Saúde

Anticorpos contra Covid-19 são passados pelo leite materno, sugere estudo

(Foto: StockSnap / Pixabay)

O leite materno de pacientes que se recuperaram da Covid-19 contém anticorpos contra a doença, sugere um novo estudo publicado no iScience.

Conduzida pela Escola de Medicina Icahn em Monte Sinai, nos Estados Unidos, a pesquisa analisou amostras de oito doadoras que haviam sido infectadas pelo Sars-CoV-2 e sete que tiveram suspeita da infecção. Os cientistas queriam verificar a presença de anticorpos IgA, que normalmente são encontrados em secreções do nosso organismo.

Das 15 amostras, 80% mostraram uma forte resposta de IgA contra o coronavírus. Além disso, 67% continham anticorpos IgG (que são encontrados em maior quantidade no corpo) e IgM (que se formam na resposta primária a um patógeno). Todas essas moléculas de defesa se ligam diretamente à proteína spike do Sars-CoV-2 para combater a infecção.

“No geral, esses dados indicam que uma resposta robusta de sIgA-dominante [anticorpo IgA comumente encontrado em muco] ao Sars-CoV-2 Ab no leite humano após a infecção deve ser esperada em uma maioria significativa de indivíduos”, escreveram os autores do estudo.

A pesquisa apresenta algumas limitações, no entanto. Nem todas as participantes fizeram um exame do tipo PCR, então não há como se ter certeza absoluta de que elas tiveram Covid-19. Por isso, é necessário fazer novos estudos com mais pessoas.

Além disso, ainda é necessário determinar se os anticorpos fornecidos pelo leite materno realmente podem proteger bebês da doença causada pelo coronavírus.

“A resposta imune Sars-CoV-2 no leite humano ainda não foi examinada, embora proteger bebês e crianças pequenas de Covid-19 seja fundamental para limitar a transmissão na comunidade e prevenir doenças graves e morte”, apontaram os cientistas.

Galileu

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Saúde

Atividade física regular reduz em 34% o risco de internação por covid-19, conclui estudo brasileiro; saiba quantos minutos são necessários, do moderado ao intenso

Foto: Reprodução/Getty Images

Realizar 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de atividades intensas reduz o risco de internação hospitalar pela Covid-19 em 34,3%. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) publicado recentemente na plataforma preprint MedRxiv.

A equipe, coordenada pelo pesquisador Marcelo Rodrigues, do InCor, avaliou questionários respondidos por 938 pessoas que tiveram Covid-19 e se recuperaram da doença. Destes, 91(9,7%) necessitaram de hospitalização. Os resultados mostraram que as pessoas que praticavam a quantidade recomendada de atividade física por semana, o equivalente a 150 minutos de exercício moderado ou 75 minutos de atividade física intensa, tinham um risco reduzido de hospitalização pela doença.

Além disso, aqueles que praticavam dois ou mais tipos de exercício, como andar de bicicleta e correr, tinham um benefício ainda maior: a redução no risco dessas pessoas foi de 46,2%. A associação permaneceu mesmo após serem contabilizados fatores como idade, sexo, IMC (índice de massa corporal) e doenças pré-existentes.

De acordo com o educador físico, Gustavo Cardozo, pesquisador da Uerj e diretor técnico-científico do Centro de Medicina do Exercício DECORDIS, a prática de 100 minutos de atividade física semanais já apresentou um efeito protetivo. “O estudo mostrou que fazer 20 minutos de exercício, cinco vezes por semana, protege das complicações da Covid-19 até mesmo em pessoas com doenças inflamatórias”, disse Cardozo.

A principal hipótese para esse efeito protetor da atividade física está associada à redução da ECA2, enzima utilizada pelo novo coronavírus para invadir as células. “O exercício físico reduz os receptores de ECA 2 e diminui ações inflamatórias no corpo, que também contribuem para as complicações da Covid-19”, explica Cardozo.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Minha atividade é sexo, faço muito , sou incansável, imbroxável e infalível. Hoje tenho duas na fita, vou ter que escolher entre a loira e a morena, mas a que não der pra hoje amanhã será a da vez. Hô papai, o Véio aqui é danado. Vou já tomar meu tadalafil + long Jack, por que se der tempo pego as duas.

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Trânsito

Estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revela melhora significativa na sinalização das rodovias brasileiras

Foto: Agência Brasil

Um estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgado nesta terça-feira (24), mostra que houve uma melhoria significativa na avaliação da sinalização das rodovias brasileiras entre 2013 e 2019. Segundo a entidade, houve em média uma melhora de 17,8 pontos percentuais nos trechos rodoviários federais sob jurisdição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A pesquisa avaliou o Programa Nacional de Segurança e Sinalização Rodoviária (BR-Legal), criado em 2013 visando padronizar a sinalização rodoviária na malha federal.

Dividido em quatro etapas, o projeto previa a realização de melhorias na sinalização em 55 mil quilômetros (km) de rodovias em todo o país. Essa extensão representava, em 2012, 87% da malha total das rodovias federais pavimentadas sob gestão pública. Cada etapa levava em consideração a logística de execução das obras e o nível de relevância de cada trecho.

“Em sete anos de vigência do BR-Legal, houve nítidos avanços na avaliação geral da sinalização nas rodovias federais públicas. Considerado o período entre o início do programa e o ano de 2019, houve em média uma melhora de 17,8 pontos percentuais nos trechos rodoviários onde houve intervenções do BR-Legal, passando de 39,7% para 57,5% de avaliação positiva”, revela o estudo.

Acrescenta que o programa inovou na forma de licitação, na atribuição de responsabilidades às contratadas e na metodologia das soluções empregadas. Pela metodologia, a empresa encarregada pelo projeto de sinalização é também a executora dos serviços e responsável pela manutenção da rodovia durante cinco anos.

“Dessa forma, evita-se que problemas na implementação da sinalização e dos dispositivos de segurança sejam justificados por erros de projeto, dado que a empresa – ou consórcio – responsável pelas duas etapas é a mesma”, indica a CNT.

Avaliações

As avaliações da pesquisa se debruçaram tanto sobre a sinalização horizontal, a exemplo das faixas, como a vertical, placas de advertência e regulamentação, em aspectos como visibilidade, padronização e legibilidade das sinalizações.

O levantamento também levantou o percentual de execução das intervenções realizadas dentro do programa BR-Legal, com destaque para a sinalização vertical que alcançou o maior percentual (70,0%). Na sequência, estão as intervenções de sinalização horizontal (58,1% de execução) e de dispositivos de segurança (45,0%).

Segundo a CNT, atrasos na execução do programa empurraram o encerramento da maioria dos contratos para 2021 (a previsão inicial era 2018). De acordo com a CNT, dos R$ 4,47 bilhões de orçamento previstos, foram investidos, entre 2014 e 2019, apenas R$ 2,82 bilhões em valores nominais, o equivalente a R$ 3,12 bilhões em valores corrigidos, o que representa 63% do previsto.

Além disso, a pesquisa também traz observações de auditorias ao programa BR-Legal realizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apontaram problemas de fiscalização, superposição do programa com outras ações, execução insuficiente e/ou inadequada, atrasos, priorização de trechos críticos e inconformidade de projetos.

“Os relatórios desses órgãos indicam que, em alguns casos, não foram contratadas empresas para realizar serviços de supervisão e gerenciamento do programa e que houve carência de pessoal e de equipamentos para realizar os serviços de fiscalização”, revela o trabalho.

Em alguns trechos rodoviários do BR-Legal em superposição com outras ações e programas de melhoria, houve casos de duplicidade na contratação de serviços e ainda de ausência ou insuficiência de execução da sinalização horizontal por causa da má condição do pavimento (sob responsabilidade de outro programa).

O estudo também comparou o BR legal com programas anteriores de sinalização, como o Programa de Sinalização nas Rodovias Federais (Prosinal) e o Programa de Defensas Metálicas nas Rodovias Federais (Prodefensas), este último lançado em 2009 e voltado para diminuir a severidade dos acidentes nas rodovias federais pavimentadas.

Sinalização horizontal

Criado em 2006 e previsto para durar dois anos, o Prosinal previa a execução dos serviços de engenharia de tráfego, de sinalização horizontal, vertical e suspensa e de dispositivos de segurança em cerca de 48 mil km de rodovias. Entretanto, diversas prorrogações o estenderam por mais quatro anos, e sua conclusão deu-se apenas em outubro de 2012.

No total, o programa abrangeu 46 mil km de rodovias sinalizadas. Já o Prodefensas, que funcionou até 2012, realizou intervenções em 734,2 km de defensas ao custo de R$ 76,9 milhões em valores da época.

Segundo a CNT, ainda que os dois programas tenham promovido melhorias na sinalização, eles não foram capazes de alterar, de maneira significativa, as condições da sinalização das rodovias federais. A entidade diz que eles contribuíram para que se adquirisse experiência para a formulação do BR-Legal, que os substituiu.

“As inovações trazidas por este programa [BR-Legal] na forma de licitação, na atribuição de responsabilidades à contratada e na metodologia das soluções a serem empregadas puseram as intervenções na sinalização viária, no país, em um novo patamar, superior aos anteriores. Houve, durante o período de vigência do BR-Legal, uma nítida melhoria da avaliação geral da sinalização nas rodovias federais públicas, assim como na de suas variáveis, individualmente”, finaliza a CNT.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Cadê os esquerdopatas de plantão? Aliais, até os que idolatram FHC, que de esquerda nada tinha.
    Nosso Presidente é o melhor de todos os tempos.
    #bolsonaro2022

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Saúde

Estudo induz resposta imune ao HIV e cria esperança de cura

Anticorpos de células B modificadas se aproximam de uma partícula de HIV (mostrada em azul) para desativá-la. Em um novo estudo, os cientistas descobriram que as células B editadas por genes podem gerar respostas de anticorpos protetores duráveis contra o HIV quando ativadas com uma vacina. (Foto: Ilustração cortesia do laboratório Voss da Scripps Research)

Infelizmente, o HIV é um dos poucos vírus para o qual ainda não há vacina para ser combatido, pois ele evolui muito rapidamente no corpo. Qualquer solução exigiria persuadir o organismo humano para produzir um tipo especial de anticorpo, que atuaria amplamente para derrotar várias cepas do vírus de uma vez. Os cientistas da Scripps Research chegaram mais perto de atingir este resultado, conforme mostra o estudo publicado na revista Nature Communications na terça-feira (17).

Em ratos, pesquisadores induziram com sucesso anticorpos neutralizantes — também chamados de bnabs — que podem prevenir a infecção pelo HIV, segundo o investigador principal James Voss, da Scripps Research. Em 2019, a equipe já havia mostrado que era possível reprogramar os genes de anticorpos das células B do sistema imunológico usando CRISPR para que as células produzissem anticorpos anti-HIV amplamente neutralizantes.

O novo estudo mostra que essas células B modificadas, após serem reintroduzidas no corpo, podem se multiplicar em resposta a uma vacinação, transformando-se em células de memória e células plasmáticas que produzem altos níveis de anticorpos protetores por longos períodos no corpo. Em humanos, as células iniciais para criar a vacina podem ser obtidas facilmente a partir de uma simples coleta de sangue e, então, projetadas em laboratório antes de serem reintroduzidas no paciente.

A equipe também mostrou que os genes modificados podem ser melhorados para produzir anticorpos que são ainda mais eficazes contra o vírus, usando um processo que normalmente ocorre nas células B que estão respondendo à imunização. “Esta é a primeira vez que foi demonstrado que as células B modificadas podem criar uma resposta de anticorpos projetada durável em um modelo animal relevante”, explica Voss, em nota.

O cientista espera que sua abordagem de vacina possa algum dia prevenir novas infecções por HIV e possivelmente oferecer uma cura funcional para aqueles que já vivem com o HIV. O vírus ainda é prevalente em todo o mundo, com cerca de 38 milhões de pessoas infectadas em 2019.

“As pessoas acham que as terapias celulares são muito caras”, diz Voss. “Estamos trabalhando muito para tentar tornar a tecnologia acessível como uma vacina preventiva contra o HIV ou cura funcional que substituiria a terapia antiviral diária.”

Galileu

 

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Saúde

Estudo diz que princípio ativo de cogumelos alucinógenos é até 4 vezes mais eficaz que antidepressivos

Os resultados mostraram que 67% dos participantes apresentaram uma redução de mais de 50% nos sintomas de depressão apenas após uma semana de tratamento – Reprodução/Getty Images

A psilocibina, princípio ativo dos cogumelos mágicos, é quatro vezes mais eficaz no tratamento da depressão do que os antidepressivos comuns, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira, 4, na revista científica JAMA Psychiatry. Essa é a primeira pesquisa científica a comprovar o potencial dessa terapia para a depressão comum.

Até o momento, os estudos com esse psicodélico estavam concentrados em pessoas com depressão resistente, ou seja, que não respondem a pelo menos dois tratamentos já existentes. Os resultados incrivelmente positivos foram descritos como apenas uma “amostra do que está por vir”, já que outros estudos com um número maior de participantes estão em andamento.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, recrutaram 24 voluntários com depressão. Os pacientes enfrentavam a doença há, no mínimo, dois anos. Antes do estudo, todos os indivíduos precisaram abandonar o tratamento com antidepressivos, mediante acompanhamento médico.

Os participantes receberam duas doses de psilocibina administradas por dois monitores clínicos. As doses foram administradas com duas semanas de intervalo entre elas. Cada sessão de tratamento durou aproximadamente cinco horas, com o participante deitado em um sofá, com viseira e fones de ouvido que tocavam música. O tempo inteiro os monitores estavam presentes. Uma série de sessões de psicoterapia foi realizada antes e depois das sessões ativas com psilocibina. O protocolo seguido pelos pesquisadores é semelhante ao usado em outros estudos com o mesmo medicamento.

Os resultados mostraram que 67% dos participantes apresentaram uma redução de mais de 50% nos sintomas de depressão apenas após uma semana de tratamento. No acompanhamento de quatro semanas, esse número subiu para 71% dos voluntários. A pontuação média no teste de depressão dos participantes em geral caiu de 23 para 8 um mês depois, e mais da metade do grupo foi considerada em remissão no mesmo período.

“A magnitude do efeito que vimos foi cerca de quatro vezes maior do que os testes clínicos demonstraram para os antidepressivos tradicionais no mercado”, diz Alan Davis, da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins e autor correspondente do estudo. “Como a maioria dos outros tratamentos para depressão leva semanas ou meses para funcionar e pode ter efeitos indesejáveis, isso pode ser uma virada de jogo se essas descobertas se confirmarem em futuros ensaios clínicos controlados por placebo de‘ padrão ouro ’.”

As limitações do estudo incluem o pequeno número de voluntários, a ausência de grupo controle e um curto período de acompanhamento. De qualquer forma, os resultados são considerados extremamente promissores.

Os compostos psicodélicos são substâncias extraídas de plantas ou sintetizadas em laboratório capazes de induzir estados alterados de consciência. Fazem parte desta classe substâncias como a psilocibina, o LSD, a ayahuasca e o MDMA (princípio ativo do ecstasy). A psilocibina, por exemplo, produz alucinações visuais e auditivas e profundas mudanças na consciência algumas horas após a ingestão.

A maior dos psicodélicos atua como um facilitador da psicoterapia. Sob seu efeito, os pacientes são capazes de relembrar e trabalhar eventos traumáticos com menos sofrimento. Isso significa que o paciente não precisa ficar usando a substância depois do tratamento.

A ciência ainda não compreende completamente como os psicodélicos funcionam. Do ponto de vista químico, elas aumentam a quantidade de neurotransmissores no cérebro, em especial a serotonina, que controla as emoções e regula o domínio sensorial, o motor e a capacidade associativa do cérebro. Elas reduzem a atividade na amígdala, parte do cérebro que regula a resposta ao medo. E aumenta a atividade no córtex-pré frontal, parte associada ao raciocínio, humor e percepção. O efeito terapêutico estaria relacionado a maior fluidez da atividade cerebral.

A FDA, agência americana que regula medicamentos, concedeu à psilocibina a designação de terapia inovadora em duas ocasiões: no tratamento de depressão grave resistente ao tratamento e de depressão grave.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Viva a ciencia, muitos precisam ter um alento concreto para o seus distúrbios psíquicos, oxalá se concretizem os estudos de forma real e aplicável.

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Saúde

Covid-19: novo coronavírus já circulava na Itália em setembro de 2019, diz estudo

Foto: CIRO DE LUCA / REUTERS

O novo coronavírus já circulava na Itália desde setembro de 2019, mostra um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INT) da cidade italiana de Milão, sinalizando que o COVID-19 pode ter se espalhado para além da China antes do que se pensava.

Oficialmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o novo coronavírus e a Covid-19, a doença respiratória que ele causa, eram desconhecidos antes do surto ser relatado pela primeira vez em Wuhan, no centro da China, em dezembro. O primeiro paciente Covid-19 da Itália foi detectado em 21 de fevereiro em uma pequena cidade perto de Milão, na região norte da Lombardia.

Mas as descobertas dos pesquisadores italianos, publicadas pela revista científica Tumori Journal do INT, mostram que 11,6% dos 959 voluntários saudáveis inscritos em um teste de rastreamento de câncer de pulmão entre setembro de 2019 e março de 2020 desenvolveram anticorpos contra o coronavírus bem antes de fevereiro.

Um outro teste específico de anticorpos SARS-CoV-2 foi realizado pela Universidade de Siena para a mesma pesquisa, intitulada “Detecção inesperada de anticorpos SARS-CoV-2 no período pré-pandêmico na Itália”.

O estudo mostrou que quatro casos datados da primeira semana de outubro também foram positivos para anticorpos que neutralizam o vírus, o que significa que eles foram infectados em setembro, disse Giovanni Apolone, coautor do estudo.

— Este é o principal achado: as pessoas sem sintomas não só eram positivas após os testes sorológicos, mas também tinham anticorpos capazes de matar o vírus. — disse Apolone. — Isso significa que o novo coronavírus pode circular na população por muito tempo e com baixo índice de letalidade, não porque esteja desaparecendo, mas apenas para aumentar novamente.

Em março de 2020, pesquisadores já haviam observado um número maior do que o normal de casos de pneumonia e gripe graves na Lombardia no último trimestre de 2019, em um sinal de que o novo coronavírus pode ter circulado antes do que se pensava.

O Globo

Opinião dos leitores

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Política

Excesso de positividade nas redes sociais pode fazer mal, revela estudo

ANSIEDADE - Pamela: dificuldade para entender o que os amigos viam como “lado bom” do isolamento social – Egberto Nogueira/VEJA

Mal a pessoa acordou, a mão estica para o celular, abre o aplicativo e não tem escapatória: depara com a primeira mensagem motivacional. Seja o indefectível “bom dia, dia”, seja uma sequência de carinhas amarelas e sorridentes, seja na forma de verso, meme, figuras variadas, stickers e até correntes, uma avalanche de otimismo escorre da tela e se esparrama pela humanidade, passando a impressão de que, com tantas coisas boas ao redor, só não é feliz quem não quer. A insistência na tecla de que a vida é bela — ampliada no Twitter, Instagram e Facebook pela onipresente #gratidão, por exemplo — já vinha mostrando sua face menos rósea mesmo antes da pandemia. Mas, no cenário de isolamento social e preocupações ampliadas, o incômodo com os recados ensolarados se intensificou, a ponto de o nome dado ao fenômeno ter se popularizado: positividade tóxica, que vem a ser aquela imposição de euforia e animação que acaba fazendo mal às pessoas — literalmente.

A expressão foi cunhada nas buscas do Google em 2019, mas sua procura teve um salto de 85% este ano (376% na versão em inglês, toxic positivity). “Existe o mito de que basta pensar positivo para tudo dar certo. A ideia termina por ser prejudicial, porque não nos prepara para as frustrações”, diz Guilherme Spadini, diretor de psicoterapia da The School of Life em São Paulo. O conceito está relacionado ao que o psicanalista Sigmund Freud chamava de “afeto estrangulado” — a tentativa de reprimir emoções negativas apelando para a demonstração de felicidade e otimismo em toda e qualquer situação, inclusive nas mais adversas.

Uma enquete entre quem posta e quem lê mensagens motivacionais realizada pela pesquisadora comportamental Vanessa Van Edwards, fundadora do portal americano Science of People, indicou efeitos, com o perdão da palavra, negativos em ambos os casos. Mais de 75% dos entrevistados admitiram que, ao mostrar alegria constante, estão ignorando suas reais emoções. Do outro lado, 68% relataram episódios de ansiedade e pânico diante de tanta imagem maravilhosa que eles mesmos não conseguiam reproduzir em sua vida. “Minha turma nas redes dizia em peso que estava fazendo exercícios em casa, aprendendo outros idiomas e até começando a namorar. Enquanto isso, eu engordei e voltei a ter crises de ansiedade”, conta a estudante de publicidade Pamela Dias, de 23 anos. Moradora de Campinas, interior de São Paulo, ela sentia culpa por não encontrar o tal “lado bom da pandemia”. A saída foi desinstalar os aplicativos e se afastar do mundo perfeito das mensagens fofinhas e das famílias lindas que vivem em casas maravilhosas. “Como animal social que somos, temos a tendência a nos comparar com quem aparenta estar melhor ou ter mais. Mas a comparação desmedida é justamente o que atrapalha a pessoa ser, de fato, feliz”, afirma Luiz Gaziri, autor do livro A Ciência da Felicidade.

Outro estudo, este da psicóloga alemã Gabriele Oettingen, da Universidade Nova York, revela que os indivíduos que pensam positivo o tempo inteiro raramente atingem as suas metas porque, quando seu cérebro registra o prazer das satisfações ilusórias, a pressão arterial cai e, junto com ela, reduz-se a motivação que faz o ser humano progredir. Em relação à saúde mental, a impossibilidade de perceber tantas coisas boas, como aconteceu com Pamela, resulta em sentimentos como culpa e tristeza, que podem desencadear ou agravar doenças como depressão e distúrbios do sono. “A toxicidade está em não querer enfrentar as dificuldades ou aceitar as frustrações. Ser positivo não significa ignorar que angústia, fracasso e tristeza fazem parte da natureza humana”, explica a neuropsicóloga Adriana Fóz.

Nada disso quer dizer que quem manda carinhas felizes logo cedo está sendo maldoso — pelo contrário, pensar e receber palavras boas ativa o núcleo accumbens, a área do prazer do cérebro, e não há mal algum em querer ajudar o outro a se sentir melhor diante de situações difíceis. A designer Andrielli Aguilera, de 28 anos, acumula quase 100 000 seguidores no Instagram produzindo ilustrações no melhor estilo good vibes only (só boas vibrações) e tem certeza de que o otimismo é o motor de sua audiência. “As pessoas querem apreciar o que elas não têm e sonhar com a vida que desejam”, ensina. Sem problema — desde que a positividade traga, verdadeiramente, efeitos bons e saudáveis para o dia de cada um.

Publicado em VEJA de 4 de novembro de 2020, edição nº 2711

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Saúde

Remédio para colesterol reduz mortalidade por Covid-19, aponta estudo

Estatinas, medicamentos usados para controlar o colesterol, podem reduzir risco de morte por Covid-19 (Foto: Anastasiia Ostapovych/Unsplash)

As estatinas, fármacos usados para reduzir o colesterol no sangue, pode ser uma candidata ao tratamento de Covid-19. É o que indica uma pesquisa da Universitadade Rovira e Virgili (URV) e do Instituto Pere Virgili Institut (IISPV), ambos na Espanha, segundo a qual pessoas tratadas com essas substâncias têm um risco até 25% menor de morrer por causa do novo coronavírus. Os resultados da pesquisa foram publicados no último dia 2 de novembro no European Heart Journal – Cardiovascular Pharmacotherapy.

Para o estudo, os especialistas coletaram informações de 2.159 pacientes com Covid-19 de 19 hospitais na Catalunha entre março e maio de 2020. Lluís Masana, que liderou o estudo, avaliou 100 variáveis ​​clínicas por paciente, como idade, sexo, doenças prévias, níveis de colesterol, evolução do vírus, tratamentos utilizados e assim por diante.

Depois, os cientistas compararam as taxas de mortalidade de pacientes tratados com estatinas com os índices de mortalidade entre aqueles que não utilizavam o medicamento. “Na nossa comparação, ajustamos os grupos para que fossem comparáveis ​​em termos de idade, sexo e existência de doenças anteriores”, explicou Masana, em nota.

O percentual de pacientes que morreram no grupo não tratado com estatinas foi de 25,4%, e os óbitos de usuários do remédio foi de 19,8%, o que significa uma redução de 22%. “Os dados indicam que o tratamento com estatinas previne uma em cada cinco mortes”, destacou Masana. Além disso, se o tratamento com esse medicamento continuar durante a hospitalização, a mortalidade cai até 25%, evitando assim uma em cada quatro mortes.

Os envolvidos no estudo concluíram que um dos efeitos indiretos da pandemia é que algumas pessoas pararam de tomar medidas preventivas destinadas a combater doenças crônicas, como o uso de estatinas nos casos de quem tem o colesterol acima dos níveis normais. “Alguns profissionais de saúde até aconselharam a retirada deles por acreditarem que poderiam piorar os efeitos da Covid-19. No caso das estatinas, demonstramos que o medo da pandemia nunca deve servir de pretexto para suspender o tratamento”, disse o cientista.

Galileu

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Diversos

Casais ficam parecidos fisicamente ao longo dos anos? Novo estudo nega a teoria difundida por aí

MESMA CARA - Gisele Bündchen e Tom Brady: eles já eram parecidos antes de sacramentar a união – Reprodução/Instagram

Uma máxima conhecida diz que os casamentos duradouros são tão marcantes que, com o passar do tempo, marido e mulher ficam parecidos um com o outro, inclusive fisicamente. Embora a teoria tenha forte apelo ao senso comum, não existe estatística confiável que a comprove ou refute — ou pelo menos não havia até agora. Um grupo de cientistas decidiu avaliar a sério a hipótese, de forma a pôr um ponto-final no assunto. Afinal, a modelo brasileira Gisele Bündchen e o jogador de futebol americano Tom Brady estão mais parecidos depois de tantos anos de casamento? O astro Benedict Cumberbatch e a diretora Sophie Hunter ficaram “a cara de um, focinho do outro”? O estudo publicado pelo periódico Scientific Reports pode ter desvendado a verdade sobre esses e tantos outros casais. Para os apaixonados, contudo, ela é um pouco decepcionante.

O psicólogo Michal Kosinski, especialista em comportamento organizacional da Universidade Stanford (EUA) e líder do trabalho, conduziu sua pesquisa de uma forma relativamente simples: pediu a voluntários que examinassem fotos de casais ao longo do tempo e afirmassem ou negassem que os rostos ficaram parecidos. As mesmas imagens foram submetidas a um software de reconhecimento facial. O objetivo nessa etapa era verificar se a inteligência artificial tinha a mesma opinião dos voluntários humanos.

Foram analisadas fotos públicas de 517 casais: metade tirada dois anos depois do casamento, e a outra metade de vinte a 69 anos após o matrimônio. Coube também aos voluntários escrutinar imagens de uma das partes do casal cercada de seis pessoas. O objetivo era aferir se, de repente, o indivíduo se parecia mais com qualquer figura aleatória do que com seu próprio parceiro. Enquanto isso, um grupo diferente de voluntários foi convidado a adivinhar a probabilidade de uma das seis pessoas ser casada com o homem ou com a mulher em questão. Aqui, buscava-­se verificar se a mera semelhança de traços poderia ser suficiente para identificar um casal entre vários rostos na multidão.

Todo o experimento foi replicado com o uso de software de reconhecimento facial. O resultado? Segundo o Kosinski, o software, assim como os voluntários, reconheceu mais similaridades entre os rostos dos casais do que entre as faces de duas pessoas quaisquer. Essa semelhança, contudo, não seria resultado do passar do tempo. Levando em consideração as conclusões dessa pesquisa, o senso comum não teria forte base científica na qual se apoiar.

Mesmo assim, não foi exatamente uma derrota para a crença popular. Uma pesquisa parecida, realizada pela Universidade de Michigan em 1987, não só chegou a uma conclusão diferente como também destacou que o efeito seria mais notável quanto mais feliz fosse o par em questão. É preciso levar em conta, porém, que Michigan não tinha à época os recursos tecnológicos de Stanford. Pin Pin Tea-­Makorn, coautora do levantamento mais recente, disse a VEJA que, mesmo que os resultados de Stanford contradigam os do estudo anterior, isso não significa que um dos dois esteja invalidado.

Conforme o ser humano evolui, os mecanismos psicológicos mudam, trazendo a necessidade de atualizar as pesquisas. Além disso, a equipe de Stanford admite que diversos casais analisados apresentavam de fato similaridade facial, mas ela não havia surgido ao longo do casamento — estava lá desde o princípio. Do ponto de vista evolutivo, faria sentido buscar alguém parecido, já que é uma indicação de compatibilidade genética. Da perspectiva psicológica, as pessoas costumam procurar parceiros fisicamente similares, além daqueles com personalidades e valores semelhantes. Seja como for, casais como Gisele Bündchen e Tom Brady são inegavelmente parecidos — basta espiar a foto que ilustra esta reportagem. Para o resto dos mortais, a semelhança, assim como a beleza, está nos olhos de quem a vê.

Publicado em VEJA de 28 de outubro de 2020, edição nº 2710

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Diversos

Praias podem sobreviver ao aumento do nível do mar, aponta novo estudo

Nem todas as praias devem sumir com a elevação do nível do mar; entenda (Foto: Derek Thomson / Unsplash)

Uma equipe internacional de cientistas, formada por acadêmicos de Reino Unido, França, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, publicou um estudo na revista Nature Climate Change discordando de uma pesquisa publicada em março que dizia que metade das praias do mundo poderia se extinguir até 2100 em decorrência das mudanças climáticas. Para eles, existe, sim, a possibilidade de as faixas de areia “migrarem” para a terra conforme o nível do mar sobe e a linha costeira recua.

Segundo os pesquisadores, com os dados globais e métodos numéricos disponíveis hoje, é “impossível” fazer tais previsões globais e de amplo alcance. O novo estudo diz que as praias próximas a penhascos e estruturas como paredões provavelmente irão desaparecer no futuro devido ao aumento do nível do mar, pois elas não conseguiriam realizar esse movimento de migração.

No entanto, aquelas que são apoiadas por planícies costeiras baixas, lagoas rasas, pântanos e dunas têm chance de conseguir migrar como resultado da elevação do nível do mar. Nesses casos, o litoral recuará, mas as praias provavelmente permanecerão, embora um pouco elevadas e voltadas em direção à terra, mas certamente não sendo “extintas”.

O novo artigo afirma que não há atualmente informações disponíveis sobre o número de praias ao redor do mundo que se enquadram em cada uma das categorias e, assim, não daria para quantificar a proporção que desaparecerá até 2100. “Novos métodos são necessários para prever os impactos da elevação do nível do mar na costa. Isso exigirá melhores conjuntos de dados da morfologia costeira e melhor compreensão dos mecanismos da resposta da costa em determinados cenários”, disse Andrew Cooper, professor de estudos costeiros da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, e principal autor do novo artigo. “À medida que o nível do mar aumenta, o recuo da costa deve, e vai, acontecer, mas as praias sobreviverão. A maior ameaça à existência delas são as estruturas de defesa costeira que limitam sua capacidade de migração”, disse, em nota.

Já segundo o coautor Gerd Masselink, da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, é importante acompanhar essa evolução. “O nível do mar está subindo atualmente e continuará subindo a uma taxa crescente por muitos anos. Isso levará a mais erosão costeira e é crucial que possamos antecipar a perda futura de terras e levar isso em consideração na gestão e no planejamento para evitar colocar mais edifícios e infraestrutura em perigo”, alertou.

Galileu

Opinião dos leitores

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Saúde

Estudo em hospital mostra que mais de 80% dos pacientes internados com covid-19 tinham deficiência de vitamina D

Foto: Getty Images via BBC

Uma pesquisa científica publicada no periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism trouxe nessa terça-feira (27/10) novas respostas sobre o papel da vitamina D no adoecimento pela Covid-19.

Os resultados mostram que baixos níveis da vitamina D — que, apesar do nome, é um hormônio — foram mais frequentes em um grupo de 216 pacientes internados com a nova doença em um hospital na Espanha na comparação com 197 pessoas fora do hospital, sem registro da doença.

Mais precisamente, a deficiência de vitamina D foi constatada entre 82,2% das pessoas hospitalizadas, contra 47,2% no grupo chamado “controle” — usado para comparação.

Considerando apenas o universo de pessoas hospitalizadas, aquelas com baixos níveis de vitamina D mostraram um percentual maior de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do que pessoas com níveis satisfatórios de vitamina D (≥20 ng/ml): 26,6% versus 12,8%. O tempo no hospital também foi maior, de 12 dias contra 8 dias.

Entretanto, em relação à mortalidade por covid-19, a diferença não foi significativa — o que pode ter a ver com limitações nos dados ou métodos desta pesquisa em particular.

Os autores do estudo, membros da Universidade de Cantábria e do Hospital Marqués de Valdecilla, em Santander, Espanha, alertam que conseguiram demonstrar uma associação entre a presença da vitamina D e a covid-19, mas não uma causalidade. Ou seja, não é possível fazer afirmações de que a deficiência de vitamina D leva ao adoecimento ou que o reforço de vitamina D possa proteger contra a doença.

Uma ponderação nesse sentido apresentada pelo estudo é que níveis mais baixos de vitamina D já tendem a ser mais frequentemente encontrados em idosos e pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e câncer — que por sua vez são também fatores de risco para a covid-19.

No estudo, os hospitalizados com covid-19 e com baixos níveis de vitamina D tinham justamente maior probabilidade de terem também doenças crônicas.

“Portanto, os níveis de vitamina D devem ser interpretados com cautela, uma vez que a população sob risco de uma infecção pelo (vírus) Sars-CoV-2 grave é provavelmente a mesma sob risco de deficiência de vitamina D”, diz o artigo.

Esta deficiência é considerada comum no Brasil e no mundo, por motivos ainda em estudo. A vitamina D já presente no nosso corpo é ativada na exposição a o sol, mas pode ser adquirida também através da alimentação. Há ainda a possibilidade de suplementação, mas associações médicas só recomendam isto para pessoas com condições específicas — idosos com mais de 60 anos; gestantes e lactantes; pessoas com osteoporose; pessoas com as chamadas doenças osteometabólicas, como raquitismo; entre outras.

Baixos níveis do hormônio já foram ligados a outras doenças virais, como influenza, HIV e hepatite C, por isso, esta associação está em pleno estudo no campo científico. Pesquisadores de todo o mundo também buscam entender o papel da vitamina D no sistema imunológico, já que receptores do hormônio são encontrados nas células de defesa.

Para a equipe espanhola, os resultados do estudo publicado nesta terça-feira indicam que o reforço de vitamina D pode ser importante para grupos sob risco — como idosos vulneráveis a fraturas, osteroporose e perda muscular.

Por outro lado, os autores destacam que os resultados do estudo se limitam a um hospital — o Marqués de Valdecilla —, não podendo ser generalizados para outros países, contextos e grupos étnicos.

G1, via BBC

 

Opinião dos leitores

  1. Não só sobre covid. 100% dos casos de mortes por câncer tem vitamina D baixa. Agora médicos querem os pacientes com baixas vitamina D e testosterona…. Mercado de medicamentos $$$. Quem pesquisa sobre assunto em publicações internacionais (Não bancadas por laboratórios) verificam sua importância para manter corpo sadio. Vitamina D acima de 60 e testosterona 800, terá apenas benefícios.

  2. Pesquisa muito fraca.
    Só 200 pacientes…
    A ciência está demonstrando muita fragilidade para enfrentar a pandemia.
    No mundo todo.
    Mas vejam no Rio Grande Norte.
    Que pesquisa seria foi feita?
    Pesquisa que realmente faça a diferença?
    A covid é uma das doenças que, pela sua importância e características, é uma das mais fáceis da história para se pesquisar.
    Nunca uma doença, em tempos modernos afetou tanto o mundo nem foi gasto tanto dinheiro.
    Campo fértil para pesquisas.
    Morre 1,2 milhão de pessoas e os "cientistas" de braços cruzados só falando mal da cloroquina e de Bolsonaro.

    1. Mas leve um solzinho todo dia, pode ser na varanda, quintal…

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Diversos

Estudo diz que exercitar apenas um braço pode ajudar a aumentar a força do outro; entenda

(Foto: Unsplash)

Uma nova pesquisa da Universidade Edith Cowan, na Austrália, revela que treinar apenas um braço pode melhorar a força e diminuir a perda muscular no outro — sem nem mesmo movê-lo. A descoberta foi publicada na edição de setembro do Scandinavian Journal of Medicine and Sports Science.

O estudo envolveu 30 participantes que tiveram um braço imobilizado por no mínimo oito horas por dia, durante quatro semanas. O grupo foi então dividido em três, sendo que uma parte não realizava exercícios, outra misturava exercícios excêntricos (que alongam os músculos) e concêntricos (que contraem os músculos) e uma última que treinou apenas movimentos excêntricos.

De acordo com os pesquisadores, o grupo que usou halteres pesados ​​para realizar apenas exercícios excêntricos com o braço ativo mostrou um aumento na força e uma diminuição na atrofia muscular no membro imobilizado. “Os participantes que fizeram exercícios excêntricos tiveram o maior aumento de força em ambos os braços, por isso tem um efeito de transferência cruzada muito poderoso”, explicou Ken Nosaka, um dos estudiosos, em comunicado. “Esse grupo também teve apenas 2% de perda muscular no braço imobilizado, em comparação com aqueles que não fizeram exercícios e tiveram uma perda de 28% de músculo.”

Os estudiosos acreditam que a descoberta pode ajudar a resolver o desgaste muscular e a perda de força frequentemente experimentados em quem tem um dos braços imobilizados após uma lesão, por exemplo. “Ao começar a reabilitação e exercícios no membro não lesionado imediatamente, podemos prevenir danos musculares (…) e também aumentar a força sem mover [o membro imobilizado]”, explicou Nosaka.

A equipe planeja continuar estudando o fenômeno para outros músculos e movimentos do braço. “Esperamos ver como o exercício excêntrico pode ajudar a melhorar a função motora, o movimento e o controle dos músculos finos”, pontuou Nosaka. “Isso é particularmente importante para pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC) e estão em reabilitação”, exemplifica.

Galileu

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Saúde

Covid-19: Estudo do Imperial College indica que imunidade contra coronavírus cai rapidamente

Foto: CARL RECINE / REUTERS

Um estudo do britânico Imperial College e da Ipsos Mori mostra que a imunidade adquirida pelas pessoas infectadas e curadas de Covid-19 “cai bastante e rapidamente”, especialmente nas pessoas assintomáticas. E mais: ela pode durar apenas alguns meses. De 20 de junho a 28 de setembro, o Imperial College acompanhou 350 mil pessoas escolhidas aleatoriamente na Inglaterra, que se submeteram a testes regulares em casa para verificar se possuíam anticorpos da Covid-19.

“Durante o período, a proporção de pessoas que testaram positivo aos anticorpos da Covid-19 caiu 26,5 %, passando de 6% para 4,4% da população estudada”, informa em nota o Imperial College , “o que sugere uma redução dos anticorpos nas semanas, ou meses, posteriores à infecção”.

— A imunidade diminui bastante rapidamente — destacou Helen Ward, professora de Saúde Pública na Imperial College e uma das autoras do estudo.

Os resultados também sugerem que “aqueles que não apresentaram sintomas da doença são suscetíveis a perder mais rapidamente os anticorpos detectáveis do que os indivíduos sintomáticos”, assinala o estudo.

A proporção de anticorpos nas pessoas que testaram positivo para o vírus diminuiu 22,3% no período, enquanto entre as pessoas que não apresentaram sintomas de Covid-19 a queda foi de 64%.

O estudo destaca que, embora todas as idades sejam afetadas por esta redução, os idosos a acusam mais: entre junho e setembro, o percentual de pessoas com mais de 75 anos com anticorpos registrou queda de 39%, enquanto a redução foi de 14,9% na faixa de idade entre 18 e 24 anos.

‘Vacinas funcionarão de forma diferente’

— Este estudo representa um elemento crucial da pesquisa, uma vez que nos ajuda a compreender como os anticorpos da Covid-19 evoluem ao longo do tempo — declarou o secretário de Saúde do Reino Unido, James Bethell.

“Ainda não se sabe se os anticorpos conferem um nível de imunidade eficaz ou, no caso de que esta imunidade exista, quanto tempo dura”, assinalaram a Imperial College London e a Ipsos Mori, que pediram que os britânicos sigam as recomendações sanitárias.

A virologista Wendy Barclay, da Imperial College London, explicou que “o novo coronavírus parece se comportar de maneira muito similar aos coronavírus sazonais que existiram nos seres humanos durante décadas, alguns durante centenas de milhares de anos”. Uma pessoa pode ser “reinfectada a cada um, ou dois, anos” com estes coronavírus sazonais, devido a uma queda na imunidade, explicou à Times Radio.

Diante do possível risco de reinfecção com o novo coronavírus, a professora afirma não ser partidária do conceito de “passaporte de imunidade”, que permitiria às pessoas curadas do novo coronavírus levar uma vida normal.

— Este conceito de passaporte de imunidade não é uma boa ideia neste momento, porque a qualidade da resposta imunológica pode variar de uma pessoa para outra — afirma Barclay.

Ao mesmo tempo, ela pediu “otimismo sobre as vacinas, porque as vacinas funcionarão de maneira diferente” e poderiam proporcionar uma imunidade mais prolongada.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Como a vacina vai dar uma imunidade mais prolongada? Por acaso ela terá condições de dá super poderes aos anticorpos para durarem mais tempo na proteção.
    Muito estranha esta avaliação

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Saúde

Estudo identifica vulnerabilidades comuns em diferentes coronavírus

Sars-CoV-2 (bolinhas azuis) emergindo da superfície de células cultivadas em laboratório. (Foto: NIAID)

De acordo com um novo estudo conduzido por uma equipe de pesquisa internacional, existem vulnerabilidades comuns entre os três coronavírus mais letais letais: Sars-CoV-2, causador da Covid-19; Sars-CoV-1, vírus por trás da Sars; e Mers-CoV, que provoca a Mers. Todos eles surgiram nas últimas duas décadas e causaram estragos pelo mundo.

Em 2020, Sars-CoV-2 desencadeou a pandemia que já resultou em mais de 37 milhões de casos confirmados e mais de 1 milhão de mortes ao redor do mundo. Apesar dos números estarem abaixando, o vírus ainda faz milhares de vítimas todos os dias.

As descobertas do estudo, publicadas na revista “Science”, identificam semelhanças entre os tipos de coronavírus e destacam vários processos celulares compartilhados e proteínas-alvo que devem ser consideradas para as intervenções terapêuticas na pandemia atual e em outras que virão.

Os resultados foram alcançados por uma colaboração entre aproximadamente 200 pesquisadores de mais de 14 instituições líderes em seis países. O estudo global também analisou os registros médicos de aproximadamente 740 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 para identificar tratamentos potenciais contra a Covid-19.

Pesquisas anteriores haviam identificado mais de 300 proteínas de células hospedeiras que podem interagir com as proteínas do novo coronavírus. Neste estudo, o Laboratório Basler, vinculado à Escola de Medicina Icahn da universidade Mount Sinais, nos Estados Unidos, examinou cada um deles quanto à capacidade de alterar o crescimento do vírus.

“Os esforços identificaram, pelo menos, 20 genes do hospedeiro que alteram significativamente a quantidade de vírus produzida pelas células infectadas”, disse, em nota, Christopher Basler, pesquisador e principal autor do estudo.

Galileu

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Diversos

Leite equino na nutrição humana: estudo da UFRN identifica que éguas da raça Quarto de Milha podem produzir colostro com mais proteína e menos lactose

Foto: Reprodução

As condições climáticas no Brasil, independentemente de sua grande extensão, não impedem que a economia leiteira esteja presente em todo o território nacional, com maior exploração da bovinocultura do leite. A produção de leite equino, contudo, não aparece nas publicações acerca do negócio do leite, embora o país possua o maior rebanho da América do Sul e o terceiro maior do mundo. Por aqui, a equideocultura é majoritariamente impulsionada pelos esportes equestres, segmento que impõe crescimento significativo do rebanho nacional.

Nos últimos anos, porém, a composição do leite de égua vem sendo estudada e as pesquisas já constataram ser o produto um alimento de elevado valor nutritivo, podendo ser inserido na alimentação humana como um possível substituto do leite para recém-nascidos e prematuros, podendo também ser usado como suplemento dietético para idosos, pacientes em recuperação e, principalmente, crianças alérgicas ao leite de vaca.

Essa exigente demanda e as propriedades nutricionais e terapêuticas do produto justificam os investimentos na criação de cavalos, em várias partes do mundo, com vistas ao aumento da produção. O leite equino já é consumido por 30 milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países da Europa e da Ásia Central.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um estudo realizado sobre a composição do leite equino revelou que as éguas da raça Quarto de Milha podem produzir colostro com maior teor de proteína e com menor teor de lactose, quando comparada a outras raças.

O estudo avaliou a caracterização físico-química e o perfil do leite de 34 éguas da raça Quarto de Milha em diferentes idades. Foto: cedida

A pesquisa foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Produção Animal (PPGPA) da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN) e embasou a dissertação de mestrado do aluno Ícaro Marcell Lopes Gomes Barreto, sob orientação dos professores Adriano Henrique do Nascimento Rangel e Stela Antas Urbano.

Sobre a pesquisa

Foto: Divulgação

O estudo desenvolvido no PPGPA buscou avaliar a caracterização físico-química e o perfil de ácidos graxos do leite de 34 éguas da raça Quarto de Milha em diferentes idades, ordens de parto e estágios de lactação. O resultado mostrou que as éguas Quarto de Milha apresentaram uma diferença em relação às demais raças, registrando elevado teor de proteínas e teor reduzido de lactose para o colostro e altas concentrações no leite de ácidos linoleico e linolênico, que tem funções biológicas importantes.

O resultado da pesquisa foi objeto do artigo Chemical composition and lipid profile of mare colostrum and milk of the quarter horse breed (Composição química e perfil lipídico do colostro e do leite de éguas da raça Quarto de Milha – em tradução aproximada), publicado na Revista PLOS ONE.

O estudo foi conduzido no Laboratório de Qualidade do Leite (LABOLEITE) da EAJ, com a colaboração de dois haras locais, o Haras Bom Pasto e o Haras Santa Terezinha, que disponibilizaram os seus animais para coleta do colostro e do leite utilizado nas experiências.

UFRN

 

Opinião dos leitores

  1. Só tem babaca lulista e bolsonarista. Ninguém quer melhorar a nação, só querem sua quadrilha no poder.

    1. A minha identificação no blog do bg foi clonada.
      Providências estão em andamento para punir o ladrão de nomes. Já se sabe quem foi, faltando apenas o registro e outras burocracias.
      Informo também que a mensagem anterior foi feita pelo clonador que deseja me desqualificar e tenta se promover, atacando os comentaristas com palavras baixas.
      Em breve, acredito que haverá ordem no blog.
      Obrigado.

    1. E a petralhada vai mamar direto na égua. Alguns mais progressistas no cavalo mesmo.

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Saúde

Anticorpos para Covid-19 são observados até 7 meses após infecção em estudo

Anticorpos para Covid-19 são observados até 7 meses após infecção em estudo (Foto: University of Arizona Health Sciences, Kris Hanning)

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriram que os anticorpos contra o Sars-CoV-2 podem continuar presentes no sangue por, no mínimo, cinco a sete meses naqueles que tiveram Covid-19. O estudo, compartilhado no periódico Immunity na terça-feira (13), se baseou em dados de aproximadamente 6 mil pacientes que foram infectados pelo novo coronavírus.

“Vemos claramente anticorpos de alta qualidade ainda sendo produzidos cinco a sete meses após a infecção por Sars-CoV-2”, disse Deepta Bhattacharya, um dos estudiosos, em comunicado. “Muitas preocupações foram expressas sobre a imunidade contra a Covid-19 não durar. Usamos esse estudo para investigar essa questão e descobrimos que a imunidade é estável por pelo menos cinco meses.”

Quando um vírus infecta o corpo, o sistema imunológico implanta células plasmáticas de curta duração que produzem anticorpos para combater imediatamente o patógeno. Esses anticorpos aparecem no sangue em até 14 dias após a infecção.

O segundo estágio da resposta imune, por sua vez, é a criação de células plasmáticas de longa vida, que produzem anticorpos de alta qualidade que fornecem imunidade duradoura. Analisando o sangue de voluntários que testaram positivo para o novo coronavírus, os cientistas descobriram que os anticorpos contra o Sars-CoV-2 estavam presentes em níveis viáveis ​​por pelo menos entre cinco e sete meses no sangue dessas pessoas.

“Se os anticorpos fornecem proteção duradoura contra Sars-CoV-2 tem sido uma das perguntas mais difíceis de responder”, observou Michael D. Dake, coautor do artigo. “Essa pesquisa não só nos deu a capacidade de testar com precisão os anticorpos contra a Covid-19, mas também nos deu o conhecimento de que a imunidade duradoura é uma realidade.”

Estudos anteriores hipotetizaram a produção de anticorpos a partir de infecções iniciais e sugeriram que os níveis dessas células cairiam rapidamente após a contaminação, fornecendo apenas imunidade de curto prazo. Os pesquisadores, entretanto, acreditam que essas conclusões se referem às células plasmáticas de vida curta e não levam em consideração as de vida longa e os anticorpos que produzem.

“Sabemos que as pessoas que foram infectadas com o primeiro coronavírus da Sars, que é o vírus mais semelhante ao Sars-CoV-2, ainda estão obtendo imunidade 17 anos após a infecção”, pontuou Bhattacharya. “Se o Sars-CoV-2 for parecido com o primeiro, esperamos que os anticorpos durem pelo menos dois anos, e seria improvável qualquer período muito mais curto [do que isso].”

Galileu

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