Judiciário

Para Advocacia-Geral da União, Ministério Público Federal não pode realizar investigação criminal

De acordo com a AGU (Advocacia-Geral da União), o MPF (Ministério Público Federal) não tem competência para realizar investigações criminais. A opinião está contida em parecer enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), no qual a AGU ressalta que cabe ao órgão somente exercer o controle externo da atividade policial.

A AGU questiona a Resolução 20/2007 do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que autoriza o MPF a conduzir investigações. A manifestação foi apresentada na Adin 4220 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), proposta pelo Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) contra o dispositivo.

Para a AGU, o controle externo da atividade policial deve ser feito por meio do livre ingresso em delegacias e prisões e do acesso a quaisquer documentos relativos à atividade policial, além de pedidos de instauração de inquérito policial sobre omissão ou sobre fato ilícito ocorrido. O MPF tem o poder ainda de propor ação penal por abuso de poder.

Entretanto, a AGU ressalta que o artigo 144 da Constituição Federal deixa claro que cabe à Polícia Federal apurar infrações penais e “exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União”.

“A partir do momento em que o Ministério Público se utiliza de sua estrutura e de suas garantias institucionais a fim de realizar de modo direto investigações criminais, atua em sigilo e isento de fiscalização em sua estrutura administrativa”, destacou a AGU.

No parecer enviado ao relator da matéria, ministro Luiz Fux, os advogados da União lembram que há, no Congresso Nacional, a tramitação da PEC 1971/2003 (Proposta de Emenda à Constitucional) que pretende alterar a redação do artigo 129 da Constituição Federal para legitimar o poder investigativo do Ministério Público.

Essa PEC, de acordo com a AGU, “demonstra que a atual conformação constitucional não legitima o exercício dessa competência pelo órgão ministerial”.

Julgamento sobre CNJ

Na Adin, a OAB pede concessão de liminar para suspender o artigo 2º da resolução do CNMP até julgamento final do Supremo. No mérito, a Ordem quer que a Corte declare a inconstitucionalidade integral da Resolução 20/2007.

Além da AGU, o CNMP também já emitiu seu parecer ao STF, a pedido do relator. Antes da decisão monocrática do ministro sobre o pedido de liminar, Fux aguarda o parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre o tema.

A ação só voltou à pauta do Supremo após o ministro Fux reverter a decisão de Eros Grau, antigo relator, que havia negado seguimento à Adin por entender não ser essa a via adequada para impugnação de atos regulamentares.

O agravo interposto pela OAB foi aceito e ação voltou a tramitar normalmente no Supremo. Ao referendar a validade da ação, o ministro Fux lembrou o julgamento do STF sobre as atribuições do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Na ocasião, a Corte validou, com ressalvas, uma resolução editada pelo Conselho e manteve o poder de investigação de magistrados.

Casos semelhantes

O debate sobre as atribuições do Ministério Público e a sua legitimidade para encabeçar investigações não é inédito na Justiça brasileira. Um dos casos de maior repercussão é o julgamento do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de ser o mandante do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Sombra alega que o processo contra ele é nulo, pois os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) decidiram iniciar uma investigação própria após a polícia ter concluído que tratava-se de um crime comum de seqüestro seguido de morte. O MP afirma que a morte de Celso Daniel teve motivação política.

O ministro decano do STF, Celso de Mello, já reafirmou sua posição a respeito do poder de investigação do MP. Em dezembro de 2010, o ministro negou o pedido de um empresário carioca que pretendia anular ação penal aberta contra ele por corrupção ativa. Na ocasião, a defesa de José Caruzzo Escafura sustentava que o processo era ilegal, pois a investigação havia sido conduzida pelo MP.

Na Justiça Eleitoral, a discussão é a mesma. Corre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a análise de um recurso que questiona se o MPE (Ministério Público Eleitoral) tem atribuições para realizar investigações a fim de apurar crimes eleitorais.

Fonte: Última Instância

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Jornalismo

Movimento de Combate à Corrupção emite nota sobre escândalo dos precatórios do TJ

O Movimento Articulado de Prevenção e Combate à Corrupção (Marcco) emitiu uma nota oficial na tarde desta quarta-feira (4). No documento, o Marcco manifesta confiança nas investigações realizadas pelo próprio Tribunal de Justiça Rio Grande do Norte (TJRN) mesmo que elas venham a atingir juízes e desembargadores, além de compromete-se em acompanhar as investigações.

Confira nota na íntegra

O MARCCO – Movimento Articulado de Prevenção e Combate à Corrupção, reconhecendo o grave momento histórico vivido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, vem a público:

 1-  manifestar sua confiança na conclusão e seriedade das investigações iniciadas no seio do próprio Tribunal, por iniciativa da atual Presidência, bem como na efetiva punição dos culpados a quem sejam imputados os desvios, independente  de serem servidores, juízes ou desembargadores;

 2 – rechaçar qualquer tentativa de desqualificação a priori dos estarrecedores indícios e provas divulgados até o momento, expressando irrestrito apoio ao Ministério Público Estadual e demais entidades envolvidas na investigação;

 3 – comprometer-se, perante a sociedade potiguar, a acompanhar de perto o curso dos fatos, exigindo transparência, isenção, ampla defesa e duração razoável dos processos,  manifestando-se contra qualquer atitude corporativista e envidando esforços, inclusive junto ao CNJ, para afastamento dos envolvidos das funções públicas, na eventualidade de acusação formal;

 4 – afirmar sua convicção de que apenas a apuração aprofundada dos fatos, o julgamento isento pelas instâncias competentes e a punição efetiva dos autores dos gravíssimos desvios estão à altura da importância do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte que, por sua própria natureza e em atenção às elevadas funções constitucionais que desempenha, em especial a tutela da probidade administrativa, não pode ser tolerante com as condutas criminosas envolvendo seu setor de precatórios e suportar abalos de tal magnitude em sua integridade e imagem.

Natal, 04 de abril de 2012.

MARCCO/RN

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Tecnologia

Internet de Todos será investigado

Integrantes do executivo potiguar e do Ministério Público Estadual (MPE) deverão se reunir na tarde de hoje para discutir o que fazer com o Projeto Internet Para Todos. Lançado pelo Governo do Estado em 2009, o projeto prevê o fornecimento gratuito de sinal de internet, porém nunca funcionou plenamente. Até meados da semana passada, o processo do Internet Para Todos, que consumiu, segundo informações registradas à época, cerca de R$ 1,4 milhão, não havia sido encontrado pelo governo estadual. No entanto, o processo reapareceu nas documentações da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap), por onde teria sido feito um convênio com o Ministério da Saúde que viabilizou o projeto.

E é para saber a razão da verba ter saído dos cofres da Saúde que está marcada a reunião de hoje. “Ainda não tive tempo de olhar o processo. Mas a questão é: porque ele estava na [secretaria] de saúde? Até agora não entendi”, confessa o procurador geraldo Estado, Miguel Josino.

Além da participação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a reunião, que deverá ocorrer na própria sede do órgão, também contará com representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do MPE. O quadro de componentes da reunião é fechado com os representantes da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic), órgão ligado à Secretaria Estadual de Administração e dos Recursos Humanos (Searh).

Quando da implantação do Internet Para Todos, a Cotic foi o setor responsável por gerir e tocar o projeto, mesmo com os recursos vindo da área da saúde e a coordenadoria estando dentro da estrutura da Searh. A finalidade da reunião, segundo Miguel Josino, não é apenas discutir o que foi feito do projeto, mas também jogar luz sobre os andamentos posteriores. “A sociedade precisa saber o que realmente aconteceu. Não é questão de olhar para trás, mas sim de fazer o que é certo. Algo que todo gestor público precisa ter consciência de fazer quando ocupa um cargo como este”, declarou Josino.

Fonte: Diário de Natal

Do BG: O Blog passou alguns dias atrás do rastro do internet de todos, realmente o dinheiro foi de um convênio da saúde, agora também apuramos que o então secretário Wagner Araújo para viabilizar o projeto usou a estrututa e computadores da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic), órgão ligado à Secretaria Estadual de Administração e dos Recursos Humanos (Searh). Foi da Cotic que saiu a estrutura para o projeto, causando inclusive problemas posteriores para a secretaria fazer o seu serviço devido a falta dos equipamentos transferidos para o Internet de Todos. A ordem na época segundo funcionários atuais e fazer o Internet de Todos funcionar por cima de pau e pedra.

Aproveitando que o MPE e a PGE vai investigar o internet de todos, porque também não faz um pente fino nos contratos com as operadoras de celucar e uma triagem nas contas pagas pelo governo passado?

Opinião dos leitores

  1. Olá Bruno,Em face aos noticiários na
    média escrita e falada local, não estou autorizado pelo meu superior, porém gostaria de esclarecer essa relação da "Internet
    de Todos" com a SESAP.Esta
    havendo um desencontro de informações no tocante a essa matéria.

     

    A
    SESAP elaborou,
    aprovou e já prestou contas ao Ministério da Saúde do convenio nº 5618/2004 que
    viabilizou aquisição de equipamentos de informática e comunicação, de maneira
    que os serviços de saúde na área da regulação do acesso no Estado pudessem ser iniciados.

    Esse convênio possibilitou a liberação de R$ 2 milhões do Ministério da Saúde
    com 10% de contrapartida do Estado para prover a rede de saúde do Estado junto
    as Secretarias Municipais de Saúde e unidades hospitalares estaduais de
    equipamentos de informática e comunicação, visando à regulação dos serviços de
    saúde – marcação de consultas, exames e internação através da web.

     

    O processo
    n° 125099/2007-5 (remetido a PGE) e o contrato n° 051/2009 – documentação essa
    da SESAP, nunca sumiu, estavam arquivados no setor de prestação de contas de
    convênios e no setor de gerenciamento de contratos da SESAP, a disposição para qualquer pericia e análise dos órgãos de controle como: DENASUS, TCU, TCE,….

     

    Essa
    infraestrutura tecnológica adquirida pela SESAP, permiti utilizar o padrão aberto de conexão sem fio, WiMAX –
    certificado pelo IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers. – esse padrão permite que
    vários usuários possam utilizar a infraestrutura sem um interferir no outro, é
    como uma via de várias mãos e contra mãos, então o governo pode fazer uso na
    educação, segurança pública, turismo, saúde, etc., é só configurar.

     

    O
    Gabinete Civil, através da COTIC – Coordenadoria de Tecnologia, Informática e
    Comunicação do Estado, na época, utilizaram apenas a infraestrutura da saúde
    para prover através de um sinal (link 256k) liberado pela própria COTIC para a
    “Internet de Todos” na Praça das Flores – possuímos também torres, antenas e
    rádios instalados, além da cidade do Natal, também em Mossoró, Caicó e Pau dos
    Ferros.

     

    A infraestrutura
    de comunicação da saúde está disponível para que outras áreas do governo possam
    utilizar, no campo da educação, segurança pública, turismo, etc.

    O serviço “Internet de Todos” foi propagado
    pelo Governo do Estado e coordenado pelo Gabinete Civil e pela Secretaria
    Estadual da Administração e dos Recursos Humanos, através da COTIC, pegando carona
    nessa infraestrutura adquirida pela SESAP.

     

    ë importante frisar que essa infraestrutura possui ainda uma tecnologia atual e
    confiável para os serviços, e que pode ser utilizada pela área de TIC do
    governo de forma a minimizar custos em aquisições em equipamentos de
    comunicação como, por exemplo, torres.

    Eu que Coordenei a área de TI e de Planejamento da SESAP em parte do governo passado e, que
    hoje contribuo no governo atual como Coordenador do Programa de Telemedicina da
    SESAP, desconheço a existência física de algum projeto relativo à
    disponibilização de sinal aberto (Internet) para o uso de nossa população ou
    mesmo turistas em trânsito em nosso Estado, porém, a tecnologia existe, está
    ai, é só o governo atual fazer o planejamento necessário para a sua utilização.

    Atenciosamente,

    Carlos
    Eduardo de Albuquerque Costa

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Jornalismo

Polícia Civil prende fabricante de armas e apreende arsenal

Policiais civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) prenderam em flagrante no final da tarde desta última sexta-feira (30) em Natal, um armeiro identificado como José Pereira da Silva Gomes, de 41 anos, mais conhecido como “Zeca Armeiro”, suspeito de confeccionar e vender armas de fogo por encomenda. Com ele a polícia apreendeu um grande arsenal de armas, munições de diversos calibres, moldes de armas para fabricação, além de peças de revólver desmontadas.

De acordo com o delegado titular da Deicor, Normando Feitosa, a prisão se deu após uma denúncia anônima feita há cerca de 20 dias, dando conta de que um homem estava transportando armas para uma empresa que faz cromação de armamentos. “A nossa equipe checou a informação e verificou a veracidade da denúncia e a partir disso solicitamos o mandado de busca e apreensão na residência do acusado, que foi expedido pela 2ª Vara Criminal de Natal”, explicou.

Por volta das 17 horas de sexta-feira os policiais chegaram até a residência dele, situada na Rua João Francisco de Oliveira, bairro de Dix Sept Rosado, onde o acusado negou o acesso a entrada do imóvel e chegou a agredir um dos policiais com um empurrão, no entanto foi contido pelo mesmo. No interior da casa foram encontradas armas de fogo completas e desmontadas, munições de calibres .38, .22, 9mm, e .45, diversos jogos de pino para remarcar números e letras em artefatos metálicos e moldes de armas para fabricação.

Durante o flagrante, a equipe da Deicor recebeu a informação de que Zeca Armeiro teria deixado armas para oxidar numa fundição chamada Cromotec, localizada no bairro da Ribeira. Chegando ao local, os policiais encontraram várias armas desmontadas e cinco estruturas de coronha/empunhadura confeccionadas em alumínio, todas sob encomenda de Zeca Armeiro.

Em depoimento à polícia, o acusado confessou que o material encontrado em sua residência é de sua propriedade, no entanto disse que não possui registro em seu nome de nenhuma das armas encontradas. Ele também negou que fabrica armas alegando apenas consertá-las e afirmou ter licença.

O delegado Normando Feitosa contestou as alegações e disse que Zeca Armeiro não possui licença para manuseio de armas. Ele também acredita que o acusado fabricava armas por encomenda. “Vamos aprofundar as investigações para saber a ligação dessas armas com outros crimes”, revelou.

Normando destacou a importância do disk denúncia (181) para desvendar crimes. “Essa prisão só foi possível a partir dessa denúncia e é importante a colaboração do cidadão em informar à polícia qualquer anormalidade”, enfatizou.

Zeca armeiro foi autuado por posse, porte e confecção ilegal de armas, porte ilegal de munições e resistência à prisão.

 

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Judiciário

Processo dos desvios no Precatórios do TJ vai para instâncias superiores

Com a delação premiada e o depoimento prestado à Justiça onde Carla Ubarana envolve os desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz no esquema de fraudes de precatórios, a investigação atinge um outro nível. A nota enviada pelo Ministério Público Estadual confirma o envio dos autos para Brasília, em três instâncias superiores: o Superior Tribunal de Justiça, o Conselho Nacional de Justiça e a Procuradoria-geral da República. Até o presente momento, a ação penal contra Carla Ubarana, George Leal, Carlos Fasanaro, Cláudia Sueli e Carlos Eduardo Palhares continua na 7a. Vara Criminal.

Os autos do processo serão enviados para o STJ, o CNJ e a Procuradoria da República por se tratar de denúncia contra desembargadores. Os promotores do patrimônio público não têm atribuição para investigar desembargadores, assim como a justiça de primeira instância não pode julgá-los. A partir disso, um subprocurador da República – integrante do Ministério Público Federal – assumirá a investigação, enquanto os ministros do STJ serão os responsáveis por julgar o processo. Nesse nível, todas as medidas empreendidas anteriormente para esclarecer a participação dos acusados comuns podem ser tomadas, como as quebras de sigilo, por exemplo, caso as autoridades considerem cabível e necessário.

Além disso, a atuação do Conselho Nacional de Justiça é bastante aguardada. No último mês, o Supremo Tribunal Federal chancelou a possibilidade de investigar e punir do Conselho perante os magistrados sem a necessidade de atuação das corregedorias. A decisão do STF foi considerada uma vitória para o CNJ. Com isso, a corregedora Eliana Calmon tem poderes para, inclusive, afastar qualquer magistrado. No meio jurídico circula a informação que o conteúdo da investigação já está no CNJ desde a última semana, quando a presidente do TJ, Judite Nunes, visitou Eliana Calmon. Mas nada foi confirmado oficialmente.

Uma outra questão é o destino da ação penal já em progresso contra o casal Ubarana e seus laranjas. A nota do MPE explica: “A referida ação penal prosseguirá normalmente perante o Juízo de Direito da 7.ª Vara Criminal da Comarca de Natal/RN”. Dessa forma, os acusados sem foro privilegiado serão julgados na primeira instância, enquanto os demais devem ser investigados e, caso haja denúncia, julgados pelo tribunal superior.

Contudo, entre as várias fontes do meio jurídico consultadas pela TRIBUNA DO NORTE a tendência de que a ação penal contra Carla ficará na primeira instância não é tão garantida. As avaliações são contraditórias. Desde que as informações sobre a citação de desembargadores por Carla Ubarana começaram a circular, mesmo sem confirmação oficial, o jornal procurou várias pessoas para obter explicações técnicas acerca do destino do processo. Algumas acreditam que deva ser julgado pelo STJ, outros que a denúncia sem relação com o foro privilegiado irá continuar na primeira instância.

Com a continuidade do processo na 7ª Vara Criminal, a perspectiva de julgamento é para breve. A instrução foi finalizada ontem com todos os depoimentos. Depois de algumas diligências, será a hora das alegações finais. É nesse ponto onde o MP pede a diminuição da pena ou o perdão total. A expectativa está centrada em quanto o casal Ubarana pode ser beneficiado pela delação premiada.

Informações da Tribuna do Norte

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Polícia desmonta quadrilha especializadas em assaltos na Grande Natal

A equipe de policiais civis da 1ªDP de Parnamirim, comandada pelo delegado Graciliano Lordão, efetuou a prisão de quatro pessoas suspeitas de praticarem assaltos a residências, granjas e comércios na Grande Natal. Os detalhes da prisão foram divulgados na manhã dessa sexta-feira (30) durante coletiva de imprensa na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol).

Os presos foram identificados como Cláudio Henrique de Oliveira, 25 anos, vulgo “Fit”, Djack Djohnson Moura dos Santos, o “Manchinha”, o soldado da aeronáutica Tarciso Henriques Pessoa, 23 anos, e, Renato da Silva Santos, 20, vulgo “Renato Beiço”.  As prisões se deram em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela 2ª Vara Criminal de Parnamirim,que foram cumpridos nos último dia 07 de março.

De acordo com o delegado Graciliano Lordão, as investigações tiveram início após um arrastão a uma residência localizada no bairro Nova Esperança, em Parnamirim, ocorrido no dia 31 daquele mês. A partir de informações colhidas pela polícia, foram apreendidos dois menores de idade suspeitos de envolvimento no crime, que possibilitaram a identificação da quadrilha. “A partir da apreensão dos adolescentes identificamos primeiramente o Fit, em seguida o restante da quadrilha, e com o reconhecimento das vítimas pedimos a prisão preventiva deles”, explicou.

Os acusados foram identificados pelas vítimas desse assalto como também de outros roubos. “Investigamos pelo menos oito assaltos praticados pelo bando. Eles vinham agindo desde o ano passado”, revelou Lordão. Uma das ações da quadrilha aconteceu no último dia 09 de fevereiro, quando eles teriam assaltado um bar e em um mercadinho localizados em São José de Mipibu e em seguida, no mesmo dia, tomaram um carro de assalto pertencente a uma cervejaria na BR-101, nas proximidades do aeroporto Augusto Severo.  O veículo, segundo o delegado, teria sido usado em um assalto a uma granja em São José de Mipibu cometido no dia seguinte.

O delegado contou ainda que um dos membros da quadrilha identificado como Erivaldo Lima Silva, vulgo “Ferrinho”, de 20 anos, foi morto no último dia 14 de fevereiro durante um dos assaltos praticados pelos acusados a uma granja. Durante a ação, o vigilante reagiu e efetuou disparos contra o bandido que veio a óbito. Na ocasião, os comparsas pegaram o corpo e jogaram na frente da residência do pai dele para que fosse socorrido. Ferrinho era conhecido da polícia por praticar inúmeros assaltos desde que era menor e era considerado um bandido bastante violento.

Graciliano Lordão investiga agora a participação de outros possíveis integrantes da quadrilha. Há a suspeita de que mais dois adolescentes e um adulto estejam envolvidos nos assaltos praticados pelo grupo.

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Deicor prende dois envolvidos na morte de F. Gomes

Policiais da Divisão de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor), coordenados pela delegada Sheila Freitas, prenderam na manhã desta segunda-feira (19) o policial militar Evandro Medeiros e o pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, em Caicó, distante 280 km de Natal. A prisão ocorreu em função do envolvimento deles na morte do jornalista F Gomes, ocorrida no dia 18 de outubro de 2010.

O policial Evandro recebeu voz de prisão quando estava no 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM) na manhã de hoje. O pastor Gilson Neudo já estava detido no Presídio Estadual de Caicó. Ambos tiveram as prisões preventivas decretadas pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça.

A delegada Sheila Freitas ficará em Caicó durante todo o dia de hoje, onde irá ouvir presos e outras testemunhas do caso.

Fonte: Blog do Sidney Silva

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RN é o terceiro estado do país com menor número de delegados

O Rio Grande do Norte é o terceiro estado em todo país com menor número de delegados por 100 mil habitantes e o quarto em relação aos peritos criminais, segundo estudo do Conselho Nacional do Ministério Público. A avaliação desse resultado por representantes dos diversos segmentos da Segurança Pública potiguar é quase unânime: o efetivo reduzido prejudica as investigações de crimes. O promotor criminal Wendell Beetoven Ribeiro Agra, do controle externo da atividade policial, chega a dizer que tal problema “estimula que os bandidos pratiquem mais crimes”. O delegado geral da Polícia Civil, Fábio Rogério, e o diretor do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), Nazareno de Deus, admitem deficiências, mas dizem aguardar melhoria em breve.

Os dados fazem parte do chamado Diagnóstico das Investigações de Homicídios, divulgado na última quinta-feira. O estudo mostra que o RN apresenta uma média de 4,4 delegados por 100 mil habitantes, perdendo apenas para o Paraná (3,5) e para Alagoas (2,5). Já a média de peritos é de 2,59 por 100 mil habitantes, perdendo apenas para estados do Ceará (1,83), Maranhão (1,35) e Alagoas (1,10).

O número de delegados ativos em todo o estado, segundo delegada Ana Cláudia Gomes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol/RN), é de 148 profissionais. Ainda conforme ela, o RN conta com 350 cargos de delegados criados. Para ela, o resultado disso é que “a demanda é desproporcional ao efetivo, que é absolutamente insuficiente”. O problema, para a delegada, é ainda mais acentuado nos municípios do interior potiguar. “O interior do estado é praticamente sem cobertura alguma da Polícia Judiciária”.

Ana Cláudia ressalta ainda que do último concurso da Polícia Civil, realizado em 2010 e no qual 90 delegados foram formados, apenas nove foram recentemente nomeados. “Esperávamos a nomeação de pelo menos 60 para tomarem conta das comarcas do interior e reforçar o policiamento na capital. O concurso anterior a esse foi há 15 anos e o efetivo da nossa Polícia estagnou desde então”. Para a delegada, a estagnação no efetivo deixa a Polícia Civil ineficiente, “pois a população cresce e não acompanhamos a demanda. A consequência disso é sobrecarga de trabalho, inquéritos atrasados e crimes que deixam de ser investigados”.

Estagnação e promessa de melhoria

O delegado geral de Polícia Civil do estado, Fábio Rogério, admite que “a situação real é mesmo essa, mas não é de agora. O concurso em que eu entrei na Polícia foi em 1996 e depois dele houve apenas outro em 2010, em que os aprovados somente foram nomeados este ano”. Ele destaca ainda que dos 509 aprovados do último concurso, apenas nove delegados, nove escrivãos e 56 agentes foram convocados. “Precisamos de mais pessoal para melhorarmos a situação. A criminalidade tem crescido, mas a polícia não somente estagnou, mas também diminuiu. Assim fica difícil acompanhar a criminalidade. Mas as perspectivas são de melhora. Gradativamente vamos ocupar todas as delegacias do interior e reforçar as da capital. Assim, a demanda vai cair, o serviço vai fluir e a criminalidade irá diminuir”.

O diretor do Itep, Nazareno de Deus, também admite que o número reduzido de peritos criminais dificulta na emissão de laudos e, consequentemente, na conclusão de processos judiciais. No entanto, ele garante ter feito um levantamento das necessidades do órgão e apresentado ao Governo do Estado, solicitando que sejam tomadas as medidas cabíveis. “Estamos aguardando a resposta. Sabemos que, a princípio, precisamos de pelo menos mais 150 novos peritos”.

Previsto para 4 mil vagas, efetivo da Civil tem 1.361 profissionais

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN (Sinpol/RN), o agente Djair Oliveira, comenta que “qualquer cidadão percebe a falta de estrutura da Polícia”. Segundo ele, o efetivo total da Polícia Civil no estado é de 1.361 policiais, entre agentes, escrivãos e delegados. “Se levarmos em consideração que deveria haver um policial para cada 100 habitantes, hoje teríamos que duplicar o efetivo. E as vagas já existem. Segundo o nosso estatuto, aprovado por lei, o efetivo é para ser de 4 mil, mas o próprio Estado descumpre a lei”.

O promotor Wendell Beetoven vê com bastante preocupação os dados apresentados pelo Conselho Nacional do Ministério Público, apesar de admitir que “essa é uma realidade já conhecida”. Ele ressalta que a polícia investigativa potiguar é uma das mais bem remuneradas e com profissionais capacitados, porém, considera que ela é de “pouca eficiência devido a sua desestruturação”. Para ele, essa é a principal causa para o crescimento atual da criminalidade no estado. “A desestruturação é tamanha que, hoje em dia, não deixam de ser resolvidos somente os casos de grande complexidade, mas até mesmo aqueles crimes em que traficantes matam viciados, muitas vezes sem complexidade alguma”.

Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais do estado, Otávio Domingos, a situação dos peritos também é alarmante: há em todo o RN apenas 33 atuando nas sedes do Itep em Natal e Mossoró. Por causa disso, cada um desses profissionais chega a ser responsável por 50 laudos periciais por mês. O resultado, de acordo com Otávio, são atrasos nas entregas desses documentos que chega a seis meses.

“O correto é que concluíssemos os laudos em apenas 10 dias, mas a demanda é excessiva para pouco efetivo. Praticamente todo dia recebemos ofícios da Justiça cobrando a entrega de laudos, mas só podemos, muitas vezes, pedir novo prazo”. Otávio Domingos revela que o estatuto da categoria, que ainda está para ser aprovado, prevê 400 vagas de peritos a serem preenchidas. No entanto, para ele, há uma demanda imediata de 150 desses profissionais para normalizar a situação no Itep.

Fonte: DN Online

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Operação Sal e Pó: Polícia prende 12 traficantes em Pendências

Por interino

A Equipe de Policiais civis da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil com o apoio de policiais da Diretoria de Policiamento do Interior (Dpcin) e da Polícia Militar deflagrou no último final de semana, no município de Pendências, a Operação “Sal e Pó”, com o objetivo de combater o tráfico de drogas. Ao todo foram presos 12 traficantes e apreendidos um quilo e meio drogas, cinco veículos, além de alguns pássaros silvestres.

De acordo com o delegado Antônio Pinto, a operação é fruto de uma investigação que durou cerca de quatro meses, após denúncias de moradores da região. “As denúncias foram encaminhadas à Degepol, que determinou a ação investigativa”, explicou.

Depois das investigações, a Polícia Civil identificou o bando e solicitou os mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela justiça e cumpridos nesse último sábado (03). Os acusados fazem parte de uma quadrilha que comercializava drogas na cidade, alguns deles comandavam o tráfico de dentro do presídio de Alcaçuz e do Centro de Detenção Provisório de Macau. “Todos fazem parte de um esquema de distribuição de drogas na região”, revelou o delegado Antônio Pinto.

Dentre a droga apreendida estavam crack e maconha. O material foi localizado na residência dos traficantes.

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Defur prende acusado de assaltos a ônibus em Natal

A Equipe de policiais civis da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) cumpriu nesta quinta-feira (1º), mandado de prisão contra Stefeson Conceição do Nascimento, 18 anos, acusado de assaltos a ônibus em Natal.

A prisão do acusado foi solicitada pelo delegado Atanásio Gomes, depois que várias vítimas comparecem à delegacia e reconheceram Stefeson, que já tem passagem na polícia, como autor dos roubos.

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MP tem mais de 2700 inquéritos policiais aguardando diligências nas delegacias

Por interino

O Ministério Público do Rio Grande do Norte tem atualmente 2.749 inquéritos policiais com despacho para algum tipo de diligência. O quantitativo é referente aproximadamente ao período de um ano de trabalho, desde que o levantamento através do atual sistema é realizado, e diz respeito a inquéritos que tramitaram pelas nove Promotorias de Justiça de Investigação Criminal da Comarca de Natal.

“Na prática, esses inquéritos estão aguardando providência nas delegacias de polícia. Nenhum deles está parado no Ministério Público, principalmente aqueles que envolvem grandes operações policiais”, afirma o Coordenador das Promotorias de Investigação Criminal, Promotor de Justiça Luiz Eduardo Marinho Costa.

Ele explica que, além de despachar com celeridade os inquéritos policias que chegam ao MP, existe deliberação interna para acompanhamento das diligências e controle sobre os inquéritos policias que estão nas delegacias. A orientação é que para cada diligência seja dado prazo de até 60 dias, prorrogável por no máximo 30 dias, para cumprimento em inquéritos sem réu preso. “A intenção é cobrarmos a agilidade de cada inquérito e não apenas despachá-los sem manter uma fiscalização sobre o seu andamento”, disse Luiz Eduardo Costa.

Após a implementação de um sistema de controle de tramitação de inquéritos nas Promotoria de Justiça de Investigação Criminal, cada Promotor de Justiça recebe mensalmente um relatório circunstanciado com a lista de inquéritos policiais que estão com prazos vencidos ou a vencer para que sejam tomadas as providências devidas.

De acordo com Luiz Eduardo Costa, muitas vezes o que ocorre é que no Sistema de Automação do Judiciário (SAJ) consta a informação de que determinado inquérito está com vista para o Ministério Público Estadual, mas na verdade esse inquérito já foi encaminhado para a Polícia Civil para dar continuidade a diligências; e essa informação não tem como constar no sistema. “Isso dá a falsa impressão de que os inquéritos estão parados nas Promotorias de Justiça, quando na verdade eles já foram despachados. A sociedade precisa saber disso”, esclarece.

“Hoje o problema é bem maior do que inquéritos parados. A realidade é que muitas vezes falta estrutura de equipamentos e pessoal para que a Polícia Civil consiga dar vazão à grande demanda de inquéritos policiais. E nesse sistema, Poícia-Justiça-Ministério Público, se um deles falhar, o todo fica prejudicado”, o Coordenador das Promotorias de Justiça de Investigação Criminal.

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Ministério Público investiga farmácias hospitalares

Por interino

O Ministério Público instaurou Inquéritos Civis para investigar a adequação e funcionamento das farmácias do Hospital e Maternidade Municipal Severino Azevedo, em Bom Jesus, e do Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba.

Os Inquéritos são assinados pela Promotora de Justiça da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Macaíba, Kaline Cristina Dantas Pinto Almeida, e tem o objetivo de garantir a aplicação da Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010, do Ministério da Saúde.

O documento orienta, entre outros pontos, que as farmácias hospitalares sejam dotadas de infra-estrutura mínima, possuam farmacêutico e disponibilizem medicamentos listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

As Secretarias Municipais de Saúde dos municípios têm um prazo de 10 dias para informar à Promotoria de Justiça sobre a adequação das farmácias.

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CNJ vai analisar somente parte administrativa do TJRN

Por interino

Durante entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (27), a juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Agamenilde Dantas, comentou sobre os procedimentos que serão adotados no processo de reorganização do Setor de Precatórios do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Ela ratificou que a chegada da Comissão do CNJ em Natal se deu através da solicitação da presidenta da TJRN, desembargadora Judite Nunes.

“Iremos realizar todos os processos tendo como principal enfoque a transparência pregada pelo CNJ”, ressaltou Agamenilde.

A magistrada ressaltou que os serviços da Comissão do CNJ visam somente analisar a parte administrativa do Setor de Precatórios cabendo a análise de processos com indícios de desvio de recursos ou fraudulentos à Comissão de Sindicância, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.

A permanência de membros do CNJ em Natal se estenderá até o mês de abril com a possibilidade da vinda da ministra Eliana Calmon.

Com informações da Tribuna do Norte

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Alcaçuz: Investigação sobre fuga será concluída em 10 dias

Por interino

Dentro de dez dias será concluída a sindicância que apura as circunstâncias da maior fuga da história do sistema penitenciário potiguar, ocorrida na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em 19 de janeiro deste ano. O prazo para término da apuração, que era até essa sexta-feira (24), foi prorrogado após pedido de Leonardo Freire, presidente da Comissão Especial de Processos Administrativos (Cepa) da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc). Ele diz que não é possível ainda definir os responsáveis.

Leonardo Freire afirma que a sindicância está praticamente concluída, restando apenas receber alguns documentos. Já foram ouvidos os detentos recapturados e os servidores de serviço no dia da fuga. O processo conta com cinco volumes até agora. A comissão, porém, estuda ainda a possibilidade de fazer uma reprodução simulada, conforme depoimentos recolhidos.

O presidente da Cepa alega que as investigações estão sendo mantidas em sigilo e que, na atual situação, não é possível fazer juízo de culpa a ninguém. “A sindicância é dividida em duas partes. A que estamos agora é para apurar as circunstâncias da fuga e saber se houve algum desvio de conduta por parte dos servidores. Então entregaremos o parecer ao secretário [Fábio Hollanda, titular da Sejuc], que então deverá ou não abrir outro processo para apurar as responsabilidades”.

A maior fuga da história de Alcaçuz, quando fugiram 41 detentos, foi marcada por declarações que apontavam facilitação. Fábio Hollanda chegou a cogitar negligência. Já o juiz Henrique Baltazar, corregedor da penitenciária e das Execuções Penais de Natal, falou em “conivência” e “grande irresponsabilidade”. Marcos Glimm, engenheiro do pavilhão onde houve a fuga, garante que preso algum conseguiria abrir a cela por dentro, enquanto que os agentes penitenciários chegaram a mostrar um vídeo mostrando que é possível.

Fonte: DN Online

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Polícia investiga suspeitos de assalto ao banco Itaú

O assalto ao Banco Itaú começou a ser desvendado pela polícia. A ação que rendeu mais de meio milhão de reais aos criminosos durante o início da semana passada teve agora dois suspeitos detidos pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

A delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) – responsável pela condução do inquérito do caso – pediu a prisão temporária dos supostos envolvidos e está dando continuidade às investigações. Clarindo Dantas Neto, 30 anos, conhecido como “Kiko”, e Neemias de Lima Figueiredo, 42 anos, o “Miau”, permanecem detidos sob suspeita de integrar a quadrilha de assaltantes.

Após denúncia anônima, a Polícia Militar encontrou e rendeu os suspeitos no bairro do Alecrim durante o sábado passado. De acordo com a PM, os homens estavam em atitude suspeita durante a madrugada e foi informado que eles planejavam uma nova ação criminosa contra uma loja na região. Outros suspeitos que estavam em uma motocicleta conseguiram escapar. O dinheiro fruto do assalto não foi encontrado.

A delegada Sheila Freitas encontrou elementos suficientes para autuar a dupla por formação de quadrilha. Na casa de um dos supostos envolvidos, foram encontradas 16 munições calibre 38. Neemias Figueiredo é considerado foragido da Justiça há cinco meses por não comparecer ao presídio durante o regime semiaberto.

Clarindo Dantas também possui ficha policial, tendo sido detido em uma operação denominada “4 x 4”, que investigou roubo de caminhonetes em 2005. Os homens negam a participação no crime.

A partir de agora, funcionários e outras vítimas do caso serão convocadas a reconhecer os supostos envolvidos e reforçar  a investigação realizada. De acordo com a delegada, as imagens do circuito interno da agência, apesar de ter qualidade baixa, podem confirmar a participação da dupla no assalto.

A Deicor estima que seis homens tenham participado da ação criminosa, que durou exatos 37 minutos. A participação de integrantes oriundos de estados vizinhos não está descartada. “O que se sabe até agora é que a quadrilha conhecia a rotina da agência. Não sabemos ainda se havia informantes ou se eles observaram o funcionamento do local”, afirmou a delegada Sheila Freitas.

Bem vestidos, inclusive com terno e gravata, os criminosos conseguiram ser bem sucedidos. As pessoas que chegavam à agência para utilizar os terminais eletrônicos de auto-atendimento eram orientadas a retornarem em outro momento. Já os funcionários, eram conduzidos para dentro do local e rendidos depois disso, enquanto o assalto era realizado.

Para a polícia, a possibilidade de que a mesma quadrilha também tenha envolvimento com o arrombamento do caixa eletrônico no Senac do Alecrim durante a semana passada é remota. “No caso do arrombamento do caixa, era uma quadrilha especializada naquilo. Eles arrombaram em tempo recorde, menos de trinta minutos. É um modus operandi diferente do assalto do Itaú”, esclareceu a titular da Deicor.

Fonte: Tribuna do Norte

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Polícia Civil desarticula quadrilha acusada de vários homicídios em Parnamirim

A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de traficantes acusadas de praticar homicídios no bairro de Passagem de Areia, município de Parnamirim. Três homens foram presos na operação e os policiais encontraram três corpos em um poço da localidade, que ficou conhecido como “Poço do Terror“.

Os detalhes da prisão foram divulgados na manhã de hoje (08) durante coletiva de imprensa, na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), pelo delegado titular da 1ª DP, Graciliano Lordão, que presidiu as investigações, além do Delegado Geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva.

As investigações tiveram início há seis meses quando a equipe da 1ªDP de Parnamirim localizou os corpos no poço, no dia 1º de agosto do ano passado, após denúncias. Foram encontrados Paulo Roberto da Costa, Estevam Cláudio e Jacío Júnior. De acordo com o delegado Graciliano Lordão, eles estavam desaparecidos desde julho de 2011, foram mortos a pauladas e jogados dentro desse poço. A motivação do crime era por dívidas com os traficantes, já que as vítimas eram viciadas em drogas. As dívidas giravam em torno de 20 a 30 reais.

Além desses corpos, a Polícia Civil acredita haver mais dois outros nesse local, que seria de um casal ainda não identificado. Já foram feitas duas tentativas para remoção, mas devido a profundidade (cerca de 24 metros) e o volume de água do poço, ainda não foram encontrados. No entanto, a Polícia pretende articular equipes do Corpo de Bombeiros e da Caern para trabalhar ininterruptamente até que as vítimas sejam localizadas.

Foram presos Erivan Guilherme de Moura, o “Pé”, Luís Carlos da Silva Miguel, vulgo “Topeira”, e João Paulo de Oliveira Pontes, o “Pantera”. Todos foram localizados em Parnamirim. Eles devem responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

Ainda há outros quatro participantes dos crimes que estão foragidos identificados como Klebson Samuel de Araújo Silva, o “Galeza” e David Raquel da Silva, vulgo “Galego”, além de dois menores de idade. A Polícia Civil pede para que se alguém tiver alguma informação sobre o paradeiro dos acusados ligar para o Disque Denúncia (0800-084-2999) ou para a DP de Parnamirim pelo telefone 3644-6408.

O delegado Graciliano Lordão destacou que tratam-se de bandidos que agem com requintes de crueldade e que cometeram os assassinatos por motivo torpe. “Eles geralmente davam um golpe mata-leão nas vítimas e quando estas estavam desacordadas, davam uma série de pauladas na cabeça, além disso cometiam o crime por divídas com valores irrisórios”, relatou.

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