Saúde

Uso de radiação nos pulmões de pacientes com Covid-19 pode acelerar recuperação, diz estudo

Imagem criada pela Nexu Science Communication em conjunto com o Trinity College, em Dublin, mostra um modelo estruturalmente representativo de um betacoronavírus, que é o tipo de vírus vinculado ao COVID-19, mais conhecido como coronavírus vinculado ao surto atual. — Foto: NEXU Science Communication/via REUTERS

Uma pequena dose de radiação aplicada nos pulmões de pacientes com pneumonia causada pela Covid-19 pode ajudá-los a se recuperar mais rapidamente, mostra estudo feito com um grupo pequeno de pacientes divulgado na terça-feira (13). A revisão por pares dessa pesquisa, procedimento usual na ciência para a publicação de artigos, ainda deverá ocorrer.

Médicos da Emory University de Atlanta, nos Estados Unidos, trataram 10 pacientes de novo coronavírus com radiação nos pulmões. Os dados foram comparados com os resultados de 10 outros pacientes de idade similar e que receberam os cuidados usuais, sem radiação.

Imagem mostra as armadilhas extracelulares de neutrófilos nos pulmões. Pesquisadores querem descobrir se o mesmo mecanismo é ativado em casos de Covid-19 e, assim, desenvolver tratamento para a doença. — Foto: EGEBLAD LAB/CSHL

Com radiação, o tempo médio para uma melhora significativa foi de três dias. Enquanto isso, no outro grupo, a recuperação durou 12 dias.

Outros efeitos em potencial incluem menor média de tempo para a alta hospitalar (12 dias com radiação, 20 dias sem) e um risco mais baixo de precisar de ventilação mecânica (10% com radiação, 40% sem).

Observações e esperanças

Porém, essas diferenças são muito pequenas para descartar a hipótese de que houve “sorte” nos resultados, alertam pesquisadores. Com isso, ainda é cedo para afirmar que esse tipo de tratamento é eficaz contra as complicações da Covid-19.

O grupo que recebeu radiação era “um pouco mais velho, um pouco mais doente e tinham os pulmões um pouco mais danificados. Mas mesmo assim nós vimos um sinal forte de eficácia”, disse à Reuters o médico Mohammad Khan, um dos autores.

Khan notou que, no grupo que recebeu doses de radiação, o uso de medicamentos foi interrompido antes e depois do tratamento para que os resultados refletissem somente a radiação.

“Radioterapia pode reduzir a inflamação dos pulmões de pacientes de Covid-19 e reduzir as citocinas que causam essas inflamações”, afirmou Khan. Citocinas são proteínas fabricadas pelo sistema imune.

Os resultados dos primeiros cinco pacientes foram aceitos para publicação na revista “Cancer”. O resultado com todos os 10 foram publicados na terça no repositório medRxiv — ainda não houve a revisão por pares. Os pesquisadores lançaram um ensaio randomizado e controlado do tratamento e esperam incluir outros centros médicos.

G1, com Reuters

 

Opinião dos leitores

  1. Ficará bom do corona e vai adquirir um câncer depois!!! Se correr o bicho pega se ficar o bicho come!!! Melhor tentar a ivermectina mesmo!!!

    1. kkkkk…primeira coisa que pensei também, mas é válido o tratamento na iminência da morte, desta forma agradeço e muito aos médicos que lançaram mais essa alternativa, palmas

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Saúde

Autópsias de pacientes com Covid-19 revelam coágulos em diferentes órgãos; evidências apontam para a coagulação extrema como complicação

Foto:fstop123/Getty Images

Autópsias de pacientes que morreram com Covid-19 estão revelando mais detalhes sobre como o vírus se comporta em nosso corpo, incluindo alguns mecanismos que intrigam os médicos. Recentemente, um estudo americano publicado na revista The Lancet mostrou que vítimas fatais de Covid-19 apresentam coágulos sanguíneos em “quase todos os órgãos”, o que pode gerar uma série de outros sintomas e complicações possivelmente fatais.

Coágulos são pequenas estruturas sólidas formadas por componentes do sangue que surgem naturalmente como parte do processo de cicatrização, “tampando” ferimentos nos vasos sanguíneos e estacando sangramentos. No entanto, esses coágulos também podem acabar entupindo veias e prejudicando a circulação – é o que chamamos de trombose. No caso da Covid-19, esse quadro pode gerar uma série de complicações diferentes dependendo do órgão que atinge, como derrames cerebrais, embolia pulmonar, paradas cardíacas, insuficiência pulmonar e outros.

Não é novidade que a Covid-19 causa coagulação excessiva em pacientes. Em países que enfrentaram o vírus cedo, como China e Itália, muitos médicos já haviam observado a presença de coágulos em casos graves, especialmente nos pulmões. Pesquisadores brasileiros foram uns dos primeiros a detectar o quadro trombótico em autópsias. Uma série crescente de evidências só confirma que a doença também tem uma faceta hematológica importante. Agora, o novo estudo, feito por pesquisadores do hospital universitário da Universidade de New York, mostrou que o problema pode ser ainda maior do que se imagina.

No artigo, os pesquisadores descreveram as descobertas de sete autópsias feitas em pacientes com Covid-19. Todas elas possuíam vários coágulos pelo corpo, e o que chamou atenção foi o fato de que eles afetavam vários órgãos para além do pulmão, como coração, rins, fígado e até em ossos. Além disso, os coágulos também foram encontrados em grande quantidade em vasos sanguíneos menores, ao contrário de outras observações, que focaram em veias e artérias maiores.

Em entrevista à CNN, a patologista Amy Rapkiewicz, autora principal do estudo, disse que os resultados foram “dramáticos”. “Ainda que esperávamos encontrar [coágulos] nos pulmões, acabamos encontrando-os em quase todos os órgãos analisados na autópsias”, relatou a médica. No estudo, a equipe escreve que as descobertas sugerem que a trombose tem um papel importante no quadro da doença ainda em seus estágios iniciais.

É possível que esse processo de coagulação possa ajudar a explicar, pelo menos em partes, alguns sintomas menos comuns da Covid-19. No início da pandemia, acreditava-se que a doença se manifestasse como um tipo de pneumonia, mas agora sabemos que, apesar dos danos ao sistema respiratório serem os principais, outros órgãos podem ser afetados seriamente. Problemas neurológicos e cardíacos, por exemplo, podem aparecer.

Mesmo sintomas leves podem ser explicados por esse mecanismo – é o caso dos “dedos de covid“, um sinal da doença que se manifesta como regiões do corpo (geralmente os dedos) com um tom roxo ou avermelhado por conta da obstrução dos vasos sanguíneos causada por coágulos. Além disso, os coágulos também podem explicar poque nem todos os pacientes que têm os pulmões seriamente comprometidos sentem falta de ar.

O novo estudo, assim como outros anteriores, também chama a atenção para um outro fator: o de trombose em pacientes que já se recuperaram da Covid-19, ou que sequer tiveram sintomas respiratórios. Relatos de pacientes que apresentaram coágulos muito depois de se infectarem com o vírus sugere que o problema pode se manifestar a longo prazo, e que é necessário um acompanhamento melhor dessas pessoas.

Ainda não se sabe exatamente como a Covid-19 resulta em coagulação extrema, mas uma das hipóteses é a resposta imunológica do corpo influencia no surgimento de trombos. É bem estabelecido que, em casos mais graves de Covid-19, o sistema imunológico acaba atacando os tecidos infectados com muita agressividade para tentar se livrar do vírus, destruindo no processo também as células saudáveis – e gerando um quadro inflamatório que, apesar de ter a intenção de destruir o SARS-CoV-2, acaba fazendo muito mal para o paciente. No processo de reconstrução desses tecidos, o corpo pode gerar uma quantidade muito grande de coágulos (afinal, eles têm a função de cicatrização), o que também acabam fazendo mais mal do que bem e entope vasos sanguíneos.

Está cada vez mais claro que a coagulação sanguínea é uma faceta importante do vírus e que pode agravar casos e gerar sintomas possivelmente fatais. Isso nos leva a pergunta: o que podemos fazer? Apesar da Covid-19 ser uma doença nova, os coágulos são inimigos antigos da medicina, e a humanidade já inventou diversos tratamentos contra eles. Faz sentido pensar, então, que utilizar anticoagulantes pode ser uma arma eficaz contra a Covid-19.

Equipes médicas pelo mundo estão estudando essa alternativa, inclusive no Brasil. Por aqui, o assunto chamou atenção da pneumologista Elnara Negri, pesquisadora da Universidade de São Paulo e médica do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital das Clínicas. Ainda em abril, ela e outros pesquisadores publicaram um artigo descrevendo a presença de microtrombos nos pulmões de pacientes com Covid-19. Negri começou então a testar o anticoagulante heparina em pacientes graves do Hospital Sírio-Libanês. Os primeiros resultados mostraram que os casos tratados dessa maneira se recuperam entre 10 e 14 dias de internação, enquanto outros casos graves de Covid-19 precisam de, em média, 28 dias no respirador.

O uso de anticoagulantes, no entanto, deve ser feito com cuidado e somente com prescrição médica, já que pode ter efeitos colaterais graves, como hemorragia. Ainda não há uma pesquisa com amostragem robusta e controlado que comprove que as substâncias de fato conseguem evitar que coágulos se formem em casos graves. A equipe brasileira está fazendo estudos amplos, controlados e randomizados com a heparina, em parceria com a Universidade de Toronto e Universidade de Amsterdã.

Em documento publicado no último dia 10 na revista científica Clinical and Applied Thrombosis/Hemostasis, especialistas brasileiros e estrangeiros dão orientações a respeito do tratamento para trombose em pacientes com Covid-19. O texto afirma que, embora se saiba cada vez mais que a coagulação sanguínea é um fator importante na Covid-19, ainda há muito que não sabemos, como por exemplo os detalhes que levam a formação de trombos. O documento afirma que os médicos devem agir de acordo com as evidências presentes até então, e, em casos de dúvida, devem realizar experimentos controlados antes de tomar decisões para o tratamento. Além disso, o texto diz que cerca de 40 estudos do tipo pelo mundo estão avaliando a eficácia de se utilizar anticoagulantes no tratamento da Covid-19.

Super Interessante

Opinião dos leitores

  1. Por isso, é importante ministrar fármacos para combater e evitar trombones e coágulos

  2. BG sei que o título da matéria não é seu.
    Sei também que está de forma clara e entendível pra todos, cumprindo seu papel de informar. Mas, o termo autópsia não é o mais adequado tecnicamemte.
    O mais apropriado é o termo necrópsia (ou necropsia) que significa exame cadavérico.
    Forte abraço!

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Saúde

FOTOS: Prefeitura de Parnamirim inaugura 10 leitos de UTI para pacientes com Covid-19

FOTOS: ASCOM – Ana Amaral e Ney Douglas

“Estamos fechando um ciclo”. Foi com essa frase que o Prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira, entregou na manhã dessa segunda-feira (6), os primeiros 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis para a população do município. O espaço foi inaugurado no Hospital Maternidade Divino Amor e será de uso exclusivo de pacientes que contraíram a COVID-19. A equipe, que conta com 62 novos profissionais, já está pronta para a chegada dos pacientes no período da tarde.

O espaço será utilizado para os pacientes regulados, ou seja, aqueles que já estão internados no Hospital Márcio Marinho, Hospital de Campanha ou na UPA de Nova Esperança e apresentaram necessidade de transferência em razão de algum agravamento no quadro de saúde. Os novos leitos foram equipados com aparelhagem nova e moderna. Todos possuem respiradores, cardioversores, hemodiálise, monitores cardíacos e bombas de infusão, além dos básicos.

Durante a cerimônia de entrega, a Secretária de Saúde, Terezinha Rêgo, frisou que Parnamirim tem passado por essa crise com muito compromisso e responsabilidade, apesar dos grandes desafios. De acordo com o último boletim epidemiológico, o município registrou 84 mortes e 744 pessoas curadas, números que mostram que a gestão tem priorizado a vida.

O Prefeito enfatizou que os resultados se somam às diversas ações, tanto de conscientização como de investimento na área. Disse, ainda, que não medirá esforços para conseguir o apoio do governo federal para o município e afirmou que a estrutura da UTI, orçada em R$ 1,80 milhão está pronta e não deixa a desejar para nenhum hospital privado.

A UTI recebeu o nome do médico Solon Pereira Lopes Ferreira, paraibano de 61 anos que faleceu de COVID-19 em 06 de maio. Solon era formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e conhecido por seus colegas como o médico do povo. Na oportunidade da inauguração, foi feita uma breve homenagem ao médico, referência tanto em Natal como em Parnamirim.

Taveira fez questão de parabenizar toda a equipe de saúde do município e frisou que este avanço seria impossível sem o comprometimento destes profissionais. O prefeito relembrou de todo e empenho e esforço dedicados à ampliação de toda a rede de saúde, desde o início da pandemia, para que Parnamirim pudesse atender e cuidar de seus moradores, a exemplo da UPA de Nova Esperança, que aumentou sua capacidade de 18 para 26 leitos, a abertura do Hospital de Campanha com 44 leitos e a ampliação da estrutura do Centro de Atendimento Suzete Cavalcanti.

Vale ressaltar que a estrutura tem mais espaço e está sendo preparada para funcionar com 20 leitos.

Opinião dos leitores

  1. Parabéns PREFEITO.
    Essas dez unidades, ajuda a salvar vidas, o que não pode de jeito nenhum é comprar respiradores Super faturados e ENEXISTENTES.
    Fátima, tá escondida na moita e acabando com o RN.
    Infelizmente é a verdade.
    Lamentável!

  2. É assim que se faz ! A governadora podia pedir umas dicas aos prefeitos de Natal e Parnamirim !!!

    1. Tá de sacanagem 10 leitos depois de 4 meses de pandemia e depois que o sufoco aparentemente passou…

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Saúde

Hemonorte participa de pesquisa para uso do plasma em pacientes com Covid-19

O Instituto de Medicina Tropical da UFRN (IMT) e o Hemonorte receberam recentemente aprovação do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa para o projeto que vai avaliar o uso do plasma de pacientes curados da Covid 19 em pessoas que estão com quadro grave da doença.

A seleção dos doadores e receptores será realizada pelo IMT, ficando o Hemonorte responsável pela coleta do plasma através de um procedimento especial chamado aférese.

Os dados obtidos com essa pesquisa vão ajudar o Ministério da Saúde e a Anvisa a consolidar ou aprovar o uso do plasma terapêutico como ferramenta de tratamento para o Coronavírus.

De acordo com o diretor geral do Hemonorte, Rodrigo Villar, “esse tipo de terapia já foi usada em outras epidemias como a H1N1, Ebola e a SARS, com resultados positivos”.

Além disso, o Ministério da Saúde aprovou recentemente o uso do plasma fora da pesquisa clínica. O Hemonorte vai receber a doação de sangue de doadores com mais de 30 dias de recuperação dos sintomas e disponibilizar o plasma para os casos que os médicos achem necessário.

As bolsas de plasma convalescente serão armazenadas de forma especial e enviados às unidades de saúde que estão tratando pacientes com Covid-19.

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Saúde

Hospital Albert Einstein proíbe médicos de receitar cloroquina para pacientes com covid-19

Foto: Getty Images / iStockphoto

Em comunicado ao corpo médico, o Hospital Albert Einstein proibiu a prescrição de cloroquina para o tratamento da covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O medicamento era receitado por médicos do hospital em modo “off label” – quando é usado para tratar uma indicação não prevista em sua bula.

Essa prescrição era feita de acordo com o julgamento do médico para cada paciente. Com a mudança, a cloroquina não pode mais estar em receitas para diagnosticados com covid-19. O remédio é usado no tratamento de outras doenças, como malária e amebíase hepática, além do controle de lúpus e artrite reumatoide.

No fim de maio, uma pesquisa da Universidade de Harvard publicada na revista científica “The Lancet” chegou a conclusão de que os diferentes usos da cloroquina não apresentam benefícios no tratamento da covid-19. O estudo foi feito em larga escala, com mais de 96 mil pessoas internadas com a doença.

Metro Jornal

Opinião dos leitores

  1. E o dinheiro que governo gastou para que o Exército produzisse um grande estoque Hidroxicloroquina? Quem vai pagar?

  2. Fico pensando na classe econômica que procura o Albert Einstein, para quem tem muito dinheiro há outras opções, outros medicamentos, outros métodos…….

  3. Fácil de entender, não se interna os pacientes no início dos sintomas (fase de replicação viral) se interna os pacientes na fase inflamatória (quando o paciente complica); se tivessem tomado a hidroxicloroquina no início dos sintomas provavelmente não teriam precisado ser internados.

  4. O BOZO , votei nele e me arrependo , rei da CLORIQUINA e previsor da terapêutica do “ E DAÍ”, vai ficar uma fera , o que danado ele vai fazer com tanta CLORIQUINA ? Mandou fazer aqui é recebeu uma TOROMBADA de CLORIQUINA do amigo TRUMP . Será possível um negócio desse ? Até uma música já estava adaptada . CLOROQUINA , CLOROQUINA , CLORIQUINA meu amor , eu sei que que o BOZO eu quero tomar tú . TITICO TRÁS O PINICO !

  5. Difícil achar quem ainda acredita nessa Cloroquina, até o remédio pra piolho tem mais efeito comprovado. Enquanto isso o Exército tem estoque de Cloroquina pra 18 anos.

    1. Recentemente saiu um manifesto de mais de quatro mil médicos recomendando o uso da cloriquina (em associação) para pacientes em ESTÁGIOS INICIAIS da doença.

  6. As vezes fico sem entender esse tipo de atitude, 3 pessoas da minha família já contraíram a covid, todas foram curadas usando estes medicamentos como cloroquina e hidroxicloroquina, dois são do grupo de risco, um com diabetes e outra idosa, não tiveram complicações e os sintomas desapareceram em menos de 5 dias, queria saber qual o interesse em impedir isso.

    1. Foi só porque Bolsonaro a mencionou. Esse povo não tem humanidade.

  7. Isso é normal. À medida que as pesquisas vão evoluindo, novos fármacos vão aparecendo. Hoje, existem antivirais (como o Remdesinvir) e os corticoides. Após 3 meses de pandemia, estão surgindo medicamentos mais eficazes do que aqueles do início. Porém, não se pode politizar o uso de remédios

    1. Já foi provado, que os que estão sendo liberados pela Anvisa, são os mais caros do mercado. Política ou máfia dos fármacos. Escolham!

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Saúde

Tosse pode persistir por até seis semanas nos pacientes de covid-19

Foto: Flickr/Donna Sergi

Nos casos mais leves de covid-19, a tosse pode levar até duas semanas para desaparecer, já nos casos mais severos, de três a seis semanas, segundo o infectologista Marcos Cyrillo, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

O sintoma é um dos primeiros a aparecer e um dos últimos a sumir na covid-19. Isso acontece, pois, as células do trato respiratório possuem muitos receptores a que o vírus consegue se ligar, explica o médico.

“Quando o vírus gruda na célula, ele causa uma inflamação ali, além disso, o corpo vai produzir uma série de substâncias para combater esse corpo estranho que também gera uma inflamação e, em consequência, a tosse.”

A tosse causada pela covid-19 pode ser tanto seca quanto com catarro. O médico explica que a inflamação gerada pelo vírus pode favorecer a proliferação de bactérias que já vivem normalmente no corpo, o que gera a produção de muco.

“Tosse com catarro amarelo é, normalmente, pneumonia bacteriana. Mas você pode ter uma infecção pelo coronavírus que tem tosse com muco, inicialmente branco e depois amarelo também.”

Segundo Cyrillo, a tosse pode persistir mesmo após a eliminação do vírus do corpo. “É como quando você pega gripe, passa uns 10 dias e você ainda está com tosse. Isso acontece porque a inflamação gerada pelo vírus pode continuar, mesmo depois que ele foi combatido.”

O médico orienta que, diante de uma tosse crônica, é necessário procurar orientação médica. Ele aponta que beber bastante água, fazer exercícios respiratórios, dormir e se alimentar bem e fazer atividades como caminhada pode ajudar na recuperação.

“São coisas que vão melhorar a expansão do pulmão e a tosse. A água, ajuda na fluidez do muco. Se ele está mais fluido, é mais fácil expelir e aí se tosse menos.”

R7

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Saúde

Hospital da Unimed adota novas medidas de segurança para familiares e pacientes

Foto: Divulgação

Por causa da Pandemia do novo coronavírus o Hospital Unimed suspendeu as visitas aos pacientes com quadro confirmado de COVID-19. O boletim médico é repassado, por telefone, aos familiares, uma única vez ao dia, entre 11h e 15h. É importante que o paciente tenha materiais de higiene pessoal.

Ao paciente hospitalizado na UTI não é permitido o acesso de quaisquer outros objetos além dos solicitados pela equipe. Celulares, tablets, roupas e acessórios devem ficar com os familiares. Ao receber alta da Terapia Intensiva, o paciente será encaminhado ao apartamento ou enfermaria onde passará a ter direito a somente um acompanhante, desde que este não seja do grupo de risco (portador de doenças crônicas, gestante ou idoso).

As medidas visam a preservação da saúde de todos gerando o menor risco possível de disseminação do novo coronavírus.

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Saúde

Dexametasona: OMS vai mudar orientações para tratar pacientes em estado grave por Covid-19

Foto: Reprodução – 16.jun.2020 / Reuters

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que vai atualizar as orientações sobre o tratamento de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. A medida, segundo a OMS, busca refletir os resultados de um teste clínico recente, que mostrou que um esteroide barato e comum pode ajudar a salvar os pacientes em estado grave.

Os resultados anunciados nessa terça-feira (16) mostraram que a dexametasona, usada desde os anos 1960 para reduzir a inflamação causada por doenças como artrite, diminuiu a taxa de mortalidade em cerca de um terço dos pacientes com Covid-19 internados em estado grave.

As orientações clínicas da OMS para tratar os infectados são voltadas a médicos e outros profissionais da saúde. A agência busca utilizar os dados mais recentes para informar essa categoria sobre a melhor maneira de lidar com todas as fases da doença, do processo de triagem até a alta.

Ainda que os resultados dos estudos com a dexametasona sejam preliminares, os pesquisadores envolvidos no projeto disseram que os dados indicam que o medicamento deveria,, imediatamente, se tornar padrão no tratamento de pacientes em estado grave.

Para os doentes que respiram por meio de ventiladores pulmonares, o tratamento mostrou uma redução de aproximadamente um terço da mortalidade. E para aqueles que apenas precisam de oxigênio, a taxa foi reduzida em cerca de um quinto, segundo os estudos preliminares compartilhados com a OMS.

A melhora foi identificada apenas em pacientes em estado grave. A ação da substância não foi analisada em pessoas com sintomas leves.

A notícia sobre a dexametasona surge no momento em que as infecções pelo novo coronavírus se aceleram em alguns países, como Estados Unidos, e em que Pequim decidiu cancelar diversos voos para ajudar a conter uma segunda onda de contaminação.

“Esse é o primeiro tratamento mostrado que reduz a mortalidade de pacientes com Covid-19 que precisam de oxigênio ou de ventilador pulmonar”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado na noite de terça-feira. A agência disse que aguarda a análise completa dos dados do estudo dentro dos próximos dias.

CNN Brasil

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Polícia

NÃO PAROU NOS RESPIRADORES: Auditoria aponta superfaturamento na compra de soro fisiológico para pacientes com Covid-19 no RJ

Foto: Reprodução/Globo News

Depois das denúncias na compra de respiradores para os hospitais de campanha do Rio, e a própria construção dessas unidades, mais um contrato da Secretaria Estadual de Saúde está sendo investigado. Uma auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontou superfaturamento de R$ 1,6 milhão na compra de soro fisiológico para pacientes com a Covid-19.

O volume comprado – 370 mil litros, ou 1,3 milhão de frascos – também levantou suspeitas: é 20 vezes maior do que o total comprado para abastecer hospitais do Estado durante três anos.

Em apenas quatro dias, a Secretaria de Saúde abriu um processo de contratação e escolheu uma empresa para a compra sem licitação. O parecer jurídico era obrigatório, mas essa regra foi ignorada.

O contrato, no valor de R$ 5,7 milhões, foi fechado com a Carioca Medicamentos e Material Médico, escolhida para fornecer cloreto de sódio 0,9% – popularmente conhecido como soro fisiológico – para o atendimento aos pacientes do novo coronavírus.

O TCE abriu uma auditoria e cobrou explicações sobre esse contrato, mas a Secretaria de Saúde não soube dizer por que comprou tanto soro fisiológico.

Em documento, a secretaria admite que “a demanda pela aquisição de cloreto de sódio não foi originada pela coordenação de medicamentos da superintendência de logística, suprimentos e patrimônio”, que é o setor técnico.

A secretaria informou que “como a área desconhece os detalhes do contexto fático que originou a contratação, não é possível estabelecer a relação entre o objeto do processo e o enfrentamento da pandemia da Covid-19”.

A Coordenação de Medicamentos da Secretaria de Saúde também não sabe explicar quais hospitais seriam abastecidos com soro.

Segundo a auditoria, R$ 1,6 milhão poderiam ter sido economizados se a Secretaria de Saúde tivesse comprado o medicamento pelo preço médio de outras contrações realizadas pelo poder público.

“O soro fisiológico é um insumo básico, essencial. Não existe atendimento, nem nas unidades básicas, nem nas UPAs, especialmente nos hospitais, sem soro fisiológico. É necessário o fornecimento sistemático para todas as unidades, em volume adequado para que todas as unidades mantenham um estoque, mas um estoque que possa ser armazenado, porque várias unidades não têm um lugar para estocar uma quantidade grande de soro. É necessário então que a secretaria planeje essa compra por um ano, pelo menos”, avaliou a especialista em Saúde Pública, Lígia Bahia.

Dois meses depois da assinatura do contrato, o estado só recebeu 14% dos frascos comprados. A Carioca Medicamentos ganhou até agora R$ 400 mil dos cofres da Secretaria de Saúde.

O responsável por essa contratação está preso há um mês, por outro motivo. Gabriell Neves é investigado por fraude na compra de respiradores.

Cada aparelho custou até o triplo do valor de mercado. E nenhum dos mil respiradores comprados chegou até os hospitais. Na compra de soro fisiológico, a conclusão da controladoria geral do estado é que, mais uma vez, o governo pagou muito mais caro.

“Esse recurso já foi mal utilizado. Significa que vidas que poderiam ter sido salvas, não serão. Então, na Saúde, é importante que tenhamos ações que sejam ações posteriores, mas é preciso que a gente não cometa os erros. Os erros são muito graves, com consequências muito dramáticas”, destacou Lígia Bahia, especialista em saúde pública.

G1

 

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Saúde

As ‘comorbidades silenciosas’ que podem levar pacientes com Covid-19 à morte

Foto: EPA/RAPHAEL ALVES

Em meio ao crescimento exponencial de infecções e mortes por Covid-19 no Brasil, uma característica presente em diversos casos mais graves preocupa os profissionais de saúde: as comorbidades desconhecidas pelos pacientes ou que não são tratadas adequadamente.

Segundo médicos ouvidos pela BBC News Brasil, são comuns casos de pacientes com doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão e tuberculose que desconhecem tais comorbidades até serem internados com Covid-19. Outra preocupação também é com aqueles que sabem da enfermidade, mas não fazem o tratamento adequado.

Para os profissionais da área, a situação representa um retrato da saúde dos brasileiros e traz à tona questões culturais nas quais a atenção primária não recebe o devido cuidado. Para muitos pacientes, médicos e unidades de saúde devem ser procurados apenas em casos de doença.

No contexto da Covid-19, comorbidades como diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outros, aumentam o risco de agravamento do quadro do paciente. Para aqueles que não tratavam as enfermidades previamente, a evolução da doença causada pelo novo coronavírus pode ser ainda pior. Segundo especialistas, muitos desses casos poderiam não ter uma evolução tão grave se a pessoa fizesse o tratamento adequado da doença pré-existente.

“A Covid-19 se tornou um novo momento para muitos pacientes descobrirem questões ocultas sobre a própria saúde, principalmente aqueles que não se cuidavam ou não tinham acesso ao serviço de saúde”, declara a médica Denize Ornelas, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Ornelas frisa que um paciente com uma doença pré-existente que está controlada, por meio de tratamento, pode apresentar uma resposta melhor à Covid-19. Ela pontua que, em casos de pessoas que não têm a comorbidade controlada, muitas vezes o médico precisa aliar o tratamento contra a Covid-19 com medicamentos para a doença pré-existente. “Nesse caso, a atenção precisa ser ainda maior”, ressalta.

Uma das principais formas de atenção primária no Brasil é o programa Saúde da Família, criado nos anos 90 por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa atinge cerca de 65% da população. O projeto, porém, enfrenta dificuldades como a sobrecarga de equipes em algumas regiões e a falta de hábito entre os brasileiros, que nem sempre compreendem a importância das medidas preventivas relacionadas à saúde.

Doenças pré-existentes

O infectologista Alexandre Naime, chefe de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), tem presenciado casos de pacientes com a Covid-19 que desconheciam as próprias comorbidades. Ele revela que é comum acompanhar pessoas com sobrepeso, mas que não acreditavam que façam parte do grupo de risco.

“Infelizmente, temos notado muitos pacientes com a Covid-19 que têm um IMC (Índice de Massa Corporal) que se enquadra na obesidade, mas não percebiam. Isso é preocupante. Estamos identificando muitas doenças, até então desconhecidas pelos pacientes, nas internações, como hipertensão e diabetes. São mazelas motivadas por hábitos ruins ou questões genéticas. Elas fazem com o que o paciente esteja no grupo de riscos da Covid-19”, diz Naime.

“Muitos não costumam buscar ou não conseguem acompanhamento médico antes da doença. Essas pessoas, normalmente, têm baixa percepção dos riscos de suas doenças, que incidem na população em geral. Nunca fizeram avaliação preventiva, nunca se preocuparam com o peso”, acrescenta o infectologista.

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que obesidade, hipertensão e diabetes são as comorbidades desconhecidas, ou sem tratamento adequado, mais comuns entre pacientes com quadro grave de Covid-19 — elas também são as doenças crônicas mais comuns entre os brasileiros em geral, conforme o Ministério da Saúde.

Ainda segundo os especialistas, outras enfermidades como tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica e problemas cardíacos também podem estar entre as mazelas desconhecidas por pacientes infectados pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus, que são internados em estado grave.

As doenças pré-existentes costumam ser descobertas em meio aos diversos exames feitos em pacientes internados com a Covid-19.

Para os médicos ouvidos pela BBC News Brasil, um dos principais motivos para que essas comorbidades não tenham sido descobertas previamente em diversos casos é porque são silenciosas. Desta forma, como muitos deixam de fazer exames preventivos, acabam descobrindo a mazela apenas quando sente alguma dificuldade.

“Nem todos têm acesso à atenção primária com facilidade no Brasil ou se preocupam em se prevenir. Por isso, é comum que descubram a doença apenas quando já está em estágio avançado, quando a saúde está descompensada. Isso tudo traz uma série de consequências, porque a pessoa não se cuida desde o princípio e isso pode aumentar riscos de infartos, derrames ou insuficiência cardíaca”, aponta o médico intensivista José Albani de Carvalho.

Albani, que também está na linha de frente dos casos do novo coronavírus, trabalha em diferentes unidades de terapia intensiva (UTI) de São Paulo. Ele acompanhou casos de pacientes graves com o novo coronavírus que descobriram que possuíam comorbidades durante a internação.

“Na realidade, a Covid-19 só torna essa situação (da falta de diagnósticos para doenças pré-existentes) mais evidente. Isso é uma situação crônica, principalmente nas classes de menor poder econômico. Países pobres ou em desenvolvimento costumam sofrer com essa baixa prevenção”, afirma Albani.

Saúde da família

O principal projeto no Brasil para a atenção primária é o programa Saúde da Família. O pesquisador Eduardo Melo, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, aponta que a iniciativa é um meio fundamental de acesso da população da periferia ao SUS.

“Essas unidades básicas de saúde (ligadas ao Saúde da Família) têm três grandes funções: acolher a demanda espontânea, como criança com febre ou uma pessoa gripada; fazer um cuidado continuado, no qual cria vínculos com os pacientes, porque acompanha as pessoas; e lidar com riscos e vulnerabilidades no plano coletivo, como captar e ajudar pessoas com maiores vulnerabilidades”, explica Melo.

“As equipes de saúde básica buscam descobrir precocemente pessoas com condições ou doenças crônicas, para prevenir essas doenças ou impedir o agravamento delas, por meio de acompanhamento. São unidades preparadas para tratar pessoas com tuberculose, por exemplo, e iniciar tratamento”, acrescenta.

As equipes das unidades básicas também costumam identificar grupos de riscos, pessoas que não costumam fazer exames e aquelas que possuem histórico familiar para possíveis doenças pré-existentes. “Com base nesse parâmetro, as equipes vão rastrear as pessoas. Mas claro, nem sempre consegue atender a todos”, diz Melo.

Em todo o país, há 43 mil equipes do Saúde da Família, formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

O programa costuma ter mais resultados em pequenos municípios. Em cidades maiores, por diversas vezes a iniciativa não tem equipe para cobrir toda a população. “A melhor alternativa é contratar mais equipes e expandir o funcionamento desses locais, pois muitos estão abertos de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Nem todos os pacientes podem procurar ajuda nesse período”, pontua o pesquisador.

Outro problema enfrentado no projeto, aponta Melo, é a questão cultural que aponta que médicos devem ser procurados somente em caso de doença.

“Um paciente internado tem pouca possibilidade de escolher o que os profissionais de saúde farão para ajudá-lo. Mas não é assim quando é um atendimento preventivo, pois o paciente está andando ao ar livre. Às vezes, existem questões culturais (sobre a busca por atendimento médico). A simples presença do Saúde da Família no lugar não vai mudar tudo. Isso impacta a vida das pessoas, mas não quer dizer que não haverá desafios e dificuldades”, declara.

Os homens costumam ser os que mais ignoram os cuidados com os problemas de saúde. “Há muitos que não se cuidam. É uma questão cultural”, afirma.

Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, atendimentos considerados não essenciais estão sendo desmarcados nas unidades básicas de saúde. A atenção primária tem feito poucos procedimentos preventivos, pois o principal foco é o enfrentamento à Covid-19.

Em nota à BBC News Brasil, o Ministério da Saúde afirma que tem orientado os gestores locais de saúde que os atendimentos essenciais sejam mantidos e que os procedimentos eletivos, que não precisam de urgência, sejam adiados. A pasta pontua que uma das opções para continuidade dos atendimentos nas unidades básicas é a telemedicina, visitas domiciliares ou outras formas, desde que sejam adotadas as medidas de precaução adequadas.

O ministério diz que, para reforçar o atendimento médico da atenção primária, facilitou emergencialmente a adesão dos municípios ao programa Saúde na Hora, “possibilitando o aumento de repasses federais para 28 mil unidades de saúde menores reforçarem o atendimento durante a pandemia”. Assim, segundo a pasta, muitas unidades passaram a flexibilizar o atendimento para o público acessar os serviços ofertados nos postos de saúde.

“Vale reforçar que o Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite e funciona com a articulação das ações entre Governo Federal, Estados e Municípios. Sendo assim, cada esfera tem autonomia para tomar decisões que estão sob a sua gestão”, diz nota do Ministério da Saúde.

BBC

 

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Denúncia

VÍDEO: Profissionais da saúde e famílias de pacientes denunciam “supernotificação” de óbitos por covid-19

Profissionais da saúde e famílias de pacientes denunciam uma “supernotificação” de óbitos por covid-19. Segundo eles, o número de vítimas fatais do vírus é menor do que o divulgado. Muitos pacientes que morreram por outras doenças recebem laudo de covid-19, entrando nas estatísticas da pandemia, que deveria ser menor do que a divulgada oficialmente. Confira reportagem completa da Record acima.

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  1. Não dá entender, uma hora reclama da subnotiticação, outro momento da supernotificação, afinal os dados não partem dos hospitais? Não são os médicos e enfermeiros que lançam esses dados? Querem mesmo brincar com a morte das pessoas.

  2. Clara, não sou fã de Bolsonaro nem entro nessa briga idiota esquerdista-direitista, mas a abordagem do Brasileiro sobre Ciência está correta. Gosto da revista Scientific American e o que mais tem ali é opinião de cientistas. E assim foi construída a ciência. A história da física quântica vai agradar você, tenho certeza, porque seus argumentos e sua "fala" são inteligentes.

  3. Que o número é superdimensionado, isso é fato. Há histórias todos os dias sendo contadas.
    Agora, quem for contra o uso terapêutico da hidroxicloroquina, é simples. Não autorize a medicação para o seu tratamento ou de um parente. Quero ver….

  4. Não acredita na realidade as nossas vistas? Simples, tira os equipamentos de proteção e corre para o abraço,e deixem quem quer se proteger e viver, em paz.

  5. Sim claro que está notificados pois os assassinos dos nossos políticos presidem destes números para que venham verbas para serem gastas ao Bel prazer com isso facilitando os desvios

  6. Acredita nisso, tira a máscara e vai andar pelas UTI, e beijar na boca os doentes. É só um resfriado essa doença.

  7. Bela entrevista do médico. Ciência implica em CONFLITO DE HIPÓTESES. Quando muitas pessoas falam que esse ou aquele artigo científico defende esta ou aquela hipótese, não significa necessariamente que esta hipótese está certa ou errada.
    Não podemos esquecer que quando Einstein publico suas teses, ninguém acreditou inicialmente. Ciência não é algo democrático, é algo que se constrói baseando-se nas evidências a LONGO PRAZO.

    1. Ministério da Saúde, mas eu mesma não confio não, já que a subnotificação é gritante. Simplesmente não se testa (queria forma melhor de provar que "tá suave" que testando em massa?) Mas enfim, a confiabilíssima Record já nos empurrou ate a grávida de Taubaté, né? Tb não é favorecida pelo presidente na publicidade…. Deve tá certa sim. Número e ciência são falsos. Existem pra prejudicar o "mito".

    2. Sua resposta carece de racionalidade. Você fala como se estivesse baseada em sentimentos e não em uma motivação racional. Fala que há subnotificação, mas quais são os métodos de estimar isso? Fala na ciência como se fosse uma entidade sobrenatural dotada de unanimidade em suas posições. Isto não existe! Existem opiniões de cientistas, que são divergentes entre si. A partir daí é que futuramente vai se estabelecer qual é a melhor descrição científica da realidade.
      Se formos tratar desse problema embriagados de sentimentos e aspectos emocionais, isto não é algo científico de forma nenhuma.

    3. Cientista não "opina" e o senhor fala muito bonito pra não dizer nada. Infelizmente, não sou audiência pro senhor e boa parte de quem comenta aqui também não é. Tenta o zap, lá costuma ser bem mais fácil enganar otário com conversa mole.

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Política

Comissão da Câmara Municipal de Natal defende unidades de saúde exclusivas para pacientes com Coronavírus

A Comissão Especial de Fiscalização dos Atos do Poder Executivo de Enfrentamento à Pandemia causada pelo coronavírus (COVID-19) esteve reunida nesta segunda-feira (25), no plenário da Câmara Municipal, para deliberar sobre temas referentes à pandemia do Coronavírus no município de Natal.

Em pauta, a sugestão dos vereadores para que a Secretaria Municipal de Saúde crie unidades de saúde específicas para o recebimento exclusivo de pacientes com Covid-19. O presidente da Comissão, vereador Fernando Lucena (PT), defende a criação de 10 ou 12 unidades com este perfil. “Hoje, na mesma recepção tem pessoas com dengue, com problema cardíaco e com coronavírus, ou seja, eles estão lá no mesmo ambiente sendo contaminados e outros contaminando. Além disso, tem pessoas doentes em casa, com outras doenças, com medo de ir para a UPA e pegar coronavírus. É isso que nós queremos evitar”, explicou.

Responsável pelo setor de Atenção Básica da Secretária Municipal de Saúde, Laís Onofre, presente virtualmente na reunião, explicou que, atualmente, as 60 unidades de saúde de Natal recebem pacientes com sintomas de coronavírus e defendeu o atendimento de portas abertas. “Todas as unidades básicas são porta de entrada para os pacientes que apresentam sintomas. Todas elas têm salas específicas pra atender pacientes sintomáticos. E dentro da realidade atual, uma unidade por zona específica para atender só pacientes com Coronavírus não suportaria a demanda”, explicou a técnica.

Como alternativa, os membros da Comissão lançaram a sugestão da abertura de alas específicas para esses pacientes no Hospital de Campanha e no Hospital Municipal. O tema será discutido novamente na próxima reunião do grupo que acontecerá na próxima segunda-feira (01 de junho).

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  1. Dizer que o município tem que criar é o mais fácil. Deveria ir com um projeto pronto, com uma solução por escrito, um projeto concreto. E não ficar somente no campo da falácia. O que o município tem que fazer é estruturar as unidades de saúde para receber os pacientes com suspeita de coronavírus. Acredito ser o caminho mais fácil. Apresente um projeto por escrito nesse sentido. Coloca os assessores para trabalhar. Ficar só falando, sem nada concreto, só tumultua. Não ajuda e ainda atrapalha.

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Saúde

VÍDEOS: Hospital de Campanha de Natal tem 2ª e 3ª altas de pacientes recuperados da Covid-19

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS Natal) informa que na noite dessa quarta-feira (20) o Hospital Municipal de Campanha deu alta ao segundo e terceiro pacientes recuperados da Covid-19. Um homem, de 65 anos, hipertenso, admitido em 18 de maio; e uma mulher, de 58 anos, também admitida em 18 de maio de 2020.

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Saúde

FOTOS: Cresce o número de pacientes que venceram a COVID-19 em Parnamirim

Fotos: Ney Douglas

A Prefeitura de Parnamirim, informou na manhã desta segunda-feira (18), por meio da Secretaria de Saúde (SESAD), a cura de mais oito pacientes infectados pelo novo coronavírus. Até este domingo, dos 289 casos confirmados, 112 já estão fora de risco.

Em meio ao crescente número de casos positivos, há um aumento também do índice de pessoas recuperadas, informou a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde do município, Ana Paula Pontes. Segundo ela, os números são atualizados diariamente e a cada dia, cresce a quantidade de pessoas que restabeleceram a saúde.

A coordenadora frisou que muitos desses pacientes não precisaram ser internados e seguiram o regime de isolamento domiciliar. Ainda de acordo com ela, o sucesso no resultado do tratamento tem como razão o acompanhamento que o setor epidemiológico tem realizado.

Ana paula relatou que, tão logo o paciente procure a Unidade de Ponto Atendimento (UPA) ou outra unidade de saúde, o setor de vigilância é imediatamente acionado. A partir daí, o grupo responsável pelo monitoramento fica encarregado de acompanhar a evolução dos sintomas e alertar como devem proceder o paciente, sua família e amigos.

Luciano José de Araújo, de 45 anos, contraiu a doença após ter tido contato com amigos que viajaram para fora do Estado. Segundo ele, os sintomas de febre alta, diarreia, dor de cabeça e no corpo iniciaram no dia 22 de março. Ao procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Boa Esperança, para a realização do exame, Luciano foi orientado a iniciar o isolamento, mesmo antes de receber o resultado, devido às características dos sintomas.

Para Luciano, as orientações repassadas pela equipe epidemiológica com relação aos cuidados que deveria tomar, para sua segurança e dos demais, foi o diferencial para a cura. “Recebi ligação todo santo dia. Eles perguntavam como eu me sentia, chamavam minha atenção para solicitar uma ambulância em caso de evolução, conversaram com o condomínio, sem me expor, a fim de redobrar os cuidados com a limpeza e higienização das áreas, principalmente do elevador, mesmo eu estando impossibilitado de sair de casa. Me ensinaram a cuidar da desinfecção do meu ambiente e do manuseio com a alimentação”, disse.

Além disso, Luciano acredita que o trabalho da secretaria foi determinante para impedir que seu filho, um adolescente de 15 anos, fosse infectado. “Eu me senti assistido e cuidado. A doença em si já nos deixa afastado do mundo. As ligações eram um conforto pra mim. Sem contar que seguir as orientações fez com que meu filho, que mora comigo, saísse disso ileso”, completou.

O grupo epidemiológico é formado por 12 profissionais. Médicos, enfermeiros, biólogos e funcionários da SESAD estão de domingo a domingo acompanhando a vida desses pacientes. “É um trabalho incansável. Mas aí estão os resultados”, finalizou Ana Paula.

Vale ressaltar que somente o diagnóstico médico e o serviço de saúde poderão definir o modelo do tratamento indicado ao paciente, se por meio de isolamento domiciliar ou internação hospitalar.

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Saúde

Covid-19: atualização da Sesap informa que RN tem 350 pacientes internados

Foto: Demis Rousso

A atualização dos dados epidemiológicos e ações do Governo do Rio Grande do Norte no combate ao novo coronavírus confirma que há, nesta sexta-feira, 15, 350 pacientes internados em leitos de UTI, semi-uti e enfermaria para assistência à Covid-19 nas redes pública e privada. “Apesar de todos os esforços para abertura de novos leitos, é um número muito alto. Estamos vivenciando uma pressão acima do projetado na ocupação de leitos críticos”, avaliou Petrônio Spinelli, secretário adjunto de Saúde do Estado, durante entrevista coletiva na Escola de Governo, em Natal.

O secretário informou que a segunda semana de maio de encerra com taxa de ocupação de leitos melhor que a semana anterior. Mas isto ocorre em função da abertura de novos leitos, não por redução do número de casos. “Todo dia aumenta o número de internados. A situação hoje é menos ruim que sexta-feira passada, mas ainda é muito grave”, disse. A gravidade se dá devido ao baixo isolamento social. Ontem foi de apenas 42,34%, índice muito aquém do ideal que seria, no mínimo, de 60%.

Esta semana o Governo do RN abriu 10 novos leitos no Hospital Rafael Fernandes e mais 5 no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. Neste final de semana, outros 5 leitos estarão disponíveis no Tarcísio Maia, totalizando 20. Também em Mossoró, no Hospital São Luiz, está sendo trabalhada a expansão de leitos.

Esta semana, o Governo do RN abriu mais 11 leitos no Hospital Giselda Trigueiro, que passou a ofertar 33 leitos críticos. Os 11 novos leitos estão recebendo a montagem dos respiradores para atenderem como UTI. Nesta sexta-feira, dos 23 leitos de UTI com respiradores do Giselda, 22 estão ocupados.

No Hospital da Polícia Militar, em Natal, o Governo do Estado abriu mais 5 leitos de UTI esta semana, ampliando a disponibilidade para 15 leitos. Destes, 11 estão ocupados. Para os próximos dias está programada a abertura de mais 5 leitos totalizando 20, somente no Hospital da PM.

O Hospital Rio Grande, da rede privada em Natal e contratado pelo Governo do Estado para atendimento SUS, está com 100% de ocupação dos leitos. Em Natal, o Hospital Municipal, administrado pela Prefeitura, tem 100% de ocupação dos leitos críticos, clínicos e de estabilização. Na Região Metropolitana de Natal a taxa de ocupação é de 88,8%.

A taxa de ocupação de leitos Covid-19 na região Oeste, nesta sexta-feira, chegou a 80%. Em Pau dos Ferros não há internações. Já no Seridó, em Caicó, a taxa de leitos ocupados é de 61%.

Nesta sexta-feira, 15, a fila de regulação para internações tem dois pacientes com prioridade 1 (UTI), seis pacientes com prioridade 2 (semi-uti) e 38 pacientes com prioridade 3 (leitos clínicos e enfermaria).

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) mostra que hoje o RN tem 8.988 casos suspeitos, 2.786 confirmados, 7.052 descartados, 122 óbitos confirmados e 61 óbitos em investigação.

Os registros da Sesap apontam que dois indígenas vieram a óbito. Spinelli alerta que indígenas, quilombolas e populações vulneráveis, como moradores de rua, são do grupo de risco e devem ter maior acompanhamento da atenção básica em saúde e da assistência social, serviços que são de responsabilidade dos municípios.

COMITÊ

Sobre a saída do professor Ricardo Valentim do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, Spinelli disse que foi decisão pessoal e que o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), da UFRN, continua integrando o Comitê Científico do RN. “Existem dois comitês científicos: o do Consórcio Nordeste e o do RN. Por decisão pessoal, Ricardo Valentim deixou o Comitê Científico do Consórcio Nordeste. O Governo do RN reafirma que os dois comitês são muito importantes e fundamentais para a tomada de decisões, por critérios técnicos e científicos, com o objetivo de preservar a saúde da população”, considerou Petrônio Spinelli.

“Estamos vivenciando um drama no sistema de saúde. Todos os dias prestamos contas do que está sendo feito e como a pandemia está evoluindo. Sempre informamos a verdade sobre a vigilância, sobre o isolamento social e sobre a montagem progressiva de estrutura para enfrentar a Covid-19”, finalizou o secretário adjunto.

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    1. Vende-se tinta para cabelos em supermercado (acho), mas não tenho certeza.

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Saúde

Pacientes recuperados de Covid-19 produzem anticorpos variados, diz estudo

Foto: Creative commons

A maioria dos pacientes com Covid-19 produz importantes mecanismos de defesa específicos para combater o novo coronavírus, como os anticorpos e as células T. Entretanto, segundo um estudo publicado nesta semana na revista Immunity, a resposta do sistema imunológico dos pacientes varia de pessoa para pessoa.

O artigo foi resultado de uma pesquisa conduzida na China com 14 indivíduos que foram infectados pelo Sars-CoV-2 e já se recuperaram da doença. Os especialistas ainda não sabem porque a resposta imune variou tão amplamente entre os pacientes, quando o esperado era que o sistema imunológico deles respondesse de forma parecida.

Os autores dizem que essa variabilidade pode estar relacionada ao estado físico do paciente, às quantidades iniciais de vírus com as quais ele tenha entrado em contato, ou até sua microbiota. “Nosso trabalho fornece base para uma análise mais aprofundada da imunidade e para a compreensão do mecanismo protetor subjacente ao desenvolvimento da Covid-19, especialmente em casos graves”, afirmou Chen Dong, um dos autores do artigo, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, sabe-se relativamente pouco sobre a resposta imune protetora induzida pelo Sars-CoV-2, e abordar essa lacuna pode acelerar o desenvolvimento de uma vacina eficaz. Pensando nisso, os pesquisadores compararam as respostas imunes dos 14 voluntários com os de 6 outros indivíduos saudáveis que não tiveram Covid-19.

Dentre as pessoas deste grupo, os voluntários que tiveram Covid-19 apresentaram níveis mais altos de anticorpos de imunoglobulina M (IgM) e imunoglobulina G (IgG), que se ligaram ao receptor da proteína spike (S-RBD) e à proteína nucleocapsídica do Sars-CoV-2, responsável por encapsular o material genético do vírus.

Outro achado relevante para os médicos é que a quantidade de anticorpos neutralizantes foi associada aos anticorpos IgG que combateram o receptor da proteína spike, mas não os que se ligaram à proteína nucleocapsídica. “Nossos resultados sugerem que o S-RBD é um alvo promissor para as vacinas contra o Sars-CoV-2”, disse Fang Chen, um dos pesquisadores, em declaração à imprensa. Além disso, a proteína induziu respostas de anticorpos e células T.

Galileu

 

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