Educação

MEC autoriza que atividades remotas passem a valer como carga horária

Foto: Pixabay

O Ministério da Educação (MEC) homologou parcialmente o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) com regras sobre a educação na pandemia, suspendendo o trecho que falava sobre avaliações e exames, e mantendo a autorização para que as atividades remotas passem a valer como carga horária.

Para repor a carga horária no retorno às aulas, o documento homologado pelo MEC sugere o uso de períodos como férias, sábados e também o aumento do horário de atividade escolar. Para a educação infantil, são recomendadas atividades educativas para que as famílias e as crianças não percam o contato com a escola. Já nos primeiros anos do ensino fundamental, foi recomendado o acompanhamento da família, e atividades que não pressuponham a substituição dos professores pelos responsáveis pelo estudante. O documento pede que as escolas levem em consideração a situação de cada estudante e da família, para evitar o aumento da desigualdade e da evasão escolar. Mas com a suspensão do trecho de avaliações e exames, as redes de ensino seguem sem definição sobre como vão mensurar a aprendizagem dos alunos durante e depois da quarentena.

Desde março, as aulas estão suspensas em todo o Brasil. Um levantamento do G1 apontou que 16 estados planejam considerar atividades remotas como carga horária do ano letivo – equivalendo-as às aulas presenciais: AC, AP, AM, CE, GO, MA, MG, MS, PB, PR, PI, RN, RS, RR, SP e SC. Com isso, pretendem cumprir o mínimo de horas letivas exigidos por lei. Em 1º de abril, uma medida provisória assinada estipulou que em 2020 as escolas deverão cumprir o mínimo da carga horária, mas não o de dias letivos.

O documento do CNE havia sido aprovado em 28 de abril, mas a validação ocorreu mais de um mês depois. O despacho está no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (1º).

De acordo com o despacho, o MEC deixou de homologar o item 2.16, e submeteu para reexame do CNE. O item fala que as avaliações e exames deverão levar em conta “os conteúdos curriculares efetivamente oferecidos aos estudantes, considerando o contexto excepcional da pandemia, com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono no ensino fundamental e médio” (leia trecho completo mais abaixo).

Aulas suspensas

A decisão de suspender as aulas presenciais foi tomada pelas redes de ensino entre 11 e 23 de março. Desde então, cada estado e município tem se organizado para oferecer atividades remotas aos estudantes, mas sem que haja uma coordenação nacional que garanta isonomia de aprendizagem.

Alguns estados e municípios adquiriram conteúdo de empresas privadas que fornecem educação a distância, seja por meio de plataformas online, ou até televisão e via rádio. Em outros casos os próprios professores viraram youtubers e passaram a produzir aulas online, sem que antes recebessem treinamento.

Um levantamento nacional feito pelo G1 e publicado em 21 de maio aponta o cenário da educação do Brasil durante a pandemia. Apesar dos esforços das redes e dos docentes para manter o ensino e a aprendizagem, estudantes relatam falta de acesso a computadores, internet, falta de espaço adequado para estudar em casa e, mesmo quando há toda a estrutura, eles dizem ter dificuldade de acompanhar as aulas. Graciela Fell, que tem uma filha matriculada na rede estadual de Santa Catarina, relatou à reportagem que “está sendo uma educação de faz de conta.” Já a professora Tassiane Barreto, de Sergipe, avalia: “A rede pública parou”.

Enem sem data

Em meio ao cenário de incertezas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) segue sem data para ser aplicado – a prova é usada como critério de seleção em diversas universidades públicas e particulares. O cronograma deverá ser definido em uma enquete com os candidatos inscritos através da página do participante.

A decisão ocorreu após a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) entrarem com um mandado de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo que o Enem fosse adiado; e depois de o Senado aprovar o adiamento de exames de acesso ao ensino superior, entre eles o Enem.

Neste ano, 6,1 milhões de pessoas se inscreveram no Enem. As inscrições precisam ser validadas após pagamento da taxa de inscrição, cujo prazo se encerrou na quinta-feira (28). O MEC ainda não divulgou um novo balanço com o número de candidatos esperados para a prova.

Leia a íntegra do trecho que não foi homologado:

Sugere-se que as avaliações e exames nacionais e estaduais considerem as ações de reorganização dos calendários de cada sistema de ensino para o estabelecimento de seus cronogramas. É importante garantir uma avaliação equilibrada dos estudantes em função das diferentes situações que serão enfrentadas em cada sistema de ensino, assegurando as mesmas oportunidades a todos que participam das avaliações em âmbitos municipal, estadual e nacional.

Neste sentido, as avaliações e exames de conclusão do ano letivo de 2020 das escolas deverão levar em conta os conteúdos curriculares efetivamente oferecidos aos estudantes, considerando o contexto excepcional da pandemia, com o objetivo de evitar o aumento da reprovação e do abandono no ensino fundamental e médio.

Sugere-se também que os sistemas de ensino desenvolvam instrumentos avaliativos que podem subsidiar o trabalho das escolas e dos professores, tanto no período de realização de atividades pedagógicas não presenciais como no retorno às aulas presenciais, a saber:

criar questionário de autoavaliação das atividades ofertadas aos estudantes no período de isolamento;

ofertar, por meio de salas virtuais, um espaço aos estudantes para verificação da aprendizagem de forma discursiva;

elaborar, após o retorno das aulas, uma atividade de sondagem da compreensão dos conteúdos abordados de forma remota;

criar, durante o período de atividades pedagógicas não presenciais, uma lista de exercícios que contemplam os conteúdos principais abordados nas atividades remotas;

utilizar atividades pedagógicas construídas (trilhas, materiais complementares etc.) como instrumentos de avaliação diagnóstica, mediante devolução dos estudantes, por meios virtuais ou após retorno das aulas;

utilizar o acesso às videoaulas como critério avaliativo de participação através dos indicadores gerados pelo relatório de uso;

elaborar uma pesquisa científica sobre um determinado tema com objetivos, hipóteses, metodologias, justificativa, discussão teórica e conclusão;

criar materiais vinculados aos conteúdos estudados: cartilhas, roteiros, história em quadrinhos, mapas mentais, cartazes; e

realizar avaliação oral individual ou em pares acerca de temas estudados previamente.

G1

 

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Educação

MEC prorroga por mais 30 dias a volta das aulas presenciais no ensino superior

Foto: Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) prorrogou por mais 30 dias o prazo para a volta das aulas presenciais nas instituições de ensino superior, em publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira (13), assinada pelo ministro Abraham Weintraub. A decisão, motivada pela pandemia do novo coronavírus, passa a valer a partir desta sexta-feira (15). Diante disso, universidades federais e Ifs estão com aulas suspensas até 15 de junho.

A suspensão das aulas presenciais e autorização da substituição por aulas em meios digitais foram decretadas no dia 17 de março, inicialmente por apenas 30 dias.

Desde então, este é o segundo adiamento do prazo. No dia 15 de abril, em decorrência do agravamento da crise sanitária no Brasil, o MEC publicou uma portaria adiando o retorno do ensino presencial.

O novo prazo também é prorrogável, “a depender de orientação do Ministério da Saúde e dos órgãos de saúde estaduais, municipais e distrital”.

Jornal do Commercio

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Educação

Justiça indefere pedido e manda que MEC dê posse a reitor eleito do IFRN

A juiza da 4a Vara da Justiça Federal no RN, Gisele Maria da Silva Araújo Leite, indeferiu nesta quarta-feira (06) o pedido de adiamento de prazo solicitado pela Advocacia Geral da União em defesa do reitor temporário do IFRN, professor Josué Oliveira. A nova decisão determina, além da suspensão da sua nomeação ao cargo, que o reitor eleito do IFRN, professor José Arnóbio Araújo, seja empossado até as 16h desta quarta-feira (06). Entenda o caso aqui no Justiça Potiguar.

Opinião dos leitores

  1. Precisamos fazer uma limpa ideológica nessas instituições…Votamos no Bolsonaro pra isso…fosse p/manter a esculhambação, votaríamos em Luladad…A democracia não está sendo respeitada…

  2. Alguma coisa está errada no Brasil. O governo federal não ter moral para nomear um de seus servidores para dirigir uma escola. Surreal

    1. Acho que você tá invertendo as coisas. O governo federal passa por cima de um trâmite legal, sem direito a ampla defesa.

    2. Antônio quem escolhe o reitor no IFRN são seus alunos, professores e colaboradores, através de uma eleição democrática, se o interventor quisesse teria participado da mesma mas preferiu 'cair de paraquedas' na função através de imposição de um nome por parte do MEC. Um verdadeiro deserviço à uma instituição centenária que só precisa de paz e tranquilidade pra continuar realizando o excelente trabalho que realiza.

    3. Aos desconhecedores do processo eleitoral das universidades e instituições públicas, esclareço que ocorre de forma democrática (se é que o conceito seja de fácil assimilação para todos). Publica-se edital para que as candidaturas se inscrevam e ocorre a eleição com os servidores, professores e alunos. Existem debates, exposição de propostas, enfim, não se impõe goela abaixo qualquer um que seja amigo do rei. Democraticamente, o mais votado é empossado.

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Educação

MEC divulga resultados do Fies; selecionados têm até 2ª para complementar informações

Foto: Reprodução

O Ministério da Educação (MEC) liberou na noite desta quarta-feira os resultados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os alunos já podem acessar a lista dos aprovados pelo site. Há, em 2020, 100 mil vagas para o financiamento.

O resultado estava previsto para esta quarta-feira, mas a publicação apenas à noite gerou reclamação de estudantes. O programa concede financiamento em cursos superiores privados. Os alunos só começam a pagar depois que se formam.

Os selecionados agora tem de quinta até a segunda-feira para complementar as informações da inscrição no FiesSeleção (veja aqui) para contratação do financiamento. Quem ficou na lista de espera deve enviar informações até três úteis depois da divulgação da pré-seleção.

O Fies está dividido em duas modalidades. A primeira com juros zero sem fiador para quem tem renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa. A segunda também juros zero, mas com a necessidade de fiador para quem tem renda familiar de até três salários mínimos por pessoa.

Para ter acesso ao financiamento, é preciso ainda tirar pelo menos 450 na prova objetiva e 400 na redação.

Há ainda a opção do P-Fies, que se destina a estudantes com renda per capita mensal familiar de até cinco salários mínimos. Eles podem receber um empréstimo a juros relativamente baixos, variando de acordo com o banco que atua como agente financeiro.

Com informações de O Globo

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Educação

Com orçamento de R$ 220 milhões, MEC lança programa para aprimorar alfabetização

Foto: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) lançou nessa terça-feira (18) o programa Tempo de Aprender, voltado para o aperfeiçoamento, o apoio e a valorização a professores e gestores escolares do último ano da pré-escola e do 1º e 2º ano do ensino fundamental. O programa tem um orçamento de mais de R$ 220 milhões e foi construído com base em um diagnóstico realizado pelo MEC no qual foram detectadas as áreas da alfabetização que necessitam de mais investimentos.

Segundo esse diagnóstico, as áreas que estão mais carentes, e consequentemente, receberão mais investimento do Tempo de Aprender são a formação pedagógica e gerencial de docentes e gestores; materiais e recursos para alunos e professores; e acompanhamento da evolução dos alunos.

O programa será implementado por meio da adesão de estados, municípios e do Distrito Federal, que podem manifestar interesse pelo site alfabetizacao.mec.gov.br.

Ações

Entre as ações previstas pelo projeto Tempo de Aprender estão um curso, com versões on-line e presencial, para proporcionar aos docentes a aquisição de conhecimentos, habilidades e estratégias que os auxiliem a lidar com os desafios postos pelo ciclo de alfabetização feito em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e um curso para auxiliar gestores educacionais, como diretores e coordenadores pedagógicos, também com previsão presencial e on-line, oferecida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Também está prevista o lançamento do Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) para dar suporte a professores da rede pública em todo o país. A ferramento foi desenvolvida pelo Laboratório de Tecnologia da Informação e Mídias Educacionais (Labtime), da UFG, e permitirá o acesso a recursos pedagógicos, como estratégias de ensino, atividades e avaliações formativas, com respaldo em práticas exitosas de alfabetização.

Outra ação do eixo é o fornecimento de apoio financeiro para despesas de custeio de escolas para atuação de assistentes de alfabetização, profissionais que auxiliam os professores no manejo da sala. O MEC vai destinar R$ 183 milhões para a iniciativa. Os repasses ocorrerão de acordo com o calendário oficial e deverão atender prioritariamente escolas em situação de vulnerabilidade.

O programa prevê também a reformulação do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para a educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.

Também será implementado o Estudo Nacional de Fluência, que irá fornecer às redes de ensino uma ferramenta de diagnóstico de fluência em leitura oral para alunos do 2º ano do ensino fundamental. O estudo será aplicado no fim de 2020 para todas as redes que aderirem ao programa Tempo de Aprender.

O MEC também ainda, por meio do novo programa, realizar a reformulação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) voltadas à alfabetização. O intuito é adequar as avaliações do Saeb aos componentes essenciais para a alfabetização e avaliar adequadamente o desempenho dos alunos em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O ministério ainda pretende valorizar os professores que conquistarem bons resultados, premiando o desempenho de professores, diretores e coordenadores pedagógicos do 1º e 2º ano do ensino fundamental com boas práticas e atividades na área. A medida será realizada, de forma experimental, em 2020, e será expandida em 2021.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Gostaria de saber o que o MEC tem ou se ainda terá alguma proposta ou programa de valorização para os alunos e tbm professores que atuam na EJA (Ensino Fundamental ou Medio), por que até agora não vi nada nesse sentido.

    1. Vai ter que trabalhar, sua boquinha acabou.

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Economia

Após Congresso fazer “vista grossa”, MEC busca alternativa para voltar a emitir carteira de estudante

Simulação. Imagem: Divulgação

O Ministério da Educação (MEC) informou nesta segunda-feira (17) que busca alternativas para garantir aos estudantes a emissão gratuita de carteirinha que permite acesso com meia-entrada a eventos culturais e esportivos. Desde ontem (16) está suspensa a emissão, pelo MEC, da ID Estudantil, após o prazo da Medida Provisória 895/2019, que institui carteira virtual, ter expirado sem a apreciação pelo Congresso Nacional.

De acordo com o MEC, as 325.746 IDs estudantis já emitidas continuarão valendo, até sua data de expiração. “O aplicativo da ID Estudantil está disponível para alteração de foto (por até 5 vezes ao ano) e reativação da conta, caso o estudante troque o aparelho celular”, informou o ministério à Agência Brasil.

Segundo o MEC, o objetivo da ID Estudantil é oferecer uma alternativa à carteirinha de plástico que continua sendo emitida por entidades como União Nacional de Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a um custo de R$ 35.

De acordo com a UNE, estudantes de baixa renda podem receber o documento gratuitamente, desde que comprovem renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse CHILENO presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia, era pra estar preso, vendo o sol nascer quadrado, isso é um politiqueiro sem escrúpulos, só pensa na barriga dele e os outros que se lasque. O DEM de arrumadinho com o PCdoB é de laacar, IMORAL!!!

  2. Vista grossa meu ovo!!!!!
    Diga as coisas como elas são: o pilantra conhecido por Botafogo da planilha da Odebrecht, Rodrigo Maia, não botou para votar a MP. Os partidos indicaram os membros mas o delatado pela gol linhas aéreas simplesmente não instalou a comissão.
    Agora todos vão dar dinheiro à une.
    Cabra de pêia.

    1. BG.
      Dois canceres no congresso pescoço mole e o rei momo do Amapá

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Educação

Secretário de Educação Superior do MEC pede demissão do cargo

Foto: Reprodução/Facebook/MEC

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (30). A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pelo G1 pela assessoria do ministério.

Lima é servidor de carreira do Ministério do Planejamento – atual Ministério da Economia – e deve voltar à função que ocupava. Economista de formação, ele foi nomeado por Abraham Weintraub para coordenar uma das maiores subpastas do ministério.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Educação ainda não tinha anunciado um substituto para o cargo. Segundo o organograma disponível no site do MEC, não há um secretário-adjunto nomeado na área de educação superior.

Em uma carta, enviada a colegas de ministério e da área econômica do governo, Arnaldo Barbosa de Lima Junior diz que pediu para sair do cargo por “motivos pessoais” e para “abraçar um novo propósito profissional” (leia íntegra abaixo).

Até as 23h40 desta quinta, a exoneração não tinha sido públicada no “Diário Oficial da União”. Em nota, o MEC confirmou o desligamento do secretário e enumerou projetos encampados por ele na pasta.

“O MEC agradece o trabalho de Arnaldo Lima, o qual engrandeceu a gestão da educação brasileira, e deseja sucesso em seus projetos pessoais”, diz o comunicado.

Future-se

Nos nove meses à frente da secretaria, o principal projeto de Arnaldo Barbosa era o rascunho do “Future-se”, anunciado como um grande plano de reestruturação do financiamento do ensino superior público.

O projeto foi anunciado em julho, passou por duas consultas públicas na internet mas, seis meses depois, o texto ainda não foi enviado ao Congresso Nacional – onde precisa ser aprovado para entrar em vigor.

Pelas linhas gerais anunciadas, a adesão será voluntária, mas a universidade que quiser participar terá de aderir ao “pacote completo”. Esse pacote inclui critérios definidos pelo MEC para avaliação da gestão, execução do orçamento e incorporação de parcerias, entre outros temas.

No Future-se, a gestão da universidade passaria a ser feita com o “apoio” de organizações sociais. Em troca, as reitorias passariam a acessar novas fontes de recursos, como fundos de investimento com dinheiro público e privado, cessão dos “naming rights” de edifícios e campi para empresas privadas e programas de inovação e registro comercial de patentes.

O que faz a pasta?

A Secretaria de Educação Superior é responsável por coordenar todas as políticas públicas ligadas ao ensino nas universidades públicas e privadas. Embora as instituições públicas tenham autonomia didática, financeira e administrativa, cabe ao ministério regular temas como:

acesso e permanência dos alunos nos cursos superiores;
formação e carreira dos professores universitários;
programas de residência em saúde, pesquisa, extensão e outras áreas complementares ao ensino superior regular;
políticas de internacionalização, intercâmbio e parcerias internacionais;
financiamento público e privado do ensino superior;
criação de um quadro de referência para as modalidades de ensino superior à distância

Leia a íntegra da carta divulgada pelo secretário:

“Por motivos pessoais, desligo-me da Secretaria de Educação Superior (SESU) para abraçar um novo propósito profissional. Quando assumi a Secretaria, estava ciente da responsabilidade que resultaria desse ato, mas nunca deixei de ousar e nunca fiz nada sozinho. A SESU ajudou a criar a ID Estudantil, o Diploma Digital, o Novo Revalida e aperfeiçoar o FIES. Conseguimos alocar R$ 230 milhões para investimentos em placas fotovoltaicas e para conclusão de obras que estavam paradas ou em andamento nas universidades federais. Conseguimos 100% dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), implementamos cinco novas universidades federais e desenvolvemos o Future-se. Esse programa é o que há de mais inovador na educação brasileira. O envio do Projeto de Lei para o Congresso Nacional encerrará minha missão no glorioso Ministério da Educação.

Nesses nove meses, muitos foram os desafios, mas pude contar com o apoio do Ministro Abraham Weintraub, do secretário executivo, Antonio Paulo Vogel de Medeiros, dos demais secretários e colaboradores do MEC e, especialmente, da Família SESU. Deixo as portas abertas, o que me traz grande alegria, e me despeço com a certeza do dever cumprido, sabendo que bons frutos serão colhidos das sementes que ajudei a plantar.”

G1

 

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Educação

MEC “tem que ser descontaminado”, diz general Heleno

FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Em entrevista à CBN, o general Augusto Heleno falou sobre os problemas envolvendo o Enem e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Para o ministro-chefe do GSI, o Ministério da Educação está “extremamente contaminado” no aspecto ideológico.

“‘Inegavelmente, o MEC foi extremamente contaminado. Agora tem que ser descontaminado dos dois lados. A educação tem que ser neutra ideologicamente. Não pode ter conotação ideológica na educação”, disse Heleno.

Em relação à disputa judicial acerca da divulgação do resultado do Sisu, Heleno afirmou que é “lamentável, pois afeta uma juventude que se esforça para vencer todos os problemas”. Mas, de acordo com o ministro, a solução está “bem encaminhada”.

“Se houver nomes responsáveis pelo erro, é óbvio que tem que ter punição. Por enquanto, está havendo uma investigação, e há indícios de que tenha sido uma falha mecânica.”

O Antagonista com CBN

Opinião dos leitores

    1. só tem petralha nessa instituição, o nome disso e sabotagem, assim como os incêndios, esse petróleo no mar, o que mais vão inventar para tentar denegrir a imagem do governo.

  1. Não só o MEC. O aparelhamento esquerdista ocorreu em TODA a máquina pública. Veja-se o próprio STF, o Ministério Público e por aí vai. Mas a educação é crucial porque DOUTRINA mentes, forma zumbis ao invés de cidadãos. E essa é a atual situação do nosso Brasil, repleto de dejetos humanos, seres moral, ética e intelectualmente deficientes, que chegam ao absurdo de defenderem bandidos já efetivamente condenados pela nossa Justiça (algo dificílimo de acontecer) e de até mesmo almejar ter seus destinos determinados por tais criminosos. Imagine alguém querer o Marcola, por exemplo, mandando na sua casa. Algo impensável para pessoas mentalmente sãs e com um mínimo de decência, não é mesmo? E por que essas pessoas não pensam assim com os políticos que vão nos governar?

    1. O Marcola do Rio de Janeiro, estão ao dos filhos do presidente e o próprio presidente, foi eleito com o apoio dos melícianos e está rodeado de incompetentes

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Educação

Senadora Zenaide questiona MEC pela queda das bolsas do PROUNI no RN

Foto: Divulgação

A senadora Zenaide declarou estar muito preocupada com a acentuada queda do número de estudantes beneficiados pelo PROUNI no Rio Grande do Norte. Em 2015, 4.175 estudantes foram beneficiados pelo programa no Rio Grande do Norte. Em 2016 esse número subiu para 4.209. Em 2017, caiu para 3.277 sendo reduzido ainda mais em 2018 para apenas 2.660. Agora em 2019 apenas 1.623 estudantes tinham sido contemplados até o primeiro semestre já que o MEC ainda não divulgou os dados do segundo semestre.

“Será que essa redução é por falta de interesse das universidades no programa? Eu não acredito. Precisamos de uma explicação. Mais do que isso, precisamos reverter essa queda. Não é possível que estejamos regredindo, também, no acesso dos jovens à universidade. Isso é um direito constitucional, gente. Não podemos aceitar que esse direito seja negado a quem não pode pagar pela faculdade”, disse a Senadora.

Zenaide ressaltou, ainda, a relevância social do programa: “O PROUNI é uma das únicas janelas pra você sair da pobreza, quebrando o ciclo vicioso e mudando a realidade de jovens e suas famílias pela via da educação, com uma formação superior. Você sabe quem está sendo atingido em cheio com essa redução? São os estudantes que vêm da rede pública, de famílias que ganham até um salário mínimo e meio ou três salários no caso das bolsas parciais. São esses jovens que estão tendo seus sonhos quebrados, arrancados, por um governo insensível e sem noção do que faz”, protestou a Senadora.

Criado pela Lei nº 11.096 de 2005, o Programa Universidade para Todos (PROUNI) tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.

Têm direito às bolsas integrais estudantes oriundos de escolas públicas com renda familiar de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais, de 50% e de 25%, são concedidas de acordo com regulamentação do MEC para alunos com renda familiar até 3 salários mínimos.

Opinião dos leitores

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Educação

RN se destaca entre os quatro estados com maior número de alunos com nota 1000 na redação do Enem

Rascunho de redação nota 1 mil no Enem 2019 — Foto: Arquivo Pessoal/Daniel Gomes

O portal G1-RN informa que o Rio Grande do Norte teve seis alunos que atingiram a nota máxima na redação do Exame nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. De acordo com o Ministério da Educação, foram 53 estudantes que conseguiram a avaliação 1.000 em todo o país.

Segundo a reportagem, as redações com nota máxima são de estados do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste: Alagoas (2); Bahia (1); Ceará (6); Distrito Federal (2); Espírito Santo (1); Goiás (4); Maranhão (1); Mato Grosso do Sul (1); Minas Gerais (13); Paraíba (1); Pará (2); Pernambuco (1); Piauí (2); Rio Grande do Norte (6); Rio de Janeiro (6); São Paulo (4).

O tema desta edição foi “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”. O texto deveria ser do tipo dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, desenvolvido a partir da situação-problema proposta e de subsídios oferecidos pelos textos motivadores.

Veja mais aqui.

Opinião dos leitores

  1. Ninguém comenta a respeito desses meninos que tiraram nota máxima. Parabéns molecada. Felicidades na próxima escolha. Rumo à Federal.

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Educação

MEC muda regras do Fies e exige nota mínima na redação do Enem; nova regra a partir de 2021

O Ministério da Educação publicou hoje portarias fixando novas regras do Fies, o programa de financiamento estudantil, informa a Crusoé.

Uma delas prevê exigência de nota mínima de 400 pontos na redação do Enem para o estudante tentar a modalidade de Fies com juro zero.

De acordo com a portaria, a nova regra valerá a partir do primeiro semestre de 2021.

O Antagonista, com  Crusoé

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Educação

Sete a cada dez universidades federais têm notas máximas em índice de qualidade do MEC

Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo

Sete em cada dez (68%) universidades federais têm desempenho nas faixas 4 e 5 no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Essas são as mais altas taxas de desempenho.

O IGC é um indicador de qualidade mensurado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que faz parte do Ministério da Educação (MEC).

Cada universidade é avaliada com nota de 1 a 5. Ela é baseada em dois critérios: a nota que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) atribui à cada curso de pós-graduação da instituição e a média de cada curso do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que também é mensurado pelo Inep.

O CPC também é uma reunião de diferentes variáveis: o Conceito Enade tem 20% do peso; a porcentagem de professores com mestrado ou doutorado corresponde a 30% da nota; a percepção do estudante resulta em 15% do índice; e, por fim, o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que mede a evolução do aluno comparando a nota dele do Enem com a do Enade, tem 35% de peso no CPC.

As 13 federais que conquistaram a nota máxima(5) no IGC são as universidades de São Carlos, Viçosa, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Lavras, além do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Fundação de Ciências da Saúde de Porto Alegre e a do ABC.

Entre as universidades privadas com fins lucrativos, 18% estão nesses patamares, enquanto as sem fins lucrativos tiveram 24% das instituições com esse desempenho.

Considerando apenas a nota dos cursos de graduação, essa diferença entre as universidades federais e as privadas cai, mas as públicas ainda mantém larga vantagem.

De acordo com as notas do CPC, 56,8% dos cursos das universidades federais têm notas 4 e 5. Nesses mesmos patamares, estão 18,4% dos cursos das particulares com fins lucrativas e 33,4% das privadas sem fins lucrativos.

Conaes contesta metodologia

Apesar de ser um medidor oficial de qualidade do MEC, o IGC e o CPC são contestados por especialistas em avaliação.

O Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Conaes) aprovou, em novembro, uma resolução em que recomenda o fim da divulgação dos índices a partir de 2020. Ela também defende que o MEC pare de utilizar internamente o IGC e o CPC até 2022.

Para o lugar deles, criou-se uma comissão que estudará um novo modelo de avaliação. Simon Schwartzman, que faz parte do conselho como representante de notório saber, afirmou que os critérios dos índices não têm “lógica”.

— Esses índices juntam coisas diferentes, sem ter uma lógica clara de por que uma coisa tem um peso e outra tem outro. Esses pesos são arbitrários. Ninguém consegue entender o que o resultado significa — afirmou o especialista, autor do parecer aprovado pedindo o fim do IGC e do CPC.

A resolução do Conaes, no entanto, só passa a valer se for homologada pelo Ministério da Educação. O MEC e o Inep foram procurados, mas não responderam se vão aceitaram a sugestão do Conaes.

Ensino superior no Brasil

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. O MEC lambendo suas crias: além de não ter credibilidade, louvor em boca própria soa desavergonhado.

    1. Se fosse o contrário vc aplaudiria o ministro. Que turma interessante essa, de bolsominions.

  2. Então que dizer que as cabeças pensantes do Brasil estão nas universidades! Por um breve período pensei que estavam no planalto….kkkkkkkkkk

  3. Petralha é foda, tudo burro. Lê a matéria toda e faça uma análise sintática.
    Haaa desculpa, sei que não vai conseguir.

    1. Como você chega a conclusão que uma pessoa é petralha? Pouca gente sabe, mas não é obrigatório ser bolsominion ou petralha.

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Educação

MEC inicia capacitação de profissionais para escolas cívico-militares

O Ministério da Educação (MEC) dá mais um passo para implementação das escolas cívico-militares, no país. Nesta terça-feira (10) começou a primeira capacitação do programa que contará com 216 escolas até 2023; 54 escolas somente no próximo ano. O modelo foi desenvolvido para promover um salto na qualidade educacional do Brasil.

Ao todo 170 profissionais da educação e representantes de estados e municípios estão reunidos em Brasília. Eles participam de palestras e oficinas sobre o projeto político-pedagógico das escolas, as normas de conduta, avaliação e supervisão escolar, além da apresentação das regras de funcionamento das escolas e as atribuições de cada profissional.

Segundo o MEC, o treinamento também objetiva abrir espaço para o aprimorar as diretrizes do programa. Ao promover grupos de trabalho, o ministério permitirá que os participantes façam sugestões ao modelo de forma a adequar a implementação das escolas às necessidades de cada local.

O evento é destinado a dois grupos envolvidos no programa: diretores e coordenadores de escolas e pontos focais de secretarias estaduais e municipais de Educação, que trabalharão como multiplicadores da informação em suas regiões.

Os dois grupos iniciaram as atividades nesta terça-feira. O primeiro grupo tem programação até sexta-feira (13), enquanto o segundo encerra as atividades amanhã (11).

“O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma parceria do MEC com o Ministério da Defesa. Cerca de 1.000 militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão educacional das instituições. Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino”.

Ministério da Educação

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Educação

MEC vai liberar R$ 125 milhões adicionais para universidades

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta sexta-feira (29) que o governo vai disponibilizar R$ 125 milhões em recursos extras para as universidades federais. De acordo com o ministro, 65% dos recursos serão destinados para a aquisição de painéis solares e o restante para a conclusão de obras paradas ou em andamento.

“Estamos liberando recursos para investimentos em energia fotovoltaica renovável e isso vai liberar orçamento na veia para as universidades”, disse o ministro.

Os recursos, advindos de remanejamento do orçamento da Secretária de Educação Superior (Sesu), serão distribuídos para todas as 63 universidades federais, que em média receberão cerca de R$ 2,5 milhões. Mas, segundo o secretário de Ensino Superior, Arnaldo Lima, terão acesso a um volume maior de recursos as universidades que estiverem melhor classificadas em um ranking do ministério que avalia a qualidade e desempenho e que tenham o menor custo por aluno.

Para tanto, as universidades foram classificadas em cinco faixas. Quanto maior for a pontuação no ranking, maior será o volume de recursos recebidos.

De acordo com a assessoria do ministério, o objetivo é beneficiar as universidades que possuem menores condições orçamentárias de realizar esse tipo de investimento. A estimativa do Ministério da Educação é que após a implantação dos painéis haja uma redução média nas contas de luz das universidades de até 25,5 milhões por ano.

Mercosul

Durante a coletiva de imprensa para anunciar a liberação dos recursos, o ministro disse ainda que o Brasil não vai mais participar das reuniões do Mercosul, grupo que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, que tratam de educação.

Segundo o ministro a decisão foi motivada por não haver “resultados concretos” das reuniões. O ministro também afirmou que, na prática, a decisão não muda a relação do Brasil com o Mercosul.

“Depois de 28 anos que o Brasil está participando na área educacional do Mercosul, a decisão do governo é a partir de hoje começar a discutir apenas relacionamentos bilaterais com Argentina, Paraguai e Uruguai”, disse Weintraub. “Tudo que tiver de iniciativa na área de educação vai ser mantida a única coisa é que essas reuniões não vão acontecer mais com a presença do Brasil”, afirmou.

Para Weintraub, a realização de reuniões bilaterais são mais efetivas. “Numa conversa bilateral conseguimos avançar muito mais rapidamente. Na reunião [do grupo] que tivemos hoje apenas o ministro [da Educação] do Paraguai veio, a Argentina mandou alguém da Embaixada e o Uruguai não mandou ninguém”, disse.

Agência Brasil

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Educação

ID ESTUDANTIL: MEC lança aplicativo para emitir a carteirinha de estudante digital gratuita, que garante benefício de meia entrada em shows, teatro e outros eventos culturais

Reprodução: TV Globo

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta segunda-feira(25) o lançamento do aplicativo de celular em que será possível emitir a carteirinha estudantil digital. O ID Estudantil é gratuito e garante ao aluno o direito ao benefício de meia entrada em shows, teatro e outros eventos culturais.

Segundo o MEC, 57,9 milhões de estudantes brasileiros serão beneficiados com o programa.

Durante o lançamento, o ministro da Educação destacou que o programa digital irá garantir uma economia superior a R$ 1 bilhão. “Dependendo, o valor pode chegar a 2 bilhões. Com isso, a gente espera gerar um ganho maior para a comunidade”, afirmou Abraham Weintraub.

Atualmente, uma lei de 2013 prevê que a carteirinha seja emitida por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Atualmente, ambas cobram R$ 35 pela carteira, além do frete.

Esse serviço é uma das principais fontes de recursos das entidades e já foi criticado pelo ministro da Educação. No atual sistema, a UNE fica com 20% do valor (R$ 7), e a Ubes, com 25% (R$ 10,50).

Os alunos que quiserem manter a carteirinha tradicional poderão solicitá-las junto às instituições e pagar o valor pedido.

Uso do CPF e implementação do login único

Daniel Rogério, diretor de Tecnologia da Informação do MEC, detalhou que o MEC tem o número total de estudantes do país, mas não sabe quem é o estudante, qual o seu nome e o número do CPF. Por isso, o governo criou o Sistema Educacional Brasileiro (SEB), para que as instituições de ensino enviassem ao MEC os dados dos estudantes.

“Talvez esse seja o maior desafio na emissão da carteira, deixar de ser um auto declaração, que é o que acontecia, para então o MEC saber quem é o estudante”, conclui Daniel.

A exigência de enviar o número de CPF, segundo Daniel Rogério, é para integrar o cadastro do sistema do MEC ao cadastro único do governo federal, que é feito por meio deste número e de senha.

Escolas fornecerão dados dos alunos

Um novo sistema do ministério da Educação, criado em setembro por meio de medida provisória, fez com que escolas privadas de educação básica passassem a solicitar o CPF de seus estudantes. Batizado de Sistema Educacional Brasileiro (SEB), o programa já tem um site oficial.

Em novembro, o MEC deu às instituições de ensino 60 dias para cumprirem os requisitos do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) para emitirem documentos certificados. As escolas e faculdades também precisarão cadastrar, no sistema on-line, uma lista de dados pessoais de cada estudante matriculado.

O diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Rogério, detalhou que a pasta não tinha até então dados individuais de cada estudante. “Talvez esse seja o maior desafio na emissão da carteira, deixar de ser um auto declaração que é o que acontecia, para então o MEC saber quem é o estudante”, conclui Daniel.

Como funciona

Para garantir o acesso à ID Estudantil, um representante de cada instituição de ensino, pública ou particular deve enviar as informações dos alunos para o Inep, que irá alimentar o Sistema Educacional Brasileiro, banco de dados nacional de estudantes do MEC.

No relatório, as instituições devem enviar os seguintes dados dos alunos: CPF, data de nascimento, curso, matrícula e o ano e semestre de ingresso dos estudantes.

Os alunos podem conferir se sua instituição passou os dados ao sistema em idestudantil.mec.gov.br. Caso não tenham sido cadastrados, os estudantes devem cobrar o envio diretamente na instituição em que estudam.

Como emitir a ID Estudantil

A emissão é feita sem custos por meio de um aplicativo de celular disponível para os sistemas operacionais Android e iOS.

Após baixar o aplicativo, os estudantes deverão tirar uma foto de rosto e da carteira de habilitação ou de um documento de identidade com foto, para comparação das imagens. Isso irá, segundo o MEC, evitar fraudes.

No cadastro de menores de idade, um responsável legal poderá baixar o aplicativo para permitir o acesso. Em eventos com meia entrada, a identificação do estudante será feita por meio da leitura de um QR Code emitido na tela do aplicativo.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Os mini PTralhas choram …quebraram as pernas desses aproveitadores de estudantes, quadrilha a serviço do ladrao condenado Lula

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Educação

MEC promete acesso à internet em 56% das escolas urbanas do país até o início de 2020 e beneficiar 11,6 milhões de estudantes

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta segunda-feira a liberação de R$ 82, 6 milhões para conectar 24,5 mil escolas urbanas. A medida é uma nova fase do programa “Educação conectada”, lançado pelo MEC em agosto. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub , a expectativa é a de que até o início das aulas do próximo ano letivo todas essas unidades já estejam com banda larga. Essa fase do programa pretende conectar, no total, 56% das escolas urbanas brasileiras. Uma parte dos recursos já tinha sido liberada para para as escolas rurais em agosto.

De acordo com o MEC, o programa deve atingir 11,6 milhões de estudantes em todo país. A região com maior número de escolas beneficiadas nesta fase da iniciativa é o Sudeste, com 9.706 escolas; depois a região Nordeste, com 6977 escolas; a Sul com 4.226 escolas; Centro- Oeste com 1846; e Norte com 1.717. O ministro afirma que na região Norte boa parte das conexões é feita por satélite devido à dificuldade de acesso. Estão previstos R$ 115 milhões para implementação da iniciativa.

Durante coletiva, o ministro se recusou a responder questionamentos sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que aconteceu no domingo. Weintraub não deu informações sobre o andamento das investigações sobre a divulgação da foto de uma prova de redação.

– Estar em linha com o ensino hoje no mundo sem estar conectado à internet é um absurdo. Para o Brasil ter Enem digital a gente precisa dar condições iguais para todos os jovens e crianças terem acesso à internet – afirmou Weintraub.

Para conexão total, são necessários mais R$ 140 milhões

Segundo o ministro, atualmente há 23 mil escolas urbanas conectadas no país. Com a medida, outras 24,5 mil serão conectadas. Outros R$ 32 milhões serão destinados às escolas que já têm internet para que possam fazer manutenção. Os recursos são repassados pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). O ministro estima que com mais R$ 140 milhões seria possível conectar todas as escolas do país.

Para aderir ao programa é necessário que a escola tenha mais de 14 alunos matriculados, no mínimo três computadores para serem utilizados pelos alunos, e ao menos um outro computador para uso administrativo.

Questionado sobre a realidade das escolas brasileiras, já que muitas não atendem estes requisitos, o secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Endo Macedo afirmou que no próximo ano será aberto um pedido oficial junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para que essas escolas possam adquirir equipamentos.

– Queremos propiciar uma melhor condição de aprendizado para que, com essa conexão, consigamos levar novos conhecimentos, colaborando para reduzir a evasão – disse Macedo.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Iniciativa maravilhosa, para países que tem cultura e cidadãos evoluídos… infelizmente em nossa sertania, apenas servirá para troca de "nudes" e visualização de sites pornográficos! Salvo a minoria de alunos que REALMENTE querem algo com o estudo, pesquisa e aprendizado. Coitado do meu Brasil.

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