Saúde

Lista obtida pelo NYT mostra que Europa vai barrar brasileiros, russos e americanos; bloco vai abrir fronteiras externas em 1º de julho

Foto: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP

Os brasileiros, assim como os americanos e os russos, serão impedidos de entrar nos países da União Europeia quando eles reabrirem suas fronteiras externas que foram fechadas por causa da pandemia da Covid-19. A reabertura está prevista para acontecer a partir de 1° de julho. Brasil, EUA e Rússia estão nos rascunhos das lista de países cujos cidadãos continuarão impedidos de entrar no território do bloco, obtidos pelo New York Times.

O jornal americano teve acesso a uma série de listas elaboradas pelos Estados-membros da União Europeia, baseadas na maneira como nações mundo afora estão lidando com a pandemia. O Brasil, com mais de 50 mil mortos e um milhão de casos, aparece em todas as listagens de nações cujos cidadãos continuarão barrados, assim como os EUA, com 120 mil mortos e mais de 2,3 milhões de contaminados, e a Rússia, com meio milhão de infecções.

Não há uma confirmação oficial por parte dos governos — os documentos foram obtidos de forma anônima, por causa da sensibilidade do tema e por conta dos detalhes das negociações para a elaboração da lista final de todo o bloco, que deve ser divulgada no inicio da próxima semana. Tal decisão poderá ter um impacto político e econômico considerável, uma vez que americanos e russos, em especial, estão entre os principais visitantes do bloco.

Ao mesmo tempo, os países europeus estão discutindo listas de países cujos cidadãos estariam liberados para entrar no bloco, incluindo China, Uganda, Cuba e Vietnã.

As fronteiras da União Europeia estão fechadas a praticamente todos os estrangeiros desde o começo de março, assim como as fronteiras internas, entre os 27 países do bloco. Estas últimas começaram a ser reabertas em 14 de junho, à medida que nações como Itália, França e Espanha, que já foram o epicentro da pandemia, começaram a controlar o número de novas contaminações e mortes.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Cadê os vira-latas reativos dizendo que o Brasil é o único perseguido pelos gringos?

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Geral

George Floyd foi infectado pelo coronavírus, mostra autópsia

Foto: Reprodução / Facebook

O relatório oficial da autópsia de George Floyd, morto sufocado pela polícia durante uma abordagem em Minneapolis, indica que ele teve contato com o novo coronavírus, mas não está claro se ele teria desenvolvido sintomas da doença.

O assassinato de Floyd detonou uma onda de protestos contra o racismo nos EUA e em outros países. As grandes aglomerações preocupam autoridades, pois podem se tornar focos de propagação da covid-19.

De acordo com a rede de TV NBC, o documento registra que Floyd teria tido um resultado positivo para covid-19 em 3 de abril. Um segundo teste, feito após a sua morte, apontou a presença do RNA do vírus no organismo.

O CDC (Centro de Controle de Doenças, na sigla em inglês) afirma que a presença de RNA do novo coronavírus não significa que uma pessoa pode infectar outras.

O médico-chefe da equipe, Andrew Baker, destacou que o tipo de teste realizado na autópsia, o chamado PCR, pode seguir apontando a presença do RNA do novo coronavírus semanas após a doença ter sido superada, informa a CNN.

“O resultado da autópsia muito provavelmente revela um caso de infecção prévia assintomática com presença persistente do RNA”, disse Baker, o que significa que o novo coronavírus não desempenhou nenhum papel na morte de Floyd.

R7

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Saúde

Brasil reduziu taxa de reprodução do novo coronavírus a menos da metade, mostra estudo

Foto: Amanda Perobelli – 6.mai.2020/Reuters

O Brasil conseguiu reduzir a sua taxa de reprodução do coronavírus para menos da metade desde o início da pandemia. Em fevereiro, quando foi registrado o primeiro caso no país, uma pessoa que contraísse a doença a transmitia para outras 3,5 na média. Hoje, o número está em 1,4. Em São Paulo, esse índice é menor, de 1,3.

Essa é uma das conclusões de um estudo feito pelo físico nuclear Rubens Lichtenthaler Filho, da Universidade de São Paulo, e do médico Daniel Lichtenthaler. O levantamento foi feito com base nos números oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde. “Ficou claro que a política de distanciamento social é essencial para reduzir o número total de casos e controlar a epidemia”, diz o estudo.

“É consequência dessas medidas de afastamento social que foram tomadas. Mas ainda é pouco. Em termos de epidemia, o número tem que ficar abaixo de um. Ao olharmos os dados da Alemanha, por exemplo, está em 0,8. Lá eles conseguem controlar. E aqui o número de casos ainda está crescendo”, diz um dos autores do estudo, Rubens Lichtentaler, do departamento de Física Nuclear da USP. O estudo ainda é um manuscrito (pré-print), que ainda não passou por revisão de pares.

O levantamento aponta que um relaxamento nas medidas de isolamento aumentará essa taxa de reprodução de forma “imprevisível”, apontando que tais mudanças para o retorno da atividade econômica e social devem ocorrer de forma “gradual”, mantendo o monitoramento das curvas da epidemia.

O estudo também defende que sejam feitas pesquisas amostrais com a população para determinar a quantidade de pessoas com a doença, como forma de determinar em que momento da epidemia o país está e a que distância do pico. Se não houver conhecimento de quantos estão realmente infectados, ficaria muito difícil de fazer previsões confiáveis sobre controle do novo coronavírus, diz o texto.

Os pesquisadores defendem que o lockdown é uma forma de reduzir essa taxa para abaixo de 1, e que tal decisão deve ser tomada a partir da análise de dados de cada cidade ou comunidade. O governo federal é contrário a essa medida e tem defendido, inclusive, o relaxamento das políticas atuais de isolamento social.

Em São Paulo, estado com mais casos, o governador João Doria (PSDB) já afirmou que havia a possibilidade, mas ainda não decidiu nada a respeito. Alguns municípios no país já adotaram a política de lockdown. Segundo levantamento da CNN, a medida já vale em São Gonçalo e Campos (RJ), Belém e outras 16 cidades do Pará, Fortaleza (CE), Recife e outras 4 cidades de Pernambuco, três cidades na Bahia, três no Paraná, em todo o estado do Amapá e em 4 municípios do Amazonas.

De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, às 18h deste domingo, o Brasil tinha 347,3 mil casos confirmados de coronavírus e 22.013 mortes. É o segundo no mundo em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, e o sexto no mundo em mortes, atrás de EUA, Reino Unido, Itália, Espanha e França.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. BG, quando dispor de Estudos , por favour, dispor no link do referido ou o mesmo em PDF, se puder, um abraço

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Saúde

Animação mostra como coronavírus se espalha rapidamente dentro de avião

Como a Covid-19 se espalha dentro de um avião (Foto: Reprodução)

Enquanto o mundo espera ansiosamente voltar à normalidade, as empresas aéreas aguardam o fim da pandemia do coronavírus para colocar seus aviões no ar, mas isso pode demorar um pouco mais. Um pequeno vídeo publicado pelo jornal DailyMail mostra como a Covid-19 pode se espalhar rapidamente entre os passsageiros quando apenas uma pessoa infectada estiver no voo.

A Universidade Purdue, nos Estados Unidos, criou uma simulação que mostra que se uma pessoa contaminada pelo novo vírus tossir sem estar usando máscara, o o coronavírus pode se espalhar por toda a cabine e todos podem ficar doentes. A sequência explica que as pequenas gotas de saliva (em roxo) cheias do vírus atinge rapidamente as pessoas mais próximas e sepois segue para as outras dentro da aeronave.

A simulação é baseada em vírus aéreos que permanecem no ar e os cientistas ainda não têm certeza se o SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, se encaixa nessa categoria. Os cientistas fizeram a simulação para estudar a transmissão de doenças infecciosas em aviões para ajudar a informar os sistemas de ventilação ideais e seguros.

“Doenças infecciosas, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e gripe aviária, podem causar perturbações sociais e econômicas significativas. O modelo foi baseado na suposição de que o vírus SARS de 2003 era uma doença transmitida pelo ar. Isso significa que os germes da respiração, espirro ou tosse de uma pessoa podem permanecer no ar e viajar porque as gotículas são muito pequenas”, comenta o pesquisador Qingyan Chen.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a Covid-19 é transmitida principalmente por meio de gotículas que viajam distâncias curtas antes de cair no chão, motivo pelo qual o distanciamento social impede a expansão.

O ar condicionado dentro dos aviões pode ajudar a impulsionar um vírus, já que o espaço é confinado e não tem janelas.

Globo, via Marie Claire

Opinião dos leitores

  1. Por que Bolsonaro insiste em dizer que não foi contaminado pelo Covid, se veio no mesmo avião e ao menos 20 pessoas da comitiva contrairam o vírus?????

    1. Não distorça as palavras dele. É um direito dele.
      Só isso.
      Ele, nós e você, acredito que temos mais com que se preocupar.
      Vamos ajudar o País a sair desse buraxo/crise/pandemia.
      Pense nisso.

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Saúde

Revisada por cientistas, vacina contra covid-19 se mostra promissora

Coronavírus: o vírus se liga a células ACE-2 com espinhos de proteína ao entrar no corpo humano (dowell/Getty Images)

Um novo estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, traz um projeto de vacina contra o novo coronavírus que já foi avaliado pela comunidade científica. A pesquisa mostra avanços promissores na criação de uma vacina contra o vírus ao atacar as células ACE-2, às quais o novo coronavírus se liga ao corpo humano para se reproduzir e atacar o organismo, causando sintomas como febre, dores no corpo e dificuldade de respirar.

Os pesquisadores atribuem a velocidade de identificação de um método para conter o novo coronavírus à pesquisa prévia sobre outros tipos de coronavírus que já infectaram humanos anos atrás.

“Tínhamos experiência anterior em Sars-CoV em 2003 e Mers-CoV em 2014. Esses dois vírus, que estão intimamente relacionados ao Sars-CoV-2 [o novo coronavírus causador da doença covid-19], nos ensinam que uma proteína específica, chamada de proteína-espinho [em inglês, spike], é importante para induzir imunidade contra o vírus. Sabíamos exatamente onde combater esse novo vírus”, afirmou Andrea Gambotto, professora associada de cirurgia na Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh. “Por isso que é importante financiar a pesquisa de vacinas. Você nunca sabe de onde virá a próxima pandemia”.

O projeto de vacina é chamado de PittCoVacc, uma abreviação do nome Pittsburgh Coronavirus Vaccine, usa um método parecido com o usado na vacina contra a gripe, causada pelo vírus influenza. Os pesquisadores propõem o uso de pedaços de proteína viral para a criação de imunidade contra seu contágio.

O estudo foi publicado ontem no periódico EBioMedicine, publicado pelo jornal científico The Lancet. Esse é o primeiro estudo a ser publicado após ser revisado e criticado por pesquisadores de outras universidades, um processo de validação conhecido no meio como peer review (revisão dos pares).

Em vez de ser aplicada por uma agulha comum, o projeto prevê que a vacina seja aplicada por meio de um pequeno adesivo, do tamanho de uma moeda de 5 centavos, que contém cerca de 400 microagulhas. O método facilita a absorção da vacina.

A vacina foi testada em ratos e os anticorpos surgiram duas semanas após a aplicação. Apesar de ainda não ter sido testado em humanos, o projeto de vacina manteve sua potência mesmo ao ser esterilizado com radiação gama, o que indica chances de aceitação da vacina no corpo humano.

Ainda não se sabe por quanto tempo a vacina pode imunizar contra a covid-19. Os pesquisadores afirmam que os testes em ratos indicam que aqueles que criaram anticorpos contra a Mers-CoV ficaram imunes por, pelo menos, um ano. Os pesquisadores acreditam que o mesmo se aplique à vacina contra o novo coronavírus.

A vacina será agora encaminhada para os testes rigorosos da Food and Drug Admistration, uma agência análoga à Anvisa brasileira. Somente após vencer essa etapa, que pode levar vários meses, a vacina poderá ser produzida em massa — considerando que tudo saia como esperam os cientistas.

Pesquisadores do mundo todo buscam uma vacina contra o novo coronavírus, que já infectou 1 milhão de pessoas e impôs uma quarentena global inédita para poupar vidas e não superlotar hospitais e serviços de saúde, tanto públicos quanto privados. Em Israel, pesquisadores também já testaram um projeto de vacina em roedores. Ainda assim, pesquisadores estimam que os testes clínicos e a produção em massa de vacinas contra o novo coronavírus ainda devem levar, com otimismo, cerca de um ano. Por ora, pesquisas mostram que o distanciamento social é a medida mais eficaz para conter tanto o avanço do vírus quanto os danos à economia.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Este é o grande problema! a demora da chegada da vacina! daqui a um ano se não conseguirem frear esse vírus, é provável que mais de 100 milhões de vidas tenham ido para o beleleu!!

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Saúde

Estudo mostra porque alguns casos de Covid-19 são fatais, e a maioria não

(STR/AFP/Getty Images)

A Covid-19 apresenta sintomas leves na maioria dos casos, mas pode ser extremamente agressiva a uma minoria. E um novo relatório divulgado pela OMS, que analisou os primeiros 56 mil casos da doença na China, pode explicar o porquê: o que parece definir a gravidade da Covid-19 é o local até onde o vírus chega em seu corpo. Quando ele se restringe ao nariz ou à garganta, os sintomas são leves. Já se ele chega aos pulmões a doença tende a ficar séria e, dependendo do caso, até levar à morte. O documento também alerta que essa evolução pode ocorrer rapidamente.

Para entender por que, precisamos analisar os mecanismos de infecção do coronavírus. Quando o SARS-cov-2 entra em nosso corpo pelas vias respiratórias, através de gotículas de saliva geralmente transportadas pelas mãos, ele encontra uma série de células prontas para infecção. Mas, assim como todos os outros patógenos invasores, o vírus não consegue sair entrando em tudo o que ele vê pela frente: ele precisa de uma entrada específica. Para isso, os coronavírus têm uma arma secreta: as proteínas spike. São elas, inclusive, que dão o nome ao grupo – essas proteínas aparecem como protuberâncias pontiagudas ao redor do envelope viral, resultando em uma formato de uma coroa (“corona”).

As spike são adaptadas para se ligar com receptores específicos em nosso corpo. Por isso, quando os vírus estão do lado de dentro, eles procuram por essas “fechaduras” nas células. O SARS-cov-2, especificamente, consegue se ligar a uma proteína conhecida como ACE2, que está presente em diversos tecidos do nosso corpo, incluindo nariz e boca. E, como o coronavírus tem acesso ao nosso corpo exatamente por esse sistema, ele não precisa procurar muito para encontrar suas vítimas.

Assim que encontra os receptores ACE2, as spike do vírus se ligam à proteína e faz com que a célula o englobe, colocando seu material genético para dentro. E aí o vírus faz a festa: transforma suas células em verdadeiras fábricas de RNA viral e de proteínas. Quando vários outros vírus são criados a partir desse processo, eles saem da célula a procura de outra – e assim o ciclo se reinicia. Aos poucos, os vírus vão matando as células de seu tecido, uma por uma. Mas seu corpo logo perceberá que há algo errado. E vai acionar seu sistema de defesa para tentar se livrar do invasor – ou seja, o sistema imunológico.

O problema é que essa tentativa do corpo de se proteger pode trazer algumas consequências negativas. Isso porque o resultado é um processo inflamatório – seu corpo aumenta a circulação de sangue e demais líquidos no local, a fim de levar mais células de defesa para o front de batalha.

Se os coronavírus estiverem apenas no começo do seu trato respiratório, ou seja, no nariz ou na garganta, isso vai resultar em alguns sintomas leves. Primeiro, a febre – seu corpo aumenta de temperatura para elevar o metabolismo e tentar fritar os invasores. Segundo, a tosse, que é basicamente seu corpo tentando expulsar os acúmulos de vírus para fora, através de saliva. Outros sintomas menores podem surgir, como dor de garganta e dores de cabeça. É esse o quadro de sintomas da maioria das pessoas que pega Covid-19 – 80%, mais precisamente –, que se curam em poucas semanas.

O problema mesmo é se o vírus continuar avançando e chegar aos pulmões. Aí, um sintoma mais grave surge: dificuldade para respirar. Isso por uma combinação de fatores: o vírus começa a literalmente matar os tecidos do órgão, e o corpo cria um processo inflamatório para se livrar do invasor, mas acaba atacando tudo o que há pela frente – incluindo células saudáveis do pulmão. Se piorar, o quadro pode se desenvolver para uma pneumonia grave. E pode ser fatal. Mas, obviamente, não é uma sentença de morte: seu sistema imunológico pode combater o vírus mesmo no pulmão e curar a doença.

Esse mecanismo ajuda a explicar, pelo menos em parte, o motivo pelo qual pessoas mais velhas são mais vulneráveis a quadros graves de Covid-19 do que pessoas jovens. A mortalidade entre indivíduos com 80 anos ou mais chega a quase 15%; em contraste, esse número é de apenas 0,2% entre pessoas de 10 a 39 anos, segundo estimativas iniciais dos 72 mil primeiros casos da China. Isso porque o sistema imunológico de pessoas mais velhas é mais debilitado, e nem sempre conseguiria combater a infecção antes de ela seguir em direção aos pulmões.

O relatório também afirma que apenas 1 em cada 7 pacientes chega a desenvolver a dificuldade de respirar como sintoma, e só 6% dos casos se encaixam na categoria de “crítico”. Mas alerta que a evolução clínica de um caso pode evoluir rapidamente de leve para severo – e o “ponto de virada” é exatamente a chegada do vírus aos pulmões. Segundo o estudo, entre 10% e 15% dos casos leves evoluem para severos; destes, 15% a 20% pioram e podem ser classificados como críticos, quando os pulmões são severamente afetados. Ou seja: não dá para descuidar.

Super Interessante

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Polícia

Vídeo mostra homem disparando em ato em que Cid Gomes foi baleado

VÍDEO AQUI EM TEXTO NA ÍNTEGRA

Um vídeo gravado durante ato de policiais militares por aumento salarial em Sobral, interior do Ceará, mostra um homem atirando em direção à retroescavadeira que era pilotada pelo senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE), que foi baleado e precisou ser internado na UTI. O momento dos disparos aparece pode ser visto no vídeo acima.

Cid pilotava o veículo para tentar furar o bloqueio feito por policiais encapuzados no 3º Batalhão da Polícia Militar do município. Um grupo segurava uma grade para tentar impedir a passagem do veículo, que acelerava na direção dos manifestantes. Os disparos que aparecem no vídeo partiram da parte de trás do veículo, que estava rodeado por manifestantes.

Na manhã desta quinta-feira, Cid recebeu alta da UTI do Hospital do Coração de Sobral e foi levado para a enfermaria, onde seguirá internado. De acordo com boletim divulgado pela unidade, o quadro de saúde do senador licenciado “evoluiu sem intercorrência nas últimas horas, mantendo-se hemodinamicamente estável e com padrão respiratório normal”.

Ação contra ato de PMs

Cid Gomes organizava uma ação contra os policiais que tentava barrar o trabalho da Polícia Militar no batalhão de Sobral. Pessoas encapuzadas esvaziaram pneus de carros da polícia para impedir o trabalho dos agentes de segurança na ruas.

Em frente ao bloqueio dos policiais, utilizando uma retroescavadeira, o senador pediu que os policiais deixassem o local: “Vocês têm cinco minutos pra pegarem os seus parentes, as suas esposas e seus filhos e sair daqui em paz. Cinco minutos. Nem um a mais”, afirmou Cid, em um megafone antes de ser baleado.

Antes do ataque ao senador, homens encapuzados haviam passado em carros da PM pelas ruas de Sobral ordenando que comerciantes fechassem as portas. Na Grande Fortaleza, quatro unidades policiais foram atacadas por grupos de encapuzados e mascarados nesta quarta. Foram levados carros da polícia, e pneus de carros oficiais e particulares foram furados, esvaziados e rasgados.

Nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou o envio de tropa da Força Nacional para o estado, após pedido do governador Camilo Santana (PT). Um grupo de militares embarcou de Brasília para o Ceará nesta quinta.

Paralisação por aumento salarial

Um projeto que tramita na Assembleia Legislativa do Ceará prevê aumento do salário de soldado militar de R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em reajuste progressivo até 2022.

Um grupo de policiais insatisfeito com a proposta e interessado em um aumento maior realiza desde terça-feira (18) atos que a Secretaria da Segurança Pública do Ceará considera “motim” e “vandalismo”.

Em 2017, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou ilegais greves de policiais militares e agentes penitenciários. A maioria dos ministros entendeu que, por se tratar de um braço armado do Estado, a polícia não pode fazer paralisação. A decisão teve repercussão geral, ou seja, vale para todos os casos de greve de polícias que cheguem à qualquer instância da Justiça.

A decisão do Supremo cita o artigo 144 da Constituição Federal, que considera os seguintes órgãos como sendo de segurança pública:

Polícia Federal
Polícia Rodoviária Federal
Polícia Ferroviária Federal
Polícias Civis
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
Polícias Penais Federal, Estaduais e Distrital

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Estou esperando o condenado em 2a instância vir em público dizer que foi fake igual a facada que deram no Presidente, como ele disse. Se no Presidente o esquisito foi não ter sangue, no Coronel Senador dois tiros era pra ter mandado no mínimo pra UTI por dias. Em menos de 24 horas já está em enfermaria. Não vou repetir o boato que corre nos Estados Unidos de Sobral.

  2. Um senador usar uma retroescavadeira pra esmagar policiais e seus familiares era pra ter o mandato cassado e ser preso. infelizmente a repercussão foi muito tímida, lamentável, mas se tivesse acontecido com um filho de Bolsonaro, o mundo inteiro teria reagido, inclusive o senado e a Câmara. vergonha

  3. Os policiais agiram em legítima defesa.
    Não fosse isso, a retroescavadeira poderia ter esmagado algumas pessoas.

  4. Roteiro da greve ilegal: começa falando que as armas e os carros estão velhos, que os coletes estão vencidos e as delegacias em péssimo estado. No finzinho, em letras minúsculas, vem o famigerado plano de cargo. Se derem o aumento, pronto está resolvido, os carros e equipamentos, como em um passe de mágica, ficaram todos em bom estado, ninguém reclama mais.

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Diversos

VÍDEO: Groovador lamenta não tocar em Natal no carnaval e mostra frustração

O baixista potiguar Júnior Groovador, que virou sensação na internet e ganhou reconhecimento nacional e internacional, até o momento, vive a frustração de não tocar no carnaval em Natal.

No vídeo em destaque, o músico, com uma educação e humildade fora da curva, deseja sucesso aos participantes do evento na capital, mas não esconde a frustração pela falta do que reconhecimento em sua terra.

Opinião dos leitores

  1. Terra amaldiçoado, Natal.
    Gente fraca.
    Terra de Henrique Alves, José Agripino, Garibalde bosta de batata, Walter Alves, e tantos outros folcloristas da política.

  2. Vá se acostumando, que isto aqui é Natal – terra das famosas 'panelinhas'. E como Natal não há tal.

  3. BG
    Santo de casa não obra milagres, preferem os de fora todo mundo sabe porque, além também dos de casa não receberem os pagamentos, os de fora recebem antecipado.

  4. Hum, estranha essa história, só por curiosidade Qt será que ele pediu de cachê para tocar no carnaval de Natal,

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Diversos

VÍDEO de drone mostra local da morte do sanguinário líder do Estado Islâmico

Para ver vídeo clique AQUI

Imagens feitas com drone divulgadas nesta segunda-feira (28) mostram o que restou do local de esconderijo de Abu Bakr al-Baghdadi, o chefe do Estado Islâmico, cuja morte o governo americano anunciou no fim de semana.

O líder terrorista, segundo a versão relatada pelo presidente americano Donald Trump, estava sendo perseguido e morreu ao detonar explosivos dentro de um túnel, depois de perceber que não teria como escapar. A operação, que durou mais de uma hora teve participação de oito helicópteros, ocorreu na província de Idlib, no noroeste da Síria.

Autoridades de segurança iraquianas revelaram que, durante a longa busca por Baghdadi, equipes de inteligência conseguiram um avanço em fevereiro de 2018 depois que um dos maiores assessores do líder do Estado Islâmico repassou informações sobre como ele conseguiu evitar ser capturado durante tantos anos.

Abu Bakhr Al-Baghdadi em vídeo divulgado nesta segunda (29) — Foto: AFP/Al-Furqan

Às vezes, Baghdadi tinha conversas estratégicas com seus comandantes em miniônibus em movimento repletos de vegetais para evitar uma detecção, disse Ismael al-Ethawi a funcionários depois de ser preso por autoridades turcas e entregue aos iraquianos.

“Ethawi deu informações valiosas que ajudaram a equipe a completar as peças que faltavam no quebra-cabeça dos movimentos de Baghdadi e os lugares que usava para se esconder”, disse uma das autoridades de segurança iraquianas.

“Ethawi nos deu detalhes de cinco homens, incluindo ele, que estavam se encontrando com Baghdadi dentro da Síria e as localidades diferentes que usavam”, explicou al-Ethawi à agência Reuters.

Operação que matou Abu Bakr al-Baghdadi — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1

No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Baghdadi morreu “gemendo e chorando” durante uma operação de forças especiais dos EUA na região de Idlib, no noroeste sírio.

Em um pronunciamento televisionado da Casa Branca, Trump disse que o líder do Estado Islâmico morreu junto com três dos seus filhos ao detonar um colete de explosivos depois de fugir para um túnel sem saída durante o ataque.

A trajetória que levou à morte de Baghdadi foi cheia de frustrações para agências de inteligência ocidentais e árabes. Foi necessário vasculhar muitas pistas do paradeiro do líder do EI, que impôs um reino de terror numa extensa área da Síria e do Iraque, ordenando que seus homens realizassem execuções em massa e decapitações.

Ele também é responsável por ataques hediondos em cinco continentes em nome de sua versão ultrafanática do Islã.

Converter militantes como Ethawi foi fundamental para os agentes que tentavam rastrear Baghdadi. Ethawi foi considerado por autoridades de inteligência do Iraque como um dos cinco principais assessores do líder. Ele se uniu à Al-Qaeda em 2006 e foi detido por forças norte-americanas em 2008, ficando preso durante quatro anos, segundo autoridades de segurança iraquianas.

Mais tarde, Baghdadi encarregou Ethawi de papéis cruciais, como dar instruções religiosas e selecionar comandantes para o Estado Islâmico. Depois que o grupo foi praticamente derrotado, em 2017, Ethawi fugiu para a Síria com sua esposa síria.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Por que não usaram e usam os drones para localizar as manchas de petróleo no mar?
    E por que ainda não divulgaram as imagens dos satélites?
    Será que tem SHELL, CHEVRON OU OUTRA PETROLÍFERA AMERICANA ENVOLVIDA?

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Polícia

Relatório da CPI do BNDES mostra como Lula manipulou ‘integração’ para financiar esquema regional

Foto: (Adriano Machado/Reuters)

O relatório da CPI do BNDES, em seu quarto capítulo, detalha que os financiamentos do BNDES para obras na República Dominicana foram feitos a despeito das análises de riscos.

Indicadores mostravam que o país estava vulnerável a catástrofes naturais, elevação da dívida externa e das taxas de inflação, redução do crescimento real do PIB e acesso limitado ao capital externo. Registrou-se, ainda, que a República Dominicana operava com atrasos junto a agências mundiais de seguro.

“O representante da Casa Civil da Presidência da República, Sr. Swedenberger do Nascimento Barbosa, enfatizou que os membros do COFIG (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações) deveriam ter em mente, ao examinar os pleitos, a promessa do Sr. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atender, na medida do possível, o conjunto de pedidos encaminhados pela República Dominicana, principalmente as operações que envolviam o Aqueduto da Linha Noroeste (US$ 63,0 milhões) e o projeto Hidroelétrico do Artibonito (US$ 123,2 milhões).”

Como O Antagonista antecipou, análises de riscos e garantias foram manipuladas em governos petistas para liberar dezenas de bilhões de reais a países vizinhos.

“Ressalte-se ainda que, na citada reunião, foi mencionado que todo o processo vinha sendo conduzido através de negociações diretas com os governos dos países vizinhos, atendendo à política de integração do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à sua meta de viabilizar, até a próxima reunião de cúpula da Comunidade Sul-Americana, que seria realizada em agosto de 2005, uma obra importante em cada um desses países.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Isso é um paizão para bandidos, infelizmente nós estamos pagando a conta, tem que continuar preso.

  2. Eita se ferrou mais ainda. O maior ladrão que tivemos está diariamente sendo desmascarado de suas roubalheira, e ainda tem um punhado de asnos que não enchegam o quanto estão sendo trouxas e massa de manobra.

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Diversos

Uber Transit: app ganha função que mostra transporte público no Brasil

Uber Transit vai mostrar transporte público no Brasil — Foto: Divulgação/Uber

A Uber anunciou diversas novidades para seu aplicativo de corridas e para o Uber Eats nesta quinta-feira (26), durante um evento em São Francisco, nos Estados Unidos. Para os usuários no Brasil, as principais mudanças são a chegada do Uber Transit, recurso que vai mostrar as melhores opções de transporte em tempo real, incluindo transporte público, e uma nova versão do app que integra os serviços de corrida com o Uber Eats.

Além disso, a empresa revelou novas funções de segurança para o aplicativo, de forma que motoristas e usuários se sintam mais tranquilos durante uma corrida. A companhia também deu mais informações sobre a chegada de seus programas de fidelidade para usuários e motoristas. A seguir, conheça todos os lançamentos da Uber para o Brasil e outras regiões.

A principal novidade para brasileiros é o Uber Transit. O serviço oferece informações em tempo real sobre transporte público (ônibus, trens e metrôs) no app da Uber. Assim, o usuário pode ver quais são as melhores opções para seu trajeto naquele momento, considerando tempo e preço. Se decidir que chamar um Uber é a melhor solução, pode fazê-lo rapidamente no aplicativo. Por enquanto, no Brasil, o recurso estará disponível apenas na cidade de São Paulo e vai ser liberado aos poucos nas próximas semanas.

O objetivo da Uber com a função é justamente facilitar a vida do usuário, visto que a empresa não ganha nada caso o passageiro decida que o transporte público é a melhor opção. Com relação ao pagamento, caso escolha transporte público, o usuário deverá pagar como de costume. A única cidade em que está disponível a opção de pagamento pelo próprio app é Denver, nos Estados Unidos. Por enquanto, não há previsão de trazer esse método de pagamento para o Brasil e o lançamento da função em outras cidades do país ainda vem sendo estudado.

Além disso, a companhia revelou que pretende reunir todos os seus serviços em um único aplicativo. Assim, o usuário não precisa ter um app exclusivo para o Uber Eats em seu celular. A nova versão do programa estará disponível nas próximas semanas em diversos países, incluindo o Brasil. Vale ressaltar que o aplicativo Eats vai continuar funcionando normalmente por enquanto.

Outra novidade que chega às cidades de São Paulo e Rio de Janeiro é um recurso que orienta os passageiros a verificarem a presença de ciclistas ao entrar ou sair do carro. Quando o ponto de chegada for perto de uma ciclovia, o usuário vai receber uma notificação para que possa fazer um desembarque seguro.

Novos recursos de segurança

Durante o evento, a Uber ainda revelou outras novidades que devem demorar um pouco mais para chegar ao Brasil, como as novas funções de segurança. Além da possibilidade de compartilhar seu trajeto em tempo real, os usuários nos Estados Unidos agora podem falar com a polícia pelo aplicativo por mensagens de texto, caso tenham algum problema durante a corrida. Assim, o serviço tem acesso à sua localização, dados do carro e outras informações sobre o trajeto.

Outra novidade é que agora o aplicativo do motorista checa a foto do piloto de tempos em tempos para garantir que terceiros não usem o app de forma indevida. Somente após a verificação, o motorista fica online e pode aceitar corridas pela Uber. Já a seção “Ajuda” agora está disponível durante a viagem. Antes, era preciso esperar chegar ao destino para relatar problemas com a corrida.

Os PINs para verificação de corridas também são um novo recurso de segurança que garante que o usuário está entrando no carro certo. Antes de iniciar a corrida, o passageiro precisa informar o número do seu PIN ao motorista. Há ainda a possibilidade de transmitir o PIN de forma wireless quando o piloto estiver se aproximando do local de início da viagem.

Programas de fidelidade e assinatura

Durante o evento, a Uber prometeu expandir o Uber Reward, seu programa de fidelidade, para outros países, incluindo o Brasil, até o final do ano. Com ele, os usuários acumulam pontos conforme usam o serviço e podem trocar por descontos nas corridas da Uber ou nos pedidos do Eats. Além dos passageiros, os motoristas brasileiros também ganharam um programa de benefícios: o Uber Pro tem a promessa de oferecer mais vantagem e economia para os parceiros. O projeto estava em testes em Curitiba, Fortaleza e São Paulo e agora chega para todos os motoristas.

Para os usuários dos Estados Unidos, a Uber ainda revelou o Uber Pass, um serviço de assinatura que oferece diversas vantagens. Com ele, o usuário paga um valor por mês e tem acesso a benefícios, como bicicletas da Jump ou frete grátis e descontos nos restaurantes do Uber Eats.

Mudança no Uber Eats

Já para o Uber Eats, uma das novidades que chega para todo mundo é uma ferramenta que reduz o uso de descartáveis. Agora, o usuário precisa especificar que deseja talheres durante o pedido. O objetivo da empresa com essa ação é reduzir o volume de lixo gerado pelas compras no app. Além disso, nos EUA, o aplicativo ainda ganhou um filtro de alergia para que o usuário possa indicar alimentos que tem restrição de consumo. A função também não tem previsão de chegada ao Brasil.

Globo, via Techtudo

 

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Diversos

(VÍDEO) – ‘34 milhões de mortos em horas’: simulação nos EUA mostra estrago de guerra nuclear entre Rússia e EUA

A possibilidade de uma guerra nuclear é uma ameaça latente e, segundo especialistas, informações sobre a catástrofe mundial que ela causaria pode servir para evitar que isso se torne realidade.

Por isso, um grupo de especialistas em segurança e armas nucelares da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, criou uma simulação chamada “Plano A”, que mostra a devastação que um conflito entre EUA e Rússia provocaria.

As previsões são assustadoras. Em questão de horas, haveria 34 milhões de mortos e mais de 57 milhões de feridos.

“O risco de uma guerra nuclear aumentou dramaticamente depois que Estados Unidos e Rússia abandonaram o tratado de controle de armas nucleares”, destacam os criadores da simulação ao blog do programa Ciência e Segurança Global da Universidade de Princeton.

“(Esses países) começaram a desenvolver novos tipos de armas nucleares e ampliaram as circunstâncias nas quais seria possível usar essas armas”, advertem.

Nesse contexto, dizem, o objetivo da simulação é chamar a atenção sobre as “consequências potencialmente catastróficas de uma guerra nuclear entre EUA e Rússia”.

Vários especialistas consultados pela BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, coincidem em dizer que esse tipo de exercício acadêmico pode ser útil para persuadir as potências a não chegar a um enfrentamento nuclear.

“Faz tempo que vemos simulações como esta e sempre são alarmantes”, disse à BBC News Mundo Sarah Kreps, professora da Universidade de Cornell, nos EUA, onde investiga os impactos da proliferação de armas de destruição em massa.

“Essas simulações são úteis para reforçar a dissuasão. Se não há transparência e se há otimismo sobre as consequências de um enfrentamento nuclear, é mais provável que alguma das partes escale a sua posição, seja consciente ou inconscientemente.”

Para Kreps, os potenciais estragos que esse tipo de simulação evidencia podem servir para que países que possuem armas nucleares ajam com maior “moderação”.

Mas em que consiste o vídeo com a simulação da Universidade de Princeton e que panorama ele projeta?

Milhões de vítimas em poucas horas

A guerra imaginária que o vídeo ilustra começa com a tentativa da Rússia de impedir uma ofensiva dos Estados Unidos e de membros da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Pela simulação, os russos lançam um míssil nuclear de “advertência” na fronteira entre Alemanha, Polônia e República Tcheca.

Com esse ataque, o conflito escala rapidamente. A Rússia envia aviões com um total de 300 ogivas nucleares e dispara mísseis de curto alcance contra bases e tropas da Otan na Europa.

Esses ataques duram 45 minutos e deixam 3,4 milhões de vítimas. A Otan, por sua vez, responde com aviões que viajam rumo à Rússia com 180 ogivas nucleares.

A essa altura, o objetivo de cada um é evitar que o inimigo tenha oportunidade de se recuperar, portanto cada país lança ataques contra as 30 cidades mais povoadas do adversário.

Em cada bombardeio, são usadas entre 5 e 10 ogivas nucleares, dependendo do tamanho da cidade. O resultado: em 45 minutos, mais 85,3 milhões de vítimas, entre mortos e feridos.

Assim, em menos de cinco horas, haveria 91,5 milhões de vítimas. Isso inclui 34,1 milhões de mortes instantâneas e 57,4 milhões de feridos.

Os números, advertem os especialistas, aumentariam “significativamente” se forem levadas em conta as mortes a longo prazo causadas pelos resíduos radioativos deixados no ar.

Como chegaram a esses cálculos?

Os especialistas de Princeton dizem que os cálculos são “razoáveis” e baseados em condutas realistas da Rússia e dos Estados Unidos, assim como possíveis objetivos militares e o dano potencial das armas nucleares esses países possuem.

Com base em informações sobre as armas que estão sendo empregadas atualmente, os escudos antimísseis e os possíveis alvos de cada arma, os pesquisadores estimaram a ordem de escalada da guerra, passando de um enfrentamento tático para o ataque a cidades e civis.

O número de mortos e feridos em cada uma dessas fases foi calculado com base no NukeMap, uma ferramenta interativa que mostra o dano que diferentes armas nucleares causariam segundo sua potência e local de lançamento.

O NukeMap foi criado por Alex Wellerstein, professor do Instituto Tecnológico Stevens e especialista em história das armas nucleares.

A informação do NukeMap é “altamente precisa”, segundo disse à BBC News Mundo Erika Simpson, professora de política internacional da Universidade Western, no Canadá, e especialista em estratégia nuclear da Otan. Simpson não participou da simulação de Princeton.

A bomba atômica sobre Hiroshima, no japão, em 1945, demonstrou o cenário apocalíptico de um ataque nuclear Qual é o panorama hoje?

Os especialistas ouvidos pela BBC News Mundo concordam que a simulação ocorre num momento em que a ameaça nuclear tem significância.

“Este vídeo é uma poderosa lembrança da ameaça que as armas nucleares representam”, diz Jonathan Marcus, correspondente de assuntos diplomáticos da BBC.

“Ela chega num momento em que a maior parte dos tratados de controle de armas que ajudaram a manter o equilíbrio estratégico durante a Guerra Fria foram abandonados”, alerta.

Segundo explica Marcus, atualmente só há entre Rússia e Estados Unidos um único – e importante – tratado em vigor para o controle de armas nucleares.

Trata-se do START II, que estabelece limites rígidos e verificáveis à quantidade de sistemas nucleares estratégicos de longo alcance que cada parte pode empregar.

“Mas esse tratado expira em fevereiro de 2021”, ressalta Marcus. “E, atualmente, nem Washington nem Moscou demonstram grande vontade em prorrogá-lo.”

Em agosto, os Estados Unidos se retiraram formalmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, que foi assinado em 1987 pelos então presidentes da União Soviética, Mikhail Gorbachov, e dos Estados Unidos, Ronald Reagan.

Marcus explica que a expiração desse tratado ocorre no momento em que estão surgindo armas novas e potentes, como os mísseis hipersônicos e a utilização de inteligência artificial no armamento estratégico.

Para que servem essas simulações?

Ainda que sejam especulativas, simulações como as promovidas pela Universidade de Princeton são úteis, segundo especialistas.

“Esse estudo oferece informação vital para o público”, disse à BBC News Mundo Dinshaw Mistry, especialista em proliferação nuclear da Universidade de Cincinnati e autor do livro “Contendo a Proliferação de Mísseis”.

“A simulação oferece as bases para questionar a justificativa para o tamanho e o uso das forças nucleares.”

Mistry e Kreps afirmam que esses exercícios servem para estimular uma reflexão sobre as consequências de um conflito nuclear de larga escala e a importância do controle de armas.

Útil, porém limitado

Ainda que reconheçam sua utilidade, os especialistas afirmam que o trabalho de Princeton tem limitações. Mistry, por exemplo, afirma que o cenário de guerra nuclear de grandes proporções “é menos provável” que um enfrentamento de “pequena escala”, com a utilização de uma a cinco armas nucleares na etapa inicial do conflito.

“A simulação seria mais útil se mostrasse como seria possível controlar a escalada da guerra e limitar os danos”, argumenta.

Matthew Bunn, professor da Universidade de Harvard, especialista em medidas de controle da proliferação de armas nucleares, concorda.

“Seria útil acrescentar à simulação mais informações e ações que poderiam ser adotadas para reduzir o perigo”, disse Bunn.

O especialista de Harvard se refere a medidas relacionadas à redução da tensão entre EUA e Rússia, à revitalização de acordos antigos e à redução da ênfase que as doutrinas militares colocam sobre o uso de armas nucleares.

Marcus, por sua vez, destaca que o vídeo de Princeton deixa de lado um aspecto importante do cenário geopolítico.

“É interessante que a simulação tenha escolhido focar numa troca nuclear entre Rússia e EUA”, observa.

“Muita gente acredita que seria mais provável um conflito entre China e EUA. A Rússia é uma sombra da antiga União Soviética em termos de poder bruto e (o presidente russo Vladimir) Putin sabe disso.”

Mas, assim como os demais especialistas ouvidos pela BBC News Mundo, Marcus destaca que o panorama atual torna “mais importante do que nunca” a necessidade de “rever os processos de controles de armas nucleares no mundo”.

BBC Brasil

 

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Segurança

Com extensão para o Chrome, serviço do Google mostra se suas senhas foram hackeadas em algum momento

Getty Images

De tempos em tempos, hackers expõem um volume considerável de senhas na internet.

A gigante de tecnologia Yahoo, a rede de hotéis Marriott e a companhia aérea British Airways são algumas das empresas que sofreram recentemente falhas de segurança e grandes vazamentos de dados de usuários.

Como se essa ameaça não fosse suficiente, a escolha de senhas como “12345678”, “123123” ou “abc123”, três das mais usadas na internet, deixa sua conta mais vulnerável para qualquer pessoa que queria acessá-la sem permissão.

Mas existe uma forma de checar se alguma das senhas que você usa foi exposta em algum momento: basta instalar uma extensão no Chrome, navegador do Google, que também está disponível para Android.

“Password Checkup” (“Check-up de senha”) é o nome da extensão do Google capaz de dizer se sua senha foi descoberta e, portanto, se você está mais vulnerável ao roubo de dados ainda mais comprometedores.

É preciso ter a versão 67 ou superior do Chrome, mas, uma vez instalada, a extensão é muito fácil de usar.

Como instalar

Basta seguir o passo a passo abaixo para instalar a extensão:

– Abra o navegador Chrome no computador;

– Faça login na sua conta do Google;

– Acesse a Chrome Store e baixe a extensão “Check-up de senha”;

– Siga as etapas exibidas na tela.

Após a instalação, ao navegar na internet e tentar fazer login em algum site, o Google avisa imediatamente se o seu nome de usuário e senha aparecem em bancos de dados de credenciais que vazaram.

Na prática, o navegador compara os dados digitados com uma lista de senhas hackeadas e, se você tentar inserir uma que esteja nessa lista, o serviço emite um alerta.

O sistema só envia notificações se identificar que você está correndo perigo.

“Se você usar o mesmo nome de usuário e senha em outras contas, altere a senha dessas contas também”, aconselha o Google.

Dicas para uma senha forte

– Não use dados pessoais, tampouco seu nome de usuário;

– Utilize o mínimo de palavras possível;

– Insira símbolos, letras maiúsculas e números;

– Crie senhas diferentes para cada conta e troque de tempos em tempos.

Fonte: Jim Wheeler, especialista em segurança cibernética.

Uma dica de especialistas para proteger seus logins de e-mail e redes sociais é habilitar a autenticação em duas etapas. Esse processo adiciona uma camada de segurança ao login, exigindo, por exemplo, que você insira um código gerado especialmente para ter acesso ao sistema.

Facebook, Twitter e LinkedIn estão entre as redes sociais que oferecem esse serviço.

Por que é importante saber se suas senhas foram expostas por hackers?

Primeiramente, para garantir que ninguém acesse uma de suas contas com elas.

Uma vez que alguém entra na sua conta, é capaz de alterar suas configurações, redefinir sua senha e assumir o controle total do perfil – seja do Spotify, Netflix ou Amazon, por exemplo.

Também podem obter mais informações pessoais (endereço, telefone, data de nascimento).

Em segundo lugar, uma falha de segurança pode dar acesso a dados mais sensíveis, como conta bancária ou número de CPF.

Preguiça e comodidade costumam ser as razões pelas quais os usuários usam senhas fáceis ou não trocam nunca.

Há alguns anos, um estudo revelou que 30% dos trabalhadores americanos anotavam suas senhas em um pedaço de papel que deixavam perto do computador.

Outros 66% faziam isso em um arquivo dentro do próprio computador ou celular.

Duas péssimas ideias se quisermos proteger nossa privacidade.

A melhor tática, sugerem os especialistas, ainda é trocar nossas senhas regularmente.

BBC Brasil

 

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Diversos

O tempo médio do sexo, segundo a ciência; levantamento ainda mostra que a duração do ato não muda com o uso do preservativo

Foto: (Thinkstock/)

Você provavelmente nunca colocou um cronômetro ao lado da cama para ver quanto tempo dura a sua relação sexual. Mas um estudo científico pôs 500 casais heterossexuais para fazer exatamente isso. Com base nesses dados, o levantamento pôde apontar uma média de tempo de duração do sexo, excluindo as preliminares: 5 minutos e 24 segundos.

A variação do tempo de duração da atividade dos participantes foi enorme ao longo das quatro semanas de duração desse estudo. Enquanto o casal que ficou com o menor tempo obteve 33 segundos, o que teve o maior tempo conseguiu 44 minutos – ou seja, 80 vezes mais do que o de menor resultado.

O que foi aferido no estudo foi somente o tempo entre a penetração vaginal e a ejaculação, nada além disso.

O levantamento mostrou outro dado interessante: casais que usaram camisinha não apresentaram diferença relevante no tempo médio de duração do sexo em relação aos que não a usaram. A circuncisão também não foi um fator que indicou mudança na duração do ato.

Algo que influenciou na redução do tempo da relação sexual foi a idade dos parceiros. Quanto mais velhos eles eram, menos tempo ela durou.

As nacionalidades dos casais não apresentaram importância no estudo, exceto no caso dos turcos, que tiveram a menor média: 3 minutos e 42 segundos. As pessoas que participaram do estudo eram da Holanda, da Espanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos.

Quanto tempo é normal?

A duração considerada normal para uma relação sexual varia de acordo com o que pensamos ser normal. No final da década de 1940, o tempo médio de duração do sexo era de dois minutos para 45% dos homens, um número que pode gerar um diagnóstico de ejaculação precoce atualmente, segundo Crystal Dilworth, biomédica e divulgadora científica.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de New Brunswick, a duração média de uma relação sexual é de entre 5 e 10 minutos. Quando a atividade excede 20 minutos, ela é considerada indesejada pela maioria dos 152 casais participantes, que tinham idades de 21 a 77 anos.

O terapeuta sexual Barry W. McCarthy fez uma afirmação ao Esquire que corrobora com os resultados das pesquisas científicas. “Pouquíssimas pessoas têm relações sexuais em si [penetração vaginal] que durem mais do que 12 minutos”, disse McCarthy.

E a ciência mostra que se engana quem pensa que o tempo das carícias preliminares é o fator que mais importa para a mulher atingir o orgasmo. Um estudo com 2.360 mulheres tchecas, publicado em 2009 no The Journal of Sexual Medicine e realizado pelos psicólogos Petr Weiss e Stuart Brody, concluiu que a chance de um orgasmo feminino têm maior relação com o tempo de duração do ato sexual do que com as preliminares.

Exame

 

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Diversos

Abertura de mostra que reformou o Juvino Barreto será nesta quinta

Nesta quinta-feira, dia 29, os idosos do Instituto Juvino Barreto ganham oficialmente uma instituição de cara nova. Através de uma ideia do escritório Renove Projetos, o abrigo está sendo beneficiado com a Mostra Elos de arquitetura e decoração que transformou o espaço. Os ambientes estarão abertos para visitação do público de segunda a sexta, das 15h às 20h, e sábado e domingo, das 10h às 18h. A entrada da Mostra é mediante a doação de fralda geriátrica ou lençol para os idosos, ou uma taxa de R$ 20,00.

O projeto, que traz um formato inovador, foi abraçado por diversos profissionais como arquitetos, design de interiores, engenheiros e paisagista da cidade. A Mostra Elos acontecerá até o dia 11 de dezembro com várias atividades para os idosos e público em geral. Siga o perfil no instagram @mostraelos e acompanhe a programação. Para a realização da Mostra foram mais de 36 ambientes reformados e mais de 80 profissionais envolvidos.

O Instituto Juvino Barreto tem 76 anos de história com todo o seu funcionamento feito de forma filantrópica. Tudo o que foi construído até hoje foi feito exclusivamente através de doações, trabalho voluntário e apoio da sociedade. A Mostra Elos vem para fazer a diferença na estrutura e história da instituição. Além de estarem à frente da organização da Mostra, as arquitetas Mara Lorena, Larissa Magalhães e Juliana Maia do escritório Renove assinaram o projeto de reforma e ambientação da recepção das Boas Vindas.

Mara Lorena, Larissa Magalhães e Juliana Maia, do escritório Renove

Opinião dos leitores

  1. Maravilhosas ❤❤❤. Que Deus as proteja e a todos que deixaram sua contribuição. Isso meninas…continuem. A arquitetura de amor, de compaixão. Aplausos! Vcs fizeram bonito. Fã.

  2. Parabéns as três arquitetas pelo gesto carinhoso aos mais velhos. Muito mais tem Deus para abençoa-las.abs Roberto lira e Familia

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Cultura

Parnamirim vai ser sede de mostra de filmes relacionados ao Meio Ambiente

Uma mostra gratuita de cinema, sobre temas relacionados à Ecologia, será realizada em Parnamirim. O projeto começa dia 10 de agosto e contará com o Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DCS-UFRN), Prefeitura Municipal, Associação Ileaô, Centro de Desenvolvimento Social e Comunitário (CEDESC), e a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

As apresentações acontecem gratuitamente entre agosto a novembro, das 19h às 22h, no Centro Pastoral Padre João Correia de Aquino, situado à Avenida Castor Vieira Régis, 286, Cohabinal, em Parnamirim.

O projeto quer atingir a sociedade, os líderes comunitários, conselheiros municipais, agentes públicos, integrantes de movimentos sociais, pesquisadores e ativistas da academia e de diferentes movimentos ambientais e sociais, estudantes e professores, pois a questão ambiental é um problema que é de interesse para todas as pessoas.

Será expedido certificado pela UFRN, aos participantes que obtiverem no mínimo 70% de frequência.
Os interessados devem inscrever-se através do e-mail [email protected], enviando nome completo, os números do CPF e RG.

A programação dos filmes pode ser conferida aqui embaixo:

10 de agosto
Home – O Mundo é a Nossa Casa
Direção: Yann Arthus-Bertrand
França, 2009, 93min

24 de agosto
The Age of Stupid (A Era da Estupidez)
Direção: Franny Armstrong
EUA, 2009, 100min

14 de setembro
Mudanças do clima, mudanças de vidas
Direção: Todd Soutghate
Greenpeace, Brasil, 2006, 51 min

28 de setembro
Avatar
Direção: James Cameron
EUA, 2009, 161 min

19 de outubro
CO2 Álibi.
Direção: Mascha Boogaard e Wendel Hesen
Holanda, 2005, 95 min

26 de outubro
A carne é fraca.
Direção: Denise Gonçalves
Instituto Nina Rosa, Brasil, 2004, 53 min

09 de novembro
Refugiados do clima (Climate refugees)
Direção: Michael P. Nash
EUA, 2010, 95min

Fonte: Nominuto

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