Economia

Reino Unido quer acordo de livre comércio ‘urgente’ com Brasil, diz Guedes

Foto: Walter Duerst / Agência O Globo

O Reino Unido tem interesse em iniciar negociações para um acordo de livre comércio com o Mercosul logo após a concretização do Brexit, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, que se reuniu nesta quarta-feira em Davos com seu colega britânico das Finanças, Sajid David.

– Nós queremos e eles querem – resumiu Guedes, ao fazer um balanço de suas atividades do dia no Fórum Econômico Mundial.

O bloco sul-americano fechou um tratado comercial com a União Europeia no ano passado, que ainda precisa de ratificação parlamentar. Com o Brexit, o Reino Unido ficaria de fora da redução mútua de tarifas de importação e precisaria negociar do zero novos acordos.

– Ele [David] me disse que tem urgência com o Brasil. Os britânicos querem mergulhar numa piscina nova – comentou o ministro.

De acordo com Guedes, o Brasil está determinado a levar adiante um processo de abertura comercial.

– Nós pressupomos que a Argentina vai nos acompanhar. Se ela não acompanhar… – brincou, sem completar a frase.

Para o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, que acompanhou Guedes na maioria das reuniões, um acordo de livre comércio Mercosul-Reino Unido tende a ter uma negociação menos complicada porque é hoje o país menos protecionista da Europa.

Troyjo acrescentou que o Brasil já pode avançar com os britânicos, isolada e independentemente dos demais sócios no bloco sul-americano, sobre temas não tarifários.

David também garantiu apoio “enfático” de Londres à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo Guedes. Ambos falaram ainda sobre a possibilidade de um acordo bilateral para evitar a dupla cobrança de impostos, o que diminui a carga tributária de empresas de um país instaladas em outro.

O ministro esteve nessa quarta com o comissário de Comércio da UE, Phil Hogan, que transmitiu o compromisso de engajamento de Bruxelas com a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul. “Está indo tudo bem com o acordo, existe uma maioria [de países] favorável, há um outro ou outro problema, mas vamos superar”, teria afirmado Hogan, segundo relato do próprio Guedes.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Há muito tempo eu não ouvia o programa do BG.
    Nesses dias ouvi uma parte e percebi que alguns participantes são claramente de esquerda.
    Falam em liberdade de imprensa…
    Quando Lula em 2003/2004 falou em expulsar um jornalista do The New York Times porque teria dito que Lula era apreciador do álcool. Onde estavam os jornalistas?
    Quando o PT criticava duramente a imprensa por causa do mensalão e do petrólao… onde estavam os jornalistas?
    O PT é o foro de São Paulo, aliado de Maduro e Cristina Kirchner, que fecharam jornais e emissoras de TV. Onde estava esse pessoal?
    Com relação a Bolsonaro e o governo jornalista despejam ódio, mentiras e distorções.
    Bolsonaro decidiu não soltar dinheiro para a imprensa…
    Na bancada se ouve termos agressivos contra o ministro da educação (falam em lambança – gostavam de Enem sobre gíria gay, defesa do comunismo, etc).
    Gostavam do MEC quando Haddad queria implantar kit gay e as políticas do MEC era ensinar ideologia de gênero a crianças.
    O MEC do PT deixou o Brasil com as piores notas no Pisa.
    Como bolsonaro e o ministro não apoiam essa agenda, alguns ditos jornalistas o perseguem.
    Não gostam da democracia, o presidente eleito pela maioria da população, sem comprar votos de políticos tradicionais, sem desviar dinheiro público, sem tempo de TV e sem o apoio da mídia.

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Esporte

Flamengo e Gabigol chegam a acordo financeiro e clube encaminha compra junto à Inter

Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS

A diretoria do Flamengo e representantes do atacante Gabigol conseguiram chegar a um acordo sobre os salários do atacante na proposta de contrato até o fim de 2024.

Agora, o clube negocia com a Inter de Milão para concretizar a compra. A pedida dos italianos deve aumentar de 16 para 20 milhões de euros, e o Flamengo parcelará o valor.

O total chegaria a mais de R$ 90 milhões por 80% dos direitos econômicos.

O Flamengo também caminha para sacramentar a renovação de Bruno Henrique até 2023, com salário em outro patamar.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Qualquer bagre hoje vale 90 milhões
    Investem como se tivessem adquirindo um atleta de alta performance tipo; Pelé Tostão Rivellino e por aí vai.
    Mesmo assim espero que dê certo, más considero investimento de risco

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Economia

MUITO IMPORTANTE: EUA e China assinam Fase 1 de acordo que põe fim a guerra comercial de 18 meses

Foto: KEVIN LAMARQUE / REUTERS

China e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo comercial inicial que reverterá a aplicação de algumas tarifas e incrementará as compras de produtos e serviços americanos por Pequim. O tratado põe fim a uma guerra comercial que já durava 18 meses entre as duas maiores economias do planeta.

Pequim e Washington retrataram a Fase 1 do acordo como um importante passo após meses de vaivéns em negociações, pontuadas por aplicações de tarifas que atrapalharam cadeias de fornecimento e aumentaram temores de maior desaceleração na economia internacional.

— Juntos, estamos corrigindo os erros do passado e entregando um futuro de justiça econômica e segurança para os trabalhadores e fazendeiros americanos e suas famílias — disse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao anunciar a assinatura do acordo na Casa Branca ao lado do vice-premier chinês Liu He e outras autoridades.

A peça central do tratado de 86 páginas é o compromisso da China de comprar mais US$ 200 bilhões em produtos agrícolas e outros bens e serviços dos EUA ao longo de dois anos, ante uma base de US$ 186 bilhões em 2017.

Isso ajudará a reduzir o déficit comercial bilateral dos EUA em bens, que atingiu um pico de US$ 420 bilhões em 2018. Os Estados Unidos tiveram um pequeno superávit comercial de serviços com a China de US$ 40,5 bilhões em 2018.

O acordo inclui US$ 50 bilhões em compras adicionais de produtos agrícolas dos EUA, disse Trump, acrescentando que estava confiante que os fazendeiros do país conseguiriam lidar com a nova demanda. Segundo o tratado, a China vai comprar ainda US$ 52,4 bilhões adicionais em serviços, US$ 77,7 bilhões em produtos industrializados e US$ 37,9 bilhões em suprimentos de energia, como petróleo.

Os produtos industriais a serem adquiridos pelo país asiático incluem maquinário industrial, equipamentos elétricos, produtos farmacêuticos, aviões, automóveis, aço, ferro e instrumentos médicos e ópticos.

No primeiro ano do acordo, de acordo com o texto assinado por Trump e Liu, a China se compromete a comprar US$ 76,7 bilhões em produtos americanos, enquanto outros US$ 123,3 bilhões em aquisições ficam para o ano seguinte.

Autoridades dos dois países saudaram o tratado como o começo de uma nova era nas relações sino-americanas, mas ele ainda não aborda muitas das diferenças estruturais que levaram o governo Trump a iniciar a guerra comercial. Por exemplo, os subsídios chineses a suas empresas estatais, e a prática de inundar mercados internacionais com produtos a preços baixos.

Trump disse que a China prometeu agir para enfrentar o problema da pirataria ou falsificação de produtos, e que o acordo inclui forte proteção a direitos de propriedade intelectual.

Mercados reagem

Com o anúncio do acordo, o índice S&P 500 subiu até quase bater seu recorde histórico. Perto das duas horas da tarde, o índice tinha alta de 6,16 pontos, ou 0,19%, a 3.289,31. Já o índice Dow Jones subia 0,39%, ou 112,69 pontos, a 29.052,36. E o Nasdaq aumentou 17,37 pontos, ou 0,19%, a 9.268,70.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Concordo com você Lourdes, se fosse um jovem explorando seus pais idosos a pedirem nos semáforos enquanto eles ficam sentados, iriam chamar a atenção e repercutiria na hora, porem com as crianças que tem inuuumeros casos podendo se visto todos os dias, estranhamente não ganha a repercussão devida para ajudar a solucionar esse problema. Meu comentário não é a titulo de cobrança especificamente desse blog, mas de uma forma geral.

  2. BG, como leitora assídua desse Blog, gostaria de sugerir uma pauta: você questionasse ao ECA, Conselho Tutelar ou o escambau, porque a omissão com relação às crianças de colo que são exploradas nas esquinas de Natal. Os adultos passam o dia inteiro com elas nos braços no sol escaldante com objetivo de sensibilizar os motoristas. Muitas correm no meio dos carros arriscando suas vidas.
    Se fosse um "dimenor" matando, dando tiros, o ECA estaria presente para defender o "bichim".

    Faça esse povo se pronunciar como fizeram sobre Pitangui.
    Obrigada.

    1. Observou que muitas dessas crianças de colo, quase sempre, estão dormindo ? O que poderia ser? ??

    2. Como é bom ler a postagem de uma pessoa inteligente, coerente, antenada com o que de fato acontece na "justiça" da nossa cidade, estado e país, se preocupando com assuntos relevantes que a população finge que não vê. Poderia incluir no pacote os venezuelas, os venezuelas FAKE, (sim… tem muito esperto daqui se passando) e os suja para-brisas que perturbam nos semáforos. Parabéns Lourdes Siqueira, estou em pleno acordo contigo!

    3. Parabéns…excelente comentário, mas calma ; que logo logo aparece um PTralha para defender esses MALANDROS que se escondem por trás de uma criança, quer ver esses adultos FURIOSOS??? Oferece 50,00 para limpar o seu pátio, ou pintar um muro , sai te chingando

    4. Excelente sugestão de pauta, o caso da vergonhosa é desumana exploração de bebês nos canteiros de Natal, Isso devido à omissão das autoridades.

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Diversos

Prefeitura e sindicatos da saúde em Natal firmam acordo para encerrar greve

Foto: Alex Régis

A greve dos servidores da saúde do município deve chegar ao fim nesta sexta-feira (20/12) após um acordo firmado entre o prefeito de Natal, Álvaro Dias, e os representantes dos sindicatos em reunião realizada no Palácio Felipe Camarão nesta quinta-feira (19/12).

Ficou acertado que o pagamento das gratificações para os funcionários que ingressaram nos quadros da Prefeitura no último concurso da saúde será efetuado na folha de fevereiro de 2020. Também em fevereiro do próximo ano, o Governo se comprometeu a iniciar as conversas e negociações a respeito de outros pontos contidos na pauta econômica das categorias.

A reunião contou com a presença de representantes do sindicato dos servidores municipais, Sindsaúde, sindicato dos odontólogos, sindicato dos enfermeiros e sindicato dos farmacêuticos. Todos saíram do encontro favoráveis a que os servidores retornem aos seus postos de trabalho nas unidades de saúde, Unidades de ProntoAtendimento e no Hospital Municipal, normalizando o atendimento à população já nesta sexta-feira (20).

Opinião dos leitores

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Polícia

Polícia Federal assina acordo de delação com Sérgio Cabral

Foto: Geraldo Bubniak / Agência O Globo

A Polícia Federal assinou acordo de delação premiada com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e enviou o material para homologação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Pelo acordo, mantido sob sigilo, o ex-governador se comprometeu a devolver R$ 380 milhões da propina recebida por ele nos últimos anos. A delação, porém, só terá validade caso seja homologada pelo STF.

O acordo, assinado pela Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, chegou ao Supremo no início de novembro. A PF pediu que a delação fosse distribuída ao ministro Fachin. Logo em seguida, Fachin pediu uma manifestação do procurador-geral da República Augusto Aras sobre o material. A manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou ao STF nesta segunda-feira. Aras afirmou ser contrário ao acordo de delação, que também havia sido rejeitado anteriormente pela força-tarefa da Lava-Jato do Ministério Público Federal do Rio.

Em sua manifestação, Aras argumentou que o ex-governador ocultou informações e protegeu pessoas durante a negociação do acordo com a Lava-Jato do Rio. Por fim, também alegou que Cabral pode ser considerado o líder da organização criminosa montada no governo do Rio, e, portanto, não poderia se beneficiar de um acordo de colaboração. Diz, portanto, que o acordo da PF com Cabral está fora dos requisitos legais.

Durante dois meses de depoimentos prestados à PF, Cabral citou dezenas de políticos beneficiários do esquema de corrupção montado em seus governos no Rio. Chamou a atenção dos investigadores uma outra frente citada nos seus depoimentos: o Judiciário. Cabral narra nos depoimentos sua relação com ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com o processo de indicação deles aos seus atuais cargos. É por isso que a delação precisa ser homologada no STF, já que esses ministros possuem foro privilegiado perante a Suprema Corte. Os nomes delatados são mantidos sob sigilo.

Fontes com acesso aos depoimentos afirmam que há poucas provas documentais, mas que o ex-governador fornece caminhos de provas para diversos dos seus relatos. Dizem ainda que as informações prestadas por Cabral sobre o Judiciário seriam suficientes para novas frentes de investigação na Lava-Jato. Preso desde novembro de 2016 e já denunciado 30 vezes pelo Ministério Público Federal, Sérgio Cabral já foi condenado 12 vezes na Lava-Jato e suas penas somadas superam 267 anos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Na hora que prende, todos são inocentes, nada a declarar. Aí quando vê que ninguém acredita nas conversas é o jeito partir para as delações.
    380 milhões deve ser o que sobrou ou tem guardado. E o que já torrou, fica como?

  2. Devolver $ 380.000.000, imagine quanto essa essa quadrilha roubou da nação junto com sapo barbudo.

  3. Mais combustível pra fogueira do inferno que estão os petralhas. Temos que passar esse país a limpo.

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Diversos

Trump diz que “grande acordo” com a China está próximo

Foto: Reprodução/Twitter

Donald Trump acaba de publicar uma mensagem no Twitter em que anuncia que o acordo comercial com a China está perto de ser concretizado.

“Chegando muito perto de um GRANDE ACORDO com a China”, escreveu o presidente dos Estados Unidos.

E completou: “Eles querem, e nós também!”.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Acordo com Comunistas?
    Minha Bandeira não é Vermelha!
    kkkkkkkkkkkkkkk
    Quando os interesses econômicos falam mais alto, as falsas ideologias usadas pra manter os idiotas do gado alienado falando besteira ficam em segundo plano.
    Usamos o Comunismo comobdesvukoa pra atacar nossos adversários aqui dentro do país, e nos aliamos a eles lá fora quando precisamos deles.
    Adoramos Trump, que diz que odeia o Comunismo, e ele faz acordos milionários com eles.
    Não esqueçam que a China e a Rússia são dois regimes comunistas de sucesso que lutaram contra o Nazismo.

    1. A China foi ocupada pelos japoneses. Nunca esteve no Teatro de operações europeu.

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Judiciário

Câmara e Senado fecham acordo, e discussão sobre prisão em 2ª instância fica para 2020

Foto: Marcelo Camargo/ABr

Com apoio da maioria dos líderes partidários, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), firmaram nesta terça-feira (26) um acordo para levar adiante a proposta de tramitação mais demorada para retomar a prisão logo após condenação em segunda instância. Uma eventual decisão, assim, fica para 2020.

Em uma uma reunião com a presença do ministro da Justiça, Sergio Moro, ficou acordado que o projeto de lei, proposta que tramita mais rapidamente, será engavetado no Senado, que criará uma comissão especial para acompanhar a PEC (proposta de emenda à Constituição) que tramita na Câmara.

A discussão no Congresso ganhou força após a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 8 de novembro.

A libertação ocorreu depois de decisão do Supremo Tribunal Federal, que entendeu que condenados em segunda instância não podem começar a cumprir suas penas antes que se esgotem todos os recursos em tribunais superiores, mudando a jurisprudência na corte desde 2016.

Enquanto um projeto de lei é aprovado por maioria simples, uma PEC precisa de três quintos das duas Casas —308 deputados e 49 senadores— e é votada em dois turnos, tanto na Câmara como no Senado.

Deputados e senadores dos partidos Podemos, Novo e PSL protestaram durante a reunião. No entanto, estas legendas não têm força o suficientes para obstruir votações.

Na Câmara, o Novo está coletando assinaturas para aprovar a urgência na apreciação de um projeto semelhante àquele que o Senado está abrindo mão.

A ala lavajatista do Congresso defendeu que o projeto de lei do Senado e a PEC da Câmara poderiam tramitar simultaneamente e acusaram uma manobra protelatória. Irritados, deixaram a reunião na residência oficial da presidência do Senado antes do fim.

“Não vamos nos calar se a tendência for uma maneira protelatória em relação a dar uma resposta para a sociedade”, disse o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP).

“O que há é um acordão. A maioria [dos líderes] está propondo um trâmite mais demorado, a lentidão como caminho para empurrar para o ano que vem”, afirmou o líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR).

O deputado Alex Manente (Cidadania-SP), autor da PEC alvo do acordo, disse que a Câmara deve aprovar seu texto até o primeiro semestre do ano que vem. No Senado, segundo ele, a expectativa é até o final do primeiro semestre, mesmo com o Carnaval em fevereiro e o calendário eleitoral, que costuma desmobilizar o Congresso logo após o fim do prazo de filiações, em abril.

“Não podemos dar uma resposta que possa ser questionada e modificada rapidamente. Não precisamos resolver em um mês, temos que resolver definitivamente”, disse Manente, para quem um projeto de lei seria alvo de questionamentos no STF.

Todos os parlamentares que se manifestaram após a reunião disseram que Moro não se declarou a favor do projeto ou da PEC, mas da aprovação da reversão da decisão do STF.

Inicialmente, o Senado votaria a PEC apresentada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que alterava o artigo 93 da Constituição.

A proposta defendia a validade da prisão em segunda instância, mas, no caso de haver recurso para os tribunais superiores, o juiz poderia atribuir ao recurso o chamado efeito suspensivo, para que o réu não fosse obrigatoriamente preso depois de condenado em segundo grau.

No entanto, com o aval de Alcolumbre, senadores costuraram com Moro um projeto de lei alterando dois artigos (283 e 637) e criado um novo (617-A) no Código de Processo Penal, sem necessidade de mudança constitucional. O texto foi apresentado à Comissão de Constituição e Justiça como um substitutivo da senadora Juíza Selma (Podemos-MT) ao projeto que havia sido apresentado pelo senador Lasier Martins (Podemos-RS).

O texto estava previsto para ser votado na CCJ do Senado nesta quarta-feira (27).

Enquanto isso, a Câmara está trabalhando uma outra PEC. O texto do deputado Alex Manente foi aprovado na CCJ e ainda passará por uma comissão especial antes de seguir para o plenário e, então, ainda tramitar no Senado.

A PEC inicialmente mudava o inciso 57 do artigo 5º da Constituição, que diz que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória —no entendimento de hoje, até que acabem todas as possibilidades de recurso e que a sentença se torne definitiva.

Pelo texto da PEC original de Manente, ninguém seria considerado culpado até a confirmação de sentença penal condenatória em grau de recurso —ou seja, a prisão já valeria após condenação em segunda instância.

Há divergências, no entanto, sobre se esse inciso do artigo 5º seria uma cláusula pétrea da Constituição, o que impediria qualquer modificação, mesmo por emenda.

Diante de eventual guerra jurídica envolvendo esse ponto, a solução encontrada por Manente na semana passada foi sugerir uma nova ​PEC​ com alterações nos artigos 102 e 105 da Constituição, itens que dispõem, respectivamente, sobre o STF e o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Qual o interesse de protelar uma medida que irá ajudar a sociedade a ficar temporariamente livre de bandidos condenados?
    A quem interessa não passar a prisão dos condenados?
    Com certos políticos de rabo preso,fica muito difícil ser aprovados medidas de combate ao crime. e atualmente muitos que estão nos Poderes Constituídos, Judiciário, Legislativo e Executivo term processos que se não fossem o exerço de recursos já estariam presos ou impedidos de continuar na vida pública pelas condenações.

  2. KKKK Esses comentários são hilários!
    E o povo que elege esses representantes com votos… são o que?

  3. Valha-me… adiaram de novo… bandidos eleitos ajudando outros bandidos condenados… o novededos e equipe vão passar o Natal, Ano Novo, Carnaval, Semana Santa, Dia da Independência, 15 de Novembro e outros, bebendo todas, falando asneiras contra o governo, e trabalho que é bom ele não quer….

  4. Esse adiamento foi proposital: uns bandidos legislando para que o outro bandido novededos possa se candidatar e voltar a ser Presidente desse país bagunçado… lembrem-se que tem um projeto que vão votar ainda este ano que deixará bandidos ficha-suja se candidatarem para cargos públicos …

  5. pois é… adiaram… bandidos ajudando outros bandidos… o novededos e equipe vão passar o Natal, Ano Novo, Carnaval, Semana Santa, Dia da Independência, 15 de Novembro e outros, bebendo todas, falando asneiras contra o governo, e trabalho que é bom ele não quer….

  6. Agora lascou!!!os bandidos só adiando o que importa para nós cidadãos do bem…em 2020 não sai mesmo…carnaval, eleições e "novas prioridades " da raça maldita! LAMENTÁVEL.

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Economia

Brasil fecha acordo e melão produzido no Rio Grande do Norte pode ser exportado para a China

Foto: Divulgação

Nesta semana o Ministério da Agricultura divulgou a concretização do acordo que dá início ao processo de exportação de melão brasileiro para o território chinês.

O acordo já estava sendo encaminhando há alguns meses. Em outubro deste ano, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, viajou até a China para discutir as novidades no mercado agropecuário brasileiro, estreitando o laço para a finalização do acordo.

A novidade agradou os produtores potiguar e é importante salientar que o Rio Grande do Norte é o maior produtor de melão do país e segue mantendo o alto padrão de qualidade exigido pelos países importadores.

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária, IDIARN, é responsável pelo processo de fiscalização do plantio de melão do Estado, assim como também, pelo monitoramento da área livre de moscas-das-frutas, atualmente composta por 13 municípios e em processo de ampliação para mais 08, perfazendo mais de 15.077 km² de área.

As moscas das frutas (Amastrepha grandis e Ceratitis capitata) são uma praga que preocupa produtores e agricultores. A presença dos insetos nas plantações pode trazer uma redução significativa na produção devido ao ataque da praga.

O IDIARN também é responsável pelo funcionamento das barreiras fitossanitárias (fixas e móveis), fiscalização da execução de boas práticas fitossanitárias pelos produtores de cucurbitáceas, fiscalização do comércio interno e a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO), ações que beneficiam o trabalho no campo.

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Polícia

Moro anuncia aprovação de acordo do Mercosul que permite que agentes de segurança atravessem fronteiras durante perseguições policiais

Foto: Kiko Sierich/Itaipu Binacional

Os ministros de Segurança, Justiça e Interior dos países membros do Mercosul aprovaram, nesta quinta-feira (7), um acordo que permite que agentes de segurança atravessem fronteiras durante perseguições policiais.

O anúncio foi feito pelo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Moro presidiu o encontro com ministros da Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.

“É um avanço que mostra, acima de tudo, o nível de confiança que existe entre os países membros e associados do Mercosul, a permitir até este tipo de intrusão, ainda que momentânea, em cada território”, afirmou o ministro

De acordo com o ministro, o acordo será assinado pelos presidentes dos cincos países e, depois, precisar passar pela aprovação dos congressos locais. “Assim que dois países façam a ratificação, ele entra em vigor na região”, disse.

A proposta aprovada nesta quinta-feira prevê que a equipe policial possa continuar a perseguição por um quilômetro dentro do território vizinho.

Segundo Moro, os países podem ainda fazer acordos bilaterais que ampliem essa distância permitida. “É um acordo ainda geral que permite construções específicas entre os países envolvidos”, disse o ministro.

Cooperação

A medida determina que os agentes de segurança do país que está fazendo a perseguição avise os policiais do país vizinho assim que atravessar a fronteira.

O acordo prevê que se um agente de segurança prender uma pessoa no país vizinho, o suspeito deve ser apresentado à autoridade policial local.

Conforme o projeto, os carros e os policiais que entrarem no país vizinho devem estar devidamente identificados.

Os representantes dos países do Mercosul também assinaram acordos para troca de informações no combate a crimes cibernéticos e para tratar de questões de refugiados.

G1

 

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Diversos

Brasil e Catar assinam acordo de isenção de visto

Foto: Valdenio Vieira/PR

O Brasil e o Catar assinaram nesta segunda-feira (28) acordo para a isenção de visto de entrada nos países de turistas, pessoas em trânsito ou em viagens de negócios. A medida é recíproca. Esse é um dos seis acordos firmados durante a vista do presidente Jair Bolsonaro ao país. Ele foi recepcionado em Doha pelo emir do Catar, Xeique Tamin Bin Hamad Al Thani, no Palácio Real, onde firmaram acordos de cooperação em áreas como defesa, saúde e serviços aéreos.

Os dois países também pretendem concluir um acordo para exploração de serviços aéreos entre seus territórios. Além disso, com base na experiência brasileira em sediar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil vai cooperar com o Catar para a realização de grandes eventos esportivos. O país do Oriente Médio vai sediar a competição em 2022.

Ainda foi assinado acordo de cooperação entre as academias diplomáticas dos dois países, inclusive para o intercâmbio de estudantes diplomatas. No Brasil, a instituição responsável pela formação de diplomatas é o Instituto Rio Branco. No campo da saúde, Brasil e Catar intensificarão a colaboração em áreas de interesse mútuo.

Já na área de defesa, os dois países assinaram acordo para pesquisa e desenvolvimento, apoio logístico, medicina militar e fornecimento de produtos e serviços de defesa, além de intensificar a troca de conhecimentos e experiências sobre organização e operações das Forças Armadas, incluindo operações de manutenção da paz. O Brasil já participou de mais de 50 operações de paz e missões de paz das Nações Unidas.

O Catar é penúltimo país a ser visitado pelo presidente Bolsonaro, que já esteve no Japão, China e Emirados Árabes Unidos para divulgar as reformas que o governo está empreendendo no campo econômico e as oportunidades de negócios no Brasil. Além de encontro com autoridades, o presidente participou de um seminário empresarial.

Ainda nesta segunda-feira, a comitiva presidencial segue para Riade, na Arábia Saudita, onde será recepcionado pelo príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman. No Oriente Médio, o objetivo de Bolsonaro e seus ministros é atrair investidores, em especial para os projetos de concessões e privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos. Os países dessa região são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades em países emergentes.

Agência Brasil

 

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Diversos

Paraguaio diz que suplente do PSL usou nome de Bolsonaro para acordo

Paraguai consome 15% da energia produzida na usina Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

O engenheiro Pedro Ferreira, ex-presidente da Ande (a estatal de energia do Paraguai) disse, em depoimento à CPI criada para investigar a venda de energia de Itaipu, que o empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), citou o nome da família Bolsonaro em uma reunião entre representantes da Léros e da estatal.

É a segunda vez que o nome de Giordano surge em meio às investigações. Em agosto, o advogado José “Joselo” Rodríguez, que se apresentava como assessor jurídico da vice-presidência do país vizinho, disse ter ouvido Giordano usar o nome da família Bolsonaro. Na CPI, no entanto, o advogado recuou.

De acordo com o senador Eusebio Ramon Ayala, presidente da comissão, o depoimento de Ferreira trouxe novos dados sobre a posição da Léros para negociar no Brasil a energia paraguaia. “O engenheiro trouxe dados mais precisos sobre a possibilidade de a Léros obter autorização (do governo brasileiro) para vender energia no Brasil”, disse o senador.

Segundo Pedro Ferreira, o encontro entre representantes da Léros e da Ande aconteceu no dia 10 de maio em Ciudad del Este, um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter ido à tríplice fronteira para a cerimônia de início das obras da Ponte da Integração, ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

Ainda segundo o relato do ex-presidente da Ande, Giordano se apresentou como “representante eleito do governo brasileiro” e disse que tinha influência suficiente para conseguir uma autorização para comercializar a energia excedente do Paraguai no mercado brasileiro. “Ele se apresentou como um representante eleito do governo. Disse que poderia conseguir a permissão (para vender energia paraguaia no Brasil), porque era bem relacionado”, afirmou Ferreira.

O engenheiro disse que foi informado diretamente pelo presidente Abdo Benítez sobre o interesse da Léros em comercializar a energia paraguaia numa reunião da qual também participaram o vice-presidente, Hugo Rodríguez, e o ministro da Fazenda, Benigno López, no palácio do governo, em Assunção, algumas semanas antes da reunião. “Já estavam falando que havia pessoas muito bem conectadas que viriam (à tríplice fronteira) com o presidente Bolsonaro no dia 10 de maio”, afirmou Ferreira no depoimento.

Os nomes do suplente de senador e dos empresários não constam na lista da comitiva presidencial. Embora tenha previsão tanto no tratado binacional para construção de Itaipu quanto em acordos posteriores, a possibilidade de empresas privadas venderem energia da usina no Brasil nunca foi regulamentada e depende de atos administrativos do governo.

Ferreira disse à CPI que no palácio do governo ficou combinado que ele e o vice-presidente receberiam os representantes da empresa brasileira em Ciudad del Este, no dia 9, mesmo da visita do presidente Bolsonaro. O engenheiro, no entanto, foi informado em cima da hora e só pôde ir no dia seguinte, levando ao adiamento do encontro.

A viagem na qual lançou a pedra fundamental da Ponte da Integração foi a segunda de Bolsonaro à tríplice fronteira desde que assumiu o cargo. Antes, ele foi à posse de Joaquim da Silva e Luna como presidente de Itaipu, no dia 27 de fevereiro. Um dia depois, Giordano esteve no Palácio do Planalto.

De acordo com o ex-presidente da Ande, além de Giordano, participaram do encontro outros dois representantes da Léros. Um deles, segundo o empresário, era Adriano Rosa, dono da Léros. O outro, segundo Ferreira, se chama “Koc”, possivelmente Nicolás Martins Koc Pinto, segundo integrantes da investigação.

Ferreira disse que Giordano mencionou Bolsonaro durante a reunião. “(Giordano) voltou a mencionar o nome Bolsonaro na frente de todos. Não entendi muito bem de qual Bolsonaro ele falava, mas depois, conversando entre nós (da Ande) entendemos que era um dos filhos”, disse o engenheiro.

Ligação

Giordano sublocou uma sala comercial no prédio onde fica seu escritório, em Santana (zona norte de São Paulo), para ser a sede do diretório estadual do PSL, cujo presidente é o deputado Eduardo Bolsonaro. Segundo o ex-presidente da Ande, Giordano chegou a apresentar uma credencial de identificação e, em momento algum, disse que era representante da Léros. O crachá era branco com a marca impressa em verde, mas o engenheiro não conseguiu ler o que estava escrito. “Ele (Giordano) mostrou fora do meu campo de visão”, explicou Ferreira.

O suplente do senador negou ter usado o nome de Bolsonaro e disse que foi ao Paraguai na qualidade de empresário interessado em comercializar a energia excedente de Itaipu no Brasil. Ele disse ter desistido do negócio posteriormente.

“Não falei nada disso. Jamais. É o contrário. Quanto menos eu falar sobre política mais tenho sucesso (nos negócios). Chego em todos lugares quieto, nunca falei nada, pois sou meramente um suplente. Vivo da vida empresarial conforme já relatei”, disse Giordano.

A Léros é um dos focos da investigação que corre no Congresso paraguaio. A CPI investiga possíveis irregularidades na assinatura da ata bilateral firmada entre os governos do Brasil e Paraguai para comercialização da energia excedente de Itaipu.

Um dos pontos contestados é a exclusão do acordo do item 6, que dava à Ande o monopólio para venda de energia paraguaia no Brasil. Integrantes da comissão suspeitam que o item 6 foi excluído para beneficiar a Léros. A empresa nega. Em agosto, o engenheiro Ferreira tornou o caso público e Abdo Benítez, ameaçado de impeachment, rompeu unilateralmente o acordo.

Estadão

 

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Diversos

STF homologa acordo de R$ 1 bi para Amazônia e R$ 1,6 bi para educação com fundos da Lava Jato na Petrobras

Foto: Nelson Jr/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta terça-feira (17) o acordo para destinar R$ 1 bilhão para a preservação da Amazônia, e R$ 1,6 bilhão para a área de educação. Os recursos têm como origem uma multa paga pela Petrobras às autoridades brasileiras após um acordo junto ao governo dos Estados Unidos.

Com a homologação, Moraes autorizou a transferência “imediata” do dinheiro, que se encontra depositado em uma conta na Caixa Econômica Federal, para a conta única do Tesouro Nacional.

Do total deR$ 1 bilhão destinado à Amazônia Legal, R$ 430 milhões devem ser repassados pela União aos estados da região, levando em consideração a área desmatada e o número de focos de queimadas em cada estado, entre outros fatores, como área territorial e população estimada.

A ideia de destinar parte do dinheiro pago pela Petrobras à preservação da Amazônia foi dada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e também pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, após a repercussão internacional com o aumento do número de queimadas na Floresta Amazônica.

De início, a procuradora e membros do Congresso defendiam que toda a quantia fosse destinada à União, para ser aplicada nas áreas de educação e ciência.

No dia 5 de setembro, um acordo selando a destinação dos recursos para a Amazônia e para a educação foi assinado pela procuradora-geral, pelos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), bem como pelo advogado-geral da União, André Mendonça, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello do Amaral Jr.

“A defesa da Amazônia, que é patrimônio brasileiro, é muito importante, e ela agora conta com recursos que irão para a área da agricultura, para assistência técnica, para regularização fundiária, para prevenção de queimadas e também para a regeneração da floresta”, disse Raquel Dodge após a assinatura do acordo.

Fundo

O ministro Alexandre de Moraes é o relator de dois processos – uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) e uma reclamação – que tratam da destinação dos mais de R$ 2,5 bilhões que a Petrobras se comprometeu a repassar às autoridades brasileiras após o acordo firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Com o pagamento da quantia, as autoridades norte-americanos se comprometeram a não processar a Petrobras em decorrência dos prejuízos causados a acionistas estrangeiros pelos casos de corrupção investigados na Operação Lava Jato.

De início, um segundo acordo firmado entre a Petrobras e a força-tarefa da Lava Jato no Paraná previa que o dinheiro fosse destinado a uma fundação a ser gerida pelo Ministério Público Federal (MPF) paranaense, mas Moraes considerou que tal destinação seria ilegal, após ter sido acionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e bloqueou o valor por meio de liminar (decisão provisória) proferida em março.

Para o ministro, o acordo firmado entre Petrobras e o Ministério Público Federal no Paraná “desrespeitou os preceitos fundamentais da separação de poderes, do respeito à chefia institucional, da unidade, independência funcional e financeira do MPF e os princípios republicano e da legalidade e da moralidade administrativas, pois ambas as partes do acordo não possuíam legitimidade para firmá-lo”.

Amazônia

Dos R$ 1,06 bilhão destinados à Amazônia Legal, ficou determinado que o dinheiro deve obrigatoriamente ser aplicado em “prevenção, fiscalização e ao combate do desmatamento, incêndios florestais e ilícitos ambientais”.

Do dinheiro destinado à Amazônia, além dos R$ 430 milhões a serem repassados aos estados da região, R$ 630 milhões devem ser empregados pela União em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na região, a serem executadas sob a supervisão do Ministério da Defesa; em ações de responsabilidade a serem promovidas pelo Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); e na regularização fundiária, a ser implementada pelo Ministério da Agricultura.

Educação

A parcela de R$ 1,6 bilhão destinada à educação deve ser empregada pela União de acordo com a seguinte divisão: R$ 1,001 bilhão em ações relacionadas à educação infantil a serem executadas pelo Ministério da Educação; R$ 250 milhões no desenvolvimento da primeira infância, por meio do programa Criança Feliz, gerido pelo Ministério da Cidadania; e R$ 100 milhões a ações socioeducativas em cooperação com os estados, preferencialmente por intermédio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Mesmo com esse montante recuperado os denfensores dos corruptos continuam atacando a Lava Jato. A ideologia cega.

  2. nesse caso não precisa os governadores da região norte irem atrás daquela micharia da Alemanha e França 178 milhões valeu !

  3. É bastante dinheiro, mas ainda é uma quantia menor do que a FORTUNA que os políticos querem despejar no famigerado e bilionário fundo partidário.

  4. Péra! gilmar beiço de panela e luladrão vão anular a lava-jato e o dinheiro tem que ser devolvido para os ladrões denovo. Tão pensando que é assim?

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Economia

Brasil assinará acordo para livre comércio de carros com Argentina

O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, durante evento de um banco em São Paulo no mês de agosto — Foto: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

O acordo automotivo entre Brasil e Argentina, que será anunciado nesta sexta-feira (6) pelos ministros Paulo Guedes (Economia) e Dante Sica, ministro argentino da Produção, prevê que em dez anos haverá livre comércio de carros entre os dois países.

O último acordo entre Brasil e Argentina foi assinado em 2016 e se encerra em junho do ano que vem. O texto prevê uma regra de comércio pela qual as exportações de um país para o outro não pode ultrapassar uma vez e meia do valor que importa do outro. É chamado sistema flex do acordo.

Pelo novo acordo, essa relação irá aumentando até chegar a três vezes. Ou seja, as exportações de um país podem exceder em até três vezes as importações. Mas a partir de janeiro de 2029, estabelece-se o livre comércio, sem qualquer limite para importações e exportações entre os dois países.

Essa regra flex tem beneficiado o Brasil, que tradicionalmente tem exportado mais do que importado da Argentina. Mas o comércio bilateral de veículos e autopeças é relevante para ambos os países. Cerca de 50% das exportações de automóveis do Brasil tem como destino a Argentina. Já em relação à Argentina, as vendas para o Brasil representam 80% das exportações totais de veículos.

O acordo a ser assinado hoje tem outro aspecto importante: procura alinhar as regras de comércio entre os dois países ao que prevê o acordo Mercosul-União Europeia. Caso esse acordo seja ratificado, prevê imediata redução de 35% para 17,5% da alíquota de importação de automóveis da Europa, limitada a uma cota anual de 50 mil veículos, dos quais 32 mil são para o Brasil.

A partir do décimo ano, a alíquota cai progressivamente até chegar a zero no 16° ano. A partir de então, haverá livre comércio de veículos entre os dois blocos, sem restrição de cotas.

O que se busca então com o acordo desta sexta é prever livre comércio de automóveis entre Brasil e Argentina, antes que entre em vigor o livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

G1

 

Opinião dos leitores

    1. BG
      Quero comprar um automóvel novo DIESEL que eles tem lá inclusive exportado do Brasil.

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Diversos

Brasil não depende de aval da Argentina para acordo com União Europeia

FOTO: REUTERS/Yves Herman/10.04.2019

Um acordo firmado em julho pelos membros do Mercosul permite que o Brasil não dependa da Argentina para colocar em vigor o tratado de livre-comércio negociado com a União Europeia.

O acerto, feito na última reunião de chefes de Estado do bloco, realizada na Argentina, foi proposto pelo governo de Mauricio Macri e permite que, após a assinatura formal do acordo e o aval do Parlamento Europeu, as novas regras tarifárias passem a valer para o país que obtiver aprovação do texto pelo seu Congresso.

Até então, um acordo comercial negociado pelo Mercosul só poderia vigorar depois de o texto ter passado pelas casas legislativas de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

A medida vale somente para os temas econômicos e comerciais, que estabelecem, por exemplo, a eliminação das tarifas de importação. Os capítulos com acertos políticos e de cooperação, que envolvem compromissos na área ambiental, estão fora. Esses só passam a valer após aprovação pelos parlamentos de todos os membros da União Europeia e do Mercosul.

A medida tornou-se um “seguro” para o Brasil diante das chances cada vez maiores de vitória da chapa da oposição, formada por Alberto Fernández e a ex-presidente Cristina Kirchner.

Durante a campanha, Fernández afirmou que o tratado fechado com a União Europeia, que prevê o fim de tarifas de importação para boa parte dos produtos em até 15 anos, precisaria ser revisto. Segundo o candidato, que é alinhado à esquerda e chegou a visitar o ex-presidente Lula na carceragem da Polícia Federal, o acordo condenará a Argentina à “desindustrialização” e só foi fechado porque Macri tinha motivações eleitorais.

Um economista do mercado financeiro argentino, no entanto, vê essa posição de Fernández mais como um discurso de campanha. “É algo muito grande para se jogar para trás. Durante o kirchnerismo, Fernández não se opôs ao acordo. É normal que o tom de sua campanha seja contrário as ações de Macri”, afirmou.

Brasil

O governo Jair Bolsonaro vê em Macri um aliado e festejava o “alinhamento ideológico” entre as duas administrações. Contava, inclusive, com o atual presidente argentino para avançar em outras negociações comerciais e implementar uma reforma dentro do próprio Mercosul – para a equipe econômica, o bloco deveria se tornar uma zona de livre-comércio.

Havia torcida aberta no governo brasileiro para mais quatro anos de Macri. A vitória de Fernández ameaça, na visão do governo, a agenda de reformas.

“É previsível que um governo peronista seja menos amigável ao Mercosul e ao Brasil, sobretudo com as pretensões do governo Bolsonaro de reduzir tarifas unilateralmente e promover novos acordos de livre-comércio”, disse Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior.

A medida aprovada em julho, que cria a possibilidade de uma espécie de “fast track” na implementação do acordo com os europeus, era vista pela diplomacia brasileira justamente como uma forma de blindar o tratado com os europeus dos humores políticos da região.

O novo governo argentino assumirá o país em dezembro e, até lá, o Brasil dificilmente terá terminado a tramitação interna do tratado. O processo de aprovação de acordos internacionais são tradicionalmente morosos no Brasil. Eles precisam passar pela Câmara e pelo Senado e cumprir um longo percurso dentro do Executivo até ser “internalizado”, no jargão técnico.

R7, com Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. PUTA QUE PARIU AVAL DA ARGENTINA TA DE SACANAGEM EM EM EM UM PAIS MERDA DESSES A GENTE TEM QUE PEDIR AVAL VAI LA DAR A MÃO PARA A VENEZUELA PORRAAAAAAA!!!!!!

    1. Se preocupa com teu país. Enquanto vocês discutem entre Lula e Bolsonaro nada anda pra frente, só pra trás.

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Esporte

Barcelona vai à França para reunião com PSG, e catalães veem chance de acordo por Neymar nas próximas horas

 (Foto: Anne-Christine Poujoulat / AFP)

Após o Real Madrid ganhar força como possível destino de Neymar, o Barcelona contra-atacou e agora parece estar bem posicionado na corrida pelo brasileiro. Diversos veículos da imprensa catalã afirmam que uma comitiva de diretores do Barça embarcou na manhã desta terça-feira para a França, onde terão uma reunião com o PSG para tratar sobre a contratação do astro.

Estariam na comitiva o diretor esportivo Javier Bordas, o secretário-técnico Eric Abidal e o empresário brasileiro André Cury, que costuma representar o clube catalão em negociações. O clima, desta forma, seria de otimismo para o retorno de Neymar ao Camp Nou. O jornal “Sport” chega a dizer que o clube blaugrana pode chegar a um acordo com os parisienses “nas próximas horas”.

A rádio “Cadena COPE”, inclusive, publicou em seu perfil no Twitter uma foto de Abidal em um avião, que teria saído de Barcelona às 5h35 (de Brasília). A rádio “RAC1”, primeira a informar sobre a viagem da delegação blaugrana, afirma que há duas possibilidades pelas quais os diretores negociarão. A primeira seria um empréstimo com obrigação de compra ao fim da temporada, e a outra seria uma troca envolvendo mais de um jogador, além de um valor de até € 100 milhões (R$ 446,5 milhões).

O “Sport” diz que o acordo pode sair nas próximas horas também por conta da postura do PSG. O clube francês estaria desejando resolver o futuro de Neymar o quanto antes, depois de a torcida se manifestar contra o jogador durante a partida contra o Nimes, no último domingo. O jornal afirma que o presidente do clube, Nasser Al Khelaifi, deu ordem ao diretor esportivo, Leonardo, de resolver tudo “o mais rápido possível”.

Enquanto isso, Neymar vivencia a novela longe das partes envolvidas. Fora da estreia do PSG no Campeonato Francês, o brasileiro treinou em separado na segunda-feira e logo depois embarcou para Portugal, onde se encontrou com a cantora Paula Fernandes, que fez um show na região do Algarve. De folga nesta terça, o brasileiro ainda não está 100% recuperado da lesão no tornozelo direito e não atua desde o amistoso entre Brasil e Catar, no começo de junho.

Globo Esporte

 

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Economia

Trump diz que quer acordo comercial com o Brasil; presidente dos EUA cita bom relacionamento com o país e elogia Bolsonaro

Presidente dos EUA, Donald Trump, fala a jornalistas na Casa Branca no dia 15 de julho — Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (30) que quer seguir em frente com um acordo comercial com o Brasil, abrindo portas para questões comerciais entre os dois países.

Trump, falando a repórteres na Casa Branca, citou o que diz ser um bom relacionamento com Brasil e elogiou o presidente Jair Bolsonaro.

Questionado pela correspondente da GloboNews em Washington, Raquel Kranenburg, se ele queria um acordo de livre comércio com o Brasil, ele afirmou que tem um ótinmo relacionamento com Bolsonaro.

“Eu tenho um ótimo relacionamento com o Brasil. Eu tenho um relacionamento fantástico com o seu presidente. Ele é um grande cavalheiro. Eles dizem que ele é o Trump do Brasil. Eu gosto disso, é um elogio. Eu acho que ele está fazendo um ótimo trabalho. É um trabalho duro, mas acho que seu presidente está fazendo um trabalho fantástico. Ele é um homem maravilhoso com uma família maravilhosa.

Trump disse ainda que que é Brasil é um grande parceiro comercial. “Vamos trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil. O Brasil é um grande parceiro comercial, eles nos cobram muitas tarifas, mas nós amamos essa relação”.

Brasil presidirá Mercosul

O Brasil assumiu o comando rotativo do Mercosul pelos próximos seis meses. Bolsonaro prometeu avançar em negociações por outros acordos comerciais e deu como exemplo vínculos com Canadá, Singapura, Coreia do Sul e Associação Europeia de Livre Comércio.

Além disso, destacou que o Mercosul deve dedicar especial atenção às negociações externas, na revisão da tarefa externa comum e na reforma institucional do bloco sul-americano.

Em junho, a União Europeia e o Mercosul anunciaram o fechamento do acordo comercial que começou a ser negociado em 1999.

Em discussão há duas décadas, o acordo está em fase de revisão técnica e jurídica e, para entrar em vigor, precisará ser aprovado pelos parlamentos dos países envolvidos.

G1, com Reuters

 

Opinião dos leitores

  1. acordo bom para o Brasil foram os que PT fizeram emprestando dinheiro para obras em países comunistas, esses sim foram bons para o Brasil e o povo brasileiro

  2. Se esse elogio viesse de maduro, dos castros de cuba, da Bolívia, Nicarágua ou até dos ditadores africanos, até do ditador da coreia do norte e do Irã, eu achava que o Brasil ia pra frente. Se os EUA tão dando apoio ao Brasil, é porquê querem nos escravizar com muito trabalho, não vai ter tempo nem de fazer greve. Absurdo.

  3. É isso aí MITO, tem que pensar grande.
    O mundo é globalizado, chega de países tipo Venezuela e Cuba.
    PT ladrão nunca mais.

    1. Né isso! Antes era tão melhor né? O PT dava a juros baixíssimos o nosso dinheiro pra financiar obras inacabadas a países com grande risco de inadimplência, tais como CUBA, VENEZUELA, ANGOLA… Bons tempos em que éramos potência exportadora de esquemas corruptos!!!

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