

Mas o imunologista Danny Altmann, professor do Imperial College de Londres, disse que o estudo é “robusto, impressionante e completo” e que ele acrescenta dados a um crescente corpo de evidências de que “o teste de anticorpos subestima a imunidade”.

Entre as pessoas que participaram do estudo, algumas eram doadoras de sangue e outras foram rastreadas no grupo de primeiras pessoas infectadas na Suécia — que tinham voltado ao país vindo principalmente de áreas afetadas anteriormente, como o norte da Itália.

Isso pode significar que um grupo mais amplo de pessoas tenha algum nível de imunidade à covid-19 do que indicam os testes para anticorpos.

É provável que, em algum momento, o corpo dessas pessoas tenha dado uma resposta à contaminação pelo vírus com a produção de anticorpos, mas essa reação tenha, depois, desaparecido — ou não seja detectável pelos testes atuais.

Em tese, essas pessoas devem estar protegidas se forem expostas ao vírus pela segunda vez.

Imunidade de rebanho

Apesar de os cientistas estarem encontrando mais evidências de que pode haver mais imunidade na população do que retratam os testes de anticorpos, isso não necessariamente nos aproxima da chamada “imunidade de rebanho”, de acordo com o médico Marcus Buggert, um dos autores do estudo.

É necessário fazer mais análises para entender se essas células T fornecem “imunidade esterilizante” (quando elas bloqueiam completamente o vírus) ou se podem proteger um indivíduo de ficar doente, mas não impedem que ele carregue o vírus e o transmita.

Grande parte da discussão sobre a imunidade à covid-19 se concentrou em anticorpos — proteínas em forma de Y que são específicas para cada patógeno e agem como “mísseis atingindo um alvo”, explica Buggert.

Os anticorpos se ligam ao vírus antes que ele possa entrar nas células e o neutralizam. Se os anticorpos falharem em neutralizar o vírus, ele pode entrar nas células do corpo e transformá-las em “fábricas” que produzem mais vírus.

As células T, por outro lado, têm como alvo células já infectadas e as destroem completamente, impedindo que os vírus se espalhem para outras células saudáveis. Ou seja, enquanto os anticorpos destroem os vírus, as células T destroem as células do corpo que se tornaram “fábricas de vírus”.

Assim como os anticorpos, as células T fazem parte da parte do sistema imunológico que tem uma espécie de memória. Uma vez que elas reconhecem um vírus específico, podem atingir rapidamente as células infectadas com ele e matá-las.

Pesquisadores no Reino Unido estão testando um medicamento chamado interleucina 7, conhecido por aumentar a produção de células T, para averiguar se pode ajudar na recuperação dos pacientes com covid-19.

Mais estudos são necessários

Pesquisadores do Instituto Francis Crick, do King’s College London, notaram que um grupo de 60 pacientes gravemente doentes pareceu sofrer uma queda no número de células T.

Isso não foi observado no estudo do Instituto Karolinska, que descobriu que quanto mais doente o paciente, maior o nível de anticorpos e células T que eles pareciam produzir.

A equipe da Suécia disse que são necessárias mais pesquisas para confirmar as descobertas. Embora o estudo deles seja a maior pesquisa com células T e coronavírus realizada até agora, ela ainda envolveu um grupo relativamente pequeno de pacientes.

As células T são muito complexas e muito mais difíceis de identificar do que os anticorpos, exigindo laboratórios especializados e pequenos lotes de amostras sendo testados manualmente ao longo de dias.

Isso significa que a testagem em massa de células T capazes de combater a infecção por coronavírus não é uma perspectiva muito provável no momento.

BBC

 

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Comportamento

Isolamento social pode agravar castigos e palmadas, diz pesquisa

Foto: © TV Brasil

Pesquisa mostra que muitas mães, pais e responsáveis acreditam que é necessário colocar as crianças de castigo, gritar ou dar palmadas para melhor educá-las. De acordo com os dados do estudo Primeira Infância para Adultos Saudáveis (Pipas), 73% acreditam que os castigos são necessários, 49%, as palmadas, e 25%, os gritos.

A pesquisa foi feita com com 7.038 cuidadores de crianças de até 5 anos de idade em Fortaleza e em mais 15 municípios cearenses, em outubro de 2019. Os dados, coletados antes da pandemia do novo coronavírus, preocupam especialistas, que acreditam que as medidas punitivas podem se acirrar em um período de isolamento social.

“A criança está o tempo todo com os pais, com as escolas fechadas. A gente tem que levar em consideração que é uma situação de estresse para famílias, para cuidadores. Muitos deles estão vivendo situação de isolamento, tendo que lidar com questões financeiras, com a crise que estamos vivendo. Precisamos pensar que a criança pode estar exposta a um ambiente em que cuidadores estão estressados e que podem eventualmente lidar com essa situação, utilizando mais esse tipo de disciplina punitiva”, diz a diretora-assistente do Instituto de Saúde, responsável pela pesquisa, Sonia Venâncio.

No Brasil, por lei, as crianças e adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante.É a Lei 13.010/2014, conhecida como Lei Menino Bernardo. O nome é uma homenagem ao menino Bernardo Boldrini, morto em abril de 2014, aos 11 anos, em Três Passos (RS). O pai, a madrasta do menino, uma amiga da família e o irmão dela foram condenados pela morte. Segundo as investigações, Bernardo procurou ajuda para denunciar as ameaças que sofria.

Para Sonia, esse tipo de disciplina punitiva tem impacto negativo no desenvolvimento das crianças, tendo efeitos que podem perdurar até a fase adulta, desencadeando problemas de saúde mental e comportamentos agressivos. “Por isso que neste momento temos a preocupação de conhecer essa realidade para poder lidar com isso, trabalhar com abordagem aos pais para que não utilizem esse tipo de prática”, diz.

“Os pais têm formas diferentes de educar a criança e é claro que precisam ter práticas de disciplina, mas essas práticas recomendamos que não sejam violentas. O ideal é conversar com a criança e explicar o que é esperado do comportamento dela e quais as consequências de comportamento não adequado. Sempre priorizando o diálogo e dando bons exemplos”, orienta.

Boas práticas

Nesse período de isolamento social para conter o avanço do vírus, o recomendado é que os responsáveis passem tempo com as crianças, brincando, fazendo leituras e que consigam, de certa forma, manter a rotina delas. “É importante que a família tenha um ritmo com a criança, que consiga manter o ritmo de sono nesse período da pandemia, manter horário de refeição. Aproveitar este momento para ter interação positiva para conversar, cantar, brincar com a criança”, diz o diretor de Conhecimento, aplicado na Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Eduardo Marino.

Marino reconhece, no entanto, que a situação é desigual entre as famílias em todo o Brasil. A pesquisa Pipas mostrou que 65% das crianças de até 3 anos e 37%, de 4 e 5 anos, não têm livros infantis. Segundo o estudo, cerca de duas em cada três crianças foram engajadas em quatro ou mais atividades de estímulo nos três dias que antecederam a entrevista. Foram consideradas atividades como ler, cantar, brincar, contar histórias, levar para passear, nomear, contar e desenhar. Isso significa que quase uma em cada três crianças, 37%, não recebeu esses estímulos.

Na pandemia, isso pode ter se agravado, de acordo com o diretor. “Ninguém estava preparado para isso”, diz, acrescentando que os responsáveis “têm que trabalhar, cuidar das demandas de casa e mais das demandas educacionais. Não é pouca coisa. E é particularmente difícil para os mais pobres. A situação de confinamento é estressante quando colocamos a dimensão da desigualdade”.

Para amenizar a situação, é preciso, de acordo com Marino, por parte do Poder Público, uma atuação conjunta de assistência social, saúde, educação, para que as famílias sejam assistidas durante a pandemia. “Essa interação é muito dependente da saúde mental do adulto. O adulto precisa estar bem. Precisamos muito de cuidar do adulto para que ele cuide melhor da criança. A pandemia tem trazido muitos desafios. Os adultos estão vivenciando muitas situações, desde situações extremas, como a perda de um ente querido para a covid-19, perda de emprego, a questões mais cotidianas, como o ficar em casa sem uma atividade e talvez em moradias que não têm as condições para permanência, como de higiene, água, esgoto e segurança alimentar”.

Agência Brasil

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Saúde

Teste de vacina de covid-19 funciona e gigante farmacêutica Pfizer pode produzir 1 bilhão de doses

(Dado Ruvic/Reuters)

Julho já começou com uma boa notícia e a vacina experimental contra o novo coronavírus produzida pela gigante farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia BioNTech demonstrou bons resultados em testes com humanos. A vacina estimulou a resposta imune dos pacientes saudáveis, mas também causou efeitos colaterais, como febre, em doses mais altas.

O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três doses da vacina ou placebo; destes, 12 receberam uma dose de 10 microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da vacina. A dose mais alta, de 100 microgramas, causou febre em metade dos participantes do teste — por conta dos efeitos colaterais, o grupo não recebeu uma segunda dose.

Depois de uma segunda dose da injeção três semanas depois da primeira, 8,3% dos participantes do grupo de 10 microgramas e 75% do grupo de 30 microgramas também tiveram febre. Outro sintoma apresentado foram distúrbios de sono. Os pesquisadores, no entanto, não consideraram os efeitos colaterais sérios e não resultaram em hospitalizações.

A vacina foi capaz de gerar anticorpos contra a covid-19 e alguns deles neutralizaram o vírus, o que pode significar que é capaz de parar o funcionamento dele, mas ainda não se sabe se esse nível mais alto de anticorpos é realmente capaz de gerar imunidade à doença. A Pfizer irá conduzir novos estudos em breve para provar que quem tomou a vacina é 50% menos vulnerável ao vírus.

A novidade foi divulgada no site Medrxiv, principal distribuidor de descobertas científicas que ainda não foram revisadas por pares. Os resultados ainda não foram publicados em um jornal científico.

As empresas não divulgaram as diferenças dos efeitos da vacina por gênero, etnia ou faixa etária. As próximas fases do teste também serão focadas nos Estados Unidos. Se tudo der certo, a expectativa da companhia é produzir até 100 milhões de doses da vacina até o final deste ano e mais 1,2 bilhão até o final de 2021.

Com os resultados positivos, a Pfizer viu suas ações subirem mais de 4% na bolsa americana.

Outras vacinas também já estão sendo testadas em humanos, como é o caso da produzida pela Moderna e também a da Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.

Nenhum medicamento ou vacina contra a covid-19 foi aprovado até o momento para uso regular, de modo que todos os tratamentos são considerados experimentais.

De acordo com o relatório A Corrida pela Vida, produzido pela EXAME Research, unidade de análises de investimentos e pesquisas da EXAME, as pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina já contam com o financiamento de pelo menos 20 bilhões de dólares no mundo. Desse valor, 10 bilhões foram liberados por um programa do Congresso dos Estados Unidos. Mais de 200 vacinas estão sendo desenvolvidas atualmente.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Quanto representa a participação chinesa no Capital da Pfizer? No início da crise os chineses compraram muitas ações nas bolsas.

  2. Apesar a Pfizer ter uma boa fatia do mercado aqui no BR, isso deve demorar muito pra chegar. Parece q tou vendo, o pouco q chegar vai ser num preço exorbitante

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Saúde

Saiba em quais lugares o contágio pelo novo coronavírus pode ser maior, segundo estudo

Foto: © REUTERS / Ricardo Moraes/Direitos Reservados

Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tornou mais fácil identificar lugares onde, segundo pesquisadores, a chance de ser infectado pelo vírus SARS-Cov-2, responsável pela pandemia de covid-19, é bem maior. Os resultados parecem comprovar o que já é protocolo sanitário em todo o Brasil: a residência é o lugar mais seguro para as pessoas nesse momento.

A equipe de virologistas responsáveis pelo levantamento coletou amostras de lugares públicos de alta circulação na cidade de Belo Horizonte. O método utilizado foi parecido com os testes realizados para detectar a presença do vírus no organismo: o swab – um tipo de cotonete alongado que, quando friccionado contra superfícies, coleta o material em repouso – foi usado em pontos de ônibus, corrimãos, entradas de hospitais e até mesmo bancos de praças. Das 101 amostra colhidas, 17 continham traços do novo coronavírus.

“Para se avaliar o risco de um determinado local, levamos em consideração três elementos: o número de pessoas que podem portar a infecção, o nível de aglomeração esperado nos ambientes e a chance de haver pessoas com a infecção no local”, explicou o infectologista e professor de medicina da UFMG, Matheus Westin.

O médico lembra, ainda, que objetos também podem ter partículas infecciosas inertes. Frutas, verduras, caixas e outros itens que ficam expostos podem carregar o vetor de infecção. O estudo classificou as áreas de risco de acordo com os três pilares sanitários identificados pelos médicos. Veja o infográfico:

Linha de frente

O estudo mostrou também que profissionais que trabalham na linha de frente de combate ao novo coronavírus estão muito mais suscetíveis ao contágio, já que a proximidade com infectados é inevitável.

“Todas as formas de assistência direta envolvem proximidade. Desde os cuidados primários, como administrar medicação ou conversar com o paciente, aos procedimentos invasivos, como ajustar o ventilador mecânico, aspirar as vias aéreas ou entubar o paciente, tudo isso cria um grande risco de transmissão”, argumenta Westin.

Segundo o médico e professor, o investimento em equipamentos de proteção individual (EPIs) de qualidade é crucial, e pode definir se o profissional médico será contaminado ou não ao tratar pacientes. “Boa parte desse equipamento é de uso único. A troca deve ser periódica. Mas não dá pra esquecer que o profissional de saúde, ao chegar em casa, deve lavar bem com água e sabão as vestimentas hospitalares para remover traços de contaminação das roupas”, informou.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Uma dúvida: se foram feitos testes, como concluíram que os cinemas são lugares de risco pra contaminação, já que estão todos fechados há meses????

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Saúde

Tosse pode persistir por até seis semanas nos pacientes de covid-19

Foto: Flickr/Donna Sergi

Nos casos mais leves de covid-19, a tosse pode levar até duas semanas para desaparecer, já nos casos mais severos, de três a seis semanas, segundo o infectologista Marcos Cyrillo, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

O sintoma é um dos primeiros a aparecer e um dos últimos a sumir na covid-19. Isso acontece, pois, as células do trato respiratório possuem muitos receptores a que o vírus consegue se ligar, explica o médico.

“Quando o vírus gruda na célula, ele causa uma inflamação ali, além disso, o corpo vai produzir uma série de substâncias para combater esse corpo estranho que também gera uma inflamação e, em consequência, a tosse.”

A tosse causada pela covid-19 pode ser tanto seca quanto com catarro. O médico explica que a inflamação gerada pelo vírus pode favorecer a proliferação de bactérias que já vivem normalmente no corpo, o que gera a produção de muco.

“Tosse com catarro amarelo é, normalmente, pneumonia bacteriana. Mas você pode ter uma infecção pelo coronavírus que tem tosse com muco, inicialmente branco e depois amarelo também.”

Segundo Cyrillo, a tosse pode persistir mesmo após a eliminação do vírus do corpo. “É como quando você pega gripe, passa uns 10 dias e você ainda está com tosse. Isso acontece porque a inflamação gerada pelo vírus pode continuar, mesmo depois que ele foi combatido.”

O médico orienta que, diante de uma tosse crônica, é necessário procurar orientação médica. Ele aponta que beber bastante água, fazer exercícios respiratórios, dormir e se alimentar bem e fazer atividades como caminhada pode ajudar na recuperação.

“São coisas que vão melhorar a expansão do pulmão e a tosse. A água, ajuda na fluidez do muco. Se ele está mais fluido, é mais fácil expelir e aí se tosse menos.”

R7

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Esporte

VÊNUS PLATINADA EM SITUAÇÃO DIFÍCIL: Dona da ESPN Brasil e da Fox Sports, Disney pode herdar da Globo direito de transmitir a Copa do Qatar

Foto: Reprodução Sportv

A Fifa negociou a transmissão da Copa do Mundo da Rússia com 219 países e territórios.

A entidade sempre foi rígida nos contratos.

Assim que o brasileiro João Havelange assumiu a presidência, em 1974, ele tratou de fazer duas significativas mudanças.

A primeira, valorizar como nunca as transmissões dos eventos da Fifa. Especialmente a Copa do Mundo.

A segunda atitude foi criar um departamento jurídico fortíssimo para cobrar esses contratos.

Desde então, os valores foram aumentando substancialmente. Havelange percebeu quanto dinheiro a Copa mobiliza.

E cresceu também a firmeza na exigência do cumprimento dos contratos também.

Até para não haver o efeito cascata.

No caso de um país não honrar o contrato que assinou, e a Fifa ceder, outros também se sintam no direito de exigir descontos ou mais facilidades de pagamento.

É exatamente com essa predisposição que a Fifa vai enfrentar a TV Globo na Corte de Justiça na Suíça.

A emissora declarou com todas as letras não ter dinheiro para seguir pagando as nove parcelas de 90 milhões de dólares, desde 2015, cerca de R$ 468 milhões, para ter os eventos principais da entidade até 2022.

Disse que sua crise financeira é graças à pandemia.

A Globo cumpriu sua obrigação e pagou cinco parcelas. Mas admitiu não ter condições de pagar a sexta, que vence daqui seis dias, 30 de junho.

E procurou a Justiça brasileira.

Conseguiu ontem uma liminar na 6ª Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Com a decisão conseguida junto à juíza Maria Luíza de Cristina Brito, a Fifa fica proibida de executar uma carta de fiança do banco Itaú, que assegurava o pagamento da Globo.

Se o fiador Itaú pagar a Fifa e a entidade aceitar o dinheiro, que estaria garantido por contrato de fiação, a juíza determinou multa de R$ 1 milhão por dia às duas empresas.

Jamais a Fifa foi tratada assim no Brasil.

A quebra unilateral de contrato não pode ser celebrada como vitória da Globo.

Porque a briga mal começou.

A questão será decidida na Corte de Justiça, na Suíça, pais que sedia a entidade esportiva.

Não foi por acaso que a emissora carioca procurou a Justiça.

A relação com a Fifa está desgastada.

Mudou muito, desde a aposentadoria de Marcelo Campos Pinto, executivo da emissora, que negociava as principais transmissões.

Ele saiu de cena assim que estourou o escândalo de 2015, quando membros da cúpula da Fifa foram presos.

A emissora foi citada diversas vezes nos processos de condenados.

Desde então, tudo ficou menos íntimo, menos fácil para a Globo.

A maior prova é ter de apelar para a Justiça para não pagar o que combinou.

A diretoria atual da Fifa não aceitou negociar nem a redução da parcela e muito menos aumentar o prazo de pagamento.

A ameaça maior da Globo, caso perca o processo final na Suíça, é romper o contrato e abrir mão da transmissão da Copa do Mundo de 2022.

Caso isso aconteça, o Brasil não ficará sem acompanhar a principal competição de futebol do planeta.

A Disney, dona da ESPN Brasil e da Fox Sports, tem real interesse em assumir os direitos totais da Globo: tevê aberta, tevê a cabo e Internet.

Suas emissoras a cabo retransmitiriam o Mundial.

Seus portais também.

E estaria à vontade para negociar com uma tevê aberta, que não a Globo.

A situação não está resolvida.

Pelo contrário até.

A Globo deve, não tem condições de cumprir o que se comprometeu, e ainda impediu a Fifa de receber do seu fiador.

A questão judicial parece simples.

E a lógica se mostra favorável à entidade.

Restam quatro parcelas para o acordo ser cumprido.

O valor da dívida é de R$ 1,8 bilhão.

A Fifa costuma ser inclemente com devedores.

Até para não estimular outras emissoras a fazer o mesmo.

A situação da Globo neste processo é muito difícil…

COSME RÍMOLI – R7

 

Opinião dos leitores

  1. A globo lixo vai acabar.
    Acabou a boquinha, o dinheiro do povo, agora tem outras serventias.
    Muito bem empregado.
    Poderia estar ajudando o país, tinham tudo pra isso, mas não querem é dinheiro e dinheiro público, papai Bolsonaro não da.
    Ponto final.

  2. Que maravilha poder assistir jogos do mundial sem ouvir as vozes repugnantes do Galvão, Luis Roberto e outros pulhas globaislixos.
    A teta secou!
    Avante Pátria Amada Brasil!

  3. Deve mas num paga, a Globo virou caldeira mesmo só porque perdeu a boquinha em Brasília, coincidentemente o valor que ela recebia do governo federal era o mesmo dessa prestação…

  4. A Globo pagava todas as contas com o dinheiro volumoso que recebia do governo federal para ficar quietinha, agora a teta acabou, o governo Bolsonaro dividiu melhor entre os grupos de comunicação essa grana, pois anteriormente só a Globo levava mais de 60% desse montante, a teta secou.

  5. BG
    Ótima noticia, quantas e quantas vezes eramos obrigados a assistir o mesmo jogo na lixo e na Band por imposição nefasta dela.

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Saúde

Estudo sugere que coronavírus pode se espalhar pela descarga do vaso sanitário

Foto: Shutterstock

Eis um bom motivo para fechar a tampa do vaso antes de acionar a descarga: um novo estudo de modelagem por computador mostra como um vaso sanitário pode enviar uma nuvem de pequenas partículas contendo matéria fecal para o ar – que pode levar o coronavírus.

Médicos mostraram que o coronavírus pode viver e se replicar no sistema digestivo, e evidências do vírus foram encontradas em dejetos humanos.

Essa é, portanto, uma possível rota de transmissão.

Agora, uma equipe da Universidade de Yangzhou, na China, usou a modelagem por computador para mostrar como a água liberada na descarga do vaso sanitário pode se espalhar no ar por até 1,80 metro de altura, de acordo com o estudo publicado na revista Physics of Fluids.

“Pode-se prever que a velocidade será ainda maior quando um banheiro for usado com frequência, como no caso de um banheiro de uma família durante um horário movimentado ou de um banheiro público que serve uma área densamente povoada”, alertou Ji-Xiang Wang, da Universidade de Yangzhou. Outros estudos também sugeriram que o norovírus, uma causa comum de vômito e diarreia, pode se espalhar através de vasos sanitários.

Em abril, os pesquisadores sugeriram que os banheiros podiam ser um local de disseminação do coronavírus.

Resultados da simulação de uma descarga única. Foto: Yun-yun Li, Ji-Xiang Wang, Xi Chen

“As evidências de contaminação pelo coronavírus em amostras de superfície e no ar fora das salas de isolamento, assim como os dados experimentais que mostram que esse vírus pode viver em aerossóis por três horas, devem suscitar preocupações sobre esse modo de transmissão e requerer pesquisas adicionais”, escreveram Carmen McDermott e colegas da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em abril, no Journal of Hospital Infection.

“A transmissão fecal parece ocorrer em pacientes sem sintomas gastrointestinais, o que pode indicar que indivíduos assintomáticos sejam uma fonte de disseminação do coronavírus”, acrescentaram.

Pelo menos um pesquisador não envolvido no estudo disse que a conclusão fazia sentido, mesmo que seja teórica.

“A carga viral na matéria fecal e a fração do aerossol resultante contendo o vírus é desconhecida. Mesmo se o vírus estivesse contido nos aerossóis produzidos, não se sabe se ele ainda seria infeccioso. Também não há evidências claras da transmissão fecal-oral”, observou Bryan Bzdek, pesquisador de aerossóis da Universidade Britânica de Bristol, em comunicado.

“Os autores do estudo sugerem que, sempre que possível, devemos manter o assento do vaso abaixado ao dar descarga, limpar o assento do vaso sanitário e quaisquer outras áreas de contato com frequência e lavar as mãos depois de usá-lo. Embora este estudo não consiga demonstrar que essas medidas reduzirão a transmissão do SARS-CoV-2, muitos outros vírus são transmitidos pela via fecal-oral. Portanto, essas são boas práticas de higiene.”

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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