Judiciário

Wassef, Zanin e outros advogados de políticos são alvos da Lava Jato

PF cumpre mandados da Lava Jato na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução

Os advogados Frederick Wassef (que representou a família Bolsonaro), Cristiano Zanin (Lula) e Ana Tereza Basílio (Wilson Witzel) são alvos de nova fase da Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (9). Bolsonaro, Lula e Witzel não são investigados nesta operação.

A Operação E$quema S investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S do RJ por escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo, para propinas a agentes públicos.

A operação é baseada em uma delação premiada de Orlando Diniz, ex-presidente da seção fluminense do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac.

O juiz federal Marcelo Bretas expediu 50 mandados de buscas e apreensões — não há mandados de prisão — e aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), tornando rés 26 pessoas (veja a lista abaixo) . O MPF não informou todos os alvos das buscas desta quarta.

Equipes da força-tarefa cumpriam os mandados no Rio, em São Paulo e no Distrito Federal.

A Lava Jato apurou que as entidades do Sistema S teriam destinado pelo menos metade do seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia.

A força-tarefa aponta que a Fecomércio-RJ gastou R$ 355 milhões a pretexto de advocacia, “por serviços supostamente prestados”, dos quais “ao menos R$ 151 milhões foram desviados”.

Réus na E$quema S

Adriana Ancelmo
Ana Tereza Basílio
Antônio Augusto de Souza Coelho
Caio Cesar Vieira Rocha
Cristiano Rondon Prado de Albuquerque
Cristiano Zanin Martins
Daniel Beltrão de Rossiter Correa
Edgar Hermellino Leite Júnior
Eduardo Filipe Alves Martins
Eurico de Jesus Teles Neto
Fernando Lopes Hargreaves
Flávio Diz Zveiter
Francisco Cesar Asfor Rocha
Hermann de Almeida Melo
Jamilson Santos de Farias
João Cândido Ferreira Leão
José Roberto de Albuquerque Sampaio
Leonardo Henrique Magalhães de Oliveira
Marcelo Henrique de Oliveira
Marcelo José Salles de Almeida
Marcelo Rossi Nobre
Orlando Santos Diniz
Roberto Teixeira
Sérgio Cabral
Tiago Cedraz Leite Oliveira
Vladimir Spínola Silva

Investigação por suspeita de corrupção

Diniz já havia sido preso, em 2018, em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio. No mesmo ano, porém, o ex-executivo foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por volta das 6h, os policiais chegaram em um endereço na Rua Urbano Santos, na Urca, e na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon, ambos na Zona Sul da cidade.

Pouco depois, os policiais estiveram em um endereço na Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso, no condomínio Golden Green, na Barra da Tijuca. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.

O ex-empresário foi detido por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e integrar organização criminosa.

Um dos crimes investigados na época era a contratação de “funcionários fantasmas” pelo Sesc e pelo Senac (ligados à Fecomércio). Por exemplo, uma chef de cozinha para o Palácio Guanabara e uma governanta do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Elas recebiam salários pelas entidades.

Diniz ficou quatro meses preso. Em junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao ex-empresário.

G1

Opinião dos leitores

  1. Aguardem artigos de Kakay e Lenio Streck criticando a Operação e defendendo os "doutos" que ganharam apenas R$ 355 milhões. Aguardem GM invalidando toda a operação.

  2. Pega fogo cabaré.
    É muito bandido, travestidos de defensores da moral e dos bons costumes. Exemplo é esse Zanini, defensor do maior corrupto da história mundial, claro que um safado desse tá tirando proveito e muito dessa situação.

  3. Eita que hoje o ministro dor de barriga, Gilmar Mendes, vai ter muito trabalho pra soltar seus cúmplices.

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Judiciário

Aras diz que debandada do grupo da Lava Jato em São Paulo é ‘briga interna’

Foto: Reprodução GloboNews

O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse ao blog nesta quinta-feira (3) que a PGR não tem relação com a debandada da força tarefa da Lava Jato em São Paulo. “É uma questão interna do MP [Ministério Público] de SP”.

Perguntado se a decisão dos procuradores não tinha relação com a saída de Deltan Dellagnol da coordenação da força-tarefa em Curitiba, Aras negou: “Briga interna no MP de São Paulo.”

Ao pedir demissão, o grupo de sete procuradores explicou existir “incompatibilidades insolúveis” com a procuradora natural dos casos da Lava Jato, Viviane Martinez, que era a chefe dos demais procuradores, mas não atuava diretamente nos processos da força-tarefa.

Para os procuradores, Viviane estaria dificultando o andamento das investigações e enviando para outras divisões os casos da força-tarefa. Ela teria adotado o entendimento de que várias das investigações em curso em São Paulo não deveriam tramitar no estado. A conduta da chefe inviabilizou os trabalhos, segundo os procuradores.

Aras disse que não haverá interferências no trabalho da procuradora Viviane Martinez, que ficou responsável pelo caso. “Ninguém vai se meter. Se ela vai chamar novos colegas para a equipe, é com ela. O que posso lhe dizer é que o apoio ao combate à corrupção continua.”

BLOG DA ANDRÉIA SADI – G1

Opinião dos leitores

  1. É inacreditável a ambição deste homem. Quer destruir a Operação Lava Jato para atender a seus amigos do PT e por tabela, agradar aos filhos do presidente da república. Tudo com vistas a uma vaga no STF. Atuação vergonhosa!

  2. Político corrupto nunca esteve tão tranquilo como no governo Bolsonaro.
    MORO 2022

  3. Então se mexa para que a força tarefa não acabe, ou vai só ficar vendo o circo pegar fogo? Qual o seu interesse no fim da operação?

  4. Parece que aquela idéia de combater a corrupção ficou só na idéia mesmo. Tudo isso por uma vaga no STF… 'Olha uma vaga no STF aí…. Quem vai querer?' JMB.

    1. Só o pt e apaniguados devolveram dinheiro roubado, ou será se eles irão ser ressarcido do dinheiro roubado e entregue aos cofres público?

  5. Um PGR que se alinha com quem quer acabar com uma operação que ajudou a descobrir vários criminosos? Quem nomeou esse PGR? Será que descobriremos uma fábrica de chocolates da Copenhagen? Vocês que idolatram Lula e Bolsonaro são mais dignos de misericórdia que qualquer um. Precisam estar sempre alienados por algo.

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Judiciário

Moro nega ‘segredos ilícitos’ da Lava Jato em resposta a Augusto Aras

Foto: Joédson Alves/EFE – 24.04.2020

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou desconhecer “segredos ilícitos no âmbito da Lava Jato”, nesta quarta-feira (29), em resposta ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

Durante um debate virtual com advogados, na terça-feira (28), o magistrado disse que a operação teria sofrido “desvios” e que o momento era de corrigir os rumos para que o “lavajatismo não perdure”.

“Desconheço segredos ilícitos no âmbito da Lava Jato. Ao contrário, a Operação sempre foi transparente e teve suas decisões confirmadas pelos tribunais de segunda instância e também pelas Cortes superiores, como STJ e STF”, escreveu Moro no Twitter.

Aras criticou ainda o conceito do lavajatismo e pregou o retorno ao combate da corrupção como se fazia antigamente. “O etmo, segundo o qual, o ‘ismo’ significa alguma hipertrofia, um desvio. Então, o lavajatismo já revela que alguma coisa não vai bem nessa figura. E esse conceito lavajatismo há de ser superado pelo natural, bom e antigo enfrentamento à corrupção”, disse.

R7

Opinião dos leitores

  1. Chega a ser ridículo, risível, se falar em "bom e antigo enfrentamento à corrupção", "como se fazia antigamente". Como se fazia antigamente? Engavetando denúncias, deixando ações prescreverem, investigando mal, sendo conivente com "chicanas jurídicas", etc. As unicas ações penais que puniram a corrupção no Brasil foram as do Mensalão e as do Petrolão. O resto, como antigamente, resultou em impunidade.

  2. Estão querendo tirar MORO do páreo,estâo querendo acabar com a lava jato,estão querendo a volta da impunidade…

  3. Tudo isso se chama "medo", o novo engavetador da publicação, está fazendo aquilo que o seu senhor manda, tentar encontrar algo que possa comprometer Sérgio Moro, que é o único que pode derrotar o projeto de Bolsonaro para 2022, basta ver as pesquisas. Além do mais, quando Queiroz começar a falar, ai sim a coisa vai ficar feia!!

    1. O chefe dele morre de medo de enfrentar Moro nas próximas eleições. Prefere mesmo absolver Lula e o PT, pois os considera adversários mais fáceis.

  4. Mais estranho ainda seria se Moro soubesse. Não bastava ser o "orientador" da república de Curitiba, ainda queria saber todos os segredos?

  5. Se não há "segredos ilícitos", por que essa turma da Lava Jato está brigando (foram ao STF) para não apresentar ao Procurador Geral da República (o chefe daquela instituição) os dados referentes às investigações? Ué?

    1. Então, você que é da "direita honesta" (como se honestidade tivesse lado!), deve ser contra os trocentos recursos que Flávio Bolsonaro usa para barrar e atrasar as investigações da rachadinha né?! Afinal, se ele e o pai são inocentes, por que usar tantos recursos ? Deixa investigar também?

    2. Olha, rapaz, se incomode com sua vida e deixe meu pseudônimo em paz, ok? Crie um prá vc. Quanto ao seu questionamento, não consiga ver a relação que vc está forçando entre os dois casos. O caso do senador tem a ver com direitos individuais tais como direito à privacidade, sigilo bancário e de comunicações, dele e de muitas outras pessoas. No caso referente ao artigo acima, trata-se de uma pendenga envolvendo membros da auto-intitulada Operação Lava Jato e o Procurador Geral da República, onde aqueles estão se negando a entregar ao chefe da instituição à qual pertencem os resultados das investigações que efetuaram. Não estão defendendo nenhum direito fundamental com previsão constitucional, como é o caso do senador. Em outras repartições, tal rebeldia seria tratada como insubordinação. No MP, no entanto, embora não haja relação de subordinação entre seus membros, o chefe desse órgão público tem todo o direito de saber o que se passa na instituição que chefia. Não obstante, os membros "rebeldes" recorreram ao STF para evitar mostrar o que fizeram. Por que tanto medo? O que fizeram de errado que não querem mostrar? A obsessão que pessoas como vc demonstram em atacar o presidente e seus familiares certamente torna muito difícil sua análise dos fatos.

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Judiciário

Técnicos da PGR chegam a Curitiba para copiar dados da Lava Jato

Técnicos da Procuradoria-Geral da República chegaram hoje a Curitiba para começar a copiar a base da dados da Lava Jato, que somam 500 terabytes de arquivos digitais, armazenados em computadores e celulares.

Eles cumprem a decisão de Dias Toffoli, do último dia 9, que determinou o compartilhamento de todas as informações da operação, inclusive sigilosas, com a PGR.

Três integrantes da Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise vão ficar uma semana na capital paranaense para copiar as informações. Eles também vão visitar a Polícia Federal, onde se encontram mais 500 terabytes de dados, que também serão copiados.

Entre os documentos a serem copiados, estão 784 relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Coaf, que apontam 50 milhões de movimentações atípicas que somam R$ 4 trilhões.

O pedido de para envio dos dados a Brasília foi feito por Augusto Aras pela suspeita de investigação “camuflada” sobre Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (a força-tarefa negou investigação sobre eles na primeira instância).

Desde maio, Aras tenta obter os dados para averiguar supostas irregularidades. No fim de junho, uma visita da coordenadora da Lava Jato na PGR, Lindôra Araujo, instalou o clima de desconfiança interno.

Ela mandou técnicos inspecionarem equipamentos de gravação telefônica e visitarem as instalações de informática, sem especificar que tipo de informação procurava e com qual objetivo.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Entrega os dados pra Queiroz que ele é de confiança e não vaza pra outra família. Só para a familícia.

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Judiciário

OAB apresenta pedido de investigação de força-tarefa da Lava-Jato ao Conselho do Ministério Público

Foto: Divulgação | XP

A Ordem dos Advogados do Brasil protocolou nesta quarta-feira (8) um pedido de investigação da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba. O ofício foi feito junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

No documento, a OAB pede a investigação de fatos recentes revelados pela imprensa envolvendo os procuradores de Curitiba, como a relação dos investigadores com o FBI, o sistema de gravações telefônicas questionado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e dados camuflados de Rodrigo Maia e David Alcolumbre em uma denúncia apresentada pela força-tarefa.

“Ora, os fatos mencionados e que estão vindo à tona são graves, merecendo pronta e imediata atuação deste Conselho, no sentido de promover as investigações republicanamente necessárias”, diz o ofício.

Foto: Divulgação

Bela Megale – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Interessante é que a OAB sempre esteve calada nos escândalos do Mensalão e do Petrolão. Faz tempo que OAB não atua em favor da SOCIEDADE.

    1. Qual o problema de se investigar algo? se há suspeitas deve-se investigar, seja quem for

    2. A única vergonha aqui é você que não sabe viver no Estado Democrático de Direito.

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Judiciário

Foi montado um “novo gabinete do ódio” para acabar com a Lava Jato, diz Deltan Dallagnol

Foto: Heuler Andrey/DiaEsportivo/Agência O Globo

O procurador da República Deltan Dallagnol disse nesta sexta-feira(03) ao jornal O Globo que “há algum novo gabinete do ódio, operando para macular a Lava Jato”. Na opinião dele, estão sendo plantadas notícias falsas na imprensa com o objetivo de destruir a imagem da força tarefa e desarticular o combate à corrupção.

A fala de Deltan é resposta à tentativa do PGR Augusto Aras de acabar com as forças-tarefa e criar uma unidade central de combate à corrupção subordinada à Procuradoria-Geral.

O procurador da Lava Jato reclamou também da notícia que se divulgou sobre a compra de três aparelhos Guardião para grampear telefones. Na verdade, o que se comprou foi um gravador interno de ramais, segundo Deltan.

“O que parece é que se está buscando produzir um clima propício para acabar com as forças-tarefas”, disse o procurador.

“Chegamos a um momento de desmonte institucional da forma de combater a corrupção empregada nos últimos anos. Houve um desmonte jurisprudencial, com o fim da prisão em segunda instância, um desmonte legislativo, com regras como a lei de abuso de autoridade e outras que dificultaram a colaboração premiada, e agora se busca desmontar os arranjos institucionais usados nos últimos seis anos para avançar contra a corrupção”, analisou.

Leia também a reportagem da Crusoé aqui.

O Antagonista, com O Globo e Crusoé

Opinião dos leitores

  1. Com a palavra aqueles abestalhados que ficam nas ruas pedindo fecha o STF!! Exército nas ruas!!…. Acabar com a lava jato é tão somente o pagamento do chamado CENTRÃO para apoio no congresso para um possível afastamento do BOZO.

  2. O Brasil é o único país do mundo onde "altas autoridades" da República se unem para destruir uma operação de combate à corrupção. A ORCRIM tem tentáculos em todo aparato estatal. É vergonhoso.

  3. O Brasil não suporta mais essas quadrilhas prejudicando a nação na guerra pelo poder. Tiraram uma quadrilha do poder e nós colocamos outra.

  4. "Uma mentira dita 100x torna-se verdadeira!"

    Criaram uma narrativa de gabinete do ódio e até agora não vemos nada plausível. Agora vem esse mané falar em "novo gabinete do ódio"!

    Patético!

  5. Bolsonaro é o maior vagabundo que já passou pelo palácio do planalto!
    #MORO2022

    1. Quando a lava-jato chega ao PSDB aí começaram a achar ruim, tô achando que o PT tinha razão quando dizia que Moro era tucano.

  6. Eita que fontes!!
    Como estão querendo acabar, se estão querendo pegar José Serra?
    Não é muita coincidência querer acabar a força tarefa da lava jato na hora que buscam alguém do PSDB?
    É só uma pergunta.
    O gabinete não é da peppa?

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Judiciário

Entenda a operação da Lava Jato que denunciou José Serra, com cumprimento de mandado de busca da PF, e ainda e cita R$ 23 milhões da Odebrecht

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou o senador e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), 78, por lavagem de dinheiro. A Polícia Federal faz buscas contra ele na manhã desta sexta-feira (3).

A assessora de imprensa de Serra disse que a defesa do ex-governador ainda não teve acesso ao conteúdo dos autos e que irá se pronunciar após tomar conhecimento do processo.

Segundo o Ministério Público Federal, a Odebrecht pagou a José Serra cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para usar nas suas campanhas ao governo do estado de São Paulo; e cerca de R$ 23 milhões (atualizados em R$ 191,5 milhões), entre 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta no ano passado (leia mais abaixo)

Serra não vai responder a crimes atribuídos a ele até 2010, como corrupção, por exemplo, porque o ex-governador tem mais de 70 anos e os crimes prescreveram – o tempo de prescrição cai à metade quando a pessoa tem mais de 70 anos).

O tucano, entretanto, responderá por supostos crimes de lavagem de dinheiro que ocorreram após essa data, e que, segundo o MPF, foram cometidos até 2014. Segundo a denúncia, a cadeia de transferência e ocultação do dinheiro ocorreu de 2006 a setembro de 2014 e foi controlada pela filha Verônica.

Em nota, a Odebrecht diz colaborar com a Justiça. “A Odebrecht, hoje comprometida com atuação ética, íntegra e transparente, colabora com a Justiça de forma permanente e eficaz para esclarecer fatos do passado”.

Veja quem foi denunciado

José Serra: senador, ex-governador de SP denunciado duas vezes por lavagem de dinheiro

Verônica Serra, filha de Serra, denunciada duas vezes por lavagem de dinheiro

Como funcionou o esquema, segundo o MPF

No fim de 2006, conforme apontado na denúncia, Serra – que ainda não era governador de SP – solicitou ao executivo da Braskem Pedro Novis – que intermediava a relação com a Odebrecht e hoje é colaborador da Justiça – pagamento de R$ 4,5 milhões e pediu para receber o montante não no Brasil, mas no exterior, por meio da offshore Circle Techincal Company, indicada pelo empresário José Pinto Ramos, amigo de Serra por anos.

Ainda de acordo com a operação, Ramos e Verônica Serra, filha do ex-governador, constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo. Ramos é citado como responsável pela operação das transferências, mas não foi denunciado pelo MPF.

O MPF ainda afirma que Ramos e Verônica realizaram transferências para dissimular a origem dos valores e os mantiveram em uma conta de offshore controlada por Verônica Serra, de maneira oculta, até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça. O MPF obteve autorização na Justiça Federal para o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em uma conta no país.

Ramos não foi denunciado porque os crimes atribuídos a também prescreveram por ele ter mais de 70 anos.

Buscas contra empresário

Na operação desta sexta (3), a PF cumpre oito mandados de buscas e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em São Paulo, além de José Serra, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão um imóvel na Vila Nova Conceição, na Zona Sul da cidade.

No endereço, o alvo da operação é o empresário Ronaldo Cezar Coelho, que foi também tesoureiro do PSDB. Ele não é citado na denúncia apresentada pelo MPF.

À TV Globo, o advogado Jorge Salomão, responsável pela defesa do empresário, disse que o escritório de advocacia dele foi acionado por Coelho para acompanhar a busca e apreensão, mas que nada foi levado pelos agentes da PF. “Nada foi apreendido. A investigação é sigilosa e não temos detalhes do que vieram buscar”, disse.

Empresas ligadas ao empresário no Rio de Janeiro também foram alvos. “Não sei qual é a relação e se há relação entre o senador Serra e o meu cliente”, disse o advogado.

A denúncia é uma das etapas das investigações. Após ela ser apresentada, a Justiça decide se a aceita ou não. Posteriormente, se aceitar, decide se condena ou absolve os réus.

‘Follow the money’

Os procuradores chegaram à conclusão que houve lavagem de dinheiro usando a técnica “follow the money”, “siga o dinheiro”.

A denúncia encaminhada pela força-tarefa da Lava Jato em São Paulo para a 6ª Vara Federal Criminal no estado contra o senador e ex-governador José Serra (PSDB) e sua filha Verônica Allende Serra diz que os dois praticaram lavagem de dinheiro de obras do Rodoanel Sul no exterior de 2006 a 2014. Serra foi governador de São Paulo de 2007 a 2010.

Esse dinheiro, segundo a denúncia, era proveniente de crimes como:

corrupção passiva e ativa

fraudes à licitação

cartel

O dinheiro vinha da construtora Odebrecht que manteve contratos públicos com o governo de São Paulo.

A Odebrecht chegou a pagar R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007 para a campanha de Serra ao governo de São Paulo. Serra indicou que queria receber esse montante no exterior, por meio da offshore do empresário José Amaro Pinto Ramos

Depois, a Odebrecht pagou, entre 2009 e 2010, cerca de R$ 23,3 milhões (R$ 191,5 milhões em valor atualizado) a Serra para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta no ano passado.

A relação de Serra com a Odebrecht era intermediada pelo executivo da Braskem e hoje colaborador da Justiça Pedro Augusto Ribero Novis, seu vizinho em São Paulo.

Por isso, Serra ganhou o codinome “vizinho” nas planilhas da Odebrecht.

“Em razão dessa proximidade, cabia sempre a Pedro , em nome da Odebrecht, receber de José Serra, em encontros realizados tanto em sua residência quanto em seu escritório político, demandas de pagamentos, em troca de ‘auxílios’ diversos à empreiteira, como os relativos a contratos de obras de infraestrutura e a concessões de transporte e saneamento de seu interesse.”

Pagamentos

A Odebrecht fazia os pagamentos de propinas por meio do “Setor de Operações Estruturadas”. Fazendo “pagamento indevido”, “no fim de 2006 a Pedro Novis (na condição de representante da companhia), e realizou, entre 2006 e 2007, várias transferências, a partir da offshore Klienfeld Services Ltd, controlada por Olívio Rodrigues Júnior , no total de 1.564.891,78 euros à offshore Circle Technical, pertencente a José Amaro, tendo como beneficiário final José Serra.”

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Quando Moro era juíz e ministro nunca fizeram nenhuma operação com os corruptos do PSDB, foi só sair do governo a lava-jato começou a investigar os tucanos, será que o PT tinha razão quando dizia que Moro era tucano… ?

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Judiciário

Operação da PF mira José Serra, que é denunciado por lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução

Operação Lava Jato em São Paulo denunciou, nesta sexta-feira (3), o senador José Serra e a filha dele, Verônica Allende Serra, por corrupção. A Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), a Operação Revoada apura o funcionamento de um esquema de lavagem de dinheiro no exterior, em favor de agentes políticos e outros operadores.

A denúncia indica que, entre 2006 e 2007, José Serra se aproveitou de seu cargo e influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior.A denúncia indica que, entre 2006 e 2007, José Serra se aproveitou de seu cargo e influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior.

As investigações mostram que o empresário José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes. Por meio delas, os dois receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo.

Eles realizaram diversas transferêcias para dissimular a origem do dinheiro e o manteve em uma conta de offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica até o fim de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade também oculta, na Suíça.

Até agora, a força-tarefa já detectou que podem ter sido lavados dezenas de milhões de reais ao longo dos últimos anos. Com as provas colhidas até o momento, o MPF obteve autorização na Justiça Federal para o bloqueio de cerca de R$ 40 milhoes em uma conta na Suíça. As investigações seguem em sigilo.

Segundo o colunista Igor Gadelha, Serra não está em sua residência no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o senador está com a filha em uma casa no sul da Bahia.

Um dos mandados é cumprido nesta sexta em um endereço na Vila Nova Conceição, bairro nobre da capital paulista. No RJ, os policiais estão no bairro do Leblon, zona sul da capital fluminense. Até o momento, não há informações sobre mandados de prisão sendo cumpridos.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Isso é só pra inglês vê!!!

    Colarinho branco no Brasil recebe honras… Se fosse bandido pé de chinelo…era enviar direto pro presídio de segurança máxima.

  2. Serra é vítima de perseguição orquestrada pela zelite…Ele é inocente…#eleiçãosemserraégópi…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  3. Quer dizer que não é só no PT que existem corruptos? Esse PSDB é o novo partido do Prefeito Álvaro Dias que saiu do MDB de Henrique.

  4. SANTA COINCIDÊNCIA BATMAN!

    Foi só o Moro sair da Lavajato e do Ministério da Juatiça, perdendo o seu PODER, que um Tucano de alto calado caiu nas malhas da PF pela primeira vez.
    Será que Moro, o padroeiro da honestidade, protegia os Tucanos?

    1. Quem comanda as operações da lava jato é o MP com autorização do juiz, ministério da justiça só disponibiliza a polícia, e essa estava a disposição da lava-jato. MORO 2022

  5. A coisa mais rara do mundo era ver um tucano na lava jato, será que o Sérgio Moro tava protegendo a espécie?
    Moro 2022, na cadeia!

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Polícia

Lava-Jato: PF prende principal fornecedor nos governos Witzel e Cabral

O empresário Mário Peixoto Reprodução/VEJA.com

 

Em mais uma etapa da Lava Jato no RJ, a Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (14), o ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto. Outras três pessoas eram procuradas até a última atualização desta reportagem.

Peixoto e Melo foram presos, segundo as investigações, porque surgiram indícios de fraude nas compras para os hospitais de campanha da Covid-19.

O parlamentar, ex-presidente da Alerj, já tinha sido preso em uma etapa anterior da força-tarefa.

Peixoto, preso em Angra dos Reis, é dono de empresas que celebraram diversos contratos com os governos estadual — desde a gestão de Sérgio Cabral — e federal.

O G1 ainda não fez contato com a defesa dos envolvidos.

Fornecedor há 10 anos

Os mandados da Operação Favorito — incluindo 42 de busca e apreensão — foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do RJ, “em razão dos indícios da prática dos crimes de lavagem de capital, organização criminosa, corrupção, peculato e evasão de divisas”.

A PF afirma que o grupo pagou vantagens indevidas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), deputados estaduais e outros agentes públicos.

Equipes também estão em endereços em Minas Gerais.

Os investigadores da Lava Jato fizeram interceptações, com autorização da Justiça, e descobriram que pessoas ligadas a Peixoto trocaram informações sobre compras e aquisições dos hospitais de campanha para enfrentar a pandemia de Covid-19 no Rio de Janeiro. O contrato foi vencido pela Organização Social Iabas.

Segundo as investigações, mesmo antes da contratação, planilhas de custos já estavam sendo confeccionadas — o que levantou a suspeita de fraudes no processo.

A PF afirma que o grupo ligado a Peixoto “vem há pelo menos 10 anos se destacando como um dos principais fornecedores de mão de obra terceirizada para o governo do RJ”.

Segundo a PF, “o grupo criminoso alavancou seus negócios com contratações públicas realizadas por meio das suas inúmeras pessoas jurídicas”.

Os investigadores afirmam que cooperativas de trabalho e organizações sociais foram, na maioria, “constituídas em nome de interpostas pessoas [laranjas, a fim de permitir a lavagem dos recursos públicos desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos envolvidos”.

Mário Peixoto foi delatado por Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes. Neto afirmou que Peixoto pagou uma mesada de R$ 200 mil para o TCE entre 2012 e 2013.

Em março do ano passado, Paulo Melo foi condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa. Ele ficou preso até março deste ano, quando deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar.

Paulo Melo e o então governador Sérgio Cabral em visita a Saquarema, durante a gestão de Franciane Mota (ao centro) — Foto: MDB/Divulgação

Onde Peixoto atua

A empresa da família de Peixoto fornece serviço de limpeza e motoristas para diferentes secretarias no governo do RJ.

No governo federal, a empresa tem maqueiros e ascensoristas que atua no Hospital Geral de Bonsucesso.

G1

Opinião dos leitores

  1. Entrega alguns comparsas menores e depois vais para casa de tornozeleira curtir a piscina, a sauna e a banheira de hidromassagem. Isto é Brasil.

  2. Vamos ser francos: o alto empresariado brasileiro é dá mesma laia da classe política e do alto escalão do funcionalismo público.

    1. Ué? os subsídios ao alto empresariado e a massa de salários do alto funcionalismo não estimulam a demanda agregada?

  3. O Rio de Janeiro tem uma doença por desvio de dinheiro, entra governo e sai governo e nada muda, Witzel é mais um da safra de traidores, que montou nas costas de Bolsonaro, era o quarto nas pesquisas, pegou carona para se eleger, para implantar pelo jeito, a sucessão do jeitinho carioca de governar, menos de duas semanas duas figuras importantes de seu governo presas, o subsecretário de saúde do estado e seu principal fornecedor, mas para Witzel o problema é o Bolsonaro,será que ele consegue se olhar no espelho?

  4. Interessante!!! Foi só haver a mudança no ministério e direção da PF, que a lava-jato, que se encontrava "estacionada" no Rio de Janeiro, retoma produtividade de prender estes saqueadores do erário público!

  5. Eses são os críticos de Bolsonaro, por isso que eles querem manter o Brasil parado, bando de corruptos

    1. Com Bolsonaro o Brasil afunda, então é melhor manter ele parado. Pior do que tá fica!

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Judiciário

Sergio Moro, o juiz da Lava Jato, anuncia sua saída do governo Bolsonaro

FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Ao anunciar sua demissão do governo federal nesta sexta-feira, o ministro Sergio Moro (Justiça) falou na “insistência” do presidente Jair Bolsonaro para a troca do comando da Polícia Federal, sem apresentar causas que fossem aceitáveis. Disse que Bolsonaro queria ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência.

“Não são aceitáveis indicações políticas.” Ele falou em “violação de uma promessa que me foi feita inicialmente de que eu teria uma carta branca”. “Haveria abalo na credibilidade do governo com a lei.”

Moro disse ter o deve de proteger a instituição da PF, por isso afirmou ter buscado uma solução alternativa para o comando da corporação. “Fiquei sabendo pelo Diário Oficial, não assinei esse decreto.” O agora ex-ministro disse que isso foi algo “ofensivo” e que “foi surpreendido”. “Esse último ato foi uma sinalização de que o presidente me quer fora do cargo.”

Ele enalteceu seu papel na busca pela autonomia da Polícia Federal e destacou essa característica da corporação nos governos dos ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

Moro destacou a autonomia da Polícia Federal nas gestões federais do PT, mesmo com “inúmeros defeitos” e envolvimentos em casos de corrupção. Relembrou promessa de “carta branca” recebida pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro para nomear todos os assessores, inclusive na Polícia Federal.

O ex-juiz da Lava Jato disse que nunca houve condição para ser ministro em troca de indicação para uma vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia, segundo Moro, era buscar um nível de formulação de políticas públicas, de aprofundar o combate à corrupção e levar maior efetividade em relação à criminalidade violenta e ao crime organizado.

Moro diz que somente colocou uma condição a Bolsonaro para que assumisse o cargo. “Se algo me acontecesse, uma pensão para a família.” No cargo, Moro cuidava também da segurança pública.

“Me via, estando no governo, como um garantidor da lei e da imparcialidade e autonomia destas instituições”, afirmou o ministro, em seu pronunciamento.

Em sua fala, Moro lamentou sua saída em meio à pandemia do coronavírus, com centenas de mortes no país, enalteceu sua carreira como juiz federal com atuação na Operação Lava Jato de Curitiba.

A demissão de Moro foi antecipada pela Folha. Ele decidiu entregar o cargo nesta sexta-feira e deixar o governo após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ter sido publicada nesta madrugada no Diário Oficial da União. Ele anunciou a saída do governo a pessoas próximas.

Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de demitir Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral, escolhido por Moro para comandar a PF.

A exoneração foi publicada como “a pedido” de Valeixo no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro. Segundo a Folha apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.

O nome de Moro foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma formalidade do Planalto.

Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões que ainda ocorriam nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no cargo de ministro. Diante desse cenário, sua permanência no governo ficou insustentável, e Moro decidiu deixar o governo.

Com a saída de Moro do governo, o chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, passou a ser um dos mais cotados para substituí-lo.

Num cenário ainda incerto, um dos desenhos no Palácio do Planalto é de que haja a cisão de Justiça e Segurança Pública, desejo antigo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Se isso se confirmar, a probabilidade maior é que Jorge assuma Segurança Pública por ser policial militar da reserva do Distrito Federal. Há, contudo, uma possibilidade e que ele vá para Justiça, mas considerada menor.

Já para a Justiça, o nome mais forte é o do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson França, que tem se aproximado de Bolsonaro. Lateralmente, há uma possibilidade de o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) ser escolhido.

Fraga, que é amigo pessoal do presidente, poderia ainda ser indicado para a Secretaria-Geral, no lugar de Jorge. Com isso, o governo ganha um político no Planalto para auxiliar na articulação com o Congresso. Hoje, há apenas militares nas quatro pastas que ficam no prédio da Presidência.

Essas mudanças foram tratadas pelo presidente com o governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que esteve no Planalto na última quarta-feira (22).

Folha de São Paulo

 

 

Opinião dos leitores

  1. Votei em Bolsonaro, achando que ele era diferente de todos. Errar é natural de nós seres-humanos. Confíamos e fomos decepcionados. Agora o que não dar para engolir são pessoas que apoiam políticos corruptos comprovadamente pela justiça, e acima de tudo defendendo-os.

  2. Pela primeira vez vejo os esquerdistas "glorificando" o Moro! Certamente o Moro é um grande homem, mas como tal não é insubstituível! Também em grandes negócios, as vezes o líder precisa agir mesmo contrariando interesses.

  3. MORO pense num caba arrochado, meu respeito meu voto, Ptralhas e milicias jamais. Moro na cabeça!!!!!

  4. É triste, hoje se inicia oficialmente o reinado da nova quadrilha no poder : a dos milicianos. E o pior é que nomes antigos e "malhados", do tempo dos petralhas, estão voltando também com força total.

  5. Agora, certamente, a maioria dos bolsonaristas vão meter o pau em Moro. Assim como fizeram com Mandetta. Agora, vamos ao ministro da economia. Que até agora, não acertou uma. Aguardem cartas….

    1. Não seja tonto petralha adorador de CORRUPTOS condenados. Quem votou em Bolsonaro, votou contra Corrupção, se ele não cumpriu essa promessa, assim como o pt, perdeu o maior trunfo da sua candidatura. Agora é MORO. Vamos fazer uma vaquinha pra sustentar moro até as próximas eleições. # vaquinha pra MORO

  6. Voces estão felizes não é? Pois arquem com as consequencias, esse Pais merece una chance, infelizmente fica dificil. Minha decepção não é com voces e sim com a grande ignorancia que impera entre vóz! O Diabo tambem tem poder viu Bruno Araujo!

  7. Das duas uma. Ou vira político de vez ou volta p sua área dando palestras, ministrando aulas ou tentando voltar p a magistratura.

  8. E agora nané ? A festa acabou ? Sonho ruiu ? A luz apagou . Gostei de Moro . Foi macho , foi arrochado . Se ficasse iria passar a impressão de fraqueza . A pergunta agora é : quem é o TRAÍRA ? Cai a máscara do farsante e incompetente do MITO , antes que esqueçam . Votei nele e me arrependo .

  9. infelizmente mais uma decepção do governo. Votei nele pela segurança e combate a corrupção, mas Bolsonaro decepcionou demais! Em 2022 vai ser MORO!

    1. Pergunto a você vaqueiro, gado é quem adora uma corja de ladrões de dinheiro público condenados, ou quem defende um juiz que colocou os CORRUPTOS na cadeia, e não aceitou condições pró Corrupção no ministério que era titular? Portanto véi, você tá procurando por indivíduos iguais a você. Sai dessa clausura, mané

    1. EU AMO SERGIO MORO ELE E' UNICO, NAO CONHECI UMA PESSOA, PURA DIGNIDADE, MORAL. INCANSAVEL, NUNCA OS BRASILEIROS DE BEM SENTIRAM-SE TAO AMADOS E PROTEGIDOS TUDO O QUE FALAREM DE MAL SOBRE O MORO EU JOGO NO LIXO, !!TUDO O QUE FALAREM DE BEM POR SER VERDADEIRO ATE' AS VIRGULAS EU GARDAREI EM MEU CORACAO JUNTO A BIOGRAFIA INIGUALAVEL , DELE. JESUS ESTA' COM MORO E NOS TAMBEM !!! MORO TEM UM EXERCITO DE ANJOS E ESPIRITOS DE LUZ O PROTEGENDO CONTRA ESSA FORCA DO MAL PRESENTE NO NOSSO AMADO BRASIL!!! NOSSA TERRA DE SANTA CRUZ !!! CONTINUE IRRADIANDO ESSA FORTE LUZ DE JESUS OFUSCANDO QUEM ESTA' NA FORCA DO MAL !! VOCE SEMPRE DIZ QUE O BEM SEMPRE VENCERA' !!O BRASIL NUNCA DIXARA' DE AMA-LO E REZAR. PARA VOCE,!!! ANTES DO BOLSONARO APARECER, EXISTIA MEGAS MANIFESTACAO DE AMOR A' VOCE!!!, GRATIDAO JESUS E A GRANDE MENTE COSMICA UNIVERSAL , PELO MORO SER NOSSO .SER BASILEIRO , GRATIDAO POR ELE SER QUEM E' !!!!MORO O AMAMOS COM NOSSA ALMA !!! NAMASTE A' VOCE ROSANGELA E FAMILIA !!!AMO A ALMA DE CADA UM DE VOCES, 4//26//2.020. // 3;22 PM. BRASIL 19;22 (((GRATIDAO AS FORCAS DE LUZ QUE ENVOVEM DR, SERGIO MORO ETERNAMENTE))) ETERNAS GRATIDAO !!!

  10. Sai Moro, entra o centrao. O mito evita assim o seu impeachment. Mas tarde o governo vai se pronunciar, vai dizer que trocou o diretor da PF para ter um combate maior a corrupcao. Acredite quem quiser.

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Judiciário

Juíza da Lava Jato: apuração de Lulinha no PR foi por provas e não pelos investigados

Foto: Paulo Giandalia/Estadão Conteúdo)

A juíza Gabriela Hardt afirmou nesta sexta-feira (13) que a fixação da competência da Lava Jato em Curitiba para investigar o empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, levou em consideração provas e “não os investigados em si”.

A investigação trata do suposto recebimento de propina da telefônica Oi. Na quarta-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu tirar o caso de Curitiba e enviar para a Justiça Federal em São Paulo. Para os desembargadores, não há uma conexão entre os fatos apurados e a Petrobras.

“A competência foi fixada em razão de conexão instrumental/probatória, sempre tendo em vista os fatos e provas colhidas; e não os investigados em si”, escreveu Hardt ao determinar o envio do processo para 10ª Vara Federal de São Paulo/SP, que já tem um caso sobre aportes da Telemar na empresa Gamecorp.

Segundo a magistrada, o conhecimento de todo o cenário sob apuração é importante para o desfecho do processo.  “A conexão instrumental tem fundamental importância no processo penal, possibilitando a visão ampliada e consequente melhor compreensão do contexto fático, existindo forte ligação entre as provas colhidas”.

Hardt minimizou a divergência com o TRF4. “Sobreveio, porém, decisão da E. 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região com respeitável conclusão distinta quanto à competência territorial, o que é natural no Direito, dado que não se trata de ciência exata”.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Esse bandido deveria já está preso, roubou centenas de milhões do país, ele e Luladrao são bandidos perigossimos

  2. Essa não é aquela juíza que participava ativamente das manifestações pelo impeachment de Dilma e copiou a sentença de outra sentença escrita por Moro?

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Judiciário

TRF4 manda soltar ex-diretor da Petrobras Renato Duque

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) tirou da prisão nesta quarta-feira (11/3) o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT e um dos primeiros presos da Operação Lava Jato.

Os desembargadores da 8ª Turma, segundo O Globo, decidiram substituir a prisão em regime fechado pelo uso de tornozeleira eletrônica, entre outras medidas cautelares.

Duque está preso há cinco anos por causa de três prisões preventivas decretadas pelo então juiz Sergio Moro, na 13ª Vara Federal de Curitiba.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. E o gado não quer enxergar cade o Queiroz em, a rachadinha do filho do bozo em aceita que é melhor kkkk

    1. O comunismo é uma seita.
      É coisa ruim.
      Mas tem seguidores.
      Que ficam repetindo bordões criados pela cúpula da seita.
      "Ninguém solta a xxx de ninguém ", "fascistas não passarão", "kd o Queiroz?" (Lula está viajando pela Europa às nossas custas.
      Enquanto isso, em países comunistas, a população vive em regimes ditatoriais e na miséria.

  2. Segundo os PTistas não houve desfalque na Petrobras. Bando de FDP, se fazem de cego.

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Judiciário

Lava Jato completa 6 anos com 293 prisões; ‘está longe de acabar’, diz delegado

Foto: Wilson Kirsche/RPC

A Operação Lava Jato completa seis anos no próximo dia 17 de março. Um balanço divulgado pela força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), na tarde desta terça-feira (10), apontou que 293 pessoas foram presas, sendo 130 de maneira preventiva e 163 em caráter temporário

Mais de R$ 4 bilhões foram devolvidos aos cofres públicos por meio 185 acordos de colaboração e 14 de leniência. Ao todo, conforme a força-tarefa, R$ 14,3 bilhões devem ser devolvidos ao total.

Desse total, R$ 3.023.990.764,92 foram destinados para a Petrobras, R$ 416.523.412,77 aos cofres da União e R$ 59 milhões para a 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás – decorrente da operação que envolveu a Valec.

Ainda conforme a força-tarefa, também já foram revertidos R$ 570 milhões utilizados para subsidiar a redução dos pedágios no Paraná.

Durante o período, 70 fases foram cumpridas e, além das prisões, também foram cumpridas 1343 buscas e apreensões. Também houveram 118 denúncias, 500 pessoas acusadas, 52 sentenças e 253 condenações. As penas aplicadas somam 2.286 anos e sete meses de pena.

“Estamos diante da maior investigação de combate à corrupção da humanidade. E ela está longe de acabar”, declarou o delegado da PF Luciano Flores.

Medidas investigativas

Em 2019, segundo a força-tarefa, houve uma série de medidas investigativas que fizeram diferença no resultado final como os pedidos de cooperação internacional, por exemplo, e os acordos de leniência.

Operação Piloto e Integração

As colaborações premiadas, e os acordos de leniência permitiram que outros crimes fossem descobertos, desdobrando-se em mais duas operações em Curitiba – Piloto e Integração.

A Operação Piloto foi deflagrada em 2018 e investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre Maringá, no norte do Paraná, a Francisco Alves, no noroeste.

A Operação Integração investiga um suposto esquema criminoso na gestão de concessões de rodovias federais no Paraná.

G1

Opinião dos leitores

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Polícia

Em depoimento fechado, Cabral admite ‘excessos’ em 2,5 mil viagens de helicóptero

Foto: Reprodução/Internet

O ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo foram convocados para audiência na 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), nesta quinta-feira, no processo em que são réus pelo uso irregular de helicópteros do governo do estado. Cabral afirmou, segundo a assessoria do TJ-RJ – que teve acesso ao depoimento -, que fazia as viagens sob recomendação de seu gabinete de segurança e que não infringiu nenhuma norma, mas admitiu “excessos”.

O ex-governador e sua mulher foram denunciados por peculato devido ao uso das aeronaves para 2.501 voos de caráter pessoal, causando prejuízos de mais de R$ 45 milhões aos cofres públicos, segundo o Ministério Público do Rio (MP-RJ). Embora o processo não seja sigiloso, o juiz André Felipe Veras de Oliveira impediu o acesso de jornalistas à audiência. O depoimento de Cabral, iniciado pouco depois das 13h, durou cerca de duas horas e quinze minutos. Adriana Ancelmo prestou depoimento em seguida, também por cerca de duas horas.

Este foi o primeiro depoimento de Cabral e Adriana Ancelmo após o ex-governador declarar no último mês, em audiência com o juiz federal Marcelo Bretas no âmbito da Lava-Jato, que a ex-primeira-dama tinha conhecimento de seu esquema de cobrança de propinas no governo do estado. Cabral, já condenado a 282 anos de prisão, vinha isentando a mulher de culpa até então na Justiça Federal.

No depoimento desta quinta-feira à Justiça Estadual, Cabral afirmou que Adriana Ancelmo não tinha autonomia para determinar as viagens com os helicópteros do governo do estado. A autorização para os voos, segundo o depoimento, partiam do próprio governador.

Cabral cumpre pena no Complexo Penitenciário de Gericinó. Adriana Ancelmo, já condenada a 36 anos na Lava-Jato, está em liberdade, mas usa tornozeleira eletrônica. Embora siga casada com Cabral no papel, ela chegou sem aliança à audiência no TJ-RJ nesta quinta-feira, repetindo um padrão de suas últimas aparições em depoimentos à Justiça.

Sem imprensa

Ao contrário do expediente na Justiça Federal, em que os depoimentos de Cabral no âmbito da Lava-Jato têm sido abertos à imprensa, o juiz titular da 32ª Vara Criminal estadual não permitiu o acesso de jornalistas à sala de audiência.

De acordo com a denúncia do MP, Cabral fez 2.281 viagens irregulares com helicópteros do governo do estado. Adriana Ancelmo, por sua vez, é acusada por 220 viagens. Ao aceitar a denúncia, em abril de 2018, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, antigo titular da 32ª Vara Criminal, escreveu que o ex-governador e sua mulher “foram transportados em um número substancial de viagens para fins privados, com o transporte de familiares, amigos do casal e dos filhos, namoradas dos filhos de SÉRGIO CABRAL e empregados domésticos, mesmo em voos sem a presença deste”.

O uso irregular dos helicópteros, segundo o MP, ocorreu principalmente em viagens entre o Rio e Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, onde Cabral e Adriana Ancelmo tinham residência. O MP também aponta o uso das aeronaves, por exemplo, para transporte do cachorro de Cabral e para buscar objetos pessoais de Adriana Ancelmo.

Segundo a assessoria do TJ-RJ, Cabral não detalhou quais foram os “excessos” que julga ter cometido no uso das aeronaves, mas afirmou que não infringiu nenhuma norma e que os helicópteros foram usados por sua família e por autoridades seguindo recomendações do gabinete de segurança. Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Cabral no processo está o antigo chefe operacional da Secretaria de Segurança do Rio, Roberto Sá, atual secretário de Segurança do Espírito Santo. O ex-governador também afirmou que a mulher não era responsável por autorizar quaisquer viagens com helicópteros oficiais.

A promotora Marcia Colonese afirmou que Cabral e Adriana Ancelmo tiveram “divergências” nos depoimentos, principalmente em relação ao local usado para pouso das aeronaves. A ex-primeira-dama mencionou, de acordo com a promotora, um campo de futebol ao lado da casa de Mangaratiba. Segundo Colonese, Cabral e Adriana disseram que os helicópteros não permaneciam em Mangaratiba, mas iam e voltavam para o Rio.

– Se existia norma (sobre o uso de helicópteros) ou não, isso é imoral, é criminoso. Eram três aeronaves, com dois pilotos cada, indo para Mangaratiba com diversas pessoas. Os pilotos chegaram ao ponto de dizer que estavam indignados de levar cachorro, funcionário. Só em querosene, isso onerou os cofres públicos em R$ 45 milhões, fora a manutenção – disse a promotora.

Adiamento negado

A defesa de Cabral havia pedido o adiamento da audiência desta quinta-feira, sob o argumento de que o ex-governador precisaria ter sua imagem e segurança preservadas após ter acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao negar o adiamento, André Felipe Veras de Oliveira justificou, em despacho no último dia 27, que Cabral já prestou um depoimento à Justiça Federal após a delação ser homologada. Foi neste depoimento, no dia 10 de fevereiro e aberto à imprensa, que Cabral implicou Adriana Ancelmo pela primeira vez na Lava-Jato.

A defesa de Cabral pediu também que o depoimento fosse realizado por videoconferência, caso o adiamento não fosse aceito. O magistrado concordou com um pedido para que Cabral não fosse levado de “camburão” até o tribunal, e resolveu por um veto a “pessoas estranhas” ao processo.

“Oficie-se, ainda, ao DGSEI, para que proceda ao isolamento e ao controle de circulação de pessoas no andar, durante a realização da audiência, de maneira a que se evite a presença de pessoas estranhas ao processo nos acessos à sala de audiência”, diz o despacho do juiz.

O GLOBO

Opinião dos leitores

    1. Esse Cabral era cria de lula, andavam de mãozinhas, nas favela e apontavam um pro outro dizendo a uma só voz "esse é o cara" enfim, detonaram o RJ e o Brasil

    1. Booooa!! Kkkkkkkk
      Marcola Livre!
      Maníaco do Parque Livre!!!
      Os jumentos petralhas livres da alienação!

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Judiciário

Ministério da Justiça vazou para ‘Rei Arthur’ em 2017 pedido de prisão feito aos EUA, aponta Lava-Jato

 Foto: Reprodução/TV Globo

Acusado de pagar propina na compra dos votos para os Jogos Olímpicos de 2016, o empresário Arthur Soares de Menezes, o “Rei Arthur”, tomou conhecimento de seu pedido de prisão quase duas semanas antes da operação Unfairplay ter sido deflagrada, em 5 de setembro de 2017. Ele não foi encontrado e seu nome passou a figurar na lista de procurados da Interpol. Após saber do pedido, Arthur voou no mesmo dia de Portugal para os Estados Unidos, onde firmou acordo de colaboração premiada que impediu a sua deportação para o Brasil.

A afirmação é do sócio de Arthur no LSH Hotel, Ricardo Siqueira Rodrigues, em delação premiada firmada com Ministério Público Federal (MPF). Segundo ele, o vazamento aconteceu quando Astério Pereira do Santos, preso nesta quinta-feira na Lava-Jato por envolvimento no esquema de Sérgio Cabral, era secretário nacional de Justiça e teria feito com que a informação chegasse a Arthur, de quem era muito próximo.

No Anexo 24 de sua colaboração com o MPF, o delator afirmou que ao visitar Arthur no dia 25 de agosto de 2017, em Portugal, quando o empresário já era investigado por ligação com o esquema Cabral, estranhou a reação do sócio depois que ele atendeu a uma ligação do Brasil. Após o telefonema, Arthur viajou aos Estados Unidos no mesmo dia. Seis meses depois, Arthur confidenciou a ele durante um almoço em Miami que tinha feito acordo de colaboração com o Departamento de Justiça Americano e que a ligação que recebera em Portugal era de uma pessoa de sua “total confiança” que o avisou de sua iminente prisão.

Arthur contou, de acordo com o delator, que a Justiça brasileira havia encaminhado o pedido de prisão via cooperação jurídica internacional para os Estados Unidos e que, “em razão disto, teria retornado aos EUA, no mesmo dia, ou no dia seguinte”, para firmar acordo de colaboração premiada com as autoridades americanas.

MPF vê proteção e blindagem

Segundo o delator, Arthur revelou que o vazamento da informação se deu por meio de pessoa de dentro do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça que teve acesso a documentos do pedido de prisão. E citou o nome de Astério, que por ter uma função graduada no Ministério da Justiça teria feito indicações de pessoas para o DRCI (sigla do departamento), vinculada à Secretaria Nacional de Justiça e por onde tramitou o pedido de cooperação jurídica internacional realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) aos Estados Unidos feito em 18 de agosto de 2017, uma semana antes de Arthur ter sido avisado.

Astério foi secretário nacional de Justiça entre 23 de março de 2017 até novembro de 2017, durante a gestão do presidente Michel Temer.

“Muitas informações que SOARES recebia tinham como origem ofícios e comunicados que chegavam a esse departamento do Ministério da Justiça”, diz trecho da delação. “E que não só ele, como outras pessoas, recebiam informações oriundas do DRCI (sigla do departamento)”.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que o atual comando do DRCI não pode responder por gestões passadas, mas que vai “contribuir com os órgãos judiciários para os esclarecimentos que se fizerem necessários”. O Ministério ressaltou ainda que na atual gestão não há, no quadro de funcionários do departamento, indicações do ex- secretário Astério Pereira do Santos.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Não foi só esse vazamento não, luladrão também recebeu informações, inclusive foi quando os canalhas cogitaram ele pra ministro, evitando a prisão. Até muitos documentos não foram possível confiscar por esses vazamentos.

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Polícia

Lava Jato prende ex-secretário nacional de Justiça de Temer

Astério Pereira dos Santos, ex-Secretário Nacional de Justiça do governo Temer. Foto: Tasso Marcelo / AE

A Polícia Federal abriu nova fase da Operação Lava Jato no Rio nesta quinta, 5 e prendeu Astério Pereira dos Santos, ex-Secretário Nacional de Justiça do governo Temer. Segundo o Ministério Público Federal, Astério e outras 14 pessoas foram denunciadas por envolvimento em pagamento de propina a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Até o momento, sete pessoas foram presas, informou a PF.

A corporação faz ainda buscas em 32 endereços. As ordens foram expedidas pelo juiz da 7ª Vara Federal Marcelo Bretas.

Procurador de Justiça aposentado, Astério foi secretário de Administração Penitenciária entre 2003 e 2006, durante a gestão de Rosinha Garotinho.

Opinião dos leitores

  1. Devegarzinho vai chegar em Temer Tenebroso, que conseguiu enrolar Nove Dedos, Dilmanta e toda a corja funebre e mal cheirosa do PT. A Lava-jato não devia parar nunca, como quer alguns membros do STF e a maioria dos políticos brasileiros.

    1. Nem ex presidente, todos honestos, inclusive os seus adoradores, esses é que são. Rsrsrs

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