Saúde

Pandemia vai afetar todas as áreas da educação no país, diz Inep

Foto: © Wilson Dias / Arquivo Agência Brasil

A crise gerada pela pandemia do coronavírus deverá atingir todas as áreas da educação, mas ainda é cedo para saber quais serão seus impactos. A constatação foi feita nesta quinta-feira (2) pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Gustavo Henrique Moraes, durante apresentação do relatório do 3º Ciclo de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação/2020.

O impacto financeiro da crise no Ministério da Educação ( Mec) também foi admitido. “O MEC se enfraquece um pouco diante da questão fiscal que o Brasil vive”, reconheceu sem dar detalhes o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

Metas

O PNE, como é conhecido, tem 20 metas que devem ser cumpridas 100% em um prazo de 10 anos , de 2014 a 2024. O relatório – que abrange os últimos dados de 2018 e 2019 – divulgado hoje aponta que dos 57 indicadores, apenas 13,4% tiveram a meta atingida.

“Percebe-se que 41 indicadores (73,21%) têm nível de alcance maior do que 50%, 28 indicadores (53,84%) têm nível maior do que 80% e 7 indicadores (13,46%) já chegaram à meta estabelecida. O nível médio de alcance está em 76,22%. Reconhecer esses números é rejeitar a compreensão simplista que afirma que tudo vai mal na educação brasileira; é reconhecer o esforço coletivo dos profissionais da educação que, mesmo que enfrentem adversidades, apostam na escola como o local da esperança e da transformação nacional”, ressalta o documento.

Os dados apresentados mostram ainda que apenas 31 de 37 indicadores usados no plano tiveram nível de execução inferior a 60%, mas 21% dos indicadores retrocederam. Sobre o desempenho do Plano, o presidente do Inep disse que, sozinho, o MEC não conseguirá executar todas as 20 metas do PNE até 2024 e lembrou a importância do envolvimento dos estados, municípios, universidades, institutos federais no cumprimento dos objetivos.

Adultos

O pior resultado do relatório diz respeito à meta que estipula que pelo menos 25% das matrículas na Educação de Jovens e Adultos seja integrada à educação profissional. “Aqui está nosso pior indicador: apenas 1,6% de matrículas de jovens adultos estão integradas à educação profissional”, destacou Gustavo Moraes.

Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

FOTOS: Sobe para 10 o número de mortos no Sul do país após passagem de ‘ciclone bomba’

Foto: Divulgação/ Defesa Civil do RS

Subiu para dez o número de mortos no Sul do país após a passagem de um “ciclone bomba” com ventos de até 120 km/h na terça-feira (30). A defesa civil emitiu um alerta de que o fenômeno avança sobre o Sudeste nesta quarta (1º).

As chuvas e ventos fortes, causados pela formação do ciclone extratropical (ciclone bomba) derrubaram árvores e fizeram estragos em diversas cidades da região. O fenômeno atingiu mais fortemente o estado de Santa Catarina. Foram atingidos também municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.

As vítimas identificadas, até o momento, são uma idosa de 78 anos na cidade de Chapecó, que foi atingida por uma árvore, um homem em Santo Amaro da Imperatriz, atingido por fios de alta tensão, e outro homem de 59 anos em Ilhota.

A cidade de Tijucas registrou três mortes, ainda não especificadas. Governador Celso Ramos, Itaiópolis e Rio dos Cedros também tiveram uma morte cada. E, em Brusque, há uma pessoa desaparecida.

No Rio Grande do Sul, um homem de 53 anos morreu soterrado em Nova Prata, na região serrana, durante temporal. Vanderlei Oliveira trabalhava em uma construção perto de um barranco quando houve um deslizamento.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre a terça e esta quarta-feira (1º) foram atendidas mais de 1,6 mil ocorrências em Santa Catarina relacionada ao fenômeno.

“Os trabalhos seguem em todas as regiões do estado, lembrando que seguimos com restrições no telefone 193, mas a população pode tentar [contato] pelo telefone fixo, ou os celulares de plantão. Pedimos para que os cidadãos mantenham a calma neste momento e fiquem em locais seguros”, informou a corporação, em nota.

O que é um ciclone bomba?

De acordo com o meteorologista da Climatempo André Madeira, o ciclone extratropical recebe esse apelido por causar uma queda de pressão em curto espaço de tempo.

Esse fenômeno pode causar ventos intensos e agitação marítima. No entanto, Madeira diz que a ocorrência é “relativamente comum” para essa época do ano.

“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria. Também há a possibilidade de neve na Serra Gaúcha na quinta-feira (2)”, disse.

Alerta

Os efeitos do ciclone bomba poderão atingir outros estados além da região sul do país, informou a Marinha nesta terça-feira (30).

De acordo com o comunicado, ventos de até 88 km/h podem chegar à faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, ao sul de Arraial do Cabo, até a noite desta quarta (1º).

Também há chance de ondas de três a quatro metros de altura em alto mar entre o Rio de Janeiro e a Bahia, ao sul de Caravelas, entre quarta e a manhã da sexta-feira (3).

O órgão também alerta que a aproximação de uma frente fria poderá provocar rajadas de vento de até 74 km/h na faixa ao norte de Arraial do Cabo até o sul de Guarapari, no Espírito Santo.

A Marinha pede aos navegantes que consultem o portal do Centro de Hidrografia antes de irem ao mar.

CNN Brasil

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Quarentena ioiô pelo país será o ‘novo normal’ até pandemia ser controlada

Foto: Luciano Lanes / Prefeitura de Porto Alegre

O tão sonhado “novo normal”, quando todas as atividades econômicas são retomadas com segurança, pode, na verdade, ser uma “quarentena ioiô”. Pelo menos nos próximos meses. O recuo na flexibilização nas três capitais do Sul do país, Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), além de cidades do interior paulista e do Nordeste, é um exemplo de que devemos nos habituar a conviver com o abre e fecha de acordo com a curva de contágio do novo coronavírus em cada região.

— Após três meses de pandemia, não há como manter tudo fechado. Os comitês científicos de cada cidade ou estado devem analisar os indicadores disponíveis, como a taxa de transmissão da doença, que deve ser abaixo de 1 — alerta a pneumologista Margareth Dalcomo, da Fiocruz.

Para o professor de Epidemiologia da Uerj e da UFRJ Guilherme Werneck, o abre e fecha já era previsto, mas ele critica algumas medidas tomadas de forma precipitada:

— Muitos não seguem o receituário indicado para a reabertura. Na primeira evidência de que há uma melhora, mandam abrir tudo. Mesmo quando há bons indicadores, é preciso esperar um pouco e ter a certeza de que há tendência de estabilidade. É mais seguro abrir de forma lenta.

Curitiba, por exemplo, viu a ocupação dos leitos de UTI aumentar de 49% para 85%, e o número de casos de Covid-19 triplicar somente no mês de junho. A prefeitura da capital paranaense havia autorizado a reabertura do comércio ainda em abril. Shoppings, igrejas, academias e bares puderam voltar a funcionar em maio. Mas já foram anunciadas novas medidas restritivas, e a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, chegou a afirmar na semana passada que a cidade poderia adotar um lockdown.

Porto Alegre, que chegou a relaxar as regras de distanciamento social com a reabertura do comércio, começou a determinar a volta de algumas restrições na semana passada, com o fechamento de vários setores. Diante do aumento do número de internações em UTIs — a taxa de ocupação é de 72% dos leitos —, a prefeitura publicou novo decreto, na madrugada de terça-feira, retomando o nível de isolamento vigente em março, com comércio, indústria e construção civil tendo que interromper novamente as atividades.

Prefeituras de cidades da Grande Florianópolis anunciaram nesta quarta-feira mais rigor nas restrições após o aumento dos casos. Além da capital, São José, Palhoça e Biguaçu publicaram decretos proibindo aglomerações e tornando obrigatório o uso de máscaras.

Juazeiro, na Bahia, flexibilizou a quarentena em 1º de junho, mas a taxa de ocupação de UTIs saltou de menos de 70% para 92%, o que levou a prefeitura a mandar, segunda-feira, que as lojas voltem a fechar, além de impor um toque de recolher das 20h às 5h.

Extra – O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Saiba como cada estado está retomando as atividades econômicas no país

Foto: Maria Ana Krack/PMPA

No Brasil, cerca de três meses após o início da adoção de medidas de isolamento e restrições de circulação e de funcionamento do comércio adotadas pelos estado e o pelo Distrito Federal, a maior parte das unidades da federação, de acordo com levantamento feito pela Agência Brasil, começam a afrouxar as regras ou a pelo menos definir planos para a retomada gradual das atividades econômicas, mantendo medidas de isolamento social.

Pelo menos 17 estados e o Distrito Federal publicaram medidas que permitem a flexibilização das normas que foram adotadas inicialmente, discutindo com prefeituras uma retomada gradual, dependendo da situação de cada região. Em pelo menos 14 unidades da federação, essas medidas estão em vigor. Seis estados estão discutindo, mas ainda não têm planos de retomada oficialmente publicados. Alagoas, Bahia e Mato Grosso do Sul estão na fase final e devem publicar os planos em breve. Espírito Santo, Roraima e Mato Grosso discutem as medidas.

As medidas de flexibilização são controversas entre especialistas. Por um lado, a crise econômica enfrentada pelas unidades federativas leva a uma reabertura, por outro, há ainda, no país, um crescimento do número de casos e de mortes por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Esta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que o Brasil caminha para a estabilização e que precisa redobrar a cautela. O diretor executivo da OMS, Michael Ryan, alertou que uma estabilização pode se transformar em um aumento de casos, como visto em outros países.

De acordo com o balanço de sexta-feira (19) divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 1.032.913 pessoas infectadas pelo vírus e 48.954 mortes.

Veja abaixo o levantamento completo:

(mais…)

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

75% dos shoppings no país já reabriram

Na reabertura dos shoppings no Rio, placas indicam uso obrigatório de máscaras por clientes Foto: / Guito Moreto/Agência O Globo

O Brasil já tem 434 shoppings reabertos, o equivalente a 75% do total, em 157 municípios. Os dados são da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).

Em São Paulo, são 62 municípios com 170 shoppings reabertos.

No total, 17 shoppings em sete municípios reabriram e fecharam novamente.

No Sudeste, são 247 shoppings reabertos, sendo 170 emSão Paulo, 51 no Rio de Janeiro, 17 em Minas Gerais e nove no Espírito Santo.

Na Região Sul, são 91, sendo 32 no Rio Grande do Sul, 24 em Santa Catarina e 35 no Paraná.

No Centro-Oeste, são 43. O Distrito Federal tem 20, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, seis cada, e Goiás, 11.

No Nordeste, Bahia tem sete, Ceará, 15, Maranhão, 10 e Pernambuco, dois.

Na Região Norte, o Amazonas tem dez shoppings reabertos, o Pará tem sete e o Tocantins tem dois.

Guilherme Amado – Época

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Rondônia tem melhor taxa de isolamento do país após governo endurecer medidas contra Covid-19; RN apenas em 10º

Gráfico mostra índice de isolamento social no país no domingo (7) — Foto: InLoco/Reprodução

O estado de Rondônia teve a melhor taxa de isolamento social do país no último domingo (7). De acordo com dados da empresa InLoco, que usa como base dados de localização dos celulares, o índice do estado foi de 55,18%. Em segundo lugar ficou o Acre, com 53,63%.

O crescimento repentino na taxa de isolamento se deve ao decreto do governo do estado, que endureceu o isolamento restritivo em Porto Velho e Candeias do Jamari. Desde o fim de semana, é proibido qualquer deslocamento em vias públicas fora das hipóteses apresentadas no documento assinado por Marcos Rocha. A restrição máxima tem objetivo de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

Na sexta-feira (5), o G1 mostrou que Rondônia tinha registrado a pior taxa de isolamento (36,7%) desde março.

Por causa causa da baixa adesão do distanciamento social e do crescente aumento no número de casos da Covid-19, o governo publicou um decreto no mesmo dia para restringir a circulação de pessoas e mandou fechar os estabelecimentos não essenciais, incluindo a rodoviária de Porto Velho. Também se tornou obrigatória a apresentação de uma declaração de serviço essencial, para o trabalhador que precisar circular nas ruas (veja aqui os modelos).

Depois da publicação do decreto estadual, a taxa de isolamento social aumentou para 46,9% no sábado (6) e, no domingo (7), atingiu os 55,18%.

Apesar de ultrapassar os 50%, autoridades de saúde dizem que o índice recomendado de isolamento é acima de 70%, pois assim é possível reduzir gradativamente a propagação da Covid-19.

Isolamento restritivo

O Governo de Rondônia decretou isolamento social restritivo em Porto Velho e Candeias do Jamari até 14 de junho.

O decreto de isolamento social nas cidades leva em consideração a evolução epidemiológica da doença e a taxa de ocupação dos leitos de hospitais, públicos e privados. Porto Velho, por exemplo, continua com lotação máxima nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) da rede pública de saúde.

De acordo com o documento, serão permitidas as seguintes atividades (públicas e privadas):

distribuição e a comercialização de gêneros alimentícios, tais como supermercados, atacarejos, açougues, padarias e estabelecimentos congêneres;

restaurantes, lanchonetes e congêneres somente por delivery;

assistência médico-hospitalar, ambulatorial e odontológica em hospitais, clínicas, laboratórios e demais estabelecimentos de saúde para consultas e procedimentos de urgência e emergência;

distribuição e a comercialização de medicamentos e de material médico-hospitalar;

serviços relativos ao tratamento e abastecimento de água, bem como os serviços de captação e tratamento de esgoto e lixo;

serviços relativos à geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, gás, água mineral e combustíveis;

serviços funerários;

serviços de telecomunicações, processamentos de dados, internet, de comunicação social e serviços postais;

segurança privada, segurança pública e sistema penitenciário;

serviços de manutenção de equipamentos hospitalares, conservação, cuidado e limpeza em ambientes privados e públicos em relação aos serviços essenciais;

fiscalização sanitária, ambiental e de defesa do consumidor, bem como fiscalização sobre alimentos e produtos de origem animal e vegetal;

locais de apoio aos caminhoneiros, a exemplo de restaurantes e pontos de parada e descanso, às margens de rodovias;

serviços de lavanderias;

clínicas, consultórios e hospitais veterinários somente para procedimentos de urgência e emergência;

borracharias, oficinas de veículos e caminhões;

autopeças no sistema de delivery;

serviços bancários e lotéricas;

floriculturas no sistema de delivery apenas nos dias 11 e 12 de junho;

atividades internas dos escritórios de contabilidade e advocacia, vedados quaisquer tipos de atendimento presencial, mesmo que com hora marcada;

trabalho doméstico, quando imprescindível para o bem-estar de crianças, idosos, pessoas enfermas ou incapazes, na ausência ou impossibilidade de que os cuidados sejam feitos pelos residentes no domicílio; e

atividades de saúde pública, assistência social e outras atividades governamentais para o enfrentamento da pandemia.

Durante o período de isolamento social restritivo, fica suspenso o funcionamento das rodoviárias de Porto Velho e Candeias. A decisão não afeta o aeroporto Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho.

G1

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Cloroquina: país negocia compra de 10 toneladas

Foto: Agência O GLOBO

O governo Bolsonaro insistirá no uso da cloroquina para combater o coronavírus e já programa com a Índia a compra de dez toneladas da matéria-prima para fazer o medicamento.

A informação foi confirmada à coluna por Carlos Wizard Martins, que será o número três do Ministério da Saúde, no comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. O custo estimado na aquisição é de 6 milhões de dólares, o que hoje equivale a R$ 30,3 milhões.

– Vamos apostar 100%, seguir e defender a cloroquina. Esperamos que, nos próximos 30 dias, possamos receber essa carga no Brasil”, disse Wizard, empresário e ex-dono da rede de escolas de idiomas Wizard.

Com O Globo

Opinião dos leitores

  1. Se nao matar muitos agora, no futuro teremos "alguns" com sequelas cardíacas e com problemas de fígado. Mas tdos são livres para se envenenarem…(nao por acaso é necessário assinar um termo ao aceitar o tratamento com essa droga).
    Já foi mais que provado q essa substância não melhora em nada quem está contaminado por Covid.

    1. Discorra aí sobre a dosagem necessária para que esses efeitos apareçam.

  2. O Brasil deu de goleada no resto do mundo! Nosso presidente descobriu a cura, ja estavamos fabricando cloroquina pelo exercito, os EUA nos de 2mil comprimidos e agora ta vindo mais e em toneladas. Nosso presidente vai curar todo o Brasil, e depois vamos recuperar a economia vendendo cloroquina pra Europa, China, EUA e pro resto do mundo, e nessa hora como sempre digo, o mundo se curvará o nosso amadíssimo sr. Presidente Jair Messias Bolsonaro… É muita felicidade ver os comunistas lamentando. PT nunca foi estrela, a estrela é e sempre foi BOLSONARO!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Mourão diz que “delinquentes” realizaram manifestações violentas nos últimos dias, critica imprensa e associação “irresponsável e desonesta” de Celso de Mello por protesto político

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Depois de defender que os militares eram os responsáveis por “mais uma vez” manter a estabilidade institucional do país, no domingo, dia de protestos contra e pró-governo em todo o país, o vice vice-presidente Hamilton Mourão chamou os manifestantes de “delinquentes ligados ao extremismo internacional”, fez críticas a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e à imprensa ao analisar os atos do fim de semana.

 

Leia artigo na íntegra do Estadão:

A apresentação das últimas manifestações contrárias ao governo como democráticas constitui um abuso, por ferirem, literalmente, pessoas e o patrimônio público e privado, todos protegidos pela democracia. Imagens mostram o que delinquentes fizeram em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Registros da internet deixam claro quão umbilicalmente ligados estão ao extremismo internacional.

É um abuso esquecer quem são eles, bem como apresentá-los como contraparte dos apoiadores do governo na tentativa de transformá-los em manifestantes legítimos. Baderneiros são caso de polícia, não de política.

Portanto, não me dirijo a eles, sempre perdidos de armas na mão, os que em verdade devem ser conduzidos debaixo de vara às barras da lei. Dirijo-me aos que os usam, querendo fazê-los de arma política; aos que, por suas posições na sociedade, detêm responsabilidades institucionais.

Aonde querem chegar? A incendiar as ruas do País, como em 2013? A ensanguentá-las, como aconteceu em outros países? Isso pode servir para muita coisa, jamais para defender a democracia. E o País já aprendeu quanto custa esse erro.

A legítima defesa da democracia está fundada na prática existencial da tolerância e do diálogo. Nesse sentido, Thomas Jefferson, o defensor das liberdades que, como presidente eleito, rejuvenesceu a nascente democracia norte-americana em momento de aparente perda de seu elã igualitário, deixou-nos preciosa citação: “Toda diferença de opinião não é uma diferença de princípios”.

Uma sociedade que se organiza politicamente em Estado só pode tê-lo verdadeiramente a seu serviço se observar os princípios que regem sua vida pública. Cabe perguntar se é isso que estamos fazendo no Brasil.

É lícito usar crimes para defender a democracia? Qual ameaça às instituições no Brasil autoriza a ruptura da ordem legal e social? Por acaso se supõe que assim será feito algum tipo de justiça?

As cenas de violência, depredação e desrespeito que tomaram as manchetes e telas nestes dias não podem ser entendidas como manifestações em defesa da democracia, nem confundidas com outras legítimas, enquanto expressões de pensamento e dissenso, essenciais para o debate que a ela dá vida. Desde quando, vigendo normalmente, ela precisa ser defendida por faces mascaradas, roupas negras, palavras de ordem, barras de ferro e armas brancas?

Não é admissível que, a título de se contrapor a exageros retóricos impensadamente lançados contra as instituições do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, assistamos a ações criminosas serem apoiadas por lideranças políticas e incensadas pela imprensa. A prosseguir a insensatez, poderá haver quem pense estar ocorrendo uma extrapolação das declarações do presidente da República ou de seus apoiadores para justificar ataques à institucionalidade do País.

Cabe ainda perguntar qual o sentido de trazer para o nosso país problemas e conflitos de outros povos e culturas. A formação da nossa sociedade, embora eivada de problemas contra os quais lutamos até hoje, marcadamente a desigualdade social e regional, não nos legou o ódio racial nem o gosto pela autocracia. Todo grande país tem seus problemas, proporcionais a seu tamanho, população, diversidade e complexidade. O Brasil também os tem, não precisa importá-los.

É forçar demais a mão associar mais um episódio de violência e racismo nos Estados Unidos à realidade brasileira. Como também tomar por modelo de protesto político a atuação de uma organização nascida do extremismo que dominou a Alemanha no pós-1.ª Guerra Mundial e a fez arrastar o mundo a outra guerra. Tal tipo de associação, praticada até por um ministro do STF no exercício do cargo, além de irresponsável, é intelectualmente desonesta.

Finalmente, é razoável comparar o regime político que se encerrou há mais de 35 anos com o momento que vivemos no País? Lendo as colunas de opinião, os comentários e até despachos de egrégias autoridades, tem-se a impressão de que sessentões e setentões nas redações e em gabinetes da República resolveram voltar aos seus anos dourados de agitação estudantil, marcados por passeatas de que eventualmente participaram e pelas barricadas em que sonharam estar.

Não há legislação de exceção em vigor no País, nem política, econômica ou social, nenhuma. As Forças Armadas, por mais malabarismo retórico que se tente, estão desvinculadas da política partidária, cumprindo rigorosamente seu papel constitucional. Militares da reserva, como cidadãos comuns, trabalham até para o governo, enquanto os da ativa se restringem a suas atividades profissionais, a serviço do Estado.

Se o País já enfrentava uma catástrofe fiscal herdada de administrações tomadas por ideologia, ineficiência e corrupção, agora, diante da social que se impôs com a pandemia, a necessidade de convergência em torno de uma agenda mínima de reformas e respostas é incomensuravelmente maior. Mas para isso é preciso refletir sobre o que está acontecendo no Brasil.

Quando a opinião se impõe aos princípios, todos perdem a razão. Em todos os sentidos.

Antonio Hamilton Martins Mourão – vice presidente da República

 

 

Opinião dos leitores

  1. Se a chapa for caçada, nem Mourão fica, por isso o tom desesperado. Fazer o que? Um cara preparado como um General deixar ser comandando por um subordinado, dá nisso.

  2. Mourão é muito pior que o Capetão e, além de tudo, não tem voto. Porém, à medida que a crise se agrava, Mourão mais se sente como um cachorro amarrado numa corda de linguiça.

  3. Não deve fazer apologia às violência, mas, quem mais incentiva estes comportamentos fora da ordem é o próprio "presidente" que quando abre a boca, tem um desarranjo verbal, ou seja, um cara que só fala em armar a população, ínsita todos para a guerra literalmente.
    Nós precisamos de um governo, que há dezoito meses ainda não assumiu sua posição de representante de uma Nação., Ainda não desceram do palanque, pelo contrário, já está armado para 22, mas, se Deus quiser o povo vai escolher um menos incompetente.
    Acorda Brasil.

  4. Sábias palavras do Gal Morão, vice presidente da Republica, para pessoas inteligentes meia palavra basta!

  5. Enalteceu valores desejados para o país transpor momentos tempestuosos e vencer diferenças profundas nas exacerbações indesejadas de grupo manobrado por pessoas, onde algumas, carregam o dever moral e intelectual de melhor conduzir os conflitos nacional de forma sensata e isenta de partidarismo.
    Mourão, mostrou-se profundo e prudente em sua análise enaltecedora por uma democracia plena.

  6. Os Generais vão puxar o tapete do capitão. Observem que o Ministro das Forças Armadas já está tendo reuniões com o STJ. Vamos aguardar os próximas ações da PF. É melhor já ir se acostumando com MOURÃO presidente da nação.

  7. Jornalistas levaram bandeirada na cabeça, apanharam com tripe de câmera, receberam xingamentos e empurrões, os 300 de brasilia sairam com tochas de fogos e mascaras sinistras, levaram faixas pedindo fechamento das instituições e sabe o que o vice presidente falou? NADA! E facil dizer que ama a democracia quando so o seu grupo pode existir e ninguem mais.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

Barroso diz que país tem ‘tropeços’ de liberdade de expressão

Foto: Divulgação/ TSE

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e agora presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (27) que o país enfrenta episódios que demonstram tropeços em relação à liberdade de expressão, mesmo após as garantias previstas pela Constituição de 1988.

Barroso esteve em um evento virtual organizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo Abraji) e pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

“A liberdade de expressão deve ser tratada como liberdade preferencial em uma democracia. A democracia pressupõe a livre circulação de dados, opiniões e ideias”, explicou o ministro. “Ela também é pressuposto para outras liberdades, como o exercício dos direitos políticos e cidadãos”, disse o ministro.

Barroso também demonstrou preocupação com o que chamou de populismos autoritários. “Quando só existiam biografias chapas-branca autorizadas, se compromete a capacidade de compreensão. O mundo vive hoje um surto de democracias iliberais por um conservadorismo intolerante, populismo e um totalitarismo. Os populismos autoritários tendem a ter grande animosidade em relação às instituições intermediárias. Eles gostam de ter comunicação direta por redes sociais, evitando, por exemplo, a imprensa”, detalhou.

A declaração de Barroso ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpre 29 mandados de busca e apreensão em uma operação contra a disseminação e financiamento de fake news contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Sem censura expressa

Barroso disse também que pode não haver uma censura expressa, mas uma tentativa indireta de comprometer a liberdade de expressão. “Em uma democracia, deve haver confrontos de ideias, de argumentos, e disputar, num espaço público, sua prevalência, de modo que quem recorre à violência não tem razão”, disse.

O ministro afirmou que a internet, ao mesmo tempo em que teve capacidade de democratizar o acesso à informação, se degenerou para se transformar em um veículo de desinformação, com campanhas de desinformação e de ódio.

“Essa questão é um dos temas cruciais. As mídias sociais têm que ser parceiras da Justiça eleitoral e impedir a disseminação dessas milícias digitais”, afirmou. Segundo Barroso, nas mídias sociais, prevalece o ódio onde deveria prevalecer a disputa pelo melhor argumento.

Barroso disse ainda que deve haver uma requalificação do jornalismo profissional “para fazer um filtro” de todos esses ruídos. “Começamos a enfrentar uma nova questão, o limite do poder de censura às redes sociais. Assistimos a retiradas de posts do próprio presidente das redes sociais. Como devemos tratar esse poder de censura privada?”, finalizou.

R7

Opinião dos leitores

  1. O Brasil vive hoje a ditadura do judiciário !
    São senhores feudais q não aceitam nenhum tipo de opinião contrária às deles.

  2. Se a crítica é a meu favor, é crítica…Se é contra, é "ódio"…Mais uma palavra a sofrer desgaste devido ao uso exgerado no Brasil…tipo, facista, misógeno, miliciano, machista, sexista…

  3. Calúnia, injúria e difamação estão tipificados no código penal faz tempo.
    Quem pensa q pode ficar denegrindo as pessoas livremente nas redes sociais está muito equivocado.

    1. Então meu amigo, vai faltar cadeia. Você tem sim o direito de expor pensamentos sobre personalidades publicas.

  4. pergunte onde ele mora?BRASILIA, não é Brasil.

    eles não andam de onibus, não comem no peso, não dirigem, tem seguranças, mandam investigar e julgam o que investigam, ou seja, fazem tudo que não podemos fazer, sim.. ia esquecendo, não podem ser processados, apenas o senado julga eles e eles chantageiam o senado também.

    eles podem emitir opinião?

    1. É muito bem remunerados com nosso dinheiro, ditadura branca !!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Canabidiol produzido no país chega por R$ 2,3 mil às farmácias

Foto: Fábio Júnior/EPTV

Após 35 anos de pesquisas e testes, o primeiro medicamento brasileiro feito à base de canabidiol, derivado da planta da maconha, chegou às prateleiras das farmácias no Brasil. O remédio foi desenvolvido por cientistas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP) em parceira com uma indústria farmacêutica do Paraná.

O produto foi liberado para comercialização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de abril e os primeiros lotes foram entregues ao mercado neste mês de maio. A venda é condicionada à apresentação de receituário médico tipo B (azul), de numeração controlada, como dos antidepressivos e outros medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso central.

O pesquisador José Alexandre Crippa, da USP de Ribeirão Preto, explica que o remédio é autorizado para uso em crianças e adolescentes com quadros graves e resistentes de epilepsia, em que outros medicamentos não surtiram efeito. A disponibilização do remédio vai facilitar a compra de quem precisa do extrato para tratar a epilepsia refratária.

“Processos de importação tem custos elevados e isso permite que as pessoas tenham acesso, passando por cima da burocracia que atualmente existe para importação de uma medicação dessa, que acabava atrapalhando muito ou dificultando o acesso das pessoas a essa substância. Já vimos em um dos estudos, a redução no número de crises e uma melhora na qualidade de vida dessas pessoas com quadros refratários de epilepsia”, explica.

Ainda segundo o pesquisador, o medicamento não tem relação com a droga. Crippa explica que, embora seja um dos compostos da planta da maconha, o Canabidiol não tem efeitos psicoativos.

“A maconha possui mais de 400 compostos, sendo que a substância que é psicoativa é o THC. O Canabidiol não tem nenhum desses efeitos relacionados ao THC e não causa dependência ou tolerância”, diz.

Preço

Além do rígido controle de venda do canabidiol, o preço do medicamento nas farmácias também é alto. Uma caixa com 30 ml é vendido por R$ 2,3 mil. De acordo com o presidente do laboratório que produz o remédio, Eder Mafissioni, o motivo é o fato de todos os insumos serem importados, já que no Brasil é proibido plantar Cannabis sativa, a planta da maconha.

“Existem as plantações ao redor do mundo e nós desenvolvemos um fornecedor, que é europeu, onde faz a extração do extrato da planta e a purificação do produto para que se obtenha um canabidiol puro. É extremamente complexo para uma matéria-prima pura, extremamente lento, o que acaba encarecendo o processo de purificação e o valor do produto”, diz.

Ainda segundo a empresa, a redução no preço deve chegar ao consumidor em três anos, tempo necessário para produzir o canabidiol sintético, que não precisa da purificação da planta da maconha.

Mãe comemora chegada do canabidiol brasileiro às farmácias — Foto: Reprodução/EPTV

Esperança

A dona de casa Marcela Mendonça é uma das mães que conta com essa redução no preço. Ela diz que levava cerca de dois meses e meio para conseguir a medicação antes de chegar às farmácias.

“A primeira etapa está vencida, eu acho muito importante essa chegada do canabidiol brasileiro nas farmácias, evitando um grande desconforto que as famílias tinham antes, de ter que ir buscar na Anvisa. A gente espera que as próximas medidas sejam tomadas e que os insumos sejam feitos no Brasil para baratear o preço do produto final. As pessoas não tem noção da importância desse medicamento para as famílias que tem crianças com epilepsia de difícil controle”, explica.

G1

Opinião dos leitores

    1. Como é, quem diabos vai roubar isso que não "dá onda", se as farmácias não dão "assalto com força" com rivotril e ritalina que são muito mais vendidos no mercado negro.
      Senso comum é uma porcaria.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Toffoli, sobre combate à pandemia: “O país conseguiu conduzir muito bem essa situação”

Foto: Reprodução/Facebook

Dias Toffoli disse a Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e aos empresários que também entende que o Brasil precisa começar a discutir um plano para a retomada da atividade econômica.

“A semana que vem completamos dois meses [de crise]. O país conseguiu conduzir muito bem essa situação”, afirmou o presidente do STF. “Apesar daquilo que aparece na imprensa, a verdade é que as instituições funcionaram, os ministérios funcionaram, o SUS funcionou.”

Ele disse ainda:

“O que os senhores trazem aqui é a necessidade de termos um planejamento. Eu já disse publicamente isso e já conversei com o presidente. Um planejamento que seja organizado na volta da economia e do crescimento.”

Toffoli falou na possibilidade de criação de um “comitê de crise envolvendo a federação, os Poderes, junto com o empresariado, os trabalhadores”. “Pensar nessa necessidade que temos de traduzir em realidade esse anseio de trabalhar, produzir e manter empregos”, disse.

O Antagonista

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

China acelera produção de vacina contra coronavírus, mas farmacêuticas do país têm histórico de corrupção e ineficácia

Foto: NICOLAS ASFOURI/AFP / NICOLAS ASFOURI/AFP

Desesperada para proteger sua população e evitar as crescentes críticas internacionais de como lidou com o surto de coronavírus, a China reduziu a burocracia e ofereceu recursos a empresas farmacêuticas para encontrar uma vacina contra o vírus causador da Covid-19. Quatro empresas chinesas começaram testes em seres humanos, mais iniciativas do que as que estão em curso nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha juntos. A informação é do jornal americano “New York Times” (NYT).

No entanto, a indústria de vacinas chinesa passa por uma crise de confiança. Apenas dois anos atrás, foi descoberto que vacinas ineficazes haviam sido dadas principalmente a bebês, o que deixou pais chineses em fúria. Por isso, não bastam descobrir a vacina, mas reconquistar a confiança da população.

— Os chineses agora não têm confiança nas vacinas produzidas na China — disse Ray Yip, ex-chefe da Fundação Gates na China, ao New York Times. — Essa provavelmente será a maior dor de cabeça. Se eles não tiveram todos esses requisitos, as pessoas provavelmente vão buscar (a imunização) em outros locais.

Além da urgência — já que o número oficial de mortes no mundo é de 247 mil pessoas, apesar de haver claros indícios de subnotificação —, a China quer evitar as acusações internacionais de que o negligenciamento de alertas precoces contra a doença tenha contribuído para a pandemia global. Por isso, diz o NYT, a vacina se tornou uma prioridade nacional. Um alto funcionário do governo asiátco disse ao jornal americano que uma vacina para uso emergencial pode estar pronta em setembro.

Pequim, avalia a reportagem, pode pressionar empresas e cientistas para alcançar objetivos nacionais. “Ao mesmo tempo, as empresas de vacinas da China estão acostumadas a um sistema político fechado que tem um histórico de encobrir escândalos de segurança e as protege da concorrência estrangeira. Poucos investem pesadamente em pesquisa e desenvolvimento e não descobriram muitos produtos com impacto global”, explica o jornal.

Candidatas

As quatro pesquisas que já estão testando em humanos são de CanSino Biologics, Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, Sinovac Biotech e o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.

A primeira é uma farmacêutica de Tianjin, braço de ciências médicas do Exército de Libertação Popular. A candidata dela já foi testada em 508 pessoas e está na Fase 2. Um estudo da Universidade de Oxford na Fase 1, ou seja, em estágio inicial, foi administrado a um número de pessoas duas vezes maior. O Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, um braço do Sinopharm Group, que é estatal, também está na Fase 2. Já os estudos da Sinovac e do o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, que também pertence à Sinopharm, estão na Fase 1.

Alguns deles, no entanto, estão envolvidos em escândalos de corrupção. É o caso, por exemplo, do Instituto Wuhan. Em 2018, a empresa foi acusada de aplicar em milhões de bebês vacinas sem eficácia para doenças como difteria e tétano. A China multou a empresa em US$ 1,3 bilhão, puniu nove executivos e dezenas de funcionários foram demitidos. A empresa também foi condenada na Justiça por subornar chefes de centros locais de controle de doenças por comprarem seus produtos.

A Sinovac Biotech também sofre acusações. Segundo o NYT, investigações apontam que o gerente geral da Sinovac Biotech deu, entre 2002 e 2014, ao vice-diretor da China encarregado das avaliações de medicamentos quase US$ 50 mil para ajudar a empresa com as aprovações de medicamentos. Documentos apontam que o responsável pela operação é o atual executivo-chefe da empresa.

As empresas não responderam aos pedidos de reportagens feitos pelo New York Times.

Apesar dos escândalos, alguns procedimentos científicos foram apressados para se chegar mais rapidamente ao resultado. O país aprovou, por exemplo, que as empresas pudessem executar combinadas as duas primeiras fases, uma decisão questionada por vários cientistas chineses, que consideravam que os resultados de segurança da primeira fase deveriam ser avaliados antes do início da segunda fase.

— Entendo a expectativa ansiosa das pessoas por uma vacina — disse Ding Sheng, ao Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista.

Sheng é reitor da escola de farmácia da Universidade Tsinghua em Pequim. Segundo ele, empresas estavam “adotando métodos não convencionais” no estágio pré-clínico da pesquisa, executando tarefas como o processo de design e modelagem de animais ao mesmo tempo. Isso deveria, segundo Sheng, ser executado uma após a outra.

— Do ponto de vista científico, por mais ansiosos que sejam, não podemos baixar nossos padrões — defende.

O Globo

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

“Se for uma linha de tendência de aumento, os números dos próximos dias vão aumentar cada vez mais”, diz ministro da Saúde, sobre mortes por Covid-19

Foto: Reprodução

O número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus no Brasil subiu para 49.492 e o total de mortes chega a 3.313. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira. No último balanço do governo, na quarta-feira, o total de infectados chegava a 45.757 e 2.906 mortes confirmadas.

O balanço mostra um aumento de 407 mortes e 3.735 casos em relação ao boletim anterior, de quarta-feira, superando o recorde anterior, de 217 novas mortes e 3.257 novos casos em 17 de abril. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Nelson Teich, comentou o recorde de mortes em um dia:

— A gente não sabe se isso aí representa um esforço de fechar os diagnósticos ou uma linha de tendência de aumento.

O Ministério da Saúde já informou, em outras ocasiões, que os dados costumam ser maiores após fins de semana ou feriados porque nesse período as equipes locais nos estados trabalham em número reduzido e há um represamento do repasse das informações. Os registros, portanto, ficam acumulados e costumam aparecer nos boletins divulgados nos dias úteis subsequentes.

Questionado sobre quando será possível interpretar o incremento de hoje, Teich informou que será necessário acompanhar os próximos dias.

— Se for uma linha de tendência de aumento, os números dos próximos dias vão aumentar cada vez mais. E saberemos que não é um esforço pontual, mas sim uma tendência — disse o ministro.

Os estados com mais mortes foram São Paulo (1.345), Rio de Janeiro (530), Pernambuco (312), Ceará (266) e Amazonas (234).

Os estados com mais casos confirmados foram os mesmos, mas invertendo duas posições: São Paulo (16.740), Rio de Janeiro (6.172), Ceará (4.598), Pernambuco (3.519) e Amazonas (2.888).

Sozinho, o estado de São Paulo representou mais da metade das novas mortes: 211. Quantos aos novos casos, são 826 de São Paulo, 688 do Ceará, 620 do Rio de Janeiro e 409 do Amazonas.

De acordo com o Ministério da Saúde, dos 49.492 pacientes com Covid-19, 26.573 (54%) se recuperaram. Outros 19.606 (40%) estão em acompanhamento. O restante se refere às 3.313 mortes.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O aumento de registros foi resultado de acúmulo de mortes ocorridas no fim de semana, segunda-feira e feriado. Aqui no RN foi da mesma forma! E se a tendência for de subida de mortes, não tem quarentena que segure, vide Espanha, Itália e EUA. É o ciclo normal de uma epidemia.

  2. TENHO FÉ EM DEUS QUE NÃO!!!
    ESSA PRAGA VAI SE ACABAR, VAI EMBORA PROS QUINTOS DO INFERNO.
    que seja igual a Fake News lançada no início do mês de abril pelo secretário de Fátima do PT.
    Dizia ele, que até meados de maio, 11.000 potiguares iriam morrer.
    Vão errar, e errar feio.
    Graças a Deus, aqui no Rio Grande do Norte, não aconteceu essa tendência, não aconteceu esse Pico.
    O único PICO que exister no RN, fica entre Lages e Angicos e nada mais, pra desespero, de quem disseminava, o PÂNICO.
    sangue de Cristo tem poder.
    Digam!!!
    Amém.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Anvisa aprova a venda do primeiro produto à base de maconha no país

FOTO: ISTOCK

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o registro do primeiro produto à base de Cannabis no país.

O óleo composto por canabidiol poderá ser vendido em farmácias apenas com receita médica de controle especial do tipo B, cuja numeração é fornecida pela vigilância sanitária local. De cor azul, esse tipo de receita é geralmente indicada para psicotrópicos e deve ser renovada a cada 60 dias.

A autorização foi publicada nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União.

Esse é o primeiro registro concedido pela agência desde que o órgão aprovou uma regulamentação que abre espaço para venda de produtos à base de Cannabis nesses locais, com base em alguns critérios. A agência criou uma nova categoria de produtos à base da planta, diferente da usada para medicamentos.

O produto é um fitofármaco à base de canabidiol, componente da Cannabis que tem efeito terapêutico para alguns quadros.

A concentração de THC, substância também alvo de estudos e conhecida por “dar barato”, é de menos de 0,2%.

A autorização da agência prevê que ele seja prescrito para casos em que não há outras alternativas de tratamento com resultado satisfatório. A lista de doenças não foi informada.

A fabricante é a empresa Prati-Donaduzzi, de acordo com os dados do registro. Ainda não há previsão de quando o produto deve ser ofertado no mercado e qual será o preço. ​

A Prati-Donaduzzi afirma que, por não ter estudos clínicos concluídos, o óleo não é um medicamento, mas um produto indicado para quadros específicos.

Atualmente, o país tem apenas um medicamento aprovado à base de Cannabis. Trata-se do Mevatyl, indicado para tratamento de espasmos em pacientes com esclerose múltipla. Ele tem uma concentração um pouco maior de THC em relação ao canabidiol, e tem custo de cerca de R$ 2.000.

A resolução que dá espaço à venda de produtos derivados da Cannabis no país que não entram na categoria de medicamentos foi aprovada em dezembro de 2019.

Na época, diretores da agência chegaram a analisar a possibilidade de dar aval ao cultivo da planta para pesquisa e produção de medicamentos, mas a proposta foi rejeitada por três votos a um.

Em contrapartida, diretores aprovaram uma regulamentação para oferta desses produtos para uso medicinal.

Desde então, empresas interessadas em desenvolver ou importar esses produtos para venda podem solicitar registro à agência, para venda mediante apresentação e retenção de receita. Sem aval para o plantio, no entanto, é necessário importar substratos de matéria-prima ou o produto finalizado.

O tipo de receita e indicação varia conforme o produto —aqueles com concentração de THC acima de 0,2% só podem ser prescritos a pacientes terminais ou que esgotaram alternativas de tratamento e com receita tipo A, igual à usada para morfina. A venda em farmácias de manipulação é proibida.

A embalagem desses produtos deve conter uma faixa de cor preta e alertas específicos, que variam conforme a concentração de THC.

Segundo a Anvisa, a análise do pedido da Prati-Donaduzzi durou 42 dias, tempo que envolveu a apresentação de dados pela empresa até a elaboração de parecer da equipe técnica.

Folha de SP

 

Opinião dos leitores

  1. Vai aparecer o gado falando que a culpa é de Lula e do PT. Mas parece que sendo no mundo da Bozolandia, tudo pode, nada tem problema e a culpa não é do MICO. Cadê o MICO? Na terra do Galego Doido (USA) está tudo liberado. Pode andar armado e ainda com o baseado no bolso ou na mente. "Quem não tem colírio usa óculos escuro". KKKKKK.

  2. VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA VERGONHA. A juventude brasileira não merece isto. VERGONHA

    1. Vc é médico, cientista ou especialista na area? se não for vai arrumar uma lavagem de roupa, queria ver uma familiar seu precisar tomar um medicamento desse de urgência e vc ser contra.

  3. Antes que os maconhistas (maconheiros ideológicos) apareçam:
    Tem zilhões de substâncias medicamentosas oriundas de derivados do petroleo.
    Quer beber petróleo?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Brasil é o país com maior número de jogadores atuando no exterior; veja ranking

Neymar, Thiago Silva e Marquinhos campeões com o PSG — Foto: Reprodução / Twitter

Uma pesquisa do Centro Internacional de Estudos Esportivos (Cies) apontou que nenhum país do mundo teve mais jogadores atuando no exterior durante o último ano que o Brasil. Foram 1.600 atletas no total, contra 1.027 franceses e 972 argentinos.

Os três primeiros colocados do ranking representam 22,5% da totalidade da força de trabalho global. O estudo analisou 141 ligas ao redor do mundo.

Do Chipre à Indonésia, os brasileiros estão presentes em 86 dos 93 países abordados pela pesquisa. Mas Portugal é de longe o destino preferido dos nossos jogadores.

São 260 brasileiros atuando em terras lusas, o que representa 16,25% do total de atletas do Brasil que jogam no exterior. Aproximadamente, isso indica que a cada seis brasileiros que estão fora do país, um joga em Portugal.

Outro dado da pesquisa chama a atenção: 74,6% dos atletas do Brasil que estão no exterior jogam em campeonatos de primeira divisão. Essa porcentagem é maior do que a da França (74%) e da Alemanha (66.9%), mas menor do que a de outros país entre os dez primeiros da lista, como a Argentina (75,5%) e a Colômbia (83,1%), por exemplo.

Veja o top-10 dos países que mais exportam jogadores ao redor do mundo e os principais destinos dos brasileiros:

Globo Esporte

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Monitoramento mostra que isolamento no RN é similar ao resto do país

Foto: Reprodução

O percentual de circulação de pessoas no Rio Grande do Norte diminuiu após o decreto estadual de isolamento social, publicado no dia 18 de março e se igualou a média brasileira, especialmente no final do mês de março e início abril. No último dia 05, a movimentação de indivíduos no estado foi 76% menor em relação a circulação base percebida em semanas anteriores, enquanto que no Brasil essa redução foi de 72%.

A análise foi realizada por pesquisadores do Observatório do Nordeste para Análise Sociodemográfica da Covid-19 (ONAS-Covid19), a partir de dados publicados esta semana, quando a Google divulgou o segundo relatório com informações e dados de mobilidade captados pela geolocalização de celulares. A divulgação aponta o nível de circulação ou isolamento de pessoas em locais como restaurantes, supermercados, farmácias, praias, pontos de embarque e desembarque de passageiros e residências, no período que vai de 16 de fevereiro a 5 de abril.

O estudo do ONAS-Covid19 mostra que logo após o decreto de 18 de março, houve uma queda expressiva da circulação de pessoas em supermercados, farmácias e outros locais de compras no Estado e que por volta do dia 23 de março, verificou-se tendência de crescimento no movimento para esses locais, o que pode ser um efeito rebote do isolamento das famílias e a consequente elevação do consumo de alimentos e itens de limpeza e higiene pessoal.

Após o 18 de março a curva de registros de atividades em residências foi crescente e em poucos dias alcançou o patamar de 20% de aumento com relação à linha de base, o que significa uma boa resposta inicial da população as recomendações de restrição de mobilidade. No entanto, os pesquisadores chamam a atenção para uma leve tendência de redução desse patamar ao final da série estudada. As categorias ‘Locais de trabalho’ e ‘Estações de trânsito’ fornecidas pelo relatório da Google também mostram uma tendência de crescimento, sobretudo, nos registros de atividades em locais de embarque e desembarque de passageiros.

A maior adesão percentual do Rio Grande do Norte (76%) comparando com o restante do país (72%), pode ser explicado pelos estados que passaram a apresentar uma menor adesão ao isolamento social, através de decretos de flexibilização de circulação, o que acabou diminuindo a média nacional.

A análise chama a atenção para o fato de que no RN o avanço da Covid-19 nos municípios do interior tem sido expressivo, portanto, acompanhar as tendências de circulação de pessoas nessas localidades, e não apenas na capital e região metropolitana, torna-se ainda mais importante e com a vantagem de permitir um detalhamento por grupos de atividades econômicas.

O estudo completo pode ser acessado aqui. 

Com UFRN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *