Jornalismo

Situação das Forças Armadas Brasileira é crítica

O governo divulgou nesta terça (24) os papéis que expõem a Estratégia Nacional de Defesa do Brasil para os próximos quatro anos. Os documentos vieram à luz graças à lei 136, aprovada em 2010. Prevê o envio ao Congresso, a cada quatro anos, começando por 2012, de três documentos: o PND (Política Nacional de Defesa), a END (Estratégia Nacional de Defesa) e o LBDN (Livro Branco da Defesa Nacional).

O papelório foi entregue ao presidente do Congresso, José Sarney, em 17 de julho, um dia antes do início do recesso parlamentar do meio do ano. As ações do Executivo na área da defesa estão agora  condicionadas à aprovação das diretrizes pelo Legislativo. O miolo das preocupações está exposto em dois trechos da Estratégia Nacional de Defesa.

Num, ilumina-se a filosofia que guia o Exército, a Marinha e Aeronáutica: “Convém organizar as Forças Armadas em torno de capacidades, não em torno de inimigos específicos. O Brasil não tem inimigos no presente. Para não tê-los no futuro, é preciso preservar a paz e preparar-se para a guerra.”

Noutro, listam-se as debilidades que inibem a capacidade de reação militar Brasil contra eventuais inimigos. Anota-se que “apesar dos esforços desenvolvidos nos últimos anos”, a defesa do país ainda convive com “vulnerabilidades”. O texto menciona dez deficiências.

Três são especialmente reveladoras: 1) “A desatualização tecnológica de alguns equipamentos das Forças Armadas”, associada à “dependência em relação a produtos de defesa estrangeiros”; 2) A baixa capacidade atual das Forças Armadas para reagir “contra os efeitos causados por agentes contaminantes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares”; e 3) os desajustes na “distribuição espacial das Forças Armadas no território nacional”.

Em relação a esse último tópico, o texto realça a necessidade “reposicionar os efetivos” do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A distribuição atual, informa o documento, não condiz com as necessidades de defesa do país. As ameaças concentram-se em pedaços do mapa diferentes dos locais onde se encontram as tropas.

Diz o texto: “As principais unidades do Exército estacionam no Sudeste e no Sul do Brasil. A esquadra da Marinha concentra-se na cidade do Rio de Janeiro. Algumas instalações tecnológicas da Força Aérea estão localizadas em São José dos Campos, em São Paulo. As preocupações mais agudas de defesa estão, porém, no Norte, no Oeste e no Atlântico Sul.”

O documento prossegue: “Sem desconsiderar a necessidade de defender as maiores concentrações demográficas e os maiores centros industriais do país, a Marinha deverá estar mais presente na região da foz do Rio Amazonas e nas grandes bacias fluviais do Amazonas e do Paraguai-Paraná. Deverá o Exército agrupar suas reservas regionais nas respectivas áreas, para possibilitar a resposta imediata na crise ou na guerra.”

Para atenuar as debilidades de equipamento, o governo informa que age para “capacitar a base industrial de defesa.” Visa-se a conquista de “autonomia” tecnológica na produção de armamentos. “Regimes jurídico, regulatório e tributário especiais protegerão as empresas privadas nacionais de produtos de defesa.” Em contrapartida aos privilégios, o Estado exercerá “poder estratégico” sobre as empresas do setor.

Quanto às estatais que se dedicam a produzir artefatos militares, vai-se cuidar para que operem “no teto tecnológico, desenvolvendo as tecnologias que as empresas privadas não possam alcançar ou obter, a curto ou médio prazo, de maneira rentável.” O Ministério da Defesa centraliza “a formulação e a execução da política de obtenção de produtos de defesa.”

O plano de defesa guinda à condição de prioridade o fortalecimento de “três setores de importância estratégica: o espacial, o cibernético e o nuclear.” Afirma-se que as Forças Armadas brasileiras não podem continuar dependendo de “tecnologia estrangeira” para monitorar, “a partir do espaço”, as ameaças ao seu próprio território. Daí o relevo dado aos equipamentos espaciais e cibernéticos.

O texto reafirma o compromisso do Brasil de só utilizar a energia nuclear para fins pacíficos. Invoca-se a “necessidade estratégica de desenvolver e dominar essa tecnologia.” Por quê? “O Brasil precisa garantir o equilíbrio e a versatilidade da sua matriz energética e avançar em áreas tais como as de agricultura e saúde, que podem se beneficiar da tecnologia de energia nuclear.” De resto, menciona-se o velho projeto do submarino de propulsão nuclear da Marinha.

Em termos territoriais, a política de defesa do governo repisa a prioridade à proteção da Amazônia, “um dos focos de maior interesse para a defesa.” Nesse ponto, o texto tem um quê de nacionalismo ideológico. Sacode nas entrelinhas o lençol de um fantasma que atormenta os militares brasileiros: o risco de internacionalização da região Amazônica.

O fantasma aparece nesse trecho: “O Brasil será vigilante na reafirmação incondicional de sua soberania sobre a Amazônia brasileira. Repudiará, pela prática de atos de desenvolvimento e de defesa, qualquer tentativa de tutela sobre as suas decisões a respeito de preservação, de desenvolvimento e de defesa da Amazônia. Não permitirá que organizações ou indivíduos sirvam de instrumentos para interesses estrangeiros – políticos ou econômicos – que queiram enfraquecer a soberania brasileira. Quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil.”

Menciona-se também a preocupação com a defesa das fronteiras marítimas do país. No caso brasileiro, diz o texto, “o direito de jurisdição sobre os recursos econômicos” se entende por “cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados”. No dizer do documento, trata-se de “uma verdadeira Amazônia Azul.” Uma área em que estão mergulhadas, entre outras riquezas, as reservas petrolíferas do pré-sal.

Em várias passagens, adota-se nos documentos um tom de lamúria em relação à falta de percepção da sociedade brasileira sobre a importância da política de defesa. Num desses trechos, anotou-se o seguinte: “Após longo período livre de conflitos que tenham afetado diretamente o território e a soberania nacional, a percepção das ameaças está desvanecida para muitos brasileiros.”

O texto acrescenta: “É imprudente imaginar que um país com o potencial do Brasil não enfrente antagonismos ao perseguir seus legítimos interesses. Um dos propósitos da Política Nacional de Defesa é conscientizar todos os segmentos da sociedade brasileira da importância da defesa do país e de que esta é um dever de todos os brasileiros.”

Os documentos não fazem menções explícitas ao volume de recursos que se pretende gastar para pôr em pé a estratégia. Na lista de “vulnerabilidades” que infelicitam as Forças Armadas, incluiu-se “a histórica descontinuidade na alocação de recursos orçamentários para a defesa.”

No Livro Branco da Defesa Nacional, novidade criada pela Lei 136, de 2010, são mencionadas informações antes sonegadas. Em 276 páginas, misturam-se dados geográficos e históricos a descrições sobre o posicionamento de unidades militares, quantidade de embarcações, veículos e aeronaves e tipos de armas à disposição para o uso em caso de guerra.

A submissão da política de defesa à deliberação do Congresso constitui uma novidade alvissareira. Incluídos no Orçamento da União, os gastos militares, como todos os demais, já dependem de aprovação legislativa. Mas é a primeira vez que a estratégia do setor é condicionada ao crivo de congressistas que, em tese, representam a sociedade brasileira.

Fonte: Josias de Souza

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CUT diz que irá às ruas para defender réus do mensalão

Esse absurdo está na Folha de São Paulo de hoje. É só o que falta a CUT ir para as ruas defender os mensaleiros. Com o dinheiro que o PT deposita no sindicato vai ver que mudou o papel da CUT. Segue reportagem:

O novo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, 46, diz que pode levar às ruas a força da maior central sindical do país para defender os réus do mensalão, que começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em agosto.

“Não pode ser um julgamento político”, disse Freitas à Folha. “Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas.” Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT realizará nesta semana em São Paulo.

A abertura do evento hoje deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A central nasceu como uma espécie de braço sindical do PT nos anos 1980 e a maioria dos seus dirigentes é filiada ao partido.

Freitas disse temer que o julgamento do mensalão se transforme em mais um campo de batalha entre os petistas e seus adversários, e afirmou que isso poderia colocar em risco os avanços sociais conquistados pelo país após a chegada do PT ao poder.

“Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores”, disse o sindicalista. “Não queremos um país desestabilizado por uma disputa político-partidária, entre o bloco A e o bloco B.”

Se isso acontecer, a central não ficará de braços cruzados: “A CUT é um ator social importante e não vai ficar olhando”, afirmou Freitas.

Em 2005, quando o escândalo do mensalão veio à tona, a CUT reuniu 10 mil pessoas em Brasília para uma manifestação em defesa do governo Lula. O protesto foi organizado logo depois da queda do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, um dos réus do processo no STF.

Nos últimos meses, sindicatos ligados à CUT serviram frequentemente de palco para os réus do mensalão apresentarem sua defesa. O próprio Dirceu foi a congressos estaduais da central neste ano para falar sobre a conjuntura política e o julgamento.

No ano passado, foi numa plenária da CUT em Guarulhos, na Grande São Paulo, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares lançou uma campanha para mobilizar militantes em sua defesa.

Delúbio, que foi dirigente da CUT antes de cuidar das finanças do PT, foi expulso do partido no auge do escândalo e reintegrado no fim do ano passado. Ele e Dirceu receberam manifestações de apoio nos encontros da central.

Ligado ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Freitas será o primeiro representante da categoria a comandar a CUT, que foi dirigida por metalúrgicos do ABC paulista na maior parte dos seus quase 30 anos de existência.

Há duas semanas, ele liderou uma manifestação que reuniu 2.000 militantes na avenida Paulista, no centro de São Paulo, para protestar contra a situação do transporte público da cidade e fazer ataques ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Nas eleições deste ano, os problemas na área de transporte são um dos principais temas do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. O ex-governador José Serra (PSDB) concorre com o apoio de Kassab e Alckmin e é apontado pelas pesquisas como favorito.

Editoria de Arte/Folhapress

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Assepsia: Defesa entra com pedido de revogação de prisão de Antônio Luna

O advogado Felipe Macedo Dantas, que defende o secretário Antônio Luna, afastado da pasta municipal de Planejamento, Fazenda e Tecnologia da Informação (Sempla), já está atuando no caso. Após analisar os autos, ele deu entrada em um pedido de revogação da prisão junto à 7ª Vara Criminal, que determinou as prisões da Operação Assepsia, na tentativa de soltar o secretário.

Por enquanto, o secretário Luna continua preso. O juiz José Armando Ponte, titular da 7ª Vara, ainda não e manifestou sobre o pedido da defesa.

Antônio Luna foi preso por suspeita de participação em irregularidades em contratos da Secretaria de Saúde de Natal. Juntamente com Thiago Trindade, ex-secretário de Saúde (SMS), ele teria sido um dos articuladores do esquema que qualificava ilegalmente instituições como Organizações Sociais para realizar, de acordo com os autos, contratos milionários ilegais.

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Carlinhos Cachoeira vai entrar com novo pedido de habeas corpus

O militar da reserva Idalberto Matias de Araújo, o “Dadá”, apontado como informante do contraventor Carlinhos Cachoeira, foi solto essa semana após o Tribunal Regional Eleitoral da 1ª Região (TRF-1) decidir pela sua liberdade ao analisar que não haveria razão para mantê-lo preso, uma vez que ele não teria mais como ter acesso aos dados passados por seu informante, o ex-chefe da Divisão de Serviços Gerais da Polícia Federal, Anderson Aguiar Drumond.

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de Carlos Augusto de Almeida Ramos, vulgo “Carlinhos Cachoeira”, tratou logo de se articular. A defesa vai ingressar nos próximos dias com um novo habeas corpus na Justiça Federal de Goiás argumentando que os fundamentos da prisão de ambos são os mesmos, e, caso Cachoeira não seja libertado, ficará flagrante a falta de isonomia.

Será que dessa vez Cachoeira consegue a liberdade? Por enquanto, Cachoeira aguarda a liminar do pedido na sua “casa”, a penitenciária da Papuda, em Brasília. Desde sua prisão Cachoeira mudou muito o semblante. Ele está com cabelos brancos, muitas rugas, abatido, mais magro, cara de cansaço e desgastado. Compare você mesmo…

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Carta Capital reage a editoral de O Globo em defesa de Veja

Essa é uma verdadeira briga de cachorro grande. Depois do jornal O Globo publicar um editorial em defesa da Veja (acerca do suposto envolvimento da publicação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira), chegou a vez da revista Carta Capital revidar.

Confira

O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.

Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.

Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos.

O autor do editorial 
exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano. Ambos desastrados, o editorialista e o líder petista.

Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.

Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.

Concentro-me em outras miopias deO Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.

Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.

Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes.

Chapa-branca a favor
 de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.

Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.

Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.

Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.

Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.

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Jornalismo

Ex-diretor do Hemocentro de Caicó se defende de ação ajuizada pelo MP

O médico Francisco Jares de Queiroz Silva protocolou na manhã de hoje, dia 09/05/2012, requerimento na Promotoria de Justiça da Comarca de Jucurutu onde alega que já vem ressarcindo o erário dos valores creditados a mais em seu contracheque em 2004. Informa que por meio de um acordo administrativo com o Estado fez um parcelamento e vem devolvendo em oito parcelas o valor recebido a maior em 2004.

De acordo com os contracheques apresentados, estão sendo descontados sob a rubrica “REP e INDENIZAÇÃO ERÁRIO” oito prestações de R$ 302,70 faltando ainda vencer duas.
A Promotoria de Justiça de Jucurutu esclareceu que o médico foi inquirido formalmente no inquérito civil público que serviu de base à ação há cerca de um ano e que na ocasião foi dado um prazo para o mesmo apresentar os documentos comprobatórios da devolução, o que não foi feito no prazo determinando, tendo na época o médico alegado que pretendia fazer um encontro de contas com o Estado ante outro direito contra o erário que teria, mas que segundo se observou ainda estava em discussão judicial.
Ademais, em ofício datado de março de 2012 a Secretaria Estadual de Administração e Recursos Humanos informa taxativamente que não houve o ressarcimento.
Diante das alegações apresentadas pelo médico e das divergências das informações, inclusive quanto aos valores, o Ministério Público solicitará em Juízo que o Estado esclareça se os descontos dizem respeito ao mesmo fato e a metodologia de cálculos para os descontos, já que os valores descontados supostamente estariam sendo menores que o montante devido.

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Jornalismo

Editorial d'O Globo sai em defesa da Veja

Intitulado “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”, o editorial publicado pelo jornal O Globo nesta terça-feira (8) saiu em defesa da revista Veja, que constantemente traz matérias negativas dos governos petistas de Lula e Dilma. O editorial por si só já fala muito. Vale a pena conferir.

Editorial

Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista “Veja”, na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.

A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo.

É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.

A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta.

As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de “Veja” em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.

A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria “desmascarar o mensalão”.

Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de “Veja” com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal “News of the World”, fechado pelo próprio Murdoch.

Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.

Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância.

Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato.

Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.

Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: “(…) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia”.

E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.

O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros.

O “Washington Post” só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o “Garganta Profunda”, repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas.

Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.

A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de “Veja” que irritaram alas do PT.

Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.

Opinião dos leitores

  1. Qual a diferença da revista Veja para o sistema Globo de comunicação? Nenhuma. As matérias plantadas por Carlinhos Cachoeira na revista Veja saia na sexta-feira e era repercutida no domingo pelo Fantástico da rede Globo de Televisão. Tudo sincronizado, dentro dos mesmos interesses. Globo, Veja, Folha e Estadão formam um quarteto nefasto na mídia nacional. E  o que é pior, eles pautam a mídia brasileira, impondo um consenso midiático de mentiras e distorções dos fatos. Além de serem antinacional, anti-Brasil, contra a nossa independência. Isso não pode e nem deve continuar. A hora é essa, a CPI da Veja/Cachoeira tem a obrigação de fazer uma devassa nesse setor.

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Judiciário

Osvaldo se defende, ataca o MP e quer acareação com Ubarana

A edição de hoje do Jornal de Hoje apresenta toda a defesa do Desembargador Osvaldo Cruz, ao CNJ. São 4 páginas no vespertino dedicado a defesa do desembargador, segue um breve resumo:

O desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), Osvaldo Cruz, foi, durante várias semanas, o alvo principal – junto ao também desembargador Rafael Godeiro – das denúncias dos réus confessos do processo que apura os desvios de dinheiro da Divisão de Precatórios do TJ, Carla Ubarana e George Leal. Durante muito tempo, também, não se manifestou de nenhuma forma, explicando, por meio de sua família e de seu advogado, Armando Holanda, que não tinha o que responder, pois não estava ciente do que, realmente, era acusado.

Agora, a situação mudou. Chamado para apresentar a defesa prévia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde a ministra e corregedora Eliana Calmon quer a abertura de um processo administrativo contra ele, Osvaldo Cruz se manifestou e assumiu uma postura, literalmente, de contra-ataque: responsabilizou a atual presidente Judite Nunes; desmereceu a Comissão Especial do TJ; acusou Caio Alencar de “suspeição”; pediu uma acariação com a ré Carla Ubarana e, ainda, apontou uma eventual amnésia ou falha na memória seletiva dos promotores do Ministério Público Estadual, responsáveis por encaminhar as denúncias ao CNJ.

Com tudo isso, que é apresentado agora, com exclusividade pelo O JORNAL DE HOJE, o desembargador espera conseguir a nulidade das denúncias e a não abertura do processo. Essa decisão deve ser tomada nesta segunda-feira, no CNJ.

É importante lembrar que além da necessidade de apresentação de defesa no CNJ, Cruz e Godeiro respondem a um inquérito instaurado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O depoimento de Osvaldo, por sinal, que seria feito há duas semanas, precisou ser adiado por problemas de saúde do desembargador.

 

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Jornalismo

Precatórios: Defesa de Osvaldo Cruz no CNJ cita outros magistrados e apresenta documentos

O Blog do BG teve conhecimento de parte da defesa do desembargador Osvaldo Cruz apresentada ao Conselho Nacional  de Justiça (CNJ) a cerca das acusações de participação no esquema de corrupção e fraudes instalado dentro da Divisão de Precatórios.

Em alguns momentos da peça de 47 páginas, produzidas pelo advogado Armando Holanda, o desembargador em sua defesa acusa alguns companheiros de terem praticados os mesmos crimes e cita juízes. Ele, inclusive, apresenta nomes e traz documentos.

Osvaldo Cruz também faz menção a um vídeo de um outro depoimento da delação premiada da ex-chefe da Divisão Carla Ubarana que foi gravado dentro da casa dela. Esse vídeo de aproximadamente duas horas e meia de duração ainda não foi divulgado. O magistrado utiliza parte do depoimento em defesa própria.

Hoje no Jornal 96, edição das 18:00h, o jornalista Marco Aurélio de Sá, informou que o Jornal de Hoje de amanha trará um reportagem completa sobre a defesa do Desembargador Osvaldo Cruz ao CNJ.

Opinião dos leitores

  1. Bruno, a mesma imprensa que critica os dirigentes por serem passionais faz questão de estimular o descumprimento das regras alar eca f am a paixão clubístios próprios jornalistas deixam a paixão clubística falar mais alto………Santos Neto hoje se superou, fez campanha para que o estatuto do torcedor e todos os regulamentos não fossem cumpridos, e ainda apelou para que a PM defenda os infratores, Até Padang deve ter ficado com inveja da performance.

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Jornalismo

Foliaduto entra na reta final

O processo do Foliaduto, como ficou conhecido o desvio de R$ 2 milhões da Fundação José Augusto no Governo Wilma de Faria, entrou na reta final. O Ministério Público apresentou as alegações finais e a etapa agora é dos advogados de defesa. Já apresentaram as últimas defesas Erick Pereira, que defende Carlos Faria; Cleto Barreto, representante de Ítalo Gurgel; e Flaviano Gama, que defende Haroldo Sérgio e Fabiano Motta.

Falta a alegação final dos réus Jefferson Pessoa, José Antonio Pinheiro e Cícero Duarte, que são defendidos pelo advogado José Maria Rodrigues. Após ele apresentar a documentação, o processo segue para a juíza Ada Galvão, que proferirá a sentença. O Foliaduto foi a operação deflagrada pelo Ministério Público Estadual que apontou para um esquema de pagamento de “shows fantasmas” na Fundação José Augusto; fato ocorrido em fevereiro de 2006. Um desvio de recursos que chegou a quase R$ 2 milhões.

Antes das alegações finais, o processo do Foliaduto teve os depoimentos concluídos com a oitiva do médico Carlos Faria, irmão da ex-governadora Wilma de Faria. No final do mês de fevereiro ele depôs à juíza Ada Galvão, presidente do processo. Durante o depoimento, os representantes do Ministério Público revelaram que Ítalo Gurgel, então integrante do Gabinete Civil, teria confirmado que o dinheiro do Foliaduto foi usado para pagar “despesas informais” do Governo. Respondendo aos questionamento dos promotores, Carlos Faria negou que tivesse conhecimento do fato e disse que toda ordenação de despesa do Gabinete Civil era feita por ele ou pelo adjunto, Carlos Castim.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Dom Jaime faz apelo por defesa incondicional do SUS

Foto: João Gilberto/Assembleia Legislativa

A defesa incondicional do Sistema Único de Saúde (SUS) pela população e principalmente pelos gestores públicos. Esta foi a mensagem final do arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira, na audiência pública encerrada há pouco (13) no plenarinho da Assembleia. A mesma defesa foi feita por praticamente todos os convidados para o debate.

“Se nós não tivermos cuidado, o SUS, que é um bem, uma conquista tão importante e histórica para o país, vai se tornando como algo que vai ficando distante e corremos o risco de irmos esquecendo daquelas lutas e empenhos da própria sociedade brasileira. Não podemos nos esquecer dessa conquista, sobretudo com a constatação de que há uma tendência visível da mercantilização da saúde”, disse dom Jaime.

No debate proposto pelo deputado Hermano Morais (PMDB), o presidente da Casa, Ricardo Motta (PMN), falou sobre o papel da Comissão de Saúde, na Casa, e da atuação da Assembleia Legislativa, dentro do limite de suas competências, para apoiar projetos nessa área, em benefício da população.

A audiência pública tratou do tema da Campanha da Fraternidade 2012, Fraternidade e Saúde Pública, que tem como lema: Que a saúde se difunda sobre a terra. O deputado Hermano Morais (PMDB) disse que esse é um assunto de interesse de toda a sociedade brasileira e lembrou do surgimento, em Natal, das campanhas da fraternidade, na década de 60.

Dom Jaime disse que um dos objetivos da arquidiocese com essa campanha, no RN, é cumprir parte das oito metas do milênio, entre elas a redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna, o combate a epidemias e doenças e a garantia da sustentabilidade ambiental. O debate contou com a presença de representantes do Ministério Público, Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e de unidades de saúde de grande porte, que atualmente passam por sérios problemas, como a Maternidade Januário Cicco e o Hospital Walfredo Gurgel.

A promotora de justiça Daniele Carvalho Fernandes afirmou que entre outras medias, é importante qualificar a própria comunidade para que as pessoas exijam os seus direitos. “Temos que lutar para que existam gestões de excelência e lamentar por gestões que falam em privatização porque o SUS não funciona”, disse o deputado Fernando Mineiro (PT).

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Jornalismo

Caso Andreia: Advogado da família Thies vai recorrer e quer anulação da sentença

O advogado Álvaro Filgueira decidiu recorrer da decisão da juíza Cinthia Cibele, da vara Criminal de Parnamirim, que condenou o o sargento da FAB Andrei Thies e dos pais dele, Amilton e Mariana Thies. Os recursos são relativos às penas dadas à família Thies, condenada pelo assassinato e ocultação do cadáver da dona de casa Andreia Rosângela Rodrigues, crime ocorrido em 22 de agosto de 2007.

De acordo com o advogado de defesa da família Thiés, Álvaro Filgueira,  em nenhum momento foi comprovada a participação de Mariana e Amilton Thies – pais de Andrei – no crime. “Mostramos e provamos que não havia participação de Mariana e Amilton. Condenaram porque quiseram condenar”, disse o advogado.

No caso de Andrei Thies, réu-confesso do assassinato da mulher Andreia Rodrigues, a tese dos advogados de defesa de que o réu havia sido motivado pela emoção e injusta provocação da vítima não foi acatada pela juíza. O fato reduziria de um terço a um sexto da pena de Andrei Thies.

Com a decisão do advogado de recorrer do julgamento, a juíza receberá a apelação e encaminhará os autos ao Tribunal de Justiça (TJ) para apreciação. Álvaro Filgueira confia que conseguirá a anulação do julgamento. “Temos total convicção de que o Tribunal vai anular o julgamento”, garante o advogado.

Além da defesa, o Ministério Público também recorreu da sentença. O MP quer o agravamento da pena de Andrei, Amilton e Mariana Thies. Ambos terão oito dias para apresentar as razões pelas quais recorreram da decisão.

Fonte: Tribuna do Norte

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Jornalismo

Caso Maisla: defesa quer anular condenação de Osvaldo Pereira

A defesa do vendedor ambulante Osvaldo Pereira de Aguiar quer anular a condenação dele pela morte de Maisla mariano dos Santos. O advogado Marcus Alânio enviou uma apelação ao Tribunal de Justiça solicitando a cassação da decisão final do Júri Popular que condenou Osvaldo Pereira em março de 2011.

Segundo Alânio, o recurso solicita a nulidade anterior e posterior à pronúncia do processo e da decisão tomada pelo Júri, sob a justificativa de que a sentença vai de encontro às provas arroladas. O advogado afirma que não é possível provar que Osvaldo cometeu o homicídio.

O julgamento do recurso na Câmara Criminal do TJ está marcado para ocorrer nesta quinta-feira (29), mas Marcus Alânio adianta que vai solicitar o adiamento da sessão para a próxima terça-feira (3).

Osvaldo Pereira de Aguiar foi considerado culpado pela morte da jovem Maisla Mariano dos Santos, de 11 anos de idade, e condenado a cumprir 41 anos de reclusão em regime fechado. A menina foi assassinada e esquartejada no dia 12 de maio de 2009, e desde o dia dio crime Osvaldo nega a autoria. Ele cumpre pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

Fonte: Tribuna do Norte

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Economia

Aproveite as dicas do Procon Natal para evitar dor de cabeça durante ou após as compras

Nesta quita-feira (15) é comemorado o Dia do Consumidor. O Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal  (Procon Natal) aproveitou a data comemorativa para lançar em seu site dicas para que as pessoas não tenham dor de cabeça durante as compras.

Segue a lista divididas por tipos de consumo:

Bares e Restaurantes
-O cardápio ou a tabela de preços deve ser exposto na porta de entrada;
-Lembre-se que o pagamento dos 10% do garçom não é obrigatório. Quem escolhe se quer pagar ou não é o consumidor;
-Deve haver aviso da cobrança do Couvert Artístico na entrada ou em local visível, bem como no cardápio;
-A emissão de nota fiscal é obrigatória. Não emití-la é sonegar impostos. Ela também é a sua garantia e prova de compra;
-O numero do órgão de defesa do consumidor deve estar em local visível;
-O consumidor deve exigir um bom atendimento em todo e qualquer lugar. Caso encontre algum problema, denuncie ao Procon Natal.

Supermercados
– Verifique se o preço do produto no caixa bate com aquele na gôndola. Se estiver diferente, o menor é o que vale. Sempre
– Esteja atento à validade e qualidade do produto. Jamais compre latas amassadas ou estufadas, ou demais produtos com embalagens violadas
– Todo supermercado com 6 caixas ou mais deve, obrigatoriamente, ter embaladores. 1 para cada caixa. (Lei Municipal 209/02)
– Todo supermercado também tem que ter instalada uma balança padrão, para que os consumidores possam aferir o peso das mercadoria embaladas (Lei 4597/95)
– Pesquise pelo menor preço sempre. Consulte as pesquisas de Cesta Básica do Procon, divulgadas semanalmente em nosso site e na nossa sede.

Dia das Mães
– Na compra de confecções e peças de vestuário em geral a etiqueta deve constar composição do produto, forma de lavar e forma de passar;
– Troca de mercadorias duráveis com defeito, como roupas e eletrodomesticos, pode ser feita em até 90 dias. Mas não vá usar a roupa antes;
– O preço à vista no dinheiro deve ser o mesmo do cartão de débito ou ainda de crédito, quando para o vencimento;
– Compras feitas pela internet e telefone podem ser trocadas por motivo de arrependimento em até 7 dias após o recebimento do produto;
– Evitem o consumo exagerado. Comprem apenas aquilo que cabe no seu orçamento e, quando possível, fujam das compras parceladas;
– Nunca é demais lembrar: sempre peça a nota fiscal. Ela é sua prova e garantia de compra. Qualquer problema, venha no Procon Natal.

Informática
-Procure sempre lojas idôneas, que estejam há muito tempo no mercado e que tenham referências;
-Peça a ajuda de amigos ou parentes que entendam de informática, para escolher as melhores peças;
-Anote sempre o número do modelo e pesquise na internet por avaliações de usuários antes de comprar;
-Procure saber se o produto tem assistência técnica em Natal, como determina o CDC;
-Escolha uma maquina que corresponda às suas necessidades. Nem para mais (subutilizada), e nem para menos (dor de cabeça);
-Procure saber se há prazo para troca em loja, caso haja algum problema. Não é obrigatório, mas muito útil;
-Sempre peça a nota fiscal, ela é sua garantia e prova de compra.

Material Escolar
– A escola só pode incluir na lista de material escolar produtos didáticos, que constituem instrumentos de trabalho para o aprendizado do aluno. Qualquer material para uso da escola ou de uso coletivo deve ser responsabilidade do próprio estabelecimento (Lei Municipal 6044/10);
– A escola não pode exigir que a agenda do aluno seja comprada no próprio estabelecimento, exceção feita à educação infantil. Ela, a escola, pode oferecer isso como opção, mas se o aluno quiser adquirir outra agenda em outro local, ele tem toda a liberdade para fazê-lo;
– A escola não pode exigir a aquisição de produtos de uma determinada marca ou determinar o local para a compra (alguma livraria ou na própria escola). Isso contraria a lei citada e o Código de Defesa do Consumidor, e deve ser denunciado aos órgãos de defesa do consumidor;
– Desta forma,a escola não pode exigir que os pais comprem o material escolar na própria escola; esse pode ser um serviço opcional, nunca obrigatório. A escola deve disponibilizar lista de material para os pais, para que estes comprem onde quiserem.
-Informe-se com a escola sobre a possibilidade de adquirir, de imediato, somente a quantidade de material a ser utilizada no primeiro semestre. Isso, além de reduzir a despesa, possibilita planejar com mais tranqüilidade a aquisição do material referente ao segundo semestre. Tal parcelamento também está previsto na Lei Municipal 6.044 de 2010.

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Polícia

Vereador Ney Jr vai recorrer da condenação por propaganda eleitoral antecipada

Natal, 15 de Março de 2012 – Diante da divulgação de notícias na imprensa local e  nas redes sociais, de que o vereador Ney Lopes Jr teria sido condenado por propaganda eleitoral antecipada, a assessoria jurídica do referido parlamentar municipal de Natal esclarece o seguinte:

 

1.     Efetivamente, o Exmo. Senhor Juiz Eleitoral da 3ª Zona Eleitoral de Natal julgou procedente representação contra o vereador Ney Lopes Jr, por suposta propaganda, através da aposição de placa pública, que faz alusão exclusivamente a projetos de lei em vigor, de autoria do citado parlamentar.

2.     O vereador Ney Lopes Jr irá recorrer da respeitável decisão, portanto, não existindo sentença condenatória, transitada em julgado.

3.     Com o devido respeito ao entendimento do Eminente Magistrado, a defesa do vereador Ney Lopes Jr alega nos autos que a placa pública, objeto da condenação, constitui prestação de contas à cidade, caracterizada como propaganda parlamentar, permitida expressamente, no artigo 36-A, da Lei 12.031, de 2009, assim redigido: “Não será considerada propaganda eleitoral antecipada… a divulgação de atos parlamentares e debates legislativos, desde que não se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos ou de apoio eleitoral”.

4.     Em nenhuma placa que informa os serviços prestados à Natal pelo vereador Ney Lopes Jr, existiu menção a sua candidatura, pedido de voto ou de apoio eleitoral. Tudo feito dentro da exata permissão legal.

5.     Em respeito ao Ministério Público e a justiça, o vereador Ney Jr já retirou a placa impugnada e requereu liminar para recolocá-la, pelas razões legais contidas neste esclarecimento, o que foi negado em primeira instância.

(mais…)

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Jornalismo

Prefeitura de Pau dos Ferros se defende de acusações do MP

A Prefeitura de Pau dos Ferros emitiu uma nota nesta quinta-feira (26), se defendendo das acusações de improbidade administrativa que foram alvos de ação civil no Ministério Público. Na nota, o secretário-chefe de Gabinete, Alexandre Aquino de Oliveira, diz que as contratações emergenciais foram feitas para garantir a manutenção da rotina administrativa sem prejuízos para a população.

O secretário-chefe também ressalta que esse problema já é de conhecimento do Judiciário, retirando a qualidade de inédita dada ao fato noticiado pelo próprio Ministério Público.

Segue a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento

Sobre matéria veiculada neste veículo de comunicação que trata de uma nova Ação Civil de Improbidade Administrativa por Dano ao Erário, a Prefeitura de Pau dos Ferros esclarece que:

1 – É de conhecimento de toda a população e também do próprio Ministério Público, a situação caótica em que se encontrava a Prefeitura de Pau dos Ferros, no inicio da gestão do Prefeito, Leonardo Nunes Rego. Essa situação obrigou a administração a realizar, em caráter de emergência, a aquisição de produtos e contratação de serviços para garantir o seguimento das rotinas administrativas e evitar o prejuízos a população.

2 – Esta foi uma das poucas contratações realizadas pela administração, que se deu por meio da modalidade Dispensa de licitação.

3 – Superado o momento inicial de dificuldade, todas as contratações realizadas pela administração foram por meio das modalidades Pregão Presencial ou Tomada de Preço.

4 – Este processo (0000115-39.2012.8.20.0108) ajuizado pelo Ministério Público é semelhante a um já existente sob o número (0002276-66.2005.8.20.0108). Ambos tratam de um mesmo processo de licitação, realizado em 2005, sob o número 06/2005.

5 – Esta ação original de 2005, foi impetrada por um cidadão, e possui, exatamente as mesmas partes e trata de um mesmo objeto. Atualmente, ela encontra-se conclusa para sentença, conforme pode ser observado acessando o site do Tribunal de Justiça.

6 – Essa situação pode ter ocorrido, por um lapso do Ministério Publico, visto que o mesmo, de forma rotineira, tem seus membros deslocados para outras comarcas. Estas mudanças resultam em situações como estas.

7 – Casos semelhantes a esses, são tratadas de “litispendência”, pois trata-se de uma ação semelhante já existente, resultando em arquivamento.

8 – Atualmente, o governo municipal, em uma atitude inédita, comunica ao Ministério Público, todos os procedimentos licitatórios abertos. Atitude que ganhou repercussão e foi elogiada por toda mídia estadual, tamanha a iniciativa de transparência, zelo e respeito com o dinheiro público;

9 – Todo o Governo Municipal encontra-se aberto a solicitações do Ministério Público, reconhecendo o seu dever em averiguar todas as ações. Essa solicitude é reflexo da transparência empregada em todos os atos, bem como, a certeza do zelo com a coisa pública;

Desta forma, não se trata de um fato novo, e sim, de uma situação existente e que aguarda sentença do Poder Judiciário.

Alexandre Aquino de Oliveira
Secretário-chefe de Gabinete

Opinião dos leitores

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