Polícia

Senador Fernando Collor é alvo de operação da Polícia Federal de combate à lavagem de dinheiro

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (11), nas cidades de Maceió (AL) e Curitiba (PR), operação que tem como alvo o senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL). A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, tem o objetivo de combater esquema de lavagem de dinheiro que envolve compra de imóveis em leilões públicos.

O senador Fernando Collor de Mello afirmou, por meio de sua assessoria, que vai se manifestar a respeito da operação por meio de rede social. Até a última atualização desta reportagem, o senador ainda não havia se pronunciado.

Na operação, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Maceió e Curitiba, com 70 policiais federais.

Investigações

São investigados, de acordo com a PF, os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato (desvio de dinheiro público), falsificações e pelo tipo penal de integrar organização criminosa.

As investigações da operação batizada de Arremate têm por objetivo identificar e comprovar o suposto envolvimento de Collor como responsável por arrematar imóveis em leilões públicos ocorridos nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016, com o objetivo de ocultar recursos de origem ilícita.

Segundo a PF, o senador participava dos leilões por meio de um representante com o objetivo de ocultar seu envolvimento como beneficiário final das operações. Os valores sob investigação são de aproximadamente R$ 6 milhões, sem as correções.

G1

Opinião dos leitores

  1. Sempre envolvido em corrupção , Collor continuou no crime mesmo depois de ter sido cassado seu mandato. Esse safado foi responsável pela demissão de milhares de trabalhadores do serviço público. Depois confiscou todas as contas dos brasileiros. LADRÃO.

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Política

PF indicia ministro do Turismo e mais 10 por candidaturas-laranja no PSL em Minas

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e mais 10 pessoas no inquérito sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. Ele foi indiciado pelo crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa.

O G1 entrou em contato com o assessor do ministro às 9h40 e aguarda retorno. A reportagem também tenta contato com o PSL em Belo Horizonte.

Duas ações da PF já foram deflagradas para investigar o caso. Em abril, a primeira fase da operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades de MG, incluindo a sede da legenda em Belo Horizonte . A segunda fase aconteceu em junho e cumpriu três mandados de prisão, tendo como alvo principal o assessor especial de Álvaro Antônio, Mateus Von Rondon.

Indiciados

Marcelo Álvaro Antônio – ministro

Irineu Inacio da Silva – deputado estadual em Minas pelo PSL – conhecido como Professor Irineu

Lilian Bernardino – suspeita de ser candidata-laranja

Debora Gomes – suspeita de ser candidata-laranja

Camila Fernandes – suspeita de ser candidata-laranja

Naftali Tamar – suspeita de ser candidata-laranja

Marcelo Raid Soares – dono de duas empresas gráficas em Belo Horizonte

Reginaldo Donizeti Soares – irmão de Roberto Silva Soares, sócio de duas empresas que prestaram serviço eleitorais às candidatas investigadas

Roberto Silva Soares – Assessor do ministro, preso em em junho deste ano

Haissander de Paula – ex-assessor do ministro quando ele era deputado federal, preso em junho deste ano

Mateus Von Rondon – assessor especial do ministro, preso em junho deste ano

O indiciamento faz parte da conclusão do inquérito da Polícia Federal. De acordo com o delegado Marinho Rezende, o inquérito foi entregue ao Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais, nesta quinta-feira (3). Agora, cabe ao MPE decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça.

Marcelo é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado. Ele era o presidente estadual do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A suspeita é que o partido inscreveu essas candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.

O ministro Marcelo Álvaro Antônio sempre negou irregularidades nas candidaturas.

Candidaturas-laranja no PSL

Em março deste ano, em depoimento à Polícia Federal, a filiada do PSL Zuleide Oliveira acusou Álvaro Antônio de chamá-la para ser candidata-laranja nas eleições do ano passado. Segundo Zuleide, o ministro teria organizado sua candidatura para que ela pudesse receber – e depois devolver – verbas ao partido, desviando dinheiro público da campanha.

Zuleide detalhou que recebeu uma proposta de um assessor do ministro, então presidente do PSL em Minas, para devolver R$ 45 mil dos R$ 60 mil que receberia para a campanha. O ministro negou a acusação e disse que Zuleide “mente descaradamente”.

Outras candidatas do PSL mineiro já são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por suspeita de candidatura-laranja na eleição passada. As investigações apuram a denúncia de que o dinheiro enviado às candidatas teria sido devolvido a assessores do ministro Marcelo Álvaro Antônio.

A ex-candidata a deputada federal Adriana Moreira Borges disse ao Ministério Público Eleitoral também ter recebido uma proposta de um assessor de Álvaro Antônio para repassar R$ 90 mil dos R$ 100 mil que receberia para fazer a campanha em 2018.

Gustavo Bebbiano

O caso das candidaturas suspeitas de serem laranjas foi revelado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Além de Álvaro Antônio, as denúncias causaram uma crise que atingiu Gustavo Bebbiano, que acabou exonerado do cargo de secretário-geral da Presidência da República.

No caso de Bebianno, as suspeitas surgiram em Pernambuco, onde a candidata a deputada federal pelo PSL Lourdes Paixão recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral, mais do que o repassado para a campanha de Bolsonaro, e obteve 274 votos nas eleições de 2018.

Durante as eleições, Bebianno era presidente nacional do PSL, mas ele negou que tenha sido responsável pela escolha dos candidatos que receberam dinheiro do fundo partidário em Pernambuco.

G1

 

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Judiciário

Justiça pede à PF certidão de conduta de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso na Superintendência da Polícia Federal desde abril de 2018. — Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo

A juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Criminal Federal de Curitiba, solicitou nesta segunda-feira (30) à Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná uma certidão de conduta carcerária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na sexta-feira (27), o Ministério Público Federal (MPF) pediu a progressão da pena do ex-presidente à Justiça. O documento assinado por Deltan Dallagnol e os outros 14 procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato diz que Lula cumpre o requisito de bom comportamento.

De acordo com o artigo 112 da Lei de Execuções Penais (LEP), a progressão de pena pode acontecer “quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento”.

A juíza da execução penal do ex-presidente também determinou que a defesa de Lula seja intimada para se manifestar sobre a progressão de regime.

Lula está preso na Superintendência da PF, em Curitiba, desde o dia 7 de abril de 2018.

Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o caso do triplex em Guarujá (SP). Segundo a denúncia, Lula recebeu o imóvel como propina da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras. Ele nega as acusações e diz ser inocente.

Pedido do MPF

Nesta ação judicial, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou a pena de Lula em 8 anos, 10 meses e 20 dias.

Segundo o MPF, ele está “na iminência de atender ao critério temporal” de um sexto da pena para a progressão de regime.

O pedido do MPF também trata da reparação dos danos e multa que Lula deve pagar, no valor de R$ 4,1 milhões. De acordo com o MPF, ele ainda não pagou este valor.

Para a progressão da pena, no entanto, segundo o MPF, é suficiente a garantia patrimonial dada pelo ex-presidente.

“Noutro vértice, em se tratando de execução provisória da pena, a existência de garantia integral à reparação do dano e à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais (art. 33, § 4º, do Código Penal) é suficiente para autorizar a mudança a regime prisional mais brando, conforme indicado por esse Juízo”, afirma a petição.

Os valores da multa e reparação de danos que o ex-presidente deve pagar era de R$ 31,1 milhões, mas foi recalculado pela Justiça. Confira o histórico:

Agosto de 2018: Justiça manda Lula pagar R$ 31,1 milhões de multa e reparação de danos;

Abril de 2019: STJ reduz reparação de danos de R$ 29,8 milhões para R$ 2,4 milhões e dias-multa de 280 para 50;

Julho de 2019: Justiça fixa reparação de danos com juros em R$ 4,1 milhões e multa em R$ 240,3 mil;

Setembro de 2019: Cálculo da multa e da reparação de danos é atualizado para R$ 4.155.996.

G1

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Polícia

Em meio a onda de atentados no Ceará, PF realiza operação contra chefes do crime organizado

Foto: Reprodução/Twitter

A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta quarta-feira a Operação Torre, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate (Gaeco) do Ceará, para cumprir 15 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra chefes do crime organizado. Os suspeitos estariam por trás dos ataques a torres elétricas em abril deste ano na Região Metropolitana de Fortaleza. A iniciativa ocorre em meio à nova onda de atentados que aflige o estado há seis dias e já soma 75 ocorrências, de acordo com o “G1”.

As investigações da PF apontam que os ataques de abril foram ordenados por chefes de facções detidos em presídios e executados por integrantes em liberdade. Os mandados foram cumpridos no próprio Ceará e também em Pernambuco, onde um homem de 45 anos foi preso. Ele é suspeito de ser o fundador da facção criminosa que está por trás dos atentados. No caso dele, o mandado foi cumprido antes da deflagração da operação, na última terça-feira.

Em paralelo, as autoridades policiais cearenses já prenderam 63 suspeitos de participação na onda de ataques que teve início no último dia 20. Anteriormente neste ano, o Ceará sofreu outras levas de atentados, nos meses de janeiro e abril, ambas ligadas à atuação de facções criminosas em retaliação à política penitenciária do governo de Camilo Santana (PT). Na última quarta-feira, 257 detentos que estariam envolvidos na coordenação dos ataques foram transferidos para presídios não informados pelo Ministério da Justiça.

Ataques prosseguem

Na manhã desta quinta-feira, uma loja de estofados foi incendiada no bairro Quintino Cunha, em Fortaleza. Em Pindoretama, na Região Metropolitana da capital, a Câmara Municipal foi incendiada, bem como uma casa onde era guardada a frota da prefeitura. Bandidos também atearam fogo em uma viatura policial em Aratuba, a cerca de 150 quilômetros da capital, e um caminhão de lixo teve o mesmo destino em Iguatu, município localizado na região Centro-Sul cearense.

O serviço público de ônibus voltou a operar normalmente em Fortaleza na última quarta-feira. Antes, o serviço funcionava parcialmente em razão dos ataques criminosos e os coletivos chegaram a receber escolta policial, a exemplo do que ocorreu na capital durante a onda de violência em janeiro.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. A maior facção do pais é cria paulista que é comandado pelo Psdb/direita a 300 anos, portanto, quem pariu que assuma a cria. Gado é gado aqui em Natal em São Paulo em……

    1. Kkkkkkk, não tem quem debloqueie a cachola desses esquerdalha. Isentar o luladrão pela disseminação das fracções criminosos no Brasil inteiro ao estado de SP, é o cúmulo da lacração. Tolo o governo petralha, assim como o irmão siamêses chaves/maduro sempre Irão semear o caos, para a partir daí conseguir seus, frutos, que é a ditadura. E usando a política assistencialistas, consegue manipular boa parte da população, e como consequência, naufraga o país num caos. E daí instalando uma ditadura, provocando, emigração em massa de empreendedores, empresários e trabalhadores. Que não conseguem viver num pais sub humanamente. Igualzinhos aos cubanos e venezuelanos.

  2. Os petralhas deixaram umas mazelas que vai perdurar muito tempo. Violência,Facções criminosas, desemprego, caos na saúde, e miséria. O governo federal tem que fazer milagre pra minimizar esses males

    1. O Ceará e o RN também fazem parte do Brasil, também tem brasileiros pagadores de impostos federais, estaduais e municipais, portanto , nada mais normal que o Governo Federal trabalhe para todos os brasileiros. Já pensou se os governantes só trabalhassem para quem simpatiza ou votou neles ???????? que tipo de ditadura seria essa ???

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Polícia

PF prende suspeitos de assaltarem carros-fortes no RN e CE

Fotos: Divulgação/PF

Policiais da Delegacia da PF em Mossoró/RN prenderam nesta terça-feira (24), na cidade de Fortaleza/CE, dois homens acusados de pertenceram a uma organização criminosa especializada em assaltos a carros-fortes. As prisões foram em decorrência da expedição dos respectivos mandados judiciais de prisão preventiva expedidos pela 10ª Vara Justiça Federal em Mossoró.

Os presos nesta manhã participaram na data de 25/06/2018 da tentativa de roubo ao carro-forte da empresa BRINKS, ocorrida na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. Naquela ocasião, os criminosos efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra os veículos que trafegavam na rodovia, bem como na direção de policiais que atuaram na ocorrência policial.

Muito embora o bando tenha utilizado explosivos para acessar o interior do veículo, o crime não se consumou em virtude da atuação dos policiais que prontamente reprimiram a ação delituosa.

Após os procedimentos de praxe, os presos foram encaminhados ao Instituto Presídio Olavo Oliveira (IPPO II), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde estão custodiados, à disposição da Justiça.

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Polícia

PF destrói 3 mil toneladas de maconha de plantações no Paraguai, maior volume eliminado entre 2017 e 2018

Foto: Divulgação Polícia Federal

A 3ª fase da Operação Nova Aliança, que tem como objetivo a erradicação de plantações de maconha no Paraguai, foi concluída esta semana e resultou na destruição de 3 mil toneladas da droga. A quantidade deste ano ultrapassa o volume destruído em 2017 e 2018.

As ações de combate às plantações de maconha no país vizinho envolveram, conjuntamente, os agentes da Polícia Federal (PF) e da Secretaria Nacional Anti Drogas do Paraguai. De acordo com a PF, esse tipo de trabalho é eficaz e reduz custos.

“A estratégia de atacar a produção da droga, antes de que ela chegue ao mercado brasileiro, traz grande economia ao país, pois milhões de reais deixam de ser gastos em repressão ao tráfico interno, em prisões e processos judiciais, que se tornam menos comuns, uma vez que a quantidade de maconha que circula no país cai drasticamente”.

Agência Brasil

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Polícia

FOTOS: PF prende dois e apreende cigarros contrabandeados no RN

Fotos: Divulgação/PF

A Polícia Federal em Mossoró, com apoio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça (SEOPI), prendeu na madrugada desta terça-feira (17) nas proximidades de Assu/RN, a 210 km de Natal, dois motoristas alagoanos, respectivamente de 33 e 35 anos, acusados de contrabando. Com eles, foram apreendidas duas carretas carregadas de cigarros importados que estão sendo contabilizados.

A ação ocorreu por volta das 2h40 quando a PF realizava um patrulhamento de rotina, na BR 304 e fez a abordagem dos caminhões próximo ao trevo de Paraú. A princípio os motoristas disseram trafegar sem carga alguma, mas como estavam nervosos os policiais desconfiaram e fizeram a vistoria na carroceria, logo encontrando as caixas de cigarros.

Os acusados receberam voz de prisão e foram conduzidos para autuação em flagrante na sede da Delegacia da PF em Mossoró. Durante o interrogatório, eles confessaram que sabiam que estavam transportando mercadoria de procedência ilícita, cujas carretas lhes foram entregues por “pessoas desconhecidas” em um posto de combustível na cidade de Assu e com a orientação para que seguissem até Patos/PB, onde novas ordens seriam repassadas sobre o destino da carga. Pelo serviço ilegal, os suspeitos receberiam cerca de R$ 1,5 mil cada e mais despesas de alimentação.

Eles foram indiciados no art. 334 do Código Penal Brasileiro, cuja pena em caso de condenação é de 2 a 5 anos de reclusão.

Os acusados após exames de corpo de delito no ITEP foram encaminhados para a Cadeia Pública de Mossoró, à disposição da Justiça

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Polícia

FOTO: PF prende homem com 147 kg de produto controlado em Natal

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal apreendeu neste final de semana em uma residência no bairro de Nazaré, Zona Oeste de Natal, 147 kg de cafeína, que é um produto controlado. Um homem de 28 anos foi preso. A cafeína estava camuflada em sacos de nitrato de cálcio com data de vencimento vencida. Os policiais apreenderam também dois carros e uma moto que estavam em poder do suspeito.

O produto controlado apreendido é tido como substância desviada de suas legítimas aplicações para ser usada ilicitamente, como precursor, solvente, reagente e adulterante ou diluente, na produção, fabricação e preparação de entorpecentes e substâncias psicotrópicas (Portaria nº 1274/2003/MJ).

O acusado após ser submetido a exame de corpo de delito encontra-se sob custódia da PF, à disposição da Justiça

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Polícia

PF vê consequências ‘fatais’ na fraude em curso de Medicina em SP

Pixabay

Para deflagrar a Operação Vagatomia na última terça-feira (3), a Polícia Federal de Jales, no interior de São Paulo, submeteu à Justiça Federal um relatório de 599 páginas apontando o suposto envolvimento de mais de trinta investigados na venda de vagas do curso de medicina da Universidade Brasil, sediada no município de Fernandópolis.

Ao solicitar judicialmente ordens de prisão e de busca e apreensão, a PF indicou que haveria um “balcão de negócio de vagas ocorrendo sem nenhum tipo de receio”.

O esquema contava com fraudes no ingresso de alunos no curso de Medicina da instituição, na obtenção do Fies (Financiamento Estudantil do Governo Federal) e de bolsas do ProUni (Programa Universidade para Todos) e na venda irregular de vagas de transferência para os cursos de complementação do exame Revalida – para revalidação de diploma.

Segundo a PF, somente as fraudes no Fies causaram prejuízo estimado de R$ 500 milhões aos cofres públicos.

A deflagração da operação se deu a mando do juiz federal Bruno Valetim Barbosa. O magistrado entendeu que havia “inúmeros” indícios de cometimento de crimes e reiteração criminosa. Ele decretou a prisão de 22 investigados, inclusive do empresário José Fernando Pinto da Costa, dono da Universidade Brasil.

A decisão anota que a representação policial destaca a gravidade dos crimes atribuídos ao grupo e indica as consequências para os futuros pacientes dos alunos que compraram as vagas, “que evidentemente não têm condições intelectuais e profissionais de atuar como médicos”. “São assustadoras e podem ser fatais.”

De acordo com a Procuradoria, as vagas eram negociadas pelo grupo por valores entre R$ 80 mil a R$ 120 mil. A representação policial cita ainda suposta participação de José Fernando Pinto da Costa em uma negociação de três vagas por R$ 600 mil.

Na decisão, o magistrado considerou: “a sociedade brasileira está a pagar indevidamente pelo estudo de profissionais que se formarão sem os conhecimentos técnicos para atendê-la com qualidade. Enquanto isso, alunos, pais, e a suposta organização criminosa se beneficiam, os dois primeiros, por obterem um diploma de médico ou um financiamento público sem merecer, a última, na venda das vagas e dos financiamentos”.

Além das ordens de prisão e de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 250 milhões em bens e valores dos investigados. Entre os bens que seriam sequestrados, a decisão lista 50 carros, cinco embarcações e três aeronaves. Segundo a PF, a entrega de veículos era uma das formas de pagamento pelas vagas.

Quando a operação foi deflagrada, a Polícia Federal indicou que entre os estudantes que compraram suas vagas e financiamentos estão filhos de fazendeiros, servidores públicos, políticos, empresários e amigos dos donos da universidade. Dois vereadores de cidades do interior paulista são citados pela PF na representação à Justiça.

Segundo a representação, o dono da universidade teria determinado a um homem, “possivelmente professor”, que aprovasse um aluno que é vereador em Birigui.

Em outro momento, a Polícia indicou que um parlamentar de Fernandópolis buscou “bolsa” para o filho, o que, segundo os investigadores, se tratava da concessão de um Fies fraudulento, “pago indevidamente com dinheiro público em favor do filho de um político”.

Segundo a PF, a investigação teve início com base em uma notícia crime apresentada por uma pessoa cujo parente havia sido contatado para que comprasse uma vaga no esquema.

Alguns alunos também relataram o excesso de vagas no campus ao Ministério Público Federal. As estimativas das investigações indicam que pelo menos 500 alunos do curso de Medicina da Universidade Brasil de Fernandópolis tenham obtido o Fies fraudulentamente com a atuação de assessorias educacionais nos últimos três anos.

Segundo a PF, os mesmos alunos ainda deveriam receber pelo menos outros três anos de parcelas do financiamento.

A representação policial registra ainda ameaças proferidas pelo dono da universidade aos alunos que fizeram as denúncias, além de tentativas de influenciar e intimidar autoridades, destruição e ocultação de provas.

Em um diálogo interceptado pela PF, um empresário, apontado como um dos principais integrantes de uma assessoria educacional envolvida no esquema, classifica José Fernando como “gangster” e “quadrilheiro” e aborda medidas que o então reitor da universidade tomaria em relação às alunas que fizeram a denúncia de excesso de alunos ao Ministério Público Federal – expulsão, fechamento do Centro Acadêmico, entre elas

Defesas

“A Universidade Brasil vem a público para informar a alunos, docentes e funcionários, bem como a toda a comunidade universitária nacional e à população em geral, que suas atividades acadêmicas e administrativas seguirão as rotinas ordinariamente, a despeito dos recentes fatos ocorridos. Solicitações gerais, atendimento aos alunos, bem como o funcionamento de cursos, com aulas regularmente ministradas, continuarão a ocorrer dentro da normalidade em todos os campi”.

“A instituição de ensino esclarece também que está integralmente à disposição da Polícia Federal, assim como às demais autoridades em todas as esferas, para colaborar com quaisquer investigações e também para prestar todos os esclarecimentos que se façam necessários.”

O Ministério da Educação emitiu nota. “Em casos de indícios de irregularidades, o MEC irá instaurar processo administrativo para a responsabilização dos envolvidos. Caso as irregularidades sejam comprovadas, serão aplicadas as penalidades previstas em Lei. O MEC também se coloca à disposição da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para colaborar com a investigação.”

A reportagem tenta contato com os investigados pela operação Vagatomia. O espaço está aberto para as manifestações.

Estadão

 

Opinião dos leitores

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Polícia

PF desmente reportagem e diz que não há inquérito sobre milicianos

A PF do Rio de Janeiro desmentiu a reportagem do Valor, segundo a qual haveria um inquérito envolvendo o achaque de milicianos a doleiros investigados por lavagem de dinheiro.

Com o título de “Investigação sobre milícia teria motivado troca de chefe da PF do Rio”, o jornal do grupo Globo diz que “um inquérito sobre lavagem de dinheiro que pôs milicianos do Rio no radar da PF, há cerca de dois meses, teria chegado ao conhecimento do presidente Jair Bolsonaro e alimentado a crise com o ministro da Justiça, Sergio Moro“.

“O fato também teria desencadeado a exoneração do chefe da corporação fluminense, Ricardo Saadi, e poderá, ainda, levar à queda do diretor -geral do órgão, Maurício Valeixo, segundo disseram fontes a par do caso”, acrescenta o texto.

Apesar do posicionamento da PF do Rio, o boato propagado pelo Valor já está repercutindo em vários sites alinhados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Com acréscimo de informações de O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. Vivem da MENTIRA;
    Se alimentam das MENTIRAS;
    Consomem MENTIRAS;
    Divulgam MENTIRAS;
    Enfim, precisam criar um mundo fictício, paralelo, SÓ COM MENTIRAS, para tentar sobreviver a DURA REALIDADE QUE A VERDADE vem impondo aos corruptos, aqueles que se apropriaram do estado e seus apoiadores amestrados.
    Isso é apenas MAIS UM CAPÍTULO nessa novela MENTIROSA que vem sendo narrada pela esquerda a tantos anos.

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Polícia

Relator do projeto da lei da Ficha Limpa, ex-deputado Índio da Costa e Superintendente dos Correios são presos pela PF

Foto: Divulgação

O ex-deputado Índio da Costa e o superintendente dos Correios no Estado do Rio de Janeiro foram presos na Operação Postal Off, realizada pela Polícia Federal. A informação foi confirmada pela PF. A ação é para desarticular uma organização criminosa que realizava fraudes na empresa.

Índio da Costa já foi vereador, deputado federal e candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB). Ele também concorreu ao cargo de prefeito do Rio, em 2016 e ao de governador, em 2018.

Índio, que em sua época de parlamentar se gabava de ter relatado o projeto da lei da Ficha Limpa, já integrou o PFL, PTB, DEM e o PSD.

Além do político, outras oito pessoas também foram presas.

As autoridades tentam cumprir 11 mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão e um de prisão temporária nas cidades de Tamboré, São Caetano e Bauru, no Estado de São Paulo e Belo Horizonte (MG).

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Florianópolis (SC).

De acordo com a Polícia Federal, as investigações que começaram em novembro de 2018, em Santa Catarina, mostraram um esquema com participação dos funcionários dos Correios, fazendo com que grandes cargas transportadas de seus clientes fossem distribuídas no fluxo postal com o faturamento inferior.

Grandes clientes dos Correios eram procurados pelos investigados com a oferta de que rompessem seus contratos com a empresa pública e começassem a ter suas encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo e a EBCT.

A organização teria causada prejuízos de R$ 13 milhões no que se refere às postagens ilícitas já identificadas, não computado o prejuízo diário que estava sendo causado pelo grupo investigado.

Em nota, os Correios não confirmaram a informação e disse “estar colaborando com as autoridades”. A empresa reafirmou seu compromisso com “a ética, a integridade e a transparência”.

O R7 não conseguiu retorno dos citados até a publicação da matéria. O espaço está aberto para a manifestação.

R7 e Globo

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Polícia

PF deflagra operação por fraudes que causaram prejuízo de ao menos R$ 13 milhões aos Correios

Foto: Lucas Tavares / Agência O Globo

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira operação que visa a desarticular organização criminosa que praticava fraudes junto à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). Dados preliminares indicam um prejuízo de R$ 13 milhões, apenas no que se refere às postagens ilícitas já identificadas, sem contar o desvio de dinheiro diário que estava sendo causado pelo grupo investigado.

Estão sendo cumpridos, por cerca de 110 agentes, nove mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro; dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão nos municípios de Tamboré, Cotia, Bauru e São Caetano, no estado de São Paulo; além de um mandado de prisão temporária e um mandado de busca em Belo Horizonte (MG), todos expedidos pela 7ª Vara Federal de Florianópolis/SC.

De acordo com a investigação, iniciada em novembro de 2018 em Santa Catarina, onde foi identificada a primeira ação, o grupo tinha forte atuação nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e contava com a participação ativa de funcionários dos Correios, fazendo com que grandes cargas postais dos clientes fossem distribuídas no fluxo postal sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido.

Uma das principais modalidades de fraude acontecia mediante identificação de grandes clientes dos Correios, que eram procurados por integrantes do grupo com a oferta de que rompessem seus contratos com os Correios e passassem a ter suas encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo criminoso e a própria EBCT.

Durante a investigação também foram apuradas solicitações e pagamentos de vantagens indevidas envolvendo empresários, funcionários públicos e agentes políticos, configurando indícios dos crimes de corrupção passiva e concussão.

Com o objetivo de assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados aos Correios, foram determinados bloqueios de contas bancárias e o arresto de bens móveis e imóveis, incluídos carros de luxo e duas embarcações, sendo uma delas um iate avaliado em R$ 3 milhões. Com tais medidas, espera-se que seja bloqueado o montante de R$ 40 milhões.

Os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, concussão, estelionato, crimes tributários, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

O Globo

 

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Judiciário

Grupo de Valorização da Advocacia emite nota sobre prisão de advogado em operação da PF

Foto: Divulgação

O Grupo de Apoio a Valorização da Advocacia Criminal encaminhou nota de esclarecimento sobre a prisão do advogado Maxsuel Deizon de Freitas na operação “Extração” deflagrada pela Polícia Federal para desaticular facção criminosa com atuação no estado.

Confira nota na íntegra

NOTA DE ESCLARECIMENTO

No dia 03 de setembro de 2019, alguns veículos de comunicação do Estado do Rio Grande do Norte divulgaram, de maneira equivocada, a informação de que um advogado teria sido preso preventivamente como chefe de uma facção criminosa no Estado.

Nesse sentido, e em atenção à opinião pública potiguar, o Grupo de Apoio a Valorização da Advocacia Criminal vem a público manifestar o seu REPÚDIO às ações daqueles que se prestam ao papel de DESINFORMAR a sociedade com inverdades e especulações, bem como para esclarecer que:

Nas primeiras horas do dia 03 de setembro de 2019, a Polícia Federal deflagrou a operação denominada de “Extração”, e nesse contexto, foi cumprido um mandado de prisão temporária de um advogado. Em nenhum momento o referido advogado se opôs ao cumprimento do mandado, e, portanto, foi normalmente conduzido para a Superintendência da Polícia Federal, local em que prestou todos os esclarecimentos que se fizeram necessários.

A prisão é temporária, e, portanto, tem o prazo de 5 (cinco) dias para a sua conclusão, sendo falsa a informação de que o advogado foi preso acusado de ser chefe de uma facção criminosa no Estado – até porque até a presente data, não foi formalizada nenhuma acusação contra o advogado.

Um dos preceitos basilares que a Constituição Federal assegura é a garantia do estado de inocência, princípio pelo qual uma pessoa jamais poderá ser considerada culpada de algo sem que antes tenha a possibilidade de exercer regularmente o seu direito de defesa.

É notório que o País está passando por um momento de grande turbulência, e no cenário nacional, há um clima de verdadeiro inconformismo com a corrupção, com a violência e com a impunidade. A sociedade clama por medidas urgentes e severas de combate ao crime e à corrupção. Entretanto, não se pode, com base nesse sentimento de inconformismo, promover à execração pública de um indivíduo, utilizando os meios de comunicação como instrumento, sobretudo com base em informações que já no início da operação revelaram-se como equivocadas (ou mesmo falsas).

Deste modo, o Grupo de Apoio e Valorização da Advocacia Criminal REPUDIA a publicação de manchetes inverídicas e descompromissadas com o jornalismo sério e informativo, e segue vigilante na defesa das prerrogativas dos advogados que exercem a sua função Constitucional, acompanhando a investigação noticiada até que haja a sua final conclusão.

Natal/RN, 04 de setembro de 2019.

Grupo de Apoio a Valorização da Advocacia Criminal

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Polícia

PF investiga organização criminosa que movimentou mais de R$ 1 bilhão

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (3) a Operação Harpia, para apurar crimes de evasão de divisas, lavagem de capitais praticados por uma organização criminosa. De acordo com a PF, as investigações tentam identificar também a origem e o volume de recursos ilícitos transacionados que chegam a mais de R$ 1 bilhão entre os anos de 2015 e 2019.

As investigações começaram em 2018, quando foi apurada a existência de uma rede de doleiros que atuavam nas cidades de Porto Alegre, Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul; Rivera, no Uruguai; e Ciudad del Este, no Paraguai.

Os investigadores identificaram que esse grupo criminoso praticava transações cambiais não autorizadas, conhecidas como dólar-cabo, facilitando a lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas praticadas no Brasil e no exterior, envolvendo, inclusive, madeireiras da Região Norte.

Policiais federais e servidores da Receita cumpriram 11 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em endereços dos investigados nos municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul; e em Ariquemes, em Rondônia.

O nome da operação, Harpia, faz referência a uma das maiores aves de rapina do mundo presente em grande parte do Brasil, principalmente na Amazônia.

Agência Brasil

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Educação

PF prende dono da Universidade Brasil e outras 20 pessoas por fraude no Fies

Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta terça-feira (3) para investigar fraude no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do governo federal. O dono da Universidade Brasil e outras 20 pessoas foram presas.

A Operação Vagatomia investiga esquema de fraude na concessão do Fies e também na comercialização de vagas e transferências de alunos do exterior, principalmente Paraguai e Bolívia, para o curso de medicina em Fernandópolis (SP).

Bolsas do Prouni e fraudes relacionadas a cursos de complementação do exame Revalida também estão sob investigação. Estimativas da Polícia Federal indicam que, nos últimos cinco anos, aproximadamente R$ 500 milhões do Fies e Prouni foram concedidos fraudulentamente.

O dono da Universidade Brasil em Fernandópolis, José Fernando Pinto da Costa, de 63 anos, foi preso em São Paulo. O filho dele, que também é sócio do grupo educacional, foi preso no aeroporto de Guarulhos (SP). Eles são apontados pela PF como chefes do esquema.

Representantes da Universidade Brasil informaram que estão ciente da investigação, mas ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Policiais também fizeram buscas em um haras em Porto Feliz, que pertence ao dono da universidade preso na operação.

A Polícia Federal informou que durante a operação alguns investigados tentaram fugir no momento das prisões e outros jogaram celulares de prédios, antes da entrada dos policiais. Os celulares foram recuperados e os foragidos foram localizados e presos.

Dinheiro apreendido na casa de um dos investigados na operação Vagatomia, da Polícia Federal em Jales — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A ação, deflagrada pela delegacia da PF de Jales (SP), conta com 250 policiais federais para cumprir 77 mandados nas cidades de Fernandópolis, São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Santos (SP), Presidente Prudente (SP), São Bernardo do Campo (SP), Porto Feliz (SP), Meridiano (SP), Murutinga do Sul (SP), São João das Duas Pontes (SP) e Água Boa (MT).

Entre os mandados expedidos estão 11 prisões preventivas, 11 prisões temporárias, 45 ordens de busca e apreensão e 10 medidas cautelares (alternativas à prisão). A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados até o valor de R$ 250 milhões.

O material apreendido será encaminhado para a PF em Jales, onde passará por análise no interesse das investigações em curso.

Os presos foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informações e estelionato majorado, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de reclusão.

Eles serão ouvidos e posteriormente levados para cadeias da região onde permanecerão presos à disposição da Justiça Federal.

O dono e reitor da Universidade Brasil José Fernando Pinto da Costa, preso nesta terça-feira, foi homenageado, em 2018, pelo Ministério da Saúde com a medalha de mérito Oswaldo Cruz.

A medalha é um reconhecimento pela atuação destacada no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas pelos resultados benéficos à saúde de milhares de brasileiros.

A ação honrosa contou com a participação do então ministro da Saúde, Ricardo Barros, no dia 27 de fevereiro.

Investigação

A PF recebeu informações, no começo do ano, de irregularidades que estariam ocorrendo no campus de um curso de medicina em Fernandópolis (SP). Vagas para ingresso, transferência e financiamentos Fies para o curso de medicina estariam sendo negociados por até R$ 120 mil por aluno.

Durante oito meses de investigações, a PF concluiu que o chefe da organização criminosa é o dono da universidade onde as fraudes aconteciam, que também ocupa o cargo de reitor.

Segundo a PF, uma estrutura formada por funcionários e pessoas ligadas à universidade dava condições para que as fraudes fossem realizadas.

O esquema contava com “assessorias educacionais”, de acordo com a PF, e contava com o apoio dos donos e toda a estrutura administrativa da universidade para negociar centenas de vagas para alunos, que aceitaram pagar pelas fraudes em troca de matrícula no curso de medicina.

A Polícia Federal informou que muitos desses alunos já identificados. Eles também podem responder criminalmente.

G1

 

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